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Geriatria, Gerontologia, Odontogeriatria, Envelhecimento, Senescência, Senilidade, Patologias Orais relacionadas a Odontogeriatria e a PNE, Exames complementares, Classificação de comportamento, Técni

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Aula 01 und 1 de PNE 06/02/2023 
Pacientes com necessidades especiais: 
Pacientes com necessidades especiais são aqueles que requerem cuidados e atenção adicionais 
devido a condições de saúde físicas, mentais, emocionais ou cognitivas que podem limitar sua 
capacidade de realizar atividades cotidianas. 
Essas condições podem incluir, mas não se limitam a: deficiência visual, deficiência auditiva, 
deficiência física, deficiência intelectual, transtornos do espectro autista, distúrbios do 
desenvolvimento, transtornos mentais, doenças crônicas, doenças degenerativas, transtornos 
neurológicos, entre outras. 
Qualquer pessoa pode se enquadrar nessa categoria, independentemente de idade, sexo, raça, 
origem étnica ou status socioeconômico. É importante ressaltar que cada indivíduo é único e 
pode ter necessidades diferentes, portanto, é fundamental que os cuidados e atenção sejam 
adaptados às suas necessidades específicas. 
• Deficiência visual: incluindo cegueira ou baixa visão; 
• Deficiência auditiva: incluindo surdez ou perda auditiva parcial; 
• Deficiência física: incluindo paralisia cerebral, amputação, lesão medular, distrofia 
muscular, entre outras; 
• Deficiência intelectual: incluindo síndrome de Down, síndrome do X frágil, transtorno 
do espectro autista, entre outras; 
• Transtornos mentais: incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtornos 
alimentares, entre outras; 
• Doenças crônicas: incluindo diabetes, doenças cardíacas, doenças pulmonares, doenças 
renais, entre outras; 
• Doenças degenerativas: incluindo doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose 
múltipla, entre outras; 
• Transtornos neurológicos: incluindo epilepsia, encefalite, meningite, entre outras. 
• Pacientes oncológicos, entre outros. 
• Gestantes. 
 
 
Geriatria: A geriatria é a especialidade médica que se dedica ao estudo, prevenção, 
diagnóstico e tratamento das doenças e condições médicas que afetam os idosos. Ela tem 
como objetivo promover a saúde e o bem-estar dos idosos, ajudando-os a manter sua 
independência, autonomia e qualidade de vida. 
Gerontologia: A gerontologia é o estudo do processo de envelhecimento humano, suas causas 
e efeitos, bem como as mudanças físicas, mentais e sociais que ocorrem na vida das pessoas 
idosas. Ela se preocupa em compreender e melhorar a qualidade de vida dos idosos e promover 
o envelhecimento saudável e ativo. 
A gerontologia é uma área multidisciplinar que abrange uma ampla gama de tópicos, como a 
biologia do envelhecimento, a saúde e a medicina geriátrica, a psicologia do envelhecimento, a 
sociologia do envelhecimento, a economia do envelhecimento, entre outras. 
Os gerontólogos são profissionais especializados em gerontologia, que trabalham em diversas 
áreas, como pesquisa, ensino, serviços de saúde, assistência social, planejamento urbano, entre 
outros, para desenvolver políticas e programas que melhorem a qualidade de vida dos idosos. 
Em resumo, a gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano e tem 
como objetivo entender e promover um envelhecimento saudável e ativo, além de melhorar a 
qualidade de vida dos idosos. 
Odontogeriatria: A odontogeriatria é uma especialidade da odontologia que se dedica ao 
diagnóstico, prevenção e tratamento das condições bucais que afetam os idosos. Ela leva em 
consideração as mudanças que ocorrem na boca e nos dentes com o envelhecimento, além das 
condições médicas que podem afetar a saúde bucal. 
Os idosos podem enfrentar diversos problemas bucais, como cáries, gengivite, periodontite, 
perda dentária, xerostomia (boca seca), problemas de prótese dentária, entre outros. A 
odontogeriatria visa a prevenção e o tratamento desses problemas, além de promover uma boa 
higiene bucal e saúde geral. 
O odontogeriatra é o profissional de odontologia especializado em cuidados dentários para 
idosos. Ele trabalha em colaboração com outros profissionais de saúde para fornecer cuidados 
integrados e abrangentes aos pacientes idosos. 
Em resumo, a odontogeriatria é uma especialidade odontológica que se dedica à saúde bucal 
dos idosos, com o objetivo de prevenir e tratar as condições bucais que podem afetar a 
qualidade de vida e bem-estar dos idosos. 
Mudanças ao longo da vida podem ser: 
1. Físicas (diminuição da acuidade visual e auditiva, da motricidade, pele envelhecida, 
cabelos embranquecidos). 
2. Psicológicas (teimoso, carente, perda de memória, resistência a mudanças). 
3. Sociais (diferença de ciclos de amizade, isolamento, perdas de pessoas importantes) 
O envelhecimento não é um evento, é um processo! 
Senescência: FISIOLÓGICO - é um processo biológico natural e inevitável que ocorre em todas 
as células e tecidos do corpo humano e de outros organismos multicelulares. É caracterizado 
pela diminuição progressiva da capacidade das células de se dividirem e se reproduzirem, além 
de alterações em sua função e metabolismo. 
Embora a senescência seja um processo natural do envelhecimento, pesquisas recentes têm 
mostrado que ela pode ser induzida precocemente por fatores como o estresse, a obesidade, o 
tabagismo e a exposição a poluentes. Além disso, a pesquisa sobre a senescência tem levado ao 
desenvolvimento de terapias e tratamentos que visam retardar ou reverter os efeitos do 
envelhecimento. 
Em resumo, a senescência é um processo biológico natural que ocorre em todas as células e 
tecidos do corpo humano e está associado ao envelhecimento e ao surgimento de doenças 
relacionadas à idade. Ex. de manifestação oral: dentes amarelados, retração gengival leve, 
mucosa mais espessa e redução dos botões degustativos. 
Senilidade: PATOLÓGICO – Processo não natural, envelhecimento por meio de processos 
patológicos. Como a perda de dentes, periodontite, hipossalivação/hipossialia, lesões de cárie, 
edentulismo. 
 
