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Hipertensão arterial sistêmica É necessário compreender a fisiologia da doença para entender como manejar o paciente; Quando as veias se contraem, sua capacidade de armazenar sangue é reduzida, o que permite que uma quantidade maior de sangue retorne ao coração, de onde será bombeado para as artérias, aumenta o débito cardíaco, precisando dar mais força para o sangue passar, e nosso organismo pensa em algo para aumentar o vaso. Doença crônica não transmissível: Pressão arterial em repouso maior ou igual a de 140 mmhg/90 mmhg Prevalência e Fatores de Risco idade (aumento) etnia (negros) sobrepeso sedentarismo dieta baixo nível socioeconômico histórico familiar de hipertensão baixa escolaridade Etiologia Primária: idiopática é quando não tem motivo específico e ocorre em 90% das HAS Secundária: tem como causa principal outra doença de base renal ou adrenal adrenal catecolaminas: adrenalina e noradrenalina, ajudam no processo de vasoconstrição Adrenalina que tem no anestésico é mínima para fazer uma constrição local, para atingir as terminações nervosas e se não tem vasoconstritor dificilmente a anestesia permanece, e caso o paciente sinta dor aumenta a adrenalina endógena, logo paciente com hipertensão tem que usar anestésico com vasoconstrição. Fisiopatogenia Tratamento médico terapêutico Pré: não indicado; Estágio 1: 1 única medicação; Estágio 2: combinação de 2 ou mais; Estágio 3 - hipertensão grave: combinação de 2 ou mais; Medicamentos anti-hipertensivos, manifestações bucais e repercussões clínicas 1. Hidroclorotiazida, Furosemida; 2. Propranolol, Atenolol; 3. Carvedilol; 4. Captopril, Enalapril; 5. Losartana, Eprosartan; Angina instável não pode usar adrenalina (vasoconstritor) e geralmente toma Carvedilol. 1. ANLODIPINA, NIFEDIPINA Risco Imposto pela Doença Risco estabilidade da doença adesão ao tratamento terapêutico sintomatologia história médica Eventos adversos Crise hipertensiva (arritmias): o > 180/120mmhg o Risco de AVE ou IM dobra a cada aumento de 20/10 mmhg a partir de uma PA de 115/75 Acidente Vascular Encefálico (AVE) o has - disfunção endotelial nos vasos o rompimento ou obstrução dos vasos cerebrais Infarto do Miocárdio (IM) o obstrução de artéria coronariana o aterosclerose das artérias coronarianas O que é o AVC isquêmico? Corresponde 80% do total de casos de AVC registrados. Sua origem ocorre no entupimento ou obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, que interrompe a chegada de sangue e oxigênio para os neurônios, que passam a morrer de maneira rápida e progressiva. O que é o AVC hemorrágico? Quando falamos em AVC hemorrágico, nos referimos a um rompimento de um vasos sanguíneos cerebral. Ele representa os outros 20% dos casos de AVC, são em geral mais graves que os AVC isquêmico. Urgência(eletivo) hipertensiva Cefaléia (dor de cabeça); Falta de ar; Epistaxe (sangramento nasal); Emergência hipertensiva Encefalopatia hipertensiva; Hemorragias retinianas; Edema pulmonar; Risco de morte. Risco Imposto pelo Procedimento Risco manipulação sanguínea manipulação óssea estresse (síndrome do jaleco branco) controle da dor (anestesia) Eventos adversos sangramento local (sistólica corre mais risco de aumento de sangramento); aumento da pressão; avaliando o risco é que podemos avaliar se iremos realizar o procedimento ou não. Manejo odontológico do paciente com HAS Boa Anamnese Manejo medicamentoso em casos limítrofes Anestesia local e controle de dor local Neutrófilo: primeira linha de defesa e se tiver com neutrófilo baixo não vai ter uma boa cicatrização, e plaqueta (primeira fase de coagulação), e avaliar a hemoglobina para ver como está o oxigênio no sangue. Hipertensão estágio 1 Qualquer procedimento odontológico (eletivo ou urgência Sessões curtas (preferencial manhã) Manejo medicamentoso (próximo à consulta) Benzodiazepínicos Anestesia com vasoconstritor (epinefrina 1:100000 até 2 tubetes) (felipressina até 3 tubetes) Hipertensão estágio 2 Qualquer procedimento odontológico (eletivo ou urgência), porém, avaliar a existência de outras comorbidades e doenças de base; Sessões curtas (preferencial manhã) Manejo medicamentoso (próximo à consulta) Benzodiazepínicos Anestesia com vasoconstritor (epinefrina 1:100000 até 2 tubetes) (felipressina até 3 tubetes) Hipertensão estágio 3 tratamentos eletivos protelados tratamentos de urgência (avaliar cada caso para verificar possibilidade ambulatorial ou hospitalar) tratamentos eletivos protelados tratamentos de urgência somente em ambiente hospitalar Dica A pressão sistólica trata-se da pressão observada quando o coração se contrai durante a sístole ventricular. Já a pressão diastólica é aquela observada no momento da diástole. A pressão arterial é registrada por dois números, os quais são separados por uma barra (120/80 mmHg). As duas pressões têm que estar equilibradas, se uma tiver maior e outra menor, não se deve atender o paciente Só usa vasoconstritor avaliando o risco do paciente e o risco do procedimento Caso o paciente teve AVC nos últimos 6 meses, insuficiência cardíaca congestiva e angina instável não se deve usar vasoconstritor (lido 2 tubetes e prilo podemos usar até 3) Diabetes Mellitus Definição Doença metabólica crônica caracterizada por deficiência na produção e/ou ação da insulina no organismo; Etiologia Multifatorial e deve ter algumas alterações ambientais para se ter. Fisiopatogenia PÂNCREAS ENDÓCRINO: Pâncreas: (sistema digestório) suco gástrico, sistema endócrino (hormônio) Células alfa, produtoras de glucagon (15- 20% do total) Células beta, produtoras