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THAINARA STEFANELLI ATENDIMENTO AO PNE / DOENÇAS CARDIOVASCULARES - P1 CLASSIFICAÇÃO ASA 1 = saudável 2 = leve alteração sistêmica 3 = alteração sistêmica severa, mas não incapacitante 4 = alteração sistêmica severa, ameaçando constantemente a vida 5 = moribundo, s/ expectativa de vida nas próximas 24 horas. 6 = morte cerebral Controlado com exames recentes = risco moderado Não controlado = risco alto ATENDIMENTO AO CARDIOPATA - principal causa de morte por doença crônica não transmissível; - sessão = no máx 0,04mg de epinefrina (2 tubetes 1:100.000 ou 4 tubetes 1:200.000) - consultas breves - controlar dor e ansiedade - se for risco de E.B → profilaxia - valor de RNI até 3 – seguro com hemostasia. - não fazer injeção intravascular - cardiopata libera muita adrenalina na C.S - a adrenalina faz o ♥ bater + rápido e + forte; - mas ao mesmo tempo faz vasoconstrição de vísceras (coronária 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - + comum a sistólica isolada; urgência até estágio 2 - evitar AINEs (insufi. Renal – o aines diminui função renal, e o rim não consegue filtrar tudo, acumulando sangue no vaso) - vasoconstritor com restrição (0,04mg/sessão) 2. DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA (ou DAC) - obstrução gradual das artérias coronárias - ATEROMA = causa da DAC - angina de peito: * estável: força o ♥ * instável: do nada - quando ocorre necrose de parte do ♥, tem infarto do miocárdio. → TRATAMENTO: * med.vasodilatador (isordil); stents; revascularização (pontes) → em ODONTO: - evitar AINEs (bloqueia vasodilatação) - restringir vaso - controle de dor e ansiedade 3. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) - redução da capacidade de ejeção do ♥ - ♥ fica grande e flácido, não consegue bombear direito → etiologia: hipertensão persistente, doenças valvares, DIC, doença de Chagas... → sinais e sintomas: dispneia, distensão dos rins, do pescoço, edema no quadril e pés, limitação de atividade física. → CUIDADOS: - quando é estável, toma cardiotônico, quando é instável ela é provocada por outros estímulos. - médico - cadeira em posição semi- inclinada (dificuldade respiratória) - intoxicação porque o coração não consegue ejetar sangue direito pra conseguir mandar medicamento pra onde precisa. 4. ARRITMIAS CARDÍACAS - alteração do ritmo cardíaco - bradi --- - taqui +++ → sinais e sintomas: palpitações, fadiga, síncope, parada cardíaca → tratamento: medicamentoso (bloq. de canal de Ca – Verapamil, causa hiperplasia gengival), cirurgia, desfibrilador e marcapasso → TIPOS: normal 60-80bpm - bradicardia c/ FC menor que 40 → SAMU - taquicardia c/ FC irregular (aguardar melhora, se não chama o SAMU) ou regular (estimular nervo vagal no pescoço) → em ODONTO: - uso restrito de vasoconstritor, MAS se tiver alguma limitação (bloqueio AV, arritmia severa...) → não usa epinefrina - não usar bisturi elétrico nem localizador apical em quem tem marcapasso 5. DOENÇAS VALVARES - sangue arterial: periferia (AD – VD – artérias pulmonares – pulmão – veias pulmonares - AE – VE – Aorta – corpo) - sangue venoso: coração - quando o ♥ bate, o S.A e o S.V não podem se misturar pelos ventrículos, mas tem defeitos que levam a isso LOGO.... Defeito congênito no ventrículo OU comunicação intraventricular é a DCCCC, Doença Cardíaca Congênita Cianótica Complexa - quando mistura venoso e arterial, faltando oxigênio nos tecidos. → VALVAS: * função é fechar quando o átrio contrai e o ventrículo relaxa * são 4 valvas → gera lesões nas paredes dos vasos, acumula plaquetas → estenose de mitral: não abre tudo; → insuficiência ou regurgitação: não fecha tudo (princi. aórtica e pulmonar) → implicações: insuficiência cardíaca, síncope, risco de EB 6. ENDOCARDITE BACTERIANA - infecção das válvulas cardíacas ou superfície do ♥ → tratamento = AB ou curetagem (complexo) → RISCO P/ E.B: - alto risco: valva cardíaca protética, E.B. prévia, condutos pulmonares sistêmicos construídos cirurgicamente, DCCCC. - risco moderado: maioria das malformações cardíacas congênitas, disfunção valvar adquirida, cardiomiopatia hipertrófica, prolapso de valva mitral com regurgitação valvar. → manifestações: incubação 5- 7 dias; +/- depois de 2 semanas febre baixa, sopro cardíaco, dor articular, sudorese, perda de peso, petéquias, dedo baqueta → protocolo - 1 hora antes - padrão: Amox 2g – 4 cápsulas 50mg/kg crianças - alérgicos: Clinda 600mg ou 20mg/kg (criança) Azitro e Claritro 500mg ou 15mg/kg (criança) ANTIAGR. E ANTICOAG. * HEMOSTASIA = sangue circula pelos vasos sem produzir ativação plaquetária ou coagulação! → quando tem lesão vascular, vai acontecer a hemostasia p/ evitar perda excessiva de sangue, ↓pressão sanguínea para formar coágulo, depois vem enzimas para dissolver o coágulo. THAINARA STEFANELLI LOGO, as etapas são: 1. Vasoconstrição local = baixo fluxo e pressão no vaso 2. Tampão plaquetário = bloqueio temporário (agregação de plaquetas ali para formar o coágulo) 3. Coagulação = forma uma parede de fibrina no local da lesão até o reparo 4. Fibrinólise = remoção do coágulo por enzimas MAS, quando oblitera leva a um TROMBO, que pode ser VENOSO ou ARTERIAL. → VENOSO: vermelho, não deixa vir fibrina + hemácias, impedindo coagulação! → ARTERIAL: branco, não deixa vir plaquetas, impedindo agregação plaquetária! ENTÃO, o coágulo não forma por quais motivos? - inibição da cascata de coagulação e produção de fibrina - inibição da adesão de plaquetas COMO RESOLVER ISSO?? - antiagregante ou anticoagulante, os dois previnem trombose → antiagregante = inibe agregação plaquetária (pra tratar TROMBO ARTERIAL) – cardiopatia e AVC → anticoagulante = inibe produção de fibrina (pra tratar TROMBO VENOSO) – TROMBOSE e embolia pulmonar OS DOIS AFINAM O SANGUE – sangra mais. ANTIAGREGANTE - aspirina (AAS), clopidogrel, dipiridamol → CONDUTA: - medidas locais de hemostasia bastam para conter sangramento * compressa com gaze, sutura compressiva, materiais odontológicos, esponja de gelatina, selante de fibrina, antifibrinolíticos tópicos. ANTICOAGULANTE - heparina (injetável) e varfarina (oral); - alto risco de hemorragia; - vitamina K pode inibir ação deles; - eles interagem com azitromicina, fluconazol... → CONDUTA: - monitorar RNI (deve estar abaixo de 3) + medidas