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Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário 
Hugo Goes 
 
 
Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 
 
1. Os textos que serão ​EXCLUÍDOS​ estão tachados e realçados em vermelho. 
2. Os textos que serão ​ACRESCENTADOS​ estão realçados em azul. 
3. Os textos que serão ​MODIFICADOS​ estão realçados em verde. 
 
 
Página 5  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
A Lei 8.689, de 27/07/1993, extinguiu o INAMPS; posteriormente, a LBA, a                       
FUNABEM e a CEME também foram extintas; a DATAPREV continua em atividade, sendo                         
empresa pública vinculada ao Ministério ​do Trabalho e Previdência Social​ ​da Fazenda​. 
 
1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS 
 
A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,                           
autarquia federal vinculada ao então Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante                       
a fusão do IAPAS com o INPS. ​O INSS é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do                                 
Desenvolvimento Social e Agrário. 
 
 
Página 6  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
1.8 ​Ministério do Trabalho e​ Previdência Social ​com status de Ministério 
 
A partir de 1º de fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio                             
passou a denominar­se Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art.                       
10). Pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério. 
 
[...] 
 
A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e                         
Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social                     
(MPS). ​Atualmente, ​Com o advento dessa Lei, a assistência social ​está ​passou a ser                           
vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
A Medida Provisória 696, de 2 de outubro de 2015, alterou a Lei 10.683/2003 para,                             
entre outras medidas, promover a fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o                           
Ministério da Previdência Social, dando origem, mais uma vez, ao Ministério do Trabalho e                           
Previdência Social. 
A Medida Provisória 726, de 12 de maio de 2016, também promoveu alterações na                           
Lei 10.683/2003, dando uma nova organização aos Ministérios. Entre as medidas adotadas                       
por essa Medida Provisória, podemos destacar as seguintes: 
● O Ministério do Trabalho e Previdência Social foi transformado em Ministério do                       
Trabalho (MP 726/2016, art. 2º, IV); 
● O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi transformado em                       
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MP 726/2016, art. 2º, VI); 
● O INSS e o Conselho de Recursos do Seguro Social foram transferidos do Ministério                           
do Trabalho e Previdência Social para o Ministério do Desenvolvimento Social e                       
Agrário (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, II); 
● Foram transferidos para o Ministério da Fazenda: a Superintendência Nacional de                     
Previdência Complementar (Previc); o Conselho Nacional de Previdência               
Complementar; a Câmara de Recursos da Previdência Complementar; a Dataprev e                     
o Conselho Nacional de Previdência (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, III e IV). 
 
1.9 Leis básicas da Previdência Social 
 
 
Página 12  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
A Lei 12.154, de 23/12/2009, criou a Superintendência Nacional de Previdência                     
Complementar – PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia                   
administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério ​do Trabalho e                       
Previdência Social ​da Fazenda​, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o                               
território nacional. A PREVIC atuará como entidade de fiscalização e de supervisão das                         
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das                     
políticas para o Regime de Previdência Complementar operado pelas entidades fechadas                     
de previdência complementar. 
 
 
Página 13  – Alterar o verde. 
 
Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem                     
ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência                           
Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos                   
de benefícios, aplica­se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral                         
de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo                       
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado                           
no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado                             
mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios                             
do RGPS é ​R$5.189,82​. 
 
 
Página 20  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
A Lei 9.717/98 estabelece as regras gerais para a organização e o funcionamento                         
dos Regimes Próprios de Previdência Social. De acordo com esta Lei, compete à União, por                             
intermédio do Ministério ​do Trabalho e ​da Previdência Social ​(atual Ministério do                       
Desenvolvimento Social e Agrário)​, a orientação, supervisão e o acompanhamento dos                     
Regimes Próprios de Previdência Social, bem como o estabelecimento e a publicação dos                         
parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei (art. 9º, I e II). Com base nesta                               
competência, o ​então Ministério ​do Trabalho e ​da Previdência Social editou a Orientação                         
Normativa MPS/SPS 2/2009, tendo como objetivo estabelecer, de forma mais detalhada, as                       
regras para a organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência. 
 
 
Página 25  – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos                           
benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade                       
direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo                         
o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos                         1
apenas aos necessitados; os benefícios salário­família e o auxílio­reclusão só serão                     
concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda                       
mensal inferior ou igual a ​R$1.212,64​).  2
 
 
Páginas 43 e 44  – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
São órgãos colegiados da Seguridade Social: o Conselho Nacional da Previdência                     
Social (​CNP​), os Conselhos de Previdência Social (CPS), o Conselho de Recursos ​da                         
Previdência ​do Seguro Social (​CRSS​), o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e                         
o Conselho Nacional de Saúde (CNS). 
Neste capítulo será estudado o ​CNP​, os CPS e o ​CRSS​. O CNAS será estudado no                               
capítulo referente à Assistência Social. 
 
5.1 Conselho Nacional de Previdência ​Social​– ​CNP 
 
O ​CNP​, órgão superior de deliberação colegiada, criado pela Lei 8.213/91 (art. 3º),                         
possui como objetivo precípuo o estabelecimento do caráter democrático e descentralizado                     
da gestão administrativa, com a participação do governo e da sociedade. 
 
5.1.1 Composição do ​CNP 
 
CNP 
→  6 representantes do governo federal     
       
→  9 representantes da sociedade civil, sendo: 
→  3 representantes dos aposentados e pensionistas 
1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 
87. 
2 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2016​, pela Portaria ​MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016​. 
   
→  3 representantes dos trabalhadores em atividade 
   
→  3 representantes dos empregadores 
 
Os membros do ​CNP e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo presidente                       
da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos,                           
podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez (Lei 8.213/91, art. 3º, §1º). 
 
 
Página 45  – Excluir o vermelho; Alterar o verde. 
 
5.1.2 Competência do ​CNP 
 
De acordo com o disposto no art. 296 do Regulamento da Previdência Social (RPS),                           
compete ao Conselho Nacional de Previdência ​Social​: 
 
I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à                         
previdência social; 
 
 
Página 46  – Alterar o verde. 
 
