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Administração de Suprimentos e Logística

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Unidade I
GESTÃO DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
Prof. Léo Noronha
A administração de materiais
A administração de materiais procura conciliar as necessidades de suprimentos com a otimização dos recursos financeiros e operacionais da empresa.
Distribuidor
Distribuidor
Esquema simples de uma cadeia de suprimentos
A administração de materiais
Uma vez:
bem otimizados os investimentos em estoques;
bem administrados os mesmos em termos de negociações e estratégia de aquisição;
bem administrados os mesmos em termos de dimensionamento dos estoques e projeto do sistema de distribuição;
Resultam em uma significativa redução dos níveis de estoques, com elevados ganhos para a empresa.
A administração de suprimentos
A administração de suprimentos pode ser abordada sob três óticas igualmente importantes:
gestão de compras;
gestão de estoques;
gestão de distribuição.
A administração de suprimentos
A evolução das organizações industriais, a partir da Revolução Industrial do século XVIII, levou as empresas a comprarem materiais que originalmente eram fabricados por elas mesmas.
A produção passou a se especializar, devido à complexidade das novas tecnologias e à necessidade de produzir muito para reduzir os custos.
Surgia a área de compras.
A administração de suprimentos
O relacionamento das áreas de produção e finanças inclui interesses conflitantes:
Produção	VS	Finanças
Estoque elevado	Reduzir estoques Qualidade elevada			Preço baixo Prazos urgentes		Trabalho normal
A administração de suprimentos atua como mediadora do conflito.
A administração de suprimentos
A administração de suprimentos pode ser definida como a atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações técnicas dos artigos a adquirir, até a entrega do produto terminado ao cliente.
A administração de suprimentos
PIB = Produto Interno Bruto - representa a riqueza de um país.
Se um país só produz aquilo que já existe na natureza, como minério de ferro, por exemplo, tem somente fontes de recursos potenciais.
A função produção transforma minério em aço e depois em automóveis, geladeiras, etc., ou seja, acrescenta valor, gerando mais riqueza, resultando em um PIB maior.
A administração de suprimentos
A melhor forma de planejar e controlar os recursos utilizados é através do fluxo de materiais - o material certo, na quantidade certa, no momento certo, garante que o processo produza eficientemente, utilizando adequadamente as máquinas e produzindo o programado.
A administração de suprimentos
Para as operações, o tempo começa a correr desde a chegada de um pedido e termina quando da entrega do produto encomendado.
Esse tempo recebe o nome de “lead time”.
Para o consumidor, inclui-se, nesse tempo, a preparação e o transporte da encomenda, ou seja: o consumidor espera um lead time o mais curto possível.
A administração de suprimentos
Quatro estratégias para atender os pedidos dos clientes:
Interatividade
Se a administração de suprimentos é definida como a atividade que planeja, executa e controla o fluxo de material, considerando as especificações técnicas dos artigos a adquirir, pode-se dizer que:
É uma atividade que pode ser desenvolvida por qualquer profissional.
Exige a integração com as áreas de
marketing e produção.
Cuida somente do transporte.
É responsável pela atividade de colocar pedidos de compras.
Serve para planejar o que será produzido por período.
A administração de suprimentos
Em termos de administração de suprimentos, e para chegar ao máximo lucro, as empresas precisam ter pelo menos quatro objetivos principais:
prover o melhor serviço ao cliente;
prover o mais baixo custo de produção;
prover o menor custo em estoque;
prover os menores custos de distribuição.
A administração de suprimentos
Existe, então, um conflito com outras áreas que possuem diferentes responsabilidades:
Marketing
manter altos estoques, garantindo disponibilidade;
interromper a produção para a produção de itens faltantes;
oferecer uma distribuição intensiva e custosa para rápido envio das ordens.
A administração de suprimentos
Existe, então, um conflito com outras áreas que possuem diferentes responsabilidades:
Finanças
reduzir estoques para o mínimo;
diminuir o número de fábricas e depósitos;
produzir grandes quantidades para reduzir custos de produção;
fabricar só quando necessário.
A administração de suprimentos
Existe, então, um conflito com outras áreas que possuem diferentes responsabilidades:
Produção
produzir em grandes lotes com poucos produtos, reduzindo o custo de fabricação;
manter altos volumes de matéria-prima e de estoques em processo para proteger a produção quanto a uma falta de material.
