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Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Página 5 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. A Lei 8.689, de 27/07/1993, extinguiu o INAMPS; posteriormente, a LBA, a FUNABEM e a CEME também foram extintas; a DATAPREV continua em atividade, sendo empresa pública vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda. 1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal vinculada ao então Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante a fusão do IAPAS com o INPS. O INSS é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Página 6 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 1.8 Ministério do Trabalho e Previdência Social com status de Ministério A partir de 1º de fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominarse Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério. [...] A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS). Atualmente, Com o advento dessa Lei, a assistência social está passou a ser vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A Medida Provisória 696, de 2 de outubro de 2015, alterou a Lei 10.683/2003 para, entre outras medidas, promover a fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social, dando origem, mais uma vez, ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. A Medida Provisória 726, de 12 de maio de 2016, também promoveu alterações na Lei 10.683/2003, dando uma nova organização aos Ministérios. Entre as medidas adotadas por essa Medida Provisória, podemos destacar as seguintes: ● O Ministério do Trabalho e Previdência Social foi transformado em Ministério do Trabalho (MP 726/2016, art. 2º, IV); ● O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi transformado em Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MP 726/2016, art. 2º, VI); ● O INSS e o Conselho de Recursos do Seguro Social foram transferidos do Ministério do Trabalho e Previdência Social para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, II); ● Foram transferidos para o Ministério da Fazenda: a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc); o Conselho Nacional de Previdência Complementar; a Câmara de Recursos da Previdência Complementar; a Dataprev e o Conselho Nacional de Previdência (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, III e IV). 1.9 Leis básicas da Previdência Social Página 12 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. A Lei 12.154, de 23/12/2009, criou a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o território nacional. A PREVIC atuará como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o Regime de Previdência Complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar. Página 13 – Alterar o verde. Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplicase o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$5.189,82. Página 20 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. A Lei 9.717/98 estabelece as regras gerais para a organização e o funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência Social. De acordo com esta Lei, compete à União, por intermédio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social (atual Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário), a orientação, supervisão e o acompanhamento dos Regimes Próprios de Previdência Social, bem como o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei (art. 9º, I e II). Com base nesta competência, o então Ministério do Trabalho e da Previdência Social editou a Orientação Normativa MPS/SPS 2/2009, tendo como objetivo estabelecer, de forma mais detalhada, as regras para a organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência. Página 25 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos 1 apenas aos necessitados; os benefícios saláriofamília e o auxílioreclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a R$1.212,64). 2 Páginas 43 e 44 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. São órgãos colegiados da Seguridade Social: o Conselho Nacional da Previdência Social (CNP), os Conselhos de Previdência Social (CPS), o Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social (CRSS), o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Neste capítulo será estudado o CNP, os CPS e o CRSS. O CNAS será estudado no capítulo referente à Assistência Social. 5.1 Conselho Nacional de Previdência Social– CNP O CNP, órgão superior de deliberação colegiada, criado pela Lei 8.213/91 (art. 3º), possui como objetivo precípuo o estabelecimento do caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da sociedade. 5.1.1 Composição do CNP CNP → 6 representantes do governo federal → 9 representantes da sociedade civil, sendo: → 3 representantes dos aposentados e pensionistas 1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87. 2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. → 3 representantes dos trabalhadores em atividade → 3 representantes dos empregadores Os membros do CNP e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez (Lei 8.213/91, art. 3º, §1º). Página 45 – Excluir o vermelho; Alterar o verde. 