Não deve mais ser utilizado o termo “portador de deficiência”, “deficiente”. O termo correto é 
“pessoa com deficiência”. Pode ser chamado de paciente típico ou atípico e não utilizar o termo 
“normal”. 
Não se fala mais “deficiência/retardo mental” o termo apropriado é “deficiência intelectual”. 
 
Aula 02 und 1 de PNE 13/02/2023 
Patologias Orais relacionadas a Odontogeriatria 
Edentulismo: é um termo utilizado na área da odontologia para se referir à condição de ausência 
total ou parcial de dentes na boca de uma pessoa. O edentulismo pode ser causado por diversos 
fatores, tais como doenças periodontais (que afetam as estruturas que sustentam os dentes), 
cáries dentárias avançadas, traumas e desgaste natural dos dentes. No caso parcial pode ocorrer 
o desastre oclusal e extrusão severa do antagonismo. 
Mudanças periodontais no envelhecimento: alteração na destreza e na acuidade visual, redução 
das defesas imunológicas, envelhecimento fisiológico das células do periodonto, mudanças na 
dieta, mudanças relacionadas a doenças de bases (hipertensão, diabetes), perdas dentárias e 
redução do fluxo salivar normalmente causada pelo uso de medicamentos. 
Há uma relação de doença periodontal com doenças sistêmicas. Pacientes diabéticos, 
cardiopatas, gestantes, doenças respiratórias, renais... 
Cárie dentária: é uma doença que afeta os dentes e é causada por bactérias presentes na placa 
bacteriana. Essas bactérias produzem ácidos que corroem o esmalte dos dentes, formando 
pequenas cavidades que podem crescer e afetar as camadas internas do dente, incluindo a 
dentina e a polpa. 
Em idosos pode ocorrer a retração e deixar a raiz exposta, dessa forma é comum a cárie 
radicular. Os conceitos de adesão mudam dificultando as restaurações. As lesões não cariosas 
estão bastante associadas ao envelhecimento da boca. 
Alteração salivar: Pode influenciar nos diagnósticos, na retenção de próteses, a qualidade de 
vida, alimentação. Normalmente os idosos tendem a ter uma hipossialia/hipossalivação que está 
relacionada a medições, mas nem sempre tem a relação. Algunsmedicamentos como os 
antidepressivos podem causar a diminuição do fluxo salivar. 
Lesão de tecidos moles: Exames bem feitos, observar a presença de queilite actínica, pois, pode 
se tornar maligna. 
Estomatite protética: Agente etiológico – candidíase. A estomatite protética é uma condição 
inflamatória da mucosa bucal que afeta pacientes que usam próteses dentárias removíveis. Ela 
é causada pela irritação e trauma causados pelo uso prolongado das próteses, que podem levar 
a uma infecção fúngica ou bacteriana. 
 
