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Cálcio Características O cálcio é o mineral mais abundante do organismo: 1.100 a 1.200g, dos quais 90% estão no esqueleto e cerca 9% nos dentes, representando cerca de 1,5 a 2% do peso corpóreo. Os níveis recomendados de ingestão segura de cálcio para crianças e adultos variam entre 600 e 800mg. As necessidades de cálcio aumentam no período de crescimento, durante a gravidez e o aleitamento, podendo chegar a 1.500mg/dia. Função O cálcio é fundamental ao crescimento porque ele faz parte dos constituintes dos ossos, dos dentes e de inúmeras reações orgânicas. Entre essas reações pode-se destacar que a liberação de energia para a contração muscular é dependente da presença de cálcio. Além disso, o cálcio é um elemento primordial da membrana celular na medida em que ele controla sua permeabilidade e suas propriedades elétricas. Está ligado às contrações das fibras musculares lisas, à transmissão do fluxo nervoso, a liberação de numerosos hormônios e mediadores do sistema nervoso. A atividade plaquetária e a coagulação sanguínea também estão ligadas à presença de cálcio, assim como a transformação de protrombina em trombina é de pendente da presença deste mineral. Deficiência As manifestações clínicas mais comuns da deficiência de cálcio são alterações cardiovasculares (incluindo hipotensão, bradicardia, arritmias, insuficiência cardíaca, parada cardíaca, prolongamento dos intervalos QT e ST) e neuromusculares (fraqueza, espasmos musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e parestesias). Toxicidade O hiperparatireoidismo, a imobilização prolongada, o excesso de vitaminas A e D, a tireotoxicose, a doença granulomatosa e algumas neoplasias malignas são as causas mais comuns de hipercalcemia. Assim como na deficiência de cálcio, o excesso também produz manifestações principalmente cardiovasculares (hipertensão, isquemia miocárdica, arritmias, bradicardia) e neuromusculares (fraqueza, diminuição do nível de consciência, coma, convulsões e morte súbita). Porém sintomas gastrintestinais (náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal e constipação intestinal) e renais (cálculos renais, nefrocalcinose e insuficiência renal) também podem estar presentes. Metabolismo A absorção do cálcio ocorre por duas vias: uma transcelular (absorção por meio das células intestinais), que é ativa e saturável, e outra paracelular (absorção entre as células intestinais), passiva e não saturável. O cálcio é absorvido no lúmen intestinal, sendo liberado no sangue, onde se encontra nas formas ionizada e livre em uma concentração de 1,25 mM. O transporte ativo do cálcio para o enterócito e sua saída da célula é dependente da ação da 1,25-di-idroxivitamina D3, a forma ativa da vitamina D, também conhecida como hormônio calcitriol, e de seus receptores. O movimento transcelular envolve três etapas: entrada por meio da parede celular, difusão pelo citoplasma e saída pela membrana basolateral da célula. A excreção de Ca se dá pela urina, pelas fezes e por outros fluidos, como suor, sêmen e menstruação. Fonte Alimentares O cálcio está significativamente presente em um pequeno número de alimentos, sendo os mais importantes o leite e seus derivados. Outros produtos que contêm cálcio são as carnes, os ovos, a sardinha, as amêndoas e a semente de gergelim. Fósforo Características O fósforo possui distribuição universal, sendo encontrado abundantemente nos alimentos. E o ânion de maior quantidade no LIC, compondo parte significativa do protoplasma celular. Está presente nos sistemas biológicos como fosfato-fosfato livre, fosfato-anidro ou fosfato-éter. A necessidade básica de fosfato é de 0,5 a 1,1mEq/kg/dia. Função O fósforo é importante constituinte dos ossos e dentes, mas também é necessário para a formação de ácidos nucléicos, para o estoque e a utilização da energia corpórea. Constitui-se no principal reservatório de energia metabólica na forma de ATP, creatina fosfato e fosfoenolpiruvato. É também utilizado como tampão. O metabolismo de todos os maiores substratos metabólicos depende do fosfato como co-fator enzimático presente