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Apostila Farmacotécnica I Wanderleia - 2019-1

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Farmacotécnica I
Apostila de aulas práticas
Professora Mestranda: Wanderleia Eleuterio Martins
Aluno:________________________________________
Farmacotecnica I – 5º Periodo 
 FARMACOTÉNICA I – PRÁTICA
1.1 Equipamentos de proteção individual
Os equipamentos de proteção individual são indispensáveis na realização dos experimentos e sem os equipamentos listados abaixo não será permitida a permanência do aluno no laboratório.
• Jaleco de manga comprida.
• Luvas descartáveis.
• Máscara descartável.
• Touca descartável.
• Óculos de proteção.
1.2 Vestuário
Durante a realização dos experimentos a atenção com a forma de se vestir também deverá ser considerada, destacando-se a obrigatoriedade dos itens abaixo, sem os quais não será permitida a permanência do aluno no laboratório.
• Calça comprida. 
• Sapato completamente fechado (preferencialmente tênis).
• Cabelo preso.
1.3 Segurança em Laboratório de Farmacotécnica
1. Lave as mãos corretamente sempre antes de colocar as luvas para iniciar as atividades e após o termino dos experimentos.
2. Não fumar no laboratório.
3. Não comer ou beber no laboratório.
4. Usar jaleco (avental) abotoado, sapatos fechados e cabelos presos.
5. Não usar lentes de contato.
6. Não provar nem cheirar reagentes ou matérias-primas.
7. Não levar as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando reagentes ou matérias-primas.
Farmacotécnica I – 5º Período Profa. Esp Wanderleia Eleuterio Martins
 
8. Não usar reagentes sem rótulos. 
9. Ao manipular produtos químicos evitar a contaminação dos mesmos. Utilize sempre material limpo e seco para retirá-lo dos recipientes.
10. Antes de iniciar experimentos que envolvam produtos químicos verificar a toxicidade e inflamabilidade dos mesmos, pois líquidos voláteis tóxicos ou corrosivos devem ser manipulados em capela.
11. No preparo de soluções aquosas de ácidos e bases fortes adicionar o ácido ou a base sobre a água, lentamente, com agitação e resfriamento externo, devido à liberação de calor.
12. Nunca usar chama direta para aquecer líquidos inflamáveis e, quando utilizá-la, verificar se não há líquidos inflamáveis por perto. 
13. Não trabalhar com vidro trincado ou quebrado.
14. Quando aquecer substâncias em tubo de ensaio nunca deixar a boca do mesmo voltada para si ou para os colegas.
15. Nunca use a boca para pipetar.
16. Descarte os resíduos sempre em local adequado
17. Não coloque vidro quebrado em lixo comum. Há um recipiente específico para esse descarte.
18. Evitar brincadeiras que possam comprometer a segurança dos colegas.
19. Ao terminar seu trabalho verificar se a água e o gás estão fechados e a bancada limpa. Lavar bem as mãos e os braços após as aulas.
20. Muita atenção ao trabalhar no banho-maria ou na chapa aquecedora.
21. Saiba a localização e como utilizar o chuveiro de emergência e lavadores de olhos.
22. Não coloque sobre a bancada de laboratório bolsas, agasalhos, capacetes ou qualquer material estranho ao trabalho que estiver sendo realizado. Coloque-os no local apropriado.
23. O laboratório deve estar sempre limpo e organizado.
24. Siga o protocolo rigorosamente.
25. Consulte a professora antes de fazer qualquer modificação na formulação ou na quantidade de reagentes a ser utilizada.
26. Antes de usar um qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco para ter certeza que é o reagente desejado.
27. As balanças devem ser manuseadas com cuidado e atenção.
28. As pipetas, espátulas e béqueres devem ficar à direita do frasco que estiver sendo utilizado.
29. Não deixe frascos abertos.
30. Tudo deve ser identificado. Identifique o que está sendo preparado, as matériasprimas pesadas ou medidas, etc.
31. Terminados os trabalhos, enxague as vidrarias utilizadas e coloque-as na bandeja indicada. Nunca coloque vidraria na pia.
