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FACULDADE SÃO PAULO CREDENCIADA NO MEC PELA PORTARIA Nº 284, DE 23 DE MARÇO DE 2015 Coordenação do Curso de Engenharia Ambiental ANÁLISE DE TRECHO DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE CÓRREGO DAS AREAIS, MUNICÍPIO DE NOVA BRASILÂNDIA D’OESTE RONDÔNIA DUTRA, M. G. Graduanda em Engenharia Ambiental – Faculdade São Paulo / FSP SÁ, F. F. T. Doutora em agronomia (UFPB/CCA/Areia-PB), Mestre em manejo do solo e água (UFPB/CCA/Areia-PB) e tecnóloga em geoprocessamento (IFPB/Campus João Pessoa-PB). Professora da disciplina de Geoprocessamento (Faculdade São Paulo / FSP-RO). Submetido em: 24 de Setembro de 2018 Recebido após revisão em: 12 de Outubro de 2018 Aceito em: 23 de Novembro de 2018 INTRODUÇÃO O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem, engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na terra. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, dentre outros. A degradação ambiental realizada pelo homem é incessante, mesmo se forem analisados os primórdios de sua existência, pois, o simples processo de sobrevivência deste ser no ambiente degrada. No entanto, a partir do desenvolvimento intelectual do ser humano, abriu-se um mundo de oportunidades para a melhoria da sua qualidade de vida neste planeta, culminando em um desenvolvimento tecnológico inimaginável, o que, por via de consequência, aumentou exponencialmente tal degradação. Os rios são fontes de um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos: a água. Além disso, têm grande importância cultural, social, econômica, histórica, além disso milhares de espécies da flora e fauna, inclusive a espécie humana, consomem água de rios, que precisam ter uma qualidade adequada para os diversos usos, dos rios provem grande parte da água consumida pela humanidade para beber, cozinhar, lavar, conservar alimentos, cultivar plantas, criar animais. Visando atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, conforme o art. 225 da Constituição Federal de 1988, foi instituída a Lei nº12.651/12.Art. 3º, segundo o atual Código Florestal. Para os efeitos desta Lei, entende-se por área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de preservação permanente: SITUAÇÃO LARGURA MÍNIMA DA FAIXA Rios com menos de 10 m de largura 30 m em cada margem Rios com 10 a 50 m de largura 50 m em cada margem Rios com 50 a 200 m de largura 100 m em cada margem Rios com 200 a 600 m de largura 200 m em cada margem Rios com largura superior a 600 m 500 m em cada margem Tabela 1. Tabela que estabelece como áreas de APP METODOLOGIA A área de preservação permanente escolhida para ser estudada foi o rio “Córrego das Areias” em Nova Brasilândia D'Oeste, uma cidade do Estado do Rondônia. O município se estende por 1 155,4 km² e contava com 19 874 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 17,2 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Alvorada d'Oeste, Alta Floresta d'Oeste e Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia d'Oeste se situa a 39 km a Sul-Leste de São Miguel do Guaporé a maior cidade nos arredores. Situado a 264 metros de altitude, de Nova Brasilândia d'Oeste tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 11° 42' 59'' Sul, Longitude: 62° 19' 52'' Oeste Figura 1. Mapa de localização do município de Nova Brasilândia D’Oeste – RO MAPEAMENTO E ESTUDO DA ÁREA DE APP O presente estudo possui uma fundamentação prática e teórica, onde foram seguidas as seguintes etapas; levantamento bibliográfico, onde foi estudado o novo código florestal para que fosse base do estudo. Mapeamento da área a ser estudada na APP, análise espacial e produção de mapas, fazendo uso do GPS Essentials, Google Earth, TrackMaker e Qgis. Na faze de levantamento de dados, foram marcados cinco pontos a vinte metros da margem do rio, com distância de cinco metros de um ponto ao outro, sendo esses pontos em diferentes rumos (zigue-zague). Figura 2. Mapa de localização da área de estudo. Figura 3. Imagem do rio “Córrego das Areias”. Figura 4. Área demarcada com GPS. Figura 5. Área de vegetação existente. COLETA E ANÁLISE DE SOLO A coleta do solo foi feita no mesmo local onde foram marcados os pontos, a trinta sentimentos da superfície, foi coletado um quilograma de solo que foi levado ao laboratório para ser feita análise granulométrica da amostra. A partir das cinco amostras coletadas pudemos iniciar o teste granulométrico, levando-as então a uma estufa onde as mesmas ficaram por 24 horas a 105°C, após a sua secagem foram levadas a três peneiras chegando ao resultado final do teste. RESULTADOS Com o levantamento de dados feito em campo e a elaboração de mapas determinamos que a área de APP estudada possui largura média de 11,17 metros, devendo conter 50 metros de mata ciliar sua direita e sua esquerda do curso do rio, segundo o Código Florestal. SITUAÇÃO LARGURA MÍNIMA DA FAIXA Rios com menos de 10 m de largura 30 m em cada margem RIOS COM 10 A 50 M DE LARGURA 50 M EM CADA MARGEM Rios com 50 a 200 m de largura 100 m em cada margem Rios com 200 a 600 m de largura 200 m em cada margem Rios com largura superior a 600 m 500 m em cada margem Tabela 2. Tabela que estabelece quanto de mata ciliar deve conter uma APP. A partir do teste granulométrico feito em laboratório observamos as seguintes apresentações: AREIA SILTE ARGILA 50,50% 50,26% 7,41% Tabela 3. Tabela que estabelece os resultados encontrado na análise granulométrica. Com os resultados apresentados na tabela acima determinamos o tipo de solo predominante na área de APP. Com o auxilio de um triangulo textural verificou-se que o solo da área de APP sendo ele franco arenoso, como demonstra a imagem a seguir. Figura 6. Triangulo textural (demonstra o tipo de solo). CONCLUSÃO Os resultados revelam que a Área de Preservação Permanente (APP) avaliada nesse trecho do rio “Córrego das Areias”, sofre ações antrópicas, onde parte do local que deveria conter vegetação é utilizada para a agropecuária, e também por ser uma área popularizada parte desta vegetação foi derrubada para que fosse feita uma via de acesso, encontrando-se em desacordo com o exigido pela legislação vigente. Os resultados permitem inferir que há necessidade de melhoria ambiental, sugerindo-se a necessidade da utilização conjunta de diferentes métodos, para que essa realidade poça ser corrigida, evitando maiores danos ao meio ambiente. REFERÊNCIAS https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-nova-brasilandia-d-oeste.html https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/area-de-preservacao-permanente https://www.todamateria.com.br/tudo-sobre-meio-ambiente/ https://jus.com.br/artigos/45582/as-influencias-do-ser-humano-no-meio-ambiente-e-seus-reflexos-no-ambito-juridico http://www.cuidedosrios.eco.br/importancia-dos-rios/ https://www.infoescola.com/direito/novo-codigo-florestal/ https://www.researchgate.net/figure/Figura-31-Triangulo-textural-utilizado-para-determinacao-da-textura-do-solo-segundo_fig16_312584281 Graduanda do Curso de Engenharia Ambiental – Faculdades São Paulo – FSP Rolim de Moura /RO – gabrielly170834@gmail.com
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