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PIM IV GESTÃO PÚBLICA - GESTÃO PÚBLICA E POLITICAS PÚBLICAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
 
CLAUDINEIA CRISTINA VIANA DOS SANTOS - RA 1954185 
GILEADE GADIEL DA SILVA - RA 1963583 
 
 
 
 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE COSMÓPOLIS 
PIM IV 
 
 
 
COSMÓPOLIS – SP 
2019 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
CLAUDINEIA CRISTINA VIANA DOS SANTOS - RA 1954185 
GILEADE GADIEL DA SILVA - RA 1963583 
 
 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE COSMÓPOLIS 
PIM IV 
 
 
 
 Projeto Integrado Multidisciplinar III 
 Para obtenção do título de Tecnólogo 
 em Gestão Pública, apresentando á 
 Universidade Paulista – UNIP 
Orientador: Prof. Claudio Ditticio 
 
 
 
 
COSMÓPOLIS- SP 
2019 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo analisar conceitos das disciplinas 
Gestão Pública e Políticas Publicas no Brasil. Introdução á Teoria do 
Estado e Dinâmica das Relações Interpessoais no âmbito da Câmara 
Municipal de Cosmópolis, São Paulo. O trabalho se realiza por meio de 
uma pesquisa sobre a forma como essas disciplinas se aplicam ao órgão 
responsável por legislar e fiscalizar a gestão dos bens e recursos 
públicos do município. O trabalho resulta de uma análise sobre os 
conceitos das referidas disciplinas aplicados na prática da Câmara dos 
Vereadores é o órgão do governo responsável pelo controle de recursos 
e ações públicas, e nesse contexto, é importante também compreender 
a dinâmica das relações interpessoais entre os diversos atores que se 
relacionam no âmbito dos três poderes e destes com a sociedade, assim 
como no ambiente interno do órgão legislativo. 
 
 
Palavras- chaves: Gestão Pública. Câmara. Política Pública. Estado. 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................5 
2. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL.........................6 
3. INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO......................................................12 
4. . DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS.......................................14 
5. CONCLUSÃO...............................................................................................19 
REFERÊNCIAS.................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
5 | P á g i n a 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo analisar os conceitos e teorias apreendidas 
das disciplinas Gestão Pública e Políticas no Brasil, Introdução à Teoria do 
Estado e Teoria do Estado e Dinâmica das Relações Interpessoais no âmbito 
da Câmara Municipal de Cosmópolis - São Paulo. 
O trabalho é analisado pela prática com base em conhecimentos absorvidos 
por meio da prática dos autores que trabalham na Câmara Municipal bem 
como, naquilo que se refere a regulamentação, no Regimento Interno da 
Câmara Municipal instituído pela resolução 288 de 21/06/2005 e especialmente 
pelas determinações da Lei orgânica do Município. 
O método utilizado é uma revisão sobre os principais conceitos absorvidos 
das disciplinas citadas baseada nos trâmites de trabalho na prática da Câmara 
Municipal com base em informações abstraídas do dia-a-dia e de 
conhecimentos gerais sobre o órgão; e ainda, da Controladoria Geral da união 
e da Lei Orgânica do Município de Cosmópolis para identificar em que os 
conceitos das disciplinas estudadas no semestre aparecem nesse âmbito de 
administração e gestão. 
A justificativa para analisar a presença dos conceitos das disciplinas estudadas 
na Câmara dos Vereadores se da justamente por se tratar de uma organização 
que é um órgão da Gestão Pública Municipal, ao quais os conceitos estudados 
se aplicam totalmente, pois, faz parte da estrutura e organização da 
Administração Pública com Poder Legislativo Municipal que trabalha dentro dos 
parâmetros como um dos importantes instrumentos do Estado no âmbito 
Municipal. 
Os conceitos estudados nas matérias do semestre, como a Gestão Pública e 
Políticas Públicas no Brasil e a Introdução a Teoria do Estado, de um modo 
geral são essenciais para a compreensão da atuação da fiscalização e controle 
dos recursos materiais para a compreensão da atuação da fiscalização e 
controle dos recursos materiais, patrimoniais e das finanças da Administração 
Pública Municipal que é realizada pelos vereadores na Câmara Municipal que 
conta com uma estrutura de funcionários e colaboradores para exercer as 
funções burocráticas além de estabelecer relações com outros estatais, com os 
Poderes executivos e Judiciários e assim também os conceitos da disciplina 
 