em vários sistemas enzimáticos. Deficiência As hipofosfatemia podem ser assintomáticas ou, ao contrário, provocar certo número de sinais clínicos predominantemente neuromusculares, dominados por uma forte diminuição dos reflexos, parestesias em extremidades e ao redor da cavidade oral, fraqueza muscular, distúrbios da atenção, falência respiratória, letargia, obnubilação, coma e convulsão Toxicidade Os fosfatos são muito utilizados na indústria alimentícia e fazem parte dos aditivos de numerosos alimentos. Seu excesso pode causar uma mobilização exagerada do cálcio ósseo, com aumento dos riscos de osteoporose nas mulheres durante a menopausa. Metabolismo O hormônio da paratireóide possui ação equivalente para o cálcio e o fósforo, proporcionando melhor absorção intestinal do fósforo. Os alimentos ricos em fitatos, como alguns vegetais, são digeridos com deficiência no trato gastrintestinal humano, o que promove baixa disponibilidade de fósforo. O fósforo absorvido por transporte ativo é facilitado pela 1,25(OH) D. O metabolismo do fósforo segue os mesmos passos do cálcio. Pode ser removido do LIC para o LIV quando diminui o seu nível sérico. O cálcio e o fósforo formam fosfato de cálcio, que é relativamente insolúvel, o que limita muito a absorção digestiva do fósforo. O controle sanguíneo do cálcio e fósforo deve ser preciso para que não precipitem. Nas situações clínicas em que o pH urinário se situa em torno de 5 a 6, o cálcio e o fosfato podem precipitar como fosfato de cálcio insolúvel, promovendo o surgimento de cálculos. O uso rotineiro de alimentos que acidificam a urina pode trazer benefícios a pacientes com tendência à formação de cálculos renais. Havendo redução da absorção do fósforo há de forma compensatória diminuição da sua excreção. Fonte Alimentares O fósforo é amplamente distribuído na natureza, sendo encontrado em todas as células. Isso significa que todas as fontes alimentares, vegetais ou animais, podem ser consideradas boas fontes de fósforo (leite e derivados, ovo e peixe). Quantidade significativa de fósforo também pode ser encontrada em bebidas carbonatadas (refrigerantes gaseificados) na forma de fosfato. Magnésio Características O Magnésio é o cátion intracelular mais importante depois do potássio. Mesmo sendo menos abundante do que os outros três grandes macroelementos (sódio, potássio e cálcio). A necessidade diária do magnésio é de 0,25 a 0,5mEq/kg/dia (equivalente a 0,06 a 0,12ml/kg de sulfato de magnésio a 50%). Função O magnésio atua de forma a ativar o sistema enzimático celular a produzir energia pela transformação do ATP em ADP, especialmente nos sistemas necessários para o metabolismo da glicose, a contração muscular (incluindo cardíaca), a síntese de ácido nucléico, de coenzimas e de gordura e proteína. E essencial para a manutenção do suprimento adequado de purina e pirimidina para a síntese de DNA e RNA. Ativa também a fosfatase alcalina e catalisa reações bioquímicas hepáticas e ósseas, além de ser importante estabilizador da condução neural. Deficiência A hipomagnesemia aumenta a irritabilidade neuromuscular, provoca tremores, tetania e possivelmente convulsões e associa-se frequentemente com hipocalcemia e hipopotassemia. A sintomatologia é caracterizada por apneia, arritmias cardíacas, ataxia, convulsões, confusão mental e coma, delírio, depressão, distúrbios do comportamento, fraqueza muscular, hipertonia e espasticidade, hipocalcemia resistente à vitaminaD, irritabilidade neuromuscular; náuseas, sensibilidade cardíaca aumentada aos digitálicos, sinais de Trousseau e Chvostek, tetania, tremores, vertigem e vômitos. Toxicidade Hipermagnesemia é rara e associa-se, usualmente, com o excesso de sua ministração. As alterações clínicas associadas com a hipermagnesemia incluem, bradicardia com risco de parada cardíaca, coma, depressão do sistema nervoso central e da ventilação (insuficiência respiratória), hipotensão arterial ou choque (por vasodilatação), hiporreflexia (hipotonia muscular), náuseas, parada cardíaca e vômitos. Metabolismo É absorvido ao longo do intestino delgado grosso, especialmente no jejuno distal e