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Aula 01 und 1 de PNE 06/02/2023 Pacientes com necessidades especiais: Pacientes com necessidades especiais são aqueles que requerem cuidados e atenção adicionais devido a condições de saúde físicas, mentais, emocionais ou cognitivas que podem limitar sua capacidade de realizar atividades cotidianas. Essas condições podem incluir, mas não se limitam a: deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência física, deficiência intelectual, transtornos do espectro autista, distúrbios do desenvolvimento, transtornos mentais, doenças crônicas, doenças degenerativas, transtornos neurológicos, entre outras. Qualquer pessoa pode se enquadrar nessa categoria, independentemente de idade, sexo, raça, origem étnica ou status socioeconômico. É importante ressaltar que cada indivíduo é único e pode ter necessidades diferentes, portanto, é fundamental que os cuidados e atenção sejam adaptados às suas necessidades específicas. • Deficiência visual: incluindo cegueira ou baixa visão; • Deficiência auditiva: incluindo surdez ou perda auditiva parcial; • Deficiência física: incluindo paralisia cerebral, amputação, lesão medular, distrofia muscular, entre outras; • Deficiência intelectual: incluindo síndrome de Down, síndrome do X frágil, transtorno do espectro autista, entre outras; • Transtornos mentais: incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtornos alimentares, entre outras; • Doenças crônicas: incluindo diabetes, doenças cardíacas, doenças pulmonares, doenças renais, entre outras; • Doenças degenerativas: incluindo doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla, entre outras; • Transtornos neurológicos: incluindo epilepsia, encefalite, meningite, entre outras. • Pacientes oncológicos, entre outros. • Gestantes. Geriatria: A geriatria é a especialidade médica que se dedica ao estudo, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças e condições médicas que afetam os idosos. Ela tem como objetivo promover a saúde e o bem-estar dos idosos, ajudando-os a manter sua independência, autonomia e qualidade de vida. Gerontologia: A gerontologia é o estudo do processo de envelhecimento humano, suas causas e efeitos, bem como as mudanças físicas, mentais e sociais que ocorrem na vida das pessoas idosas. Ela se preocupa em compreender e melhorar a qualidade de vida dos idosos e promover o envelhecimento saudável e ativo. A gerontologia é uma área multidisciplinar que abrange uma ampla gama de tópicos, como a biologia do envelhecimento, a saúde e a medicina geriátrica, a psicologia do envelhecimento, a sociologia do envelhecimento, a economia do envelhecimento, entre outras. Os gerontólogos são profissionais especializados em gerontologia, que trabalham em diversas áreas, como pesquisa, ensino, serviços de saúde, assistência social, planejamento urbano, entre outros, para desenvolver políticas e programas que melhorem a qualidade de vida dos idosos. Em resumo, a gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano e tem como objetivo entender e promover um envelhecimento saudável e ativo, além de melhorar a qualidade de vida dos idosos. Odontogeriatria: A odontogeriatria é uma especialidade da odontologia que se dedica ao diagnóstico, prevenção e tratamento das condições bucais que afetam os idosos. Ela leva em consideração as mudanças que ocorrem na boca e nos dentes com o envelhecimento, além das condições médicas que podem afetar a saúde bucal. Os idosos podem enfrentar diversos problemas bucais, como cáries, gengivite, periodontite, perda dentária, xerostomia (boca seca), problemas de prótese dentária, entre outros. A odontogeriatria visa a prevenção e o tratamento desses problemas, além de promover uma boa higiene bucal e saúde geral. O odontogeriatra é o profissional de odontologia especializado em cuidados dentários para idosos. Ele trabalha em colaboração com outros profissionais de saúde para fornecer cuidados integrados e abrangentes aos pacientes idosos. Em resumo, a odontogeriatria é uma especialidade odontológica que se dedica à saúde bucal dos idosos, com o objetivo de prevenir e tratar as condições bucais que podem afetar a qualidade de vida e bem-estar dos idosos. Mudanças ao longo da vida podem ser: 1. Físicas (diminuição da acuidade visual e auditiva, da motricidade, pele envelhecida, cabelos embranquecidos). 