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Cálcio 
Características 
 
O cálcio é o mineral mais abundante do organismo: 1.100 a 1.200g, dos quais 90% 
estão no esqueleto e cerca 9% nos dentes, representando cerca de 1,5 a 2% do peso 
corpóreo. Os níveis recomendados de ingestão segura de cálcio para crianças e adultos 
variam entre 600 e 800mg. As necessidades de cálcio aumentam no período de 
crescimento, durante a gravidez e o aleitamento, podendo chegar a 1.500mg/dia. 
Função 
 
O cálcio é fundamental ao crescimento porque ele faz parte dos constituintes dos 
ossos, dos dentes e de inúmeras reações orgânicas. Entre essas reações pode-se 
destacar que a liberação de energia para a contração muscular é dependente da 
presença de cálcio. Além disso, o cálcio é um elemento primordial da membrana 
celular na medida em que ele controla sua permeabilidade e suas propriedades 
elétricas. Está ligado às contrações das fibras musculares lisas, à transmissão do fluxo 
nervoso, a liberação de numerosos hormônios e mediadores do sistema nervoso. A 
atividade plaquetária e a coagulação sanguínea também estão ligadas à presença de 
cálcio, assim como a transformação de protrombina em trombina é de pendente da 
presença deste mineral. 
Deficiência 
 
As manifestações clínicas mais comuns da deficiência de cálcio são alterações 
cardiovasculares (incluindo hipotensão, bradicardia, arritmias, insuficiência cardíaca, 
parada cardíaca, prolongamento dos intervalos QT e ST) e neuromusculares (fraqueza, 
espasmos musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e parestesias). 
Toxicidade 
 
O hiperparatireoidismo, a imobilização prolongada, o excesso de vitaminas A e D, a 
tireotoxicose, a doença granulomatosa e algumas neoplasias malignas são as causas 
mais comuns de hipercalcemia. Assim como na deficiência de cálcio, o excesso também 
produz manifestações principalmente cardiovasculares (hipertensão, isquemia 
miocárdica, arritmias, bradicardia) e neuromusculares (fraqueza, diminuição do nível 
de consciência, coma, convulsões e morte súbita). Porém sintomas gastrintestinais 
(náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal e constipação intestinal) e renais (cálculos 
renais, nefrocalcinose e insuficiência renal) também podem estar presentes. 
Metabolismo 
 
A absorção do cálcio ocorre por duas vias: uma transcelular (absorção por meio das 
células intestinais), que é ativa e saturável, e outra paracelular (absorção entre as 
células intestinais), passiva e não saturável. O cálcio é absorvido no lúmen intestinal, 
sendo liberado no sangue, onde se encontra nas formas ionizada e livre em uma 
concentração de 1,25 mM. O transporte ativo do cálcio para o enterócito e sua saída 
da célula é dependente da ação da 1,25-di-idroxivitamina D3, a forma ativa da vitamina 
D, também conhecida como hormônio calcitriol, e de seus receptores. O movimento 
transcelular envolve três etapas: entrada por meio da parede celular, difusão pelo 
citoplasma e saída pela membrana basolateral da célula. A excreção de Ca se dá pela 
urina, pelas fezes e por outros fluidos, como suor, sêmen e menstruação. 
Fonte 
Alimentares 
 
O cálcio está significativamente presente em um pequeno número de alimentos, sendo 
os mais importantes o leite e seus derivados. Outros produtos que contêm cálcio são 
as carnes, os ovos, a sardinha, as amêndoas e a semente de gergelim. 
 
