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CARDIOLOGIA MEDCURSO + MED Aula 1 – Taquiarritmias Frequência Cardíaca 300/número de quadradões (300 150 100 75 60 50). Ou seja, taquicardia sempre que intervalo RR < 3 quadradões. Intervalo PR (atividade elétrica do átrio até o ventrículo: entre 0,12 e 0,20 ms (3 a 5 quadradinhos) QRS até 0,12 ms (3 quadradinhos) Intervalo QT (do início do QRS até o final da T): tempode de despolarizar e repolarizar o ventrículo novamente. No máximo, 440 ms (11 quadradinhos) Para analisar onda p, prefira derivação DII. Tem de preceder QRS e ser positiva Ritmo Sinusal + QRS alargado = Bloqueio de Ramo: QRS alargado para cima em V1 BRD. Lembrar do RR’ (erre linha) – patognomônico. QRS alargado para baixo em V1 BRE. Lembra do rS (erre pequeno e ésse grande – patognomônico. *Usar a seta do carro para lembrar. QRS alargado para cima, é direita; para baixo, esquerda. Extrassístole Atrial: onde p que não é sinusal benigno (café, privação do sono). Taquicardia atrial: onda p em DII para baixo + FC aumentada (cor pulmonale, p. ex) Flutter Atrial: taquicardia rítmica. Aqueles dentes – aspecto serrilhado - em D2, D3 e AVF. É um curto circuito de 300x por minuto. Se FC 150, flutter 2:1 (ou seja, a cada 2 despolarizações atriais, uma passa para o ventrículo) Extrassístole Ventricular: sem onda p e QRS alargado (V1). Bigeminismo Ventricular 1 extrassístole ventricular para 1 batimento sinusal Trigeminismo Ventricular 1 extrassítole ventricular para 2 batimentos sinusais Extrassístole Ventricular Pareada – 2 extrassítoles ventriculares entre 2 batimentos sinusais. *São arritmias que não evoluem para PCR, mas só ocorrem em cardiopatias. Tratar apenas se sintomáticos – Beta-Block Taquicardia Ventricular: 3 ou mais extrassístoles ventriculares seguidas Não sustentada menos de 30 segundos e sem alterações HMD Sustentada ou > 30 segundos ou instabilidade HMD Monomórfica Circuito de reentrada: professor deu o exemplo de uma área infartada e fibrosada, gerando um curto circuito mais rápido que o ritmo sinusal, levando à taquicardia. Responde bem à desfibrilação!! Polimórfica: PCR *SNC sem sangue por 3 segundos ou mais = síncope! *No IAM fulminante – aquele que mata quase que instantaneamente – é extremamente grave, pois leva à uma TV Sustentada e Polimórfica Tersades Des Pointes TV Polimórfica que acontece apenas em pessoas com intervalo QT longos inversão da polaridade no ECG. Causas de QT longo: anti-arrítmicos, Loratadina, cocaína, tricíclicos, hipoK, hipoMg, hipoCa, BAVT Tto de QT longo sulfato de magnésio Fibrilação Ventricular Múltiplos circuitos de reentrada. Sem QRS perceptível Não responde muito bem à desfibrilação. Drogas podem reverter! Ventrículo fibrilando não leva sangue às coronários; ou seja, tá infartando. 1 minuto de fibrilação ventricular = 10% de massa de miocárdio morta! Fibrilação Atrial ausência de onda P + arritmia. Pulso irregular na palpação quase sinônimo de FA. Taquicardia SupraVentricular Taquicardia rítmica com QRS estreito e sem onda p. 70% de reentrada nodal; 30% via acessória Reentrada: via alfa + via beta. A FC é comandada pelo nó AV. A onda p se esconde no QRS. É comum em paciente jovens saudáveis – sexo masculino 2:1. É aquela palpitação efêmera que pode ocorrer em momentos de stress Via acessória: feixe de Kent tem o p’ (onda para baixo após o QRS). Tem de fazer ablação do feixe de Kent! Como reconhecer a presença de via acessória sem TaquiSupra? PR curto + início do QRS arrastado (onda Delta) Síndrome da Pré-excitação Ventricular (Wolf-Parkinson-White) O PR é curto, pois o feixe acessório não segura a despolarização e oventrículo contrai-se logo após o átrio. E o QRS é arrastado, porque inicialmente a despolarização ventricular é miócito a miócito. RESPONDER 5 COISAS NO ECG QUANDO SE PENSA EM TAQUICARDIA Taquicardia?! Sim se intervalo RR é menor que 3 quadrados Há onda P em DII?! Se sim, taquicardia sinusal (morfologia normal) ou atrial (morfologia