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Aula de Hematologia

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Helga Pitta
IBMR 2019
Assistência de enfermagem 
ao paciente com 
disfunções hematológicas.
Doenças Hematológicas
• Os clientes com afecções
hematológicas apresentam
anormalidades significativas nos
exames sanguíneos;
• O defeito pode ser quantitativo,
produção aumentada ou diminuída da
célula; qualitativo, células defeituosas
em sua capacidade funcional normal;
ou ambos.
Revisando o Sistema Circulatório
Glóbulos 
Vermelhos/ 
eritrocitos
Plaquetas
Glóbulos 
Brancos/ 
leucócitos
SANGUE
PLASMA
ERITOGRAMA
-Alterações do hematócrito:
Hemoconcentração
- Choque cirúrgico
- Traumatismo
- Queimaduras
- Desidratação
Policitemias
Anemia
Hemorragias
Gravidez
Hiperhidratação
Aplasia medular
ERITOGRAMA
• É a determinação da quantidade de pigmento 
vermelho responsável pela hematose.
-Dosagem de 
HEMOGLOBINA
Valor de Referência: 
(g/dL)
Masculino: 
12,5 a 18,0
Feminino: 
12,0 a 16,0
ERITOGRAMA
• É a relação do volume de hemácias expresso em 
porcentagem do volume de sangue total. (PVC= 
packed cell volume)
HEMATÓCRITO
-Valor de 
Referência:
Masculino: 
> 40%
Feminino: 
> 37%
Anemias
• Condição em que a hemoglobina está abaixo do normal, reflete a
presença de uma quantidade menor de eritrocito que o normal
dentro da circulação;
• Em consequência a quantidade de oxigênio liberada para os
tecidos corporais também está diminuída.
TIPOS DE ANEMIA
ANEMIAS
FERROPÊNICAS
HEMOGLOBINOPATIAS
HEMOLÍTICAS APLÁSICAS
ENZIMOPATIAS
SECUNDÁRIA 
A DOENÇAS 
CRÔNICAS
Hipoproliferativa
Hemolítica
Classificação
Ruptura da hemácia, geralmente de 120 dias, 
esporádica ou continuamente.
reduzida ou ineficaz 
Anemias Hipoproliferativas
• Anemia Ferropriva
 Causada pela ingesta inadequada de ferro;
 Armazena aproximadamente um quarto a um terço de ferro;
 Diagnosticada por exames laboratoriais: hemograma e nível
sérico de ferro e Ferro Sérico;
 Tratamento: reposição de ferro;
Anemias Hipoproliferativas
• Anemia Aplástica
 Diminuição ou lesão das células-tronco medulares;
 Causa aplasia (interrupção do desenvolvimento);
 Causada por: congênita ou adquirida (infecção, gravidez,
medicamentos, substâncias químicas - benzeno, arsênio e
pesticidas - ou lesão por radiação).
Anemias Hipoproliferativas
• Anemia Aplástica
 Tratamento: transplante de medula óssea; imunossupressores.
Anemias Hipoproliferativas
• Anemias Megaloblásticas
 Os eritrócitos apresentam-se anormalmente grandes;
 Anemia por deficiência de Acido fólico
 quando a ingesta normal de acido fólico é deficiente ou pela má
absorção do intestino delgado .
Anemias Hipoproliferativas
• Anemias Megaloblásticas
 Anemia por deficiência de vitamina B12
 absorção inadequada do trato gastrointestinal, ingesta
nutricional inadequada, ausência de fator intrínseco (anemia
perniciosa);
 A anemia perniciosa (Anemia de Addison), falha em secretar o
fator intrínseco (intestino não absorve).
Sintomas
• Taquicardia aos esforços;
• Fadiga;
• Tonteira
• Palidez,;
• Dispneia;
• Língua vermelha, lisa e dolorosa;
• Diarreia branda;
• Confusão;
• Dormência nos membros;
• Dificuldade em manter o equilíbrio.
