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PENICILINAS - Casos Clínicos

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Nathália C. Moreira - DIP – 8º período (Medicina) 
 
 
Antibióticos: Penicilinas 
Casos Clínicos 
Caso 1. Paciente do sexo masculino, 50 anos, internado com amnésia, nervosismo, 
alterações de personalidade, atitudes hostis, comportamentos agressivos, alucinações 
e ilusões com um ano de evolução. Seus sintomas iniciaram há 3 anos com queixas 
de falta de vontade de se mover e perda de apetite. Ele foi avaliado por um psiquiatra 
e usou antipsicóticos sem nenhum benefício. No ano seguinte, evoluiu com 
incontinência urinária e fecal e distúrbios da fala. Sem antecedentes patológicos 
pessoais ou familiares dignos de nota, sem história de abuso de substâncias em seu 
histórico médico. 
No exame físico, foram detectadas úlceras necróticas não cicatrizadas e de pressão 
no joelho esquerdo e no hálux direito. 
No exame neurológico, pouco cooperativo, desorientado no espaço e no tempo. 
Apresenta disartria e sua capacidade de compreensão foi restrita a comandos simples. 
No exame do nervo craniano, as pupilas direita e esquerda foram de 2 e 3 mm, 
respectivamente, com diminuição bilateral dos reflexos de luz. O paciente apresenta 
bradicinesia bilateral. 
Os marcadores de vasculite foram negativos. 
Sorologias negativas para HIV e hepatites virais. 
A punção lombar revelou LCR com glicose de 67 mg/dL, proteína 36 mg/dL, leucócito 
3/mm3, VDRL foi positiva em 1/2. 
Perguntas: 
1. Qual foco da infecção? Sistema nervoso central – Cérebro (Neurosífilis); 
 
2. Ela é comunitária ou hospitalar? Comunitária; 
 
3. Quais bactérias mais comuns? Treponema pallium (Espiroqueta); 
 
4. Qual classe de antimicrobiano para cobertura dessas bactérias com 
biodisponibilidade para este foco? Penincilina G-Cristalina; 
 
- Sífilis primária (dose única) e secundária (duas âmpolas, uma em cada 
nádela, por 4 semanas) – Penicilina Benzatina (Intramuscular) 
 
5. Qual via a ser administrada? Endovenosa de 4h/4h; 
 
6. Quanto tempo de tratamento? 10 a 14 dias. 
 
Nathália C. Moreira - DIP – 8º período (Medicina) 
 
 
7. Quais outras infecções bacterianas podemos indicar o tratamento esta 
classe de antimicrobiano? 
 Leptospirose 
 Endocardite 
 Amigdalite (dose única) 
 Erisipela (não é primeira escolha) 
 
Caso 2. Um homem de 72 anos com diabetes mellitus tipo 2, doença renal crônica em 
estágio 2 e uma história de estenose aórtica leve é admitido no hospital com febre. 
Sua temperatura é 38,9 ° C, o pulso é regular em 110 batimentos por minuto, e a 
pressão arterial é 145/95 mm Hg. 
Testes laboratoriais demonstram um nível de hemoglobina de 12 g por decilitro; uma 
contagem de leucócitos de 13.500 por milímetro cúbico (com 80% de células 
polimorfonucleares); um nível de glicose sérica de 340mg por decilitro (18,7 mmol por 
litro); um nível de creatinina sérica de 1,7mg por decilitro (150 μmol por litro); e 
urinálise com 3+ de proteína, 20 a 50 leucócitos por campo e glicose 4+; duas 
hemoculturas positivas para Enterococcus faecalis suscetível à ampicilina; 
ecocardiograma transesofágico com vegetação em válvula aórtica. 
Perguntas: 
1. Qual foco da infecção? Dois focos: Renal que provavelmente levou a uma 
Endocardite (Válvulas Cardíacas) e sepse; 
 
2. Ela é comunitária ou hospitalar? Comunitária; 
 
3. Quais bactérias mais comuns? 
Enterococcus faecalis e Streptococcus ou Staphylococcus; 
 
4. Qual classe de antimicrobiano para cobertura dessas bactérias com 
biodisponibilidade para este foco? Penincilina G-Cristalina, Ampicilina ou 
Oxacilina; 
 
5. Qual via a ser administrada? Endovenosa, paciente em melhora da sepse o 
tratamento pode ser mantido por via oral; 
 
6. Quanto tempo de tratamento? 4 a 6 semanas. 
 
Tratamento com antibiótico estendido em: abcesso, osteomielite e endardite. 
 
Caso 3. Considerando que na mesma situação clínica anterior (Caso 2) ao invés de 
Enterococcus as culturas apresentassem crescimento de Staphylococcus aureus. 
Perguntas: 
1. Qual classe de antimicrobiano para cobertura dessas bactérias com 
biodisponibilidade para este foco? Oxacililina é a mais indicada para tratar 
Staphylococcus aureus; 
 
2. Qual via a ser administrada? Endovenosa; 
 
Nathália C. Moreira - DIP – 8º período (Medicina) 
 
 
3. Quanto tempo de tratamento? 4 a 6 semanas. 
 
Caso 4. Paciente feminina com 55 anos, não tabagista, previamente saudável internou 
com COVID-19 confirmado através de RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab nasal. 
Evoluiu com necessidades crescentes de oxigenoterapia e foi submetida à ventilação 
mecânica (VM) no 14º dia de início de sintomas. Após 8 dias de ventilação mecânica 
evoluiu com novo quadro, apresentando piora dos parâmetros ventilatórios, nova 
consolidação na radiografia de tórax, febre, leucocitose e a cultura do aspirado 
traqueal e hemoculturas com crescimento de bastonetes gram-negativos. O Controle 
de Infecção do hospital que menos de 10% dos Staphylococcus aureus são 
resistentes a Oxacilina e menos de 10% dos Bastonetes gram-negativos são 
resistentes a Piperacilina-tazobactam (Penicilina de 4ª geração). 
Perguntas: 
1. Qual foco da infecção? Pulmonar, provavelmente é uma pneumonia 
associada à ventilação mecânica – PAVM; 
 
2. Ela é comunitária ou hospitalar? Hospitalar; 
 
3. Quais bactérias mais comuns? 
Pseudomonas (GRAM -, multirresistentes, frequente em ambiente hospitalar); 
Clebisiela (GRAM -, multirresistentes, frequente em ambiente hospitalar); 
MARSA; 
 
4. Qual classe de antimicrobiano para cobertura dessas bactérias com 
biodisponibilidade para este foco? 
Piperacilina com Tazobactam ou Meropenem; Ambas as escolhas devem ser 
associadas à Vancomicina; 
 
5. Qual via a ser administrada? Endovenosa; 
 
6. Quanto tempo de tratamento? 7, 10 ou 14 dias a depender da gravidade do 
paciente.

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