diferente) Há onda F de Flutter (DII, DIII e AVF)?! Se sim, Flutter Atrial QRS estreito ou alargado (maior ou menor que 120ms?! Se alargado, taquicardia ventricular. Se estreito... RR regular?! Se sim, TaquiSupra Ou, se FC < 120, Taquicardia Juncional Não Paroxística (digitálico) Se não, Fibrilação Atrial!! Parte Clínica – Conduta TV Monomórfica Sustentada (IAM agudo ou sequela, cocaína, IC, cardiomiopatia) Instável cardioversão elétrica Estável amiodarona (procaínamida, lidocaína). Ou cardioversão elétrica mesmo. Se causa não reversível, prevenir a morte Beta-block + ou – CardioDesfibriladorImplantável (CDI). Amiodarona não funciona! FA (HAS, IC, Dça Mitral, Tireotoxicose, idiopática) FA sem alterações estruturais no Eco, pensar em tireotoxicose – dosar TSH e T4L) Consequências: baixo débito e tromboembolismo pela estase. Se há FA é impossível haver B4 (som do sangue turbilhonado pela contração – efetiva – atrial) SCORE de CHA2DS2VAS (2 ou mais anticoagular): Congestive Heart Failure Hypertension Age > 75 anos (2) DM Stroke or AIT (2) Vascular Disease Age > 65 anos Sexo Feminino Conduta Instável cardioversão elétrica Estável: Controle da FC < 110bpm (beta block, BCC não diidropiridínico ou digoxina) + ACO (ACO, Rivoraxabana, Dabigratana – os últimos dois tem mais sgto de TGI) Controle do Ritmo (refratários ao controle da FC) Se < 48 horas, chocar Se > 48 horas, ecocardiograma. Na ausência de eco ou presença de trombo no eco, ACO por 3 a 4 semanas e reversão* + amiodarona VO *Reversão elétrica ou química (amiodarona). Dps, mesmo que haja reversão, pode formar novo trombo ACHO por mais 3 ou 4 semanas – ou ad aeternum. Refratariedade à cardioversão Ablação do Nó AV + MP Flutter Atrial Instável cardioversão elétrica Estável ibutilida. Como a medicação é de difícil acesso, pode chocar. Ambulatório: ablação = cura Anticoagulação: seguir a mesma lógica da FA, pois um flutter pode virar FA e vice-versa. Assim, você diagnostica um Flutter, mas que era FA antes e, se apenas cardioverter sem Eco ou ACO, pode embolizar um trombo. TSV Instável cardioversão elétrica Estável Manobra vagal: reflexo oculocárdico (afundar o olho); afogar em água gelada; induzir vômito; Toque Retal; Manipulação do colo uterino Adenosina (faz broncoespasmo) Ambulatório Reentrada Nodal: inibidor do Nó AV (beta block, BCC não diidropiridínico ou digoxina) WPW: propafenona Ablação cura! *Sd de Bugrada cça asiátia com BRD + supra ST em V1, V2 e V3!! Aula 2 - Insuficiência Cardíaca Funções do Coração Bombear o sangue e suprir demanda sem elevar a pressão de enchimento Tipos de IC Sistólica x Diastólica Sistólica Diastólica Patogenia Esvazia-se mal Relaxa mal Fraça de Ejeção menor que 40, 50% Normal Ecocardiograma/Clínica Câmaras aumentadas; cardiomegalia; B3 Câmaras normais; B4 Etiologias DAC e, dps, HAS HAS e, dps, DAC Direita x Esquerda Direita – principal causa é ICE. Faz Sd Edemogênica!! Esquerda – faz congestõ pulmonar (EAP, tosse seca, DPN, ortopnéia, dispnéia) Alto x Baixo Débito Baixo Débito é a usual Alto Débito: tireotoxicose e sepse (pela demanda tecidual), anemia, beri-beri, fístula artériovenosa sistêmica Diagnóstico (clínico + ecocardiograma). Critérios de Framingham (pág 16) 2 maiores ou 1 menor e 2 maiores Os maiores são aqueles que, quando presentes, IC é a primeira coisa que vem à cabeça. Já, nos menores, IC é apenas uma das causas aventadas. E o Peptídeo Cerebral Natriurético (BNP)?? Serve para etiologia da dispnéia no PA: Se BNP > 100 ng/ml ou NF-pró_BNP > 2.000 pg/ml, a causa deve ser IC E tem valor prognóstico. Quanto maior, pior!!! Classificação da IC Classificação Funcional (NYHA) I IC mas sem limitação II Dispnéia com atividades usuais III Dispnéia aos mínimos esforços IV Dispnéia de repouso Classificação Evolutiva A Fatores de Risco B Doença sem sintomas C Sintomas D RefratariedadeTratamento da IC Sistólica Sintoma é congestão tratar tirando volume (diurético) Baixo débito ativa SRAA, sistema simpático (ambos causam