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V.I V.N

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VENTILAÇÃO MECÂNICA 
INVASIVA E NÃO INVASIVA
Prof. Msc. Vivianne Dore
Na avaliação inicial do paciente crítico, na Emergência ou na UTI,
o manejo da via aérea para garantir uma ventilação e oxigenação
adequada é essencial
Apesar dos esforços iniciais serem direcionados a garantir
ventilação/oxigenação do paciente sem a necessidade de
intubação, essas intervenções podem não ser suficientes
É um processo no qual agentes farmacológicos, um sedativo e são
administrados de forma rápida e sequencial para facilitar a Intubação
por Sequência Rápida
➢ no paciente crítico é utilizada para facilitar a intubação ( agitação,
instabilidade, jejum) com o beneficio adicional de reduzir o risco de
aspiração
➢ Cerca de 60-70% dos pacientes não recebem avaliação
adequada das condições para intubação
➢ O ato de intubar pode causar alterações fisiológicas
deletérias e inclusive fatais
➢ Hipoxemia grave durante intubação de pacientes críticos
ocorre em até 1/3 dos casos
Vantagens
◦ Prevenir aspiração e suas consequências
◦ ⇒Evitar picos hipertensivos ( ↑FC ↑PIC ) 
◦⇒Reduz reflexo de tosse 
◦⇒Maior mobilização cervical
◦⇒Reduz traumatismo de via aérea
Desvantagens
◦ Efeitos colaterais dos medicamentos
◦ Intubação prolongada com necessidade de via aérea cirúrgica
Necessidade de intubação de emergência
◦ Parada cardíaca ou respiratória
◦ Rebaixamento de nível de consciência
◦ Falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignas
ou hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica)
◦ Cirurgia facial ou neurológica
◦ Trauma ou deformidade facial
◦ Alto risco de aspiração
◦ Obstrução de vias aéreas superiores
Preparação
◦ Pré-oxigenação Pré-tratamento Indução com paralisia
Proteção e posicionamento Posicionamento do TOT
Cuidados pós intubação
◦ A coluna cervical é fletida em direção anterior (ventral), com a elevação da
cabeça em aproximadamente 8-10 cm com auxílio de um suporte firme; ao
mesmo tempo em que a cabeça é estendida (dorso-flexão), a nível da
articulação atlanto-occipital, torna a visualização das estruturas laríngeas mais
fácil, uma vez que os eixos oro-faríngeo e faringo-traqueal estarão melhor
alinhados
TRAQUEOSTOMIA
◦ A traqueostomia é um procedimento cirúrgico no qual uma abertura é feita
para dentro da traqueia e uma cânula é inserida dentro dela. Traqueo/stomia
◦ A traqueostomia pode ser temporária ou permanente.
Objetivo
➢A traqueostomia é realizada para desviar uma obstrução aérea superior;
✓ ajudar na remoção de secreções traqueobrônquicas;
✓permitir o uso por longo prazo da ventilação mecânica;
✓prevenir aspiração das secreções oral e gástrica no paciente inconsciente ou
paralisado;
✓ substituir o tubo endotraqueal.
➢Existem muitos processos de doenças e distúrbios de emergência que torna
necessária a traqueostomia.
Procedimento Cirúrgico
◦ Geralmente é realizado no centro cirúrgico ou em uma unidade de cuidados
intensivos, onde a ventilação do paciente possa ser bem controlada e
mantida uma ótima técnica asséptica.
◦ Uma abertura é feita no segundo e terceiro anéis traqueais.
◦ Uma cânula de traqueostomia com balão de um tamanho adequado é
inserida.
◦ O balão é uma fixação inflável da cânula de traqueostomia e tem o objetivo
de ocluir o espaço entre as paredes da traqueia e a cânula para permitir uma
ventilação mecânica eficaz e minimizar o risco de aspiração.
Cânulas Plásticas
◦ As cânulas traqueais plásticas (tipo Portex), tubo cilíndrico curvo,
confeccionada de silicone e nylon; variam de diâmetro interno, ângulo de
curvatura, mecanismo de fechamento, balonetes, válvulas e fenestrações. As
cânulas Portex variam de tamanho 6 a 10.
◦ Geralmente em homens são utilizados tamanhos 7 a 9 e, em mulheres , 5 a 7.
Cânulas Metálicas
◦ A cânula traqueal A metálica é um tubo cilíndrico curvo, de metal; variam
de acordo com seu diâmetro interno e o Angulo de curvatura.
Indicações:
◦ manejo de pacientes que necessitam períodos prolongados de suporte
ventilatório mecânico.
◦ necessidade de ventilação mecânica.
INDICAÇÕES :
❑ Idade avançada
❑Obstrução das vias aéreas
❑ Trauma neuromusculares
❑Queimaduras e corrosivos 
❑Suporte ventilatório
❑ Corpos estranhos
❑Anomalias congênitas
❑Infecções
❑ Neoplasias
Complicações
◦ Hemorragia 
◦ Hipóxia
◦ Edema traqueal 
◦ Infecção da ferida 
◦ Enfisema subcutâneo 
◦ Obstrução da cânula 
◦ Desposicionamento
◦ Estenose traqueal e sub glótica
◦ Infecção (51% dos casos)
ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
◦ Trata-se de um procedimento invasivo a ser realizado quando constada a
presença de Secreção e a incapacidade do paciente em eliminá-la por
meio da tosse. (rolhas)
◦ Todo paciente traqueostomizado internado, deverá ter a seu lado, pronto
para uso mediato, material e equipamento para aspiração.
