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AT'I4AZENAI4ENTO 6.l.INTRODUçÃO Os ptodutos peÍecíveis, em geÌaÌ, necessitam set atmazenados pala baÌalÌcear as ìuruações do mercado entre a coÌheiÌa e a cometciaÌização diária, podendo ainda ser :fnazenâdos a Ìongo termo, para aumentAÌ o período de comerciaÌização, após o final da .\tação de coÌheita. A comerciaÌizâção da maioria dos vegetais irescos pode seÌ prolongada peÌo nrmazenamento imediato desses produÌos, em condições atmosféricas que manlenham a .ÌÌa quâÌidâcìc. Pôrlânlo, coú o aÍnazenairnento, visa,se â minimiar a intensidâde do processo \ ìtaÌ das frutas e hortaliças, por meio dâ utiÌizâção de condições adequadas, que peÍnitam uma redução no metabolismo normal, sem alterâr a fisiologia do produto. Desse Íonna, a\ ita-se o brctamento, a elongação, a germinação de sementes, o ataque de patógenos, as Llesôrdens fisioÌógicâs, etc. O grau de perecibilidade dos produtos frutícolas está relacionado colìl a suâ fase de .lesenvolviúento, Prodìltos que se desenvoÌveÌn rapidâJÌlgntg, como os morangos, são mais lefecíveis que os que possuem desenvoÌvimento Ìento, como as maçãs; contudo, olìros fatores também influenciam â duÍação do ârmâzenalnento, sâlientado se, cntre eÌes, â Ìâxâ íespiÍatória, a produção de etiÌeno e ouÍos felores geììélicos que contfolaÌÌì o desenvolvimellto . o comportamento do órgão vegelal na fase pós-collÌeita, beÌn como, suas diferenÇas nlorfológicas 9 tìsiológicâs. As condições ideais de armazenamento vadam ÌargampDte de produto para produto e corespondom àÊ oo4dições nas quais eFses prcdutos podÊm ser amazenados pelo major espaço de tertpo possíveÌ, sem perda aprcciáveÌ de seus ahibutos de quaÌidade, tais como: sabor, aroma, tgxturâ, cor e teor de unjdade. O período de armazenamento depende, sobretudo da atividade respjratória do produto, suscetibilidade à perdo de umidade e resistónciâ aos miclorganismos causadores de doençâs. As condições ambientais dcsejadas podem ser obtidas mediânÌe o conÍolc cla temperaturâ, da circuÌação de ar, dâ umìdade reÌativa e, algumas vezes, da composição da aÌmosfera, quç laJrÌbém pode ser controÌada ou modiÍìcada. 6.2. OBJETIVOS E DUMÇAO DO ARMAZENAMENTO Os principais objetivos do armazenamento podem ser assitn ordenedos: 3 9 3 P;t-co7tr\eí.t@ à.e FrL'.to* " U:l!ll'<!!Ji . Redução da atividadc bioÌógica do produto, mantendo a tempeÍatun em nilers qlÌe não sejam prejudiciais, ou p,3Ìo con[ole da conposição dâ almosfera . Redução do crescinento de microrgânismos, mahtendo a tempeÉtula ìra1xa e ninimizando a umidade supedìciaÌ do prodüto . Redução da perda d'água, pela tìirninuição diìs diferenças enre a temperatum do ar e r do pïoduto, ben como, mântendo eÌevâílâ ümidade no ambiente de ârmazenâmento o pfod!to a ser r.Ìnazeììâdo de!e estü na Ìnclhof condição c quâlìdade possívei!' piÌriì que possa tef um maior tcmpo dc anÌâzenamcnlo. Portanto, devem ser le\'ados eü cor'Ìsrdefação os seguintes aspectosl . Ísenção máxima de danos superficiais' amassamentos detcliomção por doenças' elc' . Iscnção de infecção insipiente. . PÉ'rcsfriemento e embalagem adequados, imediatamente após a colheita O cs!ádio dc desenvolvimento (pré_Ìr]aLuÍação ou ÌÌÌaturação, incluindo an.ì.ÌuÍecinenlo), tem inlluência pronunciada nr tâxâ respjrâtória e, conseqiiÈntcmente. no pefíodo de afÌnâzeramento. Frutas ou hoúâ1içâs colhidâs pÍem:Ìtuf'ìrllenle âpÌcsenlam quali.lade inferior após o âmadurecimento (se o atingirem), embora possam teì um maior período de armâzenamento, Também ocoÍem vâÍiações no período de 3rmâzenameÌrto 'le âcoÌrlo coÌn â cuÌlivar' Essâs variações não podem ser atribuídas a um únlco fâtor. Na rcalidade, são resultantes de jnteÍ-reÌações entre inumeráveis fatores genóticos, cllturais e ambientais NaTabeÌa61. cncontam-se exemplos r1a varìação no período de almazenamenlo de irulas em função do cstádi0 de nÌatuÌação e do l ipo. TÂBLLÀ 6.1. Pcío.Ìo de conscrvação de âìgumas fÍutâs de àcoÍdo conì o grau de maturaçlo ou de acordo com a cultivar. Cons€rvâção A1é. oe ouÌIos I oe mercao de modo t( O a rcquercm 1 Qua se dc umâ lomate. Ìel ÌocaÌ de a aguardand compaível O a r Os produt prcços ele abóboras c Produto Tempcratura('c) Un dede Relâtiva(E") Abacate 'West Indian' 'Guatemalm' B: Ìnxnâ'Caveid ish ' verds 'Cavendìsh ' ìnrdu.r 'PÌântâìn'verde 'PÌântaln'Ìììadura NíaDga'CaÍabao' NÍanga'Pico ' r2,8-14.4 12,8 _10,0 1,2 I0.A 9 . 4 - 6 , 1 7,2 10,t) 1,2 - rO,A 10,0 8.3 85 -90 85 -90 85 -90 85 90 85 -90 85 -90 88 92 85 '0 85 90 85 -90 8 5 , 9 0 85 90 2 3 - 1 1 .5 5 1 .5 5 6 3 4 2,5 3 4 6.3. ARM O c a silìplesmcÌ sempre fÌui geÌo sobre água. No at e não peÌâ l frutas e hol são utilizad( ou modificr produzcm t depois deca esse cuidâd( do CO,, de ambientaÌ nl senescêncÌa. associados.Fonte: AdapÌado de Pantaslico et al.. (ì975) 394 nivets que ra bâixa e :ula do aÍ e possíveis, evados em )enças, erc. cluindo o a um maior ì a cul lvar. iultantes de TabeÌa 6.1. 1 função do AÌéÌÌÌ das caÌaclerísdcas ìnercnles ao produlo, a duração do aÌmazenamen[o dÕpcnde de outros fatores, principalmente de ordem econômica, como disponibiÌidade de facilidacLes de mercado, do produto, preços, etc. As operações de amazenamento podem selrcalizadas dc modo temporíì0, â médio ou longo pfâzos. O armazenamento temporário óudÌìzado pârâ produtos aÌtemente perecíveis, quc rcqucrcm comcÌcializÂção imediata. Pode ser reaÌìzado com reftigenção ou seÌÌÌ eì:Ì Quando há necessidade de conlroÌe dos excedentes de mercado, reâliza-se o armazenaÌnento eú médio prazo sem muita perda nâ qualidade dos produtos. PodeprolongâÌ- se de uma a seis semanas, dependendo da necessidade. Produtos como manga, couve_flor, Ìomâte, rcpolho, etc., airdâ com boê qualidade pala comercialjzação, são tÌansleridos pâfa o local de armazenamenlo onde se mantôm sob consta]lle supeÍvisão e aí peÌmanecelÌÌ aguardando o momento opoÌtuno para comercialização, em geral, até que hajâ ÌrÌeço compatível ou ÍazoáveÌ coÌn a quelidade do pfodLlto. O armazelamento proÌongado é influenciado pÌinciPâlmente por fatores econômicos. Os produtos são armazenados no âuge do período de produção e comercial izados coniinuamente, durante o resto do ano, quando os produtores e comerciantes podem consegulr preços elevados por eles, Dentre esses prodütos, enconüam_se laranjas, maçãs, pêrás, abóboms e morangas, bâtatâs, cenoüÌas, alhos, cebolas, etc, 6.3. ARMÀZENAMENTO REFRIGERADO O caÌor é uma foÍma de energia encontrada em quaÌquel mâtéria. O terúo "ftio" é simplesmente uma foÌma de expÌessão, para um nívei rclativamente baixo de calor' O celoÍ sempre flüi naturalmente de um objeto quente para um frio. Por exemplo' quando se coÌocâ gelo sobre água, e1a se resfria e o geÌo úudâ de estado físico, porque absoNe o calor dâ água. No Ârmszenâmento sob ìefÍigerâção, o produto é fesfriado peÌa remoção do seu calor e não pelâ lransFissão de frio para eÌe- A reftigeração é o nétodo mais econômico para o armazenaÌnenlo pIoÌongado 'le iulas e hortaliças fÍescas. Os deÌÌrais nrétodos dÕ contÍoÌe do aÌnadurecjmento c das doençâs são utilizados como complemento do abaixamento da tempefalufa. Métodos tais como conlrole ou modificação da atÌnosfem, uso de ceras na superfície dos produtos, entre outros, rìão produzeú bons tesultados, se não fôrem associados âo uso de baixas tempemluras A qualidade comestível, em muitos produtos perecíveis, aumenta após a coÌhcita e depoìs decai rapidamente, se não for utilizado o plocesso de armazenamento a frio Sem esse cuidado, âs deteriofações são mais Ìápidas devido à produção do caÌor viial e a liberação do CO?, decorÌ€ntes da Ìespiração A temperatura de atmazenamento é, portanto, o lalor ambiental mais irllporlarúe, rão só do Ponto de vista comcrcial, como tânlbéÌn' por contfolrr â seoescênciâ, uma vez que regula astâxâs de todos os ploccssos Íìsiológicos c bioquúnicos associados. Havendo redução da Íespìração, há, em conseqüêncjâ, redução ìlas perdas de 1",t" d€ lÌ1anasl 2 3 - 4 1 , 5 5 1,5 5 - 6 5 - 3 , 5 2,5 3 - 4 2 - 3 I 3 9 5 Pót-col eítct' à? frúto.t " il9!t"l'49!J aroma, sabor, textula, cor e demais atributos de qualidade dos produtos Entrotanlo' a taxa meubólicadevesermântidaaumníveÌmínimo,suficienteparâúanterascéluÌasvivas'mas de forma a presenar a qualidade comestíveÌ, durante todo o petíodo de armazenamento A refrigeração é rccomendada para muitos produtos, polque retarda a ação dos segullÌles falorÕs: . EnveÌhecimento devido ao âmadurecimento, condüzindo a mudanças na texlura e nâ cor' . Mudânças metabóÌicâs indesejáveìs e produção do calor vital pcla resPiração' . Per.la de umidade e conseqüente