de hemostasia - RNI dos últimos 15 dias → INTERAÇÕES – pode aumentar RNI: - AAS, paracetamol, AINES e corticoesteróides. - metronidazol, eritromicina, cefalosporinas, azitromicina, tetraciclina... - DOSE ÚNICA DE AB! E se for fazer dose de manutenção, deve-se avaliar RNI depois de 2-3 dias RNI BAIXO: sangue está grosso, pode formar coágulo RNI ALTO: sangue está ralo, pode ter hemorragia TEM QUE ESTAR ABAIXO DE 3 para fazer procedimento odontológico. CUIDADOS GERAIS/ODONTOLÓGICOS IDENTIFICAR PROBLEMA PRIMÁRIO: por que faz uso de terapia antiagregante/antiocoagulante? AVALIAR EXTENSÃO DO PROCEDIMENTO e também o grau de sangramento, ou seja, tem que dividir as sessões pra não ter mais sangramento do que o esperado. QUEM USA ANTIAGREGANTE tem tempo de sangramento maior (PQ?? Pq o tempo de sangramento é a primeira etapa da hemostasia, ou seja, a agregação plaquetária; quando a pessoa toma anticoagulante a agregação plaquetária tava normal) mas medidas locais de hemostasia bastam para conter o sangramento → quem toma anticoagulante tem mais risco de hemorragias trans e pós operatórias; quanto maior o RNI, maior sangramento. ANTICOAG.- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - medicamentos que podem potencializar a varfarina e aumentar RNI, aumentando risco de hemorragia. → ANALGÉSICOS E ANTI- INFLAMATÓRIOS: AAS, paracetamol, AINEs (todos) e corticoesteróides → ANTIBIÓTICOS: metronidazol, eritromicina, cefalosporina, azitromicina, tetraciclinas e ciprofloxacina. → OUTROS na tabela ao lado. MEDICAMENTOS QUE INTERAGEM COM A VARFARINA Medicamentos que potencializam a ação Acetaminofen Fluconazol Metronidazol Isoniazida Ácido acetilsalicílico Omeprazol Anti-inflamatórios não hormonais Fenilbutazona Eritromicina Piroxican Ciprofloxacina Propanolol Amoxicilina Quinidine Cefalosporina Tamoxifem Tetraciclina Indometacina Amiodarona Rofecoxib Cimetidina Esteóides Anabolizantes Clofibrato Miconazol Medicamentos que inibem a ação Barbitúricos Rifampicina Carbamazepina Ciclosporina Colestiramina Ginseng Griseofulvina Nutrientes ricos em vit K CARTA DE ENCAMINHAMENTO - quando tem informação que você não sabe, se você sabe não precisa mandar. - exemplo: paciente relatou ter cardiopatia mas não sabe qual. - NÃO É CARTA DE AUTORIZAÇÃO. - deve conter: → PARA: → JUSTIFICATIVA ODONTOLÓGICA: o que vai fazer, como vai fazer, porque vai fazer → QUESTIONAMENTO: o que quero saber? - Sr. Alcides Moreira, 62 anos, chegou com ao consultório com queixa de dor e “amolecimento dos dentes”. Ao exame clínico, constatou que o paciente possui PT superior e PPA inferior, com dentes indicados para raspagem subgengival e exodontia de vários dentes. → Toma Marevan (anticoagulante, varfarina), Moduretic (diurético) e Propanolol → 140/92mmHg → Relatou ter ido ao cardiologista a mais ou menos 1 ano, em que o médico relatou que o mesmo possui um “sopro no coração”. → Relata ter febre reumática → As vezes dá “batedeira” no coração LOGO... → exo, estavam com mobilidade, infecção, estavam condenados! // → ser informado sobre as condições cardiovasculares desse paciente (se precisa atender em hospital, se pode sedar, se tem risco de E.B.) → se tiver risco, farei profilaxia antibiótica com tal tal... → CARTA ABAIXO: THAINARA STEFANELLI PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE PACIENTES QUE USAM ANTICOAGULANTE - alguns para hemofílicos também (não conseguem hemostasia por falta dos fatores 8 e 9 de coagulação) 1. CONTINUIDADE DA TERAPIA ANTICOAGULANTE: - RNI <3,5 = não interfere em procedimentos cirúrgicos mais simples. → ele mostrou um artigo que falava que de 47 cirurgias que foram feitas preservando a medicação sistêmica apenas 1 teve hemorragia, que foi controlada por manobras de hemostasia local → geralmente o médico mantem o RNI em 2... quando tá 3 é até considerado alto, mas você pode fazer até 3 com medidas de hemostasia local. VITAMINA K: - varfarina é antagonista de vitamina K. - usar somente quando o paciente tá com hemorragia, pois a vit K melhora a coagulação do paciente.... mas ele não pode estar com a coagulação normal!! - RNI >3,5 = interfere em procedimentos cirúrgicos mais complexos, então tem que trocar informação com médico; - nesses casos o médico pode optar por várias coisas: * uso da vitamina k * paciente que infartou faz anos e toma medicação certinho, faz esportes... = ele até pode suspender OU substituir a varfarina pela heparina sódica (4-5 dias antes do procedimento), mantendo heparina no pós até 24 horas e depois retornar com a varfarina. 2. USO DE ANTIBIÓTICOS: - pacientes portadores de próteses valvares cardíacas e outras condições de risco para E.B – pode usar dose única de amox ou clinda. - pacientes que requerem mais do que uma dose – avaliar RNI após 2-3 dias (evitar metronidazol e eritromicina) → → esquema de substituição da varfarina para heparina: - 1º vê o RNI - 2º dia para a varfarina - 3º dia começa a tomar heparina (4 dias antes da cirurgia – nesse dia vê o RNI também) - no dia da cirurgia e um dia depois não toma nada (forma coágulo) - 24 horas de pós volta a tomar heparina e varfarina. CUIDADOS PRÉ- OPERATÓRIOS → histórico do paciente → RNI estável = avaliar 72h antes das cirurgias bucais (deve) // é estável quando usa medicamento faz tempo → agendar cirurgias pela manhã (por causa do hospital – se o paciente passou mal) → em urgência, se tem previsão de muito sangramento, fazer em ambiente hospitalar (VOCE NÃO SABE O QUÃO ANTICOAGULADO ESSE PACIENTE ESTÁ). MEDIDAS TRANSOPERATÓRIAS → anestésico com vaso (epi com restrições) → evitar bloqueios, optando por infiltrativas ou intraóssea com articaína (caso de criança) → evitar traumatismos físicos desnecessários → restringir instrumentação periodontal e cirurgias para áreas menores → dividir sessões → suturas oclusivas → pressão no alvéolo com compressa de gaze por 15- 30min MEDIDAS LOCAIS DE HEMOSTASIA → compressa com gaze → sutura compressiva (borda a borda) → materiais odontológicos (cimento cirúrgico, silicona – mas ela machuca) → esponja de gelatina liofilizada → selante de fibrina → antifibrinolíticos (tópicos): - acido tranexâmico (transamin, hemoblock) podem ser: * bochecho/limpeza com gaze – 10mL, 5min, 3-4x dia * comprimido macerado com algum veículo → coloca sobre a ferida e comprime com gaze 2- 3x/dia. → Esses