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CAIXA DE TRABALHO

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CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA- PROCESSO CORRETOR
 O trabalho psicopedagógico caracterizada na prática da clínica implica na compreensão da situação de aprendizagem do sujeito dentro do seu próprio contexto. Tal compreensão requer uma modalidade particular de atuação para cada situação em estudo, o que significa que não exista uma formula única com procedimentos predeterminados. 
O psicopedagogo procura observar o sentido particular que assumem as alterações da aprendizagem do sujeito. Busca o significado de dados que lhe permitirá dar sentido ao observado. Esse trabalho requer uma atitude de investigação e intervenção.
O trabalho clínico, que se dá em consultórios o psicopedagogo busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas o que ele pode aprender e como.
O diagnóstico psicopedagógico é um processo, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso compreender que essa atitude investigadora prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo da observação. O processo diagnóstico, assim como o tratamento, requer procedimentos específicos que constituem uma metodologia do trabalho clínico. Ao falar da forma de se operar na clínica psicopedagógica, a mesma varia entre os profissionais, a depender, por exemplo, da postura teórica adotada. 
De acordo com a linha teórica da Epistemologia Convergente que se caracteriza por ter uma visão integradora do conhecimento, a intervenção psicopedagógica, que acontece após o processo diagnóstico, denomina-se Processo Corretor por ser um caminho que supõe um constante “devenir” e por conceber a busca do correto a partir da relação entre o aprendiz e o agente corretor. É da cooperação entre ambos que nasce a possibilidade de superação das dificuldades.
Portanto, durante o processo corretor, o psicopedagogo utiliza-se de recursos de intervenção que são instrumentos verbais e/ou corporais que provoque no sujeito um desequilíbrio, capaz de mobilizá-lo para a busca do equilíbrio e, conseqüentemente, buscar a aprendizagem. Assim está linha sugere uma forma de atendimento psicopedagógico conhecida com “CAIXA DE TRABALHO”.
				EDIANE TERESINHA CONCEIÇÃO
CAIXA DE TRABALHO
A Caixa de Trabalho foi idealizada como uma forma de trabalhar com as dificuldades psicopedagógica percebidas durante o processo diagnóstico psicopedagógico. Ela é considerada como sendo o mundo para a criança, o mundo interno do aprendiz e, portanto, deve ser manejada apenas pelo seu dono, sem sofrer ameaças de ser invadida por terceiros. Nesta caixa deve conter materiais que são escolhidos previamente, levando em consideração o diagnóstico realizado anteriormente. Esta passa a ter uma importância significativa para a criança por ser de sua propriedade, por conter objetos que foram especialmente escolhidos e por conter elementos capazes de promover, se forem bem mediados pelo psicopedagogo, a superação ou diminuição das dificuldades. 
Os objetos escolhidos para fazerem parte da Caixa de Trabalho serão objetos que representarão aspectos do seu mundo interno ou que receberão projeções para que passem a representá-los.
 
 A ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE TRABALHO
Os objetos serão especialmente selecionados e deverão considerar e respeitar alguns aspectos tais com:
Idade cronológica;
 Interesses do sujeito;
 Características sócio-culturais;
 Sexo,
 Facilidades e dificuldades,
 Nível de apropriação da linguagem escrita,
Estrutura de raciocínio;
 Vínculos afetivos estabelecidos com as situações de aprendizagem. 
TIPOS DE MATERIAIS QUE COMPÕEM A CAIXA DE TRABALHO
Caixa de papelão com tampa.
Pastas de cartolina com plástico;
Pasta de cartolina com elástico;
Materiais não estruturados, como: tinta, argila, peças para montar, massa de modelar, etc.
Materiais estruturados ou semi-estruturados como: cadernos, livros, jogos com regras, modelos, receitas, palavras cruzadas, miniaturas, encaixe, etc...
Materiais básicos que servem de apoio ao aprendiz: 
Papel – branco liso, colorido, pautado, quadriculado;
Folhas grandes, de papel branco, verde e pardo, papel lustro, cartolina e papel cartaz.
 Lápis, apontador, borracha, régua, cola, tesoura, caneta hidrocor, giz de cera.
 EDIANE TERESINHA CONCEIÇÃO
UTILIZAÇÃO DA CAIXA DE TRABALHO
A Caixa de Trabalho é, portanto, uma combinação destes recursos materiais; é individual, personalizada; é organizada levando-se em conta as dificuldades, facilidades e necessidades do aprendiz. Quando montada, a caixa passa a ser daquele aprendente. Ele mesmo é quem a personaliza e organiza os materiais escolhidos pelo psicopedagogo.
1º encontro - a caixa deverá estar vazia e os materiais em sacolas, mostrando que este material ainda não foi utilizado por ninguém; o aprendiz organiza a caixa como desejar, usando uma etiqueta, realizando um desenho, colagem, pintura ou qualquer outra forma que quiser. (A partir deste primeiro encontro, o psicopedagogo deverá esperar o sujeito com a caixa no mesmo lugar (sobre a mesa, por exemplo) e permite que ele escolha a atividade que quiser, com seus materiais).
A ação do psicopedagogo num atendimento psicopedagógico com a Caixa de Trabalho é menos diretiva na escolha da atividade; porém, é bastante efetiva através dos recursos interventivos que utiliza.
REFERÊNCIAS
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
 PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médica, 1985.
WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.
VISCA, J. Clínica psicopedagógica: a Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
_____. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
 
 EDIANE TERESINHA CONCEIÇÃO

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