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Dt DV f t V vVgp ijkV 2. Autor: Milton César Toledo de Sá MECÂNICA DOS FLUIDOS NA ENGENHARIA CIVIL 5a Edição Revista Belo Horizonte 2011 2 Milton César Toledo de Sá MECÂNICA DOS FLUIDOS NA ENGENHARIA CIVIL TÓPICOS DE MECÂNICA DOS FLUÍDOS, CALOR E MASSA. Direitos Reservado em 2005 por Milton César Toledo de Sá. Minas Gerais, Brasil. Dados de Catalogação na Publicação Belo Horizonte, Minas Gerais. E-mail: bioterraengenharia@hotmail.com Brasil. Sá, Milton César Toledo de. Mecânica dos Fluidos, Calor e Massa. Milton César Toledo de Sá (Org.) – Belo Horizonte: Produção Independente. 2010. 1. Engenharia – Fenômenos de Transporte 2. Fluidos 3 4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INDICE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E FATORES DE CONVERSÃO. CAPÍTULO 1 Introdução à Mecânica dos fluidos e suas principais propriedades. .......................15 CAPÍTULO 2 Estática dos fluidos: Pressão e Manometria............................................................33 CAPÍTULO 3 Dinâmica dos fluidos: Equação da continuidade - vazão.........................................65 CAPÍTULO 4 Medidores de vazão.................................................................................................89 CAPÍTULO 5 Dinâmica dos fluidos: Teorema de Bernoulli..........................................................103 CAPÍTULO 6 Forças Desenvolvidas por Fluídos em Movimento.................................................141 CAPÍTULO 7 Análise Dimensional e Semelhança Dinâmica.......................................................179 CAPÍTULO 8 Transferência de Calor e Massa............................................................................203 5 6 APRESENTAÇÃO Nesta edição substituímos alguns exercícios, efetuamos algumas correções gramaticais e fizemos algumas atualizações no texto. Alteramos o texto original para que possa ser utilizado como texto de apoio didático ao ensino de Mecânica dos fluidos para a Engenharia Civil, contudo poderá ser utilizado nas demais modalidades. Sendo fruto da experiência do autor em sala de aula, ao longo de duas décadas, do diálogo permanente com os alunos e professores. O seu principal objetivo é gerar um texto para ser ministrado numa só disciplina, enfatizando a Mecânica dos Fluidos visando fornecer pré-requisitos as disciplinas de Hidráulica, Saneamento, Estradas, Hidrologia e os Recursos Hídricos. Parâmetros condicionantes para aplicabilidade do texto: Fluxos permanente (ou estacionário), unidimensional, irrotacional, fluido incompressível, materiais isotrópicos e sujeitos à temperatura menores de 100oC. A organização básica do texto apresenta-se dividida em três partes: Primeira parte: aborda a mecânica dos fluidos, em especial a Hidrodinâmica, a partir dos princípios de Fenômenos de Transporte, ou seja: o da conservação da massa - Equação da Continuidade e o da Conservação da Energia – Equação do Equilíbrio (e Navier-Stokes), com destaque para a equação da Vazão e o teorema de Bernoulli. E, o princípio da quantidade de movimento - Forças desenvolvidas enfocando o Empuxo em curvas e reduções hidráulicas. Segunda parte: trata da transmissão de calor e massa sob o ponto de vista da Equação da continuidade para fluxo permanente. O texto está subdividido em capítulos a fim de permitir melhor compreensão e assimilação do conteúdo. Em quase todos eles, encontram-se as seguintes seções: Teoria – São teorias sobre o conteúdo dos tópicos Aplicações na Engenharia – sugere algumas praticas que aplicam imediatamente a teoria exposta. Problemas propostos – são elaborados para atividades em grupos para serem resolvidos pelos estudantes. Objetivando um melhor entendimento das equações matemáticas e possibilitar a apropriação da teoria. 7 Bibliografia específica – algumas sugestões de leituras sobre o assunto do capítulo. Este trabalho foi estruturado para adequar-se ao planejamento de uma disciplina de 60 a 80 horas aula. O capítulo 1 é sobre a introdução e trata das aplicações na Engenharia e os Fundamentos da Mecânica dos fluidos. Devem ser estudados na ordem que se apresentam. Mas, é possível reunir capítulos de partes diferentes do livro /sob um mesmo eixo. Tem-se consciência que o livro didático é instrumento básico na mediação entre o professor e o aluno. Eles interagem através do livro. A responsabilidade é grande e procurou-se cumprir a tarefa de dar qualidade a essa relação. Motivação, inovação, qualidade são alguns princípios que guiaram a elaboração desse texto, esperando e desejando a todos – professor, alunos e profissionais da área – um bom trabalho. 8 Sugestão de programa para Fenômenos de Transporte Capítulos recomendados Numero de aulas Cap. 1 – Introdução. Principais propriedades físicas dos fluidos 12 h/a Cap. 2 – Estática dos fluidos - Pressão e Manometria 08 h/a Cap. 3 – Equação da Continuidade – Vazão 10 h/a Cap. 4 – Medidores de Vazão 8 h/a Cap. 5 – Teorema de Bernoulli 10 h/a Cap. 6 – Forças Desenvolvidas por fluidos em movimento 12 h/a Cap. 7 – Análise dimensional e semelhança dinâmica 6 h/a Cap. 8 – Transferência de calor e massa 14 h/a TOTAL DE AULAS 80 h/a Autor: Milton César Toledo de Sá BIOGRAFIA MILTON CÉSAR TOLÊDO DE SÁ,Esp. Graduado em Engenharia Civil em 1979. Atuou em execução de obras de saneamento e edificações. Sócio da empresa Bioterra Engenharia do ramo de Avaliação de imóveis, projeto para outorga de uso de água e projeto de drenagem pluvial. Professor de Hidrologia e Mecânica dos Fluidos. Pós-Graduado em Metodologia do Ensino Superior e em Engenharia dos Materiais. Diretor Administrativo do CREA-MG na Gestão 2004 e Conselheiro por diversos mandatos. Belo Horizonte, MG – Brasil – E-mail: bioterraengenharia@hotmail.com 9 10 INDICE Capítulos Página Cap. 1 – Introdução. Principais propriedades dos fluidos 15 Cap. 2 – Estática dos fluidos - Pressão e Manometria 33 Cap. 3 – Dinâmica dos fluidos - Equação da Continuidade – Vazão 65 Cap. 4 – Medidores de Vazão 89 Cap. 5 – Dinâmica dos fluidos - Teorema de Bernoulli 103 Cap. 6 – Forças Desenvolvidas por fluidos em movimento 141 Cap. 7 – Análise dimensional e semelhança dinâmica 179 Cap. 8 – Transferência de calor e massa 203 11 LISTA DE SIMBOLOS E ABREVIATURAS A lista abaixo apresenta os símbolos usados neste livro. Não se pode evitar de usar algumas vezes a mesma letra representando mais de um conceito, em virtude da limitação do alfabeto. Cada símbolo é definido quando de sua utilização, não ocasionando, portanto, possíveis confusões. As unidades serão fornecidas no sistema inglês e no sistema métrico, uma vez que encontraremos exemplos e problemas propostos, ora num sistema, ora noutro, a fim de familiarizar o aluno com ambos. Nota Importante: Em muitos problemas as conversões para o sistema métrico não correspondem aos fatores de conversão exatos. Foram usados,muitas vezes, valores arredondados ou seu próximo, dos valores reais, a fim de se facilitarem as explicações e resoluções. a aceleração m/s² (ft/s²), área em m2 (ft²). A área em m², (ft²). cc coeficiente de contração. cv coeficiente de velocidade. C coeficiente (Chézy), constante de integração. CD coeficiente de resistência ao avanço (de forma). CL coeficiente de sustentação. d, D diâmetro em metros ou ft. E módulo de elasticidade volumétrica em kg/m2 ou kg/cm2 (lb/ft² ou lb/in²), energia específica em mkg/kg (ft lb/lb). f coeficiente de atrito (Darcy) para escoamento tubular. ft³/s f t cúbico por segundo F força em kg (lb). g aceleração da gravidade: 9,81 m/s² (32,2 ft/²). Pm galões por minuto. h altura ou profundidade, pressão ou altura de carga em metros ou ft. H altura total (energia) em metros ou mkg/kg (ft ou ft 1b/1b). HL,he perda de carga em m (ft). Algumas vezes aparecerá como LH ou h/ hp Horas Power = wQH/550 = 0,746 kw. M massa em kg (slugs ou lb s²/ft), peso molecular, n coeficiente de rugosidade, expoente, coeficiente de atrito nas fórmulas de Kutter e Manning. 12 NF número de Froude. NM número de Mach. N.W. número de Weber. p' pressão em lb/in² ou kg/cm² psf. lb/ft2 psia lb/in2, absoluta. psig lb/in2, manométrica. q fluxo unitário em m3/s/unidade de largura (ft³/s/unidade de largura) Q vazão em volume em m³/s (ft³/s). vazão unitária em m³/s (ft³/s). r qualquer ralo em m (ft). R constante de gases, raio hidráulico em m (ft). RE número de Reynolds (mu) viscosidade absoluta em poises ou kg s/m² (lb s/ft²) (poises). (nu) viscosidade cinemática em stokes ou m²/s (ft²/s) = g/p. (rô) massa específica em kg/m³ (slugs/ft³ ou lb. S²/ft4) = W/g. (sigma)tensão superficial em kg,/m (lh/ft), tensão normal em kg!m² (psi). (tau) tensão cisalhante em kg/m² lbift², lb/in² (psi) ou kg/cm² LISTA DE FATORES DE CONVERSÃO 1 polegada (in) = 25,4 mm. . 