2. Psicológicas (teimoso, carente, perda de memória, resistência a mudanças). 3. Sociais (diferença de ciclos de amizade, isolamento, perdas de pessoas importantes) O envelhecimento não é um evento, é um processo! Senescência: FISIOLÓGICO - é um processo biológico natural e inevitável que ocorre em todas as células e tecidos do corpo humano e de outros organismos multicelulares. É caracterizado pela diminuição progressiva da capacidade das células de se dividirem e se reproduzirem, além de alterações em sua função e metabolismo. Embora a senescência seja um processo natural do envelhecimento, pesquisas recentes têm mostrado que ela pode ser induzida precocemente por fatores como o estresse, a obesidade, o tabagismo e a exposição a poluentes. Além disso, a pesquisa sobre a senescência tem levado ao desenvolvimento de terapias e tratamentos que visam retardar ou reverter os efeitos do envelhecimento. Em resumo, a senescência é um processo biológico natural que ocorre em todas as células e tecidos do corpo humano e está associado ao envelhecimento e ao surgimento de doenças relacionadas à idade. Ex. de manifestação oral: dentes amarelados, retração gengival leve, mucosa mais espessa e redução dos botões degustativos. Senilidade: PATOLÓGICO – Processo não natural, envelhecimento por meio de processos patológicos. Como a perda de dentes, periodontite, hipossalivação/hipossialia, lesões de cárie, edentulismo. Não deve mais ser utilizado o termo “portador de deficiência”, “deficiente”. O termo correto é “pessoa com deficiência”. Pode ser chamado de paciente típico ou atípico e não utilizar o termo “normal”. Não se fala mais “deficiência/retardo mental” o termo apropriado é “deficiência intelectual”. Aula 02 und 1 de PNE 13/02/2023 Patologias Orais relacionadas a Odontogeriatria Edentulismo: é um termo utilizado na área da odontologia para se referir à condição de ausência total ou parcial de dentes na boca de uma pessoa. O edentulismo pode ser causado por diversos fatores, tais como doenças periodontais (que afetam as estruturas que sustentam os dentes), cáries dentárias avançadas, traumas e desgaste natural dos dentes. No caso parcial pode ocorrer o desastre oclusal e extrusão severa do antagonismo. Mudanças periodontais no envelhecimento: alteração na destreza e na acuidade visual, redução das defesas imunológicas, envelhecimento fisiológico das células do periodonto, mudanças na dieta, mudanças relacionadas a doenças de bases (hipertensão, diabetes), perdas dentárias e redução do fluxo salivar normalmente causada pelo uso de medicamentos. Há uma relação de doença periodontal com doenças sistêmicas. Pacientes diabéticos, cardiopatas, gestantes, doenças respiratórias, renais... Cárie dentária: é uma doença que afeta os dentes e é causada por bactérias presentes na placa bacteriana. Essas bactérias produzem ácidos que corroem o esmalte dos dentes, formando pequenas cavidades que podem crescer e afetar as camadas internas do dente, incluindo a dentina e a polpa. Em idosos pode ocorrer a retração e deixar a raiz exposta, dessa forma é comum a cárie radicular. Os conceitos de adesão mudam dificultando as restaurações. As lesões não cariosas estão bastante associadas ao envelhecimento da boca. Alteração salivar: Pode influenciar nos diagnósticos, na retenção de próteses, a qualidade de vida, alimentação. Normalmente os idosos tendem a ter uma hipossialia/hipossalivação que está relacionada a medições, mas nem sempre tem a relação. Algunsmedicamentos como os antidepressivos podem causar a diminuição do fluxo salivar. Lesão de tecidos moles: Exames bem feitos, observar a presença de queilite actínica, pois, pode se tornar maligna. Estomatite protética: Agente etiológico – candidíase. A estomatite protética é uma condição inflamatória