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1 
 
BIOFÍSICA DA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
 
Brenda Thawani Rodrigues da Silva, UEG, brendathawani1@gmail.com 
Dara da Silva Amaral, UEG, silvadara409@gmail.com 
Gisely Ferreira Lima Silva, UEG, giselypgtu@gmail.com 
João Victor de Brito, UEG, joaovictordebrito26071998@gmail.com 
Marielly Luiz dos Santos, UEG, luizmarielly056@gmail.com 
RESUMO 
A circulação sanguínea se trata do percurso percorrido pelo sangue em toda a 
extensão corporal, nos humanos, o sistema circulatório é fechado, o que torna mais 
rápido e eficaz o processo de oxigenação. A biofísica da circulação sanguínea está 
ligada as propriedades físicas encontradas durante o funcionamento do sistema 
circulatório, as alterações ocorridas durante a circulação do sangue ou a má 
circulação, podem acarretar problemas de saúde, que podem ser solucionados 
através de tecnologias assistivas, ou seja, tecnologias que visam a melhoria de vida 
dos indivíduos que possuem alguma deficiência ou problema físico, promovendo 
assim, a inclusão e possivelmente a independência do ser. 
Palavras-chave: Biofísica, Circulação Sanguínea, Tecnologias Assistivas. 
ABSTRACT 
Keywords: 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
3 
 
2. COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema circulatório é composto por três elementos: o coração, os vasos 
sanguíneos e o sangue. Estes três componentes estão interligados e desempenham 
funções extremamente importantes, enquanto o coração bombeia o sangue, os 
vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares), são responsáveis pelo transporte 
sanguíneo. 
2.1 CORAÇÃO 
O coração é um órgão muscular localizado sob o esterno e entre os pulmões. 
É o componente do sistema circulatório que possui a responsabilidade de controlar a 
circulação sanguínea no corpo. Este órgão funciona “como uma bomba dupla, ou 
como duas bombas acopladas, impele o sangue, simultaneamente, pelos sistemas 
arterial e venoso.” (Weissmüller; Americano; Mascarello, 2010, p. 79). Através das 
artérias, o sangue é levado até as células com o intuito de conduzir oxigênio, e por 
meio das veias, ele retorna aos pulmões para que possa ser reoxigenado. 
Anatomicamente, o coração é composto por dois átrios e ventrículos, sendo 
diferenciados entre esquerdo e direito, esses componentes permitem que ocorra 
comunicação entre os pulmões e os vasos sanguíneos. O átrio e ventrículo direito 
estão ligados ao conjunto de veias, 
além de constituir o ramo pulmonar, 
enquanto o átrio e ventrículo esquerdo 
estão ligados ao conjunto de artérias, 
formando assim, a circulação sistêmica. 
Os pares de átrios e ventrículos 
possuem válvulas responsáveis por 
controlar o fluxo sanguíneo e o trajeto 
do mesmo por meio dos ventrículos. 
Deste modo, o chamado ciclo 
cardíaco, se trata da contração (sístole) 
e distensão (diástole) de átrios e 
ventrículos. 
Figura 1 – Valvas Cardíacas. 
Fonte: https://www.anatomia-papel-e-
caneta.com/coracao-valvas-cardiacas/ 
 