de insulina (70- 80%) Células delta, produtoras de somatostatina (5%) Células PP, produtoras de peptídeo pancreático Insulina abaixa glicose do sangue, levando as para células; Tipo 1 não tem só uma deficiência de produção de insulina, mas também tem uma deficiência nas células produtoras; Tipo 2 tem apenas problemas com a questão de insulina. Ilhotas de Langerhans, distribuídas no parênquima pancreático. Classificação Diabetes tipo I: É uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina; Diabetes tipo II: Há uma incapacidade de absorção de glicose pelos tecidos, ou seja, ocorre uma "resistência insulínica"; Diabetes gestacional: É a alteração das taxas de glicose no sangue que é detectada pela primeira vez na gravidez. Outros tipos (< 5%): o Tipo 3A: defeito genético nas células beta o Tipo 3B: resistência à insulina determinada geneticamente o Tipo 3C: doenças no pâncreas o Tipo 3D: causada por defeitos hormonais o Tipo 3E: causada por compostos químicos ou fármacos Diabetes Tipo 1 5 a 10% Jovens antes da adolescência Hiperglicemia causada pela deficiência de insulina Manifestações agudas (menos de 1 semana) Destruição das células beta do pâncreas: o processo autoimune o fibrose cística o remoção cirúrgica Diabetes Tipo 2 Secreção baixa, normal ou alta de insulina, porém com redução dos receptores de insulina, ou baixa atividade pós receptor 85% a 90% Adultos após 40 anos Crianças obesas Associada a sobrepeso e obesidade Hiperglicemia causada por resistência tecidual à insulina ou diminuição da produção de insulina Assintomáticos por longo tempo (10 anos) - diagnóstico após o aparecimento de complicações Principais fatores de risco: o predisposição genética o obesidade o inatividade física oenvelhecimento o sensibilidade tecidual à insulina Pré Diabetes “intolerância à glicose” “tolerância diminuída à glicose” ou “glicemia de jejum alterada” Condição sem sintoma chamada “pré- diabetes” Pode aparecer alguns sinais como: o Polidipsia o Poliúria Glicemia de jejum 100 a 125 mg/dl Reversível Controle dos fatores de risco Controle medicamentoso temporário Avalia o hemograma, não a hemoglobina glicada Diagnóstico e Controle da Doença 1.A1C≥ 6,5% 2.FPG≥126 mg/dl (7.0 mmol/l) (jejum mínimo de 8 h) Teste de curva glicêmica (≥200mg/dl) Sintomas de hiperglicemia e crises hiperglicêmicas, FPG≥200mg/dl. Na ausência de hiperglicemia inequívoca, os critérios de 1-3 devem ser confirmados através da repetição do teste. FPG glicemia em jejum Teste de Curva Glicêmica Determinar níveis de alterações de açúcar no sangue Jejum de 8 horas Coleta de sangue em jejum para a dosagem da glicose, ingere-se a solução de glicose Após a ingestão, são realizadas uma ou mais coletas de sangue para novas dosagens da glicose Este exame tem maior sensibilidade que a glicemia de jejum, mas é preciso ficar no laboratório por pelo menos 2 horas para realizar duas coletas de sangue Teste de Hemoglobina Glicada A1C American Diabetes Association Inclui o uso da A1C (Hemoglobina Glicada) para diagnosticar diabetes Aponta se o controle glicêmico foi ou não eficaz num período anterior de 90 dias Avalia a porcentagem de hemoglobinas que ficaram ligadas ao açúcar numa amostra de sangue Quanto maior essa porcentagem, maiores devem ter sido os valores da glicemia nos últimos 90 dias Valores normais de referência≤ 5.4% Pré diabetes= 5.5%-6.4% Diabetes≥ 6.5% Não requer jejum Não é afetado pelas alterações de estilo de vida do indivíduo Fortemente correlacionado com risco de desenvolver retinopatia Modificadores de efeito: altas doses de salicilatos, vitaminas C, E e deficiência de ferro severa Fácil, rápido, seguro, validado Valores necessários para pacientes que já tem a doença. Teste de Glicemia na Urina A pesquisa de açúcar na urina (glicosúria) não é tão acurada quanto a do sangue. Ela só deve ser realizada se a pesquisa no sangue for impossível A glicosúria faz uma avaliação indireta da glicemia uma vez que o teste só é positivo a partir de 180 mg/dl É justamente a partir deste valor que os rins passam a "filtrar" a glicose na urina Teste de Glicemia Capilar Puncionar a face lateral do dedo (nunca a polpa digital), formando a gota de sangue. Preencher totalmente o local indicado da tira reagente do monitor de glicemia com a gota de sangue. Aguardar o tempo determinado para a leitura conforme seu monitor (aproximadamente 5 segundos). Exames para solicitar ao paciente com índice de glicemia alto no destro: avaliar hemoglobina glicada ( precisa estar até 6) + hemograma - neutrófilos, alteração de quimiotaxia das células de defesa, + hemograma - hemoglobina ( estresse oxidativo), aqui ocorre o transporte de oxigênio, se estiver baixa é ruim Controle Domiciliar Controle ideal diabete tipo 1 ou 2 que usa insulina: checar a glicemia 4-6x/dia, antes e depois das refeições; Controle bom para diabetes tipo 2 que usa hipoglicemiantes orais e insulina noturna – o consenso brasileiro preconiza glicêmica de jejum e antes do jantar; Diabetes tipo 2 – testes de glicemia após o almoço e jantar. Sinais e Sintomas Poliúria: eliminação do excedente de glicose através da urina Aumento de apetite= como os tecidos não conseguem obter quantidade necessária de glicose aumenta o apetite tentando compensar isso Sede: perda de líquidos Emagrecimento= A falta de glicose no interior das células faz com que estas obtenham a energia através da combustão de lipídios e proteínas (osmose), acontece mais em diabetes tipo 1, o organismo começa a tentar tirar energia de algum lugar pois o açúcar não entra na célula, então vai para parte de gordura do organismo, levando