murchamento . DelerioriÌçáo devido a bactériÂs e lLlngos . Crescimenlo iìrdesejável (brotamento' elongação de cauÌes, etc ) O processo de refrigemção é indicado pÂra produtos que rcquerem resfrÌamento jmediato após a colheita e amazenamento sob tempetâtuta controladâ AÌgulÌÌ'rs lìoÉaÌiças podem set aÌmazenadas por até seìs meses se âs condições de temperatuÌa lorem adequadas A mâioria, porém, não se adapta ao afmâzenamento ploÌongado Nâs grandes câmaras comerciais (Foto 6.1)' aconselha_se o armazenaÌìento de um único lipo de produto, com histórico desse Produto quanto à colhcita, tratâmento' etc de mocÌo que se possa pÌevef o período adequa{:lo de armazenamento, em condições favoráveis No caso dr conse açÍo de diferentes produtos ein conjunto (Folo 6'2). deve_se optâr pelos que não Âprcsentam incompatibilidade nâs condições de amazenamento (tenperatura' umidade 1elaiÌva, gases e odores) 6,3.1, Princípio de Funcionamento do Slstema A refrigeração é produzida n€canicanerìte pela ovaporação de um gís Ìiqüelèito' coflrprimicÌo nun1 sislema fechado. Denomina-se refìigerante qualquer substância que possua a propiedade de se evapoúL em Ìeúperâtülâs relativamente bajxas Considerando-se â toxidez, cuÍo inicial, contÍoÌe do ólco, dìmensionanÌento e material de Ìinha, alérÌÌ do probÌema da energia necessária, os haloscnÂdos, R 1 344' R 22, lì-404, Âssim como a amôniâ (R-7 I 7) ' são os mais emprcgados atualmente. O R_12,IaÌgamente utilizâdo, está sendo.substituído pelo R-1344, em virtude de seu gÌande podel na destrlição da camada de ozônio' E impoíante saÌientaÍque uma alas principais propriedades do teftiSemnte é sua altâ capacidade de rctiúda de calor, reÌacionâdâ ao baixo consumô de energìâ do eqüipamento. oblendo_se assim. menor voìume de vapor comprimido paü a mesma catga tórmica PeÌo baixo cuslo e eficiência, a arìônia é o refrigerante nais empfegado no mundo, enquanto o R-1344 e R-22 são utiÌìzados principaÌmente em unidades menores. o equipamento básico para a refr igetação coúprecncle um compressoÍ' rìm con.lensador, uma váÌvuÌa de expansão e um evaporador' O gás refrigerante é comprimido, resfriarlo pela passagem através de um condensadol fesfriado com aÌ ou água, sendo depois expandjdo âÍâvés de um orifício (de vários tipos), na bobina do evaporador' Durante â fese de evapomção e expansão, o calor é abso ido da área do ploduto a ser resfriado (Figura 6 1 e Foto 6.3). 396 FIGURA 6.3.2. S o o reftìger tempo de requisítor Os Na termodrn condensa do ó1eo. Qu resuÌtadc consrdeÍ injeção d Arn a4en64Lefl1:a vivas, Ì r l r . les fatore\ ;ao. Regülador \ de câlÔr IIGURi 6.1. Representação €squenáÌlca de umsistema de refiigeÍâção Pot expânsão diretã 6.3.2. Seleção do Sistcma O cÌÌsto do equipamento e dâ instaÌação, a carga e flexibilidade, a expânsão da planla, o Íefrigemnte, os cont oles, a dimensão da planta, os cüstos de operação e manulenção. ' Ìempo de depleciação e amortização, o pessoal habilitado I a reposição de peças são os .equisitos básicos a serem considglados na seÌeção do sisteme, Os custoE fixos (iÌìvestimento e jnstâlâção) e âs variáveis operâcionâis Ìnüdâm ronfofme o sisíeqìa. Na seÌeção do reftigerante a ser utiÌizado, devem_se observü as propriedades Ìermodinâmicas, a faixa de tempefatura necessáÌia, a taxa de compressão, o lipo de condensação, a possibilidade de perda do refrìgeraÌrte, bem çomo, a facilidade de separaçio do óÌeo. Quarto ao controÌe, a opção pelo auÌomático é mais segum e apresenta melhores resultados que o mânual.Finalmerìtg, a possibilidade dp ampliação futura deve sel considerada. Na Figura 6.2 encontra-se um diâgÉmâ de câmffa de refrigeúção com injeção de gases. ifriaÌneìrt, hortaliçri. rdequada. nto de lnl úo, etc. d. ve-se optltr mperâÌur! liqüefeito. que possua úndo-se r o probÌenìi: ia (R'7l l substìtuíd(, importanÌe de Íetirada sim, menof ficiência, r J utilizados rmprimido. rndo depois mnte a lase (Fjgum 6.1 3 9 7 Pôt"cdJ@íttu dz fr*cat e lío1t ,ü;4Lt: f Ca Te Ca Te Ca eÌé o IIGURA 6.2. CâmÂra de reftigeração €/ou amâdurecjme,rto utìlizâd pêra frutas 1- cilindros de gasesi2- tubüloção degcses;3 sistenã de rèfrigeração;4- ci.culador de af15_ sâídâs de Sasesìl tânqúes de água: 7- bom|! dc íguâ; 8- nebulizado1€s dc ligua; 9- tub!Ìlação de águal 10- laÌedes ìsoÌrntes; 1l- exâusioÌ; 12 porta Irigoíiicat 13'quaúodeco mdo. Fd í t : \ ì hneM i l l ì ns , ( Ì 939 ) 6.3.3. Manutenção A vidâ útil do equipamento rclacjona-se diremmente conl â manutenção prevenhva. Deve haver fícil âcesso âos esquemas dos cìrc!Ìitos de refrìgeração, eletdcidade, controles e. r i l :J, -es. c in\Ìr-\òes del3lhcdcs de opef"çro e erner!anciJs. ProbleÌnâs e sohrções encontrados devem ser lâüçados em diário especiaÌ e coÌocíìdos em Ìocaì de fácil âccsso. O cquìpaÌÌÌento de transferência de calor deve softer limpeza e cuidados periódicos. O compressor deve set inspecjonado, pelo nenos! uma vez pof âno, O óÌeo a ser utiÌizado deverá ter catactedsticas cspecìais, ou seja. ser seco, plra elitar a introdução de umidade no sislema, ter baixo ponto de fluidez e baixa tendência para depositiÌr pa.afiüa. Assim sendo, a vida útil do equipamento poderá sé prolongat com a observação de iâis práticâs associâdas â uma efetiva mânutenção preventiva. Os sistemas modernos de reftigeLação pìoduzen circulação forgada de ar Nesses sistcÌnas, Íês fatorcs são contÍolados: temperatura, umidade |elativa e cifculação de ar A quânlidâde de reffigefação no annazenamenÌo deve ser baseada no pico da carga a ser utiÌizada, ou seja, quando a temperatura extena é eÌevada e qÌlando o produto não Íoi âinda pré-resfriado. Depende, sobretudo, da quantidade de pfodulo â ser armazenad cíìdâ dja. A capacidade do sisÌema é baseada no cômputo de todas as fontes adicionais de pâü mrnL que podcr por inf lue produto a ÌamDelÌÌ I caÌacterís ele. Deve- De tâmbém ó portas e a ventiÌadoÌ num deter câmaÍa en O e campo em 6.3.4. Cc É o ODSCTVâdO ' Qua ' Rl:r . Ter . ReÍ 6.3.4.1, Pl refri 3 9 8 A I t1ls44-4\.1.r'1"/1Ea ' :1 i ì , ' . Câlor conduzido âlravés dâs peredes, teto, portas e pjso do recinro. . Tempefatura do produto (calor específico). . Calor de infiltrâçío de ar. . Temperatura finâì a ser atingida. . CâÌor produzido por equipanentos mecânìcos de manuseio das cargas, motolcs elóticos, luzes, ventiÌadores e pessoal de apoio. O uso de câmaras de rcfÌigefação implica a otimização das condìções do siÍeÌna para minìmizar custos. Assim setdo, dgvem seÍ considerados todos os fatores de influênulu que podem aÌterar â eliciência do processo devido à emanâção de caÌor, tais como o cÌimr. pof jnflueÌìciar o ganho de câ1or pelo rcto. piso e paredes da câmara e o tipo e qurntidâde de produto a ser rcslÌjado por dìa. Nesse caso, âìém dâ tempeÍâhÌâ de Ìecebimento do prodÌ)Ìo, tambóm se consideram o t ipo de Âcondicjonamento (caixâ, bâÌde, saco ou outro), as caÌâcterísticas físicas, tipo deìÌÌovimenteção e condições de atmazenamento necessáflas a ÈÌe. Dsve-se anrda av,rliar a disporÌibilidad€ c a !,rjg€m da água, bem colìo â disponibiljdâcÌe de eneÌgia. De um modo geral, aÌém das fontes de tÍansmissão de calor para a câmara fÌÌ.1, tambén1 é iìnpoüante considerar a carga térmica de infiltração de caÌor peÌa aberlura das portas e a energia dissipada no espaço reftigerado, proveniente de luzes, motoles dos ventjÌadores, empilhadeiras e de pessoas que se moviúentâm no recìnto, Dcssx foÌnìa. " cafga térmica tolal que será retirâde da câmara pode ser calculadâ, consìderando cada fator. num determinado espâço de tempo (usuaÌmente em 24 horas), e o caregârnento diáÌjo da câmara cm rcÌação à sua capacidadc totaÌ. O equipamenlo pam refrigeração, em geral, não é pfoduzido para remover o calor do canpo cm grandes quantidades, devendo hâver um local separado para tal. 6.3.4. Controle da Tenìperaturâ E o püncipal fator a set considerâdo no ârmazenamenlo c, parâ tal, dereÍn ser observados aìguns inteffèrentes comol . Quantidade de produtos a seÌ armazenado. . Remoção do caÌor do campo. . TerÌìperêlura ideal paÈ o produto. . Renìoção do calor vital (metâbólico) durante o resfúamento e afmazenamento. 