remodelamento) Drogas que aumentam a sobrevida iECA e afins (full-dose gradativamente) para todos os pacientes menos os com Contra-indicações: hiperK, estenose bilateral de aa renais angioedema hereditário para os iECA Beta-block (succinato de metropolol – celosok –, carvedilol e bisoprolol) para todos Lembrar que piora no início do tto. Por isso, doses baixas no início e não introduzir em pcte descompensado. Mas não retira na descompensação. Antagonista da Aldosterona CF III e IV. CI K+ > 5,5 Hidralazina + Nitrato (diminuem pré e pós carga) CF III e IV com sintomas; alternativa à família dos iECA e afins; negros (lembrar que respondem pior a iECA e afins) Ivabradina (inibidor de canal iônico) CF II a IV em terapia padrão + FC > 70 e ritmo sinusal (basicamente, não tem FA) *Beta Block, iECA e afins e Espironolactona revertem remodelamento cardíaco! Drogas sintomáticas Diuréticos para todos com sintomas (Furosemida) Digitálicos (digoxina, deslanosídeo) para refratários Melhora sintomas e diminui internação Não usar se IC diastólica pura ou cardiomiopatia hipertrófica (nesse caso, beta-block) Resumindo. Tto pelo estágio evolutivo: A tratar FR B beta block + iECA (padrão) C e D padrão + furosemida (CFII). CF III e IV adiciona os demais (não todos, é claro; é uma questão de escolha, de troca, de testar adesão e resposta) Tto da IC diastólica Se congestão, diurético em baixa dose (não diminuir muito pré-carga. E controlar agressivamentefatores que prejudicam relaxamento (PA, FC, DAC). Usar beta-block é o tratamento de primeira escolha – opção da maioria, mas não cientificamente embasada (muito menos contraindicada). Aula 3 – Bradiarritmias e PCR Bradicardia Sinusal Tem p positiva em D2? Cada p é seguida por QRS? O PR tá okay (120-200)? Conduta: Se assintomático, observar Se sintomático Atropina 0,5 mg a cada e a 5 minutos (máximo 3m ou 0,04mg/kg) Não respondeu a atropina, marca-passo. MP não funcionou, ou adrenalina ou dopamina *Síncope por baixo-débito = Sd de Stoke Adams Bloqueios AV Onda p que não chega ao ventrículo Acima do feixe de hiss há receptores parassimpáticos; abaixo, não. Isso norteia e explica a reação a atropina (parassimpatolítico) Bloqueios Átrio-Ventriculares Bloqueios Benignos (Supra-hissianos) Bloqueios Malignos (Intra ou infra-hissianos) BAV 1º Grau BAV 3º Grau Nunca bloqueia; há apenas lentificação (PR > 200ms) Sempre bloqueia. Ventrículo vira MP. A onda p entra e sai do QRS. Famosa dissociação AV. BAV 2º Grau (às vezes bloqueia) Mobitz I Mobitz II PR vai se alargando a cada batimento cardíaco. Fenômeno de Wenckebach. PR normal até, "sem avisar", bloqueia. Fenômeno de Hay. Conduta Mesma da Bradi Sinusal MP não importando se sintomático *BAV Avançado: ondas p bloqueadas sucessivamente (maligno Marca Passo) Marca-Passo – o que saber para a prova Transcutâneo – usar analgesia, pois é um choque considerável (Fentanil, p. ex) Transvenoso – um cabo até o VD (choquinho; não precisa se analgesia normalmente) MP Definitivo *condições em que o marca-passo pode ser temporário: intoxicação digitálica, por beta-block. IAM agudo Parada Cardio-Respiratória Definição: cessação súbita e INESPERADA da circulação Dx: irresponsividade ou respiração agônica ou apnéia ou ausência de pulso em grandes artérias – você tem 10 segundos pra checar PAROU chamar por ajuda CABD Compressão: >= 5 cm; >=100/min; e permitir o tórax voltar inteiro Air-way: extensão cervical e elevação do queixo. Retificação da mandíbula na suspeita de lesão cervical. Breathing; 30x2 depois de 5 ciclos, invariavelmente trocar de reanimador Se está em VM, desconecte Se em VA avançada (IOT), 8 a 10x por minutos (uma insuflada de 70% do ambu a cada 6 a 8 segundos) depois de 2 minutos, trocar de reanimador Desfibrilador chegou, chocar se FV ou TV sem pulso!! Monofásico – 360 J Bifásico – entre 120 e 200J Fazer um ciclo (5 x 30:2) depois do choque, mesmo se voltar. Isso porque o batimento, inicialmente, é capenga ACLS (AESP ou assistolia) Protocolo