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Fichamento: Capítulo Professores e Pastores: o problema da crença nas instituições de ensino superior em Caderno de Críticas- ensaios, de Dirlenvalder Loyolla

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Brendon José Marques
Fichamento: 
Capítulo “Professores e Pastores: o problema da crença nas instituições de ensino superior” em Caderno de Críticas- ensaios, de Dirlenvalder Loyolla
Trabalho apresentado à disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa do Curso de Letras/Português do Departamento de Comunicação e Letras do Centro de Ciências Humanas/CCH da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES/Campus Unaí, como requisito parcial de aprovação.
Prof.: Ms. Dirlenvalder do N. Loyolla.
Unaí – MG
Junho de 2013
LOYOLLA, Dirlenvalder. “Professores e Pastores: o problema da crença nas instituições de ensino superior”. Caderno de Críticas: ensaios. Montes Claros: Unimontes, 2010, p. 183-202.
“Devemos ou não concordar com a máxima popular segundo a qual Religião é coisa que não se deve discutir? A resposta para essa pergunta é: isso vai depender do ambiente no qual estivermos e do nível intelectual e de abertura dialógica dos nossos possíveis interlocutores.” (p.183)
[...] o debate sobre temas religiosos dentro do espaço acadêmico geralmente ocasiona inúmeros transtornos em relação ao bom andamento da aula e á posição do professor enquanto mediador entre o aprendiz e a história do conhecimento. [...] O problema da infiltração do discurso religioso no ambiente escolar pode ser visto como apenas mais um dos problemas gerados pela interferência do saber popular no conhecimento acadêmico. (p. 184)
[...] a manifestação de uma crença por meio de doutrina e rituais próprios envolve, necessariamente, preceitos éticos e morais. Sendo assim, torna-se fácil entender o motivo de tamanha interferência entre a esfera do saber proveniente do senso comum (doxástico/popular) sobre a esfera do saber sistematizado (epistêmico/científico/acadêmico). (p. 186)
[...] a Academia quer-se completamente liberta do julgo religioso por uma questão de razão, dialética e de democracia. E democrático, dialético e racional parecem ser necessariamente, adjetivos impossíveis para o discurso religioso. (p. 186-187)
[...] Não se trata apenas do caso de se promover uma espécie de ocidentalização do mundo, mas sim deixar o mundo a par do que a humanidade produziu, no campo filosófico, científico e artístico desde os primórdios da escrita até os dias atuais. [...] Aquele que tem a oportunidade de estudar um pouco mais a história da Filosofia, das teorias científicas, de cruzar informações sobre a origem dos povos e sobre o desenvolvimento das culturas, abre consideravelmente seus olhos para o mundo real, aquele mundo no qual está realmente inserido. (p. 187-188)
A concepção de mundo inculcada pelas grandes religiões ao redor do planeta produz uma limitação no campo da visão humana [...]. (p.188)
Toda religião condiciona o indivíduo a uma leitura única (fechada) do mundo. È por isso que, por mais difícil que seja ao crente (isto é, ao homem que crê religiosamente em alguma doutrina), a religião e seu universo devem, a rigor, ser banidos do seio acadêmico. Isto é, banidos desde que não estejam na posição de objeto de análise. (p. 190)
[...] deveria existir, no geral, uma separação mais “higiênica” entre a CASA e a ESCOLA na mente do educando; isto é: entre o discurso da casa (fundado no mito) e o discurso da Escola (pautado na reflexão criteriosa) [...]. (p. 192)
A falta de método e de coerência disciplinar na base da formação do educando jamais o capacitará a uma visão interdisciplinar do mundo, a uma leitura do mundo; se o sujeito não participa da história do conhecimento, se isso não fizer sentido para ele, seu diálogo com o saber estará fatalmente comprometido. (p. 192)
Um curso de nível superior possui o imperativo de ampliar a visão das pessoas em relação ao conhecimento produzido pela espécie humana desde o advento da racionalidade (não é à toa que a palavra Universidade provenha de um equivalente latino para universo). Nesse sentido, um curso de nível superior deve universalizar o olhar das pessoas em relação a todas as culturas humanas. Quantas forem as culturas existentes tantas serão as explicações possíveis para o surgimento da vida, para a existência das coisas, para a dinâmica do mundo. (p. 194-195)
[...] o professor de verdade não vai perder seu tempo às voltas com o conhecimento bíblico, do qual seu aluno já tem notícias e influências decisivas dentro e fora de casa. [...] não deveria limitar a visão dos aprendizes como conhecimentos relativos a uma cultura específica [...]; ao contrário, deveria ampliá-la, colocando-o em contato com o conhecimento acumulado através das eras e provindo das inteligências dos mais diferentes povos. (p. 195)
Não é necessário que todos os universitários se tornem ateus tão logo entrem em contato com o conhecimento acadêmico [...]. Faz-se imperativo, entretanto, que todas as pessoas entrem na sala de aula despidos de sua pele religiosa, sem Bíblia, Alcorão, deuses e demônios. (p. 198)
O professor deve ser a ponte entre o aluno (que vem do senso comum e ainda se encontra impregnado por suas determinações) e o mundo do conhecimento. (p. 198)
[...] numa era na qual o conhecimento geral está fragmentário e o saber das pessoas será disciplinar ao extremo, focado apenas em particularidades técnicas, a figura do Professor dialógico, devido ao seu poder de criar diálogos entre os saberes, representará o porto-seguro das pessoas em busca de um mundo mais amplo e fértil para as suas considerações. (p. 202)

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