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Redação Instrumental - Aulas 12,13,14,15, 16 e Revisão AV2 . 2019.2

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Aula 12
Coesão Textual: Operadores Discursivo-Argumentativos
Redação Instrumental
São elementos da língua que indicam a força argumentativa dos enunciados, ou seja, a direção que queremos tomar ao dizermos alguma coisa. Podemos dividi-los em duas noções básicas: escala argumentativa e classe argumentativa.
 A classe argumentativa pode ser entendida por argumentos que têm o mesmo “peso” para levar o interlocutor a uma determinada conclusão. Assim, vários argumentos diferentes direcionam a uma mesma conclusão dando mais força ainda a ideia defendida. Vejamos:
Operadores argumentativos
Ex.: João é o melhor candidato.
Para confirmar essa tese, utilizaremos os seguintes argumentos:
 
Arg. 1 – Tem boa formação em Economia.
Arg. 2 – Tem experiência no cargo.
 
Arg. 3 – Não se envolve em negociatas.
Obs.: Todos os argumentos direcionam o enunciado no sentido de mostrar que João é um bom candidato, por isso, estão dentro da mesma classe argumentativa. Podemos, assim, estruturar a seguinte frase:
 João é um bom candidato], pois [tem boa formação em Economia], [tem experiência no cargo] e [não se envolve em negociatas].
 
É bem comum os argumentos apresentarem uma certa gradação, ou seja, alguns argumentos são mais fortes que outros, quando isso acontece, temos uma escala argumentativa. Portanto, quando dois ou mais enunciados de uma classe apresentam essa gradação, tem-se uma escala argumentativa. Assim, o nosso enunciado parte para uma mesma conclusão, mas os argumentos são dispostos de forma um pouco diferente, eles agora têm uma hierarquia, isto é, uma ordem do mais forte para o mais fraco. 
Tese: A apresentação foi coroada com sucesso.
  
Arg. 1 – Estiveram presentes personalidade do mundo artístico.
Arg. 2 – Estiveram presentes pessoas influentes nos meios políticos.
Arg. 3 – Esteve presente o Presidente da República. [Argumento mais forte] 
Temos, então, a seguinte construção:
A apresentação foi coroada com sucesso], porque [estiveram presentes personalidade do mundo artístico], [pessoas influentes nos meios políticos]e, até mesmo, [o Presidente da República].
 
Principais Operadores Argumentativos
1) Assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido de determinada conclusão. 
 Até / mesmo / até mesmo/ inclusive/nem mesmo/ sequer  etc.
Ex.: O assassinato foi praticado com requintes de crueldade: o jovem foi brutalmente espancado e, até mesmo, mutilado quando ainda estava vivo.
2) Introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior. 
Porque / que / já que / pois  etc.
Ex.: O Réu deve ser condenado, já que assassinou covardemente a vítima. 
3)Introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enunciados anteriores. 
Portanto / logo / por conseguinte / pois / em decorrência / consequentemente  etc.
 No exemplo abaixo, um réu foi processado e condenado a dois anos de reclusão e multa, pela prática de roubo simples. Teve a prisão decretada na sentença e não lhe fora permitido recorrer em liberdade, mesmo inexistindo motivo para prisão preventiva.
Ex.: “Portanto, a coação ilegal é visível não somente pelo direito do réu de recorrer em liberdade, o que não lhe foi permitido na decisão condenatória, mas também por fazer jus ao início do cumprimento da pena no regime aberto.” 
Constatamos acima, que o operador “Portanto” conduz à conclusão de que a coação é ilegal. 
4)Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias. 
 
Mas / porém / contudo / todavia / no entanto /Embora / ainda que / posto que / apesar de (que) etc.
 
