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Victória Kreling Lau – AD2020 1 Bioquímica – Prova V: Introdução ao Metabolismo dos Aminoácidos: as proteínas desempenham inúmeras funções no organismo, entre elas: estrutural, motora, hormonal, enzimática, defesa (anticorpos), transporte e reserva. Os aminoácidos podem ser essenciais ou não-essenciais, sendo que um aminoácido não-essencial pode se tornar essencial por alguma deficiência na rota de síntese. Além disso, um aminoácido pode ser inicialmente essencial (ex: Arginina) e depois se tornar não-essencial, uma vez que a importância dele é na infância. Além disso, os aminoácidos são classificados pelos produtos originados na degradação das suas cadeias carbonadas, podendo ser cetogênicos (acetoacetato) e ou glicogênicos (piruvato ou intermediário do ciclo de Krebs). O pool de aminoácidos é composto pelas proteínas da dieta, pelos aminoácidos não-essenciais sintetizados e pelas proteínas corporais; esse pool poderá seguir três caminhos: síntese de proteínas corporais; síntese de compostos nitrogenados; quebra para utilização da cadeia carbonada (originar glicose, glicogênio, corpos cetônicos, ácidos graxos ou simplesmente gás carbônico e água) com liberação do grupo amino (degradado à ureia). O valor biológico das proteínas de origem animal é superior ao das proteínas vegetais. Além disso, a obtenção de proteínas de uma dieta apenas vegetal é muito difícil, visto que em média cada 100g de vegetais oferece meros 1-2g de proteínas, enquanto 100g de carne pode oferecer até 30g de proteínas; como se isso não bastasse, a proteína vegetal apresenta menor digestibilidade, ou seja, por mais que se consuma a mesma quantidade de proteína animal e vegetal, a quantidade de proteína absorvida, se essa for vegetal, será menor. É muito importante que haja um equilíbrio entre os compostos nitrogenados ingeridos e os excretados (90% - urina; 10% - fezes); do contrário poderemos ter um balanço ou positivo ou negativo: Balanço Nitrogenado Positivo: quando a ingesta for maior que a excreção; é muito importante durante o crescimento, a gestação e a lactação. Balanço Nitrogenado Negativo: quando a excreção for maior que a ingesta; em situações de jejum prolongado, infecções, queimaduras, cirurgias e em dietas pobres em proteína (Marasmo – dieta calórica inadequada - e Kwashiorkor – falta de proteínas na dieta); o grande problema desse balanço é que leva o indivíduo a um estado hipercatabólico, o que leva a uma super mobilização das reservas para manter necessidades básicas como: energia, resposta imune, proliferação celular e síntese de novas proteínas. Victória Kreling Lau – AD2020 2 A digestão das proteínas ingeridas na dieta tem início no estômago e término no intestino delgado; as enzimas envolvidas na digestão são produzidas em três locais: estômago, pâncreas e intestino delgado; os dois primeiros produzem zimogênios, precursores inativos das enzimas, enquanto o intestino delgado produz diretamente as enzimas. Os zimogênios precisam ser clivados a formas menores com atividade proteolítica para agirem. Essa digestão apresenta três fases: cefálica (estímulos olfatórios e visuais; secreção pancreática por impulsos trazidos pelo nervo vago), gástrica (produção de gastrina, que estimula a liberação de pepsinogênio, HCl e a secreção pancreática) e intestinal (a acidez do quimo estimula a produção de secretina – estimula a secreção de bicarbonato e das enzimas pancreáticas - e colecistoquinina – diminui a motilidade, estimula a secreção da enteropeptidase e das enzimas pancreáticas). No estômago: as células principais secretam pepsinogênio e as parietais HCl; a acidez estomacal permite a ativação de pepsinogênio em pepsina por uma ativação autocatalítica (o próprio pepsinogênio cliva-se); a acidez desnatura as proteínas, levando a inativação e a desdobramentos. No intestino delgado: quando o quimo entra no intestino delgado, o bicarbonato neutraliza e alcaliniza seu pH ácido, para que as proteases pancreáticas possam agir; a enteropeptidase é responsável pela ativação do tripsinogênio em tripsina, que é a responsável por ativar o quimotripsinogênio em quimotripsina, a pró-elastase em elastase e a pró-carboxipeptidase em carboxipeptidase. Com isso, é possível perceber o papel central da enteropeptidase e da tripsina, uma vez que sem uma das duas a digestão das proteínas no intestino delgado estaria prejudicada. Além das enzimas pancreáticas, aqui, também entrarão em ação as enzimas produzidas pelo próprio intestino; elas poderão agir tanto dentro da borda em escova quanto dentro do enterócito. Após a digestão, os aminoácidos, os dipeptídios e os tripeptídios resultantes são absorvidos