 
 
Fósforo 
Características 
 
O fósforo possui distribuição universal, sendo encontrado abundantemente nos 
alimentos. E o ânion de maior quantidade no LIC, compondo parte significativa do 
protoplasma celular. Está presente nos sistemas biológicos como fosfato-fosfato livre, 
fosfato-anidro ou fosfato-éter. A necessidade básica de fosfato é de 0,5 a 
1,1mEq/kg/dia. 
Função 
 
O fósforo é importante constituinte dos ossos e dentes, mas também é necessário para 
a formação de ácidos nucléicos, para o estoque e a utilização da energia corpórea. 
Constitui-se no principal reservatório de energia metabólica na forma de ATP, creatina 
fosfato e fosfoenolpiruvato. É também utilizado como tampão. O metabolismo de 
todos os maiores substratos metabólicos depende do fosfato como co-fator enzimático 
presente em vários sistemas enzimáticos. 
Deficiência 
 
As hipofosfatemia podem ser assintomáticas ou, ao contrário, provocar certo número 
de sinais clínicos predominantemente neuromusculares, dominados por uma forte 
diminuição dos reflexos, parestesias em extremidades e ao redor da cavidade oral, 
fraqueza muscular, distúrbios da atenção, falência respiratória, letargia, obnubilação, 
coma e convulsão 
Toxicidade 
 
Os fosfatos são muito utilizados na indústria alimentícia e fazem parte dos aditivos de 
numerosos alimentos. Seu excesso pode causar uma mobilização exagerada do cálcio 
ósseo, com aumento dos riscos de osteoporose nas mulheres durante a menopausa. 
Metabolismo 
 
O hormônio da paratireóide possui ação equivalente para o cálcio e o fósforo, 
proporcionando melhor absorção intestinal do fósforo. Os alimentos ricos em fitatos, 
como alguns vegetais, são digeridos com deficiência no trato gastrintestinal humano, o 
que promove baixa disponibilidade de fósforo. O fósforo absorvido por transporte ativo 
é facilitado pela 1,25(OH) D. O metabolismo do fósforo segue os mesmos passos do 
cálcio. Pode ser removido do LIC para o LIV quando diminui o seu nível sérico. O cálcio 
e o fósforo formam fosfato de cálcio, que é relativamente insolúvel, o que limita muito 
a absorção digestiva do fósforo. O controle sanguíneo do cálcio e fósforo deve ser 
preciso para que não precipitem. Nas situações clínicas em que o pH urinário se situa 
em torno de 5 a 6, o cálcio e o fosfato podem precipitar como fosfato de cálcio insolúvel, 
promovendo o surgimento de cálculos. O uso rotineiro de alimentos que acidificam a 
urina pode trazer benefícios a pacientes com tendência à formação de cálculos renais. 
Havendo redução da absorção do fósforo há de forma compensatória diminuição da 
sua excreção. 
Fonte 
Alimentares 
O fósforo é amplamente distribuído na natureza, sendo encontrado em todas as 
células. Isso significa que todas as fontes alimentares, vegetais ou animais, podem ser 
consideradas boas fontes de fósforo (leite e derivados, ovo e peixe). Quantidade 
significativa de fósforo também pode ser encontrada em bebidas carbonatadas 
(refrigerantes gaseificados) na forma de fosfato. 
 
 
 
 
Magnésio 
Características 
 
O Magnésio é o cátion intracelular mais importante depois do potássio. Mesmo sendo 
menos abundante do que os outros três grandes macroelementos (sódio, potássio e 
cálcio). A necessidade diária do magnésio é de 0,25 a 0,5mEq/kg/dia (equivalente a 0,06 
a 0,12ml/kg de sulfato de magnésio a 50%). 
Função 
 
O magnésio atua de forma a ativar o sistema enzimático celular a produzir energia pela 
transformação do ATP em ADP, especialmente nos sistemas necessários para o 
metabolismo da glicose, a contração muscular (incluindo cardíaca), a síntese de ácido 
nucléico, de coenzimas e de gordura e proteína. E essencial para a manutenção do 
suprimento adequado de purina e pirimidina para a síntese de DNA e RNA. Ativa 
também a fosfatase alcalina e catalisa reações bioquímicas hepáticas e ósseas, além de 
ser importante estabilizador da condução neural. 
Deficiência 
 