da linha reta (cagada) se assistolia: verificar cabo, aumentar o ganho (dar zoom) e mudar de derivação Intubar em 10 segundos (manter RCP e pegar acesso venoso) Capnografia é a melhor maneira de ver se tá intubado corretamente Adrenalina 1mg a cada 3-5 minutos Checar a cada 5x30:2 ou a cada 2 minutos (se IOT) FV refratário ao choque, começar ACLS e: adrenalina 1mg a cada 3-5 minutos ou vasopressina 40 U (uma vez e só pode ser como primeira ou segunda droga) desfibrilar 1 ciclo checar. Podemos ainda fazer amiodarona a cada ciclo (primeira dose, 2 ampola = 300 mg, e segunda, 1 ampola) 5 H’s e 5 T’s 1) H+ (acidose); 2) Hiper/hipocalemia; 3) Hipovolemia; 4) Hipóxia; 5) Hipotermia; 1) Tensão (pneumotórax); 2) Trombose de Coronária (IAM); 3) TEP; 4) Tamponamento Cardíaco; 5) Toxinas Cuidados Pós-Parada (otimizar ventilação e circulação) SatO² >= 94% com a menor FiO² possível PAS > 90 mmHg/ PAM >= 65 mmHg Reposição volêmica Vasopressores (adrenalina ou dopamina) Paciente em coma? (parece que cairá por terra no próximo ACLS) Hipotermia de 32 a 34ºC por 12 a 24 horas Lutar contra febre *medicação via tubo (VANAL): vasopressina, atropina, naloxeno, adrenalina e lidocaína *soco precordial: se parada testemunhada e monitorizada com ritmo chocável, pode dar! Aula 3 – HAS *Já há aumento do risco CV quando PA > 115x75mmHg Definição: níveis médios elevados e persistente de PA que conferem risco significativo de eventos cardiovasculares. Primária: 90 a 95%; secundária, 5 a 10% Semiologia – Sons de Korotkoff 1º som: nítido PA Sistólica 2º som: suave 3º som: amplificações 4º som: abafado 5º som: desaparece PA Diastóilica Dx – 5 maneiras possíveis: Média de 2 medidas em pelo menos 2 consultas diferentes >= 140x90 mmHg MAPA – Monitorização Ambulatorial da PA > 125x75 mmHg (24 horas) > 130 x 85 mmHg (vigília) > 110x70 mmHg (sono) MResidencialPA (pessoa treinada – 5 a 6 medições diárias por 3 a 5 dias) > 130x85 mmHg PA >= 180x110 mmHg Lesão de órgão alvo específica da HAS – retino/nefropatia, p. ex. *HAS do Jaleco Branco (não tem, mas parece ter) – lembrar que esses pctes tem chande aumentada de desenvoler HAS *HAS Mascarada (não parece, mas tem) – entidad oposta ao do Jaleco Branco Exames a solicitar após o Dx GJ, Lipidograma, Cr – comorbidades Potássio – posso prescrever iECA ou BRA? Há hiperaldosteronismo? Ácido úrico – posso usar tiazídico? PU – proteinúria? ECG – hipertrofia de VE? Lesões de Órgão Alvo Coração: coronariopatia, cardiopatia hipertensiva (Hipertrofia de Ventrículo esquerdo; Insuf. Cardíaca) Dça Cerebrovascular: AVEs, demência vascular Olhos: retinopatia hipertensiva (Keith-Wegener-Berker) I estreitamento arteriolar – Lesão Crônica II cruzamento AV patológico (encavalado) – Lesão Crônica III hemorragia ou exsudato – LESÃO AGUDA; EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA IV papiledema – LESÃO AGUDA; EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Dça Arterial Periférica Rim: Nefroesclerose Hipertensiva Beningna – aumento da PA gradual Arteriosesclerose hialina e hipertrofia da camada média Maligna (Hipertensão Acelerada Maligna) – aumento abrupto da PA Arterioesclerose hiperplásica com necrose fibróide Classificação Lembrar que, pelo VIII Joint, existe pré-hipertensão (entre 120-139x80-89 mmHg) e apenas dois estágios. A VI Diretriz Brasileira nomeia PA ótma < 120x80 mmHg e limítrofe entre 130-139x85-89 mmHg, sendo normal o que tá no meio. E estágio III >=180x110 mmHg. HA sistólica isolada se PAs > 140 e PAd < 90 – comum em idosos; FR para AVEh Se a sistólica se enquadrar num estágio e a diastólica em outro, classificar pelo pior estágio – lembrar do princípio da prudência na Contabilidade Tto Alvo: População em geral, inclusiva em DM e DRC < 140x90 mmHg >= 60 anos < 150x90 mmHg TerapêuticaPré-hipertenso: MEV Até 6g de sal Dieta DASH (K, Ca, vegetais e frutas) Peso – reduzir 10 kg pode diminuir a PA em até 20 mmHg – é o que traz maiores repercussões Moderar álcool e cigarro Exercícios físicos – no long run é o mais importante, pois é capaz de manter a perda de peso da dieta. Estágio I: início com 1 droga apenas. Se pcte não tiver nenhuma outra morbidade, pode-se tentar MEV por 3 a 6 meses. Estágio II: iniciar com 2 drogas HAS sistólica isolada – depende da PAS Drogas 1ª Linha: Tiazídicos, BCC, iECA e BRA Os Beta-Blocks são apenas utilizados quando há comorbidades (ICC e DAC) 2ª Linha: beta-block; a-block; espirono; clonidina (a-agonista central); hidralazina; furosemide; metildopa; alisquireno (inibidor da renina – Marcos K.) Quando preferir? iECA/BRA jovens brancos; nefropatia; DM; ICC; Hx de IAM; hiperuricêmicos (Losartana em específico) Tiazídico negros; idoso; osteoporose BCC (anlodipino, nifedipino) negros, DAOP, Idosos, FA ContraIndicações/Efeitos Adversos iECA e BRA Cr > 3; K > 5,5; estenose bilateral de aa renais; angioedema e tosse crônica (ambos pelo aumento da bradicinina, mas o angioedema acontece também com BRA) Tiazídicos (preferir Clortalidona, Indapamida; HCTZ é o pior) Aumenta retenção de cálcio HIPO – volemia, natremia, calemia e magnesemia HIPER – uricemia (Gota é CI absoluta), glicemia e lipidemia BCC Anlodipino e nefidipino (vasosseletivos) – edema de MmIi e cefaléia Verapamil e Diltiazem (cardioseletivos) – bradiarritmias Associações A “melhor” – iECA + BCC Não fazer – Clonidina e Beta-block Não fazer de jeito nenhum – iECA e BRA E se a HAS for refretária? (não responde a 3 medicações, sendo 1 um tiazídico). Pode ser: HAS Refratária Verdadeira Má aderência Jaleco Branco HAS 2ª HAS Secundária (Menores que 30 anos ou maiores que 50) Doença Renal Parenquitematosa – sinal de DRC Renovascular – sopro, hipocalemia, alcalose Hiperaldosteronismo 2º (hiperreninêmico) – hipoperfusão renal ativa eixo RAA Hiperaldo 1ª – hipocalemia, alcaloso (aumenta aldo e diminui renina) hiporreninêmico Coarctação da aorta (jovem, adolescente) – pulsos femorais diminuídos Feocromocitoma – flushing, cefaléia, aumento intermitente da PA (metanefrinas urinárias) 2 semanas de alpha-block antes de iniciar beta-block (lembrar que os receptores beta fazem vasodilatação da musculatura, tendo efeito hipotensor também) Apnéia do Sono – obesidade, ronco, sonolência diurna CRISE HIPERTENSIVA – Aumento súbito e expressivo (Em geral, Pad > 120mmHg) Emergência Urgência Lesão Aguda de Órgão Alvo – IAM, AVE Risco de Lesão Aguda de Órgão Alvo Resolução Imediata da PA via EV Anit-hipertensivo VO (captopril; furosemida; clonidina) Nitroprussiato; labetolol; esmolol, hidralazina; nitroglicerina Internar e redução Gradual em 24/48 horas Diminuir 25% em 2 a 3 horas* Alta quando PA em torno de 160x100mmHg *No AVEi, reduzir apenas se PA > 220x120 ou se for trombolisar *Na dissecção de aorta, normalizar a PA e baixar a FC Drogas Nitroprussiato Ação arteriolar e venosa. Devido a sua ação, pode diminuir a perfusão cerebral É metabolizado (ação acelerada pela luz) em cianeto, que é convertido pelo fígado em tiocianeto (menos tóxico), cuja excreção é renal. Dada sua farmacodinâmica, tem toxicidade gástrica, neurológica e, como inativa ações mitocondriais, levando ao metabolismo anaeróbico, leva à acidose metabólica. Fatores de Risco para intoxicação: > 48 horas de uso Dose > 2 mcg/kg/min Disfunção hepática ou renal Droga exposta à luz Tto da intoxicação B12 – lembrar de Santa Maria Hemodiálise Labetolol e Esmolol Primeira escolha para dissecção de aorta Nitroglicerina Protege miocárdio pela dilatação coronariana Hidralazina 1ª escolha em gestantes Furosemida Pacientes úmidos; leia-se, EAP Pseudocrise Hipertensiva: Sem lesão aguda dos órgãos alvo e sem critério para urgência Normalmente, queixas vagas Decorrem da HAS crônica mal controlada Encefalopatia Hipertensiva (hiperfluxo Cerebral/edema) Cefaléia, nâusea, confusão mental, convulsão, paresis Pedir tomo para afastar AVE – clinicamente, a encefalopatia hipertensiva normalmente não cursa com alterações neurológicas focais e é mais insidiosa Tto: nitroprussiato EV (diminuir