De acordo com o disposto no art. 5º da Lei 8.213/91, compete aos órgãos                           
governamentais: 
 
I – prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das                       
competências do ​CNP​, fornecendo inclusive estudos técnicos; 
II – encaminhar ao ​CNP​, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio                             
ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social,                 
devidamente detalhada. 
 
5.1.4 Publicidade das resoluções 
 
As decisões proferidas pelo ​CNP deverão ser publicadas no Diário Oficial da União                         
(Lei 8.213/91, art. 4º, parágrafo único). 
 
5.1.5 Reuniões do ​CNP 
 
O ​CNP reunir­se­á, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu                       
presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver                             
requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros (Lei 8.213/91, art. 3º, §3º). 
Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu presidente ou a requerimento                     
de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS (Lei                           
8.213/91, art. 3º, §4º). 
As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade,                   
decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando­se como jornada                   
efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais (Lei 8.213/91, art. 3º, §6º). 
 
5.1.6 Estabilidade no emprego dos representantes dos trabalhadores 
 
Aos membros do ​CNP​, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade,                   
titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano                           
após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo                         
de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial (Lei 8.213/91, art. 3º,                         
§7º). 
 
 
Página 47  – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
Os CPS são unidades descentralizadas do ​CNP​. Funcionam junto às gerências                     
executivas do INSS (RPS, art. 296­A). 
Nas cidades onde houver mais de uma gerência executiva, o CPS será instalado                         
naquela indicada pelo gerente regional do INSS cujas atribuições abranjam a referida                       
cidade. 
Os CPS terão caráter consultivo e de assessoramento, competindo ao ​CNP                     
disciplinar os procedimentos para o seu funcionamento, suas competências, os critérios de                       
seleção dos representantes da sociedade e o prazo de duração dos respectivos mandatos,                         
além de estipular por resolução o regimento dos CPS. 
 
[...] 
 
5.3 Conselho de Recursos ​da Previdência​ ​do Seguro​ Social – ​CRSS 
 
O Conselho de Recursos ​da Previdência ​do Seguro Social – ​CRSS​, colegiado                       
integrante da estrutura do Ministério do ​Trabalho e Previdência Social ​Desenvolvimento                     
Social e Agrário​, é órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos                           
referentes a benefícios a cargo desta Autarquia (RPS, art. 303). 
 
 
Páginas 48 a 49  – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas. 
 
Antes da edição da Lei 11.457/2007, o ​CRSS também tinha competência para julgar                         
matérias de interesse dos contribuintes referentes às contribuições previdenciárias. Mas                   
atualmente, por força do art. 25 da Lei 11.457/2007, o processo administrativo fiscal relativo                           
às contribuições previdenciárias regula­se pelas normas do Decreto 70.235/72. De acordo                     
com o art. 25 do Decreto 70.235/72, o julgamento de processos sobre a aplicação da                             
legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil                       
compete: (I) em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de                         
Julgamento (DRJ); e (II) em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos                       
Fiscais. 
 
5.3.1 Composição do ​CRSS 
 
 
CRSS 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
   
 
O ​CRSS é presidido por representante do Governo, com notório conhecimento da                       
legislação previdenciária, ​nomeado pelo ministro de Estado da Previdência Social,                   
cabendo­lhe dirigir os serviços administrativos do órgão. 
O mandato dos membros do ​CRSS é de dois anos, permitida a recondução,                         
atendidas às seguintes condições: 
 
I. os representantes do Governo são escolhidos entre servidores federais,                   
preferencialmente ​do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou do INSS ​ou do                         
Ministério ao qual o INSS esteja vinculado​, com curso superior em nível de                         
graduação concluído e notório conhecimento da legislação previdenciária, que                 
prestarão serviços exclusivos ao ​CRSS​, sem prejuízo dos direitos e vantagens do                       
respectivo cargo de origem; 
II. os representantes classistas, que deverão ter escolaridade de nível superior,                     
exceto representantes dos trabalhadores rurais, que deverão ter nível médio, são                     
escolhidos dentre os indicados, em lista tríplice, pelas entidades de classe ou                       
sindicais das respectivas jurisdições, e manterão a condição de segurados do                     
RGPS; e 
III. o afastamento do representante dos trabalhadores da empresa empregadora não                     
constitui motivo para alteração ou rescisão contratual. 
 
O conselheiro afastado por qualquer das razões elencadas no Regimento Interno do                       
CRSS​, exceto quando decorrente de renúncia voluntária, não poderá ser novamente                     
designado para o exercício desta função antes do transcurso de cinco anos, contados do                           
efetivoafastamento. 
Compete ao ministro de Estado da Previdência Social aprovar o Regimento Interno                       
do CRSS. 
 
5.3.2 Juntas de Recursos 
 
 
Página 50  – Alterar o verde. 
 
5.3.5 Gratificação dos membros do ​CRSS 
 
 
Página 78  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: as outras células da tabela devem permanecer inalteradas. 
 
Classe I  => 
Cônjuge, companheiro(a) e     
filho(a) não emancipado(a) de       
qualquer condição, menor de 21         
anos ou inválido ou que tenha           
deficiência intelectual ou mental       
que o torne absoluta ou         
relativamente incapaz, assim     
declarado judicialmente ​ou     
deficiência grave ​. 
     
Classe II  =>  Os pais 
     
Classe III  => 
Irmão não emancipado, de       
qualquer condição, menor de 21         
anos ou inválido ou que tenha           
deficiência intelectual ou mental       
que o torne absoluta ou         
relativamente incapaz, assim     
declarado judicialmente ​ou     
deficiência grave ​. 
 
 
Página 82  – Excluir o vermelho. 
 
O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente,                           
com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo                         
autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei 6.019/74, art. 10). O                           
Ministério do Trabalho ​e Emprego editou a Portaria 789/2014, estabelecendo a                     
possibilidade de prorrogação do prazo de três meses nos seguintes casos: 
 
[...] 
 
