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DIREITO PENAL

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FURTO SIMPLES 
Art. 155 Caput – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel; 
 
O elemento subjetivo do furto é o dolo de subtração (“animus furandi”). 
Ação penal incondicionada: não depende de representação da vítima. 
O furto é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, exceto 
pelo proprietário. 
Não admite forma culposa 
 
CAUSA DE AUMENTO DA PENA (FURTO MAJORADO) 
Furto durante repouso noturno: o § 1º do art. 155 
A doutrina intitula a hipótese de furto circunstanciado, hipótese de aumento 
aplicável somente ao furto simples, do “caput”. 
 
FURTO PRIVILEGIADO 
 
Ser primário e objeto de pequeno valor § 2º do art. 155 (redução de pena) 
 
FURTO QUALIFICADO 
 
- Destruição ou rompimento de obstáculo. 
- Abuso de confiança – a empregada que tem a chave da casa do patrão – 
- Mediante fraude: quem se passa pelo carteiro, para adentrar a casa. 
-Escalada: roubo ao banco central 
-Destreza: mão leve, a vítima não percebe a subtração. 
 
Atenção: Destruição ou rompimento de obstáculo - Escalada – Destreza 
(são de natureza objetiva) 
 
 Abuso de confiança - Mediante fraude (são de natureza objetiva) 
 
SUMULA 511 STJ “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 
2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem 
presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora 
for de ordem objetiva.” 
 
Qualificadora de ordem subjetiva é a que pertence à esfera interna do agente, 
enquanto a objetiva é a atinente ao fato praticado, e não ao aspecto pessoal 
do agente. As qualificadoras objetivas dizem respeito ao meio de execução. 
 
Atenção: quebrar o vidro do carro para subtrair o celular – furto qualificado 
rompimento de obstáculo. No entanto, quebrar o vidro do veículo para subtrair 
o próprio veículo, crime simples - não há rompimento de obstáculo. 
 
Atenção: Pegar o veículo para fazer teste drive – furto mediante fraude 
 
ADMITE TENTATIVA - Por se tratar de crime plurissubsistente, a tentativa é 
perfeitamente possível quando o agente, iniciada a execução, não se consuma 
por circunstâncias alheias à vontade dele. 
 
 
→ Não confunda causa de aumento com qualificadora. Nas causas de 
aumento, pega-se a pena prevista para o delito e aumenta-se de determinada 
fração. Um bom exemplo é o furto noturno, do § 1º do art. 155: a pena do furto 
simples, de um a quatro anos, é aumentada de um terço. Nas qualificadoras, a 
lei traz penas mínima e máxima próprias, distintas da forma simples. O § 4º do 
art. 155 é o exemplo perfeito: a pena mínima é de dois anos e a máxima é de 
oito anos. 
→ “Ladrão que rouba ladrão”: dois ou mais agentes praticam um furto, e algum 
(ou alguns) deles subtrai a coisa furtada. Neste caso, o sujeito passivo 
continuará sendo o proprietário ou o legítimo possuidor da coisa furtada, e não 
os demais envolvidos no crime. 
Quanto à consumação - é unânime o entendimento de que o furto se consuma 
no momento em que já a inversão da posse da coisa: “Os Tribunais Superiores 
firmaram entendimento no sentido de que, para a consumação do delito de 
roubo, assim como no de furto, não é necessária a posse mansa e pacífica do 
bem subtraído, sendo suficiente a inversão da posse, adotando-se, portanto, a 
teoria da apprehensio ou amotio.” Por ser crime material, é essencial, para a 
sua consumação, que se alcance o resultado naturalístico, consistente na 
efetiva diminuição patrimonial da vítima. 
 
 
→ Fique atento! Se o agente hipnotiza ou entorpece (ex.: “Boa Noite Cinderela”) 
a vítima para, em seguida, subtrair os seus bens, o crime será o roubo. 
O roubo pode se dar tanto pela violência própria, quando há o emprego de força 
física, quanto pela imprópria, quando o agente reduz a impossibilidade de 
resistência da vítima. 
Contudo, se a vítima tiver provocado a debilidade voluntariamente, por ato 
próprio, sem influência do agente, e este, aproveitando-se do momento, 
subtrair os seus bens, o crime será o de furto. 
 