6,3.4.1. Pì'é're6frianrento . É a prìmeira etapã no mrnuseiô da teìÌpeÌâtuÌâ. A mriof parte dôs âmbicú1es reftigerados não possui, neÌn capacidade de refdgerÂção, nem movìmento de ar necessáÌios pam unl resftiamento rápido. Conseqüentemente, o pÍé resfrianerto è. de gases;2' , coÌocâdos seco, pâra lência p.]Iil ervação de aÍ. Nesses jo da carg luto não foi rmazenada licionais de 399 Po1 | d"hada d4 früt4 e |1o11^tr1\tut FiÁúlngt'4' u la6 rtÁo"ô eDt gerill, uma operacão sepÂrada, que requer equipaÌìentos c/ou recintos especials Tem pof finaÌidadc â rcmoção rápida do câ1or do campo dos produtos rccém colhidos (calof vital e câlor do campo), ântes do armazenamento, plocessanento ou ÍanspoÍe paÍa Ìocais distanÉs. Quando realizado d€ ÌÌÌodo adequado, reduz a incjdência de doençâs e retaÌda a perda de ftescor e de qualidade, porque inibe o crescinenlo de micforganismos, restdnge as àtividades enzimáticâs e respiratórìa, inibe a perda de água e reduz a produção de etileno pelo produto. Os diferentes métodos coÌnefcieis ulilizados para o pré-rcsftiamento são: . Rcslriamcnlo com água, . ResírÌâmento pelo vácuo. ' Reslìiamento com ar. ' Reslìiamento com gelo (na embaÌagern). Existe variação entle os métodos, porém, todos visam à transferência rápida do caloÌ do produto, parâ o meio de rcsfriâmcnto, como a águâ, o âr ou o gelo. Um adeqlÌado Íesfiiamcnto pode ocoÍer enÍe 20 minutos ou menos, ou até 24 hoËs, ou um pouco mais. A veÌoojdâdc dc resfriamenlo dcpende, pdncjpalmente. de quÂtïo falores, embora nem todos sejârì xplicáveis â todos os métodos. Esscs falores sãol A acessibilidade do produto ao mero feíÌìgehnte. A difeÍença de temperatum enÍe o prcduto e o meio refrigerânte A velocidade de circulação do meio refÌigerante. O tipo de meio reftigerante. e esporos Se o prodr Os rccinto exemplo c meÌões, er vezes incÌì Um por água e finamente oo potencl papetão qu processo p peÌo sisten B. Uso d€ que corres! o a r e o v â água é vâI fornecido Ì supeúície c Sob Ììteralment( medÌante a unilo|me eÌ é de âproxir sob vácuo ( ocrìpada eÍ aspargos! br uti Ì ìzado F aoequaoam método de ( ior exigent€ C. Uso do I O pré oü por aÌ fo A. Uso dc ágoâ c ,n ìe io r ' l i doee . . . en .ece re . f r , .menoepode .e - !o ' c rdopür f ì r \ o . f . r l r e r i , , l . áo ou aspeÌsão soÌrre o produto, ou aìndâ por irnersÍo desse pÍodulo em água fÍia. São utilizados equiparnentos frigoríficos que dispõem de serpeÌìtina, na quaÌ o refrìgemnte é expandido (evaporador) com acúmuÌo de gelo e resftiamcnto da ágÌra cìrcuÌante. A temperatura da água devc permanecer em torno de lÔC, independenÌehente da tempeÍatun do pÍoduto. Dois sislemas básicos são utiÌizados: o sistem de fluxo ou fanspoftÂdof, no quiÌÌ o produto é fesfrjado por aspersões à medida qüe elc passa alÍavés do resftiador; ou por ime$ão em água fria. O produto pode estaÌ em esteiÍìs, distrìbuído em uma única camadâ ou em vádas cânràdas; corÌìo pode esiaÍ enbaÌado em grandes contôineres ou em caixâs. O seglÌndo sjstcna ó o de Ìotes ou batedas. Nesse caso, o produto cnlbalado e empilhado (pdÌetizado), de uma a três camadas. ó Ícsffiado conr esguichos de ág11.Ì, eÌll lociÌ] auopriado. IIí o risco de contxrniDação microbiana cruzada nesse sistema, Como a água é usuaÌmente recirculada, há necessidade de traÌamento químico peúódìco paü evitar o acúmulo de microÌgânismos produtores de doenças. Aconselhâ-se o uso de alguns desìnfetantes suaves como o cloro oLr coÌìpostos fenóücos aprovados legalmente. Os desinfetahtes reduzem o acúmu1o de bactúias 400 :: :: !oÌhiLios anspolte lncia de Ìento de do câlor Cequado Ìn iodos A|nL eítuLer\ít, e esporos de iìn8os, ÌÌìas não eÌiminam as ffecções já prcsentes Ìra água ou ros pfodutos. Se o produto for armazenado aind4 úmido, ocorre nele aumento da incidênciâ de podrjdões. Os recjntos paÊ rcsfrjamento devem ser esvaziados (drenados) e ljrnpos dÌariamenle. Conìo exernpÌo de pÌodutos que são restijados ântes do pÌocessamento citam se aspargos, aìpo, melões, eivilhas, rabanetes, pôssegos e miÌho-doce. Produtos que são Ìesfriados, âlgümas vezes incluem pepinos, pimentões e batâtâs pÍecoces. Um sistema mais modemo de resftiamento pam cargas paÌetizadas ó o resfriamento poÍ água e ar (hydrcaircooling), no qual se utiÌiza uma mistuG de ar rcfrigerado e água fr ic, finamente pulverlzada (borifada) por cìrcuÌação em voÌta e atúvés dâ piÌlÌa de contôineÍes. Neste caso, a grânde vantagem do processo é a menor necessidade de água, o eumenlo do potenciaÌ de melhora dos aspectos sanilários, bem como, a utiÌização de embal;Ìgens de papeÌão que não são usadas no sistema de resfÍiamento por água geÌeda convencionâ]. Este processo pcrmite também conseguir resultâdos iguais ou aló meÌhorcs quc equeìes obtidos peÌo sistema convenciond de rcsfriâmento por água geÌâdâ. B. Uso de vácuo É realizado coÌocando-se ô produto em equipâmento especial Gesfriador à vácuo), que coÍesponde a uma câmara impenneável ao ar (Foto 6.4), da quaÌ bombea-se rapidanlente o ar e o vapor d'água. O selÌ uso baseia-se no pdncípio de que, sobrc prcssão reduzida, a água é vâpoizada em temperalura muito baixa, senclo o saÌor dc v.lporização da ágLra fornecido peÌo produto: portenlo, o resfriamento é realizado pela cvaporâção da á81Ìa da supedície do produlo. A evaporacão continua à nÌedida que a pressão niL câmara é redüzjde. Sob pressão atmoslérica normaÌ (760 mÌnHg), a ágìiâ entra em ebuÌição a 100"C, porém, se a pressão for reduzida a 4,6 mÍúlg, â ebulição da água oconcrá a 0"C, o que ìiteÌâlmente sìgnjfica que o rcsfriamento sob vácuo ocone pela retirada de água do prodLrto, mediante a ebulição. A perda de umidade do produto pode variar de 1,57o a 5ío, sendo uniforme em toda a sua massa, o que tomâ o murchamenlo imperceptíve1. A perda de milss ó de rpÍoxìmadêmente 17, paÌa o abaixamento de lempcraluft iguaÌ a 5,6'C. O rcsfÌjl1nrcnto sob vácuo é usado comerciaÌmente par;ì alfâce, tendo em vista a aÌta reÌação da supcrficie ocupâde em relação a suâ mâssa, podendo tambéDì seÍ ulilizado para ouÌros produtos como âspargos, brócoles, couve-flor, Ìepo1ho, aipo e milho-doce. Plodutos como frLrtâs, lubórculos e Éízes são mais bem adaptados a outÌos métodos de pré-lgsfriâmento O método Pode scÍ uti l izâdo para prodlìtos embâlâdos em pàpelão ou em fi Ìüres plásticos, se fofen adequadaÌìente ventilados para peÌmitir a evapoÌação da água Entretanto, tratâ-se de um método de custos elevados e que demanda mão de-obra especializada paÉ suâ operação e capacitação. PoÍ isso, torna-se econômico qualrdo sua uiilizagão for irterìsa, c o meÍcado ior exigenteem quaÌidade. C. Uso do ar O pré-rcsfiìamenlo com o Lrso de Íìr pode ser realìzâdo em câmaras de fesfriamento, ou pof af forçado (resÍriamento sob pressão). /erização tilizados :pandido 'atura dâ pÍoduto. xooulo e )Isão em segundo etizãdo), á o nsco ifculada, lanismos cloto ou bactéúas P - C a i L P ' : . t ) " ! ' ú @ O pré-restìjÂmento por er forçado consislc na retiracla úpìda do calor do prcdulo recérÌ-colhido com a apÌicação de um Iluxo de aÍ frio, o qual circula no ambiente com auxÌ]lo deventì la.]oresassociadosâumsistemadeleft igeraçãoparadìminuìratemperâturadoâr circuÌante, o qual deve envolver to|alnÕDtÕ o produto Dessl Íormâ' o contato do produlo recém-colhjdo ainda morno, ocâsiona a transfelência do calor desse produlo Para o ar cifclLlantc resfúado pelo processo ale convecção forçâdo O processo pode ser aplicado em muitosDÍoduLos(cogumelo,couveflor,esprnafre'vagen'ervi lhaabobrinha'aipo'couve-de- Ururclaì. nllho r errle e frut.ls diverscs I E rpÌicado em eqúipaÌìcl1to âpÌopriâdo designado cor1lo tÍuel, o quc possìbìlita o Íesffiâmento rápiílo do produlo NÍo deve ser confundìdo com o fesfÍiamento lento reaÌizàdo en câmaÍa frjgorífica, na qual â lransferência de caÌor ocorÍe por condução. ConÌ o uso de ar forçado, o produto é rapidâmente resfriado' O problema da perda d'água pocle ser eljminado, usando_se elcvados valores de unÌidade reÌativa (957ó) no aÌnbiente Para um resftiamento rápido e efìciente' é necessário quc se detcrmine o tempo para se alcânçal o "resfriamento compÌelo"' o quâl coÍesponde ao teÌnpo rcquerido para alingir a teÌnperatura desejâda do produto Paü alcançaÍ esse objerivo, utilizÂrn se o teiÌpo de mcio (l/2) resfiìamento e o tempo de sete-oitavos (7/8) dc resliìamenlo. O tcmpo de meio fesfrjanlerlo é o tempo necessário pârâ resfriÂr o pfo'luto ate â temperatura média en|Ie a iniciaÌ e a temperatúm do meio de lesfriâmento- Por exempÌo' Ìna cargâ clc pêssego em urÌa câmara com ar â 0'C é fesfri'lda de 20'C para 10'C cm quâtro horas (tempo de meio fesftiamento), e para ser resfriadâ a 5oC, serão necessári3'ì mais quatro holas e assim, sucessivamente Conhecìdo, portanlo, o meio de resftiamenlo 'le um siÍema, pode-se estimar o efeilo das variáveis da iemperatura e do meio de resÍììamento' e o tempo necessário paÍa atingir certa temperatura do ploduro. O lcÌmo 7/8 de rcsfrjâmento, quc equilale a três "temPos de meio Ìesfrìamento", é definido como o lempo Ìreccssário pa.a resfiiar o pfoduto 7/8 dâ diferença cnÍe a temperâtufe iniciâl e a tempeÌalura média do meio de resfriamento No caso do pré resfrjamento em câmalas, o pfodÌìto eúbalado eÌì contêineÌes u exposto ao aÍ frio (Foto 6.5), eÌn espaço especial, no mesmo 1ocâÌ de armazenemento reJÌigerâdo (por módio ou longo prazos). Os melholes resuilados são obiidos quando existe â. rcirigerado em quantidade suficienle para nanter todas as partes do reclnto com a rÌlesma teÌÌÌpetatúra ftia. Usâ-se uma conente de at de 60 a tZ(J m]/minuto, circulando em voÌta e enlÌe os contêineres, os quais devcm ser empilhados adequadamente para pefmllÌr â passagem rcgúÌâr do fluxo de ar. Nesse sistema, o ar fÍio que sài do evaporadoÍ enüa peh partc superiof do aÌnbicnle e move_se horlzontaliÌente sobrc o produto, embalado ou não, retomenclo ao evaporador âravés do pÌoduto. por un1 camiÌlììo que Ìhe cause a mcnor resistêrìcir possíve1. Produtos tais como maçã, frutas cítdcas, peÉ, batata inglesa e batata- doce podem ser resffiâdos satisfatoriamente por esse método Os con!