por meio de sistemas de transporte ativo secundário dependente de íon sódio e por meio de difusão facilitada; os dipeptídios e tripeptídios serão convertidos em aminoácidos no enterócito pela ação de dipeptidases e tripeptidases, para que, finalmente, os aminoácidos entrem na corrente sanguínea. Co-transporte de Na+ e Aminoácidos: o bombeamento de sódio (em baixa concentração dentro da célula) para fora da célula, cria um gradiente de sódio; o aminoácido acopla-se ao sódio e entra na célula a favor desse gradiente criado. Esses aminoácidos são transportados depois para a circulação (contra-lumial) por transporte facilitado. Encontramos 7 tipos de transportadores na borda em escova cada um com sua especificidade. Transporte de Aminoácidos para Dentro das Células: os aminoácidos trazidos pela corrente sanguínea são transportados através das membranas celulares por co-transportes Na+ dependentes e, em menor escala por transporte facilitado. Victória Kreling Lau – AD2020 3 O pool de aminoácidos dentro da célula é gerado tanto pelos aminoácidos da dieta quanto pela degradação das proteínas celulares, que são continuamente sintetizadas e degradadas. Essa degradação pode ser de duas formas: Lisossomal: partes do citoplasma são sequestradas para dentro das vesículas lisossomais, onde preteases degradam as proteínas ingeridas e aminoácidos livres; os aminoácidos reciclados podem então deixar o lisossoma e reingressar no pool de aminoácidos intracelular; esse processo recebe o nome de autofagia. Via Ubiquitina-Proteassoma: a ubiquitina é uma proteína que marca proteínas intracelulares para a degradação; esse processo é realizado por um sistema de três enzimas que adicionam a ubiquitina às proteínas-alvo para a degradação; é dependente de ATP; essa proteína marcada será degradada pelo complexo proteolítico conhecido como proteassoma; depois que a proteína marcada é degradada, a ubiquitina é liberada intacta; os aminoácidos resultantes juntam-se ao pool de aminoácidos intracelular. Os aminoácidos livres podem sofrer inúmeras reações envolvidas no metabolismo dos mesmos, entre elas: Transmetilação: é a transferência de metila para outros compostos; por exemplo, na transferência de metila do tetraidrofolato para a vitamina B12, que, por sua fez, transfere para a homocisteína, que acaba sendo transformada em metionina pela enzima metionina-sintase; a metionina transfere essa metila para inúmeras outra substâncias originando diversos compostos importantes. Descarboxilação: quando há retirada do grupo carboxílico para formação da amina correspondente; o cofator necessário é a forma ativa da vitamina B6 (PLP). Transamidação: é a transferência de um grupamento amida. Transulfuração: é a transferênciade enxofre de um aminoácido para outro. Reação de Desidrase: é a retirada de água e amônio de um aminoácido. Transaminação: é a principal reação para remoção de nitrogênio dos aminoácidos; na maioria dos casos, esse nitrogênio é transferido para o alfa- cetoglutarato formando glutamato, enquanto o aminoácido original é convertido no alfa-cetoácido correspondente; o glutamato formado pode ser desaminado oxidativamente ou utilizado como doador de grupo amino para síntese de aminoácidos não essenciais; apenas a lisina e a treonina não são submetidas a essa reação; essas reações são catalisadas por aminotransferases ou transaminases, que são enzimas específicas para um ou poucos doadores de grupamento amino; o PLP é o cofator necessário para a reação; são reações reversíveis, por isso estão envolvidas tanto na síntese quando na degradação de aminoácidos. Desaminação: é uma reação catalisada pela enzima glutamato-desidrogenase, que resulta na liberação do grupo amino como amônia livre; essa reação ocorre na mitocôndria das células e fornece alfa-cetoácidos, que podem entrar nas vias centrais do metabolismo energético, e amônia, fonte de nitrogênio para a síntese de ureia; é importante lembrar que essa é uma reação reversível, que pode incorporar ou liberar amônia. ATP e GTP são inibidores alostéricos da enzima, enquanto ADP e GDP são ativadores dessa enzima, logo, Victória Kreling Lau – AD2020 4 quando a célula está com baixa disponibilidade de energia, a degradação está ativada, permitindo, assim, que os esqueletos de carbono liberados sejam utilizados para produção de energia; além disso, é regulada pela disponibilidade de substrato, ou seja, a presença de amônia estimula a formação de glutamato. Existem D e L-aminoácidos, por isso também existem D e L-aminoácido oxidases, que são enzimas dependentes de FAD, irreversíveis, que catalisam a remoção de grupamento amino desses aminoácidos. Alanina-aminotransferase (ALT): também conhecida como TGP; está