→ Atenção: o funcionário público que subtrai dinheiro, valor ou bem, público ou 
particular, ou concorre para que seja subtraído, valendo-se de facilidade 
proporcionada pela qualidade de funcionário, pratica o crime de “peculato-
furto”, previsto no art. 312, § 1º, do CP. 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E O FURTO PRIVILEGIADO - apague de 
sua cabeça a ideia de que, sempre que a res furtiva for de pequeno valor, o 
princípio da insignificância será aplicado. Não é porque o agente furtou uma 
galinha ou um chocolate que deverá, obrigatoriamente, ser afastada a 
tipicidade de sua conduta. Há uma série de requisitos para que se reconheça 
o crime de bagatela, e um deles diz respeito ao valor do objeto subtraído, tema 
de extrema relevância para a distinção do furto privilegiado, do art. 115, § 2º, 
do CP, da conduta materialmente atípica, na hipótese de insignificância. No 
entanto, para a compreensão do tema, faremos um breve estudo introdutório: 
 
→ Para a teoria tripartida, o crime é composto por três elementos: a) fato típico; 
b) ilicitude; c) culpabilidade. Para que uma conduta seja considerada crime, 
devem estar presentes os três elementos, cumulativamente. O primeiro 
substrato, o fato típico, é composto por: conduta, resultado, nexo causal e 
tipicidade. Para o nosso estudo, só importa a TIPICIDADE, que é dividida em 
formal e material: 
a) TIPICIDADE FORMAL: é a subsunção da conduta praticada pelo agente a 
um tipo penal. Quem subtrai coisa alheia móvel pratica conduta formalmente 
típica, que perfeitamente se amolda ao que prevê o art. 155 do CP; 
b) TIPICIDADE MATERIAL: é a lesão ou o perigo de lesão ao bem jurídico 
tutelado em razão da prática da conduta formalmente típica. No entanto, é 
preciso que a conduta do agente seja realmente lesiva ao bem jurídico, caso 
contrário, se ínfima, a tipicidade material deverá ser afastada. É exatamente o 
que ocorre quando aplicado o princípio da insignificância. Portanto, a incidência 
do princípio da insignificância é causa de exclusão da tipicidade material (e do 
próprio crime, pois faz parte de sua composição). 
 
 
→ Como estamos estudando o furto, que tem como objeto jurídico tutelado a 
propriedade e a posse legítima, é necessário descobrir qual valor deve ter a 
coisa móvel furtada para que a subtração seja considerada materialmente 
típica (o valor sentimental também é relevante). Ou seja, deve-se estipular a 
partir de qual quantia a lesão deixa de ser ínfima e passa a ser de interesse do 
Direito Penal. Esqueça o salário-mínimo ou valores predeterminados (R$ 50, 
R$ 100 etc.). O princípio da insignificância deve ser avaliado caso a caso, com 
base nos seguintes critérios: 
Critérios objetivos: 
a) mínima ofensividade da conduta do agente; 
b) nenhuma periculosidade social da ação; 
c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 
Critérios subjetivos: 
a) importância do objeto material para a vítima (situação econômica e valor 
sentimental do bem); 
b) circunstâncias e resultados do crime. 
Exemplo: para uma grande cadeia de supermercados, um quilo de carne não 
representa nada para o seu patrimônio. Poderia se falar, então, em incidência 
do princípio da insignificância. Contudo, para uma família que vive com um 
salário-mínimo, um quilo de carne pode representar o sustento da semana, 
sendo inviável, nesta hipótese, a aplicação do princípio. Por isso, não se pode 
falar em um valor x para a imposição do princípio da insignificância. Não é 
porque o criminoso subtraiu uma galinha que a sua conduta deverá ser 
considerada automaticamente atípica. De repente, o galináceo representa 
fração considerável do patrimônio da vítima. 
Não se pode, entretanto, confundir valor ínfimo com pequeno valor. Aquele é 
causa de exclusão da tipicidade,por força da insignificância, enquanto este é 
parâmetro para o furto privilegiado (CP, art. 155, § 2º). A jurisprudência, em 
reiterados julgados, tem afirmado que pequeno valor é aquele que não 
ultrapassa o salário-mínimo vigente na época dos fatos. Nesse sentido, STJ: 
“In casu, o valor do prejuízo suportado pela vítima é superior ao do salário 
mínimo vigente à época dos fatos, o que impede o reconhecimento da figura 
do furto privilegiado.” (HC 217726/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado 
em 24.04.2014). 
“ 
Furto famélico: é causa de exclusão da ilicitude (e do próprio crime) pelo 
estado de necessidade. É a situação em que o agente subtrai alimento para 
manter-se vivo ou para assegurar a sobrevivência de terceiro. 
 