1 pé (ft) = 0,305 m = 12 in. 1 polegada³ (in)³ = 16,4 X 10-6 m³. 1 pé³ (ft)³ = 28,3 X 10-³ m³ = 7,48 U.S. Gallon. 1 U.S. Gallon = 37,8 X 10-4 m³ = 8,338 lb de água a 60°F 1 ft³/s = 0,646 mgd = 448,8 gpm = 28,3 1/s. 1 lb s/f t² (1c) = 478,7 poises. 1 ft²/s () = 929 cm²/s. 1 hp = 550 lb ft/s = 0,746 kw. 1 lb = 0,454 kgf 1 lb/ft³ = 16 kg/m³. 13 1 polegada² = 6,45 X 10-4 m². 1 ft² = 9, 3 X 10-² m². 1 libra por pé quadrado (lb/ft²) (psf) = 4,88 kgf/m² 1 libra por polegada quadrada (lb/in2) 1 milha = 1.604 m 1 mph = 1,46 ft/s 14 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO e PRINCIPAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS. Neste capítulo são abordadas algumas definições básicas da mecânica dos fluidos, objetivando uma melhor compreensão da teoria e sua relação com os conteúdos necessários à prática da Engenharia. Sumário Introdução. Multidisciplinaridade. Sistemas de Unidades. Principais propriedades dos fluidos. Classificação do escoamento. Problemas propostos. 15 16 INTRODUÇÃO Sob o ponto de vista macroscópico, costumamos classificar a matéria em sólidos e fluidos. Fluidos, são substâncias que podem escoar. Assim, o termo fluido abrange os líquidos e os gases. Neste texto definiremos fluido da maneira como ele é comumente conhecido. Assim, as mesmas leis básicas controlam os comportamentos estático e dinâmico tanto de líquidos como de gases, apesar das diferenças que, a pressões ordinárias, observamos entre eles. Para sólidos, que tem volume e forma definidos, formulamos a mecânica dos corpos rígidos. Como os fluidos mudam de forma facilmente e, no caso dos gases, tem seu volume igual ao do recipiente que os contem, devemos desenvolver técnicas para resolver os problemas da mecânica dos fluidos. Desenvolveu-se uma formulação especial para essas leis básicas. Desenvolvimento histórico da mecânica dos fluídos O entendimento dos fenômenos da natureza que envolve os fluídos é de grande importância ao avanço tecnológico, propiciando ao homem melhores condições de sobrevivência. Algumas áreas de aplicação desses conhecimentos: Medicina, Habitação, Máquinas, Meteorologia, Transporte, Agricultura e muitos outros setores onde a mecânica dos fluídos é importante. Apesar da mecânica dos fluídos ter sido iniciada antes de Cristo (285 – 213 AC com Arquimedes), somente a partir do século XVI que acontecerá o seu desenvolvimento devido a Hidráulica Experimental. Pouco a pouco, estudos matemáticos começaram a confirmar algumas teorias propostas, e no final do século XIX, firmada como uma ciência. Muitos pesquisadores se dedicaram a esta ciência e são lembrados através de princípios, leis, coeficientes e unidades de medida. Na primeira metade do século XVII, Newton enunciou as suas famosas leis do movimento. Pouco depois (1755), Euler estabeleceu equações diferenciais básicas do movimento dos fluídos. Importantes equações básicas sobre energia foram estabelecidas por Bernoulli. 17 Após o conhecimento das proposições de Euler, distinguem-se dois grupos de estudiosos. Os teóricos com suas análises abstratas, e os práticos estabelecendo formulações com base em experimentação. A falta de comunicação entre os dois grupos explica a lentidão no desenvolvimento da mecânica dos fluídos como ciência até fins do século XIX. Navier (1827) e Stokes (1845), em trabalhos independentes, generalizaram as equações de movimento, com a inclusão do conceito da viscosidade para fluidos newtonianos. Tais equações são de tratamento matemático difícil. Experiências de Reynolds, no fim do século, começaram a elucidar possibilidades de aplicação das equações de Navier-Stokes, pelo estabelecimento de dois diferentes tipos de escoamento: laminar e turbulento. Foi somente no início do século XX que Prandt estabeleceu conceitos da existência de duas regiões nos campos de escoamento. Introduziu assim a teoria da camada mais próxima das fronteiras sólidas: a camada limite. Firmou a importância da viscosidade na camada limite a possibilidade de tratar o fluido da outra região como um fluido ideal. Hoje novas áreas estão sendo investigadas, envolvendo transferência de energia sob forma de calor e influências de campos magnéticos nos escoamentos. SUA MULTIDISCIPLINARIDADE Algumas aplicações, dos conteúdos de Mecânica dos fluidos nas áreas da engenharia podem ser visto na tabela 1, abaixo; Tabela 1 – A multidisciplinaridade de Mecânica dos fluidos. Áreas profissionais Tópicos: fluídos, calor e massa Construção Civil Fissuras por movimentações higroscópicas Fissuras por movimentações térmicas Fissuras por retração hidráulica – secagem rápida Mangueira de nível na construção civil 18 Umidade em alvenaria por capilaridade Estruturas Força do vento em edificações Percolação no concreto – vida útil Geotecnia e Hidrologia Balanço hídrico Descarga de um rio Evaporação água-ar Percolação da água no solo Umidade relativa do ar Hidráulica e Saneamento Bloco de Ancoragem em adutoras Bombas de recalque (Potência e Perda de Carga) Determinação da vazão em condutos forçados Medidores (Vertedouro, Pitot, Venturi, Canal, etc). Transporte Drenagem superficial: Sarjeta - Fórmula de ManningEnvelhecimento de pavimento asfáltico. Fonte: Livros texto de áreas profissionais. Ver referências bibliográficas. As suas implicações com a prática profissional servirão como alerta à necessidade em avançar no estudo das teorias específicas de cada prática. OS PROCESSOS DE ANÁLISE EM MECÂNICA DOS FLUÍDOS A mecânica dos fluídos estuda fluídos em equilíbrio e fluídos em movimento e divide-se em: Estática dos Fluídos e 19 Dinâmica dos Fluídos. Aspecto dinâmico tem-se: Fluído incompressível – Hidrodinâmica e Fluído compressível – Aerodinâmica. Sob a hipótese do contínuo, o comportamento dos fluídos é analisado e estabelecido pelos princípios: Lei de Stevin – Equação da fluidostática Conservação da massa - Equação da Continuidade - Vazão Conservação da energia – Equação de Bernoulli Quantidade de Movimento - Equação de Forças Desenvolvidas por fluidos. MÉTODOS DE ANÁLISE DE UM FENÔMENO Para se resolver um problema é definir o sistema que está sendo analisado. Na Física clássica, é bastante difundido o diagrama do corpo livre. Neste texto empregamos os termos superfície de controle e volume de controle. É importante definir o sistema de volume de controle antes de aplicar as equações de variações e as equações básicas. Sistema e Volume de Controle Um sistema físico é definido como uma quantidade de massa fixa e identificável, as fronteiras do sistema separam-no do ambiente à volta. As fronteiras do sistema podem ser fixas ou móveis, contudo, não há transferência de massa através das mesmas. Num cilindro termodinâmico, o gás no cilindro é o sistema. E o cilindro „‟e o volume de controle. Calor poderá cruzar as fronteiras do sistema, mas a quantidade de matéria dentro delas permanecera‟ constante. Não há transferência de massa através das fronteiras do sistema. 20 Enfoque Diferencial e Enfoque Integral As leis básicas que aplicamos ao nosso estudo dos fenômenos de transporte podem ser formuladas em termos de sistemas e volumes de controle infinitesimais ou finitos. Ambos os enfoques são importantes no estudo de fenômenos de transporte. No primeiro caso, as equações resultantes são equações diferenciais. A solução das equações diferenciais do movimento oferece um meio de determinar o comportamento de ponto a ponto do fluido. Freqüentemente, nos problemas em estudo, a informação buscada não requer conhecimento detalhado do escoamento. Nestes casos, é mais apropriado empregar a formulação integral das leis básicas. Usam-se volumes de controle finitos, que geralmente é de tratamento analítico mais fácil. UNIDADES E DIMENSÕES A dimensão de uma grandeza é um conjunto de variáveis básicas que influenciam esta grandeza e expressam o fenômeno observado. Por exemplo: 1,0 ft (pé) = 12 in (polegada) Pés, polegadas, centímetros, metros são unidades, porém todas elas representam uma medida de comprimento - dimensão física. No estudo da análise dimensional as dimensões básicas são a força F, o comprimento L, o tempo T, a temperatura t e a massa M. São três os principais sistemas de unidade: (Monte uma tabela para as principais variáveis em Mecflu). Sistema Internacional ou MKS, Sistema Inglês, Sistema Técnico. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS FLUIDOS Termos que definem o estado físico do fluído: Para descrevermos o movimento de fluidos, serão necessários alguns termos que permitam definir o seu estado físico. Esses termos descrevem suas propriedades. E, 21 uma propriedade é uma característica de uma substância que tem um valor constante para um dado estado; como por exemplo: massa específica peso específico viscosidade, etc. Massa específica ou densidade absoluta Caracteriza a quantidade de matéria que preenche o espaço. Sendo medida pela massa por unidade de volume. Dada pela relação abaixo: = Massa / Volume Onde, Massa = kg Volume = m3 = massa especifica = kg/m3 (no sistema MKS). Ou, também pela relação entre o peso especifico () e a gravidade (g), ou seja: = /g A massa especifica ou densidade absoluta é uma função escalar e contínua das coordenadas dos pontos do meio e, ainda, da temperatura e do tempo que não deixa de ser uma das definições de fluído compressível. Peso específico: = .G O peso específico de uma substância é o peso da unidade de volume da substância. O peso específico da água para oscilações normais de temperatura (CNTP) é de 1000 kgf/m3 (sistema técnico de unidades). = Peso / volume Onde, peso = Newton (N) volume = m3 = peso especifico = N/m3 (no sistema MKS) 22 Equação geral dos gases As propriedades de um fluído fazem parte dos domínios da Termodinâmica. No processo de conversão de energia no interior do fluído ou entre o fluído e suas vizinhanças, o estado e o movimento do fluído são afetados. Uma equação de estado relaciona as propriedades em qualquer etapa em que o sistema sofre variações. Felizmente, para o maior número das substâncias de interesse da Engenharia, a equação de estado possui uma forma matemática simples, por exemplo, = f1(p,T) p = f2(,T) T = f3(p,) Estas relações funcionais são sempre verdadeiras para substâncias puras, simples e compressíveis, embora as equações que descrevam estas relações possam ser bastante simples, quando as pressões e temperaturas não forem muito elevadas. Para o gás perfeito; (designará o gás com o calor específico constante – gás ideal). Calor específico (= Joule/Kg.oC no sistema MKS) e uma característica de cada substância. E definido como sendo a razão entre a capacidade térmica e a massa da substância. (capacidade térmica e a razão entre o calor absorvido ou liberado e a variação da temperatura = Joule / oC no MKS e cal/oC no técnico). Para um gás cujas moléculas colidam de modo perfeitamente elástico, a equação de estado é: = p/R.T Onde, = peso específico p = pressão absoluta T = Temperatura absoluta (em K ou R) R = Constante Universal dos gases Onde R é uma constante que depende somente do peso molecular do gás, T é a temperatura absoluta e p é a pressão absoluta. 23 Valor de R para alguns gases: Ar, 53,36 ft/oR Amônia, 90,77 ft/oR Dióxido de Carbono, CO2, 35,12 ft/ oR Monóxido de carbono, CO, 55,19 ft/oR Hélio, H, 386,33 ft/oR Metano, CH4, 96,04 ft/ oR Oxigênio, O2, 48,29 fr/ oR Vapor de água, H2O, 85,80 ft/ oR valor de R para alguns gases A densidade relativa dos fluidos A densidade relativa de um corpo é um número absoluto que representa a relação do peso de um corpo para o peso de igual volume de uma substância tomada como padrão. De um modo geral é água nas CNTP, ou seja, 1000 kg/m3 (massa específica no sistema MKS) 10 000 N/m3 (peso específico no sistema MKS) 62,4 lb/ft3 (peso específico no sistema Inglês) Se a densidade relativa de uma substancia líquida e igual a 0,750 isto significa que a sua massa especifica vale: 0,750 x 1000 kg/m3 = 750 kg/m3. 24 Exemplo Ex. (01) Calcular o peso específico, o volume específico e a massa específica do metano a 27 oC e 9 kgf/cm2 absoluta. Considere R = 53 m/oK constante Universal para o metano. (Volume especìfico = e‟ o inverso do peso especifico, ou seja; Vs = 1/). Solução: Peso específico = 3 4 /66,5 )27273(53 10.0,9 mkgf RT p Volume específico = kgfmVs /177,0 66,5 11 3 Massa específica = 3/ 81,9 66,5 mutm g ou = 5,66 kg/m3 (MKS) Sendo,utm = unidade técnica de massa. 1.0 utm = gravidade x kg CLASSIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO É a classificação do movimento dos fluidos, de acordo com características próprias, possibilitando facilitar o entendimento do estudo dos Fenômenos de Transporte. Quanto à variação no tempo: Escoamento permanente (ou estacionário) e não permanente. Se a aceleração local, v/t = 0, diz-se que o escoamento é permanente. A velocidade não varia com o tempo, embora ela possa variar de ponto a ponto no espaço. Por outro lado, caso haja dependência com o tempo, diz-se que o escoamento é não permanente. 25 Esta afirmativa implica, para escoamento permanente, em que outras variáveis também deverão ser constantes em relação ao tempo: dp/dt=0; dr/dt=0; dQ/dt=0. Esta condição de escoamento é encontrada em problemas de engenharia hidráulica, onde a altura de carga permanece constante. Quanto à variação na direção O escoamento pode ser Uniforme e Não Uniforme. Uniforme: Quando a velocidade não varia em direção e intensidade de ponto a ponto; isto é, com o espaço.(dv/dr=0) (r = vetor espacial.), ou aceleração convectiva é nula. Esta condição implica em que outras variáveis do escoamento sejam constantes em relação à distância, ou dr/dt = 0, etc. Exemplo: Escoamento sob pressão no interior de tubulações com diâmetro constante. Não Uniforme: Permite variação com as coordenadas espaciais. Por exemplo, escoamento no interior de tubulações com diâmetro variado, (pontos de mudança de diâmetro). Quanto à variação da direção O escoamento pode ser laminar ou turbulento. Laminar: Escoamento à baixa velocidade, onde as linhas de corrente são paralelas entre si. Turbulento: Escoamento onde não ocorre paralelismo das linhas de corrente, ou escoamento à alta velocidade. Os escoamentos, em sua maioria, são turbulentos. Em sua experiência, REYNOLDS descobriu que a existência de dois tipos de escoamento depende da velocidade, de um comprimento característico (no caso de tubulações, é o diâmetro) e da viscosidade do fluido; ou seja, o parâmetro adimensional REYNOLDS: 26 Escoamento uni, bi ou tridimensional O escoamento Unidimensional de um fluido incompressível ocorre quando a direção e a intensidade da velocidade é a mesma para todos os pontos. Entretanto, aceita-se a análise de escoamento Unidimensional quando as velocidades e acelerações normais ao escoamento são desprezíveis. Em tais casos os valores médios da velocidade, da pressão são considerados como representantes do escoamento como um todo e, pequenas variações podem ser desprezadas. Exemplo: o escoamento em tubulações é analisado pôr meio de princípios de escoamento Unidimensional, apesar do fato de que a estrutura ser tridimensional e a velocidade variar através das seções normais ao escoamento. Rotacional e Irrotacional Para um fluído ideal, no qual não existe tensão cisalhante, e, portanto não há torques, o movimento de partículas fluídas em torno de seus próprios centros de massa não pode existir. Tal escoamento ideal é chamado de Irrotacional. Caso existam considerações a respeito da velocidade angular, o escoamento é dito ROTACIONAL. 1.1.1 Quanto a variação da densidade com o espaço a) Compressível: Quando a densidade é variável, b) Incompressível: Quando a densidade é constante. 1.1.2 Escoamento aberto e fechado a) Escoamento aberto: O fluido escoa aberto para atmosfera. Por exemplo: Escoamento em canais, Escoamento envolvendo um objeto, etc. b) Escoamento fechado: O fluido escoa confinado no interior do volume de controle. Por exemplo: escoamento forçado no interior de tubulação da hidráulica. 