A administração de suprimentos
O grande problema é justamente conseguir o balanceamento entre os objetivos conflitantes, chegando a minimizar o total de custos envolvidos, ao mesmo tempo que se consegue a maximização do serviço aos clientes, de forma integrada aos objetivos da organização.
A administração de suprimentos
Conforme visto em administração da produção, produzir é algo complexo, e considera dois grupos de recursos:
Recursos a serem transformados
materiais;
informações;
consumidores. Recursos de transformação
instalações;
pessoas.
A administração de suprimentos
Nos recursos de transformação, encontraremos diferentes processos, máquinas, equipamentos, habilidades e materiais.
Para uma empresa ser lucrativa, precisa organizar todos esses fatores a fim de:
fabricar os produtos certos (o quê) -
no tempo certo (quando);
na qualidade certa (como);
na quantidade solicitada (quanto); e
da forma mais econômica possível.
A administração de suprimentos
Tais questões são características de prioridade e de capacidade:
Prioridade
quais produtos, quantos e quando serão necessários.
Capacidade
possuir a competência necessária para produzir bens e serviços.
A administração de suprimentos
Relacionamento prioridade – capacidade sempre que possível; balanceado ou equilibrado, como em uma balança.
A administração de suprimentos
Plano de produção
Partindo do plano estratégico, a administração da produção deve avaliar:
quantidades por família de produtos a produzir em cada período;
níveis de estoque desejados;
recursos (equipamentos, mão de obra e materiais) necessários por período;
disponibilidade dos recursos necessários.
A administração de suprimentos
Programa Mestre de Produção MPS (Master Production Schedule):
Uma vez definido o plano de produção, que visualiza as famílias de peças a produzir, temos pronto o conjunto de informações para executar o MPS – Programa Mestre de Produção, que trata dos componentes individuais finais.
O plano de produção é dividido por períodos, e para cada período, é mostrada a quantidade a produzir de cada item.
A administração de suprimentos
Planejamento das necessidades de materiais MRP (Material Requirement Plan)
Esse planejamento mostra as quantidades necessárias de materiais e quando a produção pretende utilizá-las.
É um planejamento para fabricação e compra de componentes.
A administração de suprimentos
Controle da atividade de compras e produção:
Esta atividade é realmente operacional - implementa e controla o sistema de planejamento da produção.
Compras - responde por estabelecer e controlar o fluxo de matérias-primas para a fábrica.
O controle da atividade produtiva responde pelo planejamento e controle do fluxo de trabalho na fábrica.
A administração de suprimentos
O plano estratégico de negócios busca integrar os planos individualizados de todos os departamentos na organização; sua atualização deve ser constante, tendo em vista as mudanças no ambiente de mercado.
Essa constante atualização envolve as áreas de
marketing e vendas, que comparam a demanda real com o plano de vendas, considerando potencialidades do mercado e previsões de demanda.
A administração de suprimentos
Planejamento de vendas e operações:
gera meios de atualizar o plano estratégico de negócios ao mesmo tempo que as condições se modificam;
ajuda a administrar mudanças;
assegura que os planos das diferentes áreas sejam realísticos, coordenados e apoiem o plano de negócios;
resulta em melhor planejamento da produção, dos estoques e do registro de encomendas.
Interatividade
Administrar suprimentos é uma função de coordenação responsável pelo planejamento e fluxo de materiais, com o objetivo de maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível adequado de serviços ao consumidor.
Portanto:
É a função mais importante da empresa.
Consegue desenvolver suas atividades sem ajuda de outros departamentos.
Depende de uma estratégia bem elaborada entre marketing, finanças e produção.
Não leva em consideração o plano de produção.
NDA.
A administração do patrimônio
Da contabilidade:
Ativo (bens e direitos da entidade, expressos em moeda).
Imobilizado (são os ativos tipo imóveis, máquinas, equipamentos, instalações, veículos, móveis e utensílios e obras em andamento).
Para classificar um ativo como fixo ou imobilizado:
ter natureza relativamente permanente;
ser utilizado na operação do negócio; e
não ser destinado à venda.