6 | P á g i n a 
 
Dinâmica das Relações Interpessoais se aplica totalmente no cotidiano de 
trabalho do órgão. 
2. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL 
 
Este estudo se realiza tendo como objeto a Câmara Municipal de Cosmópolis, 
assumindo, portanto, um tipo de organização com particularidades em relação 
á Administração Pública, como órgão representante de um dos três Poderes. 
Conforme estudado na disciplina Gestão Pública e Política no Brasil, o núcleo 
estratégico do Estado é representado pela cúpula dos três poderes (legislativo 
executivo e judiciário). 
A Câmara é órgão da Administração direta que representa o Poder Legislativo 
no âmbito municipal, desempenhando funções típicas, tarefas legislativas e 
exercendo o controle fiscalização das políticas públicas para aplicação de 
recursos e ações do Poder executivo, isto é, fiscalizando a atuação do Governo 
Municipal na tarefa da Administração Pública. 
Os vereadores são eleitos por meio do voto popular, conforme estabelece a 
Constituição Federal de 1988, isto porque o Brasil é uma República Federativa 
constituída em um Estado Democrático de Diretio. 
O mandato eletivo é de quatros anos conforme dispõe a Legislação pátria e 
reforçada pelo art.11 da Lei Orgânica do próprio Município, cuja legislação é 
subordinada a Constituição Federal da República e a do Estado de São Paulo. 
O papel da Câmara municipal é, antes de tudo, definido pela Constituição 
federal de 1988, que é legislar e agir para controlar a atuação da Gestão 
municipal: 
 
 
Art. 31. A fiscalização do município será exercida pelo 
poder Legislativo municipal, mediante controle externo, 
e pelos sistemas de controle interno do poder executivo 
municipal, na forma da lei. § 1° - O controle externo da 
Câmara municipal será exercido com o auxílio do 
tribunais de Contas dos estados ou do Município ou 
dos conselhos ou tribunais de Contas do Estados ou do 
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas 
dos municípios, onde houver,§ 2°- O parecer prévio, 
 
7 | P á g i n a 
 
emitido pelo órgão competente sobre as contas que o 
prefeito deve anualmente prestar, só deixará de 
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da 
Câmara Municipal. § 3°- As contas dos Municípios 
ficarão, durante sessenta dias, anualmente, a 
disposição de qualquer contribuinte, para exame e 
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a 
legitimidade, nos termos da lei. § 4°- è vedada a 
criação de tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas 
Municipais (BRASIL, 1988). 
 
Nesse contexto, Mileski (2013) destaca as funçõesdo legislativo municipal que 
são: elaborar, alterar, revogar ou apreciar leis que sejam de interesse para o 
município, que são de origem da Câmara ou iniciativas de projetos do 
executivo ou mesmo da população. 
As atribuições da Câmara Municipal de Cosmópolis são estabelecidas no art. 
16 da Lei Orgânica do município, quais sejam: dispor sobre todas as matérias 
de competências do município, apreciando o plano plurianual, a lei de diretrizes 
orçamentárias, orçamento anual, aberturas de créditos, sistema de tributação, 
aplicação de recursos, planos de contingências, além de ficar a cargo de 
vereadores a apresentação e projetos que identifiquem problemas que possam 
se tornar objetos das políticas públicas locais, dentre outras atividades que 
visem o interesse da população etc. 
As funções fiscalizadoras estão relacionadas com o parlamentar, ou seja, a 
atividade que o Poder Legislativo exerce para fiscalizar as contas do município 
e suas burocracias. 
O controle parlamentar diz respeito ao acompanhamento, por parte do 
Legislativo, da implementação das decisões tomadas no âmbito do governo e 
da administração. 
Conforme disposto no livro texto da disciplina Gestão Pública e Políticas 
Públicas, o Organograma de uma está vinculado as orientações dos seguintes 
sistemas: 
 
 
 
8 | P á g i n a 
 
 Sistema de autoridade: delegação de poder para a tomada de 
decisões e de gerenciamento de pessoas e outros recursos; 
 Sistema de atividade: distribuição das tarefas entre os 
integrantes da organização, o processo de 
departamentalização ( com as funções de linha e de apoio) e 
as especificações dos trabalhos a serem executados; 
 Sistema de comunicação: transmissão de informações a todos 
os interessados, na forma e tempos adequados, visando à 
integração e a eficiência na condução dos trabalhos (p.40). 
 