Tratamento: Limpeza e desinfecção das próteses, terapia antifúngica, não dormir com as 
próteses, boa higienização da mucosa, bochechos com clorexidina. 
Leucoplasia: Potencialmente maligna. 
A leucoplasia é uma lesão branca que pode aparecer na boca, especialmente na língua, 
bochechas e lábios. Ela é causada por uma proliferação excessiva de células epiteliais da mucosa 
bucal, resultando em uma camada espessa e esbranquiçada. A leucoplasia pode ser causada por 
hábitos como fumar, beber álcool, mastigar tabaco e pela exposição à radiação UV, e pode estar 
associada a um risco aumentado de câncer bucal. Os sintomas da leucoplasia incluem manchas 
brancas na boca que não saem com a escovação, sensibilidade e dor. 
Já a candidíase é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida na 
boca. Os sintomas da candidíase incluem manchas brancas cremosas na boca, que podem se 
desprender e deixar uma superfície avermelhada e dolorida. A candidíase também pode causar 
sensação de ardência e dificuldade para engolir. A infecção fúngica pode ocorrer em qualquer 
pessoa, mas é mais comum em bebês, idosos, pessoas com sistema imunológico enfraquecido 
ou que usam próteses dentárias removíveis. 
 
Leucoplasia – não sai com gaze. 
Hiperplasia Fibroepitelial/ Hiperplasia fibrosa Inflamatória: A hiperplasia fibroepitelial (HFE) ou 
hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI) é uma condição que ocorre na mucosa bucal em resposta 
a um trauma ou irritação crônica. É caracterizada por uma proliferação excessiva de tecido 
conjuntivo fibroso e epitelial, que pode levar à formação de uma massa elevada na boca. 
A HFE ou HFI geralmente é causada pelo uso prolongado de próteses dentárias mal adaptadas 
ou pela presença de tártaro ou placa bacteriana na região. Ela pode ocorrer em qualquer faixa 
etária, mas é mais comum em adultos mais velhos que usam próteses dentárias. 
Os sintomas da HFE ou HFI incluem uma massa elevada ou nódulo na mucosa bucal que pode 
ser dolorosa ou não. Dependendo da localização da lesão, pode ser difícil mastigar, falar ou 
engolir adequadamente. 
O tratamento da HFE ou HFI consiste em remover a fonte de irritação, geralmente a prótese 
dentária mal adaptada, e realizar a remoção cirúrgica da lesão. Em casos de lesões maiores, 
pode ser necessário realizar um enxerto para reconstruir a área afetada. Após o tratamento, é 
importante manter uma boa higiene oral para prevenir a recorrência da HFE ou HFI. 
 
Queilite angular: A queilite angular, também conhecida como queilose angular ou boqueira, é 
uma condição inflamatória que afeta a pele ao redor dos lábios, especialmente nas dobras das 
comissuras labiais. É caracterizada por rachaduras, fissuras, vermelhidão, inflamação, crostas e 
dor na região afetada. É causada por acúmulo de microrganismos, muito comum em idosos pela 
hipotonia dos músculos da região causando o acúmulo de saliva na região. Tratamento deve 
tirar o fator etiológico, mudanças de hábito e prescrição medicamentosa. Miconazol gel, terapia 
fotodinâmica. 
 
Câncer bucal: Atinge a população principalmente acima da sexta década de vida. É o quinto 
maior tipo de câncer no Brasil. Realizar biópsia. 
 