presente em muitos tecidos; catalisa a transferência do grupo amino da alanina para o alfa-cetoglutarato, resultando na formação de piruvato e glutamato; durante o catabolismo dos aminoácidos, no entanto, essa enzima funciona na direção da síntese de glutamato. Aspartato-aminotransferase (AST): também conhecida como TGO; é uma exceção à regra de que as aminotransferases afunilam os grupos amino para formar glutamato; durante o catabolismo dos aminoácidos, a AST transfere grupos amino do glutamato para o oxalacetato, formando aspartato, o qual é utilizado como uma fonte de nitrogênio no ciclo da ureia. As aminotransferases são, normalmente, enzimas intracelulares, de modo que os baixos níveis observados no plasma representam a liberação de conteúdos celulares durante a renovação celular normal. A presença de níveis plasmáticos elevados de aminotransferases indica lesão em células ricas nessas enzimas. Em doentes hepáticos, os níveis plasmáticos de TGO e TGP. A TGP é mais específica que a TGO para doenças hepáticas, mas essa última é mais sensível, pois o fígado contém maiores quantidades de TGO; medidas enzimáticas seriais são frequentemente úteis para a determinação da evolução do dano hepático. Porém, as aminotransferases podem estar elevadas em doenças não-hepáticas, como infarto do miocárdio e doenças musculares. Remoção e Transporte da Amônia: as células do corpo e as bactérias do intestino liberam o nitrogênio de certos aminoácidos na forma de amônia ou íon amônio, que devem entrar no ciclo da ureia, uma vez que a amônia é extremamente tóxica para o organismo. As duas fontes de nitrogênio para o ciclo da ureia são o glutamato (através das reações de transaminação) e o aspartato. A grande questão é que as enzimas do ciclo da ureia são ativas principalmente no fígado, o que cria a necessidade de transportar o nitrogênio dos aminoácidos para lá; a alanina (exportada principalmente pelo músculo; transaminação do piruvato com o glutamato para formar alanina; no fígado, a alanina será reconvertida a piruvato – segue a via glicolítica - e o glutamato restaurado liberará o amônio para o ciclo da ureia) e a glutamina (sintetizada a partir da fixação de amônia ao glutamato pela ação da enzima glutamina-sintetase na presença de ATP; é a principal forma de transporte; na mitocôndria dos hepatócitos, as glutaminases liberam glutamato e amônio, o qual entrará no ciclo da ureia) são os principais transportadores de aminoácidos no sangue. A glutamina apresenta diversas funções metabólicas entre elas: síntese proteica, produção de energia, tamponamento urinário, remoção de amônia, transporte de glutamato e ser uma fonte de nitrogênio. Victória Kreling Lau – AD2020 5 A amônia é o principal produto do metabolismo de aminoácidos, porém é um composto extremamente tóxico para o organismo (em especial para o SNC), por isso o organismo possui uma via que transformasse esse produto extremamente tóxico em ureia, que é menos tóxico; o fígado remove rapidamente a amônia do sangue e converte-a em ureia rapidamente por meio dessa via. O nitrogênio entra no ciclo da ureia como íon amônio e aspartato; as duas primeiras reações do ciclo ocorrem na mitocôndria; as demais, no citosol. As enzimas do ciclo podem ser induzidas – a longo prazo - por uma dieta altamente calórica ou por jejum prolongado. Formação do Carbamoil-Fosfato: íon amônio reage com bicarbonato para formar carbamoil-fosfato numa reação catalisada pela enzima carbamoil-fosfato-sintetase I (CPSI); nessa reação é necessária a clivagem de 2ATP; é a reação marcapasso do ciclo. Formação da Citrulina: o carbamoil-fosfato reage com a ornitina para formar citrulina numa reação catalisada pela enzima ornitina- transcarbamoilase; a ligação fosfato de alta energia do carbamoil- fosfato fornece a energia necessária para a reação; a citrulina é transportada para o citosol pela membrana em troca de ornitina do citosol para a mitocôndria. Síntese de Argininossuccinato: condensação da citrulina com o aspartato para formar argininossuccinato numa reação catalisada pela enzima argininossuccinato-sintetase; há clivagem de ATP em AMP; o aspartato provém da transaminação pelo oxaloacetato. Clivagem do Argininossuccinato: a enzima argininossuccinato-liase cliva o argininossuccinato para formar fumarato e arginina; o fumarato é convertido a malato (pode seguir a gliconeogênese ou regenerar oxaloacetato, que pode originar aspartato ou glicose) pela fumarase citoplasmática; a arginina é precursor imediato da ureia. Clivagem da Arginina em Ornitina e Ureia: a arginase cliva a arginina em ureia e ornitina; a ornitina entra na mitocôndria em troca da saída de citrulina. Victória Kreling Lau – AD2020 6 