ao emagrecimento do paciente mas em alguns casos pode ser controverso esse emagrecimento pois a Insulina também está relaciona à alguns hormônios que estão na hipófise, que geram fome Cetoúria Quando o paciente não está tendo insulina suficiente, o organismo lança mão da queima de gorduras para tentar obter a energia que não foi conseguida com a utilização de glicose Formam-se, então, os corpos cetônicos (o que dá o hálito cetônico ou de maçã passada), que passam para a urina e sinalizam que o diabetes já está bastante descontrolado. Complicações Sistêmicas Doença cardiovascular Hipertensão arterial Acidente vascular cerebral Nefropatia Neuropatia Retinopatia Ateroesclerose Infecções oportunista Tratamento Pré-diabetes: -mudanças no estilo de vida (dieta, exercício, perda de peso) DM1: -insulina -Subcutânea -Bomba de infusão DM2: -hipoglicemiantes orais Tipos de Insulina Velocidade com que é absorvida do tecido subcutâneo para o sangue (início da ação) Tempo necessário para que toda a insulina injetada seja absorvida (duração da ação) Informações na Literatura Essa tríade faz com que as feridas não se curem Doença periodontal Diminuição do fluxo salivar: o Infecções oportunistas o Cárie o Disgeusia: termo médico utilizado para designar alterações na percepção do paladar do paciente; o Saliva artificial (servem para compensar a diminuição de proteína) Infecções fúngicas oportunistas - devido a microbiota alterada sem saliva é mais fácil de se ter infecções fúngicas (candidíase tratamento): Tópico: Nistatina bochecho (3min) e gaze embebedada e colocar na região Daktarin gel 2 semanas (comissuras labiais) Sistêmico (em casos de pacientes imunossuprimidos ou quando os tópicos não resolvem o caso): Cetoconazol – 200mg/dia Fluconazol – 100 mg/dia (mais utilizado) Itraconazol – 200 mg/dia Cárie: o Não existe um consenso na literatura; o Alterações Metabólicas levam/e ou agravam alterações bucais; o Relacionada devido à diminuição de saliva. Manejo odontológico Anamnese detalhada o Controle glicêmico (jejum x HbA1) o Comorbidades o hipertensão arterial, doença renal) o Medicação em uso o Tipo, dose e horário da insulina o Horário pela manhã e qualidade da alimentação Consultas curtas no período da manhã (stress). Aferir a PA. Medir a glicemia capilar. Complicações durante a consulta odontológica Hipoglicemia Hiperglicemia Hipertensão arterial Prescrição medicamentosa Papel da infecção bucal no controle da doença Retardo na cicatrização Hipoglicemia Glicemia no sangue <70 mg/dI (abaixo de 74 já devemos ficar preocupados) A aparição dos sintomas é rápida Sintomas: o Fome súbita o Fadiga o Tremores o Tontura o Taquicardia o Suor o Pele fria, pálida e úmida o Dormência nos lábios e língua o Irritabilidade o Desorientação o Mudança de comportamento o Convulsão o Visão turva ou dupla o Dor de cabeça Mais preocupante por ser mais comum e atingir pacientes não necessariamente diabéticos e pode resultar em coma; Paciente tipo 1 prestar mais atenção nos sintomas, pois pode descer a ponto de ter a hipo e aumentar a ponto da cetoacidose Controle de Crise de Hipoglicemia Paciente consciente o Gel de glicose (3-4) o ½ lata de refrigerante normal o Aferir glicemia após 15min Paciente inconsciente o Gel de glicose na boca o Glucagon IM (Injeção) Hiperglicemia Glicemia > 160mg/dl Cetoacidose Diabética Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar Sempre em pacientes diabéticos Cetoacidose Diabética Glicemia > 250mg/dl ocorre mais em pacientes com DM tipo 1 Desidratação com pele seca e fria Respiração acidótica – Taquicardia Grande mal-estar Cansaço Hálito cetônico Hipotonia muscular Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar Glicemia > 600 mg/dl Ocorre mais em pacientes com DM tipo II Mesmas características -Desidratação mais acentuada Cetonúria leve ou ausente Hipotensão (alterações neurológicas severas) Diabetes X HAS Pressão arterial em repouso acima de 140 (sistólica) ou 90 (diastólica) Fatores de risco: o Idade o Etnia o Sobrepeso o Sedentarismo o Dieta o Genética o Apneia do sono o Doença associada (diabetes) Um em cada 3 pacientes adultos com diabetes tem hipertensão arterial Hipertensão arterial aumenta o risco de complicações micro e macrovasculares A ADA recomenda que os pacientes adultos com diabetes mantenham a PA Diabetes e Cicatrização Aumento da glicemia Alterações vasculares - Microangiopatia (chega menos sangue no final dos vasos) Deficiência na função neutrofílica Neuropatia (aumento de glicose, ele vai perder mais água, água sai das células para ir ao sangue a mesma coisa com os neurônios, criando uma deficiência) Dois tipos de doenças vasculares são mais comuns em pacientes diabéticos: a microangiopatia — doença da microcirculação (capilares), responsável pelas alterações na retina e em nervos periféricos — e a microangiopatia (aterosclerose) — doença da grande circulação, que acomete artérias do coração e as periféricas Pé diabético: a dificuldade de cicatrização devido às alterações vasculares. Não pode operar por conta da cicatrização, tem o stress oxidativo ativo por conta da doença e o poucos neutrófilos, tendo riscos maiores de não cicatrizar pós procedimentos cirúrgicos Não se faz a profilaxia antibiótica, e sim a terapia medicamentosa (dose menor e cobertura por 7 dias) Retardo na cicatrização tecidual: o Hiperglicemia e reparação de cirurgias torácicas e abdominais o Maior risco de infecções em indivíduos com glicemia acima de 200mg/dl no momento da cirurgia Cicatrização pós exodontia Poucas são as evidências clínicas da relação do diabetes com o aumento do risco de