êìneres de transpoÍe são manuseados em palctes, sendo o rccinto de resffianenlo esvaziado e rcposto lodo úa ou a cada dois dias. 402 na mesl manusc ainda, a vanlage P resfriam boa arm C que sefã o produac É em se c( teflìlca ( fluxo de montaSe Dessa Íò evapoÍad Es a 1 / 5 d o r fria ou a uviÌsj t01Ì D. Uso ( R r moído) c, produtos I mbanete, ó.6). UtÌÌi camadâ d colÌo pdn de resfrìat aos métoc Col Como há qìlantidâd em 20'C, Produtos I e mullo p Atft,,t A44M,r,,tÌ om a!ÌxiÌio üula do al lo pfoduto pala o af )Ìicado enì couve-de designâdo velorcs de necessâno ançar esse os (7/8) de )duto elé :ì r exemplo, a 10'C em lecessfuias sfriamento, amento", é ntêineres é into com a )ulando em ìra pelÍnllrf rador entfâ iibâÌado ou isa e bâtata- sto todo dia I A principaÌ vantâgerÌ desse sislema é que o produlo pode ser resfriado e ârÍÌìâzcnâdo na mesma câmara sem necessidade de ser transferido, reduzìndo-se em aÌguns casos, o manuseio desse produto. Aptesenta aiüda a vanÌagem de poder seÌ usâLIo parâ prcdLrtos quc sào comercializados logo após a coìheita, produlos que são armazenados sem erÌìbaÌagem e, ainda, âqueÌes que rcquerem tempemtüas amenas de resfriamento, Adicionam-se a essâs vantagens, a sìmpÌicìdade da operação e a inexislência de pìcos na carga téflÌÌica. Por outro lado, esse sistema apresenta também âÌgumas desvantagens, como resfriamento muito lenlo, exìgôncia de mais espaço que o usuaÌmenle necessádo para uma boa armazenagem e possibilidâdê .le resuÌtff numa perdâ excessìvâ de água do pÌodLìto Como o resfiiamento em câmara é um processo lenlo, ele se adâptâ mais pÂ.4 fìutas qüe serão submetidos posteriormente à aimosfem controÌada, como é o caso de pêrâ e I],Ìtìç i O rôsfriamenÌo rípido, por ar lorçado, É rcaÌizrdo pcla dileferÌça d1J prESSão de af, prcduzida entre as ilces oposlas das pilhas de embalegcns perfuredas. É o método de resfriamento mais conhecido pelo uso de câmaras ÍÌigoìíficas. Consrste em se colocarem as caixas com produtos dentro de uma estÍuium fonadâ coÌÌ ume lolla térmicâ em cujo extfemo há um ventìladot Esse trabaÌha como exaustor, provocândo LÌm fluxo de ar lorçado através do voÌume de caixas, criando assim uma "pressão negatìv4". ^ montâgem desse sistema deve ser feita no jnlerior de uma câmara Íìigoríica convencionaÌ Dessa forma, o ar que pâssa através das caixas no interior do ducto. é o âI frio quc sai do evaporador do sistema de refrigeÌação da câmârâ frigorífica. Esse mélodo pefmitc um resfriamento mais rápido que o necessáfìo eìÌì recintos (l/4 a l/5 do tempo), sendo, entretíìnLo, duas vezes mais demorado q!e o resftiamerìto coìrÌ ágrla ÍÌia oLr a vácuo. É utiÌizaalo para frutas e hortaliças em geÍaÌ, e em especiaÌ. pafâ ìnoÌallgos, uvas, tomates, melões, pepinos, pimenlões e couve-flor. D. Uso de gcÌo É rcqlizado utiljzando-se gelo quebrado em pequonos Pedaços (picado ou flnanrente moído) coÌocado denlrc ou soble os contêineres de tfanspolte. O processo é efètìvo ern produtos que não se danificam pelo contato com o ge1o, lais como espìnaÍie, cou!e, bÍócol1s, mbancte- cebolinha. cenoura e ontrtìs Í!ízes. melões, couvg-de-bruxelas, entre oulfos (Foto 6.6). UtiÌjzÌ.n -s.: caixas de prpelão ondLrlado previamen!e ìmpermeÂbiÌizadas com rma camadâ de cem que não se danificam com o geÌo ou com a água (Foto 6.7) O nìéLodo te,Ìì como principal vêntagem â manuÌenção da baixa temperatura e de elevadâ umidade no mcio dc rcsfriamento, No cntanto, é menos efìciente em lelmos energéticos, qualÌdo colrlpaLacLc) dos mëÌodos de resfr idmenlo â "gu" e:ro ar. Como rggra básica, cada quilo de geÌo resfÌia oilo quiÌos de produto até cerca de 5'C Como há cerÇa de E0 vezes mais energia na fusão do geÌo do {:Ìue paÌa aquecer â mcsma quantidade de águ em l"C, significa que, quando se desejâ resfiiar ume messa de irfodutos em 20"C, dêve ss utiÌizar umâ propofção de L kg de gelo PâÌâ 4 kg de prodrikis Pâra 8 kg rìe pmdÌÌLos por I kg de gclo, obtéÌÌÌ-se somenle uln djfcrenciaÌ de 10'C dc tompelatlÌfiì. o quc é muito pouco. Assim, paú rcsftiar uÌn produto de 35'C Para 2'C, necessilÍÌ'se de gelo l I 403 Pc+.co1.he1.1:^ d? ftútat e 11o,Ì"\4!41 equivaÌcnle à,11,257. f(3 5 2):80=41,257a),tfia sc Ìevando en contâ e atìvidade respiratóna do procÌuto. EÌn Lermos práticos, considera-se i kg de gelo paracada 3 kg dc produto' o que l r o , r c . o r : L n d d . l . r e n , , d c l e m p c Í a r u r a d e 2 o " C ' e m l e ! a Í e n c o n l a 2 a l i v i d a o e í c s p i r a l o r i a 0 tempo requerido para reduzf à rnctade a dilerença entrc â temperaturâ do proouto e a lcmpemtua ale resftiamento permancce constante durante o período de resfÍiamento e é indepenalente da temperatura inicial Uma vez estabelecido' pode-se prever o resfiì'Ìmento nìÌÌn Llclelminado inleNalo de tempo, independentemehte da temperatura do produto e dâ lerÌìpenlura do neio fcüigefarte. O pré-resfriaÌncnlo deve ser reâlizado o mâis rápido possivêl ídeÌìtÍo cle concliÇões econômicas viávcis), devido à clevada perecibilidade dos produtos' os cuais Dodem detefiofâf-sc cluÍìntc um Íesfdâmcnto lcnto Na FìguÌa 6'3, ilüstla-se o espaço cLe teÌnpo requerìdo piìra o resÈiamento de produtos à sua lempeÍaturâ aclequâda parâ L) a"s"1aÏ, arÌÌìazen I " a 2 ' C qÌrando s o peüoo( TeÌnpera congeÌan Grandes : o quc fâ\ rcmpeún llão só o i em locais torna-se 6 está diret: etiÌeno, à tempeÌatu manutenq empiÌhâm confiáveir ouÌto 10ca Ìocais. As embalaget (termômel rt. Calor Duf na foma c A q , rempeËüí lrutês e hoi eproximad remperatui iìpresentad, ;riÌra um nì Jondições { 70 Temperatura inlclal do Prodlto \ "/zííìo raturã { 20 40 60 80 í00 20 ã 3 1 3 . 5 0 .6 45 40 37.5 35 Temperatura dê resfr lamento (min ) FIGURA 6.3.TaÌÍì nódia de resfrirnento de prorÌutos sensíveis ao frlo, em relâção ao iemlo ÌÌecessáno l,otrre Áni..i.o PEsnlerr CoJilàÌi.s, {1986). 6.3.,1,2. Câmarâ de Armâzenamento Após o pré-resfriâmento, o produto é cntão tlansferido para as câmaras íle arlÌÌazeììÍlmcnlo, onde será submetido às condições adequadas de temperatura para sua conservação. O Ìimite mínimo dc tempeÌatura utiìizndo em condições de segurânqa é funçào .le cada pro.luto, evitando-se o âpârecimento dc desordens fisiológicâs pelo frio (chilling) e as Ìempcraturas de congelamcnlo, O controìe dâ temperatura na câmarâ de refrlgeração é baseado na estruturil isolante clo sistema, na capacidade de refrigetação para a demanda máxima e no controìe do fluxo do reftìgerante pelo sistema, por meio de termostatos ou váÌvulas de expansáo coìr pressão conholada. I l respÍâlóÍir oo pÍoouÌo friamento È :stiÌamenÌo toduto e oiì ido possíveÌ se o espaç() lâoa pâÍa o :âmaÍas cle ra paú sua rça é 1ìnção (chilÌins) e a esúutura no conÍole e expansão Arútu etu 'e@cú A Émperatura de armazenâmento deve nonnalmcntc sgr deixiÌda i l'C da temperiìtura desejadâ parâ o produto a ser armazenado. A variação deve ser mcnoa ainda paÌa armazenamento erÌ leÌÌÌperatura murto próximâ à do ponto de congelanìento. \/afiações de 1" a 2"C acìma ou lbeìxo da tcüperâtLìÍa dcscjeda são mrito graDdcs, n.L ìnrjoria dos cilsos, quando se usa um armâzenâÌnento pÌolongado. O efeito é lanlo nâioÌ, qurlnLo mâis longo for o período duronte o quaÌ a temperalurâ for mantidâ sbaixo ou acimâ da ideal (Folo 6.8). TenperatuÌas âbâixo da variação ótima poderão causar probÌemas de "chiÌÌing" ou congelamento. Tempemtufas acima irão ocasionar redução na vida de annazenamcnto. Grendes flutuações na temperatura poden Ìeslìltar na condensação de água sobre o pÌoduto, o quc favorece o crescimento de fungos na superiÌcìe e o desenvoÌvinento de doençrs. A tempemturâ deve ser uniforme eÌn iodas as paÌtes do recinto de ârmazenamento piìfâ cvitaÌ não só o amadlÌrecimento desuniformc, como também, parx evitâr detefiofâçõcs ou doenças em locais inacessíveìs, reduzindo a qualidade do prodÌ1lo. Assim, o contÌoÌe da tempefiturâ Ìornâ-se a fonììa mais eficient€ Íra Exlcnsãú da vìda pós coiheita d€ fNtas e hoúaliças, pois eslá diretâmenle r(]lacionada à diminü1ção da ta'(a respiratória, à dìminuição dâ produção de etileno, à redução da perda de Ìnassa e à redução da incìdência de patógenos. A variação de tempeÌâtura pode ser minimizaúÌ nediante o uso de isoÌamento âdequâdo nas paredes, peÌâ manutenção de umâ cjtculação de ar adequada na câmara de armazenamenlo e pelo empilhâmonto âdequado dâs embâlâgens. As câmaÌas devem ser equìpâdâs corÌÌ tenìostatos confiáveis e acurados ou com coìllrcles manuÂis, confeÌjdos coln ftcqüôrìcia, A temperatura deve ser checâda em todos os úveis do recinto, como Ìeto, chão, ou oulro loca1, bem como, nas embaÌagens o!