Acerca da qualificadora, alguns pontos merecem atenção: 
 
→ Cuidado para não confundir o furto qualificado pelo abuso de confiança com 
o crime de apropriação indébita. Em ambos os delitos, há quebra de confiança. 
No entanto, no furto, a coisa móvel não é entregue voluntariamente, pela vítima, 
ao agente. Ex.: o amigo que, valendo-se do acesso facilitado à residência, 
subtrai os bens da vítima. Na apropriação indébita (CP, art. 168), por outro lado, 
a vítima entrega o bem, e o agente dele se assenhora. Ex.: um amigo empresta 
ao outro coisa móvel, e este não devolve o bem. 
 
 
c) mediante fraude: o agente pratica o furto mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio fraudulento. Não há como confundir com o estelionato (CP, 
art. 171). Embora, em ambos, exista o emprego de fraude, no furto, o agente 
subtrai a coisa, enquanto, no estelionato, a vantagem é obtida. Exemplo de 
furto qualificado: o agente, para subtrair determinado bem, conquista a amizade 
da vítima – a amizade, neste caso, é ato preparatório do delito -, e, valendo-se 
da confiança depositada, subtrai os seus bens. Exemplo de estelionato: o 
agente se apresenta como proprietário de um automóvel em um “lava-jato”, e 
o funcionário, induzido em erro, a ele entrega o bem. Não há, portanto, 
subtração, mas obtenção do veículo. Vejamos alguns pontos relevantes: 
 
→ Furto qualificado e estelionato [1]: “No caso, cumpre anotar que o furto 
mediante fraude não se confunde com o estelionato. Segundo Damásio, "[n]o 
furto, a fraude ilude a vigilância do ofendido, que, por isso, não tem 
conhecimento de que o objeto material está saindo da esfera de seu patrimônio 
e ingressando na disponibilidade do sujeito ativo. No estelionato, ao contrário, 
a fraude visa a permitir que a vítima incida em erro. Por isso, voluntariamente 
se despoja de seus bens, tendo consciência de que eles estão saindo de seu 
patrimônio e ingressando na esfera de disponibilidade do autor'.” (STJ, HC 
217545/RJ, Relatora Ministra Laurita Vaz, julgado em 19.12.2013). 
→ Furto qualificado e estelionato [2]: “O furto mediante fraude não se confunde 
com o estelionato. A distinção se faz primordialmente com a análise do 
elemento comum da fraude que, no furto, é utilizada pelo agente com o fim de 
burlar a vigilância da vítima que, desatenta, tem seu bem subtraído, sem que 
se aperceba; no estelionato, a fraude é usada como meio de obter o 
consentimento da vítima que, iludida, entrega voluntariamente o bem ao 
agente.” (STJ, REsp 1412971/PE, Relatora Ministra Laurita Vaz, julgado em 
25.11.2013). 
 
→ Tentativa: “(a destreza) Consiste na habilidade física ou manual do agente 
que lhe permite o apoderamento do bem sem que a vítima perceba. É a 
chamada punga. Tal ocorre com a subtração de objetos que se encontrem junto 
à vítima, por exemplo, carteira, dinheiro no bolso ou na bolsa, colar etc., que 
são retirados sem que ela note. Importa dizer que se a vítima perceber a 
subtração no momento em que ela se realiza, considera-se o furto tentado na 
forma simples, pois não há que se falar no caso em destreza do agente (p. Ex., 
a vítima sente a mão do agente em seu bolso). Se, contudo, a vítima se dá 
conta da falta do objeto instantes após o bem-sucedido apoderamento pelo 
agente e antes do afastamento deste do local da subtração, há tentativa de 
furto qualificado, já que presente está a destreza do agente. Se terceiros 
notarem a subtração, haverá ainda tentativa de furto qualificado, já que 
presente está a habilidade do agente, na medida em que a própria vítima não 
se deu conta da retirada do bem.” (Capez). 
f) com emprego de chave falsa: a qualificadora é aplicada quando o agente 
emprega instrumento, com ou sem forma de chave, para a abertura de 
mecanismo de fechadura ou semelhante. A chave falsa pode ser uma cópia 
não autorizada da original, uma chave modificada para se adequar à fechadura 
ou outro instrumento construído ou modificado para tal fim (gazua, grampo, 
chave “mixa”, chave de fenda etc.). O uso da chave verdadeira, obtida com ou 
sem autorização pelo agente, não qualifica o crime pelo uso de chave falsa. 
 