5.1.2 Competência do CNP De acordo com o disposto no art. 296 do Regulamento da Previdência Social (RPS), compete ao Conselho Nacional de Previdência Social: I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à previdência social; Página 46 – Alterar o verde. De acordo com o disposto no art. 5º da Lei 8.213/91, compete aos órgãos governamentais: I – prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNP, fornecendo inclusive estudos técnicos; II – encaminhar ao CNP, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada. 5.1.4 Publicidade das resoluções As decisões proferidas pelo CNP deverão ser publicadas no Diário Oficial da União (Lei 8.213/91, art. 4º, parágrafo único). 5.1.5 Reuniões do CNP O CNP reunirseá, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros (Lei 8.213/91, art. 3º, §3º). Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu presidente ou a requerimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS (Lei 8.213/91, art. 3º, §4º). As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computandose como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais (Lei 8.213/91, art. 3º, §6º). 5.1.6 Estabilidade no emprego dos representantes dos trabalhadores Aos membros do CNP, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial (Lei 8.213/91, art. 3º, §7º). Página 47 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. Os CPS são unidades descentralizadas do CNP. Funcionam junto às gerências executivas do INSS (RPS, art. 296A). Nas cidades onde houver mais de uma gerência executiva, o CPS será instalado naquela indicada pelo gerente regional do INSS cujas atribuições abranjam a referida cidade. Os CPS terão caráter consultivo e de assessoramento, competindo ao CNP disciplinar os procedimentos para o seu funcionamento, suas competências, os critérios de seleção dos representantes da sociedade e o prazo de duração dos respectivos mandatos, além de estipular por resolução o regimento dos CPS. [...] 5.3 Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social – CRSS O Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social – CRSS, colegiado integrante da estrutura do Ministério do Trabalho e Previdência Social Desenvolvimento Social e Agrário, é órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos referentes a benefícios a cargo desta Autarquia (RPS, art. 303). Páginas 48 a 49 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas. Antes da edição da Lei 11.457/2007, o CRSS também tinha competência para julgar matérias de interesse dos contribuintes referentes às contribuições previdenciárias. Mas atualmente, por força do art. 25 da Lei 11.457/2007, o processo administrativo fiscal relativo às contribuições previdenciárias regulase pelas normas do Decreto 70.235/72. De acordo com o art. 25 do Decreto 70.235/72, o julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil compete: (I) em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ); e (II) em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. 5.3.1 Composição do CRSS CRSS O CRSS é presidido por representante do Governo, com notório conhecimento da legislação previdenciária, nomeado pelo ministro de Estado da Previdência Social, cabendolhe dirigir os serviços administrativos do órgão. O mandato dos membros do CRSS é de dois anos, permitida a recondução, atendidas às seguintes condições: I. os representantes do Governo são escolhidos entre servidores federais, preferencialmente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou do INSS ou do Ministério ao qual o INSS esteja vinculado, com curso superior em nível de graduação concluído e notório conhecimento da legislação previdenciária, que prestarão serviços exclusivos ao CRSS, sem prejuízo dos direitos e vantagens do respectivo cargo de origem; II. os representantes classistas, que deverão ter escolaridade de nível superior, exceto representantes dos trabalhadores rurais, que deverão ter nível médio, são escolhidos dentre os indicados, em lista tríplice, pelas entidades de classe ou sindicais das respectivas jurisdições, e manterão a condição de segurados do RGPS; e III. o afastamento do representante dos trabalhadores da empresa empregadora não constitui motivo para alteração ou rescisão contratual. O conselheiro afastado por qualquer das razões elencadas no Regimento Interno do CRSS, exceto quando decorrente de renúncia voluntária, não poderá ser novamente designado para o exercício desta função antes do transcurso de cinco anos, contados do efetivoafastamento. Compete ao ministro de Estado da Previdência Social aprovar o Regimento Interno do CRSS. 5.3.2 Juntas de Recursos Página 50 – Alterar o verde. 5.3.5 Gratificação dos membros do CRSS Página 78 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. ATENÇÃO: as outras células da tabela devem permanecer inalteradas. Classe I => Cônjuge, companheiro(a) e filho(a) não emancipado(a) de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave . Classe II => Os pais Classe III => Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave . Página 82 – Excluir o vermelho. O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei 6.019/74, art. 10). O Ministério do Trabalho e Emprego editou a Portaria 789/2014, estabelecendo a possibilidade de prorrogação do prazo de três meses nos seguintes casos: [...] A empresa de trabalho temporário deverá solicitar as autorizações previstas nos arts. 2º e 3º da Portaria 789/2014 por meio da página eletrônica do Ministério do Trabalho e Previdência Social. O trabalhador temporário não deve ser confundido com o trabalhador eventual, que também é segurado obrigatório do RGPS, porém, na qualidade de contribuinte individual. Trabalhador eventual é aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (Lei 8.213/91, art. 11, V, “g”). Página 91 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. Nas situações em que o produtor rural pessoa física, enquadrase como segurado especial, ele também pode utilizarse de empregados por pequeno prazo. Neste caso, as contratações ocorrerão em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxíliodoença. (Lei 8.213, art. 11, §7º). Página 125 – Acrescentar o azul. De acordo com o art. 20 da Lei 12.871/2013, o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil enquadrase como segurado obrigatório do RGPS, na condição de contribuinte individual. Mas, nos termos do parágrafo único do referido artigo, são ressalvados dessa obrigatoriedade os médicos intercambistas: (I) selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou (II) filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do Brasil. XXXII O atleta de modalidade olímpica ou paraolímpica beneficiário de BolsaAtleta de valor igual ou superior a um salário mínimo De acordo com o § 6º do art. 1º da Lei 10.891/2004, o atleta de modalidade olímpica ou paraolímpica, com idade igual ou superior a dezesseis anos, beneficiário de BolsaAtleta de valor igual ou superior a um salário mínimo, é filiado ao Regime Geral de Previdência Social como contribuinte individual. Durante o período de fruição da BolsaAtleta caberá ao Ministério do Esporte efetuar o recolhimento da contribuição previdenciária, descontandoa do valor pago aos atletas (Lei 10.891/2004, art. 1º, § 7º). 2.1.6 Situações específicas Páginas 129 a 130 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. De acordo com o art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes do segurado, considerados beneficiários do RGPS, dividemse em três classes: ● Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave; ● lasse II: os pais; ● Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação aos incisos I e III do art. 16 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte: I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; [...] III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o benefício (pensão por morte ou auxílioreclusão) será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que permanecerem com o direito. Páginas 134 a 135 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. Para ser beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o filho (não emancipado, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave) pode ser de qualquer condição. Assim, não há distinção entre filhos legítimos, ilegítimos, incestuosos, adulterinos ou adotados. Confusão frequente sobre o filho dependente diz respeito aos filhos maiores de 21 até 24 anos de idade que sejam universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau. Para fins de imposto de renda, o contribuinte pode incluir estes filhos em sua declaração como sendo seus dependentes. Todavia, para efeitos previdenciários, este fato é irrelevante: qualquer filho maior de 21 anos somente manterá a condiçãode dependente se for inválido ou se tiver deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ: Página 136 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. No caso de filho que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave, mesmo que seja maior de 21 anos, continua sendo dependente do segurado. Caso já tenha sido reconhecida judicialmente tal situação, para considerar este filho como beneficiário na qualidade de dependente não será necessária a realização de perícia médica. Para tal fim, a declaração judicial já é suficiente. O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 77, § 6º). Ou seja, mesmo que passe a exercer atividade remunerada, esse filho permanece com a qualidade de dependente mantida. Página 139 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. A terceira classe de dependentes referese ao irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental, que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 16, III). Página 142 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. A dependência econômica do cônjuge, do companheiro, da companheira e do filho (não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental, que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave) é presumida e a dos demais dependentes deve ser comprovada (Lei 8.213/91, art. 16, §4º). Página 150 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 48. (DPERR/Cespe/2013/Adaptada) Assinale a opção correta no que se refere aos dependentes do RGPS. a) A dependência econômica de todos os dependentes do segurado deve ser comprovada. b) É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, com menos de vinte e cinco anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz. c) Avós de segurado podem ser considerados beneficiários do RGPS, na condição de seus dependentes. d) O enteado e o menor tutelado equiparamse ao filho mediante apresentação de declaração pelo dependente e comprovação da dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento. e) São considerados beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. [...] c) será beneficiário do Regime Geral, como dependente do segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. Páginas 160 a 161 – Excluir o vermelho. Este prazo será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado (Lei 8.213, art. 15, §1º). Estes dois prazos (12 ou 24 meses) serão