antifibrinolíticos impedem a degradação da fibrina → PACIENTE HEMOFÍLICO antes da cirurgia tem que tomar o fator de coagulação Para: Cardiologista Encaminho o paciente Alcides Moreira que, após avaliação odontológica, ficou constatada a necessidade de extração de 4 dentes que apresentam infecção e mobilidade, tornando-se condenados. O paciente relatou ser “cardiopata”, estar tomando Marevan, Moduretic e Propanolol, e relata ter ido ao cardiologista a mais ou menos 1 ano, sendo diagnosticado com “sopro no coração”. Gostaria de ser informado sobre as condições cardiovasculares desse paciente, se o mesmo precisa ser atendido em ambiente hospitalar, se posso utilizar benzodiazepínicos e em especial sobre qual o risco de desenvolvimento de endocardite bacteriana. Caso o paciente apresente risco de endocardite bacteriana, pretendo adotar o protocolo da sociedade americana de cardiologia, 2g de amoxicilina 1 hora antes da intervenção. Pretendo utilizar pequenos volumes de anestésico local, sendo lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, utilizando no máximo 0,04mg de epinefrina por sessão, sem injeção intravascular e com aspiração prévia. Além disso, torna-se necessário solicitar exame de RNI. Caso esteja abaixo de 3, não será necessária intervenção do protocolo de anticoagulante, sendo utilizado medidas locais de hemostasia e limitação de tubetes anestésicos. CASO DA PACIENTE DO PROFESSOR: - tomava 2 antiagregantes e o TS tava normal, correndo risco de ACIDENTE TROMBOEMBOLÍTICO. - A ............ necessitará ser submetida a cirurgia bucal em local altamente vascularizado (biópsia em assoalho bucal). De acordo com o histórico clinico, a paciente faz uso de dois medicamentos antiagregantes plaquetários (AAS 200mg e cilostazol 100mg). Gostaria de saber se, devido ao quadro clínico, seria possível a interrupção temporária do regime antiagregante para uma melhor hemostasia. Caso opte pela interrupção da AAS, a interrupção deverá ser pelo menos 7 dias (avaliar risco). Informo também que, de minha parte, pretendo utilizar solução anestésica com baixas concentrações de epinefrina (1:100.000), no máximo 0,04mg com cuidado para não fazer intravascular. Desde já coloco-mea disposição para eventuais esclarecimentos. Risca, assina, data. THAINARA STEFANELLI CUIDADOS PÓS- OPERATÓRIOS → considerar uso de esponja hemostática de gelatina liofilizada: reabsorvível → prescrever solução de ácido tranexamico 8,4% = transamin, hemoblock – para bochechar ou macerar → remover suturas não reabsorvíveis após 4-7 dias → não prescrever AAS para controle de dor e nem AINES (até os coxibes) – usar dipirona. → considerar uso de corticoesteróides em dose única (trocar infos com o médico) → não prescrever e nem aplicar medicamentos intramuscular (risco de hemorragia e forma equimoses e hematomas) DIABETES - doença metabólica sistêmica crônica; - consequência da deficiência parcial ou total de insulina, acarretando em uma inadequada utilização dos carboidratos e alterações no metabolismo lipídico e proteico. → GLICOSE::: - fornecimento de energia - está livre no sangue (reservatório), precisa ir pra dentro da célula para virar glicogênio (pra produzir energia --- quem faz isso é a insulina, e quem produz é o pâncreas); → HIPERGLICEMIA::: níveis altos de glicose no sangue; - pra ser diabetes isso deve ser crônico!! QUADRO DE HIPERGLICEMIA → pode ser pela: * diminuição da produção de insulina (comum na I) * células estão insensíveis a ação de insulina (II) = a partir do desgaste funcional do órgão, ou outra doença envolvida que diminui função do pâncreas, ou resistência periférica a insulina) QUADRO DE HIPOGLICEMIA - jejum por muito tempo, ou não come direito... maior chance de desenvolver diabetes. - pq?? O organismo começa a criar resistência a insulina. - então é o baixo nível de glicose no sangue; *** resistência periférica a insulina = o organismo para de jogar glicose pra dentro da célula pra tentar manter o máximo no sangue. → TIPO I: cetose - (INSULINODEPENDENTES) - 10% dos portadores; crianças, adolescentes, adultos jovens. - geralmente caract de doença autoimune - células de defesa destroem células beta do pâncreas levando a deficiência total de insulina, ele para de produzir insulina - faz terapia de reposição de insulina. - descobre a doença quando criança - CETOSE:: acumulo de ácido acético em função do metabolismo do carboidrato. Pq?? Pq como não tem glicose dentro da célula, o corpo usa o carboidrato pra fazer metabolização de energia. → TIPO II: sem cetose - (NÃO INSULINO- DEPENDENTES) - 90% dos portadores; obesidade e idade, sedentarismo, estresse... - nesse caso, a deficiência na utilização de glicose se deve a três fatores: * aumento da resistência a insulina * defeitos na secreção de insulina * aumento da produção de glicose endógena → SECUNDÁRIA: - medicamentosa, gestacional (2º ou 3º trimestre), infecções, pancreatopatias (fibrose cística), tumor no pâncreas, uso de corticoide (aumenta resistência perif. a insulina) - não apresenta cetose por causa do equilíbrio hidroeletrolítico EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO: - hiperglicemia → mais glicose no sangue, consequentemente + na urina → o paciente tem que jogar mais água pra urina para ter isotonia (equilíbrio osmótico) - com isso, o paciente descompensado vai mais vezes ao banheiro, pois descontrola o equilíbrio orgânico. EXAMES LABORATORIAIS - é obtido por meio da glicemia em jejum; - se tiver muito próximo do limite máximo normal, faz o exame TOTG (teste oral de tolerância à glicose) → Os valores normais de referência da HbA1c no sangue (indivíduos não diabéticos) situam-se entre 4-6%. A glicação da hemoglobina ocorre durante os quatro meses do período de vida útil das hemácias. Entretanto, a glicose presente no sangue depende de um intervalo de tempo para glicar a hemoglobina → HEMOGLOBINA GLICADA (A1c) = para avaliar eficácia da terapêutica e o risco de complicações // o normal é entre 4-6% - ela vai medir a hemácia no sangue (vive 4 meses) ** glicação: ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão persistentemente elevados, a glicose se liga à hemoglobina das hemácias. Logo, quanto maior for o nível de glicose no sangue, maior será sua ligação com a hemoglobina. TOTG ingere 75g de glicose em