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RESENHA TOMANDO EMPRESTADO DO BASEBALL OS BENEFÍCIOS SURPREENDENTES DA ARBITRAGEM PARA OFERTA FINAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação Lato Sensu em Direito Civil e Processual Civil
RESENHA DO CASO HARVARD “TOMANDO EMPRESTADO DO BASEBALL: OS BENEFÍCIOS SURPREENDENTES DA ARBITRAGEM PARA OFERTA FINAL”.
 
Nome do aluno: Juni de Oliveira Caldas
 Trabalho da Disciplina Mecanismos de Solução de Conflitos – NPG 1227
 Tutora: Prof.ª Claudia Abbass Correa Dias
Local: EAD AVARÉ - SP
Ano 2019.1 EAD
Caso de HARVARD “Tomando Emprestado do Baseball: Os Benefícios Surpreendentes da Arbitragem para Oferta Final”.
TÍTULO
A Arbitragem e o Sistema Multiportas para Solução de Conflitos.
REFERÊNCIA:
Caso de Harvard Tomando Emprestado do Baseball: Os Benefícios Surpreendentes da Arbitragem para Oferta Final. Publicado na Biblioteca da Disciplina Mecanismos de Solução de Conflitos. Northwestern University. Dezembro de 2014.
 
Este trabalho trata do caso de Harvard “Tomando Emprestado do Baseball: Os Benefícios Surpreendentes da Arbitragem para Oferta Final.”, escrito por Stephen B. Goldberg, mediador profissional e árbitro, que alcançou acordos e soluções para impasses contratuais e demandas salariais através da arbitragem.
Com conhecimento obtido na Major League Baseball sobre salários do baseball desde 1982, Stephen B. Goldberg apresenta suas experiências atuando como árbitro na solução de impasses sobre termos contratuais e em acordos negociados, até usando do risco da ocorrência da arbitragem para romper impasses e orientando as partes a não fazerem ofertas que atrapalhem a negociação, mas a buscarem acordo sem levar seu oponente a desistir da arbitragem. Orienta estabelecer um árbitro antes de iniciar a negociação, pois as partes ainda tem a arbitragem como improvável e os ânimos estão em paz, além de não precisar pagar o árbitro desde o início da negociação, já que é possível que não precisem dos seus serviços. Considera que a arbitragem alcança acordos e evita greves em negociações entre funcionários e empregadores do setor público, e afirma que em disputas contratuais, a arbitragem tradicional não leva ao acordo. E finaliza caracterizando a mediação-arbitragem, em que um terceiro neutro primeiro ajuda as partes a negociarem um acordo de aceitação mútua, mas caso seja inviável, a parte neutra é liberada para impor um acordo.
A arbitragem é uma forma privada de heterocomposição de conflitos, em que um terceiro da confiança das partes, impondo imparcialmente a saída de um conflito, regulamentada pela Lei 9.307/1996, nos arts. 851/853 do Código Civil de 2002 e no art.3º, § 1º do CPC/2015.
Na arbitragem admite-se escolher a norma material a ser aplicada, acordando a forma que se procederá, aplicando os princípios gerais do direito, usos e costumes. Os árbitros tem status de juiz de direito de fato e por ter caráter definitivo, não cabe revisão judicial da decisão. Possui natureza jurisdicional e se aplica aos direitos patrimoniais e disponíveis, cuja sentença é um título executivo judicial (art.31 da Lei 9.307/1996 e art.515, VII do CPC/2015). Diferente da arbitragem, a mediação e a conciliação são atividades não jurisdicionais de resolver demandas por autocomposição, sem impor decisão às partes. Antes, a arbitragem, a conciliação e a mediação eram chamadas de métodos alternativos de solução de conflitos, mas com o CPC/2015, a doutrina entendeu que elas não devem mais ser consideradas uma “alternativa”, como se acessório fossem a algo principal ou oficial.
Importa ressaltar que conjugadas com a jurisdição, a arbitragem, a conciliação e a mediação integram um novo modelo chamado de “Justiça Multiportas”, cuja ideia geral é a de que a jurisdição não é a única nem a principal opção de decidir litígios, existindo outras possibilidades de pacificação social, para cada tipo de lide, com forma adequada de solução, em que a jurisdição estatal é só uma dessas opções. Sua origem está nos estudos do Professor Frank Sander, da Faculdade de Direito de Harvard, que em 1976 já mencionava a necessidade de existir um Tribunal Multiportas, ou “centro abrangente de justiça.”. Com o instituto da arbitragem (art.3º, §1º do CPC/2015) e da conciliação ou da mediação como solução consensual de conflitos (art.3º, §3º do CPC/2015), vários doutrinadores afirmam que o novo CPC teria adotado o sistema multiportas de solução de litígios (multi-door system).
Entendemos que o sistema multiportas tem a vantagem da parte ser responsável em resolver seu problema, empenhando-se e responsabilizando-se pelos resultados, estimulando à autocomposição e a maior eficiência do Poder Judiciário, pois a via jurisdicional seria apenas para os casos mais complexos, quando a solução não ocorresse por outros meios ou se as partes assim o desejassem, além da transparência, ante a ciência prévia das partes sobre os procedimentos disponíveis para decidir o conflito.
Assim, o Judiciário deixa de ser um lugar apenas de julgamento, para ser um local de solução de disputas. Trata-se de uma importante mudança paradigmática, em que não basta que o caso seja julgado, mas que é preciso conferir uma solução adequada que faça com que as partes saiam satisfeitas com o resultado.
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