A hipomagnesemia aumenta a irritabilidade neuromuscular, provoca tremores, tetania 
e possivelmente convulsões e associa-se frequentemente com hipocalcemia e 
hipopotassemia. A sintomatologia é caracterizada por apneia, arritmias cardíacas, 
ataxia, convulsões, confusão mental e coma, delírio, depressão, distúrbios do 
comportamento, fraqueza muscular, hipertonia e espasticidade, hipocalcemia 
resistente à vitaminaD, irritabilidade neuromuscular; náuseas, sensibilidade cardíaca 
aumentada aos digitálicos, sinais de Trousseau e Chvostek, tetania, tremores, vertigem 
e vômitos. 
Toxicidade 
 
Hipermagnesemia é rara e associa-se, usualmente, com o excesso de sua ministração. 
As alterações clínicas associadas com a hipermagnesemia incluem, bradicardia com 
risco de parada cardíaca, coma, depressão do sistema nervoso central e da ventilação 
(insuficiência respiratória), hipotensão arterial ou choque (por vasodilatação), 
hiporreflexia (hipotonia muscular), náuseas, parada cardíaca e vômitos. 
Metabolismo 
 
É absorvido ao longo do intestino delgado grosso, especialmente no jejuno distal e íleo. 
A fração de absorção é inversamente proporcional aos níveis de ingestão, sendo 
estimada a absorção ligada em torno de 50%. Os alimentos ricos em fosfatos, fitatos e 
fibras e dietas pobres em proteínas (inferior a 30g/dia) diminuem a absorção do 
magnésio. O rim é o principal órgão envolvido na homeostase do magnésio, sendo 
filtrado 80% do seu conteúdo plasmático e reabsorvido 30% no túbulo contorcido 
proximal e 65% na alça de Henle. A excreção renal de magnésio e variável, maior na 
hipermagnesemia e menor na hipomagnesemeia. A excreção do magnésio e aumentada 
pela administração de ácido etacrínico, cisplatina e furosemida, e diminuída pelo álcool, 
amilorida e triantereno. 
Fonte 
 Alimentares 
O Magnésio encontra-se amplamente distribuído nos alimentos, principalmente nos 
vegetais folhosos verde-escuros, e no cacau, café, castanhas, chá, frutos do mar e grãos 
integrais. E muito usado como leite, citrato ou sulfato de magnésio. 
 
 
 
 
 
Enxofre 
Características 
 
O enxofre é um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos 
biológicos celulares. O corpo humano contém 140g de enxofre e necessita diariamente 
de 850mg. 
Função 
 
Ele tem funções energéticas e plásticas. Está envolvido na formação do coágulo, no 
mecanismo de transferência de energia e como parte de algumas vitaminas. O enxofre 
também é necessário na formação de mucoproteínas. É o elemento das disfunções 
hepatobiliares dessensibilizador universal. O enxofre é importante nos tecidos densos 
(cartilagens, cabelos, unhas). Faz parte dos mucopolissacarídeos que são fundamentais 
na constituição das cartilagens, das secreções mucosas, do humor vítreo, do fluido 
sinovial. 
Deficiência 
 
Fraqueza física e mental, inchaço do fígado, baço e útero, muitas dores nos ossos e 
articulações, odor ruim na saliva. Pode ocasionar certa debilidade nas unhas, pele e 
cabelos. 
Toxicidade 
 
Não é reconhecida. 
Metabolismo 
 
*(Dados não encontrados). 
Fonte 
Alimentares 
Os alimentos ricos em enxofre são: carne, leite, ovos, queijos, cereais, frutas secas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manganês 
Características 
 
O manganês é um mineral essencial para os humanos e outros animais, necessário para 
o metabolismo de macronutrientes, formação de tecidos e ossos, além de processos 
reprodutivos. Resultados em dietas brasileiras apontam para uma ingestão aproximada 
de 1 a 2 mg/dia. 
Função 
 