Ex.: O Réu, ao executar a vítima, agiu sob forte emoção, mas deve responder por homicídio qualificado, sem atenuação de pena.
 Embora o Réu, ao executar a vítima, tenha agido sob forte emoção, deve responder por homicídio qualificado, sem atenuação de pena. 
5) Operador que pode ser empregado como indicador de mudança de estado ou/e introduzir no enunciado conteúdo pressupostos.
Já / agora /ainda etc.
Ex.: Na delegacia, a testemunha disse ter visto o Réu agredir sua esposa, já, diante do juiz, mudou a versão dos fatos. 
Paulo ainda mora no Rio.
Paulo agora mora no Rio.
6)Operadores que introduzem uma retificação, um esclarecimento.
 Isto é/ ou seja /quer dizer etc. 
Ex.: O Réu deve pagar por seu crime, isto é, deve ser preso.
Questão 1 
 Nos fragmentos abaixo, evidenciam-se alguns operadores discursivo-argumentativos que colaboram para o direcionamento para a defesa do réu. Identifique-os, justificando o valor semântico de cada um deles. 
Fragmento 1 
 Em seu depoimento, na delegacia, às fls. 15, a ofendida declara o seguinte: “ainda sob ameaça era obrigada a ir até a casa dele". Já no depoimento prestado perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz às fls. 96 afirmou que nunca foi à casa do Querelado. 
Fragmento 2 
 "As declarações da ofendida, além de contraditórias e mentirosas, nos permitem deduzir que somente em sua imaginação, poderia correr algum tipo de ameaça, que a forçaria a ceder aos caprichos do denunciado, porém não existem nos Autos nenhuma prova, ou até mesmo indícios que corroborem com tal afirmativa". (fls. 210) 
Fragmento 3 
 NÃO CARACTERIZADO POR OCASIÃO DO EXAME, ou seja, não havia sequer uma marca, um arranhão, um arroxeado, uma pequena ferida, nada, nada, absolutamente nada que pudesse corroborar com a tese da relação ou relações terem sido protagonizadas sem a anuência da ofendida. (fls. 189) 
Fragmento 4
 