4 
 
Para seu pleno funcionamento o “coração depende de propriedades físicas 
que determinam sua auto-ritmicidade, condutividade e contratibilidade.” 
(Weissmüller; Americano; 
Mascarello, 2010, p. 80). O 
coração dispõe de tecidos 
especiais para que seja 
possível ocorrer a ativação de 
tais propriedades físicas. 
Os estímulos elétricos são 
gerados no nó sinusal, e 
através do feixe de His e a 
rede de Purkinje os impulsos 
elétricos são conduzidos e 
transmitidos para cada célula, 
até chegar em regiões dotadas 
de musculatura normal (sem tecido especial), cuja a mesma vai reagir com 
contratibilidade, ou seja, a contração do tecido. 
2.2 VASOS SANGUÍNEOS 
Os vasos sanguíneos tem a função de conduzir o sangue para toda a 
extensão corporal, estes condutores podem ser classificados em três tipos: artérias, 
veias e capilares. Cada um destes vasos sanguíneos possui uma característica que 
os diferem dos demais. 
As artérias são designadas a transportar o sangue arterial (oxigenado) do 
coração para todo o corpo, possuem grossas e elásticas camadas de músculo liso, 
para que seja possível controlar a pressão do fluxo sanguíneo. Já as veias, possuem 
paredes mais finas e menos elásticas se comparadas às artérias, porém, possuem 
válvulas responsáveis por impedir que o sangue retorne enquanto é conduzido aos 
pulmões. 
Os capilares diferentemente dos dois vasos citados anteriormente, não 
possuem revestimento muscular em suas paredes delgadas, e são designados para 
“liberar o oxigênio para as células dos diversos tecidos e órgãos (com exceção do 
Figura 2 – Regiões especializadas do coração. 
Fonte: http://www.arritmiacardiaca.com.br/p_ent 
endendo01.php 
 
5 
 
pulmão) que, em troca, lhe cedem o dióxido de carbono (CO2).” (Weissmüller; 
Americano; Mascarello, 2010, p. 82). 
2.3 SANGUE 
O sangue apresenta um fluido simples composto de várias células “[...] 
(glóbulos vermelhos ou eritrócitos, glóbulos brancos ou leucócitos, e plaquetas) 
numa fase líquida, chamada plasma [...]”.(Weissmüller; Americano; Mascarello, 
2010, p. 83), hematócrito e responsável pela coagulação do sangue os hematócrito 
apresenta em volumétrica 45% de células vermelhas sendo as plaquetas 
responsáveis pela passagem do oxigênio através do tecido, e 55% de plasma ele e 
basicamente constituído de agua mas apresenta outras substancias como 
hormônios, proteínas, gases O2 e CO2 e etc. 
O escoamento dos fluidos se dá pelo ato gravitacional da terra onde tem 
variedades de pressão e viscosidade nesse percurso médio inferior já um pouca 
acima do médio superior o coração bate contra a gravidade utilizando mais força 
para cumprir seu papel da circulação sanguínea. 
Segundo Weissmüller (2010, p. 84) O volume de sangue existente no corpo 
de um homem adulto masculino com peso entre 60 e 80 kg é da ordem de cinco 
litros, porém essa quantidade de sangue e variável de acordo com o peso e a altura 
de cada indivíduo. 
3. MECÂNICA DO CORAÇÃO 
A Hidrodinâmica vai ser umas das principais formas de estudos de líquidos 
em movimentos sendo o estudo de diferentes forças que irá afetar os movimentos 
dos fluidos. Para o real funcionamento dessa mecânica devemos compreender o 
que faz parte dela: ela e compostas por veias, artérias, válvulas de entrada e saída 
de fluidos (sangue) e para que esse sistema funcione e preciso de um motor que no 
caso e o coração sendo ele o responsável por fazer com que os fluidos circulem 
para todo o corpo e levando substancia para todo o corpo do meio mais denso para 
o meio menos denso. 
O coração vai apresentar “[...] o comportamento da pressão no átrio é muito 
menos acentuado que o da pressão no ventrículo. Enquanto esta última sofre uma 
variação da ordem de 100 a 110 mmHg entre o início da sístole e o seu pico, 
6 
 