O manganês é um nutriente essencial envolvido na formação dos ossos e no 
metabolismo de aminoácidos, colesterol e carboidratos. O mineral está envolvido na 
regulação da atividade de grande variedade de enzimas, como arginase, glutamina 
sintetase, fosfoenolpiruvato descarboxilase e manganês superóxido dismutase, bem 
como na regulação da atividade de receptores de neurotransmissores. 
Deficiência 
 
O déficit de manganês no organismo pode interferir no crescimento e causar 
anormalidades do esqueleto, disfunções reprodutivas, menor tolerância à glicose e 
alteração no metabolismo dos carboidratos e das gorduras. 
Toxicidade 
 
Por via oral, os sais de manganês têm pouca toxicidade. 
Metabolismo 
 
A absorção pode ser melhorada pela quelação com histidina ou com citrato e pelo 
álcool, e inibida pelo cálcio, cobalto e ferro, além de fibras, fitato, ácido ascórbico e 
fósforo45. O manganês é mobilizado do sangue para o fígado e transportado para 
tecidos extra-hepáticos pela transferrina e possivelmente pela α-macroglobulina e 
albumina. A maioria do manganês absorvido é excretado na bile e no suco pancreático, 
com pouca ou nenhuma excreção pela urina. 
Fonte 
Alimentares 
As melhores fontes de manganês nas dietas são cereais integrais, nozes, folhas verdes, 
chá, carnes e derivados de leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferro 
Características 
 
O ferro é um elemento químico metálico, de número atômico 26 e peso atômico 55,847. 
A perda de ferro de um homem adulto sadio é tão pequena que pode ser compensada 
pela absorção de apenas 1-2mg de ferro por dia, em contraste com a necessidades de 
ferro para produção diária de hemácias, da ordem de 20mg/dia, ou armazenada no 
corpo, de 3-4g. 
Função 
 
Uma das funções mais conhecidas do ferro decorre de sua presença como elemento 
estrutural do grupo heme na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte do 
oxigênio e do gás carbônico no sangue. Quando o sangue passa pelos capilares 
pulmonares, o oxigênio presente nos alvéolos se liga a hemoglobina das hemácias, que 
serão distribuídas na circulação arterial, para oxigenação dos tecidos corpóreos. 
Deficiência 
 
Anemia ferropênica, apresenta palidez cutaneomucosa, fraqueza, fadiga, tonturas e 
menor capacidade para o trabalho; quadros graves associam-se com taquicardia, falta 
de ar aos pequenos esforços e outros sinais de má oxigenação tecidual. A anemia 
associa-se com maiores taxas de parto prematuro, menor peso corpóreo ao 
nascimento, maior morbimortalidade na infância, hipodesenvolvimento físico e 
problemas de desenvolvimento cognitivo. 
Toxicidade 
 
Excesso de ferro catalisa reações que perpetuam os radicais livres no organismo, 
processo que poderia acarretar maior risco de doenças cardiovasculares e retardo do 
crescimento de crianças normais. Nos processos infecciosos, há evidencias de que a 
suplementação de ferro pode agravar o qual quadro, já que a hipotermia representa 
resposta fisiológica de defesa, visando privar o ferro do agente invasor. 
Metabolismo 
 
Do total de ferro ingerido, 5% a 10% é absorvido no duodeno e no jejuno, sendo captado 
pela ferritina, uma proteína de estocagem que sequestra o ferro e pode transformar o 
ferro bivalente em ferro trivalente ativo. Uma outra molécula, proteína de transporte, 
a transferrina (sintetizada no fígado) vai se carregar de ferro junto a ferritina. É a 
transferrina que fornece o ferro aos reticulócitos, células precursoras dos glóbulos 
vermelhos. A dosagem de ferritina permite avaliar o estado das reservas de ferro no 
organismo. O ferro não é excretado na urina normal, sendo em grande parte 
reaproveitado. Dessa forma, a necessidade individual de ferro deve ser aquela 
suficiente para repor a perda nas fezes, no suor, nos cabelos e na descamação da pele, 
além da aquela que ocorre na menstruação normal e na transferência placentária da 
mãe para o feto. 
Fonte 
Alimentares 
Carnes vermelhas, vísceras de animais, ovos, folhosas verde escura, ostras e 
leguminosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zinco 
Características 
 