27 PROBLEMAS PROPOSTOS Sistemas de Unidades Ex. 01) Escreva as unidades das grandezas abaixo nos seguintes sistemas de unidades: MKS, INGLES E TÉCNICO. a) velocidade linear b) comprimento c) temperatura d) aceleração e) massa f) força g) massa específica h) peso específico i) vazão j) pressão k) densidade relativa Ex. 02) Determine o volume máximo da água no oceano atlântico, em km3. Considere a sua área como sendo 179.000.000 km2. E, profundidade máxima de 11.000 m. Ex. 03) Determine a área do espelho d‟água do lago da pampulha (BH) em m2, sendo a sua área de 2,7 km2. Ex. 04) Se a profundidade média da lagoa da pampulha vale 15 m. Qual o seu volume médio de água em litros. Ex. 05) Para uma aeronave a 11 km de altitude a temperatura externa vale 273 ok. Obter em oC e em oF. Ex. 06) Converter 70 oF e 92 oF para oC. 28 Propriedades dos fluidos Ex. 07) Na densidade relativa, o líquido tomado geralmente como referência é: a) óleo lubrificante c) o mercúrio b) o álcool d) a água 4ºC Ex. 08) Um recipiente em forma de paralelepípedo, com as arestas a = 80 cm, b = 50 cm e c = 60 cm, está cheio com 216g de óleo. Calcular a massa específica (), peso específico (), densidade relativa (d) e volume específico (VS). Ex. 09) Calcule a densidade de uma substância liquida para um volume de 2,0 litros e massa de 500 g. Ex. 10) Calcule o peso especifico do liquido do exercício anterior. Ex. 11) E, a densidade relativa do liquido anterior. Ex. 12) Calcule a massa de um liquido de volume de 3 litros, para uma densidade ou massa especifica igual a 750 kg/m3. Ex. 13) Determine o peso especifico do liquido do exercício anterior. Ex. 14) E, a densidade relativa do liquido anterior. Ex. 15) A densidade relativa de uma substância vale 13,6. Calcule sua densidade absoluta ou massa especifica. Ex. 16) Calcule o peso especifico da substancia do exercício anterior. Ex. 17) Calcule o peso especifico de um gás a 27 oC e 0,8 mPa absoluta. Considere a constante universal dos gases, R = 53 m/ok. 29 Ex. 18) A massa especifica do gás do exercício anterior. Ex. 19) A densidade relativa do gás do exercício anterior. Classificação do escoamento Ex. 20) Um escoamento unidimensional é (a) um escoamento uniforme permanente (b) um escoamento uniforme (c) um escoamento com variações desprezíveis na direção transversal (d) obrigado a escoar segundo uma linha reta (e) nenhuma das respostas anterior Ex. 21) No escoamento turbulento (a) as partículas do fluido movem-se de maneira ordenada (b) as linhas de correntes se cruzam (c) As linhas de corrente são paralelas entre si (d) uma lâmina de fluido desliza suavemente sobre outra. Ex. 22) Um escoamento turbulento geralmente ocorre em casos que envolvem (a) fluido muito viscosos (b) passagens muito estreitas ou tubos capilares (c) movimentos muito lentos (d) nenhuma das respostas anteriores Ex. 23) Um escoamento permanente ocorre quando a) as condições não variam com o tempo b) as condições são as mesmas em pontos adjacentes em qualquer instante c) as condições variam permanentemente com o tempo d) v/t é constante 30 Ex. 24) Um escoamento uniforme ocorre a) sempre que o escoamento for permanente b) quando v/t é nulo em qualquer ponto c) somente quando o vetor da velocidade permanece constante em qualquer ponto d) quando v/s = 0 Ex. 25) Uma linha de corrente a) é uma linha que liga os pontos médios das seções transversais do escoamento b) é definida somente para um escoamento uniforme c) coincide sempre com a trajetória da partícula d) é fixa no espaço, num escoamentopermanente 31 32 CAPÍTULO II ESTÁTICA DOS FLUÍDOS: PRESSÃO E MANOMETRIA Neste capítulo serão abordados temas relacionados à hidrostática. Cálculo da pressão estática, o estudo da manometria como medidores de pressão e outros temas importantes para melhor compreensão da engenharia. SUMÁRIO Aspectos Teóricos Conservação do Momentum ou Equação do Equilíbrio. Lei de Stevin. Biografia dos principais pesquisadores da área. Manometria. Experiências em Laboratório Pressão atmosférica ou Barômetro de Torricelli Mangueira de nível na Engenharia Aplicações na Engenharia Capilaridade da água: Mecânica dos Solos Intrusão salina no litoral: Hidrologia Mangueira de nível na construção civil Problemas propostos Referência bibliográfica 33 CONSERVAÇÃO DO MOMENTUM OU EQUAÇÃO DO EQUILÍBRIO A equação geral da Fluidostática é deduzida a partir da condição de equilíbrio para o fluido em repouso, ou seja; Da Lei de Newton, têm-se; Dt DV volmaF .. Fazendo, Vol F f Finalmente, teremos a equação do equilíbrio para uma função composta, do tipo; V = f(x,y,z,t) na qual a solução é dada pela derivada substantiva utilizando a regra da cadeia de derivação. Dt DV f Equação geral de Newton Estática dos fluídos – Primeira lei de Newton São para fenômenos nos quais o fluido permanece em repouso, ou seja, aceleração nula. f = 0 LEI DE STEVIN São para fenômenos os quais o fluido permanece em repouso, ou seja, com aceleração nula. Vale afirmar que as forças externas estão em equilíbrio. Podemos escrever que para uma massa fluida, as forças por unidade de volume serão: força de pressão (F = p.A) força peso (P = .vol) Logo, podemos escrever a lei de Newton do equilíbrio na forma abaixo: 34 0. gp Lembrando que é necessário conhecermos a natureza de e de g. Integrando a lei acima para o eixo dos y, tem-se: p = - .g dp/dy = - .gy dp = - .g.dy A lei acima terá a seguinte expressão, conhecida como Lei de Stevin para a pressão estática. dygdp .. 35 BIOGRAFIA: Simon Stevin (1548 - 1620) Matemático, mecânico e engenheiro militar, flamengo nascido em Bruges, a quem se deve a popularização do uso do sistema decimal de frações, o que viabilizou o uso divisionário das moedas, pesos e medidas em geral. . Filho ilegítimo de ricos cidadãos, pouco se sabe do início de sua vida. Sabe-se que depois dos vinte anos de idade viajou pela Noruega, Polônia e Prússia e, na volta, estabeleceu-se na atual Holanda. Passou a estudar em Leiden (1581) e dois anos depois entrou para a universidade local na qual, após formar-se, passou a ensinar matemática. Publicou De thiende (1585), de grande influência na engenharia, na prática comercial e na notação matemática e de grande popularidade na época. Foi nomeado para um poderoso posto no exército holandês (1593), por ordem do príncipe De Nassau, o que contribuiu para se tornar um grande engenheiro militar e assumir outros postos importantes no governo até sua morte, em Haia. Sua matemática foi sem dúvida valiosa para o desenvolvimento do algebrismo. Sua contribuição científica ao desenvolvimento da mecânica também foi notável. Na sua obra destacam-se três importantes publicações, todas editadas em Leiden e em holandês (1586): Princípios de estática, uma espécie de continuação dos trabalhos de Arquimedes (teoria da alavanca, centro de gravidade dos corpos, etc., e o teorema dos planos inclinados), Aplicações de estática e Princípios de hidrostática, uma notável contribuição ao estudo da hidrostática, entre outros assuntos, tratando sobre o deslocamento de corpos mergulhados em água e a explicação do paradoxo da hidrostática - pressão independente da forma do recipiente. Influenciado pelas teorias de Da Vinte, pesquisou o comportamento hidrostático das pressões, divulgando o princípio do paralelogramo das forças. Enunciou o princípio dos trabalhos virtuais (1608). Sua genialidade abrangia os mais variados campos do conhecimento, pois também escreveu pequenos tratados estabelecendo aplicações práticas de alguns princípios mecânicos, sobre acampamentos e fortificações militares, eclusas e barragens, a força dos ventos e moinhos de vento, astronomia copernicana, direitos civis e escalas musicais. Quadro 10 – Biografia Simon Stevin Fonte – www.sobiografia.hpg.com.br 36 Exemplo Exercício: Determinar o gradiente de pressão em relação ao eixo vertical y, para uma altura de 10 m; considerar o fluido compressível para uma densidade variando de acordo com a função: (y)=3y 2 +4y [kg/m3]. Supor gy= 9,81 m/s 2. Resp.:1,1772.104 N/m2 Solução: Aplicando a equação: dp = - gdy dyydp y 10 0 2 4381,9 Resposta p = 1,1772 N/m2 Condição de fluído incompreensível Incompressível é o fluído cuja densidade permanece constante, aplicando esta condição na equação anterior, teremos a equação para fluído incompressível; ou seja, dygdp .. Onde, = constante em relação a y g = constante (aceleração da gravidade) Integrando de y1 a y2 (diferenca de alturas), tem-se; y y dyg p p dp 2 1 2 1 .. p = g.y p2 - p1 = g(y2 - y1) 37 Quando, p1 = 0 p2 = p y2 - y1 = h teremos, p = .g.h ou, equação para a pressão efetiva (manométrica, medida, gage) ygp .. Onde, p = pressão = massa específica do líquido g = gravidade Pressão absoluta: É a soma da pressão efetiva com a pressão atmosférica local. Equação para a pressão absoluta: pabs. = pef. + patm. Considerando fluído compressível Compressível é o fluído cuja densidade pode variar com temperatura e/ou pressão. Hipótese A: condição isotérmica -Temperatura constante A pressão será calculada pela seguinte expressão: p = po . e (- h / RT) Onde, R = constante Universal dos gases T = Temperatura absoluta p = pressão final 38 po= pressão inicial h = altura entre os pontos de pressão final e pressão inicial. Hipótese B: condição adiabática - Temperatura variável A pressão será calculada pela seguinte expressão: p[( 1-k) / k] = po [( 1 - k ) / k ] - [( 1 - k) / k ] [(o. h) / po 1 / k] Onde, k = coeficiente adiabático, relacionado ao calor específico. (Tabelado) = peso específico dos gases. Exemplo 02 Traçar o diagrama de pressão devido à água (h=2,0 m) e a lama (h=0,5 m) no fundo e nas laterais, de acordo com a figura abaixo. Figura– problema resolvido sobre Lei de Stevin – perfil transversal de um rio Solução: p1 = 0 p2 = H20 . h = 1 000 . 2 = 2 000 Kgf/m2 39 p3 = p1 + p2 + L . hL = 0 + 2 000kgf/m2 + (1,5 . 