da mucosa bucal que afeta pacientes que usam próteses dentárias removíveis. Ela é causada pela irritação e trauma causados pelo uso prolongado das próteses, que podem levar a uma infecção fúngica ou bacteriana. Tratamento: Limpeza e desinfecção das próteses, terapia antifúngica, não dormir com as próteses, boa higienização da mucosa, bochechos com clorexidina. Leucoplasia: Potencialmente maligna. A leucoplasia é uma lesão branca que pode aparecer na boca, especialmente na língua, bochechas e lábios. Ela é causada por uma proliferação excessiva de células epiteliais da mucosa bucal, resultando em uma camada espessa e esbranquiçada. A leucoplasia pode ser causada por hábitos como fumar, beber álcool, mastigar tabaco e pela exposição à radiação UV, e pode estar associada a um risco aumentado de câncer bucal. Os sintomas da leucoplasia incluem manchas brancas na boca que não saem com a escovação, sensibilidade e dor. Já a candidíase é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida na boca. Os sintomas da candidíase incluem manchas brancas cremosas na boca, que podem se desprender e deixar uma superfície avermelhada e dolorida. A candidíase também pode causar sensação de ardência e dificuldade para engolir. A infecção fúngica pode ocorrer em qualquer pessoa, mas é mais comum em bebês, idosos, pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou que usam próteses dentárias removíveis. Leucoplasia – não sai com gaze. Hiperplasia Fibroepitelial/ Hiperplasia fibrosa Inflamatória: A hiperplasia fibroepitelial (HFE) ou hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI) é uma condição que ocorre na mucosa bucal em resposta a um trauma ou irritação crônica. É caracterizada por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso e epitelial, que pode levar à formação de uma massa elevada na boca. A HFE ou HFI geralmente é causada pelo uso prolongado de próteses dentárias mal adaptadas ou pela presença de tártaro ou placa bacteriana na região. Ela pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em adultos mais velhos que usam próteses dentárias. Os sintomas da HFE ou HFI incluem uma massa elevada ou nódulo na mucosa bucal que pode ser dolorosa ou não. Dependendo da localização da lesão, pode ser difícil mastigar, falar ou engolir adequadamente. O tratamento da HFE ou HFI consiste em remover a fonte de irritação, geralmente a prótese dentária mal adaptada, e realizar a remoção cirúrgica da lesão. Em casos de lesões maiores, pode ser necessário realizar um enxerto para reconstruir a área afetada. Após o tratamento, é importante manter uma boa higiene oral para prevenir a recorrência da HFE ou HFI. Queilite angular: A queilite angular, também conhecida como queilose angular ou boqueira, é uma condição inflamatória que afeta a pele ao redor dos lábios, especialmente nas dobras das comissuras labiais. É caracterizada por rachaduras, fissuras, vermelhidão, inflamação, crostas e dor na região afetada. É causada por acúmulo de microrganismos, muito comum em idosos pela hipotonia dos músculos da região causando o acúmulo de saliva na região. Tratamento deve tirar o fator etiológico, mudanças de hábito e prescrição medicamentosa. Miconazol gel, terapia fotodinâmica. Câncer bucal: Atinge a população principalmente acima da sexta década de vida. É o quinto maior tipo de câncer no Brasil. Realizar biópsia. Caso clínico: envio de material para biópsia com histórico do paciente, características de lesão fundamental e hipóteses de diagnóstico. Exame histopatológico revelando displasia leve (ainda não foi encontrado mutação suficiente) e hiperplasia (reprodução celular acima da média). Tratamento: remoção de hábitos que podem ser fatores etiológicos e acompanhamento. Hábitos parafuncionais: Pacientem levam para a vida os hábitos deletérios, podendo chegar a idade avançada com trincas, perdas de estruturas, restaurações grandes de amálgama e risco de fratura dental. Placa oclusal: rígida, deve ter contato em todos os dentes, protege os dentes do bruxismo. Placas protetoras/ placas de mordida: placas