). se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado 
para outro Estado ou para o exterior: em razão do imenso número de 
veículos furtados e enviados, principalmente, para países vizinhos ao Brasil, o 
legislador incluiu, em 1996, o § 5º ao art. 155, que pune com mais rigor a 
conduta de enviar para outros estados ou países veículos automotores. Das 
formas qualificadas, é que possui pena mais alta, de 3 (três) a 8 (oito) anos de 
reclusão. Não foi incluída ao § 4º por não ser forma de execução do crime de 
furto. Em verdade, esta qualificadora trata de ato posterior à subtração, 
consistente no envio da coisa furtada para outro país ou estado. Vejamos 
alguns pontos importantes: 
→ Veículo automotor: “Abrange aeronaves, automóveis, caminhões, 
lanchas, jet-skis, motocicletas etc. Código de Trânsito Brasileiro, Lei n. 9.503, 
de 23 de setembro de 1997, Anexo I (DOU, 24 set. 1997, p. 21229) 
→ Partes do veículo: o transporte de partes do veículo automotor para outro 
estado ou país não qualifica o crime. 
→ Efetiva transposição: para a incidência da qualificadora, é imprescindível que 
o veículo efetivamente cruze a fronteira entre os estados ou entre o Brasil e o 
exterior. 
→ Possibilidade de tentativa: a consumação da forma qualificada é 
independente do furto simples. Se o agente subtrai um veículo, com o intuito 
de levá-lo ao exterior ou outro estado, mas é preso antes disso, deverá 
responder por furto simples, consumado, e não por tentativa de furto 
qualificado. Como já dito, só é possível a incidência da qualificadora quando o 
veículo ultrapassa, de fato, a fronteira entre os estados ou entre o Brasil e o 
exterior 
 
O furto qualificado tem pena de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem 
prejuízo da multa, exceto na última hipótese (§ 5º), em que a pena é de 3 (três) 
a 8 (oito) anos, sem previsão de multa. As penas são inegavelmente graves. 
Para se ter uma ideia, a pena é a mesma da concussão (CP, art. 316), um dos 
delitos funcionais mais graves do CP. Em virtude das penas a ele aplicadas, a 
ação penal para o julgamento do furto qualificado, em todas as suas formas, 
não é passível de suspensão condicional (Lei 9.099/99, art. 89). 
É possível a cumulação de qualificadoras (ex.: com rompimento de obstáculo 
e concurso de pessoas). Contudo, o juiz, ao fazer a dosimetria da pena, 
considerará apenas uma delas para qualificar o crime, e as demais serão 
adotadas como circunstâncias judiciais desfavoráveis, nos moldes do art. 59, 
“caput”, do CP. Caso o concurso de qualificadoras ocorra entre as do § 4º e a 
do § 5º, cujas penas são diversas, será adotada a do § 5º, com penas mais 
altas, para qualificar, e as demais, do § 4º, servirão como circunstâncias 
judiciais. 
Erro de tipo: no erro de tipo (CP, art. 20), o agente não quer cometer a conduta 
tida como crime, mas, por falsa percepção da realidade, por erro sobre 
elemento constitutivo do tipo, acaba praticando conduta típica. No furto, é fácil 
imaginar um exemplo: enquantoconversam, João e seus amigos deixam os 
seus celulares no centro da mesa. Na hora de ir embora, por equívoco, João 
leva o celular de um dos amigos, imaginando ser o seu. Apesar de ter subtraído 
coisa alheia móvel, a sua conduta é atípica, por erro de tipo – nem se discute 
a inescusabilidade, haja vista não existir o furto culposo. Para saber mais sobre 
o erro de tipo, clique aqui. 
Ação penal: crime de ação penal pública incondicionada, que não depende de 
representação da vítima, exceto nas hipóteses previstas no art. 182 do CP: 
“Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título 
é cometido em prejuízo: I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem o agente 
coabita.”. O art. 182 não será, no entanto, aplicado nas seguintes situações 
(CP, art. 183): a) se houver emprego de violência ou grave ameaça à pessoa 
(o que, em verdade, afastaria o crime de furto); b) ao estranho que participa do 
crime; c) se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 
60 (sessenta) anos. 
 