íleo. A fração de absorção é inversamente proporcional aos níveis de ingestão, sendo estimada a absorção ligada em torno de 50%. Os alimentos ricos em fosfatos, fitatos e fibras e dietas pobres em proteínas (inferior a 30g/dia) diminuem a absorção do magnésio. O rim é o principal órgão envolvido na homeostase do magnésio, sendo filtrado 80% do seu conteúdo plasmático e reabsorvido 30% no túbulo contorcido proximal e 65% na alça de Henle. A excreção renal de magnésio e variável, maior na hipermagnesemia e menor na hipomagnesemeia. A excreção do magnésio e aumentada pela administração de ácido etacrínico, cisplatina e furosemida, e diminuída pelo álcool, amilorida e triantereno. Fonte Alimentares O Magnésio encontra-se amplamente distribuído nos alimentos, principalmente nos vegetais folhosos verde-escuros, e no cacau, café, castanhas, chá, frutos do mar e grãos integrais. E muito usado como leite, citrato ou sulfato de magnésio. Enxofre Características O enxofre é um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos biológicos celulares. O corpo humano contém 140g de enxofre e necessita diariamente de 850mg. Função Ele tem funções energéticas e plásticas. Está envolvido na formação do coágulo, no mecanismo de transferência de energia e como parte de algumas vitaminas. O enxofre também é necessário na formação de mucoproteínas. É o elemento das disfunções hepatobiliares dessensibilizador universal. O enxofre é importante nos tecidos densos (cartilagens, cabelos, unhas). Faz parte dos mucopolissacarídeos que são fundamentais na constituição das cartilagens, das secreções mucosas, do humor vítreo, do fluido sinovial. Deficiência Fraqueza física e mental, inchaço do fígado, baço e útero, muitas dores nos ossos e articulações, odor ruim na saliva. Pode ocasionar certa debilidade nas unhas, pele e cabelos. Toxicidade Não é reconhecida. Metabolismo *(Dados não encontrados). Fonte Alimentares Os alimentos ricos em enxofre são: carne, leite, ovos, queijos, cereais, frutas secas. Manganês Características O manganês é um mineral essencial para os humanos e outros animais, necessário para o metabolismo de macronutrientes, formação de tecidos e ossos, além de processos reprodutivos. Resultados em dietas brasileiras apontam para uma ingestão aproximada de 1 a 2 mg/dia. Função O manganês é um nutriente essencial envolvido na formação dos ossos e no metabolismo de aminoácidos, colesterol e carboidratos. O mineral está envolvido na regulação da atividade de grande variedade de enzimas, como arginase, glutamina sintetase, fosfoenolpiruvato descarboxilase e manganês superóxido dismutase, bem como na regulação da atividade de receptores de neurotransmissores. Deficiência O déficit de manganês no organismo pode interferir no crescimento e causar anormalidades do esqueleto, disfunções reprodutivas, menor tolerância à glicose e alteração no metabolismo dos carboidratos e das gorduras. Toxicidade Por via oral, os sais de manganês têm pouca toxicidade. Metabolismo A absorção pode ser melhorada pela quelação com histidina ou com citrato e pelo álcool, e inibida pelo cálcio, cobalto e ferro, além de fibras, fitato, ácido ascórbico e fósforo45. O manganês é mobilizado do sangue para o fígado e transportado para tecidos extra-hepáticos pela transferrina e possivelmente pela α-macroglobulina e albumina. A maioria do manganês absorvido é excretado na bile e no suco pancreático, com pouca ou nenhuma excreção pela urina. Fonte Alimentares As melhores fontes de manganês nas dietas são cereais integrais, nozes, folhas verdes, chá, carnes e derivados de leite. Ferro Características O ferro é um elemento químico metálico, de número atômico 26 e peso atômico 55,847. A perda de ferro de um homem adulto sadio é tão pequena que pode ser compensada pela absorção de apenas 1-2mg de ferro por dia, em contraste com a necessidades de ferro para produção diária de hemácias, da ordem de 20mg/dia, ou armazenada no corpo, de 3-4g. Função Uma das funções mais conhecidas do ferro decorre de sua presença como elemento estrutural do grupo heme na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte do oxigênio