32. Execute os trabalhos com o máximo cuidado e lembre-se: “a pressa é inimiga da perfeição”.
1.4 Limpeza e assepsia das mãos:
As unhas deverão estar aparadas, lavar as mãos e antebraços com água corrente e sabão, em seguida borrifar álcool a 70%.
2 NORMAS PARA AS ATIVIDADES PRÁTICAS NO LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA
• Pontualidade e assiduidade nas aulas práticas.
• É determinantemente proibido fumar ou comer dentro do laboratório.
• Conversas durante as aulas práticas devem ser restritas ao tema da aula.
• Não provar nem cheirar matérias-primas ou produtos químicos.
• Uso obrigatório de jaleco, touca, máscaras, luvas e óculos de proteção durante a manipulação.
• As bancadas são de uso exclusivo para manipulação.
• Ler atentamente os rótulos das embalagens
• Evite a contaminação dos reagentes utilizando material limpo e seco para retirá-los dos recipientes.
• Manusear com cuidado todos os equipamentos, vidrarias e matérias primas, para evitar acidentes e desperdícios.
• Não manusear produtos inflamáveis próximo ao fogo.
• Todos os trabalhos com líquidos voláteis ou vapores tóxicos, devem ser realizados em capela.
• Ao terminar seu trabalho verifique se o gás e água estão fechados e NUNCA abandone um equipamento funcionando.
Farmacotécnica I – 5º Período Profa. Esp Wanderleia Eleuterio Martins
• Em caso de acidente avise imediatamente o professor.
2.1 Quanto ao uso de vidrarias e recipientes
• Escolha a menor vidraria capaz de conter o volume a ser medido.
• As vidrarias, espátulas, bastões, recipientes, etc., devem estar secos e limpos.
• Ao transferir reagentes líquidos faça de modo a não danificar os rótulos.
• Após as pesagens e medidas, devolva os frascos das substâncias para o local onde estavam.
• Após o envase, rotule convenientemente.
• Ao terminar a manipulação, desligue a aparelhagem utilizada.
2.3 Quanto à limpeza e desinfecção das embalagens
As embalagens a serem utilizadas para o envase dos produtos manipulados deverão
ser lavadas com água corrente, enxaguadas com água destilada e em seguida enxaguadas
com álcool a 70%.
2.4 Quanto à rotulagem
O rótulo deverá ser confeccionado pelo estudante e afixado na embalagem eleita
para a formulação. O conteúdo do rótulo deverá seguir as BPMF (Boas Práticas de
Manipulação em Farmácia) conforme preconiza a RDC n°67/2007.
Farmacotécnica I – 5º Período Profa. Esp Wanderleia Eleuterio Martins
Aula 1: Pesagens e Medições em Farmacotécnica
Pesagem
Na pesagem de matérias-primas, a seleção do equipamento deve ser baseada na quantidade e exatidão desejada. Algumas definições importantes:
- Capacidade à o peso máximo, incluindo recipientes e materiais para a tara, que pode ser colocado em uma balança.
- Sensibilidade à o menor peso que produz uma mudança perceptível no elemento de indicação.
- Legibilidade à o menor aumento de peso que pode ser lido em um mostrador digital ou não de uma balança.
- Precisão a reprodutibilidade da medida de pesagem expressa por um desvio-padrão.
- Exatidão a proximidade do peso demonstrado pela balança ao peso real, conhecido pelo uso de um peso-padrão, usado para a calibração da balança.
A balança deve ser mantida em local bem iluminado, sobre uma bancada firme (com ausência de vibração), livre de correntes de ar e poeira. A balança deve ser mantida limpa antes e após o uso. Deve estar nivelada e calibrada.
Procedimento
Medições de volumes
Na medida de volumes, o farmacêutico (a) deve selecionar a vidraria mais apropriada ao líquido em questão e a que proporciona o grau de exatidão adequado. Quanto mais estreita for a coluna do líquido que está sendo medido, maior a exatidão da medida, ou seja, quanto maior o diâmetro da vidraria utilizada,
menor a precisão e maior o erro na medida do volume. Por exemplo, a pipeta é mais precisa que a proveta, que por sua vez é mais precisa que o cálice. 