Anemias Hemolíticas
• Os eritrócitos tem um espectro de vida reduzido;
• As anemias hemolíticas podem ser as herdadas, como, anemia
falciforme e talassemia;
• As anemias hemolíticas podem ser as adquiridas, como, anemia
hemolítica autoimune.
Anemia Falciforme
• Gene da hemoglobina falciforme (HbS);
• Adquire uma formação semelhante a de um cristal quando exposto a
baixa pressão de oxigênio;
• O nível de oxigênio no sangue venoso pode estar suficientemente baixo
para gerar essa alteração; por conseguinte o eritrócito portador de HbS
perde sua forma de disco bicôncavo, arredondado, muito maleável e
assume o formato falciforme, rígido e deformado;
Anemia Falciforme
Anemia Falciforme
Anemia Falciforme
• Sempre anêmicos;
• Escleras ictéricas;
• Aumento dos ossos da face e do crânio;
• Taquicardia;
• Sopros cardíacos;
• Cardiomegalia;
• Disritmias;
• Órgãos afetados por trombose (baço, pulmões, sistema
nervoso central);
Anemia Falciforme
• Sujeitos a infecção;
• Doença renal;
• Impotência (priapismo);
• Hipertensão;
• Insuficiência cardíaca;
• AVC;
• Dor;
• Síndrome mão-pé;
• Úlceras de pernas.
Anemia Falciforme/Tratamento
Hidratação
Ácido Fólico
Hidroxiureia
Hemoterapia
Uso de antibióticos
Uso de analgésico
Talassemia
• É uma desordem hereditária que pode levar à anemia
• Ocorre ausência ou diminuição da produção da hemoglobina;
• Existem dois tipos de talassemia – alpha e beta – que podem
manifestar-se nas seguintes formas: minor (traço talassemico),
intermediária (anemia discreta) e major (anemia de Cooley, mais
grave e precisa de transfusão).
Anemia Hemolitica Autoimune
• É uma doença adquirida de origem imunológica, ou seja, o individuo fabrica ou
adquiri em algum momento da vida um anticorpo que destrói suas próprias
hemácias;
• O sistema imunológico do individuo passa a não reconhecer as suas hemácias
como próprias;
• Uma vez reconhecidas como estranhas são destruídas no baço;
• Em crianças está associadas a processos virais;
• Em adulto está relacionada com doenças de origem imunológica ou às doenças
malignas.
Distúrbios do Sangramento
• Estão relacionados com defeitos quantitativos e qualitativos das
plaquetas;
Hemofilias
• É uma alteração hereditária no sangue, caracterizada por um
defeito na coagulação do sangue;
• A pessoa que tem hemofilia não possui um dos fatores em
quantidade suficiente ou com qualidade adequada para exercer
suas funções;
• Assim sendo, o sangue do paciente com hemofilia demora mais
para formar um coágulo e, quando este se forma, não impede que o
sangue continue fluindo pelo local da lesão.
Hemofilias
• Existem dois tipos de hemofilia:
 Hemofilia A, que é a mais comum e representa 80% dos casos,
ocorre pela deficiência de atividade coagulante do Fator VIII.
 Hemofilia B, que ocorre pela deficiência de atividade coagulante do
Fator IX.
• Apresentam: hemorragias que manifestam-se em varias parte do
corpo, hemartrose (sg nas articulações) acompanhado pela dor
(pode ocorrer fraqueza e atrofia da área afetada), hematoma,
petequias, equimoses, hematúria, sangramento gastrointestinais
Hemofilias
• O diagnóstico, com frequência, é feito nos primeiros anos de vida, quando
a criança começa a engatinhar e andar, período em que podem surgir
hematomas na região frontal, nádegas ou sangramentos abundantes por
pequenos ferimentos;
• O diagnóstico e o tipo de hemofilia são determinados através de exames
de sangue específicos;
• Tratamento: repor o fator de coagulação deficiente;
• É importante salientar que os fatores de coagulação utilizados no
tratamento do hemofílico, na maioria das vezes, são obtidos a partir do
sangue humano (origem plasmática), processado industrialmente.