a 25% da PA em 2 a 3 horas) Hipertensão Acelerada Maligna (Nefroesclerose Maligna) Retinopatia GIII ou IV + ou – lesão Renal Fundoscopia alterada; piora da função renal (IRA com hipocalemia); encefalopatia Tto: idem Dissecção Aórtica Fatores que agravam a evolução do quadro Aumento da FC Aumento da PA Dor torácica súbita e intensa (não gradativa, como no IAM) – irradia para dorso e vai diminuindo Topografia Aorta ascendente pode pegar coronárias pode causar IAM concomitante Arco Aórtico: se pegar subcávia, haverá diferenca da PA entre MmSs se pegar carótida, pode fazer haver síncope, AVE Aorta Descendente pode fazer isquemia renal e mesentárica Classificação DeBakey I, II e III Stanford A (I e II de DeBakey – acomete ascendente) e B (não pega ascendente) Tto (na suspeita) Clínica: manter FC < 60; PA em 110x70 mmHg Drogas: nitroprussiato + beta-block ou Labetolol (alfa e beta bloqueador) Tto Cx: Tipo A sempre Tipo B casos específicos Aula 3 - Valvopatias Fisiologia Diástole (se refere a diástole ventricular – e contração atrial) Valvas AV abertas; Aórtica e pulmonar fechadas Sístole Valvas AV fechadas; Aórtica e Pulmonar abertas Estenose – restrição à abertura Insuficiência – fechamento inadequado Semiologia Foco pulmonar – 2º EIC à esquerda do esterno Foco Aórtico - 2º EIC à direita do esterno Foco tricuspide – 5º EIC à esquerda do esterno Foco Mitral – variável, encontra-se no ictus cordis; normalmente, no 5º EIC do Linha Hemiclavicular Esquerda B1 fechamento das valvas AV B2 fechamento das valvas aórtica e pulmonar B3 sobrecarga de volume (IC sistólica) B4 sobrecarga de pressão (IC diastólica) – contração atrial empurrando o sangue contra um ventrículo rígido. Impossível de existir na FA Sopro entre B1 e B2 sistólico Sopro entre B2 e B1 diastólico ESTÁGIOS DE PROGRESSÇAO A Fator de Risco B Valvopatia leve a moderada (na Eco) e assintomática C Valvopatia grave (na Eco) e assintomática D Valvopatia Grave Sintomática Indicação cirúrgica: estágios D, ou C com baixa FE Estenose Mitral Causas: 95% reumática História Natural: aumento do AE e congestão pulmonar O primeiro causa FA; Sd de Ortner (rouquidão devido à compressão do nervo laringeo recorrente pelo átrio aumentado); disfagia (agora, pela compressão do esôfago) O segundo, dispnéia principalmente aos esforços. Isso porque a taquicardia decorrente do esforço físico diminui ainda mais o enchimento ventricular Complementares 1) ECG (indicativos de aumento do AE) Onde p + e larga em D2 Onda p - > 1mm em V1 (índice de morris) 2) Rx (indicativos de aumento do AE) Sinal do duplo contorno à direita – AE se pronunciando à direita Sinal da bailarina (bronquiofonte esquerdo empurrado cranialmente Aumento do arco médio à esquerda – AE se pronunciando à esquerda No perfil, deslocamento posterior do esôfago 3) Eco Área Valvar < 1,5 cm² = grave EF Ruflar diastólico Reforço pré-sistólico (pela contração atrial) Hiperfonese de B1 Estalido de abertura Tto Controle da FC (beta-block) Quando Intervir?! Grave no eco + sintomas Como intervir? Comissurotomia percutânea com balão. Se trombo em AE, preferir cx. Estenose Aórtica Causas: degeneração calcífica (idoso); valva bicúspide (meia ideade); reumática História Natural: HVE (a hipertrofia se vê desde o início; a dilatação só ocorre no final da doença) aumenta a demanda, causando 1) ANGINA Diminuição do Fluxo 2) SÍNCOPE Disfunção; ICE (mais tardio) 3) DISPNÉIA Complementares 1) ECG (sinais de HVE) V5 e V6 com QRS grandes Padrão Strain (muita massa): inversão assimétrica da onda T 2) Rx (fase avançada, aumento do VE) Aumento do diÂmetro transversoDeslocamento caudal da ponta do coração (mergulha no diafragma) 3) Eco Área valvar < 1cm² = grave EF Sopro mesossistólica (crescente-decrescente ou em diamante) B4 (sobrecarga de pressão) Pulso parvus-tardus (amplitude diminuída e aumento da duração) *Como este pcte precisa manter um bom débito cardíaco, evitar beta-block e BCC cardiosseletivos Quanto Intervir? Grave no Eco + sintomas