A empresa de trabalho temporário deverá solicitar as autorizações previstas nos                     
arts. 2º e 3º da Portaria 789/2014 por meio da página eletrônica do Ministério do Trabalho ​e                                 
Previdência Social​. 
O trabalhador temporário não deve ser confundido com o trabalhador eventual, que                       
também é segurado obrigatório do RGPS, porém, na qualidade de contribuinte individual.                       
Trabalhador eventual é aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter                           
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (Lei 8.213/91, art. 11, V, “g”). 
 
 
Página 91  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
Nas situações em que o produtor rural pessoa física, enquadra­se como segurado                       
especial, ele também pode utilizar­se de empregados por pequeno prazo. Neste caso, as                         
contratações ocorrerão ​em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 pessoas/dia no                           
ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas                           
de trabalho​, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência                         
da percepção de auxílio­doença​. (Lei 8.213, art. 11, §7º). 
 
 
Página 125  – Acrescentar o azul. 
 
De acordo com o art. 20 da Lei 12.871/2013, o médico participante do Projeto Mais                             
Médicos para o Brasil enquadra­se como segurado obrigatório do RGPS, na condição de                         
contribuinte individual. Mas, nos termos do parágrafo único do referido artigo, são                       
ressalvados dessa obrigatoriedade os médicos intercambistas: (I) selecionados por meio de                     
instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura                 
securitária específica; ou (II) filiados a regime de seguridade social em seu país de origem,                             
o qual mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do                         
Brasil. 
 
XXXII ­ O atleta de modalidade olímpica ou paraolímpica beneficiário de Bolsa­Atleta                       
de valor igual ou superior a um salário mínimo 
 
De acordo com o § 6º do art. 1º da Lei 10.891/2004, o atleta de modalidade olímpica                                 
ou paraolímpica, com idade igual ou superior a dezesseis anos, beneficiário de Bolsa­Atleta                         
de valor igual ou superior a um salário mínimo, é filiado ao Regime Geral de Previdência                               
Social como contribuinte individual. Durante o período de fruição da Bolsa­Atleta caberá ao                         
Ministério do Esporte efetuar o recolhimento da contribuição previdenciária, descontando­a                   
do valor pago aos atletas (Lei 10.891/2004, art. 1º, § 7º). 
 
2.1.6 Situações específicas 
 
 
Páginas 129 a 130  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
De acordo com o art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes do segurado,                         
considerados beneficiários do RGPS, dividem­se em três classes: 
 
● Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de                           
qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual                         
ou mental ​que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado                     
judicialmente​ ​ou deficiência grave​; 
● lasse II: os pais; 
● Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou                           
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou                         
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente​ ​ou deficiência grave​. 
 
A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação aos incisos I e III do art.                                       
16 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte: 
 
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer                             
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência                           
intelectual ou mental ou deficiência grave; 
[...] 
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos                               
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após                           
decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário                           
Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. 
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou                       
seja, o benefício (pensão por morte ou auxílio­reclusão) será dividido em cotas iguais.                         
Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que                             
permanecerem com o direito. 
 
 
Páginas 134 a 135  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
Para ser beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o filho                         
(não emancipado, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou                           
mental ​que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ​ou                       
deficiência grave​) pode ser de qualquer condição. Assim, não há distinção entre filhos                         
legítimos, ilegítimos, incestuosos, adulterinos ou adotados. 
Confusão frequente sobre o filho dependente diz respeito aos filhos maiores de 21                         
até 24 anos de idade que sejam universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º                             
grau. Para fins de imposto de renda, o contribuinte pode incluir estes filhos em sua                             
declaração como sendo seus dependentes. Todavia, para efeitos previdenciários, este fato                     
é irrelevante: qualquer filho maior de 21 anos somente manterá a condiçãode dependente                           
se for inválido ou se tiver deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou                             
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ​ou deficiência grave​. Nesse sentido,                   
confira o seguinte julgado do STJ: 
 
 
Página 136  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
No caso de filho que tenha deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou                             
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ​ou deficiência grave​, mesmo que seja                     
maior de 21 anos, continua sendo dependente do segurado. ​Caso já tenha sido reconhecida                           
judicialmente tal situação, para considerar este filho como beneficiário na qualidade de                       
dependente não será necessária a realização de perícia médica. Para tal fim, a declaração                           
judicial já é suficiente. 
O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor                   
individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do                         
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91,                       
art. 77, § 6º). Ou seja, mesmo que passe a exercer atividade remunerada, esse filho                             
permanece com a qualidade de dependente mantida. 
 
 
Página 139  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
A terceira classe de dependentes refere­se ao irmão não emancipado, de qualquer                       
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental​, que                             
o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ​ou deficiência                     
grave​ (Lei 8.213/91, art. 16, III). 
 
 
Página 142  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
A dependência econômica do cônjuge, do companheiro, da companheira e do filho                       
(não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido ou que                             
tenha deficiência intelectual ou mental​, que o torne absoluta ou relativamente incapaz,                       
assim declarado judicialmente ​ou deficiência grave​) é presumida e a dos demais                       
dependentes deve ser comprovada (Lei 8.213/91, art. 16, §4º). 
 
 
Página 150  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
48. (DPE­RR/Cespe/2013​/Adaptada​) Assinale a opção correta no que se refere aos                     
dependentes do RGPS. 
a) A dependência econômica de todos os dependentes do segurado deve ser comprovada. 
b) É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o irmão                           
não emancipado, de qualquer condição, com menos de vinte e cinco anos ou inválido ou                             
que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz. 
c) Avós de segurado podem ser considerados beneficiários do RGPS, na condição de seus                           
dependentes. 
d) O enteado e o menor tutelado equiparam­se ao filho mediante apresentação de                         
declaração pelo dependente e comprovação da dependência econômica, na forma                   
estabelecida em regulamento. 
e) São considerados beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado, o                         
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado inválido ou que tenha                           
deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim                       
declarado judicialmente​ ​ou deficiência grave​. 
 
[...] 
 
c) será beneficiário do Regime Geral, como dependente do segurado, o irmão não                         
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha                               
deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim                       
declarado judicialmente​ ​ou deficiência grave​. 
 