Ì dentro dos glaÌldes "contôineres . em diÍarentes locais. As temperaturas em locais menos âcessíveis, tais como no meio das pilhas de embalagens, podem ser obtidâs de modo convenienle pelo uso de ternÌôrÌletros apropflados (telmôlneÍos para Ìeitura a lorgês distânciâs). A, Calor vitaÌ e interconvenção entre as unidades de respiração DuÉnte o processo de respiração, os produtos vegetais continuam liberando encÌgi.ì n- fonna dc caìor (calor \ i l - ì . .onforn_e r equ.. i io: CoHr:Oo + 60: + 6CO, + 6HrO + 673 kcal A quanlidade de calor liberadâ vâÌia com o produto e aun'Ìenta com o aumenlo dâ lemperatuÍa ató cerca de 38'C a 40'C. Esse calor dele se! considerado no manuseio de fÍutas e hoÍaliçâs que serão submetidas ao ârmazenamqnto sob reftigemção. A quanlidâ.ie aproximada de calor pÍod!Ìzìdo pelos diferenles produtos Pode ser câÌcuÌadâ sob diversâs temperaturas de ârmazenâmento, por meio da taxa de respireção. confolnìe dados âpÍesenlados para âlguns produlos nas TabeÌas 6 2 e 6 3. A faixa rle vIì.iação do! !ôlorcs paLa um mesmo pÌodrìÌo ó devida às difcrenças entre âs cuftivares ensâìâdas, procedônci.r, condições de cultivo, estação do ano entre outrâs vadáveis . ì1 * Ì 405 Pót.Çoliz,ittu d? ítut6* e o1"td.Lí4at: Fí*íx>loq.íw s MatwM* TAllÌìLA 6.2. T:xa de Íespireção de âlgumas frutas subnetidâs a djferentes tempeÍaluras, e x p L c s s a e m n g C O 1 . k g ' . h ' . 0 ' c 4 - 5 " C 10 c 15 16"C 20 2r 'C 26 21"C Abacaxi (!erde-maluÍo) lvÍaçã \rangâ Mamão 1 2 t 8 3 6 5 ó 3 - 1 2 l 2 2 0 , 3 0 2 o - ' 6 l 1 1 3 1 , 6 , 2 3 10 22 9 1 0 3 - 4 4 - 6 6 9 5 - 1 0 3 6 4 - 7 1 0 - 1 6 ' t - l \ 1 2 2 1 - 2 3 2r- 39 25 75 l 2 - t 4 22-23 49 63 6 - 9 t 3 2 1 4 9 - 9 5 1 1 9 2 1 4 - 2 0 1 8 3 1 - ,15 1 4 , 1 6 3 4 - 3 9 1 9 1 2 - 1 6 6 - 9 - \ 5 - 2 2 1 6 3 3 4 2 8 - 1 0 t 5 6 0 1 1 2 4 8 1 0 , 1 2 14 - 341 1 9 - 2 9 \ a - 2 6 3 3 - 3 5 33 - 142 2 t - 2 4 57 95 22 34 142 196 2 A 4 1 7 5 - 1 5 1 45 ó5 2 0 - 2 7 t'7 - 25 5 9 - 1 0 2 3 0 7 0 1 5 2 8 1Ì8 ,128 28 43 2 8 - 7 \ 5A - 245 29 40 E 5 - Ì 0 ó 2 5 , 4 0 169 2t1, 1 2 0 62 '11 2 6 3 5 3 9 - 8 8 E I , 1 2 2 20 29 2 5 3 0 resuÌtado en que cadiÌ Ì I lator rguaÌ a com os obtidr diretamente I TÀBELÀ 6 t'rod AlÍâcc (cabeç Alface (folha) Alho AspÂfgos Broto de feijã Brócolis Balâta (imârur Cebolâ (!efdc CeboÌâ Geca) Cogumelo Cenoura Couve-flor ËfviÌhâ (com c EryiÌha Gem c Èspjnafr€ Moransa (vc.ã MiÌho yeÍde (co Pìmentão (docr Quiabo Rabanete (sem Saìsa * .: ' :. Obs.r Pâíâ o cáìculo da laxa de evoÌução do calof vital, ltilizah-sc os vâlorcs majs âìtos oìr âs médias. lltìr/!on./Z4 h - taxa de respiração x 220 K.al l ton. /2,1 h = laxa de respi ração x 61,2 l tôn. /2.1h = taxa de.espi ração x 10,7 I rontc: Adaprado de Hârdenburg et a l . , (1986). O contfole da respìrâçio dos p|odutos é o pr'ìncípio básìco do sistema de reijgcraçio. A enersia ìiberuda peÌa respirâç:ro Dâ fofma de caÌor é expfess:Ì eÌrÌ calorias (câ1). Por .Ìe1inÌção, 1 calorjâ é a quenddâde de câlor necessárìa para elevâÍ 1"C na lemperatura de 1 g de água. O calof específico de qualquerproduto é, portanto, a quântidade de câlo, rcquefida para elcvaÍ a sua tempemtura até um determinado nível e qüe causa a mesma elevação de lerÌperatuÌa para a mesma quantidade (peso) de água. O conhecimento do calor específico Lornâ-se necessáriopara o cá1culo da quântidade de rcfrigeração que irá supri adequadamente o locâl de Âl-mazenamento. Câda mg de CÕ? pÍoduzido na respiração libera 2,55 kcaÌ. A aplicâção prática desses valores usualmente é feita para grandes quantidades de pÍoduto atmazenado durante dias ou scnìaúâs. A energia rcspiratóriâ produzida é então expÌessa cm unidades do sislenrâ ingÌês, ou sejâ, Btu (Bdtish Themal Units)/ton./dia, ou pode ser expressa em kJoules/ton./dia, peio sistema métrjco. No caso da ransforhação de mg-CO2.kg-L.h' pâra Btu/ton/diâ, faz-se o cá1culo utìlìzando-se fator de conversão iguaÌ a 220. Assim, muÌtiplica-se cada mg de CO, liberado na respiração pelo lator 220, expressando-se o 406 B tú/ ton. /2.1 h = Kcal / ton. /24 h 26-27"C Ar tua4?t^arhtu\Ee resuÌtado em Btu/fon./dia. No caso da produçào de C0, ser expressa em mL, consideraf que cada I mL de CO? pesa 1,96 mg, A transfomação de unidedes para o sistema nlétdco decimal é feita com bâse no fator iguaÌ a 10,676. Os valores do caÌoÌ vitâÌ caÌculâdos por esses méÌodos são concordantes com os obtidos mediante medições de O, captado pelo produto e com os vaÌorcs determìnâdos diretamente por calorimetÌia em temperaturas moderadas até cerca de 2ó,7"C. fABELA 6.3. Taxa de fespiração de algumas horlaliças submetidâs a difefeìltes ' i n t e f a l L Ì r < . e À p - e r \ a e m n g c o : \ c ' . h ' . Temp€raturâ Produto .{-5'C 100c 15-16"C 20-21"C 26-27'C 1 1 8 - 4 2 S 2 8 4 3 2 8 - 7 t 50 24i 29 - 4t) 8 5 - 1 0 6 25 4A t 169 -21], 124 6 2 - 7 1 26 35 8 1 - l 2 l 2 A - 2 9 2 5 - 3 0 6 - 1 7 1 9 - 2 7 4 - t 4 27 -80 2 t - 2 5 Ì l Ì 9 - 2 1 t o - r , 3 28-44 l0 -20 16- 19 47 -"t5 30 ,41 19,22 t 2 - 1 3 3 0 - 5 1 9 8 2 Ì 0 2',7 2t) 84 -140 343 319 , r r - t ] , Ì9 55 5 5 328 362 1 5 8 - 1 9 3 60 89 291-324 3 5 5 1 3 0 - 5 2 Aìface (cabeça) Alface (folha) Alho AspaÌgos BrcLo de íeÌjão Betenaba (com íoÌhat Brócolìs Batata (ima!ura) BâÌâtâ (madura) CeboÌa (verde) cebola Gecâ) Cogumelo Cenoura Couve-flor Ervilha (corÌÌ casca) ErviÌhâ Gem cBsca) EspinÀfie Moranga (veúo) Milho verde (com palha) Pepino Pimenião (doce) Qujabo Rabanete (con tÊÌot Rabanete (ser4 fâÌos) Salsâ Tomate (vede-mâNro) Tomâte (amâdurgcinento) 13 -20 21- 40 32-45 24 ,35 32 -46 5 l -74 g -33 9 - 10 14 -29 55 - 136 90-304 160-327 42 93 -99 | 2 2 2 5 32-3',t 75 - 87 161 - 186 12 t4 -21 14 -31 3 - 9 ' , 7 - 1 0 6 - 1 2 17-39 36 -62 66 - 115 3 - 4 7 - 8 1 0 - 1 1 7Ì r00 13 -26 20 -42 26 - 54 t9 -22 32-36 43 -49 19-91 55 -76 68 - Il',7 1',79 - 2O2 35 -s8 82- 132 ),34 -223 14 - 19 34-36 75 -90 43 -83 103 - 120 151 - 175 - 23 ,29 24 -33 10 i4 23 5 1 - ó 0 1 3 9 1 8 2 - 1 1 9 Ì 2 0 - 1 7 3 1 3 - 2 5 275 - 500 500-ó00 40 2',78 - 320 1 8 - 4 6 8 - 1 6 7 9 - 1 7 8 1 4 Ì 9 2(t4 3Ìó 46-95 7 5 - 8 6 349-556 245 - 361 t'12 - 287 E 5 - 9 7 2 6 3 - 3 1 1 14 48 'efrigeração. s (ca1). Por eratuÉ de Ì or requerida elevação de r específico ção pútica rrmazenado m unidades ixptessa em lO" .ke r .h r )20. Assim, ìsando-se o - 53 -59 86 95 138 -153 218 274 14-t ' , l 19 -21 31-36 70-78 121- 136 3-9 6 *13 15 -16 22 -42 44 -58 30-40 53 -76 85 - 164 144-184 196 -225 - 5 - 8 1 2 - 1 8 1 6 - 2 8 2 8 - 4 r - Ì 3 - 16 19 -29 24 -44 Obs. : Para cátculo da taxa d€ evolução do caior v i ta l , u t i l izFrn 'se os vaÌo!es mâls a l tos Òu as BÌu/ron. /24 h = la ia de.espi ração r 220 Kcal^on. /24 h = taxa de respi ração x 61,2 J/ !on. /24 h = iaxa do respi ração x 10,? F o n t e : A d a p r a d o d e H a r d e n o u , E e r r l . . r l o 8 6 407 ?A/'co1l'"F'|to' dz frstctt e NoltcJÁÍg-t: ftt@ a MeqìL6"'La A quantidade de relìigcração é usualDìcnte refedda como toneÌad!Ì de refrigeração' Uma lonelada padrão de refrigeração equivale à quantidade de caÌoÍ absoÍvida por umâ tonelada de geÌo com fusão a 0'C em 24 horas, ou seja, 288 000 Btu Esse valoÍ equivaÌe a 12.000.Btu/h ou 12.660 kJ/h Os proilutos que apresentam taxa de respiração mais alta necessitam maior poder de refÌigeÍâção no armazenâmento do que os produtos que lespiram mais Ìentamente' pam permanecer'em nurna determinada temperatura. A lâxa respira!