 
 
 Funções dos vereadores - Fonte: CGU, 2011, p.17 
A figura acima mostra o organograma da organização das funções dos 
vereadores. 
 
A CGU (2011) narra que sua função administrativa, a Câmara Municipal 
gerencia seu próprio orçamento, seu patrimônio e seu pessoal, é também 
administrativa quando organiza seus serviços, como a composição da mesa 
diretora, a organização e o funcionamento das comissões, etc. O papel de 
fiscalização e controle dos vereadores se restringe ao âmbito municipal na 
mesma lógica de controle administrativo das instâncias estatais superiores. 
A Câmara Municipal exerce uma função judiciária também, isto porque, 
conforme narra a CGU (2011), cabe a ela processar e julgar o prefeito por 
crimes de responsabilidade, além de julgar os próprios vereadores, inclusive o 
VEREADORES 
LEGISLAR FISCALIZAR ADMINISTRAR JULGAR 
FUNÇÕES ATÍPICAS Funções Típicas 
 
9 | P á g i n a 
 
Presidente da Câmara, em caso de irregularidades, desvio éticos ou falta de 
decoro parlamentar. 
É de responsabilidade dos vereadores, como estabelece o art.31 da CF de 
1988, controlar e fiscalizar as contas públicas, e sua função é avaliar 
permanentemente a gestão e as ações do prefeito do município bem como de 
seus secretários e subordinados. 
Conforme dispõe o material didático da disciplina, a Constituição da República 
encarregou E Poder Legislativo de acompanhar a execução do orçamento do 
Executivo e verificar a legalidade e legitimidade dos atos deste pra proteger os 
interesses da coletividade. 
O campo de atuação da câmara na fiscalização dos recursos públicos pode 
contemplar uma série de atividades e áreas distintas. 
A CGU (2011) apresenta de forma didática a divisão das diversas áreas da 
gestão dos recursos públicos, que são examinados pela Câmara Municipal, 
conforme figura a seguir: 
 
 
Esquema de Divisão de áreas da Gestão de Recursos Públicos – Fonte: CGU, 2011, p.18. 
Fiscalização da 
gestão 
DA 
PATRIMONIAL 
REC. HUMANOS 
FINANCEIRA 
OPERACIONAL CONTRATAÇÕES 
ORÇAMENTÁRIA 
CONTROLES 
 
10 | P á g i n a 
 
Vale ressaltar que os vereadores na Câmara Municipal tem como interesse o 
controle sobre o uso e aplicação adequado dos recursos públicos, tanto em 
atendimento ás suas próprias demandas internas como de toda a 
Administração Pública no sentido de defender o interesse coletivo da 
população em detrimento de qualquer outro tipo de interesse. 
Essa disposição está expressa no art.8° da Lei Orgânica do Município de 
Cosmópolis que define como a competência do Município nos seguintes 
termos: “Ao município, no exercício de sua autonomia, compete prover a tudo 
quanto respeite ao interesse local, tendo como objetivo o pleno 
desenvolvimento de suas funções sociais e a garantia do bem-estar de seus 
habitantes.” 
O Controle da administração Pública tem como base a Lei de 
Responsabilidade Fiscal no que tange à exigência da transparência, como 
afirma Paludo (2012,p.174) Citado no Livro texto da matéria Gestão Público, a 
referida legislação pode ser considerada: “[...] um divisor de águas na história 
das finanças em termos da transparência das contas públicas no Brasil”. 
Assim, além do trabalho fiscalizatório dos vereadores eleitos para representar o 
interesse da população, há os mecanismos de transparência que estimula a 
informação e participação do cidadão cosmopolense no controle dos atos e 
políticas municipais. 
O uso da tecnologia da informação – TIC, conforme disposto no conteúdo do 
curso, contribui significativamente para o desempenhados trabalhos dos 
vereadores bem como na equipe de trabalho que conta com papel de forma 
organizada e estruturada. Dentre as contribuições da TIC adaptadas com base 
no material didático e na prática identificada no trabalho da Câmara dos 
vereadores destacam-se: 
 Redução de custos nos processos; 
 Subsídios informativos aos vereadores para o desenvolvimento de 
variados processos; 
 Maior disponibilidade de soluções aos problemas e necessidades da 
população; 
 