 
Páginas 160 a 161  – Excluir o vermelho. 
 
Este prazo será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de                               
120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado                         
(Lei 8.213, art. 15, §1º). Estes dois prazos (12 ou 24 meses) serão acrescidos de mais 12                                 
meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro                       
no órgão próprio do Ministério do Trabalho ​e Previdência Social​ (Lei 8.213/91, art. 15, §2º). 
A condição de desempregado pode ser comprovada, dentre outras formas: (I)                     
comprovação do recebimento do seguro­desemprego; ou (II) inscrição cadastral no Sistema                     
Nacional de Emprego – SINE, órgão responsável pela política de emprego nos estados da                           
federação (IN INSS 77/2015, art. 137, § 4º). 
O STJ tem entendido que a ausência de anotação de contrato de trabalho na                           
carteira profissional do segurado não é suficiente para comprovar a sua situação de                         
desempregado, uma vez que a mencionada ausência não tem o condão de afastar possível                           
exercício de atividade remunerada na informalidade. O STJ também tem entendido que a                         3
ausência de registro perante o Ministério do Trabalho ​e Previdência Social poderá ser                         
suprido quando for comprovada a situação de desemprego por outras provas constantes                       
dos autos, inclusive a testemunhal.  4
 
 
Página 170  – Excluir o vermelho. 
ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas. 
 
Situação do segurado  Prazo de manutenção da qualidade de segurado 
Início da contagem 
do prazo 
Segurado em gozo de 
benefício  Sem limite de prazo  ­ 
O segurado que deixar 
de exercer atividade 
remunerada abrangida 
pela Previdência Social 
ou estiver suspenso ou 
licenciado sem 
remuneração 
a) Tendo até 120 contribuições: 12 
meses; 
b) Tendo mais de 120 contribuições: 24 
meses. 
Obs.: ambos os prazos serão 
acrescidos de 12 meses se o segurado 
estiver desempregado, desde que 
comprove esta situação por registro em 
órgão próprio do Ministério do Trabalho 
e Previdência Social​. 
Após a cessação de 
benefício por 
incapacidade ou 
após a cessação 
das contribuições 
Segurado detido ou  12 meses  Após o livramento 
3 STJ, AgRg no Ag 1407206/PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 26/10/2011. 
4 STJ, AgRg na Pet 8694 / PR, Rel. Min. Jorge Mussi, 3ª Seção, DJe 09/10/2012. 
recluso 
 
 
Página 173  – Excluir o vermelho. 
 
c) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação esteja                           
comprovada por registro no Ministério do Trabalho ​e Emprego ou outro meio                       
admitido e tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem                         
interrupção que tenha acarretado a perda da qualidade de segurado. 
 
 
Páginas 185 a 186  – Excluir o vermelho. 
 
trabalho. A lei refere­se a acidente de qualquer natureza ou causa. Entende­se como                         
acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a                           
agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou                     
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária                           
da capacidade laborativa. 
 
1.1.4 Perda da qualidade de segurado 
 
Havendo perda da qualidade de segurado,as contribuições anteriores a essa perda                       
somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir                           
da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas                             
para o cumprimento da carência do benefício a ser requerido. Essa exigência, contudo, não                           
se aplica aos benefícios de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição,                           
pois a partir da vigência da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado não será                               
considerada para a concessão destes benefícios. 
Conclui­se, portanto, que quando se trata de aposentadoria por idade, por tempo de                         
contribuição e especial, as contribuições efetuadas antes da perda da qualidade de                       
segurado sempre serão contadas para fins de carência. 
Todavia, nos casos em que seja exigida carência para a concessão dos benefícios                         
de aposentadoria por invalidez, auxílio­doença e salário­maternidade, as contribuições                 
anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão computadas para efeito de                         
carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo,                               
um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do                         
respectivo benefício. 
 
No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a                           
concessão dos benefícios de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de                     
salário­maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência                       
Social, com os períodos de carência exigidos para esses benefícios (Lei 8.213/91, art. 27,                           
parágrafo único). 
Ou seja, para fins de concessão de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e                         
de salário­maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente,                   
havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de                             
carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de                       
segurado não serão computadas para efeito da carência dos benefícios de auxílio­doença,                       
de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade. 
Vale frisar que a regra aqui discutida somente é aplicada para os benefícios de                           
auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade. Para os demais                     
benefícios, as contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de                       
segurado serão computadas para efeito da carência. E mesmo quando se trata de                         
auxílio­doença, aposentadoria por invalidez e salário­maternidade, a regra em tela somente                     
será aplicada para os casos em que esses benefícios exigem carência. Há casos em que a                               
concessão desses benefícios independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, II e VI). 
 
Exemplo: 
Joaquim inscreveu­se no RGPS como segurado facultativo e recolheu, sem atraso,                     
10 contribuições mensais. Em virtude de dificuldades financeiras, passou 9 meses                     
sem recolher suas contribuições, perdendo, assim, a qualidade de segurado.                   
Passadas as dificuldades financeiras, Joaquim voltou a contribuir, readquirindo a                   
qualidade de segurado. Após ter recolhido mais ​5 contribuições mensais, Joaquim                     
adoeceu, ficando incapacitado para suas atividades habituais por mais de 15 dias. A                         
enfermidade que incapacitou o segurado não está relacionada na lista de doenças                       
em que a carência é dispensada. Nesta situação, Joaquim não terá direito ao                         
auxílio­doença, pois a partir da nova filiação não recolheu ​12 contribuições mensais​,                       
no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da                         
carência do benefício ​que é a carência exigida para fins de concessão de                         
auxílio­doença​. 
 
No exemplo anterior, para ter direito ao auxílio­doença, seria necessário que                     
Joaquim, após a nova filiação, tivesse recolhido, no mínimo, 4 contribuições mensais, o que                           
corresponderia a um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da                         
carência do auxílio­doença. Só assim, poderia aproveitar, para fins de carência, as 10                         
contribuições recolhidas em período anterior à perda da qualidade de segurado. Neste                       
caso, seriam contadas 14 contribuições mensais, superando as 12 contribuições exigidas                     
para efeito da carência do auxílio­doença. 
 