O zinco é o segundo elemento-traço mais abundante no corpo humano. O organismo 
humano adulto possui cerca de 2 g de zinco, sendo que 80% estão distribuídos em ossos, 
músculos, fígado e pele. A Ingestão Diária Recomendada de zinco é de 12 mg/dia para 
mulheres e 15 mg/dia para homens. Grávidas e lactantes precisam de mais, até 19 
mg/dia. 
Função 
 
O mineral tem papel importante, porexemplo, no crescimento, na resposta imune do 
organismo, na função neurológica e na reprodução. Além dessas funções, o zinco atua 
na estrutura das proteínas e membranas celulares e também está envolvido na 
expressão dos genes, na síntese de hormônios e na transmissão do impulso nervoso. 
Deficiência 
 
Como sinais e sintomas da deficiência em zinco, as manifestações mais comuns são: 
anorexia, alterações no paladar e no comportamento, intolerância à glicose, 
hipogonadismo, disfunções imunológicas, hipogeusia, retardo de crescimento e atraso 
na maturação sexual. 
Toxicidade 
 
A intoxicação aguda pelo zinco é caracterizada por sintomas digestivos, como náuseas, 
vômitos, dor epigástrica, diarreia e tonturas. Sintomas de toxicidade crônica incluem 
vômitos, anemia e aumento do LDL-colesterol, além de efeitos adversos sobre o sistema 
imunológico, incluindo redução nas respostas de linfócitos T. A toxicidade crônica de 
zinco pode também determinar diminuição do HDL-colesterol, um efeito indesejável, já 
que esta lipoproteína exerce efeito protetor contra a cardiopatia aterosclerótica. 
Metabolismo 
 
A absorção de zinco ocorre principalmente no intestino delgado, a presença da glicose 
no lúmen intestinal auxilia a captação. O zinco absorvido é transportado ao fígado pela 
albumina e desse órgão para outros tecidos, sobretudo ligado à albumina, a 
aminoácidos, ou à α-2-macroglobulina. A quantidade ligada aos aminoácidos (3%) 
constitui a parte filtrada nos glomérulos e pode ser perdida na urina. Pâncreas, rins e 
baço têm alta taxa de turnover de zinco, ao contrário de cérebro e ossos, cuja taxa de 
renovação é muito menor. A principal forma de eliminação de zinco corporal é pelas 
fezes. 
Fonte 
Alimentares 
 
As principais fontes alimentares de zinco são ostras, camarão, carnes bovina, de frango 
e de peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e 
tubérculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cromo 
Características 
 
O cromo é um elemento metálico de transição (número atômico 24, peso atômico 
51,996). As reservas corpóreas de cromo variam entre 0,4 e 6mg, sendo relativamente 
maiores em recém-nascido do que em adultos ou idosos. Um adulto ingerindo 
alimentação geral normocalórica geralmente ingere de 50 a 200ug de cromo/dia, 
suficiente na prevenção de deficiência. 
Função 
 
O cromo desempenha o papel de ativador das enzimas e na estabilização das proteínas 
e ácidos nucléicos (papel na espermatogênese, ou seja, fabricação do esperma). 
Contudo, sua principal atuação é a de potencializar o papel da insulina, não 
unicamente no metabolismo dos açúcares, mas também no das proteínas e das 
gorduras. 
Deficiência 
 
Não se observam sinais aparentes de déficit de cromo na população em geral, mas se 
encontram a deficiência grave de cromo provoca resistência insulínica. 
Toxicidade 
 