Caso clínico: envio de material para biópsia com histórico do paciente, características de lesão 
fundamental e hipóteses de diagnóstico. Exame histopatológico revelando displasia leve (ainda 
não foi encontrado mutação suficiente) e hiperplasia (reprodução celular acima da média). 
Tratamento: remoção de hábitos que podem ser fatores etiológicos e acompanhamento. 
Hábitos parafuncionais: Pacientem levam para a vida os hábitos deletérios, podendo chegar a 
idade avançada com trincas, perdas de estruturas, restaurações grandes de amálgama e risco 
de fratura dental. 
Placa oclusal: rígida, deve ter contato em todos os dentes, protege os dentes do bruxismo. 
Placas protetoras/ placas de mordida: placas moles, feitas de EVA e protegem os tecidos moles. 
Envelhecimento bucal precoce: lesões não cariosas. 
Patologias orais relacionadas aos pacientes com necessidades especiais: 
Cárie dentária: Negligência maior na saúde oral desses pacientes pode trazer maior prevalência. 
Mas não se pode afirmar que esses pacientes tem maior incidência de cárie e doença 
periodontal. Está mais relacionado ao contexto social e vulnerabilidade social. 
Doença periodontal 
Câncer 
Lesão de tecidos moles: TEA, paciente não consegue falar o que dói. Afta pode fazer diminuir a 
alimentação. 
TEA: hipersensibilidade ao som e a luz, dificuldade de interação social, dificuldade de 
comunicação. 
Hábitos parafuncionais 
Má oclusão: pacientes com microcefalia ou síndromes. Diferença na cronologia de oclusão. 
Alterações salivares: pacientes com distúrbios neurológicos podem ter hiperssalivação. 
Diferente dos idosos. Escape de saliva. 
Traumatismos: pacientes com overjet e overbite acentuados, pacientes hiperativos, TEA, 
manejo comportamental mais difícil e pacientes que correm riscos de queda da própria altura, 
cadeirantes. Protocolo de traumas da Iadt. 
 
Aula 03 da unidade 01 PNE 27/02/2023 
Exames clínicos e complementares – slide 
Exames complementares 
Laboratoriais: Os exames laboratoriais auxiliam nas decisões sobre diagnóstico e tratamento das 
doenças. Os tipos mais comuns avaliam o sangue, as fezes e a urina. 
Radiografias: O mais popular em consultórios odontológicos. Isso porque esse exame permite 
que o profissional tenha uma visão completa da boca, inclusive as áreas não visíveis a olho nu. 
Ex: tomografias, ressonância, panorâmica, periapical, interproximal. 
Citopatologia: é a ciência que estuda as doenças através das modificações celulares, 
considerando as suas características citoplasmáticas e nucleares. O exame citopatológico é um 
teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a 
presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. É a principal estratégia para 
detectar lesões precocemente. 
O exame de citologia tem como objetivo realizar a avaliação das células de determinada região 
do corpo ou fluido, sendo capaz de identificar a presença de sinais de inflamação, infecção, 
sangramentos ou de câncer por meio da observação da amostra no microscópio. 
 
Este exame costuma ser indicado para analisar o conteúdo de cistos, nódulos, líquidos incomuns 
que se acumulam em cavidades do corpo ou de secreções anormais como escarros. 
Biópsia: É um exame complementar que consiste na coleta de um tecido vivo para avaliação 
macro e microscópica, com o objetivo de elucidar o diagnóstico. 
Na odontologia, a biópsia tem importância fundamental na corroboração de diagnósticos 
clínicos de neoplasias, processos hiperplásicos e metaplásicos, condições inflamatórias e 
doenças degenerativas. Além disso, mesmo em lesões não específicas, a biópsia odontológica é 
uma ferramenta importante para o diagnóstico diferencial. 
As lesões pigmentadas podem ser indicativas de melanoma. Nesse caso, a biópsia deve ser do 
tipo excisional, realizada com uma margem considerável de segurança, uma vez que o 
procedimento pode desprender células e causar uma proliferação intravascular indesejável. 
As lesões vasculares, conhecidas como hemangiomas, também não devem sofrer biópsias 
incisionais, especialmente se forem cavernosas intraósseas. Essa contraindicação deve-se ao 
risco de sangramento excessivo,o qual pode colocar a vida do paciente em risco. Nesse caso, 
para diagnóstico laboratorial, pode-se coletar sangue da lesão através de aspiração com seringa 
e agulha. 
Histopatológico: O exame histopatológico permite a análise microscópica dos tecidos, com a 
finalidade de informar ao clínico a natureza, a gravidade e a extensão das lesões, além de sugerir 
ou confirmar o diagnóstico de determinada doença. 
Biópsia é um procedimento caracterizado pela retirada de um fragmento de um tecido (pele ou 
outro órgão). Este fragmento é então enviado para um médico patologista que o observará ao 
microscópio. A esta análise feita pelo patologista chama-se exame anatomopatológico ou 
histopatológico. 
Imunohistoquímica: A imuno-histoquímica é um exame que permite detecção de antígenos 
específicos e imunofenotipagem de tecidos ou agentes infecciosos. É um exame muito útil na 
avaliação confirmatória de um determinado diagnóstico, podendo ser utilizado também na 
avaliação prognóstica de pacientes, especialmente na rotina oncológica. 
Aula 04 da unidade 01 PNE 06/03/2023 
Classificação de comportamento 
Desafios: condições financeiras, poucos profissionais qualificados, desconhecimento. 
Cabe ao profissional: carinho, empatia, segurança do paciente e da equipe, conhecimento e 
investigação dos comportamentos nocivos. Sala clínica limpa, clara, cores lúdicas neutras e sem 
armadilhas (espaços onde o paciente possa se esconder). Observar a interação do paciente com 
a família. 
McBRIDE: criança que chora, tímida, retraída, caprichosa e nervosa. Classificação antiga e em 
desuso. 
Costa: cooperadora, tímida, medrosa, mimada, teimosa, rebelde, especial, doente ocasional. 
Antiga e em desuso. 
Vianna: normal ou difícil. Classificação muito simples e não usada. 
FRANKL, SHIERE, FOGELS: Definitivamente positivo, positivo, negativo, definitivamente 
negativo. Classificação em forma de escala. 
WRIGHT: o comportamento da criança pode ser dividido em cooperativo, potencialmente não 
cooperativo e com falta de habilidade para cooperar. A melhor classificação de comportamento. 
 