Causas de isenção de pena: “Art. 181 - É isento de pena quem comete 
qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I - do cônjuge, na 
constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou descendente, seja o 
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.”. O art. 181 não será 
aplicado nas seguintes situações (CP, art. 183): a) se houver emprego de 
violência ou grave ameaça à pessoa (o que, em verdade, afastaria o crime de 
furto); b) ao estranho que participa do crime; c) se o crime é praticado contra 
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
 
 
 
SIMULADO 
 
 
Apoderar-se de coisa cuja posse lhe pertença, configura: 
a) apropriação indébita. 
b) furto. 
c) estelionato. 
d) roubo. 
 Você acertou 
 
2 
Pretendendo subtrair bens do escritório onde exerce a função de secretária 
particular do diretor, Júlia ingressa no respectivo imóvel arrombando a janela. 
Júlia é auxiliada por seu irmão Luiz, a quem coube a função de permanecer de 
vigília na porta. Ao escutar um barulho que a faz acreditar existir alguém no 
escritório, Júlia foge, deixando no local seu comparsa, que vem a ser preso por 
policiais. Aponte o(s) delito(s) perpetrado(s) por Júlia e Luiz: 
a) Ela responderá por tentativa de furto qualificado e ele, pelo delito 
consumado. 
b) trata-se de desistência voluntária, não havendo qualquer delito a ser imputado. 
c) ambos respondem por violação de domicílio. 
d) Júlia responde por invasão de domicílio e Luiz por tentativa de furto. 
 Você errou 
Julia responderá por tentativa de furto qualificado, uma vez que a infração não 
se consumou, já que se evadiu antes que a mesma se concretizasse e estão 
presentes duas qualificadoras do art. 155 do CP, quais sejam: rompimento de 
obstáculo e concurso de duas ou mais pessoas. Já Luiz responderá pelo crime 
de furto qualificado, vez que continuou na pratica delitiva e a consumou. 
3 
Um funcionário de uma empresa particular utiliza, para o desempenho das 
atribuições do seu cargo, um bem pertencente ao acervo patrimonial de sua 
instituição. Após a jornada de trabalho, ele se apodera do bem em questão. Essa 
situação caracteriza um crime de: 
a) peculato. 
b) estelionato. 
c) furto qualificado. 
d) apropriação indébita. 
 
O funcionário já estava na posse do bem, portanto, seu crime é de apropriação 
indébita, conforme o art. 168 do CP. Sendo que essa pena deverá ser acrescida 
de 1/3, por ter o agente recebido a coisa em razão de ofício, emprego ou 
profissão. 
4 
Dentre as alternativas abaixo, aquela que qualifica o crime de furto é: 
a) valor da coisa furtada. 
b) idade da pessoa lesada. 
c) violência contra o lesado. 
d) participação de duas ou mais pessoas. 
 Você acertou 
O valor da coisa furtada é causa de furto privilegiado. Se houver violência contra 
a vítima, caracteriza-se roubo. A idade da pessoa lesada não é considerada para 
a caracterização de qualificadora no crime de furto. O concurso de pessoas é, 
portanto, causa de qualificadora no crime de furto, como demonstra o art. 155, 
§4º, IV, do CP. 
5 
Tício furta um rádio da residência de Caio, inexistindo qualquer tipo de violência. 
Perseguido pela polícia, Tício dispara tiros para o alto e foge. Na hipótese 
ocorreu: 
a) crime de furto. 
b) crime de roubo. 
c) crime de roubo impróprio. 
d) crime de roubo qualificado. 
 
 Você errou 
O agente que emprega violência contra pessoa ou grave ameaça não como meio 
de subtração, mas após esta, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a 
detenção da coisa para si ou para outrem, comete o crime de roubo impróprio 
(art. 157, §1º, do CP). 
6 
Tício, fazendeiro, encontra em sua propriedade animais que sabe serem do 
vizinho e, ao invés de devolvê-los, vende-os como seus, comete o delito de: 
a) receptação. 
b) furto. 
c) apropriação indébita. 
 d) apropriação de coisa havida por erro. 
 Você errou 
. Aquele que se apropria de coisa alheia que lhe foi transmitida por erro, caso 
fortuito ou força da natureza pratica crime de apropriação de coisa havida por 
erro, caso fortuito ou força da natureza (art.169 do CP), pois todos estão 
obrigados a restituir coisa alheia. 
7 
Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta: 
 