 Como salienta o ilustre mestre NELSON HUNGRIA, na ausência de indícios concludentes, não se deve dar fácil crédito às declarações da vítima, notadamente, se ela não apresentar vestígios de tal violência, tais declarações devem ser revestidas de crítica rigorosa. (fls. 191-192
Questão Objetivas 
 1. Os operadores argumentativos são palavras ou expressões responsáveis pela ligação, pela coesão de orações, cuja função é mostrar a força argumentativa dos enunciados, o sentido pretendido pelo enunciador. A partir do texto abaixo, indique a função do operador em destaque de acordo com seu valor semântico. 
 Não caracterizado por ocasião do exame, ou seja, não havia sequer uma marca, um arranhão, um arroxeado, uma pequena ferida, nada, nada, absolutamente nada que pudesse corroborar com a tese da relação ou relações terem sido protagonizadas sem a anuência da ofendida.
a) Estabelece a hierarquia dos elementos em uma escala, assinalando o argumento mais forte para uma conclusão. 
b) Empregado como indicador de mudança de estado.
c) Introduz uma relação de concessão.
d) Introduz uma ratificação, um esclarecimento. 
e) Estabelecer uma relação de comparação entre elementos tendo em vista uma conclusão. 
2.Os operadores argumentativos são palavras ou expressões responsáveis pela ligação, pela coesão de orações, cuja função é mostrar a força argumentativa dos enunciados, o sentido pretendido pelo enunciador. A partir do texto abaixo, indique a função do operador em destaque. 
 As declarações da ofendida, além de contraditórias e mentirosas, nos permitem deduzir que somente em sua imaginação, poderia correr algum tipo de ameaça, que a forçaria a ceder aos caprichos do denunciado, porém, não existem nos Autos nenhuma prova, ou até mesmo indícios que corroborem com tal afirmativa. 
a) O conector PORÉM marca oposição ao enunciado que o antecede. 
b)O conector PORÉM tem a função semântica de estabelecer hierarquias dos elementos.
c) O conector PORÉM estabelece uma comparação entre os enunciados.
d) O conector PORÉM introduz uma retificação.
e) O conector PORÉM introduz uma conclusão em relação ao enunciado que o antecede.
Aula 13
Tipos de Argumentos
 Correção de casos concretos
1.Leia os casos concretos 1 e 2 abaixo e responda às questões propostas ao final de cada um eles:
 Ester, artesã, maior e capaz, entregou a Diogo, em 12 de agosto de 2015, empresário, maior e capaz, oitenta esculturas de argila para que fossem vendidas em
sua loja. Ficou ajustado no contrato, ainda, que, decorridos dois meses, Diogo pagaria a Ester o valor de vinte reais por escultura vendida, cabendo-lhe restituir à artesã as esculturas que porventura não tivessem sido vendidas no referido prazo. 
 Decorrido um mês, Diogo constatou que estava encontrando grandes dificuldades para vender as esculturas, o que o levou a promover uma liquidação em sua loja, alienando cada escultura por dez reais. A liquidação foi bem sucedida, ocasionando a venda de setenta e cinco esculturas. Transcorrido o prazo previsto no contrato, Ester procura Diogo, solicitando que ele pague o preço ajustado relativo às esculturas vendidas, bem como que restitua aquelas remanescente.
Questão 1
 Após a leitura e estudo do caso concreto 1, elabore uma tese em defesa da Autora e produza três parágrafos argumentativos, utilizando-se dos seguintes tipos de argumentos: vínculo causal, autoridade e concessão e apresente uma conclusão (pedido), separadamente. 
Contudo, antes de iniciar o seu texto argumentativo, na condição de advogado(a) consultado(a) por Ester, problematize os itens a seguir para maior domínio sobre a situação fática: 
a) Deverá Diogo pagar a Ester o preço inicialmente ajustado por cada escultura vendida? 
b) Diogo pode deduzir do preço inicialmente ajustado o valor por ele pago referente aos custos regulares de conservação das esculturas durante o período em que as colocou à venda?
Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto: Tese propriamente dita: ponto de partida. Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3 e Conclusão. 
Orientações para a sua linha de raciocínio na construção de seus argumentos no caso concreto 1: 
 De acordo com o Art. 534 do Código Civil, por se tratar de contrato estimatório ou de consignação, cabe a Diogo (consignatário) pagar a Ester (consignante) vinte reais por escultura alienada, independentemente do valor de venda das esculturas a terceiros. Segundo os artigos 400 ou 535 do CC, no contrato estimatório, por ser dever do consignatário restituir a coisa não vendida, cabe a ele arcar com as despesas necessárias à sua conservação, sem deduzi-las do preço a ser pago à consignante. 
Questões objetivas
1. Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo: 
 O rápido crescimento demográfico e a falta de planejamento levaram algumas de nossas cidades a uma infraestrutura totalmente desorganizada. Isso é fácil de notar em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde bairro com grandes mansões convivem com grandes favelas. Essa aproximação dos contrários aumenta as diferenças e reforça o sentimento de exclusão. 
a)Autoridade.
b) Causa e Efeito.
c)Analogia. 
d)A Fortiori.
2. Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo: 
 A Constituição é muito clara quando diz que a vida é um bem inviolável. Uma sociedade democrática defende esse direito e recorre a todos os meios disponíveis para que a vida seja sempre preservada e para que qualquer atentado a esse direito seja severamente punido. No caso em questão, Tereza foi atacada de maneira covarde e violenta, porque não dispunha de meios para ao menos tentar preservar sua vida. Portanto o réu desrespeitou a Constituição Brasileira e incorreu no crime de homicídio doloso previsto no artigo 121 do Código Penal Brasileiro. 
a)Causa e consequência. 
b)Oposição restritiva. 
c)Oposição concessiva. 
d)Autoridade. 
e)Pró-tese.
Aula 14
Construção da Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos (Continuação)
 Correção de casos concretos
Casos concretos – aula 14
 Os argumentos são recursos linguísticos que visam ao convencimento e não devem ser entendidos como uma prova inequívoca da verdade. Argumentar não significa impor uma forma de demonstração, em caráter axiomático, como acontece nas ciências exatas. O argumento implica, pois, um juízo do quanto é provável ou razoável diante daquele caso concreto em questão. Conhecer os tipos de argumentos é colaborar para uma argumentação mais completa e persuasiva.
Questão 1 
 Leia, agora, o caso concreto e responda às questões propostas ao final de cada um deles. Para facilitar a construção do seu raciocínio, apresentamos algumas orientações jurídicas.
Caso Concreto 
 João celebrou contrato de locação residencial, por escrito, com Miguel, relativamente ao imóvel situado na Av. Ataulfo de Paiva, 300, Leblon/RJ, ficando ajustado o valor para pagamento do aluguel mensal em R$12.000,00. Por serem velhos amigos, João dispensou Miguel de apresentar um fiador ou qualquer outra garantia da locação. Entretanto, decorridos 10 meses de vigência do contrato, Miguel passou a não mais honrar sua obrigação quanto ao pagamento dos aluguéis e acessórios.
Questão 1 
 