SAE
• Histórico de Enfermagem
 Avaliar o esforço atlético;
 Perguntar sobre a dieta;
 Avaliar os sinais vitais;
 Auscultar o coração e pulmão;
 Palpar o tórax e abdome (cardiomegalia, hepatomegalia,
esplenomegalia);
 Perguntar sobre náuseas, vômitos e as eliminações
gastrointestinais (melena, diarreia, anorexia);
 Avaliação neurológica: presença ou extensão da dormência
periférica, parestesia, coordenação deficiente e confusão);
 Monitorar exames laboratoriais.
SAE
• Histórico de Enfermagem
 Avaliar :
 petequias, hematomas, equimoses;
 hipotensão, taquicardia, queixas detonteira, epistaxe
 sofrimento respiratório, taquipneia,
 hemoptise, distensão abdominal, sangramento retal, melena
 metrorragia, hematúria;
 cefaleia, turvação visual, alteração do estado mental.
SAE
• Histórico de Enfermagem
 Avalia-se: fraqueza, fadiga, indisposição geral, palidez da pele e
das mucosas (esclera e mucosa oral);
 Observa icterícia;
 Observa a língua: avermelhada, tom vermelho-vivo (ferropriva) e
dolorosa (B12, AC);
 Observa cavidade oral: queilose angular (ulcerações no canto da
boca);
 Observar vontade de comer gelo, amido ou sujeira (ferropriva);
 Observa unhas quebradiças, sulcadas e côncavas;
 Perguntar sobre uso de medicamentos;
 Saber a historia familiar;
SAE
• Alguns Diagnósticos de Enfermagem
 Intolerância a atividade relacionada com a fraqueza, fadiga e 
indisposição generalizada;
 Nutrição desequilibrada, menor que os requisitos corporais, 
relacionada com a ingestão inadequada dos nutrientes essenciais;
 Perfusão tissular inadequada relacionada como volume sanguíneo 
ou hematócrito inadequado;
 Falta de adesão a terapia prescrita;
 Dor aguda relacionada com a hipóxia tissular devido a aglutinação 
das células falciformes dentro dos vasos sanguíneos;
 Risco de infecção.
SAE
• Alguns Diagnósticos de Enfermagem
 Sangramento potencial relacionado a coagulação alterada ou
secundaria a trombocitopenia;
 Conhecimento deficiente relativo a doença, a prevenção de
sangramentos e traumas.
SAE
• Algumas Intervenções
 Tratar a fadiga;
 Manter a nutrição adequada;
 Manter a perfusão adequada;
 Promover a adesão com a terapia prescrita;
 Monitorando as complicações;
 Tratar a dor;
 Prevenindo e tratando infecção;
 Promover habilidades de enfrentamento;
 Minimizar o conhecimento deficiente.
SAE
• Algumas Intervenções
 Controlar sangramento;
 Evitar complicações;
 Promover habilidades de enfrentamento;
 Minimizar o conhecimento deficiente.
• Assistência de 
enfermagem 
aos clientes 
submetidos a 
hemoterapia
Introdução
• Toda transfusão de sangue traz em si um risco, seja
imediato ou tardio, devendo, portanto, ser criteriosamente
indicada;
• O serviço de hemoterapia deve implementar protocolo para
controlar as indicações, o uso e o descarte dos componentes
sanguíneos;
• Todos os materiais e substâncias que entram diretamente em
contato com o sangue ou componentes a serem transfundidos
em humanos devem ser estéreis, apirogênicos e descartáveis.