1 000kgf/m3). 0,5 m p3= 2 750 Kgf/m 2 pressão no fundo, efetiva. Figura - diagrama de pressão – Lei de Stevin MANOMETRIA Um dos métodos convenientes para medir pressão consiste em determinar o deslocamento produzido pelo fluido no interior de uma coluna de um tubo transparente em forma de U - manômetro. Para medir pressões elevadas, normalmente, usa-se Mercúrio como fluído manométrico. A mangueira de “Nìvel de Pedreiro” é um Manômetro diferencial contendo água. Veremos no final deste capítulo. A figura abaixo mostra um esquema de um medidor manômetro.São dois tipos de manômetros: Manômetro Analógico ou Metálico 40 Manômetros diferenciais ou de Mercúrio Figura- Manometria - manômetro diferencial Roteiro de cálculo da pressão em manômetros diferenciais: No ponto “A” no interior da tubulação. Aplicando a equação (anterior) do Fluído Incompressível, teremos: No nível BC as pressões são iguais, pB - pC = ( yB - yC) yB = yC Logo, pB = pC No mesmo Nível. pB = pA + e . h1 e pC = patm. + m.h2 Igualando as equações, pA + e . h1 = patm. + m . h2 Logo, pA = patm. + m . h2 - e . h1 Equação da pressão absoluta ou, pA = m .h2 - e . h1 Equação da pressão efetiva. 41 Onde m = peso específico do fluído manométrico e = peso específico do fluído em escoamento 42 Exemplo 03 Calcule a pressão em A, no interior da tubulação, se a pressão em B vale 2,0 psi. Considere os dados da figura abaixo. (densidade relativa = 1,2) Figura 12 - Manometria -Tubulação com manômetro diferencial instalado Aplicando a equação para fluído Incompressível: pC = pD pC = pA + o . (10/12) pD=pB + Hg .(10/12) Igualando as equações; teremos, pA + o(10/12) = pB + Hg(10/12) pA = pB + (Hg - o) . 10/12 pA = pB + (dRHg - dRo) . 10/12 . água pA = 2,0 . 144 + (13,6 - 1,2) . 10/12 . 62,4 = 932,77 lb./ft2(ou psf) pA = 932,77 : 144 = 6,477 lb./in 2 (ou psi); pA = 6,477 . 0,07 Kgf/cm 2 = 0,4534 kgf/cm2 43 EXPERIENCIAS EM LABORATÓRIO 1. Pressão atmosférica pelo Barômetro de Torricelli 2. Nivelamento na construção civil pela mangueira de nível 1ª Experiência: Pressão Atmosférica Através do Barômetro de Torricelli Princípio A clássica experiência de Torricelli é reproduzida. A pressão atmosférica é expressa em altura (h= 760 mm a nível do mar) de coluna de mercúrio (13600 kg.m-3) em equilíbrio em uma cuba e um tubo transparente. Quando este experimento é realizado em Belo Horizonte, a altura da coluna de mercúrio será menor. A determinação desta altura é o objeto deste experimento. Aparato experimental: Cuba de vidro; Tubo cilíndrico de vidro transparente de 1,0 metros de comprimento fechado em uma das extremidades; Mercúrio; Escala graduada em milímetros e mesa de apoio para o experimento. Procedimento experimental 1. Preencher completamente com mercúrio o tubo de vidro. 2. Colocar mercúrio na cuba até uma altura para que seja possível mergulhar a ponta do tubo de vidro junto com um dedo. 3. Com um dado fechando completamente a extremidade aberta do tubo de vidro, emborcá-lo na cuba. 4. Uma vez mergulhado e completamente na vertical, liberar a extremidade imersa no mercúrio. 44 5. Utilizando a escala graduada em milímetro e com o tubo de vidro encostado em seu apoio, medir a distância entre a superfície livre do mercúrio na cuba e a parte superior do menisco de mercúrio no tubo de vidro. Experimentação Ler a altura do mercúrio no barômetro. Figura - Imagem do experimento do Barômetro de Torricelli Fonte: secundária 45 2ª EXPERIÊNCIA: Mangueira de Nível na Engenharia Princípio O principio físico empregado é o da Lei de Stevinl. Aparato experimental Mangueira de nível, transparente. Água pura. Trena. Giz. Procedimento experimental 1. Encher completamente a mangueira com água. 2. Antes de usá-la manter as extremidades tapadas. 3. Dois alunos um em cada extremidade, sendo que um marcará um ponto fixo e outro receberá este ponto através do nível da água na mangueira, o qual será marcado com giz. 4. Elaborar um croqui com medidas de comprimentos e alturas. 5. Demonstrar pela Lei de Stevin o princípio físico utilizado no nivelamento topográfico. 46 APLICAÇÕES NA ENGENHARIA Capilaridade da água: Mecânica dos Solos Intrusão salina no litoral: Hidrologia Mangueira de nível na construção civil 47 48 O FENÔMENO DA CAPILARIDADE Fonte: BAUER (1985) – Materiais de Construção A importância dos Fenômenos Capilares; Estradas: Na construção de pavimentos rodoviários. Assim, por exemplo, se o terreno de fundação de um pavimento é constituído por um solo siltoso e o nível freático está pouco profundo, a fim de evitar que a água capilar venha a prejudicar a estabilidade do pavimento a ser construído, tornam-se necessárias certas precauções, quer substituindo o material siltoso por outro de menor grau de capilaridade, quer construindo sub-bases adequadas. A Contração: dos solos é também explicada pelos fenômenos capilares. À medida que a água vai sendo evaporada, irão surgindo forças capilares, que aproximam as partículas. Essa pressão capilar, que cresce à medida que se evapora a água, explica desse modo, a contração dos solos durante o seu processo de perda de umidade. O efeito CAPILAR produz movimento da água em solos estreitamente compactados. É uma conseqüência da tensão superficial. Mergulhando tubos de pequenos diâmetros em um líquido com contato com o ar, a superfície do líquido junto à parede deixa de ser plana, para torna-se côncava e elevada se o líquido molha as paredes (água e vidro), e convexa e deprimida se o líquido não os molha (mercúrio e vidro). Ascensão ou depressão num tubo capilar é dada por: A força de tensão superficial na vertical deve suportar o peso da coluna de fluído. Aplica-se a condição de equilíbrio Newtoneano. F = 0 Tensão superficial (ascendente) – peso do volume (descendente) + força devida à pressão (ascendente) – força devida à pressão (descendente) = 0 d h . sen.4 Onde, 49 = tensão superficial da água, por unidade de linha de contato entre a água e o tubo. = ângulo de contato. Considera-se 90o para um tubo limpo. d = diâmetro, = peso específico do líquido Ou, para fins práticos: = 0,0764 g/cm = 0o Daí, a expressão para o cálculo da altura capilar máxima. Lei de Jurin: d h 306,0 max Com d em cm. A elevação (h) é inversamente proporcional ao diâmetro do capilar. Assim, nos solos finos (siltosos e argilosos), os quais têm vazios de diâmetro reduzido, a altura capilar será maior do que nos solos grossos (pedregulhos e arenosos); para os primeiros, h pode atingir valores da ordem de 30 m ou mais. Para estudos mais completo, o estudante deverá pesquisar em livros especializados sobre Mecânica dos solos. 50 INTRUSÃO SALINA NO LITORAL Fonte: CROSTA, Álvaro P. (2000) – Recursos Hídricos, No litoral, a água subterrânea e descarregada no mar sob condições normais, uma vez que o lençol freático mergulha em direção ao nível do mar (figura abaixo). As rochas submersas no mar geralmente possuem em seu interior água subterrânea salgada, derivada da água do mar. O limite entre a água subterrânea doce e água subterrânea salgada geralmente mergulha em direção ao continente a partir da costa, existindo uma cunha de água subterrânea salgada, de maior densidade, situada debaixo da água subterrânea doce, menos densa, situada debaixo do continente. Este fenômeno é chamado de intruso salina. A profundidade abaixo do nível do mar dessa interface entre a água subterrânea doce e salgada em qualquer local, h2, na figura, depende da altura do lençol freático acima do nível do mar, h1. Ao longo dessa interface, as pressões devidas à carga da água do mar mais densa e a água docemenos densa estão em equilíbrio. Em qualquer ponto da interface ou lente (por exemplo, no ponto de h2, na figura) a pressão devida a água salgada devera ser igual à pressão devida a água doce (Lei de Stevin). Figura 2 - perfil de uma intrusão salina ao longo do litoral. A escala vertical encontra-se exagerada. Fonte: Desenho – Prof. Milton. h2 = 40h1 Pressão da água doce = pressão da água salgada d.g.