Na leitura do volume do líquido é importante reconhecer a possibilidade do erro de paralaxe. Quando um líquido é colocado em uma vidraria de medida, ele tende a ser puxado para a parede interna e é levantado acima do seu menisco verdadeiro. Se a medida for realizada de cima para baixo, o menisco do líquido parecerá estar num nível superior, enquanto está em uma posição levemente mais baixa. Por isso, a medida de líquidos deve ser realizada com o menisco do líquido colocado na altura dos olhos.
Para realizar a medida transfira o líquido aos poucos para a vidraria, observando o nível. Deve-se tentar transferir o líquido pelo centro da vidraria, evitando seu contato com a parede. Quando líquidos viscosos forem medidos é necessário esperar que eles sedimentem, pois eles escoam lentamente pela parede interna da vidraria.
Procedimento 
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Aula 2: Água Boricada 3%
Ácido bórico
O ácido bórico é usado como anti-séptico para desinfecção de tecidos delicados (mucosas), e principalmente em lavagens oculares. A solução a 2.2% é isotônica à lágrima sendo utilizada como veículo para colírios. É um anti-séptico fraco com ação bacteriostática não possuindo ação antifúngica.
Características físicas: pó ou grânulos brancos, ou cristais incolores, transparentes e inodoros.
Solubilidade: solúvel em água e álcool (1:18), facilmente solúvel em água fervente e glicerol (1:4).
Categoria: anti-séptico tópico.
Conservação: em recipientes bem fechados (hermeticamente fechados).
1. Manipulação
Preparar 50 mL de água boricada a 3%.
2. Forma farmacêutica
Solução tópica.
3. Fórmula
 Água Boricada a 3%
_____________________________________________________________________________
Ácido Borico 1,5 g
_____________________________________________________________________________
Água destilada q.s.p. 50,0 mL
_____________________________________________________________________________
4. Orientações para o preparo
Aquecer a água destilada com cuidado.
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5. Procedimento
1. Verificar se a balança está nivelada e zerada para pesar o soluto.
2. Pesar 1,5g de ácido bórico.
3. Colocar 30 mL de água destilada em um béquer e aquecer em chapa aquecedora.
4. Verter o ácido bórico sobre a água aquecida e agitar com bastão de vidro vigorosamente até completa dissolução.
5. Esperar esfriar.
6. Após esfriar, completar o volume q.s.p. 50 mL com água purificada no cálice , menisco inferior, e agitar com bastão de vidro para homogeneização completa da solução.
7. Acondicionar filtrando diretamente no frasco através de algodão e com auxílio de funil de vidro.
8. Vedar o frasco e rotular.
6. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados, de vidro âmbar ou plástico opaco de alta densidade, perfeitamente fechados e ao abrigo da luz, à temperatura ambiente.
7. Advertências
Não aplicar em grandes áreas do corpo, quando existir lesões ou queimaduras. Produto para uso exclusivo em adultos. O uso em crianças representa riscos à saúde. Manter distante de fontes de luz. Manter fora do alcance de crianças.
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Aula 3: Óleo Anti-inflamatório
Salicilato de metila
O salicilato de metila é um composto orgânico de fórmula molecular C8H8O3, solúvel em álcool e ácido acético glacial, pouco solúvel em água. Está presente em folhas de gaultéria, Gaultheria procumbens e outras espécies, pode ser obtido pela via sintética por meio da reação de esterificação do ácido salicílico e metanol. Como o salicilato de metila é metabolizado na derme e tecidos subcutâneos através de reações de hidrólise formando salicilato, que pode atuar no mecanismo de ação das cicloxigenases, deve ser evitado o uso de aquecimento e oclusão no local de aplicação, para evitar aumento da absorção percutânea. A ANVISA determinou que a concentração máxima permitida de salicilato de metila emprodutos cosméticos é de 1% . Classe terapêutica: Analgésico e anti-reumático.