 
Técnicas de condicionamento 
Farmacológicas: sedação, anestesia geral 
Não farmacológicas: 
Falar-mostrar-fazer: preconiza que o método envolve explicações verbais de procedimentos 
com frases apropriadas para o nível de desenvolvimento do paciente, demonstração dos 
aspectos visuais, auditivos, olfativos e táteis, numa posição cuidadosamente definida e não 
ameaçadora e, sem desviar da explicação e da demonstração, se executa o procedimento. 
Modelagem: fazer em um modelo, um macromodelo ou em outra criança e ir mostrando como 
será realizado o tratamento. 
Exposição de imagens odontológicas positivas: Conversar para que os pais não façam exposição 
negativas da odontologia e mostrem imagens positivas sobre o contexto, mostrando dentes 
limpinhos, presentes, situações legais. 
Perguntar-explicar-perguntar: Fazer na ordem correta, perguntar se o paciente quer fazer o 
procedimento, explicar a importância e perguntar novamente. Deixa a criança achar que tem 
poder de escolha. Limitar as opções de resposta: “Você quer escovar com escova azul ou rosa?” 
Controle no tom de voz: Deve ser algo extremamente raro, nem todos os pacientes respondem 
bem. Os pais podem não aprovar. Depende da habilidade de cooperação do paciente. 
Comunicação não verbal: Abraços, toque, pegar na mão, apoio mais proximal. Avaliar se o 
paciente vai receber bem. 
Reforço positivo: a criança é recompensada pelo seu bom comportamento, o que pode ser feito 
através de reforços sociais e não sociais. Os incentivos não sociais são prêmios simbólicos, como 
adesivos, lápis, figurinhas e diplomas. 
Distração: Telas, mas deve perguntar aos pais se pode ser utilizado. Uma conversa sobre algum 
assunto interessante pode ser utilizada. 
Teoria das comportas: emoções positivas modulam a dor, diminuído a mesma, enquanto as 
emoções negativas exacerbam a dor. 
Reestruturação da memória: Interessante para pacientes que já possuem experiências 
traumáticas. Envolve colocar imagens positivas que se tornarão memórias visuais “dentinho 
limpo e feliz”. 
Reforço positivo pela verbalização: 0 primeiro, envolve o comportamento do profissional e da 
equipe em relação à criança e inclui elogio verbal, modulação da voz, expressão facial e 
demonstração física de afeição. 
Exemplos concretos para qualificar detalhes sensoriais: o ventinho, motorzinho do avião, a 
chuvinha, gostinho azedo do ácido(limãozinho). 
Presença de pais e cuidadores: Depende muito do comportamento do paciente, podendo 
melhorar ou piorar. 
Estabilização protetora: Ressaltar a importância e que ela protege a criança. Utilização de faixas. 
O próprio cuidador pode ficar estabilizando o paciente. 
 