ou FE < 50% Como? Troca Valvar *Implante de Prótese por Cateter (TAVR) – hj, só indicado em alto risco cirúrgico, mas é pra ser o futuro. Insuficência Mitral Causas: Crônica – prolapso; reumática Agudo – endocardite; IAM; Reumática História Natural Aumento do AE e VE desenvolve ICE Exame Complementar 1) ECG: sinais de aumento de AE e VE 2) Rx: sinais de aumento de AE e VE 3) Eco: regurgitação >= 50% = grave EF Ictus do VE desviado Soproholossistólico (em barra) B3 (sobrecarga de volume) Tto Tratar IC Quando Intervir? Grave no ECO + sintomas ou FE diminuída Como Intervir? Valvoplastia ou trocavalvar Insuficiência Aórtica Causas Crônicas: reumática (valva); aterosclerose, Marfan e Ehler-Danlos (aórtica) Agudas: Dissecção de Aorta Satnford A; endocardite História Natural Aumento do VE (sobrecarga de volume) desenvolve ICE Como as coronárias são enchidas na diástole, pode haver isquemia devido à PAD baixa Complementares 1) ECG: aumento do VE 2) RX: aumento do VE 3) Eco: regurgitação >= 50% = grave EF Ictus desviado Foco aórtico acessório: 3º EIC Esquerdo Sopro protodiastólico (proto=início; lembrar de dor protocinética) Sopro de Austin-Flint: jato aórtico regurgitante faz uma estenose mitral funcional. Aqui não há B1 hiperfonética ou estalido de abertura. “Tudo pulsa na Insuficiência Aórtica” (você tem um artigo em uma nuvem) Corrigan – Pulso em Martelo D’água (visível na carótida) Muller (úvula) Quincke (leito ungueal) Musset (cabeça) Traube (femoral) Tto Vasodilatadores – em pctes sintomáticos Quando intervir?! Grave na Eco + sintomas ou FE < 50% Como Troca valvar Aula 4 – Síndromes Coronarianas Quando suspeitar? Angina típica: dor ou desconforto retroesternal que é desencadeado por esforço e/ou melhora com repouso ou nitroglicerina. Como investigar?! TESTE PROVOCATIVO ISQUÊMICO Consegue fazer exercício I ECG normal Teste Ergométrico ECG alterado (BRE, HVE) Cintilografia ou Eco de Esforço Não consegue fazer exercício Cintilografia com dipiridamol ou adenosia (ambos fazem broncoespasmo; cuidado no asmático) Eco com Dobutamina Teste Ergométrico Ele é tão mais sensível quanto maior o número de fatores de risco Positivo quando infra >= 1 mm Alto risco pré-exame: clínica de IVE; disfunção sistólica do VE ao Eco; hx de IAM Resultados que apontam alto risco para coronariopatia Isquemia no estágio 1 de Bruce Infra >= 2mm > 5 minutos para recuperar o infra Déficit inotrópico (PASistólica cair) Arritmia ventricular Distúrbio de condução Como tratar? Cessar tabagismo, começar atividade física, diminuir peso e avaliar e tratar comorbidades Drogas antianginosas: beta-block + ou – iECA (se HAS, DM, DRC ou FE<40) + ou – nitrato de longa duração (se beta-block + iECA forem insuficientes). Diltiazem e Verapamil podem substituir o Beta-block Vasculoprotetores: AAS, estatinas (independente do nível lipêmico) Resgate: nitrato sublingual Vacinação para influenza Cateterismo Cardíaco Indicações: angina refratária e alto risco pós teste provocativo Havendo lesão, cirurgia ou angioplastia Indicações de Cx de Revascularização Tronco coronariano Esquerdo com > 50% comprometido Trivascular com > 70% Lesões multivasculares em diabéticos CI ou refratariedade à angioplastia Safena ou Mamária Safena é mais fácil tecnicamente Mamária tem maior tempo de patência Sd Coronariana Aguda Dx – tríade: Clínica – em até 25% pode ser silenciosa (idade, sexo feminino, diabetes obeso, hx de cx torácica prévia) ECG Marcadores bioquímicos de Necrose Placa Instável Suboclusão: infra ST ou inversão simétrica da onda T angina instável (se marcadores negativos) ou IAMSST (se marcadores positivos) indicar terapia anti-plaquetária Oclusão: supra ST IAM (marcadores positivos) reperfundir em < 12 horas Marcadores de Lesão Miocárdica Troponina mais sensível e específico. Determina risco CV (quanto maior pior). Demora 4 horas para se elevar CK-MB melhor para reinfarto, pois dentro de 48 a 72 horas pós IAM ele deve estar normalizado Mioglobina exclusão do