Doação de Sangue
• A doação de sangue deve ser voluntária, anônima, altruísta e não
remunerada, direta ou indiretamente;
• Todo candidato à doação de sangue deve assinar um termo de
consentimento livre e esclarecido;
• Consentir, também, na realização de todos os testes de laboratório
exigidos pelas leis e normas técnicas vigentes;
• O doador deve, ainda, consentir que o seu nome
seja incorporado a um arquivo de doadores
potenciais, se for o caso;
Critérios que visam a proteção do 
doador 
• A frequência máxima admitida e o intervalo entre as doações é
de 4 (quatro) doações anuais para o homem e de 3 (três)
doações anuais para a mulher;
• o intervalo mínimo entre duas doações deve ser de 2 (dois)
meses para os homens e de 3 (três) meses para as mulheres;
• O doador de sangue ou componentes deve
ter idade entre 18 anos completos a 69
(sessenta e nove) anos, 11
(onze) meses e 29 (vinte e nove) dias;
Critérios que visam a proteção do 
doador 
• Podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade de
16 (dezesseis) e 17(dezessete) anos, com o consentimento
formal do responsável legal, para cada doação;
• O peso mínimo para um candidato ser aceito para
a doação é de 50 kg;
Critérios que visam a proteção do 
doador 
• A pulsação deve apresentar características normais, ser regular
e a sua frequência não deve ser menor que 50, nem maior que
100 batimentos por minuto;
• A pressão sistólica não deve ser maior que 180 mmHg e a
pressão diastólica não deve ser maior que 100 mmHg;
• Os valores mínimos aceitáveis
do nível de hemoglobina/hematócrito são:
a) mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%;
b) homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%;
PRINCIPAIS CAUSAS DE INAPTIDÃO DEFINITIVA 
PARA DOAÇÃO DE SANGUE 
Alcoolismo crônico 
Anafilaxia (choque anafilático) 
Antecedentes de acidente vascular cerebral (AVC) 
Bronquite e asma (crises com intervalos de 3 meses ou menos, sem controle com 
medicamentos por via inalatória) 
Babesiose (doença do carrapato) 
Blastomicose sistêmica (doença pulmonar causada por fungo)
Câncer (inclusive leucemia). Antecedentes de carcinoma in situ de cérvix uterina e 
de carcinoma basocelular de pele não impedem a doação de sangue 
Doença cardiovascular grave. Especial atenção para doença coronariana, angina, 
arritmia cardíaca grave, insuficiência cardíaca, doença valvular, aneurisma
miocardite com sequela, trombose arterial, trombose venosa recorrente e trombofilia 
Diabetes tipo I 
Diabetes tipo II insulino-dependente 
Doença de Chagas 
Doenças autoimunes que comprometam mais de um órgão. Por exemplo: lupus 
eritematoso sistêmico, tireoidites imunes, artrite reumatóide, etc. 
Doença pulmonar grave: especial atenção a enfisema, Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC), história de embolia pulmonar
Doenças endócrinas: hiperaldosteronismo (excesso de aldosterons), hiperfunção
hipofisária, hiperlipoproteinemias essenciais, hipertireoidismo, hipopituitarismo,
insuficiência supraren
Doenças gastrointestinais: cirrose hepática, retocolite ulcerativa crônica, doença de
Crohn, hepatopatia crônica de origem desconhecida, hipertensão porta
Doenças neurológicas: esclerose em placa, esclerose lateral amiotrófica, esclerose
múltipla, hematoma extra ou subdural com sequela, leucoencefalopa
miastenia gravis