I - O roubo distingue-se da extorsão, pois no roubo a subtração da coisa é feita 
pelo agente, enquanto que na extorsão o apoderamento do objeto material 
depende da conduta da vítima. 
II - A distinção entre roubo próprio e impróprio reside no momento em que o 
sujeito emprega a violência ou grave ameaça contra a pessoa; no roubo 
impróprio, a violência ou grave ameaça é exercida após a subtração do objeto 
material para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa, 
enquanto que, no roubo próprio, a violência ou grave ameaça é empregada de 
forma a permitir a subtração. 
III - O furto mediante fraude distingue-se do estelionato pelo modo que é 
utilizado o meio fraudulento; no furto mediante fraude, o agente ilude a 
vigilância do ofendido, que, por isso, não tem conhecimento de que o objeto 
material está saindo da esfera de seu patrimônio e ingressando na 
disponibilidade do sujeito ativo. No estelionato, ao contrário, a fraude visa 
permitir que a vítima incida em erro. 
a) As afirmações I e II estão corretas. 
b) As afirmações II e III estão corretas. 
c) As afirmações I e III estão corretas. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
 Você acertou 
No roubo impróprio, a violência é empregada como meio de garantir a detenção 
da coisa e não como meio de obtê-la. No estelionato, o ofendido voluntariamente 
se despoja de seus bens, tendo consciência de que eles estão saindo de seu 
patrimônio e ingressando na esfera de disponibilidade do autor. 
8 
O crime de extorsão mediante sequestro consuma-se com: 
a) a privação da liberdade da vítima. 
b) a privação da liberdade da vítima após 24 horas. 
 
c) a privação da liberdade da vítima e com o pedido de resgate. 
d) o recebimento do resgate para libertação da vítima. 
 Você errou 
Sua resposta foi a letra b mas a resposta certa é a letra a. A extorsão mediante 
sequestro opera-se com a simples privação da liberdade de locomoção da vítima 
por tempo juridicamente relevante, de acordo com o art. 159 do CP. 
9 
Mévio, após esconder no mato uma bicicleta que havia furtado, viu-se despojado 
dela por parte de Carlos, que a subtraiu para si, com pleno conhecimento da 
origem do objeto. Pode-se afirmar que o segundo ladrão: 
a) cometeu crime de apropriação de coisa achada. 
b) cometeu crime de receptação dolosa. 
c) cometeu crime de furto, assim como Mévio. 
d) não responde por nenhum delito, porque subtraiu para si a coisa já furtada. 
 Você acertou 
 