atingindo o valor máximo de 120mmHg, a pressão atrial sofre uma variação da 
ordem de 5mmHg, com um máximo em torno de 10mmHg[...]”.(Weissmüller; 
Americano; Mascarello,2010, p. 87). 
A artéria aorta vai ficar com a maior pressão, pois “será” o recomeço do 
círculo então empurrara o sangue para fazer toda a circulação. A sístole e uma 
reserva para o coração não cola bar e se precisar de sangue urgente o corpo tem 
pra se manter até conseguir o retorno do sangue que precisa de volta para onde 
está sendo solicitado. 
4. VISCOSIDADE 
Para compreender o termo viscosidade vamos dar um exemplo: ao colocar a 
água sobre um mesa plana com um leve declino do solo e um xarope logo 
percebemos que a água tende a escorrer mais rápido do que o xarope pois o xarope 
apresenta uma viscosidade bem maior que a da água. 
A viscosidade apresenta diferentes tiposao longo do trajeto que faz, pois vai 
variar a concentração de células ao longo do caminho “[...] Uma medida da 
concentração dessas células é expressa pelo hematócrito, que é a relação entre o 
volume dos glóbulos vermelhos e o volume total de sangue [...]”. (Weissmüller; 
Americano; Mascarello, 2010, p. 83). Sendo a pressão do corpo de 0,4 entretendo 
cada órgão tendo o seu o ruis o tecido dentre outros o sangue apresenta uma 
densidade de 1,04g/cm³. 
Dentre alguns fatores que faz com que a viscosidade aumente está na 
temperatura baixa no hematócrito: volume glóbulos vermelhos/volume do sangue, 
com esse aumento de viscosidade em uma circulação onde tem como função ter um 
fluido menos denso e pelo contrário está passando um fluido mais denso pode 
acarretar em muitas doenças cardiovasculares. 
Entretendo a viscosidade não é a responsável por tudo “[...] que interfere no 
fluxo sanguíneo. Isto foi o que demonstrou, experimentalmente, Poiseuille (1797-
1869), médico fisiologista francês que inventou um método para medir a pressão 
sanguínea e realizou muitos estudos sobre os fluxos de líquidos através de tubos, 
para poder entender a circulação do sangue[...]”.(Weissmüller; Americano; 
Mascarello, 2010, p. 93). 
7 
 
5. LEI DE POISEUILLE 
A lei de Poiseuille foi formulada pelo médico e físico francês Jean Louis Marie 
Poiseuille sendo definida experimentalmente em 1838 e formulada e publicada em 
1840 e 1846, ela foi importante para entender os diversificados efeitos observados 
no sangue dentro das veias e artérias do corpo humano. Essa lei trata do fluxo de 
um líquido , com certa viscosidade no interior de um tubo cilíndrico. A equação que 
determina a lei de Poiseuille é dada da seguinte forma: 
F= π Δ P r ⁴ 
 8 Δ L  
 
Sendo que F é o fluxo (volume escoado pelo tempo), delta P é a diferença de 
pressão, r é o raio do tubo, elevado à 4 a potência , delta L é o comprimento do tubo 
, e n sendo a viscosidade, e r e 8 são determinados por ser constantes de 
integração . 
A diferença da pressão entre P1 e P2 conserva o fluxo, pois o sistema precisa 
de mais fluxo, este aumento pode ser alcançado por elevação da pressão. Está 
condição explica inclusive as falhas circulatórias ocasionadas pela pressão 
insuficiente: quando P1 abaixa, diminuí o fluxo, essa circunstância ocorre em vários 
casos fisiopatológicos, como choque circulatório, hipotensão ortostática sendo uma 
baixa pressão na posição em pé, deficiência da contração cardíaca, como infarte, ou 
na falta de condução do impulso contrátil pelos feixes atrioventriculares. 
Já o raio é um princípios mecânicos mais importantes para o controle de fluxo 
na circulação, devido o raio está elevado a 4 potência, ocorre uma diminuição na 
variação do raio que condiz a uma grande variação no fluxo. 
O comprimento do tubo nos sistemas com circulação aberta estará sujeitas às 
mesmas condições, pois o fluxo é inversamente proporcional ao comprimento, 
segundo a lei de Poiseuille. 
Porém, isso não pode acontecer no sistema circulatório fechado, e em regime 
estacionário, o que se averigua é que, com a distância L percorrida pelo sangue, há 
somente um desgaste maior no Ec , que se substituí às custas da Ep. 
8 
 