jejum e depois de 2 horas faz o exame de glicemia. - serve para ver se o organismo conseguiu produzir insulina o suficiente para reduzir glicemia. GLICEMIA EM JEJUM NORMAL e HbA1c alta = paciente conseguiu controlar glicemia nos últimos dias apenas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CLÁSSICAS DO DIABETE → poliúria: urina muito → polidipsia: muita sede → polifagia: muita fome → emagrecimento → cansaço fácil CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS – DESCOMPENSADO → infecções de repetição: dermatites, vulvovaginites → incontinência urinária: xixi na cama – crianças. → insuficiência vascular periférica: dificulta cicatrização OUTROS CUIDADOS - manutenção da Hbucal - crioterapia extra-oral - dietal líquida fria (48h) - não fazer bochecho rigoroso, só enxague - não fazer sucção THAINARA STEFANELLI → doença cardiovascular e AVC → retinopatia → neuropatia periférica (dormência) → disfunção erétil → letargia, cansaço, desânimo - começa a necrosar tecidos, feridas que não cicatrizam... TRATAMENTO: → TIPO I: dieta e exercício → TIPO II: reposição de insulina MEDICAMENTOS: → insulina – (tipo I): - aplica de ação prolongada de manhã e de ação curta antes das refeições; - implicação do dentista: se for um procedimento que altera função mastigatória tem que mandar carta pro médico e nutricionista para explicar o procedimento e que vai alterar função mastigatória/dieta; as vezes precisa fazer adaptação da insulina. - injetável, subcutâneo, bombas de insulina onde mede glicose por app, bombas de infusão, etc. - quando não se alimenta no horário certo quando usa insulina → horário de pico de insulina o paciente vai ter hipoglicemia. → contraindicações: riscos na aplicação, infecção ou inf cruzada, hematoma e hipoglicemia → hipoglicemiante orais: Eles aumentam produção de insulina e/ou diminui resistência periférica a insulina - usa na tipo II e na secundária. - Clorpropamida DIABINESE - Glibenclamida – DAONIL - Metformina – GLIFAGE - Repaglinida – PRANDIN DIABETES → INFECÇÃO BUCAL + glicose na saliva tbm! Glicose é substrato para m.o = aumenta risco de cárie, periodontopatia, cicatrização deficiente. - diabetes piora infecção e infecção piora diabetes. DIABETES INTERFERE: → metabolismo de colágeno → alterações de PMN (macrófagos, neutrófilos) → diminui citocinas → aumenta mediadores inflamatórios (IL, TNF...) → infecção metastática (bactéria pode sair da boca e ir para outros tecidos) ** ex: paciente com periodontite, não consegue controlar glicemia pq tem aumento de inflamação. Essa inflamação da boca tende a aumentar a glicemia. Toda infecção aumenta a glicemia pois tem grande quantidade de glicose no sangue para fornecer energia para combater essa infecção. QUANTO mais descompensado → pior será a infecção COMPLICAÇÕES ORAIS: → Gengivite e doenças periodontais → Xerostomia = aspecto de desidratação → Aumento da incidência e severidade de cárie → Abscessos periapicais → Dificuldade de cicatrização (sutura compressiva, manter AB no pós...) → Infecções secundárias (candidíase) → Queimação dos tecidos orais = causada pela xerostomia + deficiência imunológica → Sangramento aumentado → professor geralmente faz: * descompensado precisa de rar = 1g de amox 1h antes e mantém o AB por 1 dia * descompensado precisa de exo= dose de ataque (1g 1h antes) e dose de manutenção por 2 dias (ou mais) COMPLICAÇÕES AGUDAS EM PACIENTES DIABÉTICOS: - hipoglicemia é muito grave. - hiperglicemia = se for muito alta é grave (gera cetoacidose – quando metaboliza carbo), e o sangue fica ácido, poliúria, polidipsia, emagrecimento... HIPOGLICEMIA SINTOMAS SINAIS Fala mole/arrastada Salivação intensa Agitação Pele úmida Sonolência Tremores Dor de cabeça Sudorese Fome Taquicardia Confusão Coma HIPERGLICEMIA SINTOMAS SINAIS Poliúria Xerostomia Polidipsia Desidratação Perda de peso Hipotensão Náuseas/vômitos Taquicardia Dor abdominal Hálito cetônico Visão embaçada Confusão Sonolência Coma Como trata hiperglicemia? Insulina Como trata hipoglicemia? Glicose. Se der insulina para hipoglicemia = paciente morre Se der glicose para hiperglicemia = aumenta hiperglicemia - os sinais e sintomas são parecidos, então pode confundir na hora. → SINAL QUE DIFERENCIA: SIALORRÉIA → HIPO XEROSTOMIA → HIPER - LOGO, você trata paciente em crises assim como se fosse HIPOGLICÊMICO, dá glicose. - A hiperglicemia crônica vai gerando vasculopatia, alterando formação de colágeno, vaso vai ficando cada vez mais fino e menos elástico e predispõe a um AVC. Complicações que acontecem quando a diabetes está avançada, paciente não cuidou. 1. Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não-cetótica (SHHNC): hiperglicemia aguda (600-2000mg/dl), ausência ou pequena quantidade de cetonas, desidratação importante - geralmente em idosos com tipo II - é raro, trat é hidratar e insulina em pequenas doses 2. Cetoacidose diabética (CAD): grave distúrbio dos metabolismos glicídicos, lipídicos e proteico. - ocorre por causa da quantidade inadequada de insulina que faz com que o organismo dependa da gordura para produzir energia, aumentando síntese de cetonas. THAINARA STEFANELLI - sangue fica ácido pq usou carbo, lipídio e proteína para produzir energia; - se o paciente tiver arritmia e esse quadro ele morre. - glicemia maior que 1250mg/dl poliúria, polidipsia, hiperventilação, hálito cetonico, fadiga, desidratação - trat é com insulina e reposição hidroeletrolítica. HIPOGLICEMIA - é a complicação mais comum no atendimento do paciente diabético, mas também pode ocorrer com qualquer um. - glicemia abaixo de 40-50mg/dl - administrar bebida açucarada – paciente consciente Paciente descompensado → glicemia em jejum acima de 125 ou glicada acima de 6%. CONDUTA DE ATENDIMENTO 1. ANAMNESE DIRIGIDA: - qual diabetes, se tem controle, se faz exame, se tem exame... 2. CUIDADOS COM ALIMENTAÇÃO: - vai alterar potencia mastigatória do paciente? Orientar e carta de encaminhamento em alguns casos. 3. REDUÇÃO DO ESTRESSE: - o estresse aumenta glicemia, considerar sedação (benzodiazepínicos) 4. ANESTESIA LOCAL: - restringindo vasoconstritor – 0,04mg/sessão 5. ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS: → dipirona/paracetamol/corticoesteróides dose única - não pode AINES e AAS pq eles se ligam a proteínas plasmáticas competindo com os hipoglicemiantes, além de sobrecarregar rim (diabético tem chance de desenvolver insuficiência renal por causa da vasculopatia) 6. ANTIBIÓTICOS: → avaliar risco/benefício de profilaxia: descompensado faz (não é risco de endocardite...) → antibioticoterapia agressiva: infecções em diabéticos são mais difíceis de tratar... - então entra com amox + metronidazol - infecção leve = amox / modera = amox + metro / severa = clinda ou interna o paciente. LIVRO – ANDRADE: → Como referenciar o paciente ao médico (exemplo): Caso clínico – Paciente do sexo masculino, 14 anos de idade, diabético Tipo I, com a doença controlada, fazendo uso diário de insulina. Procedimento eletivo indicado – Exodontia do 44 (incluso). HIPO E HIPERTIREOIDISMO TIREÓIDE é uma glândula que fica na frente da traquéia, possui 2 lobos laterais e um central → produz 3 hormônios: * tiroxina (T4) – metaboliza carboidratos, proteínas, lipídios, oferta de oxigenio * Triiodotironina (T3) – potencializa ação de outros hormônios (cetecolaminas e hormônio do crescimento) * Calcitonina – regulação de cálcio e fósforo - T3 e T4 são essenciais para a vida, funcionam como catalisadores de proteínas enzimáticas. - se tiver deficiência desses hormônios = hipo - se tiver excesso desses hormônios = hiper → hormônios desequilibrados geram má formação no bebê durante gestação e logo quando o bebe nasce, então o teste do pezinho: dosa T4, pq se tiver deficiência já faz reposição. REGULAÇÃO DA TIREÓIDE: no nosso cérebro temos a hipófise e o hipotálamo, que quando tem estresse e uma demanda metabólica grande vai estimular essas áreas. → exercício = faz com que o hipotálamo gere o TRH e mande para a hipófise pelo sistema porta- hipofisário. - Com isso, a hipófise vai receber o TRH e produz TSH na corrente sanguínea. A partir da corrente sanguínea ele chega na tireóide, estimulando produção de T4, T3 e calcitonina. - MAS, tem o sistema retroalimentação negativa, que é quando tem muito T4 e T3 no sangue. Eles chegam ao cérebro e fazem um feedback negativo, diminuindo produção de TRH e TSH, diminuindo produção e T4 e T3. O QUE ACONTECE QUANDO REMÉDIO QUE TEM HORMONIO DA TIREÓIDE? - aumenta concentração de T4 e o corpo entende que tem muito T4 e para de produzir TRH e TSH, diminuindo liberação endógena dos hormônios da tireoide. DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE: - deficiência de iodo não produz hormônio da tireóide → BÓCIO: hipertrofia da tireóide; não significa que só pq aumentou que teve aumento de hormônio. (geralmente tira pq é irreversível) THAINARA STEFANELLI → TIREOIDITES: inflamação da tireóide (+ comum a de Hashimoto, relacionada a infecção viral) - entra com antibiótico → TUMORES DA TIREÓIDE: benignos (adenomas) ou malignos (carcinomas)... - acompanhamento, alguns casos remove; quando remove a tireoide tem que fazer terapia de reposição (synthroid, puran T4) HIPOTIREOIDISMO - deficiência de iodo, tireoidite crônica (Hashimoto), uso de hormônios tireoidianos, iodo radioativo, radioterapia. HIPERTIREOIDISMO - 1º - doença de Graves, bócio tóxico multilocular - 2º - tireoidite subaguda e aumento de TSH Cont. do hipertireoidismo: - uso de hormônios tireoidianos (toma pra emagrecer, gera quadro de hipoglicemia) - quando tem hipertireoidismo trata gerando quadro de hipotireoidismo → paciente faz uso de iodo radioativo ou radioterapia na região, parando a função da tireoide (entra em quadro de hipotireoidismo) → secundário quando tem tumor na hipófise, tumor no hipotálamo... HIPOTIREOIDISMO - é o mais comum; - teste do pezinho - comum em mulheres; - cansaço, voz rouca, unha quebradiça, pele ressecada, cabelo quebradiço, ganho de peso, dor e inchaço abdominal, infertilidade, parestesia, queda de pelo, perde pelo na sobrancelha, bradicardia, pele fria e áspera, cor amarelada, inchaço palpebral, macroglossia, hemorragia menstrual, mixedema (rosto inchado) - o mixedema acontece em pacientes que não possuem o diagnostico do hipotireoidismo e as vezes estão com um tumor cerebral que parou a produção da tireóide. Pode ser desencadeado por uma infecção. → diagnóstico: hipotálamo mandando hormônio TSH para formar T4 mas mesmo assim T4 ta baixo. → tratamento: terapia de reposição da tireóide - dose variada: 25 até 250microgramas (tem que avaliar grau de comprometimento) ------ L-tiroxina(T4); Puran (T4); Synthroid - o tratamento com esses medicamentos são feitos pela manhã e em jejum; - quanto mais insuficiente está, mais hormônio tem que tomar - toma remédio e não tem sintomas = normo-tireóide, é compensado... → achados bucais: - tudo que vai estar relacionado com metabolismo estará mais baixo; - retardo na erupção dental; reparo ósseo insuficiente; baixo tônus muscular; protrusão de língua. → implicações clínicas: - tratamento agressivo as infecções: o paciente tem deficiencia de metabolismo, entao tem mais deficiencia na hora do reparo... - resposta exagerada aos depressores de SNC: é contra- indicado benzodiazepínicos em hipotireoidismo. - “coma” mixedematoso: quadro agudo que pode levar a óbito HIPERTIREOIDISMO - excesso de T3 e T4 devido a hiperfunção da própria glandula; - tireotoxicose = aumento de hormonios tireoidianos, produzido pela tireoide ou não, de origem exógena (medicação) ou endógena; pode acontecer pq a tireóide está com algum problema ou porque o sistema hipófise-hipotálamo está com algum desvio, produzindo muito TRH e TSH - um tumor no cérebro pode gerar um quadro de hipertireoidismo → EXOFILTAMIA: olho saltado - come muito e não engorda; crise de ansiedade; arritmia cardíaca; HIPOTIREOIDISMO – confundido com depressão e o HIPERTIREOIDISMO confundido com ansiedade; → GINECOMASTIA: característica em homens; a mama fica grande. → SINTOMAS: nervosismo, intolerância ao calor, tremores, perda de peso, palpitações cardíacas, fraqueza muscular e fadiga. Sente muito calor. → alteração em vários sistemas, cardiovascular, gastrointestinal, olhos... TRATAMENTO MÉDICO → DIAGNÓSTICO: * para o hormônio da tireóide com cirurgia ou outra coisa e trata como hipotireoidismo * teste de estímulo em TRH * cintilografia e mapeamento tireoidiano (iodo 131 ou tecnécio 99) → MEDICAMENTOSO: * beta-bloqueador – propranolol (sintomático) * tiouréias: propiltiuracil e metimazol * normalmente não funciona, ai entra com RADIOIODOTERAPIA ou