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TÍTULO
Envolvimento entre segurança pública e empresa privada é “temerário”.
REFERÊNCIA: Envolvimento entre segurança pública e empresa privara é “temerário”. Jornal do Brasil. 09 de novembro de 2014. Disponível em: <www.jb.com.br/rio/noticias/2014/11/09/envolvimento-entre-seguranca-publica-e-empresa-privada-e-temerario/>.Acesso em: 14 de out. de 2019.
Segundo especialistas o envolvimento entre segurança pública e privada é perigoso, visto que é fácil acabar derivando em grupos de milícias. 
A falta de valorização dos policiais militares que atuam na segurança pública, falta de estrutura e salários baixos incentivam os mesmos a procurarem formas alternativas de suprir a carência que o Estado não supre, principalmente na questão salarial, assim buscam nos “bicos” a maneira de complementar renda, atuando como responsáveis pela segurança de empresas privadas, como explica Victória Sulocki “É muito difícil separar a função dele como agente público e agente de uma empresa privada. Isso gera um enorme conflito entre o trabalho oficial e o “bico”, onde normalmente o profissional acaba ganhando mais. O melhor seria que ele estivesse mais bem treinado, mais bem pago e que não houvesse essa necessidade de complementar a renda”, realmente o policial militar não consegue deixar de ser a figura do policial no momento que esta atuando como profissional da segurança privada, onde o policial acaba utilizando seu poder de polícia, seus conhecimentos técnicos, seus materiais ostensivos e até mesmo armamento na segurança privada, muitas vezes estando de guarda de estabelecimentos comerciais ou mesmo de casas noturnas, pondo em risco sua vida, pois mesmo apesar de tudo, o “bico” para melhor que uma hora extra de forma legal. 
O ideal seria que o policial militar não tivesse esse tipo de necessidade, que não fosse preciso procurar formas alternativas de complementação de renda, que não precisasse usar seus dias de folga e descanso para ficar trabalhando dobrado e ganhando dinheiro por, na maioria das vezes, maneiras ilegais, sendo que se o policial chega a se ferir ou mesmo entrar em confronto com bandidos em função de sua atividade ilegal, corre o risco até mesmo de responder administrativamente, visto que é previsto na lei a proibição do policial militar, como servidor público, atuar em outros órgãos públicos ou privados, via de regra.
Esse tipo de atuação ou mesmo desvio de função que o policial militar se auto insere incentiva a formação de grupos paramilitares, lembrando que tal pratica é proibida pela Constituição Federal, mas longe de ser algo novo. O policial militar enquanto atuante como servidor público segue o regramento e limites impostos pela corporação, sendo que qualquer tipo de deslize ou excesso o mesmo é cobrado automaticamente pelo Estado e exposto à mídia, tornando um problema maior com proporções políticas e sociais, conforme afirma Victória Sulocki “Quando o policial está agindo com a farda, ele acaba sendo controlado pela corporação, pela mídia, que questiona as atitudes da corporação, e pelo Estado. Quando ele atua em grupos paramilitares ou em empresas privadas de segurança, não há esse controle, não há uma vigilância por parte da sociedade nas ações desse profissional”, assim quando o policial está exercendo o “bico”, seus excessos e deslizes por menores que sejam não são questionados, tornando-se fácil o desvio para violência, ou seja, sem vigilância, com mais liberdade de atuação e sendo melhor pago, mais o policial procura tal tipo de atividade e quanto mais esses policiais atuam dessa forma, mais fácil se torna a criação de grupos milicianos, que por envaidecidos pelo poder que exercem acabam utilizando da violência e da ameaça para manter o controle das pessoas os quais “protege”.
Situações irregulares alimentam a criação de milícias, o poder público deixa lacunas e tais empresas se aproveitam disso para aumentar sua atuação e consequentemente aumentar seu lucro, quem tem mais dinheiro consegue manter um controle de tais serviços, mas nas áreas mais pobres a segurança é produzida pelo medo e violência.
Quando o poder público efetivamente cumprir seu papel frente à segurança pública, valorizar seus servidores para que os mesmos não precisem buscar outras alternativas de complementar renda, buscar formas de diminuir a violência instalada na sociedade desde o mais rico até o mais pobre e manter regularizadas e fiscalizadas as empresas de segurança privadas, menor a chance da criação de grupos milicianos, pois é preciso evitar que tais grupos utilizem da coação e violência para manter a “paz” paga pelas pessoas que não encontram outra alternativa para poder trabalhar ou sair nas ruas sem ser vítima de crimes.
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