moles, feitas de EVA e protegem os tecidos moles. Envelhecimento bucal precoce: lesões não cariosas. Patologias orais relacionadas aos pacientes com necessidades especiais: Cárie dentária: Negligência maior na saúde oral desses pacientes pode trazer maior prevalência. Mas não se pode afirmar que esses pacientes tem maior incidência de cárie e doença periodontal. Está mais relacionado ao contexto social e vulnerabilidade social. Doença periodontal Câncer Lesão de tecidos moles: TEA, paciente não consegue falar o que dói. Afta pode fazer diminuir a alimentação. TEA: hipersensibilidade ao som e a luz, dificuldade de interação social, dificuldade de comunicação. Hábitos parafuncionais Má oclusão: pacientes com microcefalia ou síndromes. Diferença na cronologia de oclusão. Alterações salivares: pacientes com distúrbios neurológicos podem ter hiperssalivação. Diferente dos idosos. Escape de saliva. Traumatismos: pacientes com overjet e overbite acentuados, pacientes hiperativos, TEA, manejo comportamental mais difícil e pacientes que correm riscos de queda da própria altura, cadeirantes. Protocolo de traumas da Iadt. Aula 03 da unidade 01 PNE 27/02/2023 Exames clínicos e complementares – slide Exames complementares Laboratoriais: Os exames laboratoriais auxiliam nas decisões sobre diagnóstico e tratamento das doenças. Os tipos mais comuns avaliam o sangue, as fezes e a urina. Radiografias: O mais popular em consultórios odontológicos. Isso porque esse exame permite que o profissional tenha uma visão completa da boca, inclusive as áreas não visíveis a olho nu. Ex: tomografias, ressonância, panorâmica, periapical, interproximal. Citopatologia: é a ciência que estuda as doenças através das modificações celulares, considerando as suas características citoplasmáticas e nucleares. O exame citopatológico é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. É a principal estratégia para detectar lesões precocemente. O exame de citologia tem como objetivo realizar a avaliação das células de determinada região do corpo ou fluido, sendo capaz de identificar a presença de sinais de inflamação, infecção, sangramentos ou de câncer por meio da observação da amostra no microscópio. Este exame costuma ser indicado para analisar o conteúdo de cistos, nódulos, líquidos incomuns que se acumulam em cavidades do corpo ou de secreções anormais como escarros. Biópsia: É um exame complementar que consiste na coleta de um tecido vivo para avaliação macro e microscópica, com o objetivo de elucidar o diagnóstico. Na odontologia, a biópsia tem importância fundamental na corroboração de diagnósticos clínicos de neoplasias, processos hiperplásicos e metaplásicos, condições inflamatórias e doenças degenerativas. Além disso, mesmo em lesões não específicas, a biópsia odontológica é uma ferramenta importante para o diagnóstico diferencial. As lesões pigmentadas podem ser indicativas de melanoma. Nesse caso, a biópsia deve ser do tipo excisional, realizada com uma margem considerável de segurança, uma vez que o procedimento pode desprender células e causar uma proliferação intravascular indesejável. As lesões vasculares, conhecidas como hemangiomas, também não devem sofrer biópsias incisionais, especialmente se forem cavernosas intraósseas. Essa contraindicação deve-se ao risco de sangramento excessivo,o qual pode colocar a vida do paciente em risco. Nesse caso, para diagnóstico laboratorial, pode-se coletar sangue da lesão através de aspiração com seringa e agulha. Histopatológico: O exame histopatológico permite a análise microscópica dos tecidos, com a finalidade de informar ao clínico a natureza, a gravidade e a extensão das lesões, além de sugerir ou confirmar o diagnóstico de determinada doença. Biópsia é um procedimento caracterizado pela retirada de um fragmento de um tecido (pele ou outro órgão). Este fragmento é então enviado para um médico patologista que o observará ao microscópio. A esta análise feita pelo patologista chama-se exame anatomopatológico ou histopatológico. Imunohistoquímica: A imuno-histoquímica é um exame que permite detecção