A viscosidade apresenta variações da viscosidade sanguíneas que pode 
ocasionar modificações graves no fluxo sanguíneo, quando ocorre diminuição da 
viscosidade, acarreta anemias profundas com essa diminuição aparece um aumento 
da velocidade, surgindo um sopro circulatório audível em diversificadas partes do 
tórax. 
Mas quando acontece o aumento da viscosidade contribui também para 
ocorrência de doenças como a Policitemia vera é um tipo de câncer do sangue ela 
acontece devido a uma mutação das células da medula, que afeta principalmente a 
produção de glóbulos vermelhos hemácias ou eritrócitos, O aumento da produção de 
glóbulos vermelho estimula o espessamento do sangue, que pode promover 
alterações em seu fluxo e problemas circulatórios. Entretanto, a lei de Poiseuille é 
válida somente para fluxo laminar, quando o fluxo se torna turbilhonar , Pois outras 
variáveis intervêm, fazendo- se necessário aplicar correções adequadas. 
6. PRINCÍPIO DE BERNOULLI 
O princípio de Bernoulli foi formulado pelo físico suíço Daniel Bernoulli, que 
propôs um princípio para o escoamento dos fluidos a partir da conservação de 
energia, portanto, pode ser usada para estimar a energia, produzida pelo coração, 
que é a nossa bomba, se não ocorresse dissipação de energia em decorrência da 
viscosidade, para tanto não bastaria que se medisse a velocidade, a altura e 
pressão sanguínea em um único ponto. 
Todavia, como parte dessa energia é dissipada em dois pontos diferentes da 
circulação, a energia por unidade de volume será a mesma. 
7. ELETRICIDADE DO CORAÇÃO 
O coração é um órgão ativado por estímulos elétricos, as paredes musculares 
de cada câmara se contraem em uma sequência precisa, impulsionando um volume 
máximo de sangue com o menor gasto de energia possível. 
A contração das fibras musculares do coração (miocárdio) é controlada por 
uma descarga elétrica que flui através de vias elétricas do sistema de condução, em 
uma velocidade controlada. A descarga elétrica que inicia a cada batimento cardíaco 
9 
 
origina-se no marca passo natural do coração, chamado de nó sinusal ou sinoatrial, 
situado na parede do átrio direito. 
O nó sinusal ou sinoatrial inicia um impulso elétrico que flui sobre os átrios 
direito e esquerdo (câmaras cardíacas superiores), fazendo que estes se contraiam. 
O sangue imediatamente será deslocado para os ventrículos (câmaras cardíacas 
maiores e inferiores). Quando o impulso elétrico chega ao nó atrioventricular 
(estação intermediária do sistema elétrico), este impulso sofre um ligeiro retardo. 
Em seguida o impulso elétrico dissemina-se ao longo do feixe de His, o qual 
se divide em ramo direito (direcionado para o ventrículo direito) e ramo esquerdo 
(direcionado para o ventrículo esquerdo).Este último é dividido em dois fascículos: o 
ântero-superior esquerdo e o póstero-inferior direito. 
Na sequência o impulso elétrico atinge os ventrículos fazendo com que estes 
se contraiam (sístole ventricular), permitindo a saída de sangue para fora do 
coração. O ventrículo esquerdo ejeta o sangue para o cérebro, músculos e outros 
órgãos do corpo humano. O ventrículo direito ejeta o sangue exclusivamente para a 
circulação do pulmão, para que este sangue seja enriquecido com oxigênio. 
O ritmo cardíaco ditado pelo marca passo natural do coração (nó sinusal) é 
chamado de ritmo sinusal. O ritmo cardíaco ditado pelo nó atrioventricular (estação 
intermediária do sistema elétrico do coração) é chamado de ritmo funcional Muitas 
vezes, esse último ritmo pode não ser indicativo de doença cardíaca propriamente 
dita. 
7.1 ELETROCARDIOGRAMA 
De acordo com Pinheiro (2017), o eletrocardiograma também chamado de 
ECG é um procedimento realizado de forma simples, rápida e indolor, na qual é 
registrado em um determinado período de tempo as variações do potencial elétrico 
do músculo cardíaco. Dessa forma, através da realização desse exame é possível 
detectar se há alguma falha no desempenho do coração. 
Contudo, o ECG caracteriza a corrente elétrica em movimento durante um 
batimento do coração, na qual esse movimento é dividido em partes e cada uma 
10 
 
