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Importância dos Minerais na Alimentação Animal

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MINERALIZAÇÃO
- os minerais são essenciais no organismo dos animais: o cálcio é o principal componente dos ossos e dentes, o ATP é formado por fósforo, que é um mineral, a bomba de sódio e potássio precisa de minerais.
- a falta de minerais essenciais prejudica o desenvolvimento dos animais
Mineral: termo que se refere a elementos químicos inorgânicos, encontrados em todos os animais e plantas, em proporções variáveis, sendo particularmente ativos em várias reações enzimáticas (bomba de Na e K) e constituintes estruturais de órgãos e tecidos (Ca nos ossos e dentes); e presentes nos fluidos corporais (Fe presente nas hemácias).
Importância da suplementação mineral para bovinos
- evitar desequilíbrios responsáveis por baixa produção de carne, leite, problemas reprodutivos, crescimento retardado, abortos, fraturas e queda da resistência orgânica. Quando faltar mineral, todo o sistema produtivo do animal é alterado. Depende da quantidade que está faltando determinado mineral.
Fases de deficiência mineral
Fase de depleção inicial: é caracterizada pelas trocas, somente no metabolismo do próprio elemento em resposta a uma ingestão subótima, nenhum distúrbio biológico ou estrutural é detectável. É quanto os níveis de minerais circulantes aumentam ou diminuem em função da ingestão dos alimentos. O próprio organismo se readéqua. 
Fase de compensação metabólica: é caracterizado pela diminuição de certas funções bioquímicas especificas, ocorre a troca mensurável no nível e no metabolismo dos substratos de determinada função bioquímica. Com a falta de determinado mineral no alimento, o organismo lança mão de algumas funções bioquímicas para dar prioridade às funções mais essenciais. O organismo começa a compensar uma ingestão abaixo do necessário para que mantenha suas funções vitais. Não tem sintomatologia clínica ainda.
Fase de descompensação metabólica da deficiência: é caracterizada pelo aparecimento de defeitos em funções importantes como saúde, metabolismo, imunologia e capacidade de trabalho. O continuo má fornecimento de minerais faz com que o corpo não consiga mais compensar, de forma que começa a aparecer certos sintomas clínicos. Um exemplo é o rangimento das articulações pela falta de cálcio.
Fase clínica: é caracterizado pelo aparecimento de doenças com crescente agravamento podendo levar o animal até a morte.
- uma das formas de tratamento dessa fase clínica é a suplementação mineral
Resposta biológica à oferta de elementos minerais na dieta
- há uma faixa de segurança na quantidade de minerais no organismo. Um excesso pode causar toxidez marginal e até severa, de forma que uma falta causa uma deficiência marginal e até severa.
- o ideal é manter a quantidade de minerais na faixa de segurança
- todos os suplementos minerais se baseiam no nível de fósforo, pois o máximo dele nas pastagens não atinge à exigência.
3 fatores para suplementação:
- suplemento mineral propriamente dito, verificando a quantidade de fósforo
- qualidade da pastagem
- categoria do animal
Essencialidade dos minerais: um mineral pode ser considerado essencial quando sua ausência na dieta ocasiona na redução no desempenho e/ou saúde dos animais. Praticamente todos.
	- Macroelementos essenciais: Ca, P, K, Na, Cl, Mg, S
	- Microelementos essenciais: Co, Cu, I, Fe, Mn, Mo, Se, Zn, Cr, Ni
	- Provavelmente essenciais: flúor, silício, titânio, vanádio, arsênico
Funções básicas dos minerais:
- Estruturais: Ca, P, Mg Fe (tecido ósseo); P e S (componentes de proteína musculares e estrutural)
- Fisiológica: Na, K, Ca, Mg (tecidos e líquidos corporais que atuam no equilíbrio osmótico, balanço ácido-básico e a permeabilidade das membranas)
- Catalítica: aumento da velocidade de uma reação. Atividades de modificações de sistemas hormonais, ou fazendo parte de estruturas. Ex: Cu em enzimas
Reguladora: Ca, Zn, I (processo de regulação na replicação e diferenciação celular)
Cálcio (Ca)
- 1,1% do corpo do animal é constituído de cálcio
- 98 a 99% do elemento contigo no organismo animal está nos ossos e dentes
- formação do esqueleto, coagulação do sangue, batimentos cardíacos, excitabilidade nervosa e muscular, permeabilidade celulares
- a deficiência do elemento resulta em deformidades ósseas, fraturas, falta de contração muscular, não coagulação do sangue e febre.
Fósforo (P)
- 2º mais abundante no organismo animal, cerca de 80% encontra-se nos ossos e dentes e os 20% restantes nos glóbulos vermelhos, músculos e tecidos nervosos
- função na construção e suporte do esqueleto animal e suporte dos músculos 
- gera energia para as funções do organismo e a construção do tecido celular
- faz parte das produções animais (ciclo reprodutivo, metabolismo)
- a deficiência pode levar os animais a ter apetite depravado, perda de peso, susceptíveis a fraturas, diminuição na fertilidade do rebanho.
- o termo melhor utilizado para o fosforo é uma complementação e não a suplementação, já que dificilmente o pasto atende às exigências
Potássio (K): 3º mais abundante, é um componente celular
Suplementação mineral no cocho
- NaCl + concentrado mineral contendo 6 a 8% de P total
- o NaCl é a suplementação mais simples, e é utilizado como veículo para outros minerais
- o NaCl é um limitante de consumo. Quanto mais sal tem, menos o boi vai comer. Assim que o boi atingir o nível básico de sódio, ele para de comer.