(h1+h2) = s.g.h2 Onde, d = densidade da água doce 51 s = densidade da água salgada g = aceleração da gravidade h1 = profundidade do lençol freático ao nível do mar h2 = profundidade da lente rearranjando a equação, para h2, h2 = [d/(s - d)].h1 Como d = 1000 kg/m 3 e s e tipicamente igual a 1025 kg/m 3, h2 = 40h1 Isso significa que se o lençol freático próximo ao litoral e , digamos, de 5 metros acima do nível do mar (h1 = 5 metros), então h1 + h2 = 5 + (40x5) = 205 metros e, portanto, a água subterrânea salgada deve ser encontrada a uma profundidade de 205 metros abaixo do lençol freático. Se as densidades da água doce e salgada variar, da mesma forma irá variar a razão de 40 para 1 de h2 para h1. Isso pode ocorrer nos locais onde a água salobra forma a interface com a água doce. A interface entre água subterrânea doce e salgada não e, geralmente uma zona, com pelo menos alguns metros de espessura, em que as águas doce e salgada se misturam. A água nessa zona é menos salgada do que na água do mar, isto e, trata-se de uma água salobra. O nível do mar sobe e desce com as marés, e ocorre uma variação na taxa de descarga da água subterrânea doce no mar. Esses fatores acarretam mudanças na posição dessa interface e podem causar a mistura de água doce e salgada. Intrusões salinas podem se tornar um problema nos locais em que grandes quantidades de água doce são extraídas dos terrenos próximos ao litoral. Sob condições normais, a água subterrânea doce e descarregada no mar, mas se a água subterrânea for abstraída em excesso em regiões próximas a costa, a água subterrânea doce e impedida de descarregar no mar e água subterrânea salgada penetra por baixo do continente. Se o nível do lençol freático for rebaixado devido as altas taxas de abstração (se h1 for reduzido), de modo que os poços podem eventualmente vir a ser preenchidos por água salgada, tornando-se imprestáveis 52 para o abastecimento de água doce. Esse tipo de problema pode se tornar grave em ilhas de pequenas dimensões, conde existem normalmente corpos de água subterrânea, formato de lentes, devido às intrusões salinas ao redor da ilha (ver figura a seguir). Figura 3 - Intrusões salinas ao redor do litoral de uma ilha, produzindo um corpo de água doce em formato de lente embaixo da ilha. Fonte: Desenho – Prof. Milton 53 MANGUEIRA DE NÍVEL NA ENGENHARIA Fonte: secundaria Se você quiser saber se o piso da sua cozinha está em nível, faça o seguinte: arranje uma mangueira de plástico transparente e encha-a de água. Coloque as suas extremidades em dois cantos da cozinha e marque, com um lápis, o nível da água. Meça, com um metro ou uma fita métrica, a altura de cada nível da água. Se as duas alturas forem iguais, é porque o piso está no nível certo. Figura - Uso da mangueira de nível na construção civil - Fonte: secundaria Princípio físico utilizado na mangueira de nível; Pode-se classificar o fluído quanto a sua variação de densidade em compressível: o fluído que pode variar sua densidade com a temperatura e/ou pressão exemplo, os gases. E, incompressível os fluídos líquidos, como por exemplo, a água. Como sabemos na mangueira de nível usa-se água no seu interior, para esse fim. Quando as duas pessoas estão segurando em cada extremidade, é importante mantê-las abertas ao ar atmosférico; pois, com isso, está assegurado que a pressão numa extremidade é igual na outra. Logo, a água das extremidades está nivelada; pois, num mesmo nível as pressões são iguais, de acordo com a Lei de Stevin. ygp .. Lei de Stevin, Onde, p = variação de pressão 54 = massa específica do líquido g = gravidade y = altura da coluna do líquido O fenômeno da mangueira de nível e explicado pelo equilíbrio de pressões num determinado ponto, ou seja, a pressão em (A) será igual a pressão em (B) pA = pB (a mangueira devera estar aberta ao ar atmosférico) Aplicando na Lei de Stevin yg ..0 y0 Logo yA = yB Conclusão Os pontos A e B estão no mesmo nível. 55 PROBLEMAS PROPOSTOS Pressão barométrica Ex. 01) Calcule a pressão barométrica em psi a uma altitude de 4 000 ft se a pressão ao nível do mar é de 14,7 psi. Considere isotérmica a 70 oF. Resp.: 12,7 psi. Ex.02) Um barômetro acusa 30 in de Hg. a) Qual é a pressão atmosférica? b) Qual é a pressão efetiva no fundo de uma piscina de 10 ft de profundidade? c) Qual é a pressão absoluta neste local? d) Traçar o diagrama de pressão efetiva no fundo e nas laterais. Gradiente de pressão Ex. 03) Calcular o Gradiente de pressão em relação ao eixo vertical y, para uma altura de 10 m; considerar o fluido compressível para uma densidade variando de acordo com a função: (y)=3y 2 + 2y + 8 [kg/m3]. Supor gy=10 m/s 2.Resp: 1,18.104 N/m2 Ex. 04) Determine a pressão absoluta a uma profundidade de 6,0 m abaixo da superfície livre de um volume de água. Se um barômetro indica 760 mm de Hg. Resp.: 1,6 . 104 kgf/m2. Manometria Ex. 05) Determine a pressão manométrica em A devida à deflexão do mercúrio, no manômetro U mostrado na figura abaixo. Resp: 25 200 N/m2. 56 Figura – Manometria – problema proposto, manômetro diferencial em U. Ex. 06) Um óleo de densidade 0,750 escoa através de um bocal indicado na fig. abaixo e causa a deflexão do mercúrio no manômetro U. Determine o valor de h se a pressão em A é de 1,5 kgf/cm2. Resp.: 1,21m Figura – Manometria – problema proposto, manômetro diferencial em U, instalado. Fonte: secundaria Ex. 07) Um manômetro diferencial é colocado entre as seções A e B em um tubo horizontal, no qual escoa água. A deflexão do mercúrio no manômetro é 576 mm, o nível mais próximo de A sendo o mais baixo deles. Calcular a diferença de pressão entre as seções A e B em kgf/m2. Resp.: 7250 kgf/m2. 57 Lei de Stevin (pressão estática) Ex. 08) Um reservatório está cheio de água, cujo nível encontra-se na Elevação 750 m. Em seu fundo há uma válvula para seu esvaziamento, cujo eixo encontra-se na Elevação 745 m. Nestas condições, e sabendo-se que o datum é o nível do mar (Elevação 0,00m), pode-se afirmar que a carga de pressão efetiva (piezométrica) de um ponto localizado na superfície líquida do reservatório é igual a: a) 0,00 m c) 745 m b) 5,00m d) 750m Ex. 09) Determinar o esforço resultante que atua sobre uma válvula borboleta de diâmetro igual a 800 mm, situada na cota 360,00m em relação à profundidade, num reservatório de água cuja superfície livre está na cota de Elevação 400,00m. Resp.: 197 141,8 N Ex. 10) (Determine a pressão em uma profundidade de a) 6,0 m de água; b) h = 1,0 m; c)h = 1,0 m de óleo de d = 0,8. Ex. 11) Que profundidade de óleo, densidade 0,750, produzirá uma pressão de 28 N/cm2. Resp. 38,06 m. b) Qual a profundidade em água? Resp.: 28,5 m. Ex. 12) Determinar a pressão atmosférica a nível do mar onde hHg = 760 mm. Resp.: 101321,604 N/m2. Outros: Ex. 13) Considerando o tanque da Figura com óleo (d=0,8)e água. Determine as pressões efetiva e absoluta nos pontos 1, 2 e 3. Considere a pressão atmosférica 1,0kgf/cm2. 58 Ex. 14) Se um manômetro de uma caldeira indica 4,12atm e se a pressão atmosférica local é dada por um barômetro que marca 700 mm de mercúrio, calcular (em atm) a pressão absoluta na referida caldeira. Ex. 15) Realizando-se a experiência de Torricelli em Belo Horizonte, obteve-se a medida de 690 mm para coluna de mercúrio. Calcular a pressão atmosférica local em kgf/cm2. Ex. 16) No alto de um prédio há um reservatório que fornece água a diversas peças, inclusive a uma torneira. Esta se encontra a 18m abaixo da superfície livre do reservatório. Calcular a pressão da água ao nível da torneira (suposta fechada). Dar a solução em atm, em kgf/m2 e em kgf/cm2. Ex. 17) No esquema da Figura ao lado, determinar: (a) a carga total efetiva do sistema, quando o nível do mar é tomado como datum (plano de referência); (b) a carga total absoluta do sistema, admitindo que a pressão atmosférica absoluta seja igual a 1 kg/cm2 em relação ao mesmo datum; (c) as cargas de posição e piezométricas dos pontos A e B; (d) as leituras, kgf/cm2, que seriam fornecidas por manômetros que fossem instalados em A e B. 59 Ex. 18) A água que abastece uma indústria é inicialmente encaminhada até um reservatório principal cujo nível máximo encontra-se na elevação 450m. Daí ela é encaminhada até um reservatório intermediário, cujo nível d‟água encontra-se 5,00m abaixo do nível máximo do primeiro. Esse último reservatório abastece um hidrante, instalado na elevação 430,0m. Qual pressão d‟água nesse hidrante? Ex. 19) Para se conhecer a altitude do ponto mais baixo de uma adutora que abastece, por gravidade, uma cidade, fechou-se o registro existente em sua extremidade de jusante e instalou-se em manômetro naquele local. O manômetro indicou a pressão de 5,0 Kgf/cm2. Sabendo-se que o nìvel d‟água na extremidade de montante da adutora encontrava-se, naquele momento, na altitude 385m. Calcule a altitude do ponto mais baixo da adutora. Ex. 20) Um tubulão a ar comprimido está sendo escavado no interior do leito de um rio. Sabendo-se que o fundo do tubulão encontra-se a 20 metros de profundidade e que, desse total, os 5 últimos metros são constituído de uma camada de lodo, cuja densidade relativa é igual a 1,3. Qual pressão que deve ser introduzida no interior do tubulão para mantê-lo seco? Ex. 21) No esquema da Figura ao lado, o peso do êmbolo (A) é 3000kgf e o do êmbolo (B) é 200kgf. O Líquido contido entre os êmbolos é óleo de peso específico 850 kgf/m3. Pergunta-se: Há equilíbrio nesta instalação? Se não houver, em que êmbolo deve ser aplicado uma força vertical para baixo de modo a restabelecer o equilíbrio e qual deve ser o valor desta força? 