adquire uma representação alfabética (P, Q, R, S e T) de acordo com o registro 
efetuado pelo aparelho. 
A onda P corresponde à 
ativação dos átrios. Essa ativação se 
inicia com um impulso do marca-
passo que por consequência acabamativando as câmaras superiores do 
coração (átrios). Em seguida a 
corrente elétrica se direciona para as 
câmaras inferiores (ventrículos) 
sendo designados pela onda QRS. 
Por fim a corrente se espalha ao 
longo dos ventrículos no sentido 
contrário, sendo denominada de onda de recuperação representada pela onda T. 
A utilização desse procedimento serve para identificar anormalidades como 
ritmo cardíaco anormal (arritmia), taquicardias, bradicardias ou indícios de infarto do 
miocárdio e isquemia que é a oferta insuficiente de sangue e oxigênio para o 
coração. Como afirma Shea: 
Se o ritmo for anormal (muito rápido, muito lento ou irregular), o 
ECG pode também indicar o local no coração onde o ritmo anormal é 
iniciado. Essa informação ajuda os médicos a começarem a determinar a 
causa e o tratamento mais adequado. (SHEA, Michel J.; 2017) 
Portanto, em casos em que o indivíduo apresenta alguma alteração nos 
batimentos cardíacos é necessário que busque um profissional capacitado 
(cardiologista) para que se realize o procedimento do eletrocardiograma, e assim, 
poder identificar as causas e iniciar um tratamento apropriado. 
 
Ilustração 3 – Como interpretar as ondas. 
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/ 
dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-
dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-
card%C3%ADacas/batimentos-atriais-prematuros 
11 
 
8. TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 
Segundo Bersch (2006), o termo tecnologia assistiva (TA) ainda é algo novo, 
porém de grande relevância, pois é utilizado para identificar recurso e serviços que 
colaboram para proporciona ou expandir habilidades funcionais de indivíduos e, por 
finalidade promover a inclusão dos mesmos no ambiente social. 
Dessa forma, pode-se destacar que um dos objetivos primordiais da TA é 
garantir as pessoas maior independência, qualidade de vida e principalmente a 
inclusão social através da ampliação de suas habilidades. 
8.1 MARCA PASSO 
O marca passo é de suma importância para um aumento da expectativa de 
vida do indivíduo em que ele possa ter a melhor vida possível usando o mesmo, 
quem usa o aparelho apresenta uma vida normal, do mesmo modo que antes do 
marca passo o paciente só é orientado a não ficar pulando, pois isso pode deslocar 
o marca passo do lugar. “Muitos portadores de cardiopatias tem se submetido ao 
implante de marca-passo (MP) no mundo, sendo que anualmente no Brasil são 
realizados aproximadamente 12 mil implantes (GOMES et al, p.736, 2011)’’. 
O marca-passo pode ser de dois modos: um é usado quando o coração 
funciona, porém em alguns momentos ele pode alterar ou diminuir os batimentos 
esse modelo é maior que o outro e fica localizado geralmente no músculo supra 
mamário direito. “O marca-passo cardíaco é um moderno sistema de estimulação 
artificial do coração que transmite estímulos de natureza elétrica por meio de um 
gerador de pulsos e um eletrodo com o propósito de substituir a “pilha natural” do 
coração (BERGMANN, 2016, p.132)”. 
Os pacientes em alguns casos relatam que passa por estresse, ansiedade 
antes da cirurgia, porém sempre foram amparados pelo ótimo resultado que esse 
método apresenta ao paciente, o Bergmann (2016, p. 132) afirma que: 
Hoje, a estimulação elétrica artificial não é considerada apenas mais uma 
forma de salvar a vida de doentes com bloqueios cardíacos; é um modo de 
correção das alterações do ritmo e do sincronismo atrioventricular [...] Sua 
aplicação requer, porém, certos cuidados, como a avaliação periódica do 
sistema e o conhecimento, pelo paciente, das possíveis fontes de 
interferência, por se tratar de um dispositivo com componentes eletrônicos. 
12 
 