O sujeito passivo do crime de furto é a pessoa física ou jurídicaque tem a 
propriedade, posse ou detenção da coisa, não importando inclusive se ela é 
lícita, portanto, o segundo ladrão praticou o crime de furto, assim como o 
primeiro, segundo o art. 155 do CP. 
10 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) O crime de roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
sem emprego de violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência. 
b) O crime de roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante ameaça e destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da 
coisa. 
c) O roubo impróprio ocorre quando o agente, logo depois de subtraída a 
coisa, emprega violência a pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
d) O furto do sinal de TV a cabo não tem tipificação no Código Penal, razão pela 
qual não pode ser considerado infração. 
 Você acertou 
Parabéns! A resposta certa é a letra c. Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para 
si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de 
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. 
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: (...) 
§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico. 
11 
Dois indivíduos, previamente ajustados, saem de um supermercado, com 
mercadorias, sem passar pelo caixa, vindo um deles a ser preso em flagrante no 
estacionamento do supermercado, com parte das mercadorias, enquanto seu 
comparsa consegue fugir com o restante das mercadorias. Com relação à 
situação apresentada, é correto afirmar que o indivíduo preso em flagrante: 
a) responderá por furto qualificado tentado. 
b) responderá por furto qualificado consumado. 
c) responderá por furto privilegiado. 
d) não responderá por qualquer ilícito, pois a hipótese configura crime 
impossível. 
 Você acertou 
Parabéns! A resposta certa é a letra b. Se um foi preso, mas outro fugiu com 
algum dos valores, o crime está consumado, pois está caracterizada a subtração 
da coisa, ainda que em parte. (Art. 155 do CP) 
12 
Assinale a opção CORRETA. 
a) O crime de estelionato, que pressupõe conduta fraudulenta do agente com o 
fim de obtenção de vantagem ilícita, tem por objetividade jurídica a fé pública 
b) Configura crime de estelionato o descumprimento de contrato, quando o 
pagamento da obra ou do serviço se dá de forma antecipada, o que faz presumir 
a má-fé do contratado, se este não executa o serviço no prazo avençado. 
c) A emissão de cheque sem a pertinente provisão de fundos configura, em 
qualquer hipótese, crime. 
d) O crime de estelionato, quando na modalidade de fraude no pagamento 
por meio de cheque, consuma-se no momento e local em que o banco 
sacado recusa o seu pagamento. 
 Você errou 
 O momento consumativo ocorre quando o estabelecimento bancário sacado 
nega pagamento ao cheque, sendo o foro desse local o competente para a ação 
penal, conforme Súmula 521 do STF: "O foro competente, para o processo e 
julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade de emissão dolosa de 
cheques sem fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo 
sacado". 
O estelionato não tem na fé pública (e sim no patrimônio) a sua objetividade 
jurídica, razão pela qual a assertiva da letra "a" está falsa. 
Na letra "b", a assertiva é falsa porque o crime só se caracterizaria caso o agente, 
desde a celebração, não pretendesse cumprir o contrato, e não só porque deixou 
de cumpri-lo tendo já recebido o pagamento. 
Também não está correta a assertiva da letra "c". A emissão de cheques sem 
fundos não caracteriza o crime quando o cheque for dado em garantia de 
pagamento e não como ordem de pagamento à vista da sua apresentação ao 
sacado. 
13 
Assinale a opção INCORRETA. 
a) Se o sujeito, mediante violência ou grave ameaça, pretende que a vítima 
realize determinado comportamento para que dela obtenha vantagem 
econômica devida, estará incidindo no crime de extorsão dita comum ou 
"in genere". 
b) A extorsão mediante sequestro consuma-se com a privação da liberdade de 
locomoção da vítima por espaço de tempo juridicamente relevante, sendo 
prescindível que o agente obtenha, efetivamente, a vantagem pretendida. 
c) O crime de extorsão indireta admite a modalidade tentada. 
d) A extorsão mediante sequestro, simples ou qualificada, tentada ou 
consumada, é crime hediondo, o que impede que o seu autor seja beneficiado 
com a anistia, a graça ou indulto. 
 Você errou 
Sua resposta foi a letra d mas a resposta certa é a letra a. Se a vantagem é 
"devida" (e aí o perigo da questão), o fato não se enquadra no tipo da extorsão, 
pois lhe falta o elemento normativo "indevida" vantagem econômica (art. 158 do 
CP). O agente deverá responder por exercício arbitrário das próprias razões (art. 
345 do CP). 
14 
O roubo próprio ocorre quando: 
a) o agente emprega a violência ou a ameaça após ter subtraído a coisa alheia. 
b) o agente emprega a violência ou a ameaça antes de ter subtraído a coisa 
alheia. 
c) o agente não utiliza violência ou ameaça para subtrair a coisa da vítima. 
d) o agente induz a vítima a erro para subtrair-lhe a coisa. 
 Você acertou 
Para a caracterização do roubo próprio, é necessário que a violência ou ameaça 
seja empregada como meio de subtração da coisa, "art. 157. Subtrair coisa 
móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a 
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência". 
15 
Sobre crime de receptação, é INCORRETO dizer: 
a) Constitui receptação simples o fato de adquirir, receber, ocultar etc., em 
proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime. 
b) É privilegiado o crime de receptação praticado por réu primário ou se o objeto 
receptado for de pequeno valor material. 
c) A receptação dolosa imprópria constitui no fato do agente adquirir coisa 
móvel por preço muito baixo, mas sem saber que se trata de fruto de crime. 
d) Será qualificada a receptação de bens e instalações do patrimônio da União, 
Estado ou Municípios. 
 Você errou 
Haverá receptação culposa quando o agente adquirir coisa móvel por preço 
muito baixo, mas sem saber que se trata de fruto de crime (art. 180, §3º, do CP). 
A receptação dolosa imprópria constitui o fato de o sujeito influir para que 
terceiro, de boa-fé, adquira, receba ou oculte coisa produto de crime (art. 180, 
caput, 2ª parte, do CP). 
16 
Sobre o crime de estelionato, é CORRETO dizer: 
a) O crime estará consumado apenas com a ocorrência da vantagem do agente. 
b) A reparação do dano, a restituição e a apreensão do objeto material, excluindo 
ou reduzindo o prejuízo da vítima, excluem o delito. 
c) O estelionato só é punível a título de dolo, que consiste na vontade de 
enganar a vítima, dela obtendo vantagem ilícita, em prejuízo alheio. 
d) Será privilegiado o crime cometido em detrimento de entidade de direito 
público. 
 Você acertou 
O crime estará consumado com a ocorrência da vantagem do agente e o prejuízo 
de terceiro. Se não houver o prejuízo, haverá apenas tentativa do crime. A 
reparação do dano, a restituição e a apreensão do objeto material, excluindo ou 
reduzindo o prejuízo da vítima, não excluem o delito e nem levam à forma 
privilegiada (art. 171, §1º, do CP). Será qualificado o crime cometido em 
detrimento de entidade de direito público (§3º). 
17 
Sobre crime de dano, é CORRETO dizer: 
a) Consuma-se com a obtenção de lucro por parte do agente. 
b) Consuma-se com a destruição ou inutilização de coisa alheia pelo 
agente. 
c) Não admite tentativa. 
d) Admite-se o crime em sua forma culposa. 
 