A toxicidade do cromo é bastante variável conforme seu estado de valência. Essa 
avaliação torna-se difícil, uma vez que em alimentos e em suplementos apenas a forma 
trivalente está presente. O cromo hexavalente, que possui níveis de toxicidade muito 
mais elevados que o cromo trivalente, não é encontrado em alimentos. 
Metabolismo 
 
O cromo absorvido liga-se a transferrina, mas também circula ligado à albumina e 
possivelmente as globulinas. A transferrina contendo cromo se liga ao receptor de 
transferrina na membrana das células-alvo, sendo o complexo transferrina-Cr absorvido 
por endocitose. O cromo é liberado da transferrina e se liga ao FTG-Cr. Dessa forma, o 
cromo é transferido da transferrina ao FTG-Cr, que normalmente existe em células 
dependentes de insulina na forma inativa. Ao se ligar ao cromo, o FTG-Cr se torna ativo 
e se liga ao receptor ativado da insulina, seguindo-se a uma estimulação da atividade 
da tirosina quinase, com conseqüente potencialização da ação da insulina. O cromo 
parece inibir a fosfatase fosfotirosina, enzima que libera o fosfato do receptor de 
insulina, o que reduz a sensibilidade à insulina. A maior parte do cromo absorvido é 
excretada pelos rins. 
Fonte 
Alimentares 
 
O cromo está presente nos alimentos na forma inorgânica ou em complexos orgânicos. 
Fermentos, carnes, gema de ovo, café, nozes, brócolis, vinho, cerveja e levedo de 
cerveja, grãos integrais, constituem-se na melhor fonte alimentar de cromo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iodo 
Características 
 
O Iodo é um micronutriente de número atômico 53 e peso atômico 126,9. Sua 
recomendação diária é de 150mcg para pessoas com mais de 14 anos. Gestantes, no 
entanto, precisam consumir 220mcg/dia. A quantidade ideal de iodo para lactantes é 
de 290mcg diariamente. 
Função 
 
Integra a formação de dois fatores hormonais da glândula tireoide (tiroxina e 
triiodotironina), que agem na maioria dos órgãos e nas grandes funções do organismo; 
no sistema nervoso (atua na termogênese), no sistema cardiovascular, nos músculos 
esqueléticos, nas funções renais e respiratórias. Em suma, estes hormônios são 
indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento harmonioso do organismo. 
Deficiência 
 
O Bócio tem sido usado para descrever o efeito primário da deficiência de iodo. 
Entretanto, as manifestações clínicas da sua deficiência são mais abrangentes e atingem 
pessoas de todas as idades, particularmente aquelas em períodos de crescimento. O 
cretinismo é o mais grave problema associado com a deficiência de iodo, um defeito 
congênito do desenvolvimento físico e mental causado pela carência de iodo durante o 
desenvolvimento fetal. 
Toxicidade 
 
Sintomas de hipotireoidismo são cutâneos, (pálpebras inchadas, tegumentos sem vida 
e secos, cabelos quebradiços e se rarefazendo), musculares (astenias e câimbras), com 
um metabolismo reduzido (sensação hipotérmica, anorexia, distúrbios dispépticos), 
amenorreia ou impotência sexual, sinais neuropsíquicos (apatia, lentidão de raciocínio). 
Metabolismo 
 
A glândula tireoide tem a capacidade de captar o iodo absorvido, acumulando-o 
rapidamente no colóide dos folículos tireoidianos, por mecanismo que requer energia. 
O iodo e incorporado a tirosina da tireoglobulina, uma macroglobulina sintetizada pelo 
epitélio tireoidiano, originando resíduos mono e diiodados do aminoácido. A secreção 
dos hormônios é feita após a proteólise da tireoglobulina, influenciada pelo hormônio 
estimulador da tireoide (TSH); uma gotícula intracelular do colóide funde-se com os 
lisossomos, onde as enzimas proteolíticas degradam completamente a tireoglobulina 
em seus aminoácidos constituintes. 
Fonte 
Alimentares 
 