Hiperamonemia: concentrações elevadas de amônia no sangue causam sintomas de intoxicação por amônia, incluindo tremores, discurso inarticulado, sonolência, vômito, edema cerebral e visão borrada. Em altas concentrações, a amônia pode causar coma e morte. Pode ser adquirida (doenças hepáticas) ou congênita (deficiência de alguma das enzimas envolvidas no ciclo da ureia, acumulando todas as substâncias que precedem a enzima deficiente, inclusive a amônia; o tratamento é: limitar a ingestão proteica e remover o excesso e amônia – através da utilização de compostos que se ligam a aminoácidos formando moléculas que podem ser excretadas pelos rins). Encefalopatia Hepática: lesões severas nofígado ou deficiências genéticas levam a uma diminuição da atividade do ciclo da ureia e, consequentemente, uma hiperamonemia. Victória Kreling Lau – AD2020 7 Cofatores Importantes no Metabolismo dos Aminoácidos: Piridoxal Fosfato (Vitamina B6): é uma vitamina amplamente distribuída; participa como cofator das reações de transaminação, descarboxilação e desidrase; é muito importante para a síntese, catabolismo e interconversão de aminoácidos, síntese de serotonina, de norepinefrina, de esfingolipídios necessários para a formação da bainha de mielina, de ALA (ácido aminolevulínico; precursor do heme) e para a estabilização da glicogênio fosforilase. Victória Kreling Lau – AD2020 8 Biotina: envolvida em reações de carboxilação; participa da reação de conversão do propionil-CoA em D- Metilmalonil-CoA pela enzima propionil-CoA carboxilase. Tetrahidrofolato: é a forma ativa do ácido fólico (presente em vegetais folhosos verdes, fígado e cereais integrais); é produzido a partir do folato (a enzima que participa dessa transformação é a diidrofolato-redutase em uma reação com dois passos, que necessitam de 1 mol de NADPH cada um). O tetrahidrofolato recebe unidades de um carbono de doadores e os transfere para intermediários; essa transferência está envolvida na síntese de glicina a partir de serina, de base timina requerida para a síntese de DNS, de bases púricas requeridas para as sínteses de DNA e RNA e na transferência de grupos metila para a vitamina B12. A principal forma de folato no sangue é N5-metil-FH4. Cobalamina (Vitamina B12): seu aspecto mais incomum é a presença de cobalto na estrutura; na forma ativa, o cobalto deve estar reduzido a Co+; é sintetizada por microorganismos, por isso não está presente em vegetais. A absorção da vitamina passa por um processo: inicialmente, no estômago, ela liga-se a transcobalamina I, da qual só separa após a ação das proteases, quando irá se ligar ao fator intrínseco (produzido pelas células parietais do estômago; a deficiência de fator intrínseco leva a uma anemia perniciosa), que é essencial para que a absorção no íleo; é importante salientar que o fígado é responsável por armazená-la. A cobalamina é cofator de duas reações muito importantes no organismo, são elas: conversão de metilmalonil-coA em succinil-coA e de homocisteína em metionina; a deficiênci dessa vitamina leva a um acúmulo de metilmalonil-CoA (interfere na formação da bainha de mielina) e de N5-metil-FH4, diminuindo a disponibilidade de folato e, consequentemente, a síntese de purinas e timinas (DNA e RNA). S-Adenosilmetionina (SAM): participa da síntese de vários compostos que contêm grupos metila; mais de 35 reações requerem a doação de metil a partir da SAM; é sintetizada a partir da metionina e ATP numa reação catalisada pela metionina adenosiltransferase. Hiperomocisteinemia: são níveis elevados de homocisteína no sangue; essa alteração tem sido relacionada com doenças cardiovasculares e neurológicas; a homocisteína apresenta dois destinos bioquímicos: ser remetilada a metionina ou condesada com serina para formar cistationina (produz cisteína numa reação que necessita de vitamina B12), por isso ela pode se acumular se essas rotas estiverem inviabilizadas, por exemplo, por deficiência de folato ou cobalamina (impedindo a remetilação) e de B6. Victória Kreling Lau – AD2020 9 Tetrahidrobiopterina (BH4): é formada a partir do GTP; é um cofator necessário em reações de hidroxilação; está envolvida no metabolismo de fenilalanina, tirosina e triptofano. Deficiência de Tetrahidrobiopterina: essa substância é muito importante na síntese de tirosina a partir da fenilalanina, por isso, quando deficiente, impossibilita a conversão, levando a uma hiperfenialaninemia. Deficiência de Dihidrobiopterina Redutase: a deficiência dessa enzima impossibilita a síntese de tetrahidrobiopterina a partir da dihidrobiopterina, impossibilitando também a síntese de tirosina a partir da fenilalanina, levando a um acúmulo de fenilalanina. Fenilcetonúria Clássica: deficiência de hidroxilase, a enzima responsável por converter fenilalanina em tirosina; os sintomas são: atraso no desenvolvimento psicomotor, convulsões, hiperatividade, hipopigmentação e retardo mental irreversível; o tratamento para PKU é a restrição de fenilalanina na dieta e a manutenção de níveis sanguíneos de fenilalanina entre 3-6mg/dL. Doença do Xarope de Bordo: é uma doença em que há uma deficiência parcial ou completa na desidrogenase dos a-cetoácidos de cadeia ramificada, levando ao acúmulo dos aminoácidos e seus a-cetoácidos, causando um efeito tóxico que interfere nas funções encefálicas. A doença caracteriza-se por problemas alimentares, vômitos, desidratação, acidose metabólica grave e um odor característico de xarope de bordo na urina. Se não for tratada, a doença leva a retardo mental, incapacidades físicas e morte. Victória Kreling Lau – AD2020 10 Síntese de Aminoácidos Não-Essenciais: Aminoácidos Clinicamente Importantes: Síntese de Produtos Especializados a partir de Aminoácidos: Catecolaminas: pertencem à família das bioaminas e são produtos secretórios do sistema simpático- adrenal; os três principais exemplos dessas moléculas são: adrenalina, noradrenalina e dopamina; os neurônios produzem dopamina e norepinefrina, enquanto a medula da adrenal é capaz de sintetizar as três moléculas principais; o aminoácido precursor dessa família é a tirosina, que ou é obtida através da dieta ou sintetizada no fígado a partir da fenilalanina (numa reação catalisada pela enzima fenilalanina-hidroxilase). As catecolaminas apresentam diversas funções, entre elas: agir como neurotransmissor e regular o metabolismo (epinefrina e noradrenalina; liberados em resposta ao stress, baixa glicemia, exercício... promove a degradação do glicogênio, dos TAG e o aumento da pressão arterial). O primeiro passo da síntese e a etapa limitante é a hidroxilação do anel da tirosina pela tirosina hidroxilase ou tirosinase (é inibida por feedback a partir da presença de catecolaminas citosólicas) na presença de BH4, formando DOPA; o segundo passo é a descarboxilação do DOPA para formar dopamina numa reação dependente de piridoxal-fosfato (vitamina B6); a via pode ou não seguir para o terceiro passo que seria a hidroxilação da dopamina à noradrenalina na presença de ácido ascórbioco (vitamina C) como doador de elétrons; finalmente, a via pode ou não seguir para o quarto e último passo: formação de adrenalina a partir da transferência de um grupo metil do SAM para a noradrenalina; essa última etapa é estimulada pela presença do cortisol, liberado em situações de stress. Após agirem, as catecolaminas serão degradadas por enzimas; duas das principais reações no processo de inativação e degradação são catalisadas pela monoamina-oxidase (MAO; catalisa uma desaminação oxidativa) e a catecol-O-metiltransferase (COMT; catalisa uma O-metilação); existem dois tipos de MAO: A Tirosina Aminoácidos Aromáticos Catecolaminas Hormônios da Tireoide Melanina Serotonina Melatonina Niacina Triptofano Pelagra 2% Victória KrelingLau – AD2020 11 (com preferência por epinefrina e norepinefrina) e B (dopamina); a COMT requer SAM para efetivar a inativação, sendo, assim dependente de folato e cobalamina. A MAO B converte dopamina em homovalinato ou ácido homovalínico (HVA), composto encontrado em concentrações diminuídas no líquido cefalorraquidiano de pacientes com Parkinson. Melanina: é um pigmento sintetizado por melanócitos na epiderme com função de proteger as células dos possíveis danos causados pelos raios UV; a síntese de melanina depende de tirosina; os raios UV são capazes de induzir as reações catalisadas pela tirosinase. Hormônios da Tireoide: os produtos secretórios da tireoide são os hormônios T3 e T4; o passo básico para sua síntese envolve o transporte ou o sequestro de iodeto do sangue para as células, a oxidação do iodeto para formar espécies iodadas, a iodação dos resíduos tirosil na proteína tireoglobulina e o acoplamento dos resíduos de monoiodotirosina e diiodotirosina à tireoglobulina para formar resíduos de T3 (MIT+DIT) e T4 (DIT+DIT). A presença aumentada na urina do ácido 3-metoxi-4-hidroxi-mandélico, que é o principal metabólito periférico da epinefrina e norepinefrina, suporta o diagnóstico de tumor secretante de catecolamina na suprarrenal. Um dos tratamentos para a Doença de Parkinson é a administração de fármacos inibidores das enzimas de degradação de dopamina como a MAO B. Albinismo: é um grupo de condições nas quais um defeito no metabolismo da tirosina leva a uma deficiência na produção de melanina, resultando na ausência parcial ou completa do pigmento da pele, do cabelo e dos olhos. O albinismo completo resulta de uma