e do gás carbônico no sangue. Quando o sangue passa pelos capilares pulmonares, o oxigênio presente nos alvéolos se liga a hemoglobina das hemácias, que serão distribuídas na circulação arterial, para oxigenação dos tecidos corpóreos. Deficiência Anemia ferropênica, apresenta palidez cutaneomucosa, fraqueza, fadiga, tonturas e menor capacidade para o trabalho; quadros graves associam-se com taquicardia, falta de ar aos pequenos esforços e outros sinais de má oxigenação tecidual. A anemia associa-se com maiores taxas de parto prematuro, menor peso corpóreo ao nascimento, maior morbimortalidade na infância, hipodesenvolvimento físico e problemas de desenvolvimento cognitivo. Toxicidade Excesso de ferro catalisa reações que perpetuam os radicais livres no organismo, processo que poderia acarretar maior risco de doenças cardiovasculares e retardo do crescimento de crianças normais. Nos processos infecciosos, há evidencias de que a suplementação de ferro pode agravar o qual quadro, já que a hipotermia representa resposta fisiológica de defesa, visando privar o ferro do agente invasor. Metabolismo Do total de ferro ingerido, 5% a 10% é absorvido no duodeno e no jejuno, sendo captado pela ferritina, uma proteína de estocagem que sequestra o ferro e pode transformar o ferro bivalente em ferro trivalente ativo. Uma outra molécula, proteína de transporte, a transferrina (sintetizada no fígado) vai se carregar de ferro junto a ferritina. É a transferrina que fornece o ferro aos reticulócitos, células precursoras dos glóbulos vermelhos. A dosagem de ferritina permite avaliar o estado das reservas de ferro no organismo. O ferro não é excretado na urina normal, sendo em grande parte reaproveitado. Dessa forma, a necessidade individual de ferro deve ser aquela suficiente para repor a perda nas fezes, no suor, nos cabelos e na descamação da pele, além da aquela que ocorre na menstruação normal e na transferência placentária da mãe para o feto. Fonte Alimentares Carnes vermelhas, vísceras de animais, ovos, folhosas verde escura, ostras e leguminosas. Zinco Características O zinco é o segundo elemento-traço mais abundante no corpo humano. O organismo humano adulto possui cerca de 2 g de zinco, sendo que 80% estão distribuídos em ossos, músculos, fígado e pele. A Ingestão Diária Recomendada de zinco é de 12 mg/dia para mulheres e 15 mg/dia para homens. Grávidas e lactantes precisam de mais, até 19 mg/dia. Função O mineral tem papel importante, porexemplo, no crescimento, na resposta imune do organismo, na função neurológica e na reprodução. Além dessas funções, o zinco atua na estrutura das proteínas e membranas celulares e também está envolvido na expressão dos genes, na síntese de hormônios e na transmissão do impulso nervoso. Deficiência Como sinais e sintomas da deficiência em zinco, as manifestações mais comuns são: anorexia, alterações no paladar e no comportamento, intolerância à glicose, hipogonadismo, disfunções imunológicas, hipogeusia, retardo de crescimento e atraso na maturação sexual. Toxicidade A intoxicação aguda pelo zinco é caracterizada por sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, dor epigástrica, diarreia e tonturas. Sintomas de toxicidade crônica incluem vômitos, anemia e aumento do LDL-colesterol, além de efeitos adversos sobre o sistema imunológico, incluindo redução nas respostas de linfócitos T. A toxicidade crônica de zinco pode também determinar diminuição do HDL-colesterol, um efeito indesejável, já que esta lipoproteína exerce efeito protetor contra a cardiopatia aterosclerótica. Metabolismo A absorção de zinco ocorre principalmente no intestino delgado, a presença da glicose no lúmen intestinal auxilia a captação. O zinco absorvido é transportado ao fígado pela albumina e desse órgão para outros tecidos, sobretudo ligado à albumina, a aminoácidos, ou à α-2-macroglobulina. A quantidade ligada aos aminoácidos (3%) constitui a parte filtrada nos glomérulos e pode ser perdida na urina. Pâncreas, rins e baço têm alta taxa de turnover de zinco, ao contrário de cérebro e ossos, cuja taxa de renovação é muito menor. A principal forma de