acrescidos de mais 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 15, §2º). A condição de desempregado pode ser comprovada, dentre outras formas: (I) comprovação do recebimento do segurodesemprego; ou (II) inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego – SINE, órgão responsável pela política de emprego nos estados da federação (IN INSS 77/2015, art. 137, § 4º). O STJ tem entendido que a ausência de anotação de contrato de trabalho na carteira profissional do segurado não é suficiente para comprovar a sua situação de desempregado, uma vez que a mencionada ausência não tem o condão de afastar possível exercício de atividade remunerada na informalidade. O STJ também tem entendido que a 3 ausência de registro perante o Ministério do Trabalho e Previdência Social poderá ser suprido quando for comprovada a situação de desemprego por outras provas constantes dos autos, inclusive a testemunhal. 4 Página 170 – Excluir o vermelho. ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas. Situação do segurado Prazo de manutenção da qualidade de segurado Início da contagem do prazo Segurado em gozo de benefício Sem limite de prazo O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração a) Tendo até 120 contribuições: 12 meses; b) Tendo mais de 120 contribuições: 24 meses. Obs.: ambos os prazos serão acrescidos de 12 meses se o segurado estiver desempregado, desde que comprove esta situação por registro em órgão próprio do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições Segurado detido ou 12 meses Após o livramento 3 STJ, AgRg no Ag 1407206/PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 26/10/2011. 4 STJ, AgRg na Pet 8694 / PR, Rel. Min. Jorge Mussi, 3ª Seção, DJe 09/10/2012. recluso Página 173 – Excluir o vermelho. c) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação esteja comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro meio admitido e tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem interrupção que tenha acarretado a perda da qualidade de segurado. Páginas 185 a 186 – Excluir o vermelho. trabalho. A lei referese a acidente de qualquer natureza ou causa. Entendese como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. 1.1.4 Perda da qualidade de segurado Havendo perda da qualidade de segurado,as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício a ser requerido. Essa exigência, contudo, não se aplica aos benefícios de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição, pois a partir da vigência da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão destes benefícios. Concluise, portanto, que quando se trata de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial, as contribuições efetuadas antes da perda da qualidade de segurado sempre serão contadas para fins de carência. Todavia, nos casos em que seja exigida carência para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez, auxíliodoença e saláriomaternidade, as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do respectivo benefício. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxíliodoença, de aposentadoria por invalidez e de saláriomaternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos de carência exigidos para esses benefícios (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). Ou seja, para fins de concessão de auxíliodoença, de aposentadoria por invalidez e de saláriomaternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência dos benefícios de auxíliodoença, de aposentadoria por invalidez e de saláriomaternidade. Vale frisar que a regra aqui discutida somente é aplicada para os benefícios de auxíliodoença, de aposentadoria por invalidez e de saláriomaternidade. Para os demais benefícios, as contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado serão computadas para efeito da carência. E mesmo quando se trata de auxíliodoença, aposentadoria por invalidez e saláriomaternidade, a regra em tela somente será aplicada para os casos em que esses benefícios exigem carência. Há casos em que a concessão desses benefícios independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, II e VI). Exemplo: Joaquim inscreveuse no RGPS como segurado facultativo e recolheu, sem atraso, 10 contribuições mensais. Em virtude de dificuldades financeiras, passou 9 meses sem recolher suas contribuições, perdendo, assim, a qualidade de segurado. Passadas as dificuldades financeiras, Joaquim voltou a contribuir, readquirindo a qualidade de segurado. Após ter recolhido mais 5 contribuições mensais, Joaquim adoeceu, ficando incapacitado para suas atividades habituais por mais de 15 dias. A enfermidade que incapacitou o segurado não está relacionada na lista de doenças em que a carência é dispensada. Nesta situação, Joaquim não terá direito ao auxíliodoença, pois a partir da nova filiação não recolheu 12 contribuições mensais, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício que é a carência exigida para fins de concessão de auxíliodoença. No exemplo anterior, para ter direito ao auxíliodoença, seria necessário que Joaquim, após a nova filiação, tivesse recolhido, no mínimo, 4 contribuições mensais, o que corresponderia a um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do auxíliodoença. Só assim, poderia aproveitar, para fins de carência, as 10 contribuições recolhidas em período anterior à perda da qualidade de segurado. Neste caso, seriam contadas 14 contribuições mensais, superando as 12 contribuições exigidas para efeito da carência do auxíliodoença. 