11 | P á g i n a 
 
 Apoio decisivos na elaboração de processos de controle na das ações 
do Executivo. 
Assim, por meio do fluxo de informação em um processo otimizado os 
vereadores podem “ tratar, interpretar e utilizar a informação de forma a 
enxergar os problemas, as oportunidades e os anseios da população” 
exatamente como cita o texto da disciplina estudada(p.64). 
Os métodos de operação dos trabalhos administrativos na Câmara 
seguem padrões em vários pontos parecidos com o de qualquer 
empresa da iniciativa privada já que muitos conceitos das empresas e 
órgãos estatais por serem facilitadoras de processos administrativos, 
como por exemplo a gestão dos recursos humanos, com uma visão de 
liderança democrática em que a equipe faz um trabalho participativo, 
com cargos de autonomia na solução de questões cotidianas, com o 
benefícios que são ofertados além do pagamento, no caso, por 
desempenho, como a preocupação com processos sustentáveis, dentre 
outras adoções que comprovam, na prática, o que está no livro texto, no 
que se refere ao uso de ferramentas de gestão que vieram de práticas 
anteriores com empresas privadas. 
Nesse sentido destacam-se na Câmara os seguintes conceitos que de 
acordo com a disciplina são baseados em práticas de gestão das 
empresas privadas que passaram a ser aplicadas na Administração 
Pública com o intuito de melhorar a eficiência de suas práticas: 
 
(...) os sistemas de autoridade, com delegação de poder para a tomada 
de decisões e de gerenciamento de pessoas e de outros recursos, 
como o de atividade ( que prevê a distribuição das tarefas entre os 
integrantes da organização), o processo de departamentalização ( com 
as funções de linha e de apoioe as especificações dos trabalhos a 
serem executados ) e o de comunicação ( que considera a transmissão 
de informações a todos os interessados na atuação e nos resultados 
da esfera pública) (p.79). 
 
Nota-se que os conceitos desenvolvidos durante o estudo da disciplina Gestão 
Pública e Políticas Públicas no Brasil são totalmente compreendidos na prática 
e atuação como Poder Legislativo Municipal, órgão da Administração Direta. 
 
12 | P á g i n a 
 
3. INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO 
 
Os conceitos estudados em Introdução à Teoria do estado são bem teóricos e 
históricos, o que impede uma relação com a prática observada para a 
elaboração do presente trabalho, porém, ainda assim, alguns conceitos podem 
ser observados, por exemplo, o material disciplinar traz em seu conteúdo a 
abordagem sobre a delimitação de território e abrangência, a atuação da 
Câmara dos vereadores segue, dentro desse limítrofe do território do 
município, ou seja, suas ações e controles fiscalizatórios não ultrapassam os 
limites do município, podendo, no máximo, servir de base para que Câmaras 
de outras localidades adotem estratégias, projetos e legislações por se 
identificar com as mesmas realidades, sendo necessário que cada município 
tenha seu próprio governo. 
A soberania de interesse é o da população, ou seja, destaca-se o conceito de 
soberania popular, que de acordo com o livro texto da disciplina Introdução à 
Teoria do Estado, é o primeiro elemento que contribui o Estado e é 
caracterizado por um conjunto de pessoas com interesses comuns, incluindo 
quem reside no território ou fora do Estado” ( p.31). 
Ou seja, o interesse defendido pelos vereadores em suas atuações na Câmara 
dos vereadores é o interesse do povo, e este é totalmente desvinculado da 
discriminação de classes desde o Estado Moderno. 
Esse povo é que elege seus representantes para os governos da União, dos 
Estados e dos municípios, seja para o exercício dos cargos do Executivo ou do 
Legislativo. Conforme dispõe o conteúdo estudado, um dos impulsos 
fundamentais a partir do Estado Moderno para definir a ideia de "povo": "foi 
estabelecido com a disseminação do sufrágio (voto) universal, permitido a 
todos os cidadãos, sem restrições. No passado, o voto não era permitido, por 
exemplo, para escravos, mulheres, analfabetos ou pessoas com renda inferior 
a certo piso ou, ainda, de idade inferior a 18 ou até 21 anos (maioridade civil e 
penal), hoje, conforme estabelece o art. 14 da Constituição Federal de 1988, 
em vigor, o voto: 
 