 Com base na situação fática, redija dois parágrafos argumentativos, de 6 a 10 linhas cada um deles, defendendo a parte autora, João, ou a parte ré, Miguel, e apresente uma conclusão (pedido), separadamente. 
Os tipos de argumentos a serem utilizado são de sua livre escolha. Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto: Tese propriamente dita: ponto de partida. Argumento 1 + Argumento 2 Conclusão.
 
Orientações jurídicas para a sua linha de raciocínio
 Defesa do autor- A situação em tela admite o despejo liminar, sem a oitiva da parte contrária, com desocupação do imóvel, no prazo de 15 dias, desde que preste caução no valor correspondente a três meses de aluguel, conforme preceitua o artigo 59, §1º, IX, da Lei nº 8.245/91. 
Defesa de Miguel - poderá elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar o depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos, consoante prevê o artigo 59, §3º, desde que respeitado o limite do art. 62, parágrafo único, ambos da Lei nº 8.245/9.
Questão 2: Objetivas. 
1. Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo: 
 Qualquer pessoa tem dificuldade de negar que utilizaria qualquer meio para defender alguém que ama. Em casos de um assalto, por exemplo, uma mãe está perfeitamente disposta a matar o assaltante para defender a vida de seu filho. Para fugir de uma perseguição, o motorista de um carro é plenamente capaz de causar um acidente para evitar que algo de mal aconteça aos caronas que conduz. O que há de comum nestes e em tantos outros casos de que se tem notícia é que existe um sentimento de amor ou bem querer que impede que uma pessoa dimensione racionalmente as consequências do ato que pratica em favor da proteção de alguém. 
a)Oposição concessiva. 
b) Autoridade.
c) Senso comum.
d) A Fortiori. 
e) Causa e efeito
2. Sobre o argumento de analogia, está incorreto: 
a) O argumento de analogia não pode ser compreendido como fundamento legítimo, pois a comparação faz parte de um raciocínio próprio do senso comum. 
b) Analogia consiste em sua essência no preenchimento de lacuna verificada na lei.
c)Analogia compara casos regulados àqueles que não são. 
d) O argumento de analogia pode ser construído por metáfora, gradação ou comparação.
e) Ao utilizar um argumento de analogia é bastante comum que o argumentador cite peças processuais/jurisprudências como matéria de defesa.
 
Aula 15
Construção da Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos (Continuação).
Correção de casos concretos
Casos concretos – aula 15
 Para uma argumentação jurídica consistente, o operador do Direito deve recorrer a estratégias discursivo-argumentativas que expressem a interpretação sobre uma questão do Direito, inserida em um contexto espacial e temporal. Primeiramente, ao analisar o caso concreto, deve-se procurar considerar o contexto em que ocorreu a situação fática, como os fatos, as circunstâncias em que eles ocorreram, as provas e/ou indícios e, em seguida, transformar esses elementos em teses e argumentos, tendo como embasamento legal as fontes do Direito para uma melhor aceitação da tese principal a ser defendida.
 A
partir do caso concreto abaixo, redija uma argumentação jurídica, em quatro parágrafos, no mínimo. Os tipos de argumentos são de sua livre escolha.
Caso Concreto 
 Fernanda Lopes foi fazer compras no supermercado Pé na Areia, localizado na Avenida Raul Pompeia, 350, no bairro de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 2015. 
 Segundo José Paulo Lopes, marido da vítima, quando sua esposa Fernanda Lopes fazia compras no estabelecimento, escorregou em produtos de limpeza derramados pelo chão do supermercado e, em decorrência dessa queda, veio a falecer 	. 
 Ao cair, Fernanda Lopes, esbarrou em uma prateleira e várias latas de óleo caíram sobre ela, tendo uma delas atingido a sua cabeça. Após o acidente, ao tentar levantar-se, sentiu-se mal e com fortes dores na cabeça, não conseguindo locomover-se. 
A vítima foi levada para a sala de primeiros socorros do estabelecimento, na qual uma atendente lhe disse que ficasse em repouso até sentir-se melhor. Vinte e cinco minutos depois, vendo que a mãe não apresentava melhoras, a filha Joana Lopes, 17 anos, que a acompanhava, solicitou a presença de um médico para examinar a mãe dela. Passadas três horas de espera, a filha percebeu que nenhuma assistência médica havia sido ainda providenciada pelo supermercado e exigiu do gerente do supermercado que a mãe fosse levada a um hospital, ao qual a acidentada já chegou em estado fulminante, em consequência da hemorragia cerebral, provocada pelo forte impacto da lata de óleo em sua cabeça.
 De acordo com os médicos que a socorreram, a demora no pronto atendimento agravou o quadro hemorrágico da vítima e não foi possível salvá-la. Para o marido, sua mulher morreu por dupla negligência do supermercado: primeiro por conta da queda causada pelos produtos de limpeza esparramados pelo chão e, segundo, pela demora em oferecer socorro à sua mulher. (Adaptado)
Orientações jurídicas para a sua argumentação.
 