60 Ex. 22) Em certo instante, o manômetro metálico, instalado na entrada de uma bomba, registra o vácuo (ou sucção) de 262 mm de mercúrio. Obter: I) a pressão efetiva (em mca e em kgf/cm2); II) a pressão absoluta (em kgf/cm2). Considerar a pressão atmosférica 1,0kgf/cm2. Ex. 23) Um manômetro de mercúrio é instalado na entrada de uma bomba, figura ao lado. Mede-se a deflexão do mercúrio, encontrando-se (hm=0,4m). Determinar as pressões efetiva e absoluta no eixo da tubulação de sucção sendo (Hg=13600 kgf/m3) e o líquido succionado a água (água=1000kgf/m 3). Considere (Patm abs=1,0 kgf/cm2). 61 Ex. 24) Um manômetro de tubo em U está conectado, através de orifícios, à placa indicada na figura abaixo. Considerar o peso específico do ar desprezível. a) Para p1 = 45 psi e p2 = 32psi, determine densidade relativa do fluido do manômetro. b) Se o fluido do manômetro for o mercúrio e se p1 = 60 psi. Determine a pressão manométrica p2. Ex. 25) Um encanamento de eixo horizontal contém água sob pressão e está ligado a um tubo em U, cujo líquido manométrico é o mercúrio da Figura, ficando sua superfície livre em nível com eixo do encanamento. Sendo h = 74 mm a deflexão do Hg, calcular a pressão efetiva em B (em kgf/m2, kgf/cm2 e mca) Ex. 26) Em um tubo vertical há óleo (d = 0,92) em situação estática, isto é, sem escoar, Figura abaixo. Determinar a pressão (em Kgf/cm2) que se lê no manômetro metálico instalado em C. 62 63 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, J.NOVAIS. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica Geral Vol. I e II. 1985. Porto Editora Ltda. Lisboa, Portugal. BRUNETTI, FRANCO. Curso Mecânica dos Fluidos. 2a ed. 1985. Apostila. São Paulo. SP. FOX, ROBERT W. E MCDONALD, ALAN T. Introdução a Mecânica dos Fluidos – Purdue University 1 998, 4a edição revista , LTC Rio de Janeiro Brasil. GILES, R.V. Problemas de Mecânica dos Fluidos - S.P. Schaum Editora Santuário SCHIOZER, DAYR. Mecânica dos Fluidos. 2a ed.1996. Editora LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ. SMITH, ª J. WARD. Internal Fluid Flow. 1980. IANA, MARCOS ROCHA. Mecânica dos Fluidos para Engenheiros. 3a ed. 1998 – UFMG 64 CAPÍTULO III EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE – VAZÃO PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA MASSA Equação da Continuidade na sua forma diferencial e integral. 65 66 INTRODUÇÃO Na análise e nos projetos de bombas, turbinas e muitos outros dispositivos hidráulicos, o conhecimento das forças exercidas, bem como os princípios da conservação da física são de grande importância no estudo do movimento dos fluidos. São eles: Principio da Conservação da Massa: Equação da Continuidade gerando a Equação da Vazão. Principio da Conservação da Energia: Equação de Euler gerando o Teorema de Bernoulli. Principio da Conservação da Quantidade de Movimento: 2a Lei de Newton: Na aerodinâmica: Força de Arrasto, Força de Sustentação. Na hidrodinâmica: Força do Jato, Empuxo em curva e reduções. DESCRIÇÃO DE UM CAMPO DE ESCOAMENTO No estudo de fluxos seja ele de calor, elétrico ou de massa é comum idealizar um volume de controle do espaço, objetivando determinar quantidades que atravessaram o mesmo. Em transferência de calor 1,0 m2 de alvenaria com espessura “x” pode ser um volume de controle, para aplicar a Lei de Fourier. Na física moderna uma superfície fechada (Gaussiana) é utilizada para calcular o fluxo elétrico pela Lei de Gauss. Na descrição de um campo de escoamento são utilizadas linhas imaginárias - Linhas de corrente - no estudo dos Fenômenos de Transporte. Um feixe de linhas caracteriza o tubo de corrente que define o volume de controle. Aplicando-se o princìpio da conservação da densidade “J” de fluxo de temperatura, concentração mássica, velocidade, para uma simulação matemática, tem-se a equação diferencial, que governa o fenômeno da Transferência de Calor, Massa e da Quantidade de Movimento. Equação geral da continuidade, apresentada nos capítulos anteriores; 67 0 ' t P EJ q A Variação da densidade “J” de um fluxo através do volume de controle + Grandeza “q” representando um ganho ou uma perda, no interior do volume de controle + Variação da Energia no tempo = terá que ser igual a zero. SIMPLIFICAÇÃO DA EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE; Considerando fluxo permanente. Ou seja, para uma condição permanente e conservativa(sem variação de energia) do sistema têm-se: 000 J A equação geral, na sua forma reduzida (ou simplificada), ficará; ·. J = 0 Aplicando a equação da continuidade para um campo de velocidade, tem-se; A Lei geral da conservação do campo de velocidade ficará; (.V) = 0 Ou, (.V)A = 0 E, fazendo, = operador matemático J = q/A (fluxo por unidade de área) q = .V (campo de velocidade) = densidade absoluta V = velocidade de escoamento 68 Equação da Continuidade na forma diferencial para fluido incompressível ( = constante); Da equação anterior e considerando a densidade absoluta como uma constante, tem-se; 0 k z w j y v i x u Ou, em função da área transversal, tem-se; 0... Ak z w Aj y v Ai x u 5.3.2 Equação da Continuidade na forma integral; Aplicando a mesma equação anterior em apresentação na forma integral, tem-se; CS dAnV 0... Onde, = densidade absoluta ou massa específica V = velocidade n = vetor normal ou versor A = área A da superfície de controle CS = Superfície de controle. V Figura de uma SC 69 Exemplo Ex. (1). Calcular o fluxo hidráulico no interior de uma tubulação, se a V= 16 r2 [i], [m/s]. O raio do tubo vale 20 cm. Solução esperada: Equação da continuidade, CS dAnV 0... Sendo, dA = r.dr.ds em coordenadas cilíndricas Área (A) v = 16r r r eixo X Figura 15 – Seção longitudinal de uma tubulação - variação da velocidade Resolvendo a equação da continuidade, tem-se; dQ = |V|.|1|.cos 0.dA Q = 16r2|i.|1|i.1.r.dr.ds Q = 16r2.r.dr.ds = 16r3.dr.ds Q = C.ds Onde, C = 16r3.dr C = 16[r4/4]0,2 C = 4[0,2]4 = 0,0064 70 Integrando ds, tem-se; Q = 0,0064ds, ds variando de 0 a 2 rad Resposta: Q = 0,04 m3/s RESOLVENDO PELA HP-48 Fazendo, dA = rdr.ds dQ = 16r3.dr.ds Nos intervalos: 0 s 6,28 e 0 r 0,2 [Roxa] [ENTER] [] [Q] [Roxa] [0] (sinal de =) [Verde] [cos] [0] [] [6,28] [] [Verde] [cos] [0] [] [0,2] [] [16] [x] (vezes) [] [Roxa] [r] [yx] [3] [] [] [] [Roxa] [R] [] [] [] [s] [] Para obter a resposta: [EVAL] [EVAL] [EVAL] Q = 0,04 m3/s 71 Exemplo Ex. (2). Resolver o exercício anterior, considerando a V= 4r [i][m/s] - Resp.: Q = 0,05 m3/s Espaço para a solução: 72 VAZÃO EM CONDUTOS FORÇADOS Fazendo a equação igual à vazão mássica, tem-se; .V.n.dA = M (= vazão mássica) E, sua apresentação na forma integral, será; CS M 0 Aplicando-a desde A até B, no interior da tubulação, onde o fluido escoa, tem-se; M2 - M1 = 0 Ou, M1 = M2 = Constante Conclusão.: Para um sistema conservativo, a vazão não varia; contudo, a velocidade poderá variar, em função da área da seção transversal do tubo. Figura 16 – Seção longitudinal de um tubo - equação da vazão 73 RESUMO DAS FÓRMULAS PARA DETERMINAÇÃO DA VAZÃO; Equação da Vazão Mássica em Kg/s M = 1.A1.v1 =2. A2.v2 Equação da Vazão em Volume em m3/s Q = A1.V1 = A2.V2 Equação da Vazão em Peso em N/s G= .Q Onde, G =vazão em peso, em Kgf/s ou N/s = peso específico do fluido, em kgf/m3 ou N/m3 Q = vazão em volume, em m3/s A = área transversal do tubo = densidade absoluta ou massa específica 74 Exemplo Ex. (03) Determinar a vazão em volume, quando a água escoa no interior de um tubo de diâmetro igual 100 mm com uma velocidade de 10 m/s. Solução; Q = A.v Q = [3,14.(0,1)2 /4].10 = 0,0785 m3/s = 78,5 litros/s Ex. (04) Qual a vazão em peso do ar, quando ele escoa no interior de um tubo de diâmetro igual a 100 mm, com uma velocidade de 10 m/s. Considere o peso específico do ar igual 1,2 kgf/m3. Solução; G = .Q G = 1,2 . 