 
Síndromes 
Deficiência intelectual: Quando o funcionamento cognitivo não corresponde ao esperado, está 
abaixo do que é considerado normal. Os casos devem ser analisados de forma isolada de acordo 
com as peculiaridades de cada caso. É uma condição heterogênica com múltiplas causas 
(congênita, genética 60% - erros inatos do metabolismo, síndromes congênitas, má formação 
encefálica, doenças maternas, influências ambientais durante a gestação, - não genética = 
dificuldade no parto, fenotípica – depois do parto até os 2 anos: doença desmielinizante, 
síndrome metabólica, diabetes tipo 1, desnutrição, intoxicação por Mercúrio). Aspecto 
multifatorial. 
Diagnóstico: feito por neurologista ou neuropediatra através de avaliação clínica efetiva. Teste 
de QI caiu em desuso pela falta de padrão. Deve ser avaliado a causa. Em síndrome de down 
deve ser diagnosticada como concorrente. 
Em relação a saúde oral: foco na PREVENÇÃO. Acompanhamento regular. Parceria com equipe 
médica (anotar os contatos). Desmistificar barreiras, esses pacientes sentem dor mesmo sem 
saber expressar, necessitam de todos os tratamentos. A manutenção deve ser mais frequente 
(2/2 meses, 3/3 meses, 1/1 mês). 
Em relação a cárie existem evidências de que esses pacientes possuem maior prevalência de 
cárie e existem estudos que apontam que não. Mas isso depende de muitos outros fatores como 
a dieta, comorbidades, higiene oral e a vulnerabilidade econômica. 
Doença periodontal: a literatura aponta maior prevalência e gravidade que a população típica. 
Observar a presença de comorbidades. Avaliar a validade ou não de tratamento ortodôntico. 
A dor de origem dentária muitas vezes é subestimada. Defeitos de esmalte podem ser 
encontrados (HMI). 
Manejos comportamentais: dessensibilizarão sistêmica, controle de voz, reforço positivo, falar-
mostrar-fazer, distração... A estabilização protetora também pode ser realizada, sedação e 
anestesia geral. 
Dia 13/03/2023 
Síndrome de Down 
Condição genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, 
em vez de dois. Por isso, também é conhecida como Trissomia do cromossomo 21. Condição de 
síndrome mais comum compatível com a vida a termo. Pode comprometer o intelecto, 
desordens sistêmicas e musculoesqueléticas. Aumenta o risco com maior idade da mãe, acima 
de 35 anos. 
Manifestações gerais: fenótipos diferentes, doenças sistêmicas, defeitos cardíacos, 
imunodeficiências, leucemia, disfunções gastresofágicas, alterações neurológicas e disfunções 
na tireoide. 
Manifestações craniofaciais: nariz pequeno, ponte nasal baixa e estreita, palato ogival, úvula 
bífida, hipotonia dos músculos da face (cuidado com o manuseio e suporte), macroglossia se 
deve a hipotonia dos músculos da face. Subdesenvolvimento da mandíbula e da maxila. 
Manifestações bucais: Alteração da cronologia de erupções dentárias, anomalias dentárias, 
movimentos da língua imprecisos e lentos, macroglossia, língua fissurada, fissura lábiopalatina, 
selamento labial inadequado (respirador bucal). Lábios hipotônicos e queilite angular por escape 
de saliva na região. 
Saúde oral: 
• Prevenção;• Parceria com equipe médica e multi; 
• Cuidado precoce; 
• Manutenção frequente. 
Cárie: a literatura é contraditória. Alguns estudos falam em baixa prevalência decorrente das 
alterações de erupções, outros falam em alta prevalência e alguns não citam diferenças. Há 
diferenças quando há algum comprometimento e alteração sistêmica maior, ou da rede de 
apoio e de vulnerabilidade. 
Doença periodontal: Problema mais significativo. Conexão de alteração sistêmica que pode se 
agravar. A higiene não é o único fator. 
Outros achados: diferença da saliva, má oclusão, tendem a ser classe 3, mordida cruzada e 
protrusão mandibular. 
Manejo comportamental: todas as técnicas de manejo se aplicam. Entender o contexto familiar. 
Observar sobre as cardiopatias, se necessário pedir exames complementares em procedimentos 
mais agressivos onde será bem anestesiado. Muito cuidado com o pescoço por causa da 
hipotonia, apoio joelho a joelho e usar almofada. Atendimento deve ser multidisciplinar e 
precoce. Alertar os pais sobre a cronologia de erupção diferente. 
Transtorno do Espectro Autista 
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado 
por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na 
interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar 
um repertório restrito de interesses e atividades. Mudanças em relação ao contato físico e 
visual, gostos específicos e seletivos. 
 