1.1.5 Regra de transição 
 
 
Página 198  – Alterar o verde. 
 
Tábua de expectativa de vida – IBGE ​2014​ – ​ambos os sexos 
 
Idade 
exata 
Expectativa de 
vida   
Idade 
exata  Expectativa de vida 
45 anos  34,3 ​anos    56 anos  25,1​ ​anos 
46 anos  33,4​ ​anos    57 anos  24,3​ ​anos 
47 anos  32,5​ ​anos    58 anos  23,5​ ​anos 
48 anos  31,7​ ​anos    59 anos  22,7​ ​anos 
49 anos  30,8​ ​anos    60 anos  22,0​ ​anos 
50 anos  30,0​ ​anos    61 anos  21,2​ ​anos 
51 anos  29,1​ ​anos    62 anos  20,4​ ​anos 
52 anos  28,3​ anos    63 anos  19,7​ ​anos 
53 anos  27,5​ ​anos    64 anos  19,0​ ​anos 
54 anos  26,7​ ​anos    65 anos  18,3​ ​anos 
55 anos  25,9​ ​anos    66 anos  17,6​ ​anos 
 
 
Página 199  – Alterar o verde. 
 
Exemplo 1​ :​ Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 
17 anos de idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de 
sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de ​32,5​  ​anos. Qual é o valor do 
fator previdenciário? 
Resposta: 
Es = ​32,5​; 
Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres); 
Id = 47; 
a = 0,31. 
 
f =  35 x 0,31  x  [1 +  (47 + 35 x 0,31)  ]  = ​0,527 
  32,5      100     
 
Exemplo 2​ : Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos de                         
contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de                   
acordo com a tabela do IBGE, é de ​18,3 ​anos. Qual é o valor do fator                               
previdenciário? 
Resposta: 
Es = ​18,3​;  
Id = 65; 
Tc = 34; 
a = 0,31. 
 
f =  34 x 0,31  x  [1 +  (65 + 34 x 0,31)  ]  = ​1,011 
  18,3      100     
 
 
Página 200  – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário                               
mínimo (hoje, ​R$880,00​), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje,                         
R$5.189,82​),  respeitados os direitos adquiridos. 5
 
 
5 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2016​, pela Portaria ​MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016​. 
Páginas 212 a 213  –acrescentar o azul;  Excluir o vermelho. 
 
A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em                         
certos casos, recuperar­se. ​O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a                       
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a                       
aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente (Lei 8.213/91, art. 43, § 4º). Por                       
isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensãodo                         
benefício, a submeter­se a exame médico a cargo da previdência social, processo de                         
reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente,                     
exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (Lei 8.213/91, art. 101). ​Os                               
exames médico­periciais serão realizados bienalmente (RPS, art. 46, parágrafo único). No                     
entanto, o aposentado por invalidez estará isento desses exames após completar 60 anos                         
de idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes                             
finalidades: 
 
 
Página 214  – Excluir o vermelho. 
 
Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitar­se novamente ao benefício                     
da aposentadoria por invalidez, o segurado ​não necessitará cumprir a carência de mais 12                           
contribuições mensais ​(Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único)​. ​A regra prevista no parágrafo                         
único do art. 24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde                           
que o segurado implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições                             
exigidas para o cumprimento da carência do benefício. Para a aposentadoria por invalidez,                         
isso representa quatro contribuições mensais. ​Ou seja, para fins de concessão de                       
aposentadoria por invalidez, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente,                     
havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de                             
carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de                       
segurado não serão computadas para efeito da carência da aposentadoria por invalidez. 
 
2.1.5 Renda mensal inicial  
 
 
Página 253  – Excluir o vermelho. 
 
Como exceção à regra geral, a presença no ambiente de trabalho de agentes                         
nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho                   
e Previdência Social​, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do                       
trabalhador (RPS, art. 68, § 4º). Nesse caso, não se leva em consideração o critério                             
quantitativo. A simples existência do agente seria potencialmente suficiente para produzir a                       
patologia e, portanto, não haveria nível seguro de exposição. Sendo assim, uma vez                         
exposto, teria direito o segurado ao tempo especial. 
 
 
Página 255  – Excluir o vermelho. 
 
No referido laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de                     
tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com                             
observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho ​e Previdência Social e dos                         
procedimentos estabelecidos pelo INSS. A empresa que não mantiver laudo técnico                     
atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus                         
trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em                     
desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação. 
 
[...] 
 
Nas avaliações ambientais, deverão ser considerados, além do disposto no Anexo                     
IV do RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação                         
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na                       
hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e                     
procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho ​e Previdência Social definir                       
outras instituições que os estabeleçam. 
 
 
Páginas 275 a 276  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por                       
motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa                             
pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). ​Mas se for                               
concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados                       
da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos                         
quinze primeiros dias de afastamento (RPS, art. 75, § 3º). 
 
2.6.1  Requerimento 
 
Em regra, o auxílio­doença é requerido pelo próprio segurado. Todavia, é facultado à                         
empresa protocolar requerimento de auxílio­doença ou documento dele originário de seu                     
empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma                           
estabelecida pelo INSS (RPS, art. 76­A). A empresa que adotar este procedimento terá                         
acesso às decisões administrativas a ele relativas (RPS, art. 76­A, parágrafo único). 
 
2.6.2 Verificação da incapacidade 
 
O reconhecimento da incapacidade para concessão ou prorrogação do                 
auxílio­doença decorre da realização de avaliação pericial ou da recepção da                     
documentação médica do segurado (RPS, art. 75­A). 
Nos casos de reconhecimento da incapacidade mediante recepção da                 
documentação médica do segurado, o auxílio­doença será concedido com base no período                       
de recuperação indicado pelo médico assistente do segurado. O reconhecimento da                     
incapacidade mediante recepção da documentação médica do segurado poderá ser                   
admitido nos seguintes casos: 
 
I ­ nos pedidos de prorrogação do benefício do segurado empregado; ou  
II ­ nas hipóteses de concessão inicial do benefício quando o segurado,                       
independentemente de ser obrigatório ou facultativo, estiver internado em unidade                   
de saúde. 
 