Doença renal crônica
Doenças hemorrágicas congênitas ou adquiridas
Doença de Creustzfeldt Jakob (vaca louca) ou histórico familiar de Encefalopatia
Espongiforme Humana e suas variantes (inciso III, § 8º, do art. 33)
Elefantíase (filariose)
Esquistossomose hepatoesplênica
Feocromocitoma
Hanseníase
Hepatite viral após 11 anos de idade (exceto para caso de comprovação de hepatite
A aguda com IgM reagente, a época do diagnóstico clinico)
Infecção por HBV, HCV, HIV, HTLV I/II
Intoxicações por metais pesados
Leishmaniose visceral (Calazar)
Malária (Febre quartã – Plasmodium malarie)
Doença psiquiátrica que gere imputabilidade jurídica (incapacidade)
Pênfigo foliáceo
Psoríase extensa ou com outras manifestações associadas
Reação adversa grave em doação anterior
Tuberculose extrapulmonar
PRINCIPAIS CAUSAS DE INAPTIDÃO TEMPORÁRIA PARA A DOAÇÃO DE 
SANGUE 
Causas de inaptidão temporária Tempo de inaptidão Atraso menstrual em mulheres 
em idade fértil - Até que se afaste a possibilidade de gravidez ou
Adenomegalia a esclarecer - Avaliação caso a caso 
Alergias (tratamento de dessensibilização) - 3 dias após o fim do tratamento 
Alergias (urticária, rinite, dermatite e outras) - Na fase aguda e durante o tratamento 
Blastomicose pulmonar - 5 anos depois da cura 
Brucelose - 1 ano após o tratamento / 8 semana após a potencial exposição 
Caxumba - 3 semanas após a cura 
Citomegalovírus - 3 meses após desaparecimento dos sintomas 
Cólera - 3 meses após a cura 
Conjuntivite - 1 semana após a cura 
Dengue - 4 semanas após a cura 
Dengue hemorrágico - 6 meses após a cura 
Diarreia - 1 semana após a cura 
Epilepsia - 3 anos após suspensão do tratamento e sem rela
Erisipela - 2 semanas após a cura 
Gripes ou resfriados - 1 semana após cessarem os sintomas 
Herpes simplex genital, Herpes simplex oral, etc.- Após o desaparecimento das 
lesões 
Herpes Zoster - 6 meses após desaparecimento de sintomas
Infecções bacterianas comuns não complicadas (por exemplo: sinusite,
amigdalite, otite, infecção urinária baixa) - 2 semanas após o fim do tratamento
Leptospirose - 3 meses após a cura
Lesões de pele no local da punção venosa - Até a cura
Lesões dermatológicas: eritema polimorfo, eritrodermias, líquen plano - 6 meses
após a cura
Meningite infecciosa - 6 meses após a cura
Mononucleose infecciosa - 6 meses após a cura
Osteomielite aguda - 2 meses após a cura
Osteomielite crônica - Definitivo
Pericardite infecciosa (exceto tuberculosa) - 12 meses após a cura
Pielonefrite - 1 mês após a cura
Piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva - 6 meses após realização; 12
meses se não poder ser realizado;
Rubéola - 2 semanas após a cura
Retirada de verrugas, unhas, manchas e outros pequenos procedimentos
dermatológicos - Após a cicatrização
Síndrome vestibular periférica (labirintite) - 30 dias após a crise e sem uso de
medicamento
Sífilis - 12 meses o tratamento
Tromboflebite isolada - 6 meses após a cura
Toxoplasmose comprovada laboratorialmente - 1 ano após a cura
Tuberculose pulmonar - 5 anos depois da cura
Ulcera péptica - 12 meses após a cura
Varicela - 3 semanas após a cura
Medicamentos
• Antibióticos e quimioterápicos antibacterianos ou antifúngicos - Temporário de 
acordo com a vida média da droga
• Corticosteróides sistêmicos - Depende da doença para a qual foi utilizado. 