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros 
meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência 
é maior no sexo masculino. 
Os padrões podem ser restritos (falar apenas com um membro da família) ou estereotipado 
(algum tique, andar nas pontas dos pés, não dar a função correta ao brinquedo, padrão 
repetitivo, mutilador, autolesivos). 
Os sinais devem estar presentes precocemente até os 3 meses. E devem ser observados até os 
30 meses, 2,5 anos. As características variam imensamente. Há o comprometimento mental e 
sensorial receptivo. Pessoas com TEA não gostam de certas texturas de alimentos, superfícies, 
barulhos e podem ser fotossensibilidade. O consultório odontológico tem muitos estímulos 
sensoriais, por isso é importante estar preparado para receber esses pacientes. O diagnóstico é 
clínico e feito por médicos. 
Prejuízo na comunicação quando há falha ou atraso na fala, ritmo diferente, ecolalia (repetição 
de palavras e fonemas). Prejuízo de contato visual e físico. Interesse único em algum 
determinado assunto, aproveitar o interesse para se conectar com o paciente. Colocar a higiene 
oral como padrão de repetição e aproveitar a rotina. Podem ter dificuldade expressar o que 
estão sentindo. 
Manifestações bucais: a saúde oral é um fator determinante para a qualidade de vida dos 
pacientes e seus familiares. 
Frequência cardíaca - FC 
Também conhecida como pulsação, a frequência cardíaca descreve o número de batimentos 
por minuto realizados pelo coração. Como bomba natural, o músculo cardíaco precisa bater num 
ritmo regular e suficiente para impulsionar o sangue pelas artérias. Depois, o líquido leva 
oxigênio e nutrientes para todas as células do organismo. Num adulto jovem, o pulso ideal fica 
entre 50 e 100 bpm (batidas por minuto). Atletas e idosos costumam ter a pulsação mais baixa, 
chegando a 40 bpm sem que haja comprometimento ao bem-estar. Antes de um ano, os bebês 
registram até 160 bpm, sem qualquer problema para a saúde. Verificado pelo oxímetro e 
esfigno. 
 
Frequência respiratória 
A taxa de frequência respiratória (FR) revela a quantidade de respirações completas em um 
minuto. Ela fica entre 12 e 20 mrm (movimentos respiratórios por minuto) num adulto saudável 
e com menos de 40 anos. Da mesma forma que a frequência cardíaca, a respiratória tende a 
sofrer variações conforme a idade. 
 
Pressão arterial - PA 
Quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, o líquido faz força contra as paredes desses 
vasos sanguíneos. Esse é o conceito por trás da pressão arterial, medida sempre em duas partes: 
sistólica e diastólica. O valor sistólico corresponde à tensão no momento em que o órgão se 
contrai e, portanto, é superior ao diastólico. O valor obtido na diástole é mais baixo, pois se 
refere ao instante de relaxamento do músculo cardíaco. Idealmente, os valores de pressão num 
paciente adulto ficam entre 120/80 mmHg (o famoso 12 por 8). Sua verificação é feita pelo 
Esfigmomanômetro e estetoscópio e é importante para a escolha do anestésico a ser utilizado. 
 
Temperatura - TEMP 
Medida por meio de um termômetro, a temperatura demonstra o resultado entre ganho e perda 
de calor do corpo para o ambiente. O valor de referência é de 36,5ºC (graus Celsius), para 
qualquer idade e é medido por um termômetro. No entanto, existe uma variação aceitável, que 
fica entre 36,1ºC e 37,2ºC. Valores abaixo de 35,1ºC caracterizam a hipotermia, enquanto 
aqueles acima de 37,8ºC correspondem à febre. Avalia possíveis infecções sistêmicas. 
 
Saturação - Sat 
A saturação do oxigênio é um parâmetro vital para definir o índice de oxigênio do sangue e a 
entrega do oxigênio. Para adultos, a escala normal do SpO2 é 95 – 100%. Um valor mais baixo 
de 90% é considerado a baixa saturação do oxigênio, que exige o suplemento externo do 
oxigênio. Verificado pelo oxímetro 
HTG- Hemoglicoteste 
Importante para monitorar os níveis sanguíneos de glicose através de um aparelho denominado 
glicosímetro, que mostra os valores em poucos segundos após coleta de uma gota de sangue, 
normalmente retirada do dedo do paciente.

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