- relação Ca:P (2:1)
- deve suprir no mínimo 50% das exigências de microminerais, o restante ele obtém no pasto
- fontes de boa qualidade (alta biodisponibilidade)
- palatável para adequar o consumo em relação a necessidade animal
- deve ser de firma idônea, ter precisão na formulação, mistura e controle de qualidade
- a granulometria deve ser a mais perfeita para permitir uma boa homogeneização e impedir sedimentação de alguns elementos.
Dimensões de um bom saleiro
- altura: varia de acordo com a categoria do animal
- tamanho: 2 a 4 cm linear para animal
- profundidade: 30 cm
- largura do top: 40 cm
- largura do fundo:30 cm
- cobertura: 1,50m, beiral de 0,30 cm, recomenta-se instalar sob a cobertura tábuas para o armazenamento de estoque
Suplementação de bovinos a pasto
- um dos limitantes de consumo é o sódio
- um animal precisa comer 14g de sódio por dia. Isso equivale a 40g de NaCl
- quanto menos sal branco tem em um produto, mais o animal consome
Estratégias de suplementação
- Pré-desmama: creep-feeding (suplementação nos animais antes de serem desmamados)
- Pós-desmama: seca, seca-águas, aguas, água-seca
	- na época da seca, a qualidade das pastagens diminui. Principalmente a quantidade de proteína, fazendo com que o animal diminua a ingestão. É necessário então aumentar o nível de proteína, para, consequentemente, aumentar a ingestão. A fonte de proteína mais barata é a ureia.
	- a ureia, em grandes quantidades, pode ser toxica ao animal. É necessária então uma adaptação à ureia. Esse é o período de águas-seca.
	- Águas-secas: adaptação dos animais à um suplemento rico em ureia. Adaptação de forma gradativa, com duração de mais ou menos 21 dias.
	- na época das águas, o pasto volta com sua qualidade, porém a maioria da proteína está sendo fornecida no cocho. Seria uma queda muito brusca no nível de proteína se esse suplemento fosse retirado de um dia para o outro. Como o pasto estará crescendo, o animal se alimentará muito dos brotos, que além de tudo tem grande quantidade de água, o rumen não estará preparado para digerir essa grande quantidade de matéria verde, ocasionando em diarreia. É necessária uma nova adaptação, ou seja, vai retirando o suplemento da seca de forma gradativa.
	- Secas-águas: a estratégia é não retirar de forma bruta a quantidade de proteína presente no suplemento, com isso o pasto cresce melhor, a vaca não se alimenta tanto dos brotos pois está ainda recebendo certa quantidade de proteína. A sanidade da vacada fica tranquila.
	- Água: suplemento principalmente constituído de minerais. Não há necessidade de suplementação
proteica.
Ciclo de crescimento e fluxo de nutrientes das forrageiras
- Gramíneas tropicais: grande variabilidade nas épocas do ano (seca/água), alterando sua composição
	- proporciona efeito sanfona nos bois: engorda nas águas, emagrece na seca.
	- estratégias de suplementação mais eficientes para não perder peso na seca: aumento de proteína – aumento da ingestão de MS
Definir objetivo da suplementação – sistema produtivo.
	- de acordo com a estratégia, se define o suplemento.
Aporte de nutrientes via suplementação tem níveis diferenciados de desempenho
	- mantença de peso
	- ganhos moderados: 200-300g/animal/dia
	- ganhos maiores: 500-600g/animal/dia
Objetivo: abater machos aos 20 meses de idade, e também cobrir femeas aos 15 meses de idade
- o segredo da recria é a suplementação na época das secas pós desmama.
Formulação dos suplementos:
- Fase recria: controle feito pelo próprio animal (presença de limitante de consumo NaCl), facilita o manejo e racionaliza a mão-de-obra na distribuição.
	- controle de consumo nos suplementos: sal e ureia
- Fase de terminação: acabamento rápido do animal
	- até 1% do PV do animal é considerado suplementação. Acima disso é confinamento.
	- para a formulação do suplemento é preciso avaliar as fontes proteicas de alta e baixa digestibilidade ruminal, fontes de NNP (uréia) e sal em menores proporções para maior consumo e ganho de peso. Fontes energéticas para um melhor acabamento nas carcaças.
Condições tropicais das gramíneas: dificuldade de manter o peso estável durante a seca pelo baixo valor nutritivo das forragens.
Deficiência de nitrogênio: diminuição de microrganismos celulolíticos ruminais, diminuindo assim a digestibilidade de forragem fibrosa, ou seja, o tempo de permanência da forragem no rumem é maior, limitando assim o consumo e o desempenho animal.
Informações necessárias para formulação dos suplementos
- exigência do animal e microrganismos ruminais: ptna, energia, vitamina e minerais
- disponibilidade de forragem, quantidade de MS, proteína, nutrientes
-interações: forragem x suplemento
	- efeito aditivo: adicionar todos os efeitos do suplemento à forragem, e estimular o consumo da forragem. Deve haver um limitante de consumo no suplemento. O horário de fornecimento do suplemento deve ser feito nos horários de pico do sol para que ele paste o máximo possível, nos horários mais quentes o boi normalmente não pasta, então ele consome o suplemento, e depois volta a pastar quando o sol “baixou”.
	- efeito substitutivo: substituição do consumo da forragem pelo suplemento.

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