1.1.5 Regra de transição Página 198 – Alterar o verde. Tábua de expectativa de vida – IBGE 2014 – ambos os sexos Idade exata Expectativa de vida Idade exata Expectativa de vida 45 anos 34,3 anos 56 anos 25,1 anos 46 anos 33,4 anos 57 anos 24,3 anos 47 anos 32,5 anos 58 anos 23,5 anos 48 anos 31,7 anos 59 anos 22,7 anos 49 anos 30,8 anos 60 anos 22,0 anos 50 anos 30,0 anos 61 anos 21,2 anos 51 anos 29,1 anos 62 anos 20,4 anos 52 anos 28,3 anos 63 anos 19,7 anos 53 anos 27,5 anos 64 anos 19,0 anos 54 anos 26,7 anos 65 anos 18,3 anos 55 anos 25,9 anos 66 anos 17,6 anos Página 199 – Alterar o verde. Exemplo 1 : Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 17 anos de idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 32,5 anos. Qual é o valor do fator previdenciário? Resposta: Es = 32,5; Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres); Id = 47; a = 0,31. f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = 0,527 32,5 100 Exemplo 2 : Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos de contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 18,3 anos. Qual é o valor do fator previdenciário? Resposta: Es = 18,3; Id = 65; Tc = 34; a = 0,31. f = 34 x 0,31 x [1 + (65 + 34 x 0,31) ] = 1,011 18,3 100 Página 200 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário mínimo (hoje, R$880,00), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje, R$5.189,82), respeitados os direitos adquiridos. 5 5 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. Páginas 212 a 213 –acrescentar o azul; Excluir o vermelho. A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos casos, recuperarse. O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente (Lei 8.213/91, art. 43, § 4º). Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensãodo benefício, a submeterse a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (Lei 8.213/91, art. 101). Os exames médicopericiais serão realizados bienalmente (RPS, art. 46, parágrafo único). No entanto, o aposentado por invalidez estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: Página 214 – Excluir o vermelho. Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitarse novamente ao benefício da aposentadoria por invalidez, o segurado não necessitará cumprir a carência de mais 12 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). A regra prevista no parágrafo único do art. 24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde que o segurado implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício. Para a aposentadoria por invalidez, isso representa quatro contribuições mensais. Ou seja, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência da aposentadoria por invalidez. 2.1.5 Renda mensal inicial Página 253 – Excluir o vermelho. Como exceção à regra geral, a presença no ambiente de trabalho de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador (RPS, art. 68, § 4º). Nesse caso, não se leva em consideração o critério quantitativo. A simples existência do agente seria potencialmente suficiente para produzir a patologia e, portanto, não haveria nível seguro de exposição. Sendo assim, uma vez exposto, teria direito o segurado ao tempo especial. Página 255 – Excluir o vermelho. No referido laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação. [...] Nas avaliações ambientais, deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho e Previdência Social definir outras instituições que os estabeleçam. Páginas 275 a 276 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Mas se for concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento (RPS, art. 75, § 3º). 2.6.1 Requerimento Em regra, o auxíliodoença é requerido pelo próprio segurado. Todavia, é facultado à empresa protocolar requerimento de auxíliodoença ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 76A). A empresa que adotar este procedimento terá acesso às decisões administrativas a ele relativas (RPS, art. 76A, parágrafo único). 2.6.2 Verificação da incapacidade O reconhecimento da incapacidade para concessão ou prorrogação do auxíliodoença decorre da realização de avaliação pericial ou da recepção da documentação médica do segurado (RPS, art. 75A). Nos casos de reconhecimento da incapacidade mediante recepção da documentação médica do segurado, o auxíliodoença será concedido com base no período de recuperação indicado pelo médico assistente do segurado. O reconhecimento da incapacidade mediante recepção da documentação médica do segurado poderá ser admitido nos seguintes casos: I nos pedidos de prorrogação do benefício do segurado empregado; ou II nas hipóteses de concessão inicial do benefício quando o segurado, independentemente de ser obrigatório ou facultativo, estiver internado em unidade de saúde. O fato de o reconhecimento da incapacidade ter sido feito mediante recepção da documentação médica do segurado não afasta a possibilidade de o INSS convocar o segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo, para avaliação pericial (RPS, art. 75A § 4º). O segurado em gozo de auxíliodoença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram a sua concessão e a sua manutenção (Lei 8.213/91, art. 60, § 10). A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado Em regra, avaliação pericial é realizada pela perícia médica do INSS. Mas, nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidadespúblicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º). O segurado em gozo de auxíliodoença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeterse a processo de reabilitação profissional (Lei 8.213/91, art. 62). O auxíliodoença será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62, parágrafo único). O segurado em gozo de auxíliodoença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeterse a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (RPS, art. 77). Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62). O STJ tem entendido que é devido o auxíliodoença ao segurado considerado parcialmente incapaz para o trabalho, mas suscetível de reabilitação profissional para o exercício de outras atividades laborais. 6 Página 278 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitarse novamente ao benefício da auxíliodoença, o segurado não necessitará cumprir a carência de mais 12 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). A regra prevista no parágrafo único do art. 24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde que o segurado implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício. Para auxíliodoença, isso representa quatro contribuições mensais. Ou seja, para fins de concessão de auxíliodoença, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência do auxíliodoença. 2.6.7 Renda mensal inicial 6 STJ, AgRg no AREsp 220768 / PB, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 12/11/2012. Página 279 – Acrescentar o azul. Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento. Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastarse do trabalho durante quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo afastamento (RPS, art. 75, § 4º). Nessa mesma hipótese, se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxíliodoença a partir do dia seguinte ao que completar os quinze dias de afastamento, somados os períodos de afastamento intercalados (RPS, art. 75, § 5º). Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 dias (Lei 8.213/91, art. 60, §4º). Página 280 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 2.6.10 Prazo para recuperação da capacidade estimado para a duração do benefício O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médicopericial, o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado, dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia. Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. O documento de concessão do auxíliodoença conterá as informações necessárias para o requerimento da nova avaliação médicopericial. Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxíliodoença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § 8º). Na ausência de fixação desse prazo, o benefício cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS (Lei 8.213/91, art. 60, § 9º). Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a sua prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 78, § 2º). A comunicação da concessão do auxíliodoença conterá as informações necessárias para o requerimento de sua prorrogação. 2.6.11 Contagem do período de auxíliodoença como tempo de contribuição Página 292 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. O saláriofamília será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$1.212,64, na proporção do respectivo número de filhos 7 Página 293 – Alterar o verde. Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.212,64. Página 294 – Alterar o verde. I. R$41,37, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$806,80; e II. R$29,16, para o segurado com remuneração mensal superior a R$806,80 e igual ou inferior a R$1.212,64. Os valores acima são os vigentes a partir de 1º/01/2016, de acordo com a Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção dos demais benefícios do RGPS. Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a R$1.212,64 não têm direito ao saláriofamília. Para fins de reconhecimento do direito ao saláriofamília, considerase remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §1º). O direito à cota do saláriofamíliaé definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §2º). Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de saláriofamília (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §3º). Página 295 – Alterar o verde. Exemplo: Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é R$1.100,00, e a de Joaquim, R$1.200,00. Neste caso, Maria receberá três cotas de saláriofamília, sendo R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de R$87,48. Joaquim também receberá três cotas, sendo R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de R$87,48. Notese que, apesar da existência de quatro filhos, cada um dos segurados só terá direito a três cotas de saláriofamília, pois o primeiro filho 7 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. (Mateus) já tem mais de 14 anos de idade. No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de saláriofamília, um valor total de R$174,96 (que corresponde a 87,48 + 87,48). Quando a empresa Beta S.A. for recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o pagamento de saláriofamília. O saláriofamília do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, §2º). Já para o empregado, a cota do saláriofamília é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §4º). Páginas 298 a 299 – Alterar o verde. O