CIRURGIA. (entra em quadro de hipo e controla com medicamento) ACHADOS BUCAIS: → cáries e periodontopatias → esfoliação e erupção dental precoce = inverso da hipo IMPLICAÇÕES CLÍNICAS → osteoporose, fibrilação atrial, hipertensão e ICC “crise tireotóxica” = todos os sintomas do hipertireoidismo de uma vez (vai ter arritmia, vai ficar mais nervoso, vai por ter fibrilação) É o inverso do coma mixedematoso. TRATAMENTO AGRESSIVO ÀS INFECÇÕES - cuidar com aminas simpatomiméticas // não indica adrenalina pra esse tipo de paciente; - anestésico é sem vaso ou prilo com felipressina - em casos extremos não recomenda-se o trat odontológico. CUIDADOS GERAIS NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO → identificar doença primária → identificar função tireoidiana = se é hipo ou hiper → avaliar sinais vitais e sintomas → grau de comprometimento da doença/categoria de risco para atendimento → emergências: * mixedema = hipo * crise tireotóxica = hiper As duas condições geram os sintomas de ambas de maneira exacerbada → prevenção e tratamento agressivo de infecções: o mixedema e a crise podem ser desencadeados por infecção. Ex, paciente controlado na tireóide, mas teve um abscesso e alterou a produção dos hormônios dele. THAINARA STEFANELLI GESTANTES - a gestante passa por MUDANÇAS PESSOAIS, SOCIAIS, PROFISSIONAIS E ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS. - em torno de 9 meses; 40-42 semanas. - mas tem pecualiridades, pode entrar em trabalho de parto antes. MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DURANTE A GESTAÇÃO: → alterações funcionais no tratro gastro-intestinal = retardo no esvaziamento gástrico, indigestão, náusea, vômito. Ocorem por causa de hormônios. → aumento de 40% sangue por volta da 20ª semana ** começo da gravidez = alterações principalmente hormonais (sono, fome, estresse) ** meio da gravidez = alterações físicas // 20ª semana aumenta volume sanguíneo. LOGO... tem aumento da PA!! Em casos mais graves pode levar a problemas para o feto; → aumento da atividade hepática (metabolização e excreção mais rápidas) → volume alterado da taxa de filtração glomerular ↑ metabolização ↑ excreção ↑ taxa de filtração glomerular = tudo isso pq ↑ volume de sangue, logo, ↑ metabolismo e passa + sangue no rim. Perda de efetividade de alguns medicamentos e excreção mais rápida. Esse aumento de fluxo sanguíneo é uma hipertensão secundária; Mulher mais velha tende a ter mais hipertensão durante gestação → drogas lipossolúveis e de baixo peso molecular chegam ao feto; → aborto – coagulação mesmo que pequena pode causar, não usar anticoagulante. GRAVIDEZ NA ODONTOLOGIA → TALIDOMIDA: * causa má formação fetal - existe relação direta entre condições bucais e implicações na gravidez.... → GRANULOMA GRAVÍDICO: - alteração do colágeno, hormonal, higiene. - tratamento invasivo não emergencial deve ser adiado para depois do nascimento. TRATAMENTOS ELETIVOS - depois do nascimento - se for urgência – trata - mães que fumam = criança nasce propensa a ter bronquite, asma... - mães viciadas em crack = criança nasce com síndrome de abstinência; nasce desnutrida, pré- matura. 1º trimestre crítico – fase de organogênese, forma tecidos, pode ter fenda palatina, teratrogese 2º trimestre – melhor época para atender gestante (3-6º mês) 3º trimestre crítico – risco de parto preamaturo CUIDADOS NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO → TEMPO E POSIÇÃO DE ATENDIMENTO: - sessões curtas - posição (45º, semi-sentada, se for precisar deitar, deita de lado) → PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA: - vantagens/risco: levar em conta que o feto também ira receber - relação médico e dentista: em especial em gestação de risco; - isotretinoina – exame de fígado; talidomida é tipo X → ANESTÉSICO LOCAL: - com vaso é seguramente aplicado em gestante; - não fazer intravascular, fazer aspiração prévia; -** usar com preucação: - prilocaina 3% com felipressina 0,03Ul, pois tem risco de metemoglobinemia (mepi tbm) - a felipressina contrai musculatura lisa uterina (pode induzir parto prematuro, contração uterina pq a felipressina deriva da vasopressina) THAINARA STEFANELLI -** de escolha: - lidocaína 2% com epi 1:100.000 (se exige hemostasia) ou 200.000 (se não exige) - 0,04mg/sessão, 2 tubetes se for 1:100.000 e 4 se for 1:200.000 - A grávida por exemplo, é ASA 2, mas o bebe pode estar em ASA 4. - avaliar risco/benefício do atendimeto ambulatorial ou hospitalar. → ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS: - paracetamol é o de escolha - dipirona depois - se a gravida tomou dipirona e não teve problemas, pode prescrever, sempre em doses menores - corticoesteroides em dose única - AINEs e AAS – evitar! → ANTIBIÓTICO: - infecções leves/moderadas = penicilinas (amox ou penicilina V); eritromicinas - infecções graves = amox + clavulanato de potássio; amox + metroni.; clinda e azi (alérgicos) → RAIOS-X: evitar exposições desnecessárias, proteção de chumbo, a tomada radiográfica em odonto é muito pequena pro feto receber algum quantidade. PACIENTES ONCOLÓGICOS Câncer é algo próprio; Existem doenças que predispõe o câncer. DIAGNÓSTICO: - Anamnese → Exames Clínicos → Exames Laboratoriais → Exames Radiográficos - o cancer tem uma anamnese bem definida. - nós fazemos apenas biópsia incisional do cancer. BIÓPSIA - diagnóstico = exercício de probabilidade - tem que ter certeza antes de dizer pro paciente CÂNCER - vem do grego Karkinos – carangueijo;- crescimento desordenado de células que tendem a invadir tecidos e órgaos vizinhos. - tirou o trauma e não regrediu? Observar. - se caracteriza pela perda de controle da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas → carcinoma – epitélio → melanoma – melanócitos → linfoma – vasos linfáticos → leucemia – sanguíneo A pessoa com câncer morre por falta de nutrientes; - mais comum da boca = carcinoma espinocelular = epitélio = forma ferida = conseguimos ver. CANCER DE BOCA É MAIS FACIL DE IDENTIFICAR DO QUE QUALQUER OUTRO LUGAR - 95% das vezes o câncer de boca é de origem epitelial; - restrito em epitélio = carcinoma in situ; ** perde controle da mitose ** tumor benigno = não invade tecido, fica restrito. O CANCER É UMA NEOPLASIA MALIGNA; - tumor é crescimento desordenado de célula - todo cancer é tumor MALIGNO. - tumor nada mais é que crescimento FATOR DE RISCO: alimentação, tabagismo, hereditariedade, infecção, raios UV, obesidade e falta de exerc.... TIPOS DE CÂNCER DE BOCA → CARCINOMA ESPINOCELULAR (BASOCELULAR) – 90-95%; ou epidermoide ou e células escamosas. → GLANDULAS SALIVARES: - adenocísticos, muco- epidermoides... - mais difícil de achar - ADENO = glândula. THAINARA STEFANELLI - → SARCOMA: raro na boca, evolui rapidamente. → MELANOMA: raro na boca, evolução rápida, alta capacidade de metastase → OUTROS: metástases, leucemia... 