infecção alveolar pós-exodôntica; Não há evidência científica da relação entre o pobre controle metabólico da diabetes e o aumento do risco à infecção alveolar pós exodôntica, em humanos. Endocardite Infecciosa A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do revestimento interno do coração (endocárdio) ou das válvulas cardíacas; Defeitos cardíacos congênitos ou adquiridos; Dispositivos protéticos; Defeitos valvares. (Mais fácil de ocorrer em pacientes que tem algumas alterações específicas) Epidemiologia Mais comum em homens Idade de 50 a 60 anos; Mortalidade (8 a 40%); Incidência de 3 a 15 casos a cada 100.000 pessoas/ano; 14 - 20 % origem oral. Fisiopatogenia Bactérias, fungos e outros microrganismos; o Estafilococos (trato intestinal e vias aéreas); o Estreptococos (80-90%); o Staphylococcus aureus; o Streptococcus viridans (mucosa oral e TGI); Bacteremia: sistema imune; desorganiza uma colônia específica de bactéria e ela pode ir para corrente, mas quando é imunocompetente (transitória) até escovar os dentes pode causar Bacteremia; Associação (microrganismo +restos celulares) "vegetações": Êmbolos sépticos.; Associação com os microrganismos e resto de plaqueta e fibrila forma um coágulo e forma as vegetações que podem causar alterações no coração de destruição se ele tiver imunocomprometido ou se tiver alguma doença, quando chegam no coração dá o nome de êmbolos sépticos, e podem sair e ir pra qualquer lugar inclusive para o cérebro, causando AVC, etc Consequências e Complicações Sistêmicas Efeitos destrutivos gerados pelas vegetações, geralmente quando ficam paradas no coração: o Disfunção valvar grave; o Insuficiência cardíaca. Disseminação Hematogênica: Septicemia; Embolização das vegetações (quando saem do coração e se movimentam pelo organismo): o AVE o Aneurismas (tem um trombo que dilata o vaso e forma um “calombo” podendo ser associado a um AVC hemorrágico) o Infarto do miocárdio o Abcessos periféricos o Envolvimento de órgãos (fígado, baço, rins) Sinais e Sintomas Febre alta; Sudorese noturna; Calafrios; Fadiga; Dor muscular; Emagrecimento; Cultura sanguínea positiva; Inchaço periférico; Inchaço abdominal; Sopro; Inapetência (perda de fome); Perda de peso; Nódulos de Osler (ponta do dedo inchada); Esplenomegalia (aumento do baço); Petéquias (pele e olhos); Hemorragias em retina; Início da Bacteremia até o início dos sintomas: menos de 2 semanas. Subtipos Aguda o evolução rápida o início rápido Subaguda o evolução lenta o bactérias menos comuns Diagnóstico Diagnóstico é apenas Médico, mas temos que saber o risco do paciente, para fazer profilaxia antibiótica; História clínica; Exame físico; Hemocultura; Ecocardiograma e exames de imagem. Tratamento Altas doses de antibiótico endovenoso: Penicilina ou Vancomicina 2 à 6 semanas Cirurgia devido a danos estruturais: o Insuficiência cardíaca o Prótese instável ou obstruída o Infecção incontrolável por ATB o Infecção fúngica Manejo Odontológico Utilizamos profilaxia antibiótica somente nesses casos. Válvula cardíaca protética (mais chance de ter bacteremia) História previa de EI Doença cardíaca congênita (DCC): o DCC cianótica não reparada, incluindo shunt e condutas paliativas; o Defeito cardíaco completamente reparado com material protético ou aparelho, colocado por cirurgia ou cateterismo, durante os primeiros seis meses após o procedimento; o DCC com defeitos residuais no sítio ou adjacente a prótese, a qual inibi a endotelialização (ocorre em até 6 meses após o procedimento do dispositivo protético); o A profilaxia antibiótica não é recomendada para nenhuma outra DCC, a não ser as listadas no quadro. Receptores de transplantes cardíacos que desenvolveram valvulopatia cardíaca; Não inclui: Stent, enxertos para hemodiálise, marca-passos, derivações ventrículo-arteriais, cateteres de qualquer tipo, by-pass. Profilaxia Antibiótica 30min à 1h antes do paciente realizar o procedimento que tenha manejo sanguíneo; Só faz a profilaxia caso a anestesia for bem no lugar da infecção, como por exemplo uma anestesia exatamente em um abcesso, ou uma raspagem gengival. Tratamentos Odontológicos TEM INDICAÇÃO Procedimentos odontológicos que envolvem manipulação gengival, região dental periapical, ou perfuração da mucosa oral NÃO TEM INDICAÇÃO Anestesia odontológica em tecido não infectado rx odontológico; Colocação de próteses removíveis, aparelhos ortodônticos; Ajuste de aparelhos ortodônticos; Braquetes ortodônticos; Exfoliação de dentes decíduos (mas em caso de uma extração a qual o dente decíduo não esfolia sozinho); Sangramento por trauma labial ou em mucosa oral. Prevenção Controle de bacteremia: o Infecções e inflamações bucais o Antissépticos previamente a tratamentos odontológicos o Edêntulos- cuidado com traumas e úlceras o Manutenção da higiene oral Dicas Pacientes com Síndromes ou Tetralogia de Fallot são mais propensos a terem cardiopatia congênita. Pacientes Irradiados em Cabeça e Pescoço Paciente oncológicos série de alterações quimioterapia, RT, cirurgia, imunocomprometidos. Em geral pacientes mutilados, palato aberto, detalhes específicos do tratamento sistêmico do paciente que irá definir nossa conduta. Considerar o emocional do pacientenesse momento delicado. Cuidados paliativos em prognóstico ruim vem com bom senso, sem expor o paciente a manobras desnecessárias. O cuidador sempre estará envolvido no planejamento do paciente Carcinoma Epidermóide Tumor maligno de origem epitelial que pode ser encontrado na boca e em pele Carcinoma Epidermóide Oral Carcinoma espino-celular (CEC) – Associado com cigarro e álcool (outro nome) Carcinoma