órir de alguns produtos dcclina gÍaduâlmente durânte o armâzenâmento' devido ao envelhecimento (batata, âlface, aspafgos) Outros apresentam eÌevaqão nos valorcs' devido eo amadurecimento (ameixa, banana) B. Quocicnte da temperatura de respiração (Qro) A tâxa de respiração é governadâ pela lemperatuta e aumenta dllas a Íês vezes' a cacl aumento de 10'C. Esse comportamento segue a legla de Van't Hoff, que postuÌa um âLÌmento de aluas a tlês vezes na taxa ala fiâioria das leações químicas e bioquimicas' para câda aumento de 10"C na temperatura (ver Câpítú|o 2, \1efi2 5'7 6)' Como exemplo, pode-se obse âr o comportamento lespiratório da cenoura na Tabela 6.3. A 0'C, a taxa respiratória encontra-se entre 10 e 20 mg CO, kgJ h"' Esscs valoÌes são dr.ras vezes mÂjores (20 a 42 mg CO,. kg' hÌ) a 10'C Na Figura ó.4, iÌuslra se o efeito do aumento da tenìpetatüra sobrc a respiração de aspârgos' alcacho[ra, moÌân8o, péssego e laranja. Quanto mais jntensa a respiração (aspargos)' maìof scrá a quantidade liberadâ de calor e menol será o período de armazenamenro Produtos como brócoÌis, nilho-doce e alface têm elevada taxa de rcspiração, ao pÂsso que batata, ceboÌa e uva têm baixas taxas de respifâção, sendo, portânto, mais bem conservados no ârmazenamento. l'IGfR4. 6.4, Efeito dâ temperatuü Fonrcr adÂprado de ÌtâÍdênburg cr al., ( 1986) 408 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 Íêmpôrãtura dÊ ãrnãzènamènlo ('c) de ârmazenâÌrFnLo sobre a tajG de iespiÍação de algunrrs frulas e l::. :1, :i ,ï . O ( vaÌ em ain sup intr ,.): € 300 Fã sã ,00 í -é TÀBELA Tempe c( ( Ì ( 2( 3( 4t Fonte: Ka( C. RecoÍ ponto de ( De diferentes sensibiÌìdl da TabeÌa dentÌo de dias âté m desordem não são ol oientaçãc relrigErad, Ar$!a4oL6.í/t2^1.8d fvrorÌ por .. .. llor equi\ i, . , nalor poaic.;ç mazenanìc: . O Qro é ullla constanle próxima a 2, poiém, pode variar cln fuúção de uma grande variação na fâixa de tempeÉtufa (TabeÌa 6.4). As enzimas que governam as Ìeações bioquímicas podem ser afetadas pela temperatura. Em geraÌ, a âtividede enzimítica em frutas e hortaÌiças decai em tempeútums superiores a 30"C. AÌglrn1as enzìmâs ainda são ativâs a 35"C, po!ém a meioda é inativad a 40'C. Em tempeÍaluÍas süperiores a 35"C o metabolismo tornâ-se anormal, o quc rcsulta cm rompimento dâ integridad€ e estruturâ das membranas celuÌares. Há Íuptura da organização celular, conduzindo a uma rápida detedoração do produlo. I ABELA 6.4. Efe i to dâ !emperatura sôbre a taxa de deler jorâção de produtos não sensívcìs à . lesordem pelo 1. Ìo. Temperatura cc) Q10* Assìrmido velocidade IÌelativâ de Dêteriorâção Vidâ de lmteleira Rêlâtiia Pcrda DiáI iâ (E") :ì ffês veze:. i ue Poslula t::: 1uímicas, p::. la cenouta r:l ) ^ . k e i . Ì ì C. Na Figu: de aspare,, . .o (asparSo: ]azenamenla ção. âo pa\\ , . IO, mAlS oeÌÌl Ìgunrâs ftutll e 0 10 20 40 3,0 2,0 1,5 1,0 3,0 7,5 l0t) 33 l 3 7 Ì 3 8 25 - ^ Taxa de deÌeÍ io f iç io a T+ l0 'C v o= TaÌãJereriorrçio a T Fonte: Kader, (1985). C. Recomendações de tcmperatula pârâ ârmâzenamento As condições recomendadâs Para o ârmazenâmento comerciâI dc algüns frutos enconham-se n Tabelâ 6.5 e de algumas horlaliças na Tabela 6 6' com indicâção do ponto de coÌlgelamerÌto superior e período de conservação dos produtos. De acordo com a sensjbilìdade ao frio, os Produtos podem ser agrupados em diferentes faixas de temperatura. A faixa de 0 a 4' conesponde aos produtoscom mcDor s, irÌsibi l idadc ao ir io; tcmpcrâlura de 4 a 8"C iücÌui frutas e hortal içâs de sensibi l idade moderÂda e aciDe de 8"C, produtos bastante sensíveis Âo fr io' Pela enálisd daTabela 6.7, obseÌvam-se vadações quanto à temperalura ólìma de conservaEão, mesmo dentro de um mesmo grupo de produtos e do tempo de conservação, que pode vâriaÍ de dias até meses, Essas variações são atribuídas à naturgza dos diferentes produlos, beìn como à sua maior ou rnenor sensibiÌidado Existc a posoibilidade do spârecimento de desordem fisiológica, quando os valores de temperaturÍÌ êdequada pâÌ? o arrnazenamenlo não são observados, As condições de aÌmazenamento Ìecomendâdâs são aPenas fâra orientação, devendo cada país estabeleceÌ as condições adequâdes de arÌÌazeJriLmcnlo refrigerado pafa scus Produtos. 409 Po'l.Calhp,íta' d.e Fr.Lta., e í1o1to"Lí4Ât: fiaíolâgaltu e laa,v.teí.' ïÁÌEL,A 6.s. Condições ârm!zenâmento comercLa l i de temperat Ì r Ía e uÍ ì jdade te lat iYâ ponto de coÌrgelanenlo (srpér iÓt (UR) recomendâdas para o e tempo de conservação de TÀBELÁ hortal ìças. cc) Ponto de Cong€làlneüto (superior) ('C) Cons€rYâção UR (E") Carambola Cefcjr doce Caqui 'Japonese' Figo fr€sco Goiâbâ Liììa Limão Laranja Mâçã Morrngo Manga Mâmão Mafâcujá Marmelo Melânciâ Melão 'Cinl-aÌoupe' Melão 'Honeydew' Nectadna Pêssego Pêra Tangerlna Uva 4,4 a 13 '7 113 -0,5 a 0 9 a 1 0 -1 a -0,5 - l -0,5 a 0 5 a 1 0 9 a 1 0 12 z14 3 a 9 0 Ì 3 ,7 ' 7 a l O -0,5 a 0 1 0 a 1 5 0 a 2 7 -0,5 a 0 -0,5 â 0 -1,5 â -0,5 "1 a'0,5 85 -90 85 -90 90 -95 8 5 - 9 0 90- 95 90 85 -90 9A 85-90 85 ,90 85-90 9 0 - 9 5 90- 95 85 90 85-90 85 -90 90 90 90 ,95 90-95 90 -95 90- 95 90-95 90-95 2 - 8 semanar 2 -4 semanas 3 4 scmanâs 2 - 3 semanas I -4 meses 7 - 10 dias 2-3 semanas 6-8 semanas 2- 3 meses 3 - 8 semanas I - l2 meses 5 - 7 d i â s 2-3 semanas 1-3 semanas 2 - 3 meses 2 -3 semanas 5 - 14 dìâs 3 semanas 2-4 semanas 2 - 4 semanas 2-7 meses 2- 9 semânas Aspargor AÌho Brcto de Beteraba Brócolis Bednjela CoDve Cenoura Cogumelc Cebolâ (v, Ervilha-vf Feijão-v€r Moranga Milho-doc Pepino Quiabo RepoÌho pr Repolho ta Râbanete Salsa Tomale veì -0,3 - 1 , 1 0,8 - 1 . 8 -2,1 ,2,4 -t,4 - t , , 1 , 5 -0,1 0,9 ,,0 -0,4 -1,2 -0.9 -4,9 - 1,5 -1,0 "2,1 Font€: Adâptado de Hârdenbufg et â1., (1986). Font€: Adap 4 1 4 ArneqeaÃ.1^e.1rtc TÀBELA 6.6. Condìções aúrìazenâmento comerc iaÌ j de Ìôúpera Ìa e un idade fe la r iva p0nto de congeÌamenro (superior) e (UR) reconendadâs pa Í ! Õ tempo de co ' rservação de po de )rvação Produto cc) Ponto d€ Cong€lamento (sup€rior) ("C) Tempo d€ Conservação UR (E") I nìeses dias l dias semanaS Aspârgos AÌho AbobÍinha Broro de feijão Beteíabâ BÍócolis Berinjela Couve-flor Couve Cogumelo Ceboìa (verde) Ervììha-verde Feijão'verde Moranga Pepino Pimentão Quiabo RepoÌho precoçg Repolho laÌdio Salsa Tomâte veÍd€-mâtüro Tomate maduro fime 2 -3 semânâs 2- 3 semanas 2- 3 m€ses 2-3 semanas 1-2 semenas 7 - 9 d ì â s 10 - 14 diâs 3 -4 semanas t0- 14 dias 3 -4 diâs 3 -4 semânas 7 l 0 d i a s 2 -3 neses 5 8 dias 10 - 14 dìâs 2-3 senanas 3 -6 semanâs 5 - 6 meses 2 - 2,5 meses Ì - 3 semanas 0 0-2 0 0 5 - 1 0 0 0 8 1 2 0 0 0 0 4 , 1 1 0 - 1 3 1 0 - l 3 9 , 1 3 7 1 0 0 0 0 0 13-21 6 - 1 0 95 ,100 95- 100 98 - 100 65 -70 98 r00 95 95 - 100 98 - 100 95 - 100 90-95 9 5 - 9 8 95 - 100 s8 - r00 95 - 100 95 -98 95 50- 70 95 98 95 90-95 90 95 98 - 100 98 - 100 95 100 95 - 100 90-95 90 95 - Ì , Ì -0,6 -0,8 o,s -0,6 ,0,8 -0,8 ,0,8 -0,9 -0,9 ,0.6 -0,'7 -0,8 ,0,6 -0,5 - 1 , 8 -0,9 0,9 " 1 , Ì -0.6 Fonfe: Adaptado de HâÌdenburg et al., (1986). Por.CdJ@ta da Frul:M e Xd,'tafi4aa: TABELA 6.7. Condições de refr ìgeração inÌeLvaLos de !em!cÍâtura de conservação. de algÌrns pfodutos, âgrupados de acoldo com os trrutos Hortaliças UR( % ) Conservâção' O a r 0,037o de d outlos consl d'áeua. A pr num rcclplel (vapor), torr a um máxiÌr Umid a relação en temperaturaj ïcmp. UR ïo 0 a 4 " C cercja IÍorlngo Maçã Lúnão LâLânja Pêra Uva 2 - 6 m 2 - 4 m 2 - 4 s 2 5 m Cebola Couve Mìlho doce 95 65 70 > 9 5 95 95 9 0 - 9 5 95 > 9 5 3 - 4 s 6 7 D 1 4 1 2 s 6 8 ú l l - 3 m 2 - 3 m 5 - 7 d 5 - 6 n ì 0 9 0 - 9 s 0 9 0 - 9 5 0 9 0 - 9 5 0 a 4 9 0 9 5 0 a 4 . 5 8 5 9 0 0 â 4 8 5 9 0 0 9 0 0 90 95 - 1 a 0 9 0 - 9 s 4 À 8 " C Manguito ,1 a 5,5 MeÌancia 5 a 10 ' 7 a a 9 2 - 9 5 I - 2 s 4 a 6 9 0 9 5 , l - 8 m 7 a 1 0 9 0 - 9 5 2 - 5 m 8 5 - 9 0 8 5 , 9 0 8 5 - 9 0 4 5 m 2 3 s BâtataGons.) Batata (ind.) > 8'C p = p r Os val rcmpelaÌura urÌÌidade peÌ( com 90Ea de a 5 ' C o u a 0 < na aumento Ì TABELÀ 6.I eÌs-çi SqA 0'c coiaba 8 â 10 Lima 8,5110 Mânga 7 ar2 Melão 1 ^ 14 Berinjela Catá Quiabo Pepino Tomate{mad.) 10 a 13 50- 75 7 â 1 0 9 0 - 9 5 16 85 90 7,5 â 10 90- 95 9 al2 95 12 a 1,3 I â 1 0 8 5 - 9 0 85 90 90 8 5 - 9 0 90 8 5 - 9 0 90 2 - 3 s 3 - 6 s 3 7 s I i 2 s I 3 s 2 - 4 s 2 5 Í n l 0 d 3 5 s 1 s *nÌ - meses; s = scmanâs; cl = dias ìronte: Adâptâdo de Muioz-DeÌgado. (1982). 6.3.5. Controle da Umidade Relativa (UR) O conlrole de UR durante o ârmazenámento é imprescindível, Ì.rma vez que em vaÌores mantidos abaixo dos Íequeridos pelo produto, plomove-se perda de umidade, tomando-os iÌnpfestáveis para a comercialização. Por outro Ìado, UR próximas da saturação (98 a 1007o), podoÌão ocasìonar o desenvolvimento excessivo de mictorganisúos patogênicos, bem como râchÀduras na supedície do produlo, Por essarazão, há necessidade de uÌÌÌ controÌe, associado à temperatura de armazenamento. Muitas hortaliças folhosas conservam-se melhor a 0"C, unlt vez que nessa Lenìperâturr os fungos e as bactérìas são tsuÍìlmcnlc suprimidos, mesmo mantendo se a UR próxìma da satuÉção. Outros prcdutos como as frutas cítrìcas, qüe são suscetíveis ao "chillìng", devem ser armazenadas sob tetdpetâtutas hais elevadas, as quais, cm combioação com as elevadas UR do âr, favofeceÍÌ o desenvolvilllenlo de microrganismos na sup€rlícic dâs fru!