0,07 = 0,09 kgf/m3 75 APLICACOES NA ENGENHARIA 1. Coeficiente de permeabilidade do solo: Hidrologia, Mecânica dos Solos e Estradas 2. Taxa de infiltração no solo: Hidrologia e Mecânica dos Solos 3. Vazão do rio: Hidrologia 4. Vazão em condutos forçados: Hidráulica COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE (k) DO SOLO – LEI DE DARCY - ENSAIO DE LABORATÓRIO Fonte: Garcez e Acosta – (1988) - Hidrologia Permeabilidade é a propriedade dos solos que indica a maior ou menor facilidade que os mesmos oferecem à passagem da água através de seus vazios. E, é numericamente expressa pelo “coeficiente de permeabilidade, k” cujo conhecimento é importante para o movimento da água no solo. Solo impermeável é quando k 10-8 cm/s Argila Concreto de alto resistência ou mármore, k 10-12 cm/s A determinação experimental do coeficiente de permeabilidade, k foi obtida em 1856pelo Eng. Francês Henry Darcy, por meio da seguinte experiência: Ele observou que numa determinada amostra de solo submetida a um fluxo laminar a vazão (Q) era proporcional ao produto da área A da seção da amostra, medida perpendicularmente ao fluxo, pela relação H/L, denominada gradiente hidráulico (i). Ou seja; Q A.(H/L) Chamando, = coeficiente de proporcionalidade E, fazendo = k = coeficiente de permeabilidade do solo Tem-se; 76 Q = k. A.(H/L) Lei de Darcy para percolação laminar Ou, Q = k.A.i E, V = k.i Figura - Imagem do permeâmetro de coluna variável - Fonte: secundária 77 Exemplo: Numa sondagem de solo a percussão concomitantemente foi efetuada um ensaio de percolação para determinar o coeficiente de percolação, k do solo (utilizado tanto em Hidrologia quanto em Mecânica dos Solos). Deve-se manter o furo do solo permanente cheio com água durante um intervalo de tempo. Pois, a vazão que entra (água adicionada pelo laboratorista) deverá ser igual à vazão que irá percolar no solo. Foi iniciado após a saturação do solo. Considere o diâmetro do furo no solo igual 6,35 cm. De acordo com o quadro abaixo, pede-se para determinar o coeficiente de permeabilidade k do solo. No de Ord. Hora Tempo (min) Volume (litro) 1 11h05min 0 - 2 11h06min 1 0,370 3 11h07min 1 0,370 4 11h08min 1 O,320 5 11h09min 1 0,320 6 11h10min 1 0,280 7 11h11min 1 0,290 8 11h12min 1 0,280 9 11h13min 1 0,260 10 11h14min 1 0,250 11 11h15min 1 0,290 - 10 3,030 Quadro – Ensaio a percussão para percolação da água no solo Fonte: secundaria Nota: Considere: y1 = 50 cm; y2 = 2,0 m e L = 3,0 m. 78 Figura da Sondagem à percussão; Y1 Tubo Y2 h Solo L Figura – sondagem para percolação da água Fonte: secundaria Solução; Da Lei deDarcy Q = k. A.(H/L) = (3,03.10-3 m3/10.60 seg) = k. [3,14 (6,35.10-2)2 / 4].2,5/3,0 Resposta; k = 1,91.10-3 m/s = 1,91.10-5 cm/s Q (vazão adicionada) Q (vazão que sai por percolação) 79 TAXA DE INFILTRAÇÃO DO SOLO – INFILTRÔMETRO, ENSAIO DE CAMPO. Fonte: Garcez e Acosta – (1988) - Hidrologia O infiltrômetro consiste basicamente de dois cilindros concêntricos e um dispositivo de medir volumes da água aduzida ao cilindro interno. Tubos curtos de 200 mm a 1,0 metros de diâmetro cravados verticalmente no solo, de modo que fique uma pequena parte livre (altura). A água infiltrada no solo deverá ser reabastecida pelo laboratorista; ou seja, a VAZÃO que sai deverá ser igual à VAZÃO que entra. O estudo da infiltração do solo é de grande utilidade em Hidrologia, Mecânica dos Solos e Meio Ambiente. Solo D Figura - infiltrômetro no solo Fonte: secundaria Determinação da taxa de infiltração (f); Da equação da vazão, tem-se; Q = A.V V = Q/A Fazendo V = f (taxa de infiltração, em m/s), tem-se, portanto, a equação da taxa: f = Q/A Exemplo; Q(entra) Q(sai por infiltração) 80 Quadro do volume de água consumida Hora Tempo (min) Volume (litros) 10h00min 0 - 10h01min 1 0.22 10h02min 1 0.22 10h03min 1 0,19 10h04min 1 0,19 10h05min 1 0,18 TOTAL 5 1,00 Quadro – volume de água consumida no solo – infiltrômetro Fonte: secundaria Pede-se: Calcular a taxa de infiltração (f) do solo em cm/s; Solução: De, Q = Volume/Tempo Tem-se; Q = 1,0 litro / 5 min = 0,200 litros/seg. = 0,2.10-3 m3/s A = 3,14(0,2)2 / 4 = 0,0314 m2 f = Q/A = 0,2.10-3 / 0,0314 m2 = 6,36.10-3 m/s = 6,36.10-5 cm/s 81 VAZÃO DO RIO – HIDROLOGIA Fonte: Garcez e Acosta – (1988) – Hidrologia L1 L2 L3 L4 L5 V20% Sendo: Pa Pp L= largura V80% P= profundidade Figura – Seção transversal do rio – descarga. Fórmula da descarga (vazão) iiVAQ Teoria básica para descarga em rio; Fórmula da descarga (vazão) iiVAQ 2 0 080 0 020 VV V 2 pp p pa m LpA imi i. Seção Trans- versal do Rio 82 PROBLEMAS PROPOSTOS EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE SIMPLIFICADA - VAZÃO Ex. (01) Quando 30 litros/seg. escoam através de um tubo de 200 mm de diâmetro, que depois é reduzido para 100 mm, quais serão as velocidades em cada tubo? Resp.: 0,955 m/s e 3,82 m/s respectivamente. Ex. (02) Em um tubo de 0,150 m escoa ar sob uma pressão manométrica de 0,2 MPa e uma temperatura de 27 oC. Se a pressão barométrica for de 0,1 MPa e a velocidade for de 3,0 m/s, quantos quilos de ar pôr segundo estarão escoando? Resp.: 0,181 kg/s. Ex. (03) Qual o menor diâmetro de um tubo necessário para transportar 0,101 kg/s de ar com uma velocidade máxima de 6,0 m/s? O ar está a 27 oC e sob uma pressão de 0,2 MPa absoluta. Resp.: 0,153 m ou 153 mm. Ex. (04) Qual a vazão em litros/s, quando um tubo enche de água um tanque cúbico de 1,5 m de altura, em 10 minutos? Ex. (05) Verificar se a equação da continuidade para fluido incompressível em escoamento permanente é satisfeita quando as componentes da velocidade são expressas pôr: u = 2x2 - xy + z2 v = x2 - 4xy + y2 w = -2xy - yz + y2 Resp.: Satisfaz. Ex. (06) Para encher uma garrafa plástica de um litro com a água de um bebedouro, consumiram-se 20 segundos. Calcular a vazão desse aparelho em L/s, m3/s e ft3/s. 83 Resp.: 0,05L/s; 5 . 10-5 m3/s; 1,76 . 10-3 ft3/s Ex. (07) Debaixo de um chuveiro coloca-se um balde com 6 litros de capacidade. Aberto o registro do chuveiro, na posição normal para um banho, mede-se o tempo de 30 segundos para se encher o balde. Obter a vazão desse chuveiro em L/s, m3/s e ft3/s Resp.: 0,2 L/s; 2 . 10-4m-3/s; 7,06 . 10-3ft3/s Ex. (08) Uma tubulação conduz 2400 litros de água por segundo. Determinar seu diâmetro para que a velocidade do líquido não ultrapasse 2m/s. Resp.: D >= 1,236m Ex. (09) Em um determinado projeto industrial estabelece-se que U deve ser maior ou igual (>=) a 1,2 m/s, a fim de evitar a deposição de algumas partículas sólidas em suspensão (o que ocorreria sob velocidade muita baixas). Fixada a vazão em 0,06 m3/s, calcular o diâmetro máximo da tubulação. Resp.: D <= 0,252m Ex. (10) Mantendo a vazão Q e substituindo a tubulação de diâmetro D1 por outra de diâmetro D1/2, mostrar que a velocidade U fica quadruplicada. Ex. (11) Em um certo projeto estabelece-se, como velocidade média do líquido, o valor máximo de 4m/s. Escolhendo tubos com diâmetro D = 600mm, obter a vazão máxima (em m3/s). Resp.: Q = 1,13m3/s Ex. (12) A água escoa através de um conduto de raio r = 0,3m figura abaixo. Em cada ponto da seção transversal do conduto, a velocidade é definida por v = 1,8 – 20x2, sendo x a distância do referido ponto ao centre O da seção. Calcular Q. Resp.: Q = 0,254m3/s 84 Ex. (13) Com o raio do tubo e vazão em volume do problema anterior e com = 1000 kg/m3, e g = 9,81m/s2 calcular: a) a vazão em peso Resp.:QP = 2491,74 N/s b) a vazão em massa Resp.: QM = 254Kg/s c) velocidade média do escoamento. Resp.: V = 0,9m/s Ex. (14) Água que escoa através da bifurcação mostrada na figura ao lado. Qual a velocidade na seção 3 para escoamento unidimensional (isto é, escoamento onde as propriedades do fluído podem ser espessas em termos de uma coordenada de espaço e tempo). Resp.: V3 = 0,93 m/s Figura do problema Figura do problema 12 85 Ex. (15) Em um edifício de 12 pavimentos, a vazão máxima provável devida ao uso de diversos aparelhos, em uma coluna de distribuição de 60 mm de diâmetro, é de 7,5L/s. Determinar a velocidade de escoamento. Resp.: V = 2,65m/s Ex. (16) Um tubo de 6" transporta 2,87 ft3/s de água. O tubo ramifica-se em 2 tubos, um de 2" de diâmetro e o outro de 4" de diâmetro. Se a velocidade no tubo dê 2" é 40 ft/s, qual é a velocidade no tubo de 4"? Resp.: 22,9ft/s Ex. (17) Quando 1800 l/min escoam através de um tubo de 200 mm de diâmetro, que mais tarde é reduzido para 100 mm, quais serão as velocidades médias nos dois tubos? Resp.: 12,5m/s 86 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, J.NOVAIS. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica Geral. Vol. I e II. 1985. Porto Editora Ltda. Lisboa, Portugal. FOX, ROBERT W. E MCDONALD, ALAN T. Introdução a Mecânica dos Fluidos – Purdue University 1 998, 4a edição revista, LTC Rio de Janeiro Brasil. GILES, R.V. Problemas de Mecânica dos Fluidos – S.P. Schaum Editora Santuário. SCHIOZER, DAYR. Mecânica dos Fluidos. 2a d.1996. Editora LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ. SHAMES, IRVING HERMAN, Mecânica dos Fluidos. Editora Edgard Blucher, 1973. São Paulo. Ed. Universidade de São Paulo. VIANA, MARCOS ROCHA. Mecânica dos Fluidos para Engenheiros. 3a d. 1998 – UFMG 87
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