A administração do patrimônio
Os recursos patrimoniais constituem os elementos primordiais para uma organização poder operar, produzir produtos e serviços, para atender às demandas dos mercados. É fundamental uma perfeita adequação e manutenção dos bens patrimoniais para o sucesso de uma organização.
As organizações comercializam constantemente seus recursos patrimoniais, comprando, vendendo, trocando, na busca de otimizar processos, gerando mais satisfação aos clientes, externos e internos.
A administração do patrimônio
Além da administração de suprimentos, não se deve esquecer que os ativos imobilizados aplicados na operação da organização necessitam de um rigoroso acompanhamento ao longo de sua vida útil, justificando o que se chama de “administração do patrimônio”.
Terceirização: comprar ou fabricar
A indústria mundial passou por diferentes momentos ao longo de sua evolução, começando com os artesãos e mudando para as primeiras fábricas, depois da invenção da máquina a vapor - assim nasceu a figura do empreendedor,
muitas vezes inventores, que fizeram de suas ideias a base para o nascimento de grandes conglomerados industriais, que se espalharam pelo mundo na primeira fase do século XX.
Terceirização: comprar ou fabricar
Já no início da década de 1970, algumas indústrias japonesas despontavam como produtoras de bens de qualidade, surgindo nomes hoje mundialmente conhecidos, como Sony, Sharp, Mitsubishi, entre outros tantos.
Em seguida, começaram a aparecer carros com nomes estranhos (Toyota, Honda etc.), que tinham uma enorme qualidade e durabilidade, por preços incomparavelmente menores que os dos modelos americanos e europeus.
Estava implantado o problema.
Terceirização: comprar ou fabricar
Tal reação do Japão tinha ideias simples:
zero defeitos;
just in time;
células de manufatura;
poka-yoke;
kanban;
entre tantos outros nomes que indicam diferentes técnicas que levaram o Japão ao sucesso mundial que é hoje.
Terceirização: comprar ou fabricar
Um dos ensinamentos dos japoneses:
As fábricas deviam concentrar-se naquilo que elas mais sabiam fazer, e deviam deixar para outros as atividades que delas não faziam parte.
Com isso, a alta administração podia olhar o que interessava realmente.
Nascia o que hoje conhecemos como “terceirização”.
Terceirização: comprar ou fabricar
Decisões sobre o que terceirizar devem ser fundamentadas em experiências da organização; uma boa maneira de conseguir identificar o que fazer chama- se reengenharia (repensar todos os processos); depois dela, identificam-se quais são as atividades principais da organização (“core business”), quais as estratégicas, e terceirizam-se as demais.
Gestão dos estoques
Segundo Nigel Slack, o “estoque” é definido como “a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação.”
O termo “estoque” também pode ser usado para descrever qualquer recurso armazenado, como a capacidade de atendimento de um “call center” (que nem sempre estará com utilização máxima, mas precisa ter uma “reserva”, que pode ser entendida como um estoque).
Gestão dos estoques
Por que se faz estoque?
Não importa o que está armazenado como estoque, ou onde ficará posicionado na operação:
O estoque sempre existirá porque sempre vai existir uma diferença de ritmo ou de
taxa entre fornecimento e demanda.
Se a demanda acontecesse no mesmo instante do pedido, os itens nunca seriam estocados.
Gestão dos estoques
Taxa de fornecimento do processo de saída
Processo de
saída
Gestão dos estoques
Diferentes razões levam ao desequilíbrio entre fornecimento e consumo, surgindo quatro tipos de estoques:
Estoque isolador ou de segurança
Serve para compensar as incertezas comuns a fornecimento e demanda.
Estoque de ciclo ou em processo
Ocorre porque os diferentes estágios ou processos de fabricação na operação não conseguem produzir todos os itens simultaneamente.
Gestão dos estoques
Diferentes razões levam ao desequilíbrio entre fornecimento e consumo, surgindo quatro tipos de estoques:
Estoque de antecipação
Ocorre quando existe, por exemplo, a produção para produtos sazonais (ovos de páscoa, por exemplo).
Estoques no canal de distribuição
Ocorre do momento da reserva do estoque no fornecedor até a entrega do mesmo ao varejista.