de antígenos específicos e imunofenotipagem de tecidos ou agentes infecciosos. É um exame muito útil na avaliação confirmatória de um determinado diagnóstico, podendo ser utilizado também na avaliação prognóstica de pacientes, especialmente na rotina oncológica. Aula 04 da unidade 01 PNE 06/03/2023 Classificação de comportamento Desafios: condições financeiras, poucos profissionais qualificados, desconhecimento. Cabe ao profissional: carinho, empatia, segurança do paciente e da equipe, conhecimento e investigação dos comportamentos nocivos. Sala clínica limpa, clara, cores lúdicas neutras e sem armadilhas (espaços onde o paciente possa se esconder). Observar a interação do paciente com a família. McBRIDE: criança que chora, tímida, retraída, caprichosa e nervosa. Classificação antiga e em desuso. Costa: cooperadora, tímida, medrosa, mimada, teimosa, rebelde, especial, doente ocasional. Antiga e em desuso. Vianna: normal ou difícil. Classificação muito simples e não usada. FRANKL, SHIERE, FOGELS: Definitivamente positivo, positivo, negativo, definitivamente negativo. Classificação em forma de escala. WRIGHT: o comportamento da criança pode ser dividido em cooperativo, potencialmente não cooperativo e com falta de habilidade para cooperar. A melhor classificação de comportamento. Técnicas de condicionamento Farmacológicas: sedação, anestesia geral Não farmacológicas: Falar-mostrar-fazer: preconiza que o método envolve explicações verbais de procedimentos com frases apropriadas para o nível de desenvolvimento do paciente, demonstração dos aspectos visuais, auditivos, olfativos e táteis, numa posição cuidadosamente definida e não ameaçadora e, sem desviar da explicação e da demonstração, se executa o procedimento. Modelagem: fazer em um modelo, um macromodelo ou em outra criança e ir mostrando como será realizado o tratamento. Exposição de imagens odontológicas positivas: Conversar para que os pais não façam exposição negativas da odontologia e mostrem imagens positivas sobre o contexto, mostrando dentes limpinhos, presentes, situações legais. Perguntar-explicar-perguntar: Fazer na ordem correta, perguntar se o paciente quer fazer o procedimento, explicar a importância e perguntar novamente. Deixa a criança achar que tem poder de escolha. Limitar as opções de resposta: “Você quer escovar com escova azul ou rosa?” Controle no tom de voz: Deve ser algo extremamente raro, nem todos os pacientes respondem bem. Os pais podem não aprovar. Depende da habilidade de cooperação do paciente. Comunicação não verbal: Abraços, toque, pegar na mão, apoio mais proximal. Avaliar se o paciente vai receber bem. Reforço positivo: a criança é recompensada pelo seu bom comportamento, o que pode ser feito através de reforços sociais e não sociais. Os incentivos não sociais são prêmios simbólicos, como adesivos, lápis, figurinhas e diplomas. Distração: Telas, mas deve perguntar aos pais se pode ser utilizado. Uma conversa sobre algum assunto interessante pode ser utilizada. Teoria das comportas: emoções positivas modulam a dor, diminuído a mesma, enquanto as emoções negativas exacerbam a dor. Reestruturação da memória: Interessante para pacientes que já possuem experiências traumáticas. Envolve colocar imagens positivas que se tornarão memórias visuais “dentinho limpo e feliz”. Reforço positivo pela verbalização: 0 primeiro, envolve o comportamento do profissional e da equipe em relação à criança e inclui elogio verbal, modulação da voz, expressão facial e demonstração física de afeição. Exemplos concretos para qualificar detalhes sensoriais: o ventinho, motorzinho do avião, a chuvinha, gostinho azedo do ácido(limãozinho). Presença de pais e cuidadores: Depende muito do comportamento do paciente, podendo melhorar ou piorar. Estabilização protetora: Ressaltar a importância e que ela protege a criança. Utilização de faixas. O próprio cuidador pode ficar estabilizando o paciente. Síndromes Deficiência intelectual: Quando o funcionamento cognitivo não corresponde ao esperado, está abaixo do que é considerado normal. Os casos devem