de células escamosas (outro nome) Carcinoma escamoso (outro nome) Leucoplasia (biopsia incisional) Úlcera Indolor (diferente de erosão - úlcera já expõe tecido conjuntivo e a erosão não) Massa Tumoral O que vai definir o limite da remoção, se mais estendida ou menos é o estadiamento, se mais ou menos avançado, com metástase local ou a distância, se tem comprometimento de linfonodo também. A Leucoplasia com características de não agressividade da lesão pode ser realizada a biopsia excisional, mas avaliar bem antes. Estadiamento ClínicoTNM T = tamanho do tumor primário em centímetros N = envolvimento de linfonodos locais M = metástases à distância *T1 s - carcinoma in situ: fase inicial do câncer* Mx - metástases distantes não foram identificadas M0 - sem evidência de metástase distante M1 - metástase distante presente Definição de Prognóstico Radioterapia Liberação de dose efetiva ao volume tumoral com proteção adequada dos tecidos normais circunvizinhos; Maximização da cura; Redução de efeitos colaterais. Tipos de Radioterapia Convencionais: o Cobalto terapia (Co 60); o Aceleradores lineares antigos; o Baixo custo; o Atinge tecidos circunvizinhos; o Diversos efeitos colaterais; o Problema - atinge mais tecidos circunvizinhos, efeitos colaterais piores o Comum no SUS e não é tão eficiente. Radioterapia conformacional tridimensional (3D-RCT): o um pouco melhor, pega menos tecidos vizinhos que a anterior, 3d ainda pega outros tecidos, IMRT por girar foca melhor no local mais delimitado do tumor o Forma avançada de radioterapia que usa o computador e técnicas de imagens como a tomografia computadorizada; o Reduz a invasão dos tecidos vizinhos. Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT): o Permite a conformação da radiação para o contorno da área alvo, utilizando múltiplos feixes de radiação angulares; o Maior intensidade de radiação poupando áreas com tecido saudável; o Pega melhor as regiões do tumor. Radioterapia e manejo odontológico Avaliação odontológica detalhada e execução do plano de tratamento; Evitar necessidade de intervenções odontológicas durante o tratamento radioterápico; Orientação de cuidados orais: ↓Custo hospitalar e ↑Qualidade de vida; Orientações ao paciente: o Complicações orais decorrentes do tratamento de RT; o Higiene- Escovação e uso do fio dental de forma criteriosa; o Uso de próteses ajustas sem risco de trauma. Avaliação Clínica e Radiográfica; IRMT Permite a conformação da radiação para o contorno da área alvo, utilizando múltiplos feixes de radiação angulares; Maior intensidade de radiação poupando áreas com tecido saudável. Definir Prioridades e Estabelecer Plano de Tratamento Adequação da cavidade oral; Periodontia; Endodontia; Exodontia; (Indicação de exodontia, Cáries irreparáveis, Doença periodontal severa; Lesão endo/perio; terceiros molares.). o Cuidados ideais: ideal 21 dias antes (diabético aumenta), se não der p esperar até 14 dias é ok. Critério de mínima intervenção da cirurgia se possível sem osteotomia, alveoloplastia, sutura para cicatrizar; o Caso necessário o desgaste ósseo para fechar bem o alvéolo, será uma medida importante pois o principal é a cicatrização; o Caso o paciente já esteja em tratamento de RT e com infecção já instalada para precisar extrair o dente faça mesmo assim a alveoloplastia para que o paciente possa retornar no seu tratamento. Mas sempre observar os exames de sangue; o Antibioticoterapia precisa realizar nesse caso. Restaurações; Eliminar todo e qualquer fonte de trauma Ajuste de próteses. Cuidados ideais: ser realizada a partir de 14 dias antes da RT (Mínimo trauma; Alveoloplastia criteriosa; suturas – bordas da ferida bem coaptadas.) Se tiver lesão periapical não pode fazer endo e sepultar o dente, o dente deve ser extraído; Se houver possibilidade de lesão pulpar temos que seguir para o tratamento mais agressivo, ou seja: endo + restauração se houver coroa apta ou extração em caso de coroa sem possibilidade de restauração; Pré RT X Pós RT Preferencialmente pré RT; Menor risco de insucesso do tratamento odontológico e de intervenções odontológicas após a RT; Tratamentos odontológicos invasivos inevitáveis após a RT, devem ser realizadas por especialistas e com rigoroso follow-up, sob antibiótico terapia e higiene local intensa. Protocolo de Bochechos Água bicabornatada – 1 colher (sopa) bicarbonato de sódio + ½ copo com água. 3x ao dia (básico, neutraliza a acidez que os pacientes ficam na boca durante a RT). Maalox (Hidróxido de alumínio) – 3x ao dia. Deglutir 2x. (neutralizador, a única diferença é que pode deglutir) Glicerina – 1 colher (sopa) + ½ copo com água morna. 3x ao dia. Digluconato de clorexidina 0,12% - 2x ao dia. (indicado antes do paciente estar com mucosite, para deixar o meio com menos bactérias possíveis – sente ardência caso estiver com a mucosite) Saliva Artificial – Conforme necessário. Protetor labial FPS 30- 3x ao dia ou mais. Flúor gel neutro a 1% - Aplicar sobre as superfícies dentárias 1x ao dia. (prevenção da cárie de radiação) Vitamina E em cápsula. Quando a cápsula rompe sai um líquido que tem a função de hidratação, pode passar tanto nas mucosas quanto no lábio. Complicações orais Complicações agudas Mucosite oral; Disfunção no paladar (Disgeusia), quando a RT pega nas papilas o paciente não consegue reaver aquelas papilas, mas quando pega só um pouco, e o paciente volte a sentir o gosto, podemos considerar como uma complicação aguda; Disfunção nas glândulas salivares; Infecções orais: Fúngicas (mais frequente) e/ou bacterianas. Complicações crônicas Fibrose e atrofia muscular; Cáries