IAM. Sobre muito rápido e retorna ao normal rapidamente tbm Conduta Monitorizar o pcte; deixar um desfibrilador ao alcance Morfina no pcte refratário à dor (se fizer à roda, aumenta-se a mortalidade) Oxímetro – O2 se dispnéico ou Sat < 90% Nitrato na dor refratária, no EAP ou na HAS Aas sempre – entre 81 a 300 mg Beta-block VO Clopidogrel (prasugrel ou ticagrelor são alternativas *A, B e C são os que apresentam impacto na sobrevida *Não usar M, N e B no infarto de VD *Não usar B se usou cocaína *Antes do N, perguntar sobre viagra e afins *iECA se IAM anterior + ou – IC + ou – FE < 40 *Estatinas: assim que paciente estável (atorvastatina preferencialmente?) Angina Instável e IAMSST Onda T invertida e simétria ou infra ST (nesses casos, aumenta a chance de ser IAMSST e não angina instável) Cd MONABC Heparina (preferencialmente, de BPM) Não pode fazer trombolítico Avaliar risco para evolução para IAM C/ Supra ST Alto risco? Dor > 20 minutos; aumento de troponina; Infra-ST; IVE (FE < 40%); DM; Timi > 5 ou Grace > 140 Se alto risco Adicionar antitrombótico (inibidor da GPIIB/IIIA) Programar CAT com intenção de angioplastar dentro de 48 horas IAM Com Supra ST ou Transmural Fase hiperaguda Supra ST Fase subaguda q patológico com abóbada Fase crônica apenas q patológico Leis do ECG no IAM Com Supra ST Se tem infra e supra, quem manda é o supra Para ser IAMCST, supra em no mínimo 2 derivações de mesma parede; mas não em todas as derivações (nesses casos, pensar em pericardite) Ordem das paredes: lateral (aVL e D1), inferior (D2, D3 e aVF) e anterior (V1 a V6) Se tem IAM Inferior, olhar VD (V3R e V4R) à procura de IAM de VD Atenção à transição elétrica (onda Q virando onda R de V1 a V6). Se tiver alteração nessa transição, Infra em V1 ou V2 pode ser, na verdade, supra de V7 e V8. Fazer essas derivações à procura de IAM de parede posterior *supra difuso + infra PR = pericardite *Parede lateral = artéria circunflexa *Parede inferior = artéria coronária direita. Lembre-se: cuidado com IAM de VD (V3R e V4R) *Parede Anterior = artéria descendente anterior Tto MONABC Quem tem indicação de reperfusão? 1) sintomáticos; e 2) tempo até reperfusão < 24 horas; e Supra ST > 2 derivações de mesma parede ou BRE novo. Trombolítico ou angioplastia? Se tem angioplastia no hospital, fazer angioplastia Não tem, mas consegue transferir e fazer em até 2 horas, transferir Não dá pra transferir e fazer em < 2 horas, fazer trombolítico dentro de 30 minutos Transferir tbm pacte chocando, IC grave, CI ao trombolítico para angioplastar Pcte que sofreu trombólise, manter heparinizado por 48 horas e 8 dias Se falhar ou reocluir pós trombólise, transferir para CAT CI absolutas ao trombolítico Sangramento ativo Diátese hemorrágica Dissecção aórtica Tumor craniano ou MAV ou AVE hemorrágio prévio AVEi ou TCE ou neurocirurgia < 2 meses HAS Grave e Refratária Uso de estreptoquinase nos ultimos 6 meses (CI uso de estrepoquinase especificamente) Critérios de reperfusão Clínica diminuição ou desaparecimento abrupto da dor ECG Redução precoce do Supra ST Arritmias de reperfusão Desapaecimento do BAV ou BRE Laboratório: troponina cai mais cedo que o usual (começa a cair com 24 horas) Infarto de VD IAM inferior + baixa PA + pulmões limpos + bradicardia Tto: reposição volêmica + reperfusão Não usar: morfina, nitrato, beta-block (pela bradicardia) e diuréticos (os demais, para não diminuir pré-carga) RUPTURA DE ESTRUTURAS - Cx ImediataEstrutura Septo Interventricular Parede Livre Ventricular Músculo Papilar IAM de IAM Anterior IAM Anterior IAM Inferior Clínica Sopro holossistólico grosseiro em borda esternal esquerda. Clínica de IVE Tamponamento Cardíaco com Choque Sopro sistólico com ou sem frêmito, que irradia para dorso ou axila. Clínica de IVE Tto CIRÚRGICO Alfabeto da Alta Pós-IAM Aspirina Beta-block e baixar PA Clopidogrel por 1 mês (stent normal) ou 1 ano (stent farmacológico) Dieta e Diabetes controlada Estatinas, Exercícios, iECA, Educação sobre doença