Código de Defesa do Consumidor
 Art. 6 - São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Código Civil
 Art. 1.784 - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. 
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Observação: Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto: Tese propriamente dita: ponto de partida. Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3 + Argumento 4. Conclusão.
Questão 2: Objetiva.
 1. Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo:
 Se a lei exige, dos Promotores de Justiça que, nas denúncias, discriminem as ações de cada um dos acusados, com mais razão deve-se exigir que o Magistrado as individualize, na sentença. 
a)Autoridade.
b)Causa e consequência.
c)Senso Comum. 
d)A fortiori.
e) Oposição Restritiva.
Produção de Narrativa Jurídica
Aula 16
Questão 1 
Leia o caso concreto que se segue e produza uma narrativa jurídica. Faça as alterações que julgar necessárias quanto ao uso da linguagem, mas seja fiel ao conteúdo apresentado. 
 Abandonada pelo noivo depois de 17 anos de namoro, em julho de 2012, a costureira Nair Francisca de Oliveira, residente em Belo Horizonte, Minas Gerais, pleiteia pedir indenização à justiça de Minas Gerais para pedir a condenação do motorista aposentado Otacílio Garcia dos Reis, de 54 anos, a pagar à ex-noiva uma indenização de 20 salários mínimos por danos morais. Ela quer receber ainda 40% do valor da casa que os dois estavam construindo juntos, em Passos, sudoeste de Mina s; mas ela não tem nenhum recibo que comprove a sua participação de 40% na construção da casa que seria o seu lar tão sonhado ao longo desses 17 anos. "Estou cobrando também pelo tempo que fui enganada", diz ela.
 Nair não revela a idade, diz apenas que tem mais de 40 anos. Ela lembra que, mais do que o término do namoro, o que a fez decidir pela ação de danos morais foram as falsas palavras de Otacílio. Ao romper com a noiva, ele disse que, além de não gostar dela, sabia que não tinha sido o primeiro homem de sua vida. "Me caluniou e humilhou minha família", lamenta Nair, que não consegue explicar como pôde ficar tantos anos ao lado de uma pessoa que ela diz, agora, não conhecer. 
pôde ficar tantos anos ao lado de uma pessoa que ela diz, agora, não conhecer.
 Otacílio foi longe ao explicar o motivo do fim do relacionamento. Disse à ex-noiva que tinha por ela apenas um "vício carnal" e que nenhum homem seria capaz de resistir aos encantos de seu corpo bem feito. "Ele daria um bom ator", analisa Nair, lembrando que, a cada ano, a desculpa para não oficializar a união mudava.
 A costureira confessou que nunca teve vontade de terminar o namoro, mesmo tendo-o iniciado sem gostar muito de Otacílio. Ele teria insistido no relacionamento. "Eu dei tempo ao tempo e acabei gostando dele", afirmou, frustrada com o tempo perdido, especialmente pelo fato de não ter tido filhos. "Engraçado, eu nunca evitei. Não sei por que não aconteceu." 
Papéis - A história de Nair e Otacílio começou em 1995. Após quatro anos de namoro, ficaram noivos e deram entrada nos papéis para o casamento religioso. Na ocasião, já haviam comprado um terreno, onde construíram a casa, que, segundo Nair, foi erguida com o dinheiro de seu trabalho de costureira, com a ajuda dos pais e também com dinheiro de Otacílio. Hoje, o que seria o lar dos dois é uma casa alugada. 
Roselena Nicolau - Jornal do Brasil (Adaptado).
Questão 2: objetivas
 A seleção dos fatos é de fundamental relevância no discurso jurídico, uma vez que se transformarão em argumentos na fundamentação. A narrativa jurídica é, portanto, o relato de fatos que auxiliam na compreensão do caso concreto e daqueles que trazem consequências jurídicas. Assim, a partir do texto abaixo, assinale o fato juridicamente relevante.