ASPIRAÇÃO
◦ Higienização das mãos antes e após procedimento;
◦ Ter disponível todo material necessário;(improvisos as vezes são necessários);
◦ Avaliar a necessidade de aspiração auscultando bilateralmente os pulmões;
◦ Explicar o procedimento ao paciente e, se permitido, colocá-lo em posição
de Fowler
ASPIRAÇÃO
◦ Tempo máximo para aplicação contínua do vácuo é de 15 segundos.
◦ Monitorize a tolerância do paciente observando expressão e coloração facial,
ao primeiro sinal de “angústia respiratória", Interrompa a aplicação do
vácuo.
◦ Ordem de aspiração: traqueostomia/nariz/boca; após término desprezar
cateter aspira.
Agravos provenientes de técnicas incorretas:
◦ Lesões na realização curativo e ou aspiração;
◦ Retirada da cânula acidentalmente;
◦ Formação de rolhas, levando quadro de hipóxia, posteriormente óbito;
◦ Infecção do epitélio e trato respiratório inferior;
Assistência de Enfermagem
◦ Manter vias aéreas pérvias;
◦ Aspirar vias aéreas sempre que for necessário;
◦ Realizar nebulização conforme necessário, para fluidificar secreção (se 
prescrito);
◦ Realizar auscultar pulmonar antes e após o procedimento, certificando da 
eficácia da técnica;
◦ Observar o aspecto da secreção;
◦ Avaliar presença de secreções nas vias aéreas inferiores, 
COMO FAZER O CURATIVO DA 
TRAQUEOSTOMIA? 
◦ Técnica asséptica nos procedimentos envolvendo o estoma (curativo,
limpeza e fixação da cânula, aspiração)
◦ Fazer limpeza com gaze ou umedecida com SF 0,9% estéril; iniciando a
limpeza pelo óstio em seguida para a cânula;
◦ Manipulação adequada e delicada ao fazer o curativo.
◦ Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele, mantendo-a sempre limpa e
seca;
◦ Utilizar compressas de gazes ou curativos específicos.
Assistência de Enfermagem
◦ A monitorização periódica e o preciso ajuste da pressão do "cuff" das
próteses ventilatórias evita diversos contratempos e desconforto ao paciente
◦ A pressão ideal está entre 20 a 25 mmHg.
◦ Este equipamento permite medir a pressão e ainda corrigir a quantidade de
ar insuflação , pois é dotado de válvula e uma pêra.
◦ Mensurar cuff de 6/6 horas.
◦ alguns serviços utilizam o CUFÔMETRO .
Assistência de Enfermagem
◦ Cuidar para que os circuitos dos nebulizadores ou respiradores não exerçam
tração sobre a traqueia ou que puxem para fora a cânula.
◦ Retirar a água que se acumula no interior dos circuitos.
◦ Orientar o paciente dos cuidados prestados;
◦ Estabelecer uma forma de comunicação com o paciente (Ex: papel e caneta,
sinais, etc.)
Ventilação Mecânica Básica Pode ser não-
invasiva (VNI)
◦ geralmente através de uma máscara facial,
◦ através de interface naso-facial – BIPAP:
◦ CPAP: somente pressão expiratória final contínua nas vias aéreas (CPAP) ea ventilação do paciente é feita de forma totalmente espontânea.
CICLOS VENTILATÓRIOS
❑ CONTROLADOS
❑ ASSISTIDOS
❑ ESPONTÂNEOS
Ventilação Mecânica invasiva (VMI)
➢através de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia.
Ventilação Mecânica : Objetivos clínicos
❑Reverter a hipoxemia
❑ Reverter a acidose respiratória aguda
❑Diminuir o desconforto respiratório
❑ Prevenir ou reverter a atelectasia
❑ Reverter a fadiga dos músculos respiratórios - Permitir a sedação e/ou o
bloqueio neuromuscular
❑Diminuir o consumo sistêmico ou miocárdico de oxigênio
❑ Diminuir a pressão intracraniana
❑ Estabilizar a parede torácica
FUNCIONAMENTO BÁSICO
Geralmente começamos a ventilação mecânica com uma FIO2 inicial de
100%, como primeiro passo, diminuir gradativamente após alguns minutos
a partir da oximetria ou de uma gasometria arterial de controle,
Freqüência Respiratória Em geral, recomenda-se a Fr de 12 a 16 rpm para
a maioria dos pacientes estáveis.
Ventilação Mecânica Básica
MODOS BÁSICOS DE VMI- PVC
➢ Quanto a Participação do Paciente na Ventilação Controlada PVC
nenhuma participação do paciente
➢ Nesta modalidade é recomendável o paciente estar sedado e/ou curarizado
MODOS BÁSICOS DE VMI Assisto / Controlada
◦ Quanto a Participação do Paciente o paciente já tem uma participação
no início da fase inspiratória determinando quando iniciar através de um
ligeiro esforço inspiratório
MODOS BÁSICOS DE VMI PSV
◦ Quanto a Participação do Paciente (Espontânea / assistida)
o paciente participa durante toda a fase inspiratória, tendo total 
controle sobre FR, Volume e Fluxo
Terminologia em Ventilação Mecânica
◦ Volume Corrente: Volume de Ar trocado a cada respiração. 
◦ FiO2: é a concentração de oxigênio ofertada ao paciente 
◦ Sensibilidade: ajuste ventilatório que regula a sensibilidade do aparelho ao 
esforço respiratório do paciente
◦ Fluxo inspiratório: Velocidade com que o ar será administrado 
◦ PEEP: Pressão expiratória positiva final, mantém uma pressão intra-alveolar 
por todo ciclo expiratório 
obrigada

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