deficiência na atividade da tirosinase, causando uma ausência total de pigmentação. Victória Kreling Lau – AD2020 12 Serotonina: também conhecida como 5-hidroxitriptamina; possui múltiplos papéis fisiológicos: atua na percepção da dor, em transtornos afetivos e na regulação do sono, da temperatura e da pressão sanguínea; é sintetizada e armazenada em diversos locais do corpo, mas principalmente no intestino; é sintetizada em dois passos: primeiro há a hidroxilação do triptofano na presença de BH4, formando 5-hidroxitriptofano e o segundo é a descarboxilação do 5-hidroxitriptofano à serotonina com PLP atuando como cofator. Melatonina: sintetizada a partir do triptofano na glândula pineal em resposta ao ciclo claro-escuro; acredita-se que a melatonina transmita ao organismo a informação do ciclo circadiano e esteja envolvida com a regulação das funções reprodutivas; o estímulo para liberação de melatonina é dado pela norepinefrina, que, no escuro, estimula a formação de AMPc; a atividade aumentada da PKA estimula a síntese de N-acetiltransferase, etapa limitante da via da síntese. Creatina: é um composto nitrogenado derivado de aminoácidos; sua síntese inicia nos rins e é completada no fígado; possui um composto de alta energia e mobilização rápida denominado fosfocreatina, que é sintetizado pela ação da creatina-cinase (CPK ou CK) nos músculos, no cérebro e no coração para doar ATP (reversivelmente); são excretadas pela urina na forma de creatinina. A secreção de T3 e T4 na corrente sanguínea é controlada pelo TSH, hormônio hipofisário, responsável por estimular a endocitose da tireoglobulina para formar vesículas que se fundem com os lisossomos e são hidrolisadas a tireoglobulina, liberando T3 e T4. T3 e T4 apresentam funções muito importantes, são elas: No pâncreas: aumenta a sensibilidade das células beta, que promovem a liberação de insulina; No fígado: estimula a glicólise, a síntese de colesterol e a conversão do mesmo em sais biliares; aumenta a sensibilidade do hepatócito para ações gliconeogênicas e glicogenolíticas de epinefrina; No adipócito: amplifica o efeito lipolítico da epinefrina; No músculo: aumenta a captação de glicose e a sensibilidade do músculo para a ação glicogenolítica da epinefrina; estimula a síntese proteica e a glicólise. O ácido 5-hidroxi-indolacético é excretado na urina e utilizado para testes diagnósticos para doenças associadas com a produção excessiva de serotonina, marcador de tumores secretantes de serotonina (ex: tumores gastro-intestinais). Níveis elevados de CPK indicam lesão tecidual; essa enzima é utilizada no diagnóstico de infarto. Níveis sanguíneos elevados de creatinina indicam disfunção renal. Victória Kreling Lau – AD2020 13 Carnitina: pode ser obtida da dieta ou sintetizada a partir dos aminoácidos lisina e metionina por enzimas encontradas no fígado e nos rins; os músculos são dependentes de carnitina, pois não apresentam as enzimas; permite a entrada de ácidos graxos de cadeia longa na mitocôndria (CPT-I e CPT-II); é muito importante na prática de exercícios de longa duração e extenuantes, visto que o suprimento de grande parte dessa energia requer a utilização de ácidos graxos. Metabolismo da Hemoglobina: como nossas células não podem trocar gases diretamente com a atmosfera, já que possuímos uma cobertura externa de proteção contra elementos nocivos, surgiu a necessidade de um sistema transportador de gases; as trocas gasosas acontecem nos pulmões, onde a hemoglobina libera gás carbônico para captar oxigênio e levá-lo até os tecidos; a presença da hemoglobina é muito importante, porque ela torna o oxigênio 87 vezes mais solúvel na sua presença; além disso, a hemoglobina responde a mudanças fisiológicas, ou seja, nos tecidos ela libera oxigênio por mais que no tecido pulmonar ela tenha o captado. A hemoglobina é uma proteína conjuntada do grupo das cromoproteínas; sua porção proteica é a globina e o grupo prostético é o heme, a metaloporfirina mais abundante em humanos; a biossíntese do heme ocorre em todos os tecidos, mas principalmente na medula óssea (hemoglobina) e no fígado (citocromos); o heme é constituído por um núcleo porfirínico ligado ao Fe+2; o papel do heme depende da estrutura tridimensional da proteína, por isso na hemoglobina e na mioglobina ele é responsável pela ligação ao oxigênio, enquanto em outros compostos como os citocromos auxilia no transporte de elétrons. O heme é sintetizado a partir de glicina e succinil-CoA, que se condensam originando o ácido 5-aminolevulínico ou ALA, numa reação – etapa limitante - catalisada pela ALA-sintase na presença de piridoxal-fosfato (vitamina B6); o segundo passo da via é a condensação de dois ALA numa reação