de radiação; Osteorradionecrose; Disfunção no paladar; Disfunção nas glândulas salivares. Mucosite oral radioinduzida A coloração da mucosa pode modificar ficando hipercorada num momento de pré mucosite Reação tóxica inflamatória que pode afetar todo o trato gastrointestinal. Pode ocorrer nos pacientes submetidos a radioterapia ou quimioterapia. (probabilidade maior, por ser mais citotóxica) Radioterapia- 12 a 15 dias após o início do tratamento (30 Gy) Quimioterapia- 1 semana após o início do tratamento 1. Ainda não tem exposição do tecido conjuntivo; 2. Mais eritematosa; 3. Ulceração; 4. Ulceração a ponto de não conseguir se alimentar. Terapias: Laserterapia de baixa intensidade; Crioterapia (aplicação de gelo); Vitamina E tópica. Analgesia tópica – Xilocaína em spray- auxiliar na alimentação. Laserterapia preventiva. (o laser é uma fonte de energia endógena, age na mitocôndria para dar mais ATP e consiga recobrir tais células) Evitar o trauma por prótese desajustada no uso durante o tratamento Disfunção no paladar Disgeusia (após 20 Gy) Disfunção nas glândulas salivares Xerostomia e Hipossalivação (a partir de 35 Gy) Terapias: Saliva artificial ou gel umectante; Glicerina; Laserterapia; Sialogogos Sistêmicos (betanecol ou prilocarpina). Aumentar a ingestão de líquidos; Evitar substâncias ácidas e alcoólicas. Infecções fúngicas (Candidíase)Terapias Tópica: Nistatina- Suspensão 100.000UI/ml o Bochechar 15 ml por 5 minutos e deglutir. 3x ao dia por 10 dias. e gaze embebedada e colocar na região. o Age por contato Sistêmica: Fluconazol-V.O - 150 mg – Cápsulas. 1x ao dia por 3 dias. (quando o paciente está imunocomprometido). Infecções fúngicas (Queilite Angular) Terapia Tópica Daktarin Gel Oral – Bisnaga Aplicar sobre as comissuras labiais. 3x ao dia por 10 dias. Infecções bacterianas Fatores dependentes: Alteração da função salivar - Alteração da microbiota oral; Higiene oral deficiente; Focos de Infecções; Imunossupressão; Mucosite – Perda da solução de continuidade do epitélio oral Carie de radiação A carie de radiação torna a aparência do dente de carie crônica com uma textura esfarelada, muitas vezes a solução se torna a endodontia com sepultamento de raiz, causando uma odontosecção na coroa. Isso porque a resina não tem boa aderência nesses dentes Após 3 meses do término da RT Agressiva, generalizada, rápida Normalmente se inicia na cervical Resina não pega, a melhor opção é realizar uma adequação ao meio com ionômero. Fatores predisponentes Hiposalivação (acima de 35 Gy) o diminuição capacidade tampão e antimicrobiana o predominância bactérias cariogênicas o dieta cariogênica Alterações estruturais da dentina e do esmalte. Prevenção antes das sessões de RT preparo pré radioterápico Protocolos preventivos para cárie (antes, durante e após a radioterapia) FLÚOR o NaF 1%- gel, 5- 10 minutos diários (mais comum, mas depende do protocolo do hospital) o NaF 0,2%- solução- bochecho semanal o NaF 0,05%- bochecho diário Fibrose muscular Trismo Terapia Fisioterapia; Compressa morna; Relaxante muscular *Cirurgia Osteorradionecrose Região necrótica que, que não conseguimos reverter. As vezes pode ter uma resolução espontânea, caso pós extração fique uma espicula óssea, o corpo engloba para expelir (não ocorre com facilidade) Perda da mucosa de revestimento e exposição do osso necrótico por um período maior que 3 meses (menos de 3 meses pode ser algum outro tipo de alteração) Condição progressiva – não apresenta tendência à resolução espontânea. Se o paciente fez uma IMRT existe chances melhores para a extração sem osteorradionecrose Fatores de risco: o Altas doses de radioterapia (a partir de 40 Gy); o Dentes em más condições; o Extração dentária; o Manipulação óssea. Patofisiologia (risco aumentado acima de 60 Gy) o Tecido hipovascular o Tecido hipóxico o Necrose o Início: 18 meses após término da RT o Efeito cumulativo Avaliar os fatores de risco do paciente e do procedimento Dose de radiação Tipo de técnica radioterápica usada Dente extraído e campo irradiado Mandíbula ou maxila Tipo de tumor e localização Técnica da exodontia (com o menor trauma possível) Prevenção: Avaliação odontológica pré RT. Tratamento mais realizado para casos complexos: Limpeza Cirúrgica até achar osso vascularizado. Deve-se antes realizar exame de imagem para verificar a extensão da lesão; caso estiver próximo às estruturas nobres deve-se avaliar uma tomografia. Caso o paciente tenha supuração, é necessário Antibióticoterapia. Acompanhamento trans RT Semanalmente após início da RT. Diário a partir do início da mucosite. Acompanhamento pós RT 1 mês após o término da RT; 3 meses; Semestralmente. Risco de cárie de radiação – uso de flúor (contínuo); Detecção precoce de recidiva/segundo primário; Detecção de ORN. O paciente deve continuar em tratamento mesmo depois da RT, pois ainda pode ocorrer mucosite ou osteorradionecrose. Dispositivos utilizados durante a RT Utilizado geralmente apenas em hospitais referência Obturador auricular É um dispositivo protético; Preencher todo o conduto auditivo; Corrige a heterogeneidade anatômica; Otimiza o resultado do tratamento radioterápico; É confeccionado por um Estomatologista Superficializar a radiação que vai pegar na região (proteger a parte interna). Bólus Superficializar a dose (sobre a pele); Homogeinizar a dose (superfícies irregulares); Cabeça e Pescoço – Carcinoma Basocelular (CBC); Material ideal do bólus: densidade de tecido/gordura.; Feito em cera e moldado com alginato. Estabilizador bucal É um dispositivo utilizado para abrir e estabilizar a boca durante as frações de