As principais fontes de iodo são os peixes de água salgada e frutos do mar, como 
bacalhau, sardinha, molusco, ostra e camarão. O leite e seus derivados também contêm 
quantidade importante de iodo, assim como os legumes (vagem, agrião, cebola, alho 
porró, rabanete, nabo) e sal iodado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flúor 
Características 
 
O flúor é o mais eletronegativo dos elementos (número atômico 9 e peso atômico 
18,998), existindo naturalmente na forma de fluoreto. A ingestão adequada do mineral 
é de 4mcg diárias. 
Função 
 
Fluoreto produz aumento da resistência à cárie dental. Há também evidencias de que o 
fluoreto tenha um efeito direto no metabolismo do cálcio e fosfato, podendo reduzir os 
sintomas de osteoporose. Pessoas idosas que ingerem maior quantidade de fluoreto 
apresentam diminuição da perda urinaria de cálcio e melhora na densidade óssea. 
Deficiência Alta incidência de cárie dentárias. 
 
Toxicidade 
 
A ingestão de quantidade excessiva durante a calcificação ativa dos dentes pode resultar 
em fluorose dental. As células do tecido dental particularmenteos ameloblastos, são 
muito sensíveis ao fluoreto. Outros fatores tais como baixo peso corpóreo, velocidade 
do crescimento ósseo e períodos de remodelação óssea também afetam a gravidade 
desta condição. 
Metabolismo 
 
Cerca de 80 a 90% do flúor ingerido e absorvido rapidamente no estomago ou, em 
menor proporção, no intestino. A sua distribuição no corpo e rápida, particularmente 
para os tecidos duros como ossos e dentes. Pequenas quantidades de flúor aparecem 
em outros tecidos do corpo, incluindo tecidos moles, saliva, leite e sangue fetal. A 
concentração de flúor na dentina tende a aumentar ao longo da vida. O nível de flúor 
no sangue permanece quase constante, mesmo se ocorre flutuação na ingestão. 
Aproximadamente metade do flúor absorvido é excretada pelos rins. 
Fonte 
Alimentares 
O peixe é uma fonte alimentar primária para o flúor, embora a água seja a mais 
importante fonte natural, dependendo do local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Selênio 
Características 
 
O selênio é um elemento não-metálico relativamente raro, de número atômico 34 e 
peso atômico 78,96. No Brasil, a quantidade ideal de ingestão de selênio para adultos é 
de 55mcg/dia. 
Função 
 
Produção de enzimas fundamentais na neutralização de radicais livres; atua em 
conjunto com a vitamina E, em sua função antioxidante; ajuda a regular a atividade dos 
hormônios tireoidianos. 
Deficiência 
 
A deficiência de selênio só é comum em pacientes com insuficiência renal crônica sob 
hemodiálise prolongada, situação em que também ocorre comprometimento do 
sistema antioxidativo, com lesão tecidual por radicais livres. 
Toxicidade 
 
Graves distúrbios gastrintestinais, gosto metálico na boca, odor de alho exalado pelas 
vias respiratórias, distúrbios neurológicos, síndrome do estresse respiratório, infarto do 
miocárdio, falência renal e morte. 
Metabolismo 
 
O selênio ligado à cisteina e metionina é absorvido juntamente com estes aminoácidos. 
O selênio circula ligado a globulinas, lipoproteínas e possivelmente a selenoproteína P. 
Após absorção, o selênio se acumula no fígado e nos rins, principal mente ligado à GPX. 
Os níveis plasmáticos normais variam de uma região (geográfica) para outra, na 
dependência da quantidade de selênio nos alimentos. A principal via de eliminação do 
selênio é a renal (50 a 60% do total), diminuindo sua excreção quando o aporte 
alimentar é insuficiente. 
Fonte 
Alimentares 
Castanha-do-pará, aipo, alho, atum, brócolis, cebola, cereais integrais, cogumelos, 
farelo de trigo, fígado, frango, frutos do mar, ovo e leite.

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