 
 
13 | P á g i n a 
 
 Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
 pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos 
 da lei, mediante: 
 I - plebiscito; 
 ll - referendo; 
 lll - iniciativa popular (BRASIL, 1988). 
 
Assim, o direito de voto é também um exercício de cidadania que visa a 
garantia da soberania popular. O conceito de cidadania garante que "cada 
indivíduo tem deveres para com o Estado, mas, também, como componente 
deste, possui direitos. A cidadania pode ser obtida por nascimento ou 
atendimento a certos padrões impostos pelo Estado". Exercer a cidadania é 
participar ativamente da vida política, econômica e social. Nesse contexto o 
trabalho da Câmara dos Vereadores visa garantir esse pleno exercício dentro 
da atual organização de governança da Federação, Estados-membros e 
municípios brasileiros. 
Conforme citado no livro-texto desta disciplina à Teoria Geral do Estado são 
destacados três grandes segmentos: 
 Teoria Social do Estado 
 Teoria Política do Estado 
 Teoria Jurídica do Estado 
A Câmara Municipal é uma entidade direita da administração pública do 
governo municipal que comtempla todas essas teorias. No âmbito da Teoria 
Social do Estado comtempla porque é conhecida como a “Casa do Povo” e 
teoricamente tem o dever de representar os interesses do Povo. No âmbito da 
Teoria Política do Estado comtempla porque é o parlamento, aonde se propõe 
as soluções das necessidades da sociedade local, que vem tanto do executivo 
como do próprio legislativo municipal. No âmbito da Teoria Jurídica do Estado 
também comtempla porque essa entidade é uma “Casa de Leis” que escreve 
as Leis Municipais. 
 
14 | P á g i n a 
 
Tendo visto que a análise feita nesse estudo deixa bem claro e especifico que 
a Câmara de vereadores, “o Legislativo Municipal” tem uma grande importância 
e relevância na vida das pessoas, importância essa que deve ser mais 
incentivada na formação dos futuros cidadãos dos municípios brasileiros, já 
que é de competência e responsabilidade dessas entidades base da República 
Federativa do Brasil, como declarado em nossa Constituição Federal de 1988: 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de 
colaboração seus sistemas de ensino. 
 § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as 
instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função 
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e 
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios. 
 § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 
 
4. DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS 
A equipe de trabalho da Câmara dos Vereadores aplicam-se diversos conceitos 
de gestão de recursos humanos da disciplina Dinâmica das Relações 
Interpessoais, isto porque há relações entre pessoas tanto no âmbito interno 
como externo. 
Marreiros (2007) explica, inclusive, que a diferença entre a administração 
privada e a pública está no contexto político em que elas se encontram, 
situação em que a administração pública é uma entidade que realiza com seus 
órgãos as atividades administrativas que visam atender as necessidades 
coletivas, o que lhe confere uma maior dependência do poder político do que 
aquele que há na administração privada, que é regida por um mercado 
comercial e por isso suas leis conferem, em muitos casos maior autonomia em 
relação ao poder político. No que tange à gestão de recursos humanos, cada 
empresa privada pode, por exemplo, estabelecer seus quadros, salários e 
benefícios sem grandes burocracias e aprovações, ao contrário da gestão 
 