âs. 20.c t0'c 5 ' C 3'C *A 760 mmHg Fonte: Hardenl nservação+ 3 - 4 s 6 - 7 Ì n 4 1 2 s 6 8 m Ì 3 m 2 - 3 m 5 - ' , 1 d l s 5 - 6 m O ar é uma mistura de cerca dÕ 7870 de dtrogênio (\), 2t7o de oxigênio (Or) e 0,03% de dióxido de cârbono (COr). O l7o rcstante corrosponde à mistura de argônio e outros constìtuintes menores, O at ún]ido coaresponde a uma mistura de al seco com vapor d'água. A presença de vapor d'água no ar é chamada de umidade. Se a água fot colocadâ num recipiente fechado contendo ar seco, as suas moléculas passaÌão para o estado gasoso (vapor), toÌnando o ar satulado. A quantidade de vapor d!água no arpode vâriar de zero, âté a uÍn máximo, qìle é dependente da tempemtura e dâ pressão. Umidade reÌativa é o termo utiÌizado para expressar a uoidade do ar. É definjda como a rcÌação enÍre a pressão de vâpor do aÌ (PV) e a PV de sÊturação possívcÌ, sob a mcsma tempeútura, exprcssa em porcentage|o, U R = ( P / P o ) T x i 0 0 7 o 1 - 2 s 4 8 m 2 - 5 m P = pressão de vapor da águâ no aÍ, na tempemtura T. P0 = pressão de vapor de satuúção, na mesma lemperatuú T. Os valoaes de umidade reÌativa só podem ser comparados nas mesmas coÌÌdições de temperatura e pÌe66ão. O ar sstwado tem UR igual a 100%. A capacidade de rctenção de umidâde pelo ar aurnenta com a elevação da temperatua (Tabela 6.8). por exempÌo, o ar com 9070 de UR a 20oC contém muitomais água, em peso, do que o ar com a mesma UR a 5"C ou a 0"C, À lÌ1odida que a UR do at aumenta, lambéÌrì auÍnenla â sua pV e, coìÌ isso. há aumento na capacidâde do ar d9 rpmover água das superfícies úmidas. T^BELÀ 6.8. ReÌâção da tcmpcrâtura c umidâde Ìelativa (UR) com a fressão de vapof dxác!1! , iÉlgtlq-! r!!.-. 2 - 5 n 1 r 0 d 3 - 5 s 1 - 2 s 1 - 2 s 1 s cc) Uúidâde RelaiiYâ(UR) {mmHg) Déficií dâ Pressâo de em valoÌes ornando-os )8 a 1007o), , bem como ,, associado thor a 0'C, los, mesmo as, que são organismos 3'C 5"C 10"c 0.c i00 90 '70 50 1 0 0 90 '10 50 1 0 0 90 70 50 1 0 0 90 70 50 1 0 0 9 0 70 50 4,58 4 , t 2 5,ó9 3,98 2,84 6,54 5,89 9,21 8,29 6,45 4,60 I7,54 t5,79 12,28 o,;6 t.3'7 0 1 . 7 1 0 0,65 t.96 3,27 0 0,92 2.'.t6 4,61 0 t!,17 20"c 8.77 *A 760 mnHg. l'onte: Hãrdenburg et al., (1986). Pót-Cd"l@íteJ rla írutõt e H,?.tdlíAa*: F Na fefÌigcração, a PV deve ser elevada, mantcndo"se, no entanlo, um pequeno difelcncial enlÌe o produto armazenado e o ar, para que a perda d'água por ele seja evìudâ- lsso é coìlseguido igualanclo-se râpidâmente â tempefatura do produto e a do aa' mantendo- se a UR o mais alto possível e ar em quantidade suficìente apenas para uniformização '14 reÌÌìperarura, O vapor d'água é adicionàdo à atmosiera de armazenamento pelas seguìntes fontes: . Trensfiraçio (pefdâ.le água) peÌo produlo. . EvrÌpofação d água da supefl.ície do produlo . Unlidilìcrìdores coÌocados na câmaü de âÌmazenamenlo para eÌevar a ümidade reÌâtrva ' Ë!âporação da água livre dos pisos e que se deposita sobre os contêineres, beìÌ1 conìo, da umidade 1ìberada duÍante o descongelamento do evaporador' O vapor d'água também é perdido pelo ambienE de armazenamento através do geìo fofÌÌìa.lo sobrc as serpentinas do condensadoÍ e âtmvés das trocas dc âr com o extedor dâs câ ìaras. A ÌÌâdeiri seca utiÌiadâ na confècção dos contêineres tÂÌnbán âbsorve ágrìã I I r . r . o p e - o . o ; n i . 1 d e r ' _ - / c . ì J n e n l o , 6.3.5.1. UR de equiÌ íbr io Quando um material conlendo água (como por exemplo, um frulo), é colocado nuÌn fccipienle fechado conlendo al, o teor de água do ar aufienla ou decfesce, até que o equilíbrio seja atingido. O equilfuìio ocoÍe quando o número de moÌéculas de águ:ì que entfanì e dcixam a fasc dc vapor é jguaÌ, sendo esse ponto conhecido como umidade reÌâti!â de equilíbrio (UR1!). EÌa é uma função do lnâlcdal e clo seu teor de umidâde. A águ0 pLrÍa tcm uma URE iguaÌ e Ì00d/., mas, nos pfodutos vcgctais frescos, esse valor e infefiof. O leof de r'rgua de frutas e hoúaliças é manlido dentro das céÌuÌas por fbrças osnróiicâs, pr'irìcipalmente como água livre. Existe também uma pequenâ proporção de água ligada quimicamenie, mais estável. A água nos tecidos vegetais contóm umâ quantidade vafiáveÌ de soÌutos que reduzem levemente a pressão de vapor, Portanlo, quando um tecjrÌo vegerâl frescô é colocado em recìpìente heÍmétìco contendo âf, esse recipiente náo fica compÌelamente saturado, dcvido aos solutos e à água quiÌricameÌìte Ìigâdâ. Por essa mzão, a URE é sempfe infer ior a 100%. A UÌì é mcdida com âuxílio do psicômctÍo de aspiração, por Dreio do qLÌal a teÌrpefatura do ar é !ronitorada por dois l€urìôrrìetÌos; urn dc ìrulbú únndo, cuja lsrÌpcrülura é selììpre nìenor, em decorrência d evaporação da água; e o oLÌtro, de buìbo seco. A diferença de leitula enlre os dois temômetros (diferençâ psicométdca) cotesponde à medida dâ UR. Os valores de UR sob diferenles temperaturas são câlculados por meio de tabelas ou caÌtas psicoÌnétricas, 4 1 4 6.3.5.2. ( o : resftiâdo conseqüê condensa de orvaÌh mudançâ simuÌtane orvatno n umidade determina de produn FIGIJRÀ 6. quando ele :rmazenaÍ de tempera causando sl podem ser l pequena oLÌ circuìação 1 precaução I A rtutt4a1\t14112t Cc l peqLÌena ja evi tadi ì mantendo nização de tes fonles: lc rclati!ir és do gelo (tenor das orve águr 6.3.5.2, Condensação O âr úmido â 20"C e 760 mmHg contém 17,5 g de vapoÌ d'água. Se esse af fof resft iado, atìngirí uma tempeÌatura na qual e PV seÌá míixima. havendo. como conseqilôncìe, condcnseçio da água, ou scjrì, IoÌneção de golas d'água. Esse ponto de condensâção ó trmbém rcfcÌ ido como ponlo dc ot.\âlho (Figuú 6.5). Portanto. ô ponto de o alho é a temperalura na qual ocorre a saturação, quando o âr ó Ícsfriado, seÌn mudançil no seu teor de água, É um parâmetro prático, uma vez que especìfrca simultâreâlÌente a teÌÌpeÌatuÌa a 1007. de UR e, conseqüentemente, a PV de saturaçio ou o teor cle água de satuÍação As mlrdanças na temperatuÌa do ar acima do ponlo de ofvaÌho não afetanÌ o teor de águâ. Coütudo, o abaixamento da lemperalura renìove unidade do ar, causando a condensação nas superfícÌes resff j iLdas (Forc 6.9). A dôterminação do ponto de o aÌho ten aplicação práticâ no armâzerÌììenÌo c transporte de pÍodutos, nos quais a condÕnsação é indesejá\,el. - - , Côndiçóês ãmbÍêntê Ì - 3 .C T= 20 'C UR - 90% URE T0%pV = 5, j2 mnHS PV- 12,28.nmH9 rcâdo nuÌì água que I umidadc nidade. A porção de luantidade rando um )iente não imperaÌura é sempre efençâ oe la UR. Os ou canas FIGIJRA 6.5. Condeosação do âr quentc e úmido ou vapor d'água qmndo em contato conì u.râ suFÌfície Ìnais fria (porto de orvalho). A condensaçao lenL coìlseqüências indesejávcis pera o produÌo resffiado na oÍìbrlagexÌ, quândo ele é iell1ovido pÂr o ar quenle e úmido. A remoção dos prodìrlos do ambienlc dc ârìnazenâÌneìlto Ìefligerado deve ser feila adequadamente, evÍanclo-sc mudanças bruscas de temperatura, para que a umidade do ar não se condense na suÌrerficie fÌia do produto. causando sudação, A condensação pode favorecer o desenvolvimento de doençâs no produio. devendo ser êvitadâ peÌo aquecimento grâduâl do produto. Produtos atmâzenados a 0'C podern seì removidos para ambienles com temperâtufa enre 10'C e 13'C, o que Íesulta eÌÌl pequena ou ÌÌenhuÌna condensação. Cono esse pÌocedimento é polco Prálico, pode sef fcÌla circulação de ar moÌìo sobÍe o produto, o qüc ajuda, inclusive, a seca. sua supcflíf ie Essà precaução é desnecessária cm Jrrodutos q0c pcrmaneceÌn úmìdos por pcqueno eqaço dc I Pò.l cot"|''üa àd lt@tM c húael444 rl No arÌnazclìamento sob baixa tempelatura, no qual se requeÌ elevada UR, pequenas ilLúuâções nâ temperatüra podem ÌesuÌtar numa condensãção excessiva na superfície resfriadâ e acentuar a perda d'á8ua do produto. No entanto, quÂhto mais â1ta e constanie for a UR no ambiente dc armazenamenlo a frio, menor scrá a uscìlação dí temperatura do ar' 6.3,5.3. Transpiração l) teoÌ de água nl neìode das ffuias e horÌaliças é vadável EÌÌ!rc 807o Õ 957'' parlc .h qual ó pefdìdâ alravós da evapomção (evxPotÍanspifâção). Essa podc ser controÌada por meio do manuscio adequado das condições de atmazenamelrto, a saber: . Rcdrção da temperâturâ do ar. . EÌevação dâ umidade reÌativa (UR). . Redução na diferença da pressão de vapor (DPV). . Uso de embaÌagem protetoÉ. A UR da aÌmosfera ìnteÍna dc praticanenle lodas as lÍutas e hoúâÌiças ó igual a pelo menos 999d, ao passo que a UR dâ atmosfera circundante extcma é sempre n1enor. Portanto, o produto ìiÌreÍa vapor d'áglra dos seus tecidos para a atmosfera extelna, na forma de evapotfarspiÍação (Figura 6.6). Quanto maior a diferença entre a PV intema e a extema, rÌÌaior será a pcrda d'águapeÌo produto. Essa difetença de pressão de vapot entre o proclulo e o âr ó conhecida como déficit de plessão de vapor (DPV) e tem papel impo ante no rcsfriamento dos produtos frescos (Tabela 6.8). Quândo um produto é Íesfriado com ar, mesmo qüe contenha uma UR de saturação, o pfoduto contilüaú perdendo água por evapotÍanspirâçãoi enquânto permÂnecer mais quente que o ar, ou seja, enquanto a DPV foÍ elev:Ìdr. Po enLo, ó importanleresfriaf o prcdulo, o mais râpidamente possíveÌ, perâ mininizar a DPV e sua conseqiiente perdâ d'água. DessiÌ foÍmÂ, evìta-se unìâ redüção na comcrcialização, não só enl função da perda de ÌÌÌassa do produto, cono tambóm da qualidade (murchamento. enrugâúento, perda de textura, etc.). . Erpa96 Inlercèlllâr.5 uR=loo% . condiçõB âmbiéntè uR=75%-95% FIGURÁ 6.