1. DESENVOLVIMENTO DO TUMOR PRIMÁRIO: - oncogênese (começa a ter algum estímulo que faz com que a célula produz uma célula defeituosa, e esta começa a crescer se multiplicar) - o ideal é intervir aqui!! 2. METÁSTASE EM LINFONODOS: - entra em tecido linfático, faz primeira metástase em linfonodo (ingua) – por isso palpa - linfonodo inflamatório: móvel e dolorido - linfonodo do câncer: fixo, duro e indolor. 3. METÁSTASE A DISTÂNCIA: - faz sintililografia ou petscam pra saber 4. COMPROMETIMENTO SISTÊMICO: nutricional, órgãos, tecidos 5. MORTE CLASSIFICAÇÃO TNM TRATAMENTO DO CÂNCER - se for possível = remoção do tumor primário //se não for possível = quimio e radioter, esvaziamento da cadeira ganglionar, verificar se tem metástase a distancia... → SE TEM METÁSTASE = tratamento paliativo ou quimio → SE TUMOR ESTÁ LOCALIZADO = radioterapia associada ou não com quimio (geralmente em câncer de boca só é feita quando se tem envolvimento de linfonodo ou possibilidade de metástase) - o médico vai definir o prognostico; nosso objetivo é detectar o câncer em estágio inicial. - prognostico depende do estadiamento de da localização do câncer. - língua e assoalho tem bastante metástase; - principal causa do cancer bucal é o tabagismo - o câncer mais comum é o de pele - próstasta em HOMEM e mama em MULHER → depois traqueia e brônquio → intestino → boca - o que mais mata é o de traqueia, pulmão, intestino.. → mais dificil o diagnostico. - o cancer é um conjunto de doenças onde as células perdem o controle de divisão celular e invadem tecido; - LEMBRANDO QUE: Tumor primário = invade tecido = através dos vasos linfáticos vai pro linfonodo = outros órgãos e tecidos = metástase a distância = tira nutrientes do paciente = morte, pois comprime órgãos, desnutrição... - → CERVICAL POSTERIOR: drenagem da parte posterior da cabeça, pode ser sinal de infecção respiratória. → CERVICAL ANTERIOR: infecções sistêmicas → PREAURICULAR: ATM → TONSILAR: região tonsilar e região faríngea posterior → SUBMANDIBULAR: estruturas da região do assoalho da boca → SUBMENTAL: principalmente dentes e órgãos intra-orais → SUPRACLAVIC.: abdomem e tórax * Na boca, onde é que vai ver os linfonodos infartados? 1º na região submandibular, depois o tumor começa a ir para a região de cadeia cervical ATUAÇÃO DO DENTISTA - o câncer antes de virar de fato câncer é um pré-câncer, é uma LESÃO PRÉ- CANCERIZÁVEL. - tempo faz com que a displasia leve se torne moderada e depois severa e depois carcinoma invasor.... LEUCOPLASIA: lesão de mancha branca não destacável e não dado outro diagnostico clinico - adultos acima dos 40 anos/ homens - mucosa jugal e gengiva (maior incidência) - nem toda leucoplasia se transforma em câncer - quanto mais tempo a lesão fica na cavidade oral, maior chance de transformar em câncer QUEILITE ACTÍNICA: comum na nossa região; - RESSECADO É DE SOL. - radiação ultravioleta (acumulativa) - leucodermas (pessoas mais brancas são mais comuns de possuírem) - homens - 45 anos - vermelhão do lábio inferior (mais comum) - primeiro ocorre uma atrofia, depois ressecamento, consistência endurecida e ulceração THAINARA STEFANELLI HIPERQUERATOSE FRICCIONAL: - morde a mucosa → machuca → leucoplasia → câncer!!! - GERALMENTE tira o trauma e melhora. → TESTE – AZUL DE TOLUIDINA: - orienta quais áreas está tendo maior mitose, para identificar qual área é mais importante... CANDÍDIASE CRÔNICA - pode se confundir com eritroplasia. Faz teste terapêutico: → trata a cândida (MICONAZOL EM GEL, 4/5x por dia) e pede pro paciente por a prótese → (na net = aplicar ½ colher de chá (2,5mL) de gel quatro vezes ao dia após as refeições... manter na boca o maior tempo possível... manter tratamento por pelo menos 1 semana após desaparecimento dos sintomas) OUTRAS LESÕES PRÉ- CANCERIZÁVEIS: → líquen plano: a mucosa vive machucando, formando inflamação, tecido de cicatrização, uma hora vai poder formar tecido tumoral. - possibilidade de liquen plano virar lesão maligna = menos de 3% → leucoplasia proliferativa verrucosa = leucoplasia que vai crescendo as boras... = possibilidade de virar cancer é 63-100%. EXAMES PARA DIAGNOSTICAR CÂNCER: - diagnóstico = odontologia - tratamento = medicina - citologia esfoliativa/punção, biópsia (incisional, excisional) → exames complementares: * citologia esfoliativa = lesão pequena; raspa a região e ve qual o tipo de célula que aparece - para tumores superficiais, tipo carcinoma (epitélio), se for em conjuntivo não aparece, por isso não é exame padrão. - CLASSIFICAÇÃO: >> Classe 0: material insuficiente >> Classe I: normal >> Classe II: normal com atipias para a região >> Classe III: suspeita de malignidade >> Classe IV: fortemente sugestiva de malignidade >> Classe V: maligno * punção = lesão intraóssea; punciona e passa na placa * biópsia (incisional x excisional)= - incisional é a que mais faremos... - excisional quando tem risco de melanoma... - é padrão OOOOURO... - CITOLOGIA = célula // BIÓPSIA = tecido - PACIENTE CHEGOU COM UMA LESÃO PARECENDO AFTA. COMO SABER SE É AFTA OU TUMOR MALIGNO??? → pede pro paciente voltar daqui 15 dias, se tiver sumido era afta. - FATOR LIMITANTE DA BIÓPSIA: se a lesão for muito pequena, posso fazer citologia esfoliativa ou mandar para o cabeça e pescoço Forma halo eritematoso pois indica inflamação - câncer não inflama, pois não é algo estranho ao corpo. - ulcera que não dói = investigar. -- câncer = borda evertida, inchada, lesão ulcerada... DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: → MELANOMA: - rápido, agressivo, bastante em palato, borda evertida - INVESTIGAR RÁPIDO. - cuidar para não confundir com tatuagem de amálgama. → na maioria dos tumores quando faz biópsia tem como diagnóstico diferencial a PARACOCCIDIOIDOMICOSE (tem formato de