eliminação de zinco corporal é pelas fezes. Fonte Alimentares As principais fontes alimentares de zinco são ostras, camarão, carnes bovina, de frango e de peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos. Cromo Características O cromo é um elemento metálico de transição (número atômico 24, peso atômico 51,996). As reservas corpóreas de cromo variam entre 0,4 e 6mg, sendo relativamente maiores em recém-nascido do que em adultos ou idosos. Um adulto ingerindo alimentação geral normocalórica geralmente ingere de 50 a 200ug de cromo/dia, suficiente na prevenção de deficiência. Função O cromo desempenha o papel de ativador das enzimas e na estabilização das proteínas e ácidos nucléicos (papel na espermatogênese, ou seja, fabricação do esperma). Contudo, sua principal atuação é a de potencializar o papel da insulina, não unicamente no metabolismo dos açúcares, mas também no das proteínas e das gorduras. Deficiência Não se observam sinais aparentes de déficit de cromo na população em geral, mas se encontram a deficiência grave de cromo provoca resistência insulínica. Toxicidade A toxicidade do cromo é bastante variável conforme seu estado de valência. Essa avaliação torna-se difícil, uma vez que em alimentos e em suplementos apenas a forma trivalente está presente. O cromo hexavalente, que possui níveis de toxicidade muito mais elevados que o cromo trivalente, não é encontrado em alimentos. Metabolismo O cromo absorvido liga-se a transferrina, mas também circula ligado à albumina e possivelmente as globulinas. A transferrina contendo cromo se liga ao receptor de transferrina na membrana das células-alvo, sendo o complexo transferrina-Cr absorvido por endocitose. O cromo é liberado da transferrina e se liga ao FTG-Cr. Dessa forma, o cromo é transferido da transferrina ao FTG-Cr, que normalmente existe em células dependentes de insulina na forma inativa. Ao se ligar ao cromo, o FTG-Cr se torna ativo e se liga ao receptor ativado da insulina, seguindo-se a uma estimulação da atividade da tirosina quinase, com conseqüente potencialização da ação da insulina. O cromo parece inibir a fosfatase fosfotirosina, enzima que libera o fosfato do receptor de insulina, o que reduz a sensibilidade à insulina. A maior parte do cromo absorvido é excretada pelos rins. Fonte Alimentares O cromo está presente nos alimentos na forma inorgânica ou em complexos orgânicos. Fermentos, carnes, gema de ovo, café, nozes, brócolis, vinho, cerveja e levedo de cerveja, grãos integrais, constituem-se na melhor fonte alimentar de cromo. Iodo Características O Iodo é um micronutriente de número atômico 53 e peso atômico 126,9. Sua recomendação diária é de 150mcg para pessoas com mais de 14 anos. Gestantes, no entanto, precisam consumir 220mcg/dia. A quantidade ideal de iodo para lactantes é de 290mcg diariamente. Função Integra a formação de dois fatores hormonais da glândula tireoide (tiroxina e triiodotironina), que agem na maioria dos órgãos e nas grandes funções do organismo; no sistema nervoso (atua na termogênese), no sistema cardiovascular, nos músculos esqueléticos, nas funções renais e respiratórias. Em suma, estes hormônios são indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento harmonioso do organismo. Deficiência O Bócio tem sido usado para descrever o efeito primário da deficiência de iodo. Entretanto, as manifestações clínicas da sua deficiência são mais abrangentes e atingem pessoas de todas as idades, particularmente aquelas em períodos de crescimento. O cretinismo é o mais grave problema associado com a deficiência de iodo, um defeito congênito do desenvolvimento físico e mental causado pela carência de iodo durante o desenvolvimento fetal. Toxicidade Sintomas de hipotireoidismo são cutâneos, (pálpebras inchadas, tegumentos sem vida e secos, cabelos quebradiços e se rarefazendo), musculares (astenias e câimbras), com um metabolismo reduzido (sensação hipotérmica, anorexia, distúrbios dispépticos), amenorreia ou impotência sexual, sinais neuropsíquicos (apatia, lentidão de raciocínio). Metabolismo A glândula tireoide tem a capacidade de captar o iodo absorvido, acumulando-o