restante da tabela permanece como está. Quadro Resumo – Saláriofamília Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.212,64); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. Beneficiários a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso; b) Aposentado por invalidez ou por idade; e c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de idade, se mulheres. Carência Não é exigida. Renda mensal Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. O valor da cota é de: I R$41,37, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$806,80; e II R$29,16, para o segurado com remuneração mensal superior a R$806,80 e igual ou inferior a R$1.212,64. Página 303 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. Para os segurados contribuinte individual, especial e facultativo, o período de carência é de 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, III). Para o segurado especial, considerase período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido (RPS, art. 26, §1º). Assim, será devido o saláriomaternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua (RPS, art. 93, §2º). Portanto, não se exige da segurada especial que tenha recolhido 10 contribuições mensais, bastando que tenha exercido a atividade rural nos últimos 10 meses anteriores ao parto ou à data do requerimento do benefício. Em caso de parto antecipado, o período de carência (quando exigido) será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado (Lei 8.213, art. 25, parágrafo único). Para os segurados empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico, a concessão do saláriomaternidade independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, VI). Nos casos em que a carência é exigida, havendo perda da qualidade de segurado, para habilitarse novamente ao saláriomaternidade, o segurado necessitará cumprir a carência de mais 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). Ou seja, para fins de concessão de saláriomaternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência do saláriomaternidade. 2.9.7 Renda mensal do benefício Páginas 304 a 305 – Excluir o vermelho. III. em um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual e facultativa. Exemplo: Sebastiana recolheu, na qualidade de segurada facultativa, 8 contribuições mensais, no período de maio a dezembro de 2003. Durante o ano de 2004, a segurada não recolheu nenhuma contribuição, perdendo, dessa forma, a qualidade de segurada. Em fevereiro de 2005, Sebastiana engravidou. Após alguns meses de gestação, ela voltou a contribuir como segurada facultativa: recolheu as contribuições referentes aos meses de maio a setembro de 2005 sobre um salário de contribuição de R$2.000,00. O parto ocorreu no dia 03/11/2005. Nessa situação, Sebastiana terá direito ao saláriomaternidade? Resposta: Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido (Lei 8.213/91, art. 24, parágrafo único). No exemplo acima, Sebastiana perdeu a qualidade de segurado, pois, sendo segurada facultativa, atrasou mais de 6 contribuições mensais. Todavia, em maio de 2005, voltou a contribuir, adquirindo uma nova filiação ao RGPS. A partir da nova filiação, Sebastiana recolheu 5 contribuições mensais, ou seja, uma quantidade decontribuições superior a 1/3 do número de contribuições exigidas para a carência do saláriomaternidade. Neste caso, ela pode aproveitar as 8 contribuições mensais recolhidas antes da perda da qualidade de segurada. Portanto, para efeito de carência, Sebastiana conta com 13 contribuições mensais (8 antes da perda da qualidade de segurada + 5 a partir da nova filiação). Assim, Sebastiana terá direito ao saláriomaternidade. Qual será a renda mensal do saláriomaternidade de Sebastiana? Resposta: Nos últimos 15 meses (agosto de 2004 a outubro de 2005) Sebastiana só recolheu as contribuições dos meses de maio a setembro de 2005 (5 meses), sobre um salário de contribuição de R$2.000,00. Assim, o valor do saláriomaternidade será 1/12 x (R$2.000,00 x 5), correspondendo a uma renda mensal de R$833,33. No tocante à segurada especial, a renda mensal do saláriomaternidade será de um salário mínimo se ela não contribui, facultativamente, com alíquota de 20% sobre o salário de contribuição. Todavia, se a segurada especial contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição, seu saláriomaternidade será calculado da mesma forma que se calcula o da contribuinte individual. Página 315 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. I. o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (classe I); II. os pais (classe II); III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (classe III). Página 324 – Excluir o vermelho. Exemplo 1: João, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos não emancipados menores de 21 anos. Nesse caso, cada um dos dependentes receberá 1/3 do valor total da pensão por morte. Quando o filho mais velho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emanciparse), a sua parte na pensão reverterá em favor dos demais dependentes, que passarão a receber, cada um, 1/2 do valor total da pensão. Quando o segundo filho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emanciparse), a pensão passará a ser recebida, integralmente, por Maria (esposa do segurado falecido). Quando Maria morrer, o benefício será encerrado. Página 325 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. I – pela morte do