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Caso Clínico – Farmacologia do Trato Gastrointestinal 
 
Primeiro episódio 
Tom, um pós-graduando, de 24 anos de idade, apresenta bom estado de saúde, 
apesar de fumar aproximadamente dois maços de cigarros e tomar cinco xícaras 
de café por dia. Atualmente, encontra-se estressado dada a proximidade do prazo 
de entrega de sua dissertação em ciência da computação. Além disso, tem 
ingerido dois comprimidos de ácido acetilsalicílico por dia nos últimos dois meses, 
em decorrência de uma lesão do joelho sofrida enquanto esquiava em suas férias 
de inverno. 
Nessas últimas duas semanas, Tom começou a sentir dor acompanhada de 
queimação na parte superior do abdome, que aparece 1 a 2 h após se alimentar, 
além de frequentemente ser acordado pela dor por volta das 3 h da madrugada. 
A dor é habitualmente aliviada com a ingestão de alimento e com o uso de 
antiácidos vendidos sem prescrição médica. 
Com o aumento da intensidade da dor, Tom decidiu consultar seu médico, Dr. 
Smith, no setor médico da universidade. Após examiná-lo, o médico verificou que 
o estado do abdome era normal, exceto por hipersensibilidade epigástrica à 
palpação. O profissional apresentou a Tom as opções de exames 
complementares, incluindo uma série de radiografias no segmento gastrintestinal 
superior e uma endoscopia. Tom optou por se submeter à endoscopia, durante a 
qual uma úlcera foi identificada, na porção proximal da parede posterior do 
duodeno, com 0,5 cm de diâmetro. Efetuou-se uma biopsia da mucosa do antro 
gástrico para detecção de Helicobacter pylori. 
De posse do diagnóstico de úlcera duodenal. Dr. Smith prescreveu a Tom 
omeprazol, um inibidor da bomba de prótons. No dia seguinte, quando os 
resultados dos exames de patologia indicaram a presença de infecção por H. 
pylori, Dr. Smith prescreveu bismuto, claritromicina e amoxicilina, além do 
inibidor da bomba de prótons. O médico também aconselhou Tom a parar de 
fumar e de beber café, e, sobretudo, a evitar o uso de ácido acetilsalicílico. 
Segundo episódio 
Tom não apresentou problema clínico na década posterior à cicatrização de sua 
úlcera duodenal. Aos 34 anos, no entanto, começou a desenvolver a síndrome do 
túnel do carpo e começou a ingerir vários comprimidos de ácido acetilsalicílico ao 
dia para aliviar a dor. Um mês depois, surgiu dor acompanhada de queimação na 
parte superior do abdome. Após episódios de vômito “em borra de café” e 
perceber que suas fezes estavam muito escuras, Tom decidiu procurar seu 
médico. Após descobrir, por meio de uma endoscopia, que Tom apresentou úlcera 
gástrica com sangramento recente, Dr. Smith explicou que a doença ulcerosa 
péptica recidivou. O teste respiratório da ureia foi negativo para H. pylori, e o 
médico disse que o uso de ácido acetilsalicílico deve ser a causa mais provável 
da recaída. Tom foi tratado com antiácidos e ranitidina, um antagonista dos 
receptores H2, e foi orientado a interromper o uso de ácido acetilsalicílico. Dr. 
Smith foi além e explicou a Tom quais eram os analgésicos considerados anti-
inflamatórios não esteroides (AINE). 
Duas semanas depois, Tom relatou ao Dr. Smith que a dor no punho se tornou 
insuportável e que precisava continuar com o ácido acetilsalicílico para conseguir 
se concentrar no trabalho. O médico respondeu que ele poderia até mesmo 
continuar o uso de ácido acetilsalicílico, contanto que seu tratamento 
antiulceroso fosse modificado, substituindo o antagonista H2 por um inibidor da 
bomba de prótons. 
 
Questões 
1. Quais são os fatores de risco apresentados por Tom para o 
desenvolvimento de doença ulcerosa péptica? Qual é o papel do H. pylori 
e do uso de AINE nessa doença? 
2. Por que Tom recebeu um inibidor da bomba de prótons para tratamento 
de seu primeiro episódio de doença ulcerosa péptica? Por que foram 
prescritos um antagonista H2 no segundo episódio e, em seguida, um 
inibidor da bomba de prótons quando ele insistiu em utilizar ácido 
acetilsalicílico como analgésico? 
3. Por que Tom recebeu claritromicina e bismuto em seu primeiro episódio?

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