• Corticosteróides tópicos - Só contraindicam a doação se a doença de base 
• Anticoagulantes - 10 dias após a interrupção do medicamento 
• Anticonvulsivantes - Enquanto estiver usando o medicamento 
• Analgésicos: paracetamol, dipirona sódica ou similares - Não contraindicam a 
doação;
• Anorexígenos - 7 dias após a interrupção do medicamento 
• Antiinflamatórios: ácido acetilsalicílico, diclo-fenacos, meloxicam, piroxicam, 
fenilbutazona, etc. (com efeito na função plaquetária) - Não contraindicam a 
doação, porém não deve realizar doação, se o remédio foi usado nos últimos 5 
dias
ANTI-HIPERTENSIVOS E OUTROS MEDICAMENTOS
CARDIOLÓGICOS
Ação Central: metildopa, lonidina, reserpina
Bloqueadores: propranolol, atenolol, oxpernolol ou similares - 48 horas após a
suspensão do medicamento.
Bloqueadores alfa-adrenérgicos: prazosina, minoxidil, etc.
Diuréticos - Não há contraindicação.
Inibidores de enzima conversora de angiotensina: captopril, enalapril, etc.
Antagonistas de angiotensina II: iosartan, etc. - Não há contraindicação
Bloqueadores de canais de cálcio: nifedipina, etc.
Vasodilatadores: hidralazina, etc. - 5 dias após a suspensão do remédio
Anti-arritimicos: amiodarona, etc. - Enquanto estiver usando o medicamento
Critérios que visam a proteção do doador 
• Deve ser oferecida ao doador a possibilidade de hidratação oral antes da
doação;
• Os doadores que se apresentem em jejum prolongado devem receber um
pequeno lanche antes da doação;
• Não deve ser coletado sangue de candidatos que tenham feito refeição rica
em substâncias gordurosas há menos de três horas;
Critérios que visam a proteção do 
doador 
• É recomendável que o doador permaneça por 15 minutos no serviço de
hemoterapia, após a doação;
• O volume de sangue total a ser coletado deverá ser no máximo:
a) de 8 (oito) ml/kg de peso para as mulheres;
b) de 9 (nove) ml/kg de peso para os homens;
• O volume admitido por doação é de 450 ml ± 45 ml, aos quais podem ser
acrescidos até 30 ml para a realização dos exames laboratoriais exigidos
pelas leis e normas técnicas.
Critérios que visam a proteção do 
doador 
• Deve ser verificada a temperatura corpórea do candidato, sendo que 
a temperatura não deve ser superior a 37 ºC;
• Quanto ao local da punção venosa, este deve ser avaliado para 
presença de lesões de pele e características que permitam a punção 
adequada;
• Quanto ao histórico de transfusões do doador, os candidatos que 
tenham recebido transfusões de sangue, componentes sanguíneos 
ou hemoderivados nos últimos 12 meses devem ser excluídos da 
doação. 
Componentes Sanguíneos
• A bolsa de sangue total coletada, tecnicamente satisfatória, pode ser
processada para a obtenção de um ou mais dos seguintes
componentes: eritrocitários, plasmáticos e plaquetários;
 Concentrado de Hemácias (CHA): utilizado para anemias;
 Plaquetas: da cada bolsa de sangue total se obtém uma unidade de
concentrado de plaqueta, chamado de randômico. A união de 6 a 8
unidades de concentrado de plaquetas
randômicos que forma uma dose terapêutica;
 Plasma: para repor albumina e fatores de coagulação
Componentes Sanguíneos
• O sangue total coletado em solução tem validade de 35 dias a partir da
coleta;
• A esterilidade do componente deve ser mantida durante o
processamento mediante o emprego de métodos assépticos, equipos e
soluções estéreis e livres de pirogênios;
• A transferência de componente da bolsa-matriz
para a bolsa-satélite, ou de uma bolsa-satélite
para a outra, deve ser realizada em circuito fechado;
• Os componentes sanguíneos também podem ser coletados por aférese;
FRACIONAMENTO
Exames de Qualificação do Sangue
• Sistema ABO;
• Fator Rh;
• Hepatite B e C;
• HIV;
• Malária;
• Sífilis;
• HTLV;
• Doenças de Chagas;
• CMV.
O QUE É FATOR RH ?