O fato de o reconhecimento da incapacidade ter sido feito mediante recepção da                         
documentação médica do segurado não afasta a possibilidade de o INSS convocar o                         
segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo, para avaliação pericial (RPS, art.                         
75­A § 4º). O segurado em gozo de auxílio­doença, concedido judicial ou                       
administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das                   
condições que ensejaram a sua concessão e a sua manutenção (Lei 8.213/91, art. 60, §                             
10). 
A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado                        
Em regra, avaliação pericial é realizada pela perícia médica do INSS. Mas, nos casos de                             
impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente,                       
assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de                           
atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os                           
segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução                   
descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos                       
de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples                       
cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidadespúblicos                       
ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º). 
O segurado em gozo de auxílio­doença, insusceptível de recuperação para sua                     
atividade habitual, deverá submeter­se a processo de reabilitação profissional (Lei 8.213/91,                     
art. 62). O auxílio­doença será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado                         
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado                         
não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62, parágrafo único). 
O segurado em gozo de auxílio­doença está obrigado, independentemente de sua                     
idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter­se a exame médico a cargo da                               
Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e                       
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são                         
facultativos (RPS, art. 77). Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para                             
o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado                         
não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62).  
O STJ tem entendido que é devido o auxílio­doença ao segurado considerado                       
parcialmente incapaz para o trabalho, mas suscetível de reabilitação profissional para o                       
exercício de outras atividades laborais.  6
 
 
Página 278  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitar­se novamente ao benefício                     
da auxílio­doença, o segurado ​não necessitará cumprir a carência de mais 12 contribuições                         
mensais ​(Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único)​. ​A regra prevista no parágrafo único do art.                             
24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde que o segurado                           
implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições exigidas para o                             
cumprimento da carência do benefício. Para auxílio­doença, isso representa quatro                   
contribuições mensais. ​Ou seja, para fins de concessão de auxílio­doença, havendo perda                       
da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado                       
recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas                         
em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para                         
efeito da carência do auxílio­doença. 
 
2.6.7 Renda mensal inicial 
6 STJ, AgRg no AREsp 220768 / PB, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 12/11/2012. 
 
 
Página 279  – Acrescentar o azul. 
 
Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os                           
15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a                         
partir da data do afastamento. 
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar­se do trabalho durante                       
quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro                                 
de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio                           
doença a partir da data do novo afastamento (RPS, art. 75, § 4º). Nessa mesma hipótese,                               
se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze dias do afastamento, o segurado fará                               
jus ao auxílio­doença a partir do dia seguinte ao que completar os quinze dias de                             
afastamento, somados os períodos de afastamento intercalados (RPS, art. 75, § 5º). 
Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame                           
médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A                           
empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social                       
quando a incapacidade ultrapassar 15 dias (Lei 8.213/91, art. 60, §4º). 
 
 
Página 280  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
2.6.10 Prazo ​para recuperação da capacidade​ ​estimado para a duração do benefício 
 
O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico­pericial, o prazo que                   
entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado,                       
dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia. 
Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado                       
poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério                         
do Trabalho e Previdência Social. 
O documento de concessão do auxílio­doença conterá as informações necessárias                   
para o requerimento da nova avaliação médico­pericial. 
Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio­doença,                       
judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício (Lei                           
8.213/91, art. 60, § 8º). Na ausência de fixação desse prazo, o benefício cessará após o                               
prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado                               
requerer a sua prorrogação junto ao INSS (Lei 8.213/91, art. 60, § 9º). 
Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado                       
poderá solicitar a sua prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 78, § 2º). A                               
comunicação da concessão do auxílio­doença conterá as informações necessárias para o                     
requerimento de sua prorrogação. 
 
2.6.11 Contagem do período de auxílio­doença como tempo de contribuição 
 
 
Página 292  – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O salário­família será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado                 
doméstico e trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a                         
R$1.212,64​,  na proporção do respectivo número de filhos 7
 
 
Página 293  – Alterar o verde. 
 
Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de                           
reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a                   
R$1.212,64​. 
 
 
Página 294  – Alterar o verde. 
 
I. ​R$41,37​, para o segurado com remuneração mensal não superior a ​R$806,80​; e 
II. ​R$29,16​, para o segurado com remuneração mensal superior a ​R$806,80 e igual                         
ou inferior a ​R$1.212,64​. 
 
Os valores acima são os vigentes a partir de ​1º/01/2016​, de acordo com a Portaria                             
MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016​. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo                             
índice de correção dos demais benefícios do RGPS. 
Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a ​R$1.212,64                       
não têm direito ao salário­família. 
Para fins de reconhecimento do direito ao salário­família, considera­se remuneração                   
mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante                           
da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria                     
MTPS/MF nº 1/2016​, art. 4º, §1º). O direito à cota do salário­famíliaé definido em razão da                                 
remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de                       
dias efetivamente trabalhados (Portaria ​MTPS/MF nº 1/2016​, art. 4º, §2º). 
Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas                     
como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias                               
previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito                               
à cota de salário­família (Portaria ​MTPS/MF nº 1/2016​, art. 4º, §3º). 
 
 
Página 295  – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em                         
comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos)                           
e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é ​R$1.100,00​, e a de Joaquim,                             
R$1.200,00​. Neste caso, Maria receberá três cotas de salário­família, sendo                   
R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de ​R$87,48​. Joaquim também                         
receberá três cotas, sendo ​R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de                           
R$87,48​. Note­se que, apesar da existência de quatro filhos, cada um dos                       
segurados só terá direito a três cotas de salário­família, pois o primeiro filho                         
7 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2016​, pela Portaria ​MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 
(Mateus) já tem mais de 14 anos de idade. 
 
