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CAPÍTULO 3 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Identifi car fatores que permeiam o processo de inclusão do aluno com defi ciência mental. Trazer ao contexto escolar discussões a respeito dos novos referenciais para a inclusão dos alunos com defi ciência mental. Elaborar subsídios e estratégias que favoreçam a inclusão de alunos com defi ciência mental na escola regular. Socializar experiências positivas e difi culdades encontradas no processo de inclusão de alunos com defi ciência mental. 44 Defi ciência Mental 44 45 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 45 Capítulo 3 CONTEXTUALIZAÇÃO Pelas difi culdades que os alunos com defi ciência mental apresentam em seu desenvolvimento global, considera-se necessário oferecer-lhes um ambiente de aprendizagem que os ajude a abandonar essa postura passiva de receptores do conhecimento.: Um ambiente, onde sejam valorizadas e estimuladas as suas criatividades e iniciativas, possibilitando-lhes uma maior interação com as pessoas e com o meio em que vivem, partindo não de suas limitações e difi culdades, mas da ênfase no potencial de desenvolvimento de cada um, confi ando e apostando nas suas capacidades, aspirações, crescimento pessoal e integração na comunidade. Dentro das escolas inclusivas, as crianças com defi ciência mental deveriam receber o apoio extra necessário para assegurar-lhes uma educação efetiva. Logo, as implicações da inclusão escolar consistem no reconhecimento da igualdade de valores e de direitos, e na consequente tomada de atitudes, em todos os níveis (político, governamental, social, comunitário, individual), que refl itam uma coerência entre o que se diz e o que se fala. A inclusão de alunos com defi ciência mental, no Brasil, tem sido discutida por diversos autores e aparece como novo paradigma na maioria dos dispositivos legais vigentes e nas discussões acadêmicas. Existem inúmeros trabalhos que discutem, analisam e fazem propostas inclusivas, pensando no aluno com defi ciência como sendo a única população atendida pela Educação Especial. Porém, estes trabalhos não se destinam àqueles com maior comprometimento em termos cognitivos, os quais são um grande desafi o para a escola e, principalmente, para o professor. Por direito, todas as crianças, sem distinção, teriam o direito de frequentar a escola de seu bairro e esta deveria obrigatoriamente adaptar-se às necessidades da diversidade de seus alunos, enfatizando a facilitação da aprendizagem. “Apesar dos obstáculos, a expansão do movimento da inclusão, em direção a uma reforma educacional mais ampla, é um sinal mais visível de que as escolas e a sociedade vão continuar caminhando rumo a práticas cada vez mais inclusivas” (STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 44). Em vista disso, inicialmente, vamos estudar as condições necessárias para a inclusão do aluno com defi ciência mental, depois as mudanças que ocorreram no decorrer do processo de inclusão e, fi nalmente, as necessidades e possibilidades do aluno com defi ciência mental. 46 Defi ciência Mental 46 CONDIÇÕES PARA A INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MENTAL Quando se fala em inclusão de pessoas com defi ciência na escola comum, aquela que parece apresentar maior difi culdade é a que envolve a defi ciência intelectual; pois, a inclusão desse aluno propõe uma grande transformação do ensino escolar como um todo. Convém deixar claro que as práticas de ensino devem acolher as peculiaridades de todos os alunos, independente de apresentarem ou não alguma defi ciência. Contudo, não é isso que a escola tem feito, embora seja este o grande passo para que haja sucesso na educação escolar dos alunos com defi ciência mental, na escola comum. Os alunos com defi ciência mental, principalmente os casos com maior comprometimento, forçam a escola a reconhecer a inadequação de suas práticas para trabalhar com as diferenças. A inclusão desses alunos pressupõe mudança de velhas práticas. Mudança supõe novas formas de pensar e, ao mesmo tempo, de organizar a realidade. É resultado de um processo de acumulação de necessidades históricas, e este acúmulo de necessidades resulta nas transformações que vêm ocorrendo na realidade. A inclusão dos alunos com defi ciência mental baseia-se em princípios, tais como: a aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como um obstáculo; a valorização da diversidade humana, pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas; o direito de pertencer, com igual valor, entre os dominantes e dominados. Portanto, para haver inclusão escolar, o sistema educacional deve estar totalmente adequado para receber todos os alunos, independente de sua raça, cor, religião ou características pessoais, para que estes possam aprender juntos, em escolas de qualidade, com oportunidades iguais e valorização da diversidade no processo educativo. Uma sociedade inclusiva tem compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas defi cientes. Tem compromisso com ela mesma porque se auto-exige transformações intrínsecas. [...] Como fi losofi a, incluir é a crença de que todos têm direito de participar ativamente da sociedade, contribuindo de alguma forma para o seu desenvolvimento. Como ideologia, a inclusão vem para quebrar barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados. Indivíduos 47 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 47 Capítulo 3 marginalizados terão a oportunidade de mostrar seus talentos. (WERNECK, 1997. p.42) Como toda inovação, a inclusão implica em mudanças de paradigma, de conceitos e posições, que representam a educação tradicional, ainda fortemente fundamentada na linearidade do pensamento, da instrução; na transmissão dos conteúdos curriculares; na seriação dos níveis de ensino. Para que as escolas sejam abertas à diversidade, há que se reverter o modo de pensar, e de fazer educação nas salas de aula, de planejar e de avaliar o ensino e de formar e aperfeiçoar o professor, especialmente o que atua no ensino fundamental. É importante que você refl ita sobre o processo de inclusão como uma verdadeira revisão do fazer-escolar. Este fazer diz respeito a todos os envolvidos na comunidade escolar, e não somente ao aluno com defi ciência mental. Destaca-se, então, a importância da instituição escola, no processo de formação de conceitos científi cos do aluno com defi ciência mental, que pode ocorrer através da intervenção do professsor. Penso que o processo de ensino-aprendizagem proporciona ao aluno o acesso ao conhecimento dos conceitos, e a cultura explorada, nesse processo, é parte essencial na constituição humana. Faço minhas as palavras de Vygotsky (1993) quando se reporta à aprendizagem como o processo pelo qual o indivíduo adquire conhecimento, habilidades, atitudes, valores etc., a partir do seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. A falta de situações propícias ao aprendizado impedem que o desenvolvimento ocorra. Vale destacar que a interação explorada no contexto escolar, não se refere apenas à relação docentexaluno, mas também à relação entre alunos, quando um tem mais conhecimento que