 Um homem foi preso por agredir a ex-companheira, de 25 anos, com um pedaço de madeira de mais de um metro neste domingo, 14 de agosto de 2016, em pleno Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. Identificado pela polícia, Amândio Martins Júnior, de 24 anos, é de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, e será enquadrado na Lei Maria da Penha. A mulher levava pauladas do homem na altura da coluna com um pedaço de madeira de 1,5 metro. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). Levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, a mulher está bem e apresenta quadro estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
 a) Amândio Martins Júnior agrediu sua ex-companheira. 
b)O ataque foi na altura da coluna com um pedaço de madeira de 1,5 metro.
c)Crime aconteceu em dia de domingo em pleno Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. 
d)Agressor foi identificado pela polícia. 
e) A mulher está bem e apresenta quadro estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde
2. Leia o texto, analise sua estrutura e marque a assertiva
INCORRETA.
 Um motorista foi detido depois de furar um bloqueio e tentar atropelar grevistas, que protestavam em frente à Secretaria Estadual de Gestão (Seges), no Centro Político Administrativo de Cuiabá, na manhã do dia 21/07/2016. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o motorista furou um bloqueio, jogou a caminhonete contra os manifestantes e teve o veículo depredado. 
a) O texto apresenta fato gerador, sujeito ativo, sujeito passivo, espaço e tempo. 
b) O texto insere-se na modalidade narrativa. 
c) O texto apresenta a narrativa valorada dos fatos. 
d) O texto apresenta fatos juridicamente relevantes.
e) O texto apresenta polifonia. 
Redação Instrumental
Revisão AV2- 2019.2
1.Identifique os valores semânticos dos conectores destacados no texto abaixo.
 O Réu assassinou sua esposa, entretanto, ficou comprovado que ele agiu em legítima defesa; visto que sua companheira tentou matá-lo com golpes de faca. Além disso, a polícia descobriu que a mulher teria premeditado, juntamente com seu amante, a morte do marido. Dessa forma, o juiz considerou o Réu inocente. 
a) Adversidade, sequenciação de ideias, conclusão, explicação.
b) Explicação, conclusão, sequenciação de ideias, adversidade. 
c) Adversidade, explicação, sequenciação de ideias, conclusão.
d) Conclusão, explicação, adição, adversidade.
e) Sequenciação de ideias, explicação, conclusão, oposição. 
2.Marque a opção correta quanto ao tipo de argumento utilizado.
 Embora se possa alegar que o Réu tenha sido traído por Joana ao final do namoro, isso não justifica que ele venha denegrir a imagem da Autora nas redes sociais.
a) Argumento de autoridade.
b) Argumento por analogia.
c) Argumento de prova.
d) Argumento por concessão ou oposição.
3.Em uma sentença proferida em processo na 5ª Vara Cível de Brasília, a magistrada assim se pronunciou: "(...) o prazo para reclamar de vícios aparentes ou de fácil constatação é de 90 dias, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Mas ressaltou que esse prazo só começa a ser contado após o término da garantia. “É consenso, na doutrina e na jurisprudência, que o prazo legal estabelecido no supracitado dispositivo somente tem lugar depois de decorrido o prazo da garantia contratual”, afirmou a magistrada.
 Pode-se afirmar que, em sua fundamentação, a magistrada fez uso do seguinte argumento: 
a)Causa e efeito.
b)Oposição.
c)Senso comum
d) Autoridade 
4. Relacione as peças processuais listadas e o tipo de narrativa (simples ou valorada) que é peculiar a cada uma delas: 
Petição inicial, contestação, apelação, sentença, parecer e acórdão.
a) Simples, simples, simples, valorada e simples.
b) Simples, valorada, simples, valorada e simples.
c) valorada, simples, simples, simples e valorada.
d) valorada, valorada, simples, simples, valorada e simples. 
e)valorada, valorada, valorada, simples, simples e simples. 
5.No que tange ao conceito de Argumento por Analogia é CORRETO afirmar que:
a) É aquele que tem como fundamento estabelecer uma relação de semelhança entre elementos presentes tanto no caso concreto analisado quanto em outros casos já avaliados.
b) É aquele que se fundamenta numa lei ou numa autoridade sobre determinado assunto para que possa ter legitimidade.
c) É aquele que tem por fundamento proposições evidentes por si mesmas ou universalmente aceitas como válidas, para efeito de argumentação.
d) É aquele que tem por estratégia antecipar as possíveis manobras discursivas que formarão a argumentação da outra parte durante a busca de solução jurisdicional para o conflito.
6.Sobre as características do texto argumentativo analise as informações abaixo e marque a alternativa correta:
 I. É escrito em prosa.
II. Apresenta uma tese.
III. Recorre a modalizadores. 
IV. É imparcial
a) Apenas II e III estão corretas. 
b) Apenas I e III estão corretas. 
c)Apenas I, II e III estão corretas. 
d)Apenas I e IV está correta. 
e)Todas as informações estão corretas. 
7. Leia os fragmentos a seguir e depois assinale a alternativa condizente com o tipo textual predominante em cada um deles.
I - No dia em que foi assassinada, Margot trajava blusa de algodão branca e saia xadrez nas cores verde e vermelho. Sapatinho de salto baixo, parecia uma colegial. Tinha 37 anos de idade.
II - Diante do exposto, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer: a inversão do ônus da prova a favor do Autor, considerando-se a verossimilhança das suas alegações e por ele ser parte hipossuficiente (...)
III - O Autor deve ter direito ao ressarcimento das despesas efetuadas com o seu tratamento – transplante renal – a que foi submetido, uma vez que os Planos de Saúde estão submetidos às disposições do Código de Defesa do Consumidor(...)
IV - O autor celebrou um contrato padrão com a ré denominado Seguro Saúde, em 03 de outubro de 2012, pelo qual teria direito à cobertura médico-hospitalar completa em caso de cirurgia de qualquer espécie. O contrato foi celebrado no Rio de Janeiro, local em que a Ré possui filial (...)
 a) Injuntivo, narrativo, argumentativo e descritivo.
 b) Narrativo, argumentativo, descritivo e injuntivo
 c) Descritivo, argumentativo, injuntivo e narrativo.
 d) Descritivo, injuntivo, argumentativo narrativo.
8. A modalização é um fenômeno discursivo em que um sujeito falante se coloca como fonte de referências pessoais, temporais, espaciais, e, ao mesmo tempo, toma uma atitude em relação ao que diz ou ao seu coenunciador. Ela pode ser evidenciada nas manifestações escritas e orais da linguagem, nos mais variados contextos. Enfim, modalização é o sustentáculo da enunciação na medida em que ela permite explicitar as posições do sujeito falante em relação a seu interlocutor, a ele mesmo e a deu propósito. É a marca que o sujeito deixa no seu discurso. 
Diante da explicação inicial sobre o que é a modalização, marque a opção que expresse uma afirmativa INCORRETA sobre a modalização.
a)É usada na narrativa valorada e na argumentação.
b) As palavras ou expressões modalizadoras são elementos linguísticos diretamente ligados à opinião daquele que produz o enunciado.
c) As palavras ou expressões modalizadoras são algumas classes gramaticais , (verbos, adjetivos, advérbios) que	 funcionam como indicadores de intenções, sentimentos e atitudes do locutor com relação ao seu discurso. 
d) É uma estratégia argumentativa.
e)É usada na narrativa simples.
9.Leia o parágrafo que segue e marque a opção CORRETA.
 Muito se tem falado recentemente sobre a necessidade, a legalidade e a constitucionalidade do Exame de Ordem. A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, onde, por meio do Recurso Extraordinário n.º 603583, sob relatoria do Ministro Marco Aurélio, se discute a constitucionalidade do Estatuto da OAB (Lei n.º 8.906/94) e a possibilidade de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil sem a devida aprovação no referido exame.