No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário­família, um valor                           
total de ​R$174,96 (que corresponde a ​87,48 + ​87,48​). Quando a empresa Beta S.A. for                             
recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados                   
que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o                             
pagamento de salário­família. 
O salário­família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no                       
mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, §2º).                             
Já para o empregado, a cota do salário­família é devida proporcionalmente aos dias                         
trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria ​MTPS/MF nº 1/2016​, art. 4º, §4º). 
 
 
Páginas 298 a 299  – Alterar o verde. 
O restante da tabela permanece como está. 
 
 
Quadro Resumo – Salário­família 
Fato gerador  Ser segurado de baixa renda (SC de até ​R$1.212,64​); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. 
Beneficiários 
a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador             
avulso; 
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e 
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens,                       
ou 60 anos de idade, se mulheres. 
Carência  Não é exigida. 
Renda mensal 
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de                         
idade ou inválido. O valor da cota é de: 
I ­ ​R$41,37​, para o segurado com remuneração mensal não                   
superior a ​R$806,80​; e 
II ­ ​R$29,16​, para o segurado com remuneração mensal superior a                     
R$806,80​ e igual ou inferior a ​R$1.212,64​. 
 
 
Página 303  – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
Para ​os ​segurados contribuinte individual, especial e ​facultativo​, o período de                     
carência é de 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, III). 
Para o segurado especial, considera­se período de carência o tempo mínimo de                       
efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de                           
meses necessário à concessão do benefício requerido (RPS, art. 26, §1º). Assim, será                         
devido o salário­maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de                       
atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do                           
requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma                       
descontínua (RPS, art. 93, §2º). Portanto, não se exige da segurada especial que tenha                           
recolhido 10 contribuições mensais, bastando que tenha exercido a atividade rural nos                       
últimos 10 meses anteriores ao parto ou à data do requerimento do benefício. 
Em caso de parto antecipado, o período de carência (quando exigido) será reduzido                         
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi                           
antecipado (Lei 8.213, art. 25, parágrafo único). 
Para ​os ​segurados ​empregado​, ​trabalhador ​avulso e ​empregado ​doméstico​, a                   
concessão do salário­maternidade independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, VI). 
Nos casos em que a carência é exigida, havendo perda da qualidade de segurado,                           
para habilitar­se novamente ao salário­maternidade, o segurado necessitará cumprir a                   
carência de mais 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). Ou seja,                           
para fins de concessão de salário­maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e,                         
posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do                         
seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da                         
qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência do                     
salário­maternidade. 
 
2.9.7 Renda mensal do benefício 
 
 
Páginas 304 a 305  – Excluir o vermelho. 
 
III. em um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, apurados                           
em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual e                         
facultativa. 
 
Exemplo: 
Sebastiana recolheu, na qualidade de segurada facultativa, 8 contribuições mensais,                   
no período de maio a dezembro de 2003. Durante o ano de 2004, a segurada não                               
recolheu nenhuma contribuição, perdendo, dessa forma, a qualidade de segurada.                   
Em fevereiro de 2005, Sebastiana engravidou. Após alguns meses de gestação, ela                       
voltou a contribuir como segurada facultativa: recolheu as contribuições referentes                   
aos meses de maio a setembro de 2005 sobre um salário de contribuição de                           
R$2.000,00. O parto ocorreu no dia 03/11/2005. Nessa situação, Sebastiana terá                     
direito ao salário­maternidade? 
Resposta: Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a                     
essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado                         
contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 do número                             
de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício                       
a ser requerido (Lei 8.213/91, art. 24, parágrafo único). No exemplo acima,                       
Sebastiana perdeu a qualidade de segurado, pois, sendo segurada facultativa,                   
atrasou mais de 6 contribuições mensais. Todavia, em maio de 2005, voltou a                         
contribuir, adquirindo uma nova filiação ao RGPS. A partir da nova filiação,                       
Sebastiana recolheu 5 contribuições mensais, ou seja, uma quantidade decontribuições superior a 1/3 do número de contribuições exigidas para a carência do                         
salário­maternidade. Neste caso, ela pode aproveitar as 8 contribuições mensais                   
recolhidas antes da perda da qualidade de segurada. Portanto, para efeito de                       
carência, Sebastiana conta com 13 contribuições mensais (8 antes da perda da                       
qualidade de segurada + 5 a partir da nova filiação). Assim, Sebastiana terá direito                           
ao salário­maternidade. 
Qual será a renda mensal do salário­maternidade de Sebastiana? 
Resposta: Nos últimos 15 meses (agosto de 2004 a outubro de 2005) Sebastiana só                           
recolheu as contribuições dos meses de maio a setembro de 2005 (5 meses), sobre                           
um salário de contribuição de R$2.000,00. Assim, o valor do salário­maternidade                     
será 1/12 x (R$2.000,00 x 5), correspondendo a uma renda mensal de R$833,33. 
 
No tocante à segurada especial, a renda mensal do salário­maternidade será de um                         
salário mínimo se ela não contribui, facultativamente, com alíquota de 20% sobre o salário                           
de contribuição. Todavia, se a segurada especial contribui, facultativamente, com 20%                     
sobre o salário de contribuição, seu salário­maternidade será calculado da mesma forma                       
que se calcula o da contribuinte individual. 
 
 
Página 315  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
I. o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer                           
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou                         
mental ​que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente                     
ou deficiência grave​ (classe I); 
II. os pais (classe II); 
III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou                             
que tenha deficiência intelectual ou mental ​que o torne absoluta ou relativamente                       
incapaz, assim declarado judicialmente​ ​ou deficiência grave​ (classe III). 
 
 
Página 324  – Excluir o vermelho. 
 
Exemplo 1: 
João, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos não                         
emancipados menores de 21 anos. Nesse caso, cada um dos dependentes receberá                       
1/3 do valor total da pensão por morte. Quando o filho mais velho completar 21 anos                               
(ou, se antes disso, morrer ​ou emancipar­se​), a sua parte na pensão reverterá em                           
favor dos demais dependentes, que passarão a receber, cada um, 1/2 do valor total                           
da pensão. Quando o segundo filho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer                           
ou emancipar­se​), a pensão passará a ser recebida, integralmente, por Maria                     
(esposa do segurado falecido). Quando Maria morrer, o benefício será encerrado. 
 