A indicação dos marca-passos é usada para tratamento de algumas 
bradiarritmias varia de acordo com muitos fatores, por exemplo, como se encontra o 
distúrbio do ritmo, existência de sintomas, utilização de droga pode originar 
bradicardia, quanto tempo de vida do paciente e presença de doenças que podem 
evoluir causando o agravamento. 
Segundo Rapsang e Bhattacharyya (2014, p.206) de modo geral algumas 
indicações são: “1. Bradicardia por causa da disfunção do nó sinusal (DNS) e da 
disfunção do nó atrioventricular (DNAV) [...] 2. Bloqueio bifascicular crônico: bloqueio 
bifascicular refere-se à evidência no ECG de condução prejudicada abaixo do nó AV 
nos feixes direito e esquerdo [...] 3. Estimulação para bloqueio atrioventricular 
associado a infarto agudo do miocárdio”. 
Podem ocorrer algumas complicações devido à implantação do marca-passo, 
mas isto pode ser evitado quando se toma algumas cautelas fazendo o 
acompanhamento médico do paciente. É importante esclarecer que essas 
complicações podem ser de duas formas: 
Precoces: iniciam dentro dos 30 dias que seguem a cirurgia de implantação 
estando relacionadas ao ato cirúrgico, sendo algumas delas “pneumotórax, 
hemotórax ou hemopneumotórax; sangramento/hematoma da loja do gerador; 
embolia gasosa; taquicardia ou fibrilação ventricular [...] (SANTOS et al, p.7, 2008)”. 
Tardias: iniciam depois dos 30 dias da implantação, sendo algumas delas 
“falha de comando e/ou de sensibilidade, deslocamento de eletrodo, estimulação 
muscular esquelética, erosão ou pré-erosão, migração de gerador, infecção, falha do 
isolante [...] (SANTOS et al, p.7, 2008)”. 
Após a cirurgia de marca-passo o paciente deve se atentar as reações pós-
cirúrgico como dor importante no local da cirurgia, o aumento do volume da incisão, 
vermelhidão, sinais de inflamação, febre mesmo que seja com pouca intensidade, 
apresenta cansaço e desmaio. 
Os pacientes têm os batimentos cardíacos lentos conhecidos como 
bradicardia o marca-passo tem uma bateria que dura de 6 a 10 anos e os eletrodos 
induzidos por alguma veia servindo para estímulos alguém ventrículo e átrio e sua 
13 
 
programação é feita por telemetria e são avaliados a num prazo de 12 meses e 
avalia a arritmia e tenta estimular o prazo da bateria. 
8.2 ANGIOPLASTIA CORONARIANA 
A angioplastia coronariana consiste em um tratamento cirúrgico pouco 
invasivo do coração, é feito através de uma punção na pele utilizando-se cateteres e 
próteses endovasculares (ou stents: convencionais; farmacológicos) no qual atuam 
como auxiliadores para desobstrução das artérias coronárias. 
Esse mecanismo ajuda as artérias a retornarem a sua atividade regular, 
tornando possível que o coração atenda uma maior quantidade de fluxo sanguíneo e 
assim oxigenando o sangue normalmente, com isto o paciente ganha tempo de 
internamento menor e possui uma recuperação rápida. 
A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é a manifestação mais comum e 
potencialmente fatal das doenças cardiovasculares. As técnicas atualmente 
usadas para reversão do quadro são as intervenções coronarianas 
percutâneas (ICP) e cirúrgicas (CRM), que apresentam perfil de 
morbimortalidade especifico (LIMA et al, 2018, p.3). 
Segundo Lima a ciência vem progredindo com suas tecnologias e pesquisas 
sobre a Doença Arterial coronariana, sendo que trouxeram vários procedimentos 
que ajudam mais rápido na identificação do problema, por exemplo, o cateterismo, 
deste modo ela afirma que: 
O avanço da ciência e os estudos sobre a Doença Arterial Coronariana 
(DAC) trouxeram a cineangiocoronariografia, também conhecida como 
cateterismo cardíaco, que constitui um exame diagnóstico das artérias 
coronárias. Além de determinar o diagnóstico da DAC, o cateterismo 
possibilita avaliar a permeabilidade da artéria coronária e a existência de 
placas de ateromas, baseados nos percentuais de obstrução da artéria 
coronária. 
O procedimento da angioplastia coronariana é feito por meio de um “acesso 
vascular (arterial) e a obtenção desse acesso éa etapa inicial e fundamental para a 
realização do procedimento, sendo eles: femoral, ulnar, radial ou braqueal (LIMA, 
2018, p.26)”. Os mais utilizados são os femorais e os radiais, tais acessos podem 
ser adquiridos através de punção ou dissecação cirúrgica. 
 Lima e outros (2018, p.7) afirmam que “O espectro clínico da SCA abrange: 
angina instável, infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (STEMI) 
e infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (NSTEMI)”. Os 
14 
 