ser analisados de forma isolada de acordo com as peculiaridades de cada caso. É uma condição heterogênica com múltiplas causas (congênita, genética 60% - erros inatos do metabolismo, síndromes congênitas, má formação encefálica, doenças maternas, influências ambientais durante a gestação, - não genética = dificuldade no parto, fenotípica – depois do parto até os 2 anos: doença desmielinizante, síndrome metabólica, diabetes tipo 1, desnutrição, intoxicação por Mercúrio). Aspecto multifatorial. Diagnóstico: feito por neurologista ou neuropediatra através de avaliação clínica efetiva. Teste de QI caiu em desuso pela falta de padrão. Deve ser avaliado a causa. Em síndrome de down deve ser diagnosticada como concorrente. Em relação a saúde oral: foco na PREVENÇÃO. Acompanhamento regular. Parceria com equipe médica (anotar os contatos). Desmistificar barreiras, esses pacientes sentem dor mesmo sem saber expressar, necessitam de todos os tratamentos. A manutenção deve ser mais frequente (2/2 meses, 3/3 meses, 1/1 mês). Em relação a cárie existem evidências de que esses pacientes possuem maior prevalência de cárie e existem estudos que apontam que não. Mas isso depende de muitos outros fatores como a dieta, comorbidades, higiene oral e a vulnerabilidade econômica. Doença periodontal: a literatura aponta maior prevalência e gravidade que a população típica. Observar a presença de comorbidades. Avaliar a validade ou não de tratamento ortodôntico. A dor de origem dentária muitas vezes é subestimada. Defeitos de esmalte podem ser encontrados (HMI). Manejos comportamentais: dessensibilizarão sistêmica, controle de voz, reforço positivo, falar- mostrar-fazer, distração... A estabilização protetora também pode ser realizada, sedação e anestesia geral. Dia 13/03/2023 Síndrome de Down Condição genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, em vez de dois. Por isso, também é conhecida como Trissomia do cromossomo 21. Condição de síndrome mais comum compatível com a vida a termo. Pode comprometer o intelecto, desordens sistêmicas e musculoesqueléticas. Aumenta o risco com maior idade da mãe, acima de 35 anos. Manifestações gerais: fenótipos diferentes, doenças sistêmicas, defeitos cardíacos, imunodeficiências, leucemia, disfunções gastresofágicas, alterações neurológicas e disfunções na tireoide. Manifestações craniofaciais: nariz pequeno, ponte nasal baixa e estreita, palato ogival, úvula bífida, hipotonia dos músculos da face (cuidado com o manuseio e suporte), macroglossia se deve a hipotonia dos músculos da face. Subdesenvolvimento da mandíbula e da maxila. Manifestações bucais: Alteração da cronologia de erupções dentárias, anomalias dentárias, movimentos da língua imprecisos e lentos, macroglossia, língua fissurada, fissura lábiopalatina, selamento labial inadequado (respirador bucal). Lábios hipotônicos e queilite angular por escape de saliva na região. Saúde oral: • Prevenção;• Parceria com equipe médica e multi; • Cuidado precoce; • Manutenção frequente. Cárie: a literatura é contraditória. Alguns estudos falam em baixa prevalência decorrente das alterações de erupções, outros falam em alta prevalência e alguns não citam diferenças. Há diferenças quando há algum comprometimento e alteração sistêmica maior, ou da rede de apoio e de vulnerabilidade. Doença periodontal: Problema mais significativo. Conexão de alteração sistêmica que pode se agravar. A higiene não é o único fator. Outros achados: diferença da saliva, má oclusão, tendem a ser classe 3, mordida cruzada e protrusão mandibular. Manejo comportamental: todas as técnicas de manejo se aplicam. Entender o contexto familiar. Observar sobre as cardiopatias, se necessário pedir exames complementares em procedimentos mais agressivos onde será bem anestesiado. Muito cuidado com o pescoço por causa da hipotonia, apoio joelho a joelho e usar almofada. Atendimento deve ser multidisciplinar e precoce. Alertar os pais sobre a cronologia de erupção diferente. Transtorno do Espectro Autista O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Mudanças em relação ao contato físico e visual, gostos específicos e seletivos. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. Os padrões podem ser restritos (falar apenas com um membro da família) ou estereotipado (algum tique, andar nas pontas dos pés, não dar a função correta ao brinquedo, padrão repetitivo, mutilador, autolesivos). Os sinais devem estar presentes precocemente até os 3 meses. E devem ser observados até os 30 meses, 2,5 anos. As características variam imensamente. Há o comprometimento mental e sensorial receptivo. Pessoas com TEA não gostam de certas texturas de alimentos, superfícies, barulhos e podem ser fotossensibilidade. O consultório odontológico tem muitos estímulos sensoriais, por isso é importante estar preparado para receber esses pacientes. O diagnóstico é clínico e feito por médicos. Prejuízo na comunicação quando há falha ou atraso na fala, ritmo diferente, ecolalia (repetição de palavras e fonemas). Prejuízo de contato visual e físico. Interesse único em algum determinado assunto, aproveitar o interesse para se conectar com o paciente. Colocar a higiene oral como padrão de repetição e aproveitar a rotina. Podem ter dificuldade expressar o que estão sentindo. Manifestações bucais: a saúde oral é um fator determinante para a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Frequência cardíaca - FC Também conhecida como pulsação, a frequência cardíaca descreve o número de batimentos por minuto realizados pelo coração. Como bomba natural, o músculo cardíaco precisa bater num ritmo regular e suficiente para impulsionar o sangue pelas artérias. Depois, o líquido leva oxigênio e nutrientes para todas as células do organismo. Num adulto jovem, o pulso ideal fica entre 50 e 100 bpm (batidas por minuto). Atletas e idosos costumam ter a pulsação mais baixa, chegando a 40 bpm sem que haja comprometimento ao bem-estar. Antes de um ano, os bebês registram até 160 bpm, sem qualquer problema para a saúde. Verificado pelo oxímetro e esfigno. Frequência respiratória A taxa de frequência respiratória (FR) revela a quantidade de respirações completas em um minuto. Ela fica entre 12 e 20 mrm (movimentos respiratórios por minuto) num adulto saudável e com menos de 40 anos. Da mesma forma que a frequência cardíaca, a respiratória tende a sofrer variações conforme a idade. Pressão arterial - PA Quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, o líquido faz força contra as paredes desses vasos sanguíneos. Esse é o conceito por trás da pressão arterial, medida sempre em duas partes: sistólica e diastólica. O valor sistólico corresponde à tensão no momento em que o órgão se contrai e, portanto, é superior ao diastólico. O valor obtido na diástole é mais baixo, pois se refere ao instante de relaxamento do músculo cardíaco. Idealmente, os valores de pressão num paciente adulto ficam entre 120/80 mmHg (o famoso 12 por 8). Sua verificação é feita pelo Esfigmomanômetro e estetoscópio e é importante para a escolha do anestésico a ser utilizado. Temperatura - TEMP Medida por meio de um termômetro, a temperatura demonstra o resultado entre ganho e perda de calor do corpo para o ambiente. O valor de referência é de 36,5ºC (graus Celsius), para qualquer idade e é medido por um termômetro. No entanto, existe uma variação aceitável, que fica entre 36,1ºC e 37,2ºC. Valores abaixo de 35,1ºC caracterizam a hipotermia, enquanto aqueles acima de 37,8ºC correspondem à febre. Avalia possíveis infecções sistêmicas. Saturação - Sat A saturação do oxigênio é um parâmetro vital para definir o índice de oxigênio do sangue e a entrega do oxigênio. Para adultos, a escala normal do SpO2 é 95 – 100%. Um valor mais baixo de 90% é considerado a baixa saturação do oxigênio, que exige o suplemento externo do oxigênio. Verificado pelo oxímetro HTG- Hemoglicoteste Importante para monitorar os níveis sanguíneos de glicose através de um aparelho denominado glicosímetro, que mostra os valores em poucos segundos após coleta de uma gota de sangue, normalmente retirada do dedo do paciente.
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