15 | P á g i n a 
 
pública onde essa questão é bem mais burocrática, fiscalizada e 
regulamentada de forma bastante específica. 
No caso de trabalhadores da Câmara dos Vereadores, abrangidos no quadro 
de servidores do município, a questão é regulamentada pelo art. 105 da Lei 
orgânica do Município de Cosmópolis que estabelece que "o regime jurídico 
para os servidores da administração direta e indireta deve ser estabelecido por 
lei que dispõe sobre os direitos, deveres e regime disciplinar, assegurados os 
direitos adquiridos, coisa julgada e ato jurídico perfeito". 
Uma prática apresentada no livro texto do curso diz respeito ao uso de 
estratégias de empresa privada na gestão de pessoas na administração 
pública, uma que se destaca na prática da Câmara Municipal de Cosmópolis é 
a premiação por desempenho. 
Os padrões de salários são reconsiderados anualmente de acordo com a 
avaliação de desempenho anual realizada pelo Diretorda Câmara, cujos níveis 
são definidos de 1 a 6 para cada categoria de salário, conforme mostra o 
quadro a seguir: 
Vencimento de 01 a 06 
 01 02 03 04 05 06 
REF: R$ R$ R$ R$ R$ R$ 
E 1.485,49 1.634,03 1.797,43 1.977,17 2.174,89 2.392,38 
H 1.808,08 1.988,89 2.187,78 2.406,54 2.647,19 2.911,91 
L 2.265,44 2.491,98 2.741,18 3.015,28 3.316,81 3.648,49 
M 2.834,14 3.117,55 3.429,31 3.772,21 4.149,43 4.564,37 
N 3.674,67 4.042,14 4.446,35 4.890,98 5.380,08 5.918,09 
O 4.069,81 4.476,79 4.924,45 5.416,90 5.958,59 6.554,45 
P 5.236,12 5.759,73 6.335,70 6.969,25 7.666,18 8.432,80 
 
Também estão abrangidos os cargos de Comissão e Direção na Câmara 
Municipal, como demonstrado a seguir: 
 
16 | P á g i n a 
 
 CARGO SÍMBOLO SALÁRIO 
Assessores Legislativos da mesa Diretora EC1 R$ 2.677,34 
 Assessor Legislativo de Gabinete EC1 R$ 2.677,34 
Coordenador de Processos Judiciais e 
Legislativos 
 EC3 R$ 4.760,11 
Diretor Geral da Câmara EC4 R$ 4.359,61 
 Emprego Referência Valor 
 Diretor P R$ 4.760,11 
 
As particularidades sobre a gestão dos recursos humanos da Câmara 
obedecem as regras dos servidores do município, regidos por lei específica, 
pelas diretrizes da Lei Orgânica do Município e a Constituição Federal que em 
suma determinam as particularidades do servidor público em relação ao 
trabalhador de empresa privada no que diz respeito aos direitos como 
benefícios e adicionais por tempo de lotação como deveres de supremacia do 
interesse público em detrimento dos próprios interesses no exercício de suas 
funções. 
Na prática o funcionário da Câmara é um agente da Administração Pública, ou 
um empregado do Governo, ele é essencialmente um cidadão no exercício da 
sua atividade, ou seja, ele faz o que qualquer cidadão faria e senão o faz é em 
razão da separação de funções/especialização, pois, a divisão social do 
trabalho determina uma separação de funções e tarefas de modo a organizar o 
objetivo de atender à necessidade burocrática do órgão legislativo. 
O funcionário público tem que prestar contas à comunidade como, 
consequência da moral democrática. Enquanto na iniciativa privada o 
funcionário de uma empresa deve satisfação de suas atividades somente a um 
patrão. 
O Patrão, no âmbito da Administração Pública é a população, o povo, porém é 
necessário que haja dentro do quadro cargos que exerçam a função de 
liderança para que a equipe trabalhe alinhada no objetivo comum e com a 
devida organização das tarefas e atividades necessárias ao bom andamento 
 