 Você errou 
Sua resposta foi a letra d mas a resposta certa é a letra b. O ânimo de lucro não 
é essencial à existência do crime, e sim à destruição ouinutilização do objeto 
pelo agente. O crime só é punível a título de dolo. Admite-se a tentativa (ex.: o 
sujeito erra o alvo na conduta de abater a tiro um animal de propriedade alheia). 
18 
Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta: 
 
I - Usurpação de águas constitui o fato de o sujeito desviar ou represar, em 
proveito próprio ou de outrem, águas alheias. 
II - O sujeito passivo do crime de usurpação de águas é quem sofre o dano em 
face do desvio ou represamento. 
III - Para a caracterização do crime de usurpação de águas é necessário que 
as águas objeto do delito sejam particulares. 
a) As afirmações I e II estão corretas. 
b) As afirmações II e III estão corretas. 
c) As afirmações I e III estão corretas. d) Todas as afirmações estão corretas. 
 Você errou 
Sua resposta foi a letra c mas a resposta certa é a letra a. No crime de 
usurpação de águas as águas podem ser públicas ou particulares. As águas 
públicas estão reguladas no Código de Águas (Dec. nº 24.643/34). 
19 
O crime de roubo qualificado pelo resultado morte: 
a) é hediondo, segundo a Lei nº 8.072/90. 
b) a pena é aumentada quando a vítima é menor de 14 anos. 
c) a morte da vítima pode ser culposa ou dolosa. 
d) Todas as respostas anteriores estão corretas. 
 Você acertou 
Parabéns! A resposta certa é a letra d. O latrocínio, roubo seguido de morte, é 
crime hediondo nos termos do art. 1º, da Lei nº 8.072/90. Se o crime é praticado 
contra menor de 14 anos, alienado mental ou pessoa que se encontra 
impossibilitada de oferecer resistência, a pena é agravada da metade. No 
tocante ao resultado - morte - o sujeito pode agir dolosa ou culposamente, 
configurando o delito. 
20 
Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta: 
 
I - Furto de uso, em face do Código Penal vigente, não constitui crime. 
II - No furto mediante fraude, a fraude visa permitir que a vítima incida em erro 
e, por isso, despoje voluntariamente de seu bem, tendo consciência de que este 
está ingressando na esfera de disponibilidade do autor. 
III - No furto qualificado pelo abuso de confiança, o sujeito não tem a posse do 
objeto material, que continua na esfera de proteção de seu dono. 
a) Apenas a afirmação I está correta. 
b) As afirmações II e III estão corretas. 
c) As afirmações I e III estão corretas. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
 Você acertou 
No furto, a fraude ilude a vigilância do ofendido, que, por isso, não tem 
conhecimento de que o objeto material está saindo da esfera de seu patrimônio 
e ingressando na disponibilidade do sujeito ativo. No estelionato, a fraude visa 
permitir que a vítima incida em erro e, por isso, despoje voluntariamente de seu 
bem, tendo consciência de que este está ingressando na esfera de 
disponibilidade do autor. E por ser necessário para caracterizar o crime de furto, 
a figura do ânimo de apossamento definitivo, o furto de uso não constitui crime 
para o Código Penal vigente.

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