RT com intuito de diminuir a irradiação no tecido normal. Aumenta a distância entre a mandíbula e a maxila, tornando possível preservar a maxila dos danos da radiação. Ajuda também o paciente não ter trismo. Aids/Hiv HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana Retrovírus Envelope lipoprotéico Ø Enzimas: o Transcriptase reversa o Protease o Integrase Duas fitas simples de RNA Família - Retroviridae Subfamília - Orthoretrovirinae Gênero -Lentivirus HIV I: o Mais infeccioso o Amplamente disseminado o Transmissão semelhante *Responsável pela pandemia HIV II: o Menos infeccioso o Concentração em regiões específicas o Transmissão semelhante AIDS - Doença que ataca o sistema imunológico (linfócitos T CD4 < 200 CÓPIAS) HIV - Vírus da imunodeficiência humana Epidemiologia 1980 - 5 casos de Pneumonia em Los Angeles 1983 - Isolado retrovírus (HIV) 25 anos após, 67 milhões de pessoas infectadas 25 milhões de morte + Óbitos que a Peste Negra (XIV) + Óbitos que Influenza (1918 - 1919) 4 décadas depois.: Mudanças no perfil epidemiológico o Entre as décadas de 80 e 90 período de surto. - prevenção? - tratamento? - mortalidade alta. o Entre as décadas de 90 a 2000. - mudança no perfil de infectados - tratamento, controle das taxas de mortalidade TARV ( terapia anti retroviral ) o Mudança no perfil de comorbidades relacionas à doença – o Controle da mortalidade o SUS Direitos do paciente convivendo com o HIV Patogêse Constituição - envelope, camada bilípidica, proteínas gp 120 de superfície, gp41 proteína transmembrana, capsula (capsídeo, p17, p24), parte nucleica 2 fitas simples de RNA; 3 principais partes: envelope, capsula e núcleo; Envelope lipoprotéico (proteínas importantes no processo de replicação do HIV) o GP120 (de superfície) o GP41 (transmembrana) Enzimas (ase = quebra): o Protease o Transcriptase (transcrever) o Integrase (integrar) o Todos esses processos têm quebras para que eles aconteçam 2 fitas simples de RNA no núcleo, depois forma uma fita dupla de RNA da célula hospedeira; Células importantes para ver no exame do paciente HIV+: linfócitos TCD4 (O HIV precisa se replicar, a fim de alterar o DNA da célula hospedeira e a escolhe a partir de proteínas que são compatíveis). Fase Precoce X Fase Tardia (Ciclo Replicativo) GP 120 liga com o CD4 da célula que vai adentrar, a partir dessa ligação a GP 41 vai se modificar e juntas vão conseguir fazer um vínculo para que o HIV adentre no citoplasma. O RNA vai poder adentrar em uma célula que tem DNA. A partir dessa fusão as duas fitas de RNA vão conseguir ser transcritas (transcriptase) em uma nova fita de DNA (fita vai ter as coisas do DNA e novas do RNA); Fase precoce (Reconhecimento, transcrição, integração): o Ligação vírus - célula hospedeira (através das proteínas); o Transcrição RNA - dupla fita DNA (transcriptase); o Integração (integrase) - novo DNA proviral incorporado no genoma da célula hospedeira, vai ocorrer modificação do DNA da célula hospedeira (termina a fase precoce); o O vírus HIV entra nas célulasdo sistema imunológico e se replica. Fase Tardia: o *Consegue se ligar com o CD4 pois tem quase o mesmo material de membrana, logo a célula não a reconhece como vírus; o No núcleo da célula hospedeira vai ter reprodução de DNA viral, vai se replicando até o linfócito vai explodir de tanto material replicado e sai novas células de HIV imaturas. Replicação de material viral DNA, depois RNA para fazer uma nova células de HIV imatura e depois vai precisar ficar madura; (Já sai como várias fitas simples de RNA, e se une com uma de DNA formando uma fita dupla e uma nova célula de HIV imatura). o Expressão do genoma proviral; o Formação de novas partículas virais; o Maturação de novas partículas virais; o Na fase tardia, ele produz novas cópias do vírus e infecta outras células. Risco x Vulnerabilidade O que é risco? É a exposição de indivíduos ou grupo de pessoas a situações que os tornam suscetíveis às infecções e ao adoecimento. Grupos de risco são um estigma social e são insuficientes para determinar a epidemia de HIV, o que determina mesmo são os comportamentos de risco. O que é vulnerabilidade? É o conjunto de fatores de natureza biológica, epidemiológica, social, cultural, econômica e política cuja interação amplia ou reduz o risco ou a proteção de um grupo populacional, diante de uma determinada doença, condição ou dano. 3 dimensões: Individual - Comportamentos de risco, falta de informação; Social - Baixa escolaridade, situações de risco, violência; Institucional - Políticas públicas, vulnerabilidade institucional (testagem, prevenção). Categoria de Exposição Sexual (heterossexual, homossexual, bissexual); Sanguínea; Vertical (intrauterina, perinatal, amamentação); Contato sexual desprotegido Contato com sangue infectado através de agulhas ou outros materiais perfurocortantes Infecção vertical Saliva => não é considerado meio de transmissão. Poucas evidências Processo da Infecção Determinação da carga viral e da cd4; CD4 explodem quando a carga viral está muito alterada; No período de latência o organismo tenta se adaptar e não tem muitas alterações. Diagnóstico Através de: Coleta de sangue Fluidos orais *Importância do sus* Tratamento TARV está associada aos processos de protease, transcriptase e integrase; É importante que as pessoas vivendo com HIV e AIDS busquem apoio médico especializado para iniciar o tratamento antirretroviral (TARV) o mais rápido possível, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir a transmissão do HIV. Além disso, é fundamental oferecer suporte psicológico e orientação adequada para lidar