ú, Po.tos p.incipais de ocorrência de evaDotm.spúáçào en tiutas, decoÍenre da DPV enrre ô prodr to e o ücúcu lan te no anb içn te . . 6.3.6. Cir, O a r . sobe à med circulação ( desnecessári recintos corÌ houvesse cir quc calÌsâ ut águâ diminui em todo o re calor vitâl do o fluxo de ar Oard r todâS as parte de contêìnercr âproprÌadâ de empilhados d, A circu contendo o pn o acúmulo de paÌedzação dl principaimeut ser disÍibuída maiores, é usu dâs paredes. A puril Ìiberados (CO, e odores estra: contribui para ftìbícação des câmara, pol va 6,3,7. Aspec O F;rrnaz eìÌÌ desenvoÌv rI Arn LxM4ltulEú ie resÍriad.ì c r â U R n o 6,3.6. Circulação e Renovação de Ar O ar precisa ser circulâdo para nlanter o recinto de armazenamento na temperatura adequada, A temperatura do prcduto armazenado pode vadar, porque a tempeÌaluÌa do âr sobe à medida que âbsode câlor do produÌo. Durante e remoção do calof de campo, a cjrcÌr l l lção de ar deve ser mris lr ipidr, sendo poste ormeÌìte redrÌzida porqne se t.rmâ desnecessária e, até mesmo, jndesejável. A movimentação do ar não lerá efeito sobre a perda de massa do produto, se a UR for manlida elevada. Entretanto, produtos mantidos em rccintos conÌ ìraixa UR, sErÌì circuÌação de ar, apfesÕrtaü elìrugalÌìEnto nìenor do quE se houvesse circulação. Esse fato se deve à evapotraDspiração dos produtos no ambiertc, o que causa un1 aumeÌ1to na umidade do ar adjacente ao produto, Poflanlo, a perda totâl de água diminui. A circuÌação de ar na câmara deve se! feita para manleÌ a temperalLlra homogênea em todo o recinto. O âÌ deve se! supddo ao sistema em voÌurne suficienle para removef o calorvitâl do produto e o calor que enlra atavés das supeúicies externas e poÍas. Enì gerel, o coeficiente de rccjrculâção é de 20 â 25- Essc coeficienlc é dcfi ido como e relação entfe o fluxo de aÍ insuflâdo pelos ventiÌadores (mr.4r) e o volume dâ cânâ.x vâzir 0Ìr). O ar deve ser suprido em f1rìxo que permita o direcionamento unifome do mesmo cm todas as paÍes do fecinto, o que pode ser conseguido com 15 a 23 m3/min. através das pjÌhâs de conÌôineres. A unifonnjdade do fluxo de ar aravós do sislenìa é conseguida pcÌa Ìocaliza!iu apropriada de ventiladores ou duclos e pelo posicionamento dos contêineres, que devem ser empiÌhados de modo a permitir um fluxo de ar livre, na direção apropriada. A circuÌação de ar na câmarâ pode ser meÌhorada pelâ distibuição coreta des ceixas conlendo o produÌo cle modo a penÌÌitjr a fassâgerì üniforme de âÌ cnüc elas. Assim se evjt o acúmulo de Âr q entc cm áreas isoÌadas na cârnara, devìdo à cìrcuÌâção delicìcrìte de ar. A pâletizâção das embalagens propicia uma utiljzação mais racional do espaço disponível, principaÌmente quando são uÌilizados sistemas com medidas padronizâdas.As caixas develll ser distribuídas em estrsdos com espsço suficienle entre elês, Em câmâras com dimensõe" maiores, é usual fazeÌ'se a dislribuição de af alravés de dulos dispostos no leto ou ao longo dâs paredes. A purificêgão do ar na câmara ó ìmprescindível paú evilar o acúmulo dos girses liberâdos (CO, e CrlL), bem como, dos outros voláteis responsárcis pclâ produção de saborcs e odorcs estranhos nos produtos e que Ìambóm podem aceÌeraf a detedoflção. Tambüm contribui para a remoção de odorcs de madeirâ (pinho), ou outros materiajs utilizedos na fabricação das embâlagens. A purificação do eÍ podc ser feit pela aberlura de uma porta na câmâra, por vÂriação nâ pÍessão âtmosférìcâ ou por infiÌkação de âr 6.3.7. Aspecto Econômico do Uso da Refrigeração O armazenamento sob reftigeração tem sjdo usuaÌ$ente recomendado paÌâ países eÌn desenvolvimento, visando à r 'edução de deterioração dos produlos perecíveis, 95Ea, parte rolaoa por guaÌ a pelo r, Portanlo. ì forma de r o pÌodllto do com ar. ) água pol r a DPV lbt r minimizar 9dução na a quaüdâde ?o'/'CúL:l@íttí' d'p' Ír!t'Lt o |1dÍ 'í4'1t: fí41L1n9ía' e/ MatuAèiõ pincipâl.nente em climas tropical e subtropical EnÍetanto, o uso de refrigeração nen sempre rem tàziclo resLrÌtados vantajosos. Em muitos países dà Ásìa' Áfricâ e América Lâtina' os cqullâmeDlos paJa refÌigeração são construídos para amazenamento de pfodutos diversos "u.à "".n", p"i*., ouos, produtos lácteos, frutas e hortaliças e não lPEnas Pafâ produtos vegctais. Os ;qlripame los são ehborados acuradâmenle do ponlo de vistâ da engenh:Ìria' n:L\ a demandiÌ peÌo espaço cle armazenâmento sob ftio é usualmente exagerada Sefil nccessáriourncstuLjodenercadosobleesnecessidâdcsdàdemàndapüaoanìazeDame,rÌ .) dos prodúos e se esses produlos Pooem scr vendicÌos por p|cços quc cubram o custo âdiciontl do armazenaÌÌrenlo, Pode-se ul i l izar armJzenalÌ ìcnto em (urto prazo' nos países em clesen\,oÌvi Ì Ìcnto,ondeopreçodosprodurosperecivejstemumaquedaacentuÂdanof inâl do peÍíodo de comerciaÌização, devido ao amadutecineiÌto das ftutas oll murcÌÌamento '1e Ìrortaliças tolhosas. Nesses casos, pode_se retirar das câmaras de rcfrigeração apenas a quântirÌaÌde dos produtos a seÍ comercializada em um dia, para estabilizar o mcrcado e reduTir as pcrcLas. Uma temperatuÌa c1e l5'5'C pode ser suficiente pâra rcduzir a detedofâção de produtos armazetìados. por apenas algumâs horÂs ou âlguns dias, tornando o uso dâ relrigefâção mais racioÌìat c oconoDicaÌrcnte Ììais virivcl' 6.4. CONTROLE E MODIFICÀçÃO DA ATMOSFER O amazenamento peÌa Almosfera Contlolada (AC) consiste no prolongamento 'lâ vida pós-colheita de proalutos, por meio da modificação e controle dos Sases no meio do âma;enamento. Como a composição normal dâ atmosferâ se enconÍa em tomo de 787o de nitfogênio, 2Ì 7. de oxigôììio (o,), 0,03 cle gás cafbônico (Cor), e pequenas porcentagens de oulro.s gases, a AC baseia-se, piincipalmente, no cortìoÌe das concentÌações de O, e COr, !ìsto que o N. é um gás inefte. O uso dc produtos quimicos não ó necessário p a o cslabelecirnenlo da AC. O priÌrcípio básico é diÍrinuir a porcentageÌn de 02 e aumentar a de CO1. As coÌr.Ìições de AC convencional usadâs pal o âjmazenaìnento comercial de peÍa e nraçã, são aquelas que urì!ìzaln 2Eo a 5EÒ .le CO1+ 2Sa a 5EÒ le Ox'balanceados com N' No ârmâzenâmento em Atmosfera Modificada (AM), a almosfera ambiental é gcralmente ailerada pelo uso de fiÌmes pÌrásticos, pelmitilrdo que â concentrâção de CO, provelicnle do próprio produto aumente, e a concentÍação de O, dimìnua' à medìda que eìe é urilizado pelo proccsso fcspiratórìo. Nesse tipo de srmazenâmento, âs concentrâqões 'le O, e COr nio são conlroladÂs, e vaÌiam com o ternpo, tcmperatLrra, tipo de fìÌlÌ1e e com a tLrxa respirxtóúr do produto. A difcrença entfe os dois mélodos eslá, portanto, no gmu de controÌe diÌs concentmções cle geses. Esses processos podem ser consjderâdos como complementos para os procedimenlos de refrigerâção (FigtÌm 6.7), podendo sel ütiÌjzâdos durante o tÍansporte' armazenâmento temporfuio orl prolongado de prodütos peÍecíveìs destinados ao mercado, ou para processamento. O uso comelciâl de ambos os métodos ainda é limitado a âÌguns prcdutos, embora numerosos trabalhos experimentais vcnham sendo desenvolvidos com muitas frutas e honaììças. + 7 8 ::: i I -i, * t 'l )ì f :i t !' FIGURA. 6.7 hoÍaliças. Os ef redução da simples de ! qLÌe oevem os estudos Íânstormaç prcdìrtos cc armazenam frutas e hor âlgumas resl início do âÌÌ ìnício da s( prìncipalmel suscetibilidâl para implant o investimeÌ econômÌco, conformidadr encoÌllfa-sc r Kidd € utiÌizarmodìâdequado do taxa ÌrspiÌat(