Mentol
O mentol, quando aplicado na pele, produz vasodilatação, proporcionando uma sensação de frescor seguida por efeito analgésico. Em baixas concentrações não produz efeitos tóxicos, entretanto, em concentração igual ou superior a 3% pode apresentar efeitos irritantes.
1. Manipulação
Preparar 50 mL do óleo antiinflamatório.
2. Forma farmacêutica
Solução tópica.
3. Fórmula
 Óleo Antiinflamatório
_____________________________________________________________________
Salicilato de metila 5 mL
_________________________________________________________________________
Mentol 250 mg
_________________________________________________________________________
Óleo de amêndoas doces 5 mL
_________________________________________________________________________
Vaselina líquida q.s.p. 50,0 mL
________________________________________________________________________
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4. Procedimento
1. Medir o salicilato de metila e transferir para o cálice.
2. Pesar o mentol e dissolve-lo no salicilato de metila.
3. Acrescentar o óleo de amêndoas doces e homogeneizar.
4. Completar o volume com vaselina líquida.
5. Homogeneizar bem.
6. Envasar.
7. Vedar o frasco e rotular.
6. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados de vidro âmbar, perfeitamente fechados e ao abrigo da luz, à temperatura ambiente.
5. Prazo de validade
6 meses.
Farmacotécnica I – 5º Período Profa. Esp Wanderleia Eleuterio Martins
 
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Aula 4: Álcool canforado 
Manipulação
 Cânfora
Nativa das regiões do Extremo Oriente, a canforeira é uma planta medicinal, cujo nome científico é Cinnamomum camphora. Da seiva dessa planta é extraída a cânfora, composto químico de fórmula C10H16O, de cor branca cristalina, aroma característico, sabor levemente amargo, volátil à temperatura ambiente, pertencente à família das cetonas. É antisséptica e, por isso, usada no tratamento de frieiras, ferimentos e na produção de sabões; S
Sob a forma de solução alcoólica, é muito utilizada para o tratamento de contusões , dores musculares, artrite e reumatismo, devido às características anestésicas e levemente analgésicas;
Manipulação:
Preparar 100 mL de Álcool canforado 
2. Forma farmacêutica
Solução tópica.
3. Fórmula
cânfora.........................1g 
 álcool 85 ºGL..q.s.p......100ml 
cânfora.........................1g 
 álcool 85 ºGL..q.s.p......100ml 
 cânfora.........................1g 
 álcool 85 ºGL..q.s.p......100ml 
4. Procedimento
1. Medir o álcool 85 ºGL , transferir para o cálice.
2. Pesar a canfora,
dissolve-lo em 50 mL de álcool 85GL.
3. Homogeneizar.
4. Completar o volume com 50 mL de álcool 85GL.
 5. Homogeneizar bem.
6. Envasar.
7. Vedar o frasco e rotular.
6. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados de vidro, perfeitamente fechados à temperatura ambiente.
5. Prazo de validade
6 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso: tratamento de prurido 
 
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Aula 5: Sabonete líquido
Sabonete
A história do sabão e do seu uso é bastante remota e não se sabe ao certo suas origens. Entretanto, as primeiras referências históricas ao sabão manufaturado são relacionadas às ruínas de Pompéia e, ao que tudo indica, os romanos não o empregavam somente para a limpeza. Grande parte era misturada com aromatizantes para cabelos ou cosméticos e adicionada aos emplastros usados em queimaduras e ferimentos.
A tecnologia para fabricação de sabonetes evoluiu muito nos últimos tempos e estes produtos
ganharam outras funções como hidratar e proteger, porém eliminar a poeira, as células mortas, o excesso de óleo e suor produzido pelas glândulas ainda é a função básica de todo sabonete.
A diferença no processo de fabricação de sabonetes líquidos e em barra está na base. A base para os sabonetes em barra é obtida através da reação de gorduras vegetais ou animais com soda cáustica. Após esse processo são adicionados conservantes, corantes e o produto é prensado. Os sabonetes líquidos são obtidos em uma única etapa através da mistura de tensoativos sintéticos com itens como: conservantes, emolientes, corantes, hidratantes e perfumes.