 
Página 325  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
I – pela morte do pensionista; 
II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar                               
21 anos de idade, salvo se for inválido ou ​com deficiência ​tiver deficiência intelectual                           
ou mental ou deficiência grave​; 
III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; 
 
 
Página 327  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor                   
individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do                         
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91,                       
art. 77, § 6º). 
A regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará                                 
em vigor: (a) em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, no dia                           
18/06/2017; (b) em relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da                         
publicação da Lei 13.135, de 17 de junho de 2015. 
Em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, a regra estabelecida                       
no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor no dia 18/06/2017                                     
(Lei 13.135/2015, art. 6º, II, “a”). 
A Lei 13.183, de 4 de novembro de 2015, deu uma nova redação ao inciso II do § 2º                                     
do art. 77 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte: 
 
II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao                                   
completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência                           
intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
Mas esse dispositivo da Lei 13.183/2015, conforme o seu art. 8º, I, somente entrará                           
em vigor no dia 3 de janeiro de 2016. 
Reverterá em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual                       
daquele cujo direito à pensão por morte cessar (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º). 
 
 
Página 329  – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98,                             
restringiu a concessão do auxílio­reclusão para os dependentes dos segurados de baixa                       
renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o                                 
acesso ao salário­família e auxílio­reclusão para os servidores, segurados e seus                     
dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta                     
mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos                             
mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os                       
R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste                           
aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a ​R$1.212,64​.  8
 
 
Página 330  – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
8 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2016​, pela Portaria ​MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016​. 
d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a                           
R$1.212,64​. 
 
Considera­se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao                       
benefício de auxílio­reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi­aberto, sendo: 
  
I ­ regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de                         
segurança máxima ou média; e 
II ­ regime semi­aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola,                         
industrial ou estabelecimento similar. 
  
Os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou temporária)                     
terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por                         
meio de documento expedido pela autoridade responsável (IN INSS 77/2015, art. 381, § 1º).                           
Ao término da prisão provisória, o auxílio­reclusão pago aos dependentes deverá ser                       
cessado e, caso nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da                             
primeira privação de liberdade, proceder­se­á à nova análise de dependência, qualidade de                       
segurado e renda, em novo requerimento de auxílio­reclusão(IN INSS 77/2015, art. 381, §                           
4º). 
Equipara­se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e                           
menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional                         
ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude (IN INSS 77/2015, art.                             
381, § 2º). 
A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade                     
competente, comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão.                         
Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho                             
de internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao                         
Juiz da Infância e da Juventude. 
Não cabe a concessão de auxílio­reclusão aos dependentes do segurado que esteja                       
em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto. 
O STJ tem entendido ser possível a concessão de auxílio­reclusão aos dependentes                       
do segurado que recebia salário de contribuição pouco superior ao limite estabelecido como                         
critério de baixa renda pela legislação da época de seu encarceramento. Nesse sentido,                         
confira o seguinte julgado: 
 
 
Página 335  – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer                           
até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado),                         
mesmo que os dependentes não recebam o auxílio­reclusão em razão do salário de                         
contribuição do segurado recluso ser superior a ​R$1.212,64 (RPS, art. 118, parágrafo                       9
único). 
 
9 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2016​, pela Portaria ​MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016​. 
 
Páginas 343 a 344  – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
IV. mais de 1.000 empregados, cinco por cento. 
 
A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato                         
por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo                               
indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante                       
(Lei 8.213/91, art. 93, §1º). 
O Ministério do Trabalho e Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total                         
de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados,                     
fornecendo­as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos                 
empregados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º). 
A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 1º e 2º e acrescentou                                     
o § 3º ao art. 93 da Lei 8.213/91. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte: 
 
§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da                         
Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90                         
(noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente                       
poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou                     
beneficiário reabilitado da Previdência Social. 
§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de                         
fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as                           
vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da                     
Previdência Social, fornecendo­os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades                 
representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. 
§ 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de                           
pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a                       
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto­Lei nº 5.452, de 1º                         
de maio de 1943. 
 
Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após                           
decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário                           
Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. 
A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência                       
Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa                                 
imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a                     
contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência                     
Social (Lei 8.213/91, art. 93, §1º). 
Ao Ministério do Trabalho incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem                     
como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por                             
pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social,                   
fornecendo­os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos                 
empregados ou aos cidadãos interessados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º). 
Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa                         
com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a CLT (Lei 8.213/91, art.                             
93, §3º). 
 
3.2 Serviço social 
 
 
Página 376  – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 
 
De acordo com o disposto no parágrafo único do art. 15 da Lei 8.212/91,                           
“equiparam­se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual ​e a pessoa                           
física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a                             
segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de                             
qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira                         
estrangeiras”.  
 
 
Páginas 388 a 389  – Alterar o verde. 
 
Em valores atualizados, a partir de ​01/01/2016​, a tabela de contribuição destes                       
segurados é a seguinte: 
 
Salário de contribuição (R$)  Alíquota 
Até 1.556,94  8% 
De 1.556,95 até 2.594,92  9% 
De 2.594,93 até 5.189,82  11% 
 
[...] 
 
A incidência da alíquota é não cumulativa, ou seja, incide um único percentual sobre                           
o valor total do salário de contribuição. Exemplo: o empregado cujo salário de contribuição                           
mensal é de ​R$2.500,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária                       
de ​R$225,00​ (que corresponde a 9% de ​R$2.500,00​). 
A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será                     
demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de                     
R$2.595,00​, e Pedro, ​R$2.594,00​. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de                           
Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor                       
que a de Pedro. Vejamos: 
 
Empregado  Remuneração  Alíquota  Contribuição do segurado 
Remuneração 
líquida 
João  R$2.595,00  11%  R$285,45  R$2.309,55 
Pedro  R$2.594,00  9%  R$233,46  R$2.360,54 
 
A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias

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