17 | P á g i n a 
 
dos trabalhos da Câmara dos Vereadores, no caso da Câmara de Cosmópolis 
essa liderança é exercida pelo Diretor que adota o modo de gestão 
democrática e exerce uma liderança participativa, com autonomia dos diversos 
cargos de operação e assessoria, inclusive intervindo em conflitos que surgem 
das relações entre membros da equipe somente quando necessário para 
estabelecer a ordem dos trabalhos. 
O art. 106 da Lei Orgânica do Município de Cosmópolis constitui um Conselho 
de Política de Administração e Remuneração de Pessoal, integrado por 
servidores designados pelos respectivos poderes que fixa valores, padrões de 
vencimentos, benefícios, funções, dentre outras demandas de gestão dos 
Recursos Humanos do município, aos quais estão abrangidos os funcionários 
da Câmara dos Vereadores. 
A estabilidade é um diferencial do servidor público estabelecido pela legislação 
brasileira, assim, a Lei orgânica do Município de Cosmópolis estabelece que o 
servidor público concursado tem estabilidade após três anos de investidos nos 
cargos, mediante avaliação especial de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade, de modo que só perde o cargo em casos específico, quais 
sejam: sentença judicial transitada em julgada; processo administrativo em que 
lhe tenha sido assegurada a ampla defesa; avaliação periódica. 
Já os cargos eletivos cujos direitos e deveres se diferenciam dos de servidor. 
Inclusive, se um servidor público se candidatar e se eleger, ao investir em 
cargo eletivo e deixar o cargo concursado, deve optar pelo salário do cargo que 
exercia ou pelo que assumirá por eleição. 
Os cargos de eleição (prefeito, vice-prefeito e vereadores) obedecem o formato 
da gestão democrática, previsto também no Regimento lnterno da Câmara 
Municipal por meio do qual é o povo quem vota, elege e a forma de investidura 
do cargo é a partir da eleição e posse, bem como a forma de gestão obedece 
uma hierarquia de poderes e participação popular em que para ser retirado do 
cargo, por exemplo, é necessária renúncia ou cassação de mandato eletivo, 
diferente do processo de gestão dos demais servidores do município. 
 
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Ainda no que diz respeito às relações interpessoais da equipe de trabalho da 
Câmara entre os membros da equipe e deles com os vereadores, população 
em geral, funcionários de outros setores da Administração municipal, 
fornecedores, etc. seguem uma rigidez maior do que se encontra em uma 
empresa privada, pois, como já ressaltado, os interesses que regem o trabalho 
dessas pessoas é o interesse do povo, de modo que as mais diversas decisões 
são tomadas com base nesse contexto, nenhum tipo de benefício, vantagem 
ou mesmo alterações de salários e cargos tanto da operacionalização do 
Executivo como do Legislativo municipal não podem ser realizados sem que 
haja uma prévia regulamentação que precisa ser aprovada pelos poderes 
Legislativo e Executivo locais, e claro, sem perder o foco de interesses da 
população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÃO 
A presente pesquisa foi realizada por meio da análise da aplicação de 
conceitos absorvidos do material didático do Curso, especialmente os livros 
textos, no âmbito da prática da Câmara dos Vereadores de Cosmópolis, 
considerando, além do conhecimento prático dos autores que são funcionários 
do órgão, seu Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município porque toda a 
atividade da Administração Pública segue as diretrizes legais e não se realiza 
como em empresas privadas. 
Assim, esse estudo cumpre o objetivo proposto identificando os principais 
aspectos estudados das disciplinas Gestão Pública e Políticas Públicas no 
Brasil, introdução à Teoria do Estado e Dinâmica das Relações interpessoais 
que foram possíveis de se identificar na prática da Câmara Municipal de 
Cosmópolis, onde se realiza a pesquisa. 
A Câmara Municipal atua, portanto, como órgão do Poder Legislativo Municipal 
no âmbito da Administração Pública com a função de legislar e controlar, 
fiscalizar a aplicação de recursos em políticas públicas que efetivamente 
atendam aos interesses e necessidades da população de Cosmópolis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Controladoria Geral da União. O vereador e a fiscalização dos 
recursos públicos municipais. Brasília: CGU, 2011. 
COSMOPOLIS. Câmara Municipal. Lei Orgânica Municipal, atualizada até 
2004. 
COSMOPOLIS. Câmara Municipal. Regimento Interno da Câmara Municipal, 
Resolução 288 de 21 dejun. 2005. 
MILESKI, Helio Saul. O controle da gestão pública. São Paulo: Revista dos 
Tribunais,2003. 
UNIP - Universidade Paulista. Material Didático do Curso. Gestão Pública e 
Políticas Públicas no Brasil, 2018. UNIP - Universidade Paulista. Material 
Didático do Curso. Introdução à Teoria do Estado,2018.BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de 
outubro de 1988.

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