Transfusão no sistema
ABO
Grupo sanguíneo da 
pessoa
Recebe de Doa para
A A e O A e AB
B B e O B e AB
AB A,B, AB e O AB
O O A,B, AB e O
Grupo Sanguíneo Aglutinogênio
(antígeno) nas
hemácias
Aglutinina (anticorpo) 
no plasma
A A Anti-B
B B Anti-A
AB A e B -
O - Anti-A e Anti-B
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de
aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem
aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no
plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e
aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm
aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina
no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na
hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B,
no plasma.
IPC
JANELA IMUNOLÓGICA
• É o período entre o momento da contaminação com um 
agente infeccioso e o momento em que esse agente infeccioso 
venha ser detectado (reativo) em um teste sorológico. 
• Em qualquer doença, a contaminação leva um tempo para ser 
detectada. 
• A janela imunológica é um termo usado para designar o 
período que o organismo leva, a partir da infecção, para 
produzir anticorpos que possam ser detectados em um teste, 
varia de acordo com o tipo de infecção.
Transfusão 
• As solicitações para transfusão de sangue ou componentes
devem ser feitas exclusivamente por médicos, em formulário
específico que contenha informações suficientes para uma
correta identificação do receptor.
• Devem constar no formulário, no mínimo, os seguintes dados:
 nome completo do paciente sem abreviaturas;
 data de nascimento;
 sexo;
 idade;
 número do prontuário ou registro do paciente;
 número do leito (no caso de paciente internado);
Transfusão 
 diagnóstico;
 hemocomponente solicitado (com o respectivo volume ou
quantidade);
 modalidade da transfusão;
 resultados laboratoriais que justifiquem a indicação do
hemocomponente;
 data;
 dados do médico solicitante (nome completo, assinatura e
número do CRM);
 dados do paciente, como:
a) peso do paciente (quando indicado); e
b) antecedentes transfusionais, gestacionais
e de reações à transfusão quando relatados pelo cliente.
Transfusão 
• As modalidades de transfusão são:
 programada para determinado dia e hora; de rotina a se realizar dentro das 24 horas;
 de urgência a se realizar dentro das 3 horas; ou
 de emergência quando o retardo da transfusão puder acarretar
risco para a vida do cliente.
• Amostras usadas para testes pré-transfusionais
devem ser coletadas para este fim específico,
tendo uma validade de até 72 horas;
Transfusão 
• Deve estar afixado a toda bolsa de hemocomponente a ser
transfundido um cartão de transfusão (rótulo ou etiqueta) que
indique:
 nome completo;
 instituição da assistência à saúde / enfermaria / leito;
 registro e a tipagem ABO e RhD do receptor;
 número de identificação da bolsa de hemocomponente e sua
tipagem ABO e RhD;
 a conclusão do teste de compatibilidade maior;
 a data do envio do hemocomponente para a transfusão; e
 nome do responsável pela realização dos testes pré-
transfusionais e pela liberação do hemocomponente
Transfusão 
• O hemocomponente a transfundir deverá ser inspecionado,
observando o aspecto do hemocomponente, bem como seu
cartão de transfusão, que devem ser avaliados antes da liberação
para a transfusão;
• O transfusionista deve:
 identificar adequadamente o receptor;
 transfundir somente mediante prescrição médica;
 conferir os resultados dos exames que
aparecem no rótulo da bolsa;
 utilizar equipo de infusão específico para transfusão;
 não adicionar e nem infundir conjuntamente a medicamentos ou
soluções não isotônicas; e
 verificar e informar o serviço de hemoterapia sobre qualquer
efeito adverso imediato.