catalisada pela ALA-desidratase, que originará porfobilinogênio; no passo final da via, o ferro (Fe+2) é incorporado na protoporfirina IX em uma reação catalisada pela ferroquelatase ou heme-sintase. A regulação da síntese é feita pelo próprio heme, que inibe tanto a ALA- sintase, quanto a ALA-desidrase e a ferroquelatase; o chumbo também inibe a ALA-desidrase e a ferroquelatase. O heme também regula a síntese de hemoglobina por estimular a síntese de globina. Quando a hemoglobina alcança o final do seu tempo de vida, o ferro é encaminhado para os estoques, a globina é degradada nos seus aminoácidos constituintes e o heme é oxidado e clivado para produzir monóxido de carbono e biliverdina, que é reduzida à bilirrubina, a qual é transportada para o fígado pela albumina sérica; no fígado, a bilirrubina é convertida em um composto mais hidrossolúvel por reagir com UDP-glicuronato para formar monoglicurinídeo de bilirrubina, o qual é convertido em diglicuronídeo (bilirrubina direta; essa forma conjugadaé excretada na bile); no intestino, as bactérias desconjugam em bilirrubina e ácido glicurônico e convertem a bilirrubina em urobilinogênios; parte desse urobilinogênio é absorvido para o sangue e excretado na urina como É importante destacar que a deficiência de vitamina B12 compromete a síntese de succinil-CoA, já que essa vitamina é essencial para a conversão de metilmalonil-CoA à succinil-CoA, por isso a deficiência de B12 leva à anemia. Outra vitamina importante é o ácido pantotênico ou vitamina B5, que origina a coenzima A. Victória Kreling Lau – AD2020 14 urobilina, entretanto a maior parte é oxidada a estercobilina e excretada nas fezes, dando a coloração marrom às fezes. Sob condições normais, a taxa de produção sistêmica de bilirrubina é igual às taxas hepáticas de captação, conjugação e excreção biliar; um desequilíbrio entre produção e remoção leva à icterícia. A icterícia refere-se à cor amarelada da pele e escleras causada pelo aumento de bilirrubina no sangue e, consequente, deposição da mesma; não é considerada uma doença, mas sim um sinal de que algo está errado. Hemolítica ou Pré-hepática Hepatocelular ou Hepática Obstrutiva ou Pós-Hepática Neonatal ou Fisiológica do RN Ocorre após uma lise aumentada de hemácias (ex: anemia falciforme); a produção de bilirrubina supera a capacidade hepática de conjugação; há predomínio de bilirrubina indireta. É uma consequência de lesões hepáticas (ex: cirrose); há diminuição da captação e ou conjugação de bilirrubina; há predomínio de bilirrubina indireta no sangue. Ocorre devido à obstrução dos canais biliares (ex: por cálculos); há aumento da bilirrubina direta no sangue e na urina (colúria); pode levar a lesão hepática; sintomas: fezes claras, dor abdominal e náuseas. Inicia entre o 2º-5º dias de vida; desaparece em duas semanas; decorre da baixa atividade da enzima bilirrubina glicuronil transferse; predomínio de bilirrubina indireta; pode evoluir para uma condição mais grave (Kernicterus, encefalopatia); tratamento com luz fluorescente azul (quebra de bilirrubina em compostos mais polares). Victória Kreling Lau – AD2020 15 Victória Kreling Lau – AD2020 16 Porfirias: são um grupo de distúrbios raros provocados por defeitos herdados ou adquiridos na síntese do heme. Achados comuns: aumento da atividade de ALA-sintase (fala de heme para regular a via); acúmulo de intermediários tóxicos. Porfiria Aguda Intermitente: deficiência de PBG-desaminase ou HMB-sintase; apresenta três subtipos: I. Atividade enzimática abaixo de 50% em todos os tecidos; II. Biaxa atividade enzimática exceto nas hemáceas; III. Atividade enzimática maior que 50% em todos os tecidos. Existem fatores desencadeantes de crises (álcool, estresse, esteroides); O diagnóstico por dosagem de porfobilinogênio (PBG) e de ácido delta-aminolevulínico (ALA) urinários, que se encontram aumentados em todas as porfirias agudas. O tratamento é: administração de heme, glicose e suspensão de fatores desencadeantes. Porfiria ALAD: deficiência de ALA-desidrase; o diagnóstico é feito pela presença de ALA na urina. Só pode ser diferenciada da porfiria aguda intermitende por testes genéticos. Porfiria Variegata: deficiência de PPG-oxidase; há acúmulo de protoporfirinogênio na urina; sintomas neurológicos agudos e fotossensibilidade. Porfiria Cutânea Tardia: deficiência de uroporfirinogênio-descarboxilase; é a mais frequente; é uma doença crônica; a expressão clínica é influenciada por diversos fatores; o acúmulo de porfirinas leva a sintomas cutâneos e à mudança na coloração da urina, que se torna vermelha ou marrom sob a luz. Porfiria Eritropoiética Congênita: deficiência de uroporfirinogênio-sintase; uroporfirinogênio I e