a) O parágrafo apresenta a tese de que o Exame da Ordem é constitucional e legal, ainda que desnecessário.
b) O parágrafo apresenta a tese de que o Exame da Ordem é inconstitucional e ilegal, mas necessário.
c) O parágrafo apresenta a tese de que o Exame da Ordem é constitucional, mas ilegal e desnecessário.
d) O parágrafo não deixa clara uma tese, mas apresenta uma questão jurídica que merece a atenção do argumentador, por sua relevância para o operador do Direito.
10.Em relação à Lógica do Razoável, marque a opção incorreta.
a) É fundamentada na aplicação das normas jurídicas segundo princípios de razoabilidade.
b) Procura a solução mais razoável para o caso concreto jurídico dentro das circunstâncias sociais, econômicas, culturais e políticas que envolvem a questão sem, no entanto, se afastar dos parâmetros legais.
c) Tem base no silogismo ( premissa maior + premissa menor = conclusão) e na subsunção formal das decisões judiciais.
d) Consiste em um conceito lógico baseado em algo justo e razoável.
e) Fundamenta-se na
prudência, na equidade e no sentimento do justo
11. Em relação aos tipos de raciocínios, marque as afirmativas corretas.
I - DEDUÇÃO é um raciocínio que parte do particular para o geral. É o método de raciocínio em que se extrai de certos fatos conhecidos, mediante observação, alguma conclusão geral que não se acha rigorosamente relacionada com eles.
II – INDUÇÃO é um raciocínio que parte do universal para o particular. Parte de uma verdade geral previamente aceita, para afirmações particulares.
III - É exemplo de DEDUÇÃO: todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.
IV – É exemplo de INDUÇÃO: crime de estupro é punido por lei. 
O crime de pedofilia é punido por lei. 
O crime de lavagem de dinheiro é punido por lei.
 Logo, todos os crimes são punidos por lei.
a) I e III. 
b) I e II. 
c) III e IV. 	
d) II e IV. 
12. Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo: 
 O rápido crescimento demográfico e a falta de planejamento levaram algumas de nossas cidades a uma infraestrutura totalmente desorganizada. Isso é fácil de notar em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde bairro com grandes mansões convivem com grandes favelas. Essa aproximação dos contrários aumenta as diferenças e reforça o sentimento de exclusão. 
a)Autoridade.
b) Vínculo causal.
c)Analogia. 
d)A Fortiori.
13. Identifique o tipo de argumento utilizado no fragmento abaixo.
 O Médico foi negligente porque utilizou água contaminada no tratamento de hemodiálise de pacientes renais, e também não comunicou o fato à Secretaria de Saúde. Além disso, mesmo após ter conhecimento do alto índice de contaminação por bactérias, continuou a utilizá-la, colocando em perigo a vida dos pacientes. 
a) Autoridade.
b) Analogia.
c) Pró-tese.
d) A fortiori.
14. Elabore uma tese para o caso abaixo em relação ao comportamento de João Pedro Carvalho.
 João Pedro Carvalho foi ao Maracanã assistir ao clássico FLA X FLU. Ao sair do estádio, ingeriu bebidas alcoólicas. Em visível estado de embriaguez, entrou no carro com o intento de dirigir-se à sua residência. Logo em seguida, ainda próximo ao estádio, atropelou um dos torcedores, causando-lhe traumatismo craniano e fratura na perna esquerda.
15. Leia o caso concreto abaixo e identifique: O quê? Quem ? Onde? Quando? Por quê? 
 
 A professora Maria Mesquita, de 52 anos, foi assassinada a tiros ontem à tarde por seu ex-marido, no bairro de Lourdes, Zona Sul de Belo Horizonte.
 O marido, que não se conformava com o fim do relacionamento, no dia 05/05/2015, dirigiu-se à casa da ex-esposa para tentar uma reconciliação. Ao chegar à residência dela, deparou-se com Maria conversando com um rapaz. Possuído de imensa fúria, atacou-a com golpes de faca, fugindo logo em seguida.
16.Quais os elementos básicos de um texto argumentativo?

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