1. Manipulação
Preparar 100 mL de sabonete líquido.
2. Fórmula
 Sabonete líquido
_______________________________________________________________________
Lauril éter sulfato de sódio (Tensoativo aniônico primário) 10 mL
_______________________________________________________________________
Lauril éter sulfato de trietanolamina (Tensoativo aniônico – agente espumante) 3 mL
_______________________________________________________________________
Cocoamidopropil betaína (Tensoativo anfótero – tensoativo secundário) 3 mL
_______________________________________________________________________
Cloreto de sódio 40% (Espessante) q.s.
_______________________________________________________________________
Essência (Odor agradável) q.s.
_______________________________________________________________________
Corante (Cor atrativa) q.s.
_______________________________________________________________________ 
Água purificada (Veículo) q.s.p. 100 mL
_______________________________________________________________________
3. Orientações para o preparo
Durante o preparo deve-se ter muita atenção nas homogeneizações para não formar espuma.
4. Procedimento
1. Adicionar aproximadamente 50 mL da água em um cálice.
2. Acrescentar: lauril éter sulfato de sódio, lauril éter sulfato de trietanolamina e cocoamidopropil betaína.
3. Homogeneizar.
4. Adicionar a essência, o corante e homogeneizar.
5. Completar o volume com água para 100 mL.
6. Acrescentar o cloreto de sódio gota a gota, homogeneizando lentamente, até obter viscosidade adequada.
7. Envasar.
5. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente.
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Aula 6: Loção Antiparasitária
Objetivos:
• Definir loção.
• Demonstrar a técnica de preparação da loção antiparasitária
Loção
É uma solução, suspensão ou emulsão fluida que se aplica na superfície da pele. Podem conter umectantes, que retêm a umidade sobre a pele após aplicação do produto, ou álcool o qual, após rápida evaporação, provoca um efeito refrescante, deixando a pele seca. Tem a vantagem de ser facilmente aplicada e removida da pele e de roupas. As loções podem ser menos irritantes para a superfície cutânea do que as pomadas, pois permitem a aplicação numa área extensa da pele e a sua administração deixa apenas uma fina camada de princípios medicamentosos juntos ou não aos excipientes. A película formada, após a evaporação da água ou álcool, pode apresentar uma concentração de fármacos muito superior a 
que se consegue com algumas pomadas, o que explica várias loções serem mais ativas do que pomadas correspondentes. A maioria das soluções tópicas é preparada por simples dissolução.
1. Manipulação
Preparar 50 mL da loção antiparasitária.
2. Forma farmacêutica
Solução.
3. Fórmula
 Loção Antiparasitária
____________________________________________________________________________
Ácido salicílico 3,0 %
____________________________________________________________________________
Ácido benzóico 2,0 %
____________________________________________________________________________
Tintura de iodo 5,0 mL
____________________________________________________________________________
Licor de Hoffman q.s.p 50,0 mL
____________________________________________________________________________
Licor de Hoffman
___________________________________________________________________________
Álcool etílico 25,0 mL
____________________________________________________________________________
Éter etílico 25,0 mL
____________________________________________________________________________
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4. Orientações para o preparo
Preparar primeiro o licor de Hoffman. Pesar e medir separadamente cada matéria-prima.
5. Procedimento
1. Dissolver os ácidos em parte do licor de Hoffman.
2. Adicionar a tintura de iodo.
3. Completar o volume para 50 mL utilizando o licor de Hoffman.
4. Envasar em frasco âmbar.
6. Embalagem e armazenamento
Recipientes de vidro âmbar, perfeitamente fechados e ao abrigo da luz, à temperatura ambiente.
7. Advertências
Manter distante de fontes de calor. Manter fora do alcance de crianças.
8. Indicações
Possui ação bactericida e fungicida.
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Aula 7: Xarope de zinco
Objetivos:
• Definir xarope.