com o diagnóstico e viver de forma saudável. Iniciar TARV independente da contagem, menos nos casos assintomáticos; Controle Menor pode entrar em falha terapêutica, abaixando o cd4 e aumentando a carga viral; Maior não precisa solicitar, pois o cd4 está alto, depois do tratamento solicitar o exame. Manifestações Bucais Entre 1-6 semanas após a infecção => Síndrome viral aguda; Linfadenopatia generalizada; Boca=>lesões infecciosa, periodontopatias, neoplasias malignas e outras alterações; Lesões podem surgir por falha terapêutica após a síndrome viral aguda (mais infecções na síndrome viral aguda) Baixa imunidade => maiores recorrências de doenças oportunistas: LESÕES INFECCIOSAS o Candidíase oral (mais comum) o Herpes simples o Herpes zoster o Leucoplasia pilosa oral (EBV) Periodontopatias: o Primeiro manifesta - eritema linear gengival, depois progride para GUN e por fim PUN o Eritema linear gengival o Gengivite ulcerativa necrosante o Periodontite ulcerativa necrosante Neoplasias: o Sarcoma de Kaposi o Linfomas Candidíase Oral Pseudomembranosa Eritematosa (mais erosiva central na língua) Queilite angular Diagnóstico Clínico Citológico Biópsia Tratamento Local: Água bicabornatada Miconazol (Daktarin gel oral) Nistatina (Micostatin) Sistêmica: Cetoconazol (Nizoral) Fluconazol (Zoltec) Itraconazol (Sporanox) Anfotericina B Herpes Simples Curso clínico diferente do herpes simples convencional Não regride espontaneamente ou tem curso clínico estendido Requer tratamento – resistente ao tratamento Recidivas frequentes Grandes ulcerações Lesões intra-orais – extremamente debilitantes Sinais prodrômicos - antes da manifestação específica, ex. Coceira Tratamento ACICLOVIR 200 mg/ 5x ao dia – mínimo de 1g Espectro maior - GANCICLOVIR, FAMCICLOVIR, VALACICLOVIR, PENCICLOVIR, FOSCARNET Herpes Zoster Etiologia: HHV3 (vírus em latência gânglio espinha dorsal - reativação); Imunossupressão; Apenas uma recorrência esperada; Em pacientes imunocomprometidos pode ocorrer problemas neurológico; Só acomete um hemilado; 3 fases: o Prodrômica (dor intensa, febre, cefaléia – 1 a 4 dias antes) o Aguda (eritema, vesículas, pústulas e crostas) o Crônica (neuralgia pós-herpética – 3 meses) Diagnóstico: clínico Sintomatologia: dor, queimação, ardência, perfurante, incômoda ou cortante Sinais clínicos Vesículas se rompem e deixam úlceras dolorosas A localização comum inclui o tronco, cabeça e pescoço (envolvimento intra-oral é raro) Acomete pequenas extensões – trajetos de nervos Respeita a linha média (reativada num tronco nervoso – principal característica) Prurido intenso Lesões orais - envolvimento do nervo trigêmeo A neuralgia pós-herpética é uma complicação em aproximadamente 10% dos pacientes com herpes zoster Envolvimento ocular – cegueira Tratamentos Antivirais Tratamento sintomático e de infecções secundárias Neuralgia pós-herpética: analgésicos, narcóticos, anestésicos, bloqueio nervoso Leucoplasia Pilosa Infecção local dos queratinócitos pelo EBV Intra-oral: o língua; o borda lateral o assintomática significado clínico importante *falta de adesão à TARV, falha da TARV, diminuição do CD4, progressão da doença do HIV; A manifestação é derivada de falha terapêutica, sem adesão ao tratamento, progressão da doença rápida; Diagnóstico: o Clínico o Histopatológico o Citológico Tratamento TÓPICO: ácido retinóico( 0,1%) podofilina ( 2%) SISTÊMICO: aciclovir Remissão espontânea em 10% dos casos Eritema Linear Gengival Candidíase Não cede com raspagem Não está relacionada ao biofilme Gengivite Ulcerativa Necrosante Dor Halitose Necrose de papilas Tratamento Profilaxia, raspagem; Irrigação oxidante; Bochechos oxidantes; Bochechos de gluconato de clorexedina Antibiótico Periodontite Ulcerativa Necrosante Precedida pelo eritema gengival linear Rápida progressão Dor Mal estar Tratamento Raspagem e profilaxia coronário-radicular; Irrigação iodeto sódio 2% + H2O210 vol (1:1); Gluconato de clorexidina Antibióticos: metronidazol Sarcoma de Kaposi 15-20% dos pacientes apresentam Sarcoma de Kaposi Associado ao HHV8 Origem em células endoteliais Mais comum e perigoso em pacientes com AIDS Mais palato, gengiva e língua o Evolução – invasão óssea o Necrose, sangramento e dor o Tratamento HAART – redução de lesões o Quimioterapia (Vimblastina) – caso o tratamento sistêmico não resolva Tratamento TÓPICO Corticóides (dexametasona, clobetasol); SISTÊMICO Corticóides; Talidomida - 100 mg, 2x dia, 6 dias tetraciclina, imunomoduladores (micofenolato mofetil, tacrolimus, sirolimus). Linfomas 4% em boca (gengiva, língua, palato, amigdala e seio maxilar) Massastumorais agressivas => prognóstico ruim Linfoma de células B - plasmoblástico EBV Tratamento Quimioterápico Radioterápico Outras Manifestações Orais Lesões relacionadas ao HPV: Verruga vulgar e papiloma escamoso, condiloma acuminado Lesões múltiplas Tratamento por remoção cirúrgica ou regulação de taxas virais Recidiva comum Condiloma - sempre associada a transmissão via sexual Papiloma - nem sempre associada a doença sexualmente transmissível, verruga, pode vir do dedo colocado na boca Lesão nodular digitiforme ou de papila, ambas são associadas ao HPV com subtipos diferentes Úlceras Aftosas Recorrentes MENORES 2-4 mm de diâmetro, limites definidos, contornos regulares MAIORES + 10mm de diâmetro, crateriforme Curso clínico diferente do usual – requerem tratamento medicamentoso – não regridem espontaneamente – vinculadas a alterações na imunidade ou reação adversa á TARV Tratamento: TÓPICO o Corticóides (dexametasona, clobetasol) o Laser
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