coproporfirinogênio I acumulam-se na urina. Protoporrfiria Eritropoiética: deficiência de ferroquelatase; acúmulo de protoporfirina IX nos eritrócitos, medula e plasma. Victória Kreling Lau – AD2020 17 Integração Metabólica: quatro tecidos exercem função dominante no metabolismo energético, são eles: hepático, muscular, encefálico e adiposo; eles possuem conjuntos exclusivos de enzimas de modo que cada órgão é especializado no estoque, uso e formação de compostos específicos; eles não são sistemas isolados, pelo contrário, são unidos pelo sistema nervoso, pela disponibilidade de substrato e pela variação de hormônios plasmáticos; a integração desse metabolismo energético é controlada principalmente pelos hormônios antagônicos insulina e glucagon, que podem ser apoiados pelas catecolaminas adrenalina e noradrenalina. A integração metabólica é a adaptação que precisamos para sobreviver a alternância entre abundância e escassez de nutrientes. Existem cinco estados metabólicos, são eles: estado absortivo ou pós-prandial (2-4 horas após a refeição), estado pós-absortivo (4-12 horas após a refeição), estado de jejum (inicial – 12-48 horas – ou prolongado – 2-10 dias), inanição (mais de 10 dias sem ingesta calórica) e, finalmente, o estado de realimentação. Insulina Hormônio anabólico Sintetizada pelas células beta das ilhotas pancreáticas Secretada em resposta ao aumento da glicemia e à presença de proteínas Inibida em situações de estresse e escassez No músculo: estimula a glicogênese e a captação de glicose – GLUT4 No fígado: inibe gliconeogênese, glicogenólise e cetogênese; estimula glicogênese No tecido adiposo: estimula a captação de glicose – GLUT4 – e a síntese de TAG e diminui a degradação de TAG Estimula a síntese proteica Glucagon Hormônio catabólico Sintetizado pelas células alfa das ilhotas pancreáticas Secretado em resposta à diminuição da glicemia, à presença de proteínas ou de adrenalina e noradrenalina No fígado: estimula a gliconeogênese, a glicogenólise, a cetogênese e a captação de aminoácidos; inibe a glicogênese Inibido pelo aumento da concentração de glicose e insulina no sangue No músculo: estimula a degradação de aminoácidos No tecido adiposo: mínimo efeito lipolítico Victória Kreling Lau – AD2020 18 Estado Absortivo ou Pós-prandial: Glicogênese; Via das Pentoses; Síntese de TAG; Síntese de VLDL; Síntese de proteínas; Glicólise; Fígado: Músculo: Síntese de proteínas; Síntese de glicogênio; Glicólise; Adipócitos: Encéfalo: Via das Pentoses; Glicólise; Síntese de TAG; Glicólise; Victória Kreling Lau – AD2020 19 Victória Kreling Lau – AD2020 20Estado de jejum: Fígado: Músculo: Adipócito Encéfalo: Glicogenólise; Cetogênese; Gliconeogênese; Captação de aminoácidos; Beta-oxidação; Glicogenólise; Beta-oxidação; Proteólise; Degradação de TAG; Gliceroneogênese; Glicólise; Oxidação de corpos cetônicos; Victória Kreling Lau – AD2020 21 Victória Kreling Lau – AD2020 22 Mais alguns detalhes: Lançadeira de Malato-Aspartato: produz NADH na matriz mitocondrial e leva à produção de 3ATP para cada NADH citosólico oxidado; está presente no fígado, nos rins e no coração; permite entrada de malato na célula e a saída de oxalacetato (na forma de aspartato); o aspartato passa para o citosol pelo transportador glutamato-aspartato; no citosol, o oxalacetato é regenerado e o ciclo se completa. Victória Kreling Lau – AD2020 23 Estado de Retroalimentação: Controle do HEME sobre a síntese da globina: A presença de HEME inativa a cinase responsável por inativar a via de síntese de globina, por isso há produção de globina; porém, na ausência de HEME a cinase é ativada e fosforila o fator que permitia a síntese de globina, inativando-o e interrompendo a via de síntese. Esquema de degradação do HEME: O pH, a síntese e a decomposição de fosfocreatina: O músculo em repouso apresenta pH maior que 7, enquanto o músculo em atividade, menor que 7; essa mudança de pH regula a síntese ou a decomposição de fosfocreatina pela necessidade de energia da fibra muscular, ou seja, quando o pH for menor que 7, significa que o músculo está em atividade e, consequentemente, necessitando de energia, por isso a fosfocreatina será decomposta em creatina para liberar ATP; o contrário também é verdadeiro. Regulação da CPSI (enzima reguladora do ciclo da ureia): seu ativador alostérico é o N-acetil glutamato (produzido a partir de acetil-CoA e glutamato, exclusivamente para ativar a CPS I), quando aumentam os níveis desta molécula sinaliza que há energia (acetil-CoA ) e que está ocorrendo muita transaminação (Glutamato). A longo prazo a enzima é induzida por dieta com muita proteína e jejum prolongado.
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