Gestão dos estoques
Dentro de uma fábrica, vamos sempre encontrar tipicamente três tipos de estoques:
Estoque de componentes e matéria-prima
Durante a produção, entre os estágios do processo, temos o estoque de materiais em processo (WIP – Work In Progress)
e o estoque de produtos acabados.
Gestão dos estoques
Sistemas de estoques
Sistema de estoque de dois estágios Ex: distribuidor de autopeças
Gestão dos estoques
Decisões a respeito dos estoques:
Quanto pedir - cada pedido de reabastecimento colocado deve ser de que tamanho? - decisão de volume de ressuprimento;
Quando pedir - em que momento ou quando o estoque chegar a que nível, pedir reabastecimento - momento de reposição;
Como controlar o sistema - quais os procedimentos e as rotinas a implementar para tomar as decisões? Diferentes prioridades dadas a diferentes itens do estoque? Como armazenar informação sobre o estoque?
Gestão dos estoques
Custos envolvidos com o estoque: custo de colocação de pedido; custos de desconto de preços; custo de falta de estoque;
custo de capital de giro; custo de armazenagem; custos de obsolescência;
custos de ineficiência de produção.
Interatividade
As fábricas deviam concentrar-se naquilo que elas mais sabiam fazer e deviam deixar para outros as atividades que delas não faziam parte. Com isso, a alta administração podia olhar o que interessava realmente.
Esta explicação corresponde ao conceito de:
Reengenharia.
Kaizen.
Terceirização.
Globalização.
Just in time.
Gestão dos estoques
Custos em estoques:
Custo total de manutenção de uma unidade em estoque por período de tempo: Ce
Custo total de colocação de um pedido: Cp
Q = quantidade do pedido
D = demanda
Gestão dos estoques
Demanda D = 1.000 unidades por ano. Custos de manutenção:
Ce = R$ 1,00 por item ao ano. Custos de pedido:
Cp= R$ 20,00 por pedido.
200 é uma quantidade ótima ou um lote econômico de compra.
Gestão dos estoques
Para não ter de fazer a tabela cada vez: Lote Econômico de Compra
LEC = Qp =	2 x Cp x D / Ce
Custo total do lote econômico de compra = (Ce x
Qp /2) + (Cp x D / Qp)
Tempo entre pedidos = Qp / D Frequência de pedidos = D / Qp
Gestão dos estoques
Curva de custo: representação gráfica da quantidade econômica de pedido.
O
Gestão dos estoques
Cuidados ao adotar o lote econômico - lembrar que se adotam pressuposições que não ocorrem no mundo real e que são sujeitas a críticas a considerar:
Estabilidade da demanda - não acontece na situação real de mercado.
Custo de pedido fixo e bem identificado - na realidade, são diferentes produtos, com tipos de negociação e modelos de pedido.
Custo de manutenção de estoque expresso por uma função linear – Quando na realidade, não é.
Gestão dos estoques
Ponto e nível de ressuprimento:
Curva ABC
Uma forma comum de separar os itens de estoque é fazer uma lista dos mesmos, de acordo com sua movimentação de valor (sua taxa de uso multiplicada por seu valor unitário).
Em geral, poucos itens em estoque representam uma grande parte do valor do estoque.
Curva ABC
Esse fenômeno, que se repete em praticamente todas as indústrias, é chamado de “Lei de Pareto”, também chamada de “regra 80 / 20”: 80% do valor de estoque de uma operação é responsável por somente 20% de todos os itens estocados.
Curva ABC
Itens classe A:
20% dos itens de alto valor. 80% do valor total do estoque. Itens classe B:
Itens de valor médio,
os seguintes 30% dos itens - 10% do valor total do estoque. Itens classe C:
Itens de baixo valor
correspondem a 50% do total dos itens - 10% do valor total de itens estocados.
Curva ABC
Curva de Pareto para itens em estoque:
Gestão na cadeia de suprimentos
A cadeia de suprimentos:
Gestão na cadeia de suprimentos
Termos utilizados na gestão da cadeia:
Interatividade
O fenômeno que se repete em praticamente todas as indústrias, em que 80% do valor de estoque de uma operação é responsável por somente 20% de todos os itens estocados, é conhecido como “Lei de Pareto”. Seu nome mais popular é:
Curva ABC.
Curva normal.
Curva senoidal.
Curva de tendências.
NDA.
ATÉ A PRÓXIMA!

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