Buscar

Noções de Antibioticoterapia para Pneumonia

Prévia do material em texto

+
NOÇÕES BÁSICAS DE ANTIBIOTICOTERAPIA
Carolina Toniolo
Recanto Sãp Camilo
Paciente há 2 dias com febre e tosse com expectoração amarelada.
Ao exame fisico: Estertores crepitantes na base direita .
Sem 
comorbidades. 
Sat02= 98% 
FR=14ipm 
FC=82bpm 
PA=120x80mmHg
Consciente, 
orientado.
HAS, DM
Sat02= 95% 
FR=15ipm 
FC=92bpm 
PA=130x80mmHg
Desorientada em 
tempo e espaço.
Tabagista. 
Sat02= 88% 
FR=45ipm 
FC=102bpm 
PA=70x50mmHg
Consciente, 
orientado.
Paciente há 2 dias com febre e tosse com expectoração amarelada.
Ao exame fisico: Estertores crepitantes na base direita .
Sem comorbidades. 
Sat02= 98% FR=14ipm 
FC=82bpm 
PA=120x80mmHg
Consciente, orientado.
12.000L (6% b/80%S) 
PCR 46mg/dL
Cr 0,8 Ur 25
HAS, DM
Sat02= 95% FR=15ipm 
FC=92bpm 
PA=130x80mmHg
Desorientada em 
tempo e espaço.
14.000L (8% B/70%S) 
PCR 106mg/dL
Cr 0.6 Ur 20
Tabagista. 
Sat02= 88% FR=45ipm 
FC=102bpm 
PA=70x50mmHg
Consciente, orientado.
16.000L (10% B/60%S) 
PCR 206mg/dL
Cr 1,2 Ur 50
+
ESCORES DE GRAVIDADE
CURB-65:
Paciente há 2 dias com febre e tosse com expectoração amarelada.
Ao exame fisico: Estertores crepitantes na base direita .
Sem comorbidades. 
Sat02= 98% FR=14ipm 
FC=82bpm 
PA=120x80mmHg
Consciente, orientado.
12.000L (6% b/80%S) 
PCR 46mg/dL
Cr 0,8 Ur 25
HAS, DM
Sat02= 95% FR=15ipm 
FC=92bpm 
PA=130x80mmHg
Desorientada em 
tempo e espaço.
14.000L (8% B/70%S) 
PCR 106mg/dL
Cr 0.6 Ur 20
Tabagista. 
Sat02= 88% FR=45ipm 
FC=102bpm 
PA=70x50mmHg
Consciente, orientado.
16.000L (10% B/60%S) 
PCR 206mg/dL
Cr 1,2 Ur 50
0 PTS 2 PTS 3 PTS
Longo D, NEJM-2014
Diretrizes SBPT,2009
AGENTES
+AGENTES 
Haemophillus influenzae Streptococcus pneumoniae
ATÍPICOS
Mycoplasma pneumoniae
Leginella pneumophila
Chlamydiophilia pneumoniae
LOCAL ATS/IDSA (2007) SBPT (2009) BTS (2009)
Ambulatorial
Macrolideo ou doxiciclina
Comorb ou ATB prévio:
Macrolídeo +beta lactamico
ou quinolona resp.
Macrolídeo
ou beta lactamico
Comorbidades ou ATB prévio:
Macrolídeo +beta lactamico
ou quinolona resp.
Amoxicilina ou
penicilina
Doxiciclina ou
macrolídeo
Internados Macrolídeo +beta lactamicoou quinolona resp.
Macrolídeo +beta lactamico
ou quinolona resp.
Amoxacilina ±
Macrolídeo VO
UTI
Cefotaxime, Ceftriaxone ou 
Ampi -Sulbact +
Macrolideo
B-Lac +Macrolideo/ Quinolona
Se P. aeruginosa:
B-Lac + Quinolona
Amox/Clav + macro 
EV
TRATAMENTO EMPÍRICO
ESCOLHA DO TRATAMENTO
Streptococcus
pneumoniae
SIREVA II, 2012
ESCOLHA DO ATB
Streptococcus
pneumoniae
Não houve resistência à vancomicina
SIREVA II, 2012
ESCOLHA DO ATB
Streptococcus
pneumoniae
SIREVA II, 2012
ESCOLHA DO ATB
ATS/IDSA(2007) SBPT (2009) BTS (2009)
Tempo
Mínimo de 5 dias
48-72h afebril
Sem sinais de 
instabilidade clínica
PAC de leve a 
moderada gravidade 
podem ser efetivamente 
tratados com 
antibióticos ministrados 
por um período igual ou 
inferior a 7 dias 
PAC leve a moderada: 7 dias
PAC grave: 7-10 dias
Ampliar para 14-21d se S.auereus ou
BGN
TEMPO DE TRATAMENTO
CONCLUSÕES
• Antibiótico de escolha para tratamento ambulatorial:
• Tempo de antibioticoterapia:
• Avaliação até 72 h
• Em geral, ambulatorial não deve exceder 7 dias 
Vantagens Desvantagens
Amoxacilina • Custo
• Fácil posologia
• 1ª escolha para pneumo
• Produção de beta lactamase nos 
Haemophillus (resistência 8-20%)
• Sem cobertura para atípicos
Macrolídeo • Posologia confortável 
• Tempo de tratamento
• Cobertura de atípicos
• Resistência do pneumococo (~11%)
• Não tem cobertura para 
Haemophillus
E QUANDO A PNEUMONIA É
ASSOCIADA AO CUIDADO EM SAUDE?
n Pacientes que estiveram hospitalizados em unidades de pronto 
atendimento por 2 ou mais dias nos 90 dias precedentes
n Provenientes de asilos ou de casas de saúde
n Que receberam antibióticos por via endovenosa, quimioterapia, 
ou tratamento de escaras nos 30 dias anteriores à doença
n Em tratamento em clínicas de diálise 
E QUANDO A PNEUMONIA É
ASSOCIADA AO CUIDADO EM SAUDE?
n Pneumonia hospitalar (HAP): doença que surge após pelo 
menos 48 horas da admissão e que não estava incubando no 
momento da admissão.
n Pneumonia relacionada à ventilação mecânica (VAP): doença 
que surge após pelo menos 48 horas da intubação.
Formação de biofilme 
internamente e na parte 
externa do tubo
Equipamento 
contaminado e 
prejuízo do 
clearance
mucociliar
Microaspirações 
ao redor 
do cuff
desinsuflado
Fatores 
agravantes: 
Ventilação com 
pressão positiva 
Imunodepressão do 
paciente crítico
Acúmulo de 
secreção na 
carina
Introdução de 
microrganismos da 
cavidade oral durante a 
intubação
COMO FAZER O DIAGNÓSTICO?
n Escarro
n Aspirado traqueal- 106 UFC/ML
n Lavado broncoalveolar- 104 UFC/ML
Pseudomonas aeruginosas
Unidades	de	terapia	intensiva
Pacientes	submetidos	a	procedimentos	invasivos
Unidades	de	queimados
Infecções	do	trato	respiratório	de	pacientes	com	fibrose	cística		
Pseudomonas aeruginosas
n Ampicilina
n Amoxacilina
n Amoxacilina- ácido clavulânico
n Cefalosporinas de 1ª e 2ª geração
n Cefotaxima
n Ceftriaxone
n Tetraciclina
n Clorafenicol
n Ácido nalidíxico
n Ertapenem
Pseudomonas aeruginosas
S. aureus
1944
Penicilinases: Hidrolisa o anel 
beta lactâmico das penicilinas
MSSA
Rossi, 2003
1960
S. aureus
1944 1961
Modificação das PBPs
Hiperprodução de betalactamases
MRSA
Rossi, 2003
Cepas MRSA são sempre resistentes:
•a antibióticos β-lactâmicos;
•a todas as cefalosporinas, inclusive as de quarta 
geração;
•aos carbapenêmicos, independentemente do resultado 
obtido no antibiograma.
S. aureus
1944 1961 1975 1997
Espessamento da parede celular
GISA/VISA
2002
Rossi, 2003
Opções
n S. aureus: Vancomicina, Linezolida...
n Pseudomonas: Piperacilina-tazobactan, Cefepime, Meropenem/ 
Imipenem...
Perfil de sensibilidade local
Como evitar
n Manter decúbito elevado (30-45 graus )
n Adequar diariamente o nível de sedação e teste de respiração 
espontan̂ea 
n Aspirar a secreção subglótica rotineiramente 
n Monitorizar a pressão de cuff
n Fazer a higiene oral com antissépticos 
n Fazer uso criterioso de bloqueadores neuromusculares 
n Dar preferen̂cia por utilizar ventilação mecan̂ica não-invasiva 
n Cuidados com os aparelhos

Continue navegando