Transfusão 
• O cliente deve ter os seus sinais vitais (temperatura, pressão
arterial e pulso) verificados e registrados, no mínimo,
imediatamente antes do início e após o término da transfusão;
• Os primeiros dez minutos de transfusão devem ser
acompanhados pelo médico ou profissional de saúde qualificado
para tal, que deve permanecer ao lado do paciente durante este
intervalo de tempo;
• Durante o transcurso do ato transfusional o
cliente deve ser periodicamente monitorado para possibilitar a
detecção precoce de eventuais reações adversas;
Transfusão 
• O receptor deverá ser identificado imediatamente antes da
transfusão, perguntando-lhe (ou a seu acompanhante) o seu
nome completo;
• Os hemocomponentes devem ser infundidos em, no máximo,
4 horas, quando esse período for ultrapassado,
a transfusão deve ser interrompida e as bolsas
Descartadas.
Complicações
• Consideram-se reações transfusionais imediatas aquelas que
ocorrem até 24 horas depois de iniciada a transfusão;
• Medidas especiais deverão ser adotadas em caso de
complicações transfusionais imediatas, como:
 interromper a transfusão, sendo que em caso de reações
alérgicas leves (urticária) a transfusão do hemocomponente não
precisa ser suspensa;
 manter o acesso venoso;
Complicações
 examinar os rótulos das bolsas e todos os registros atinentes
para verificar se houve erro na identificação do cliente ou das
bolsas transfundidas; e
 comunicar ao médico assistente e/ou médico do serviço de
hemoterapia.
• Exemplo:
 febre relacionada à transfusão com elevação da temperatura
corporal acima de 1ºC;
 Reação hemolítica aguda;
 Reação alérgica .
A transfusão deverá ser interrompida imediatamente, e o
hemocomponente não pode mais ser reinfundido no cliente (avaliar
a reação alergica).
RESOLUÇÃO COFEN-306/2006
Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia
• Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os
procedimentos de Hemoterapia nas Unidades de Saúde, visando
a assegurar a qualidade do sangue, hemocomponentes e
hemoderivados;
• Assistir de maneira integral aos doadores, receptores e suas
famílias, tendo como base o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem e as normas vigentes;
RESOLUÇÃO COFEN-306/2006
Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia
• Realizar a triagem clínica, visando à promoção da saúde e à
segurança do doador e do receptor, minimizando os riscos de
intercorrências;
• Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar programas
de captação de doadores;
• Proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais
de Enfermagem atuante na área, através de cursos, atualizações
estágios em instituições afins;
RESOLUÇÃO COFEN-306/2006
Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia
• Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações
vigentes;
• Participar da equipe multiprofissional, procurando garantir uma
assistência integral ao doador, receptor e familiares;
• Assistir ao doador, receptor e familiares, orientando garantindo-
os durante todo o processo hemoterápico;
• Elaborar a prescrição de enfermagem nos processos
hemoterápicos;
RESOLUÇÃO COFEN-306/2006
Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia
• Executar e/ou supervisionar a administração e a monitorização
da infusão de hemocomponentes e hemoderivados, atuando nos
casos de reações adversas;
• Manusear e monitorizar equipamentos específicos de
hemoterapia;
• Desenvolver pesquisas relacionadas à hemoterapia e
hematologia.
Quizz 
• Para desktop:
http://www.lcc.kftox.com/educacao_medic
a/quiz_hemoterapia.html
• Para smartphone:
http://www.lcc.kftox.com/educacao_medic
a/mobile/quiz_hemoterapia_mobile.html
Leitura importante! Capítulo 09, página 
111.
• http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_
uso_hemocomponentes_2ed.pdf
Referencias
• Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 1353 de 14 de junho de 2011. Aprova o Regulamento
Técnico de Procedimentos Hemoterápicos. Brasilia.2011.
• Brasil Ministério da Saúde. Resolução 153 de 14 de junho de 2004. Determina o
Regulamento Técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o
processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o
uso humano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão
umbilical, da placenta e da medula óssea. Brasília . 2004.
• SMELTZER, SC; BARE, BG. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. Rio de Janeiro.
10ª ed. Guanabara Koogan. 2005.
• RESOLUÇÃO COFEN-306/2006. Normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia. 
Disponível em: www. portalcofen.gov.br

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