enfermos com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) em caso de urgência podem ser 
sujeitos aos mecanismos de revascularização, englobando a Intervenção 
Coronariana Percutânea (ICP ou angioplastia) e a CRM (cirurgia de 
revascularização miocárdica). 
O tratamento é realizado com auxilio de cateteres cardíacos que são inseridos 
através da perna ou braço seguindo até o coração, quando localizada a obstrução é 
inserido um fio guia na artéria coronária posicionando-o posteriormente à obstrução, 
em seguida um balão reduzido é conduzido até este local e assim insuflado 
apertando a placa contra a parede aliviando a região da obstrução. 
Embora haja a progressão da tecnologia neste mecanismo podem ocorrer 
complicações como: “hematoma no sítio de punção, hematoma retro peritoneal, 
pseudoaneurisma, fístula arteriovenosa e dissecção arterial e/ou oclusão (LIMA, 
2018, p.26)”. Elas podem estar relacionadas a embolização, ao fechamento agudo 
da artéria, oclusão de ramo lateral, infarto do miocárdio relacionado ao 
procedimento, trombose aguda de stent, lesão renal devido ao uso do contraste 
(Nefropatia Induzida por contraste – NIC) e arritmia. É importante que o paciente 
sempre esteja com acompanhamento médico para que assim evite o agravamento 
dessas complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
9. CONCLUSÃO 
 
16 
 
REFERÊNCIAS 
BERGMANN, Nemer et al. A VIDA POR UM FIO: PERCEPÇÕES SOBRE O 
IMPLANTE DE MARCA-PASSO CARDÍACO PERMANENTE. Revista 
Subjetividades, vol. 16, núm. 1, abril, 2016, pp. 131-143 Universidade de Fortaleza 
Fortaleza, Brasil.2016. Disponível 
em:<https://www.redalyc.org/pdf/5275/527554776011.pdf>. Acesso em: 3 nov.2019. 
BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva. Disponível em: 
<http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf> Acesso em: 9 
nov. 2019. 
GOMES, Tais Barbosa; GOMES, Lorena Santana; ANTÔNIO, Izelina Helena de 
Freitas; BARROSO, Thatiara de Lima; CAVALCANTE, Agueda Maria Ruiz Zimmer; 
STIVAL, Marina Morato; LIMA, Luciano Ramos. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE 
VIDA PÓS-IMPLANTE DE MARCA-PASSO CARDÍACO ARTIFICIAL. Anápolis-Go, 
2011. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/download/12697/10225/. 
Acesso em: 10 nov. 2019. 
HENEINE, Ibrahim Felippe. BIOFÍSICA BÁSICA. São Paulo: Atheneu, 2008. 318 p. 
LIMA, Ana Marina Silva; VENÂNCIO, Isabella Mesquita; SOUZA, Martinely Ribeiro 
de; BITTAR, Nathalia Aidar; SILVA, Nathalia Tavares da. TAXA DE MORTALIDADE 
DE PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA SUBMETIDOS A 
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