morango), está relacionada com um fungo que foi ingerido, comum na população rural. É uma micose que pode atacar pulmão e outras regiões. - quando tem um paciente com várias lesõesna boca = pensar em causa infecciosa ou imunológica - PARA FAZER BIÓPSIA, pegar a parte mais representativa da lesão; DIAGNÓSTICO TARDIO: - prognóstico desfavorável DIAGNÓSTICO PRECOCE: - prognóstico favorável * cirurgia (geralmente remove o tumor com margem de segurança, e esvazia linfonodo) * Radioterapia (em especial quando esse tumor comprometer as margens da região) * Quimioterapia (em especial quando tem metástase) * Paliativo* (só entrar com medicamento pra diminuir o curso da doença, o tamanho do tumor e dar uma melhor condição de vida pro paciente) PROBLEMAS RELACIONADOS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO * dano funcional e estético: - tira tecido, altera função na boca... * xerostomia: gera desconforto, cárie, ferida, mucosite * mucosite: feridas devido a radioterapia, como se fosse queimadura, acontece mais na quimioterapia. * osteonecrose: - osteorradionecrose; - osteonecrose induzida por agentes anti-reabsortivos - uso de bifosfonatos → a radioterapia joga radiação ionizante pra impedir mitose; fazendo com que aquele tecido que está recebendo altas doses de radiação pare de se multiplicar; para o tumor mas também para o reparo; não tem mais reparo ósseo, osso fica exposto. THAINARA STEFANELLI CONSEQUENCIAS INDIRETAS: - desconforto bucal - aumento do risco e severidade de cárie e periodontite; - mucosite (gera morbidade variada, podendo até mesmo limitar o trat oncológico – parar um pouco o tratamento) - imunossupressão – maior susceptibilidade a infecções oportunistas (cândida, herpes...) PREPARO ODONTOLÓGICO – PRÉ-ONCOTERAPIA - identificação da doença * localizar tumor primário - um tumor de mama, não temos problema com a radiação em cabeça e pescoço, mas ela pode precisar fazer quimio, e a quimio não vai ficar só na mama, ela vai ter consequência bucal. Então tem que ser feito o preparo, ela não ter radiação na cabeça, mas ela pode estar com metástase óssea, e tomar bifosfonato e ai o dentista vai lá e extrai o dente depois e não consegue cicatrização * forma de tratamento médico proposto * classificação TNM - remoção de focos inflamatórios/infecciosos de maneira radical: * dente com prognóstico ruim??? EXO. * isso pq a reparação tecidual fica muito ruim depois, principalmente se faz uso de quimioterápicos e bifosfonatos. - troca de restaurações metálicas (quando houver indicação médica): amálgama impede radiação ali no local, reflete a radiação, podem gerar queimaduras.... - orientações sobre dieta e higienização da boca: * como tem xerostomia e mucosite, orienta a não fazer ingestão de alimentos muito salgados, ácidos, condimentados... * higienizar com o que conseguir, até bochecho se não conseguir escovar. CUIDADOS TRANS E PÓS OPERATÓRIOS - xerostomia: * frequente em quem faz radio na região de cabeça e pescoço, em especial quando aumenta a dose de radiação. * quanto mais radiação tomar, mais chance de ter xerostomia * surge geralmente nas primeiras semanas de trat radioterápico, com doses de 2- 10Gy * prevenção e tratamento: ----- hidratação persistente da mucosa – MUITA ÁGUA ----- utilização de flúor tópico (diminui cárie por radiação) ----- saliva artificial (óleo que borrifa) ------ radioterapia com intensidade modulada de feixe (IMRT): feita pelo médico, gerencia onde vai ser o ponto focal da radiação, não estende pro corpo. ------ transferência da glândula submandibular: medico que faz também; quando tira o tumor e tá tudo aberto, ele tira a glândula do lado do tumor e coloca no outro, pra não comprometer tanto. ----- sialogogos sistêmicos (betanecol- 25mg 2x/dia): - sialorreia é muita salivação; os sialogogos estimulam salivação. - o problema do betanecol é que também aumenta atividade intestinal – paciente tem diarreia - então usamos a parte mais tópica no tratamento da xerostomia, com acompanhamento periódico (1x mês) - mucosite: * várias feridas na boca, parece afta, queimação * gera dor, desconforto; * a mucosite deixa exposição, levando a febre, outras infecções... * acontece muito com quimioterápicos, acontece mais na quimioterapia * na radioterapia só vai acontecer se tiver altas doses de radiação (geralmente surge nas 2 semanas de tratamento, quando chega a 30Gy) * prevenção e tratamento: - ----- hidratação persistente da mucosa – MUITA ÁGUA ----- uso de analgésicos/anestésicos tópicos: - ex anestésico – flogoral - analgésico: paracetamol, dipirona ----- uso de antibióticos tópicos ----- uso de antimicrobianos sistêmicos: - quando necessário, paciente com febre.... ----- laser terapêutico e profilático: laser vermelho em cima das feridas, pode ser usado preventivamente (antes de começar a mucosite). - melhora absurda ----- em alguns casos paciente põe sonda nasogástrica - osteonecrose: * necrose do osso. * quando faz radiação no osso, ou toma bifosfonatos, gera hipocelularidade e hipovascularização, fica menos vascular e com menor capacidade de reparo. Quando extraímos um dente, temos que esperar um tempo pra fazer uma PPR, por causa da espera da neoformação óssea, de 60 a 90 dias. Esse é o tempo pra ter o osso normal. Só que se você fez radioterapia na região, não vai ter esse reparo, e o grande problema é que se você não tiver esse reparo, e a gengiva ficar aberta, começa a ter infecções ali na região e esse osso necrosa. É difícil tratar, ainda não tem protocolo. O ozônio pode ajudar. - é uma Hipocelularidade e hipovascularizacao óssea, com aumento de fibrose intramedular. Maior incidência em doses acima de 7000 Gy. ----- radio-induzida (osteorradionecrose) ------ medicamentos (bifosfonatos) ------ preparo pré-oncológico é de suma importância para prevenção. ------ grau variado de morbidade ------ tratamento variado (conservador e cirúrgico) Tratamento conservador = clorexidina na lesão até fechar Tratamento cirúrgico = especialmente quando tem sequestramento ósseo, abre tecido, cureta, raspa e tenta fechar. → OSTEONECROSE = EVITAR, pq depois é difícil tratar. - o osso está morto e ele não responde ao tratamento (curetar) - as vezes o osso até fecha, mas pode voltar a osteonecrose e ainda voltar maior.
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