• Demonstrar a técnica de preparo de xarope.
Xarope
Xarope é uma solução aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta não menos que 45% p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes.
Quando aquecimento é utilizado no preparo de xaropes, ocorre a inversão de uma parte da sacarose.
A reação de hidrólise da sacarose é chamada de inversão por formar
açúcar invertido (frutose + glicose). O aquecimento exagerado ou a presença de ácidos pode catalisar a hidrólise e aumentar a formação de açúcar invertido. O controle adequado da temperatura durante o processo de fabricação reduz a formação do açúcar invertido.
1. Manipulação
Preparar 100 mL de xarope de zinco.
2. Forma farmacêutica
Xarope.
3. Fórmula
 Xarope de zinco
_____________________________________________________________________________
Sacarose 85 g
_____________________________________________________________________________
Zinco 200 mg
_____________________________________________________________________________
Metilparabeno 0,2 g
_____________________________________________________________________________
Flavorizante q.s.
_____________________________________________________________________________
Corante q.s.
_____________________________________________________________________________
Água purificada q.s.p 100 mL
_____________________________________________________________________________
4. Orientações para o preparo
A temperatura do banho-maria, ou da chapa aquecedora, não deve ultrapassar 80˚C.
5. Procedimento
1. Pesar a sacarose em um béquer.
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2. Adicionar 50 mL de água purificada para dissolver a sacarose.
3. Adicionar o metilparabeno.
4. Colocar em chapa aquecedora com agitação constante até o xarope ficar com as características ideais.
5. Esperar esfriar.
6. Em outro béquer pesar o zinco e adicionar uma quantidade suficiente de água purificada para dissolver o zinco.
7. Verter
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Aula 08: Xarope dietético de iodeto de potássio
Objetivos:
• Definir xarope dietético.
• Demonstrar a técnica de preparo de xarope dietético.
A carboximetilcelulose sódica (CMC-Na) é um polímero aniônico, pouco utilizado na obtenção de gel para veiculação de ativos dermatológicos. É mais frequentemente usada para obtenção de gel oral e como agente suspensor em produtos para uso interno. É incompatível com ativos fortemente ácidos, com sais solúveis de ferro e alguns outros metais, como o alumínio e o zinco. A precipitação pode ocorrer em pH < 2 e quando misturada com álcool (etanol).
O xarope medicamentoso de iodeto de potássio, preparado na concentração de 325 mg/mL,
apresenta propriedade expectorante.
1. Manipulação
Preparar 100 mL de xarope dietético de iodeto de potássio.
2. Forma farmacêutica
Xarope.
3. Fórmula
 Xarope dietético de iodeto de potássio
_________________________________________________________________________
Iodeto de potássio 6,50 g
_________________________________________________________________________
Carboximetilcelulose sódica (CMC) 1,00 g
_________________________________________________________________________
Metilparabeno 0,15 g
_________________________________________________________________________
Propilparabeno 0,10 g
_________________________________________________________________________
Sacarina sódica 0,10 g
_________________________________________________________________________
Flavorizante q.s.
_________________________________________________________________________
Corante q.s.
_________________________________________________________________________
Água purificada q.s.p 100 mL
__________________________________________________________________________4. 
Orientações para o preparo
Cuidado para não formar grumos.
5. Procedimento
1. Pesar o metilparabeno e o propilparabeno separadamente.
2. Dissolver os parabenos em 50 mL de água destilada a 80ºC.
3. Acrescentar o CMC aos poucos, com agitação constante, para não formar grumos.
4. Em 10 mL de água dissolver o edulcorante e o iodeto de potássio.
5. Esperar a solução com CMC e parabenos esfriar.
6. Misturar as duas soluções e homogeneizar.
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7. Adicionar o flavorizante e o corante
8. Completar o volume para 100 mL com água destilada.
9. Homogeneizar.
10. Envasar e rotular.
6. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados, de vidro âmbar, perfeitamente fechados, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente.
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Aula 09: Tintura de Iodo
Uso Terapêutico: Antisséptico, adstringente. Usado no tratamento de feridas não purulentas com suspeita de tétano.