rapidamente no colóide dos folículos tireoidianos, por mecanismo que requer energia. O iodo e incorporado a tirosina da tireoglobulina, uma macroglobulina sintetizada pelo epitélio tireoidiano, originando resíduos mono e diiodados do aminoácido. A secreção dos hormônios é feita após a proteólise da tireoglobulina, influenciada pelo hormônio estimulador da tireoide (TSH); uma gotícula intracelular do colóide funde-se com os lisossomos, onde as enzimas proteolíticas degradam completamente a tireoglobulina em seus aminoácidos constituintes. Fonte Alimentares As principais fontes de iodo são os peixes de água salgada e frutos do mar, como bacalhau, sardinha, molusco, ostra e camarão. O leite e seus derivados também contêm quantidade importante de iodo, assim como os legumes (vagem, agrião, cebola, alho porró, rabanete, nabo) e sal iodado. Flúor Características O flúor é o mais eletronegativo dos elementos (número atômico 9 e peso atômico 18,998), existindo naturalmente na forma de fluoreto. A ingestão adequada do mineral é de 4mcg diárias. Função Fluoreto produz aumento da resistência à cárie dental. Há também evidencias de que o fluoreto tenha um efeito direto no metabolismo do cálcio e fosfato, podendo reduzir os sintomas de osteoporose. Pessoas idosas que ingerem maior quantidade de fluoreto apresentam diminuição da perda urinaria de cálcio e melhora na densidade óssea. Deficiência Alta incidência de cárie dentárias. Toxicidade A ingestão de quantidade excessiva durante a calcificação ativa dos dentes pode resultar em fluorose dental. As células do tecido dental particularmenteos ameloblastos, são muito sensíveis ao fluoreto. Outros fatores tais como baixo peso corpóreo, velocidade do crescimento ósseo e períodos de remodelação óssea também afetam a gravidade desta condição. Metabolismo Cerca de 80 a 90% do flúor ingerido e absorvido rapidamente no estomago ou, em menor proporção, no intestino. A sua distribuição no corpo e rápida, particularmente para os tecidos duros como ossos e dentes. Pequenas quantidades de flúor aparecem em outros tecidos do corpo, incluindo tecidos moles, saliva, leite e sangue fetal. A concentração de flúor na dentina tende a aumentar ao longo da vida. O nível de flúor no sangue permanece quase constante, mesmo se ocorre flutuação na ingestão. Aproximadamente metade do flúor absorvido é excretada pelos rins. Fonte Alimentares O peixe é uma fonte alimentar primária para o flúor, embora a água seja a mais importante fonte natural, dependendo do local. Selênio Características O selênio é um elemento não-metálico relativamente raro, de número atômico 34 e peso atômico 78,96. No Brasil, a quantidade ideal de ingestão de selênio para adultos é de 55mcg/dia. Função Produção de enzimas fundamentais na neutralização de radicais livres; atua em conjunto com a vitamina E, em sua função antioxidante; ajuda a regular a atividade dos hormônios tireoidianos. Deficiência A deficiência de selênio só é comum em pacientes com insuficiência renal crônica sob hemodiálise prolongada, situação em que também ocorre comprometimento do sistema antioxidativo, com lesão tecidual por radicais livres. Toxicidade Graves distúrbios gastrintestinais, gosto metálico na boca, odor de alho exalado pelas vias respiratórias, distúrbios neurológicos, síndrome do estresse respiratório, infarto do miocárdio, falência renal e morte. Metabolismo O selênio ligado à cisteina e metionina é absorvido juntamente com estes aminoácidos. O selênio circula ligado a globulinas, lipoproteínas e possivelmente a selenoproteína P. Após absorção, o selênio se acumula no fígado e nos rins, principal mente ligado à GPX. Os níveis plasmáticos normais variam de uma região (geográfica) para outra, na dependência da quantidade de selênio nos alimentos. A principal via de eliminação do selênio é a renal (50 a 60% do total), diminuindo sua excreção quando o aporte alimentar é insuficiente. Fonte Alimentares Castanha-do-pará, aipo, alho, atum, brócolis, cebola, cereais integrais, cogumelos, farelo de trigo, fígado, frango, frutos do mar, ovo e leite.
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