pensionista; II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; Página 327 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 77, § 6º). A regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor: (a) em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, no dia 18/06/2017; (b) em relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da publicação da Lei 13.135, de 17 de junho de 2015. Em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, a regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor no dia 18/06/2017 (Lei 13.135/2015, art. 6º, II, “a”). A Lei 13.183, de 4 de novembro de 2015, deu uma nova redação ao inciso II do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte: II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; Mas esse dispositivo da Lei 13.183/2015, conforme o seu art. 8º, I, somente entrará em vigor no dia 3 de janeiro de 2016. Reverterá em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual daquele cujo direito à pensão por morte cessar (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º). Página 329 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, restringiu a concessão do auxílioreclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao saláriofamília e auxílioreclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.212,64. 8 Página 330 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 8 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a R$1.212,64. Considerase pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao benefício de auxílioreclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semiaberto, sendo: I regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; e II regime semiaberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou temporária) terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por meio de documento expedido pela autoridade responsável (IN INSS 77/2015, art. 381, § 1º). Ao término da prisão provisória, o auxílioreclusão pago aos dependentes deverá ser cessado e, caso nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da primeira privação de liberdade, procederseá à nova análise de dependência, qualidade de segurado e renda, em novo requerimento de auxílioreclusão(IN INSS 77/2015, art. 381, § 4º). Equiparase à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude (IN INSS 77/2015, art. 381, § 2º). A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade competente, comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão. Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho de internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude. Não cabe a concessão de auxílioreclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto. O STJ tem entendido ser possível a concessão de auxílioreclusão aos dependentes do segurado que recebia salário de contribuição pouco superior ao limite estabelecido como critério de baixa renda pela legislação da época de seu encarceramento. Nesse sentido, confira o seguinte julgado: Página 335 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os dependentes não recebam o auxílioreclusão em razão do salário de contribuição do segurado recluso ser superior a R$1.212,64 (RPS, art. 118, parágrafo 9 único). 9 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. Páginas 343 a 344 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. IV. mais de 1.000 empregados, cinco por cento. A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante (Lei 8.213/91, art. 93, §1º). O Ministério do Trabalho e Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendoas, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º). A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 1º e 2º e acrescentou o § 3º ao art. 93 da Lei 8.213/91. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte: § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendoos, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo DecretoLei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 93, §1º). Ao Ministério do Trabalho incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendoos, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º). Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a CLT (Lei 8.213/91, art. 93, §3º). 3.2 Serviço social Página 376 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. De acordo com o disposto no parágrafo único do art. 15 da Lei 8.212/91, “equiparamse a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras”. Páginas 388 a 389 – Alterar o verde. Em valores atualizados, a partir de 01/01/2016, a tabela de contribuição destes segurados é a seguinte: Salário de contribuição (R$) Alíquota Até 1.556,94 8% De 1.556,95 até 2.594,92 9% De 2.594,93 até 5.189,82 11% [...] A incidência da alíquota é não cumulativa, ou seja, incide um único percentual sobre o valor total do salário de contribuição. Exemplo: o empregado cujo salário de contribuição mensal é de R$2.500,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$225,00 (que corresponde a 9% de R$2.500,00). A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$2.595,00, e Pedro, R$2.594,00. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro. Vejamos: Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do segurado Remuneração líquida João R$2.595,00 11% R$285,45 R$2.309,55 Pedro R$2.594,00 9% R$233,46 R$2.360,54 A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias
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