Solubilidade do Iodo: muito pouco solúvel em água, facilmente solúvel em clorofórmio, tetracloreto de carbono e éter; solúvel em álcool e em solução de iodetos alcalinos.
Solubilidade do Iodeto de potássio: muito solúvel em água (1:0,7p/v) e, mais ainda, em água fervente, facilmente solúvel em glicerol e solúvel em álcool.
Obs: o iodo se dissolve em água devido à presença de iodeto de potássio, com o qual forma poli-iodetos: I2 + KI KI3 (poliiodeto)
1. Manipulação
Preparar 50 mL de tintura de iodo.
2. Forma farmacêutica:
Tintura (solução tópica).
3. Fórmula:
 Tintura de Iodo
_____________________________________________________________________________
Iodo 1,0 g
_____________________________________________________________________________
Iodeto de potássio 1,0 g
_____________________________________________________________________________
Álcool etílico 96˚GL 25,0 mL
_____________________________________________________________________________
Água purificada q.s.p 50,0 mL
_____________________________________________________________________________
4. Orientações para o preparo:
Ler e seguir o procedimento cuidadosamente antes e durante o preparo da tintura de iodo.
5. Procedimento
1. Pesar o iodo.
2. Transferir o iodo pesado para o gral e triturar com auxílio do pistilo.
3. Adicionar 15 mL do álcool no gral para dissolver o iodo.
4. Pesar o iodeto de potássio no béquer e adicionar 15 mL de água purificada. Homogeneizar, com um bastão de vidro, dissolvendo todo o iodeto de potássio.
5. Transferir o iodo dissolvido no álcool para o béquer com a mistura de água e iodeto de potássio.
6. Colocar o restante (10 mL) do álcool no gral para retirar o
restante de iodo do gral, e transferir para o béquer contendo a tintura.
7. Homogeneizar a tintura.
8. Transferir a tintura para uma proveta e completar o volume para 50 mL com água purificada.
9. Transferir a tintura para o béquer novamente, e homogeneizar bem.
10. Envasar a tintura em frasco de vidro âmbar.
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6. Embalagem e armazenamento
Recipientes adequados, de vidro âmbar, perfeitamente fechados, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente.
7. Indicação
Antisséptico local.
Aula 10 - Suspensão tópica desodorante
1. Manipulação
Preparar 50 mL da suspensão tópica desodorante.
2. Forma farmacêutica:
Suspensão.
3. Fórmula
Suspensão tópica desodorante
-------------------------------------------------------------------------------------------
Óxido de zinco 0,50 g
-------------------------------------------------------------------------------------------
Borato de sódio (Tetraborato de sódio) 0,25 g
-------------------------------------------------------------------------------------------
Propilenoglicol 3,0 mL
------------------------------------------------------------------------------------------- 
Glicerina 8,0 mL
-------------------------------------------------------------------------------------------
Água destilada 5,0 mL
-------------------------------------------------------------------------------------------
Álcool de cereais q.s.p. 50 mL
--------------------------------------------------------------------------------------------
Essência q.s.
--------------------------------------------------------------------------------------------
4. Procedimento
1. Pesar o borato de sódio no béquer.
2. Medir 5,0 mL de água quente e adicionar ao borato de sódio, homogeneizar com bastão de vidro.
3. Medir o propilenoglicol e verter na mistura anterior.
4. Homogeneizar bem.
5. Pesar o óxido de zinco e verter para o leite desodorante.
6. Homogeneizar.
7. Medir a glicerina e verter no leite desodorante.
8. Homogeneizar bem.
9. Acrescentar o álcool de cereais q.s.p. 50 mL.
10. Adicionar quantidade suficiente de essência.
11. Homogeneizar bem.
12. Envasar e rotular.
5. Embalagem e armazenamento:
Recipientes adequados, de plástico, bem fechado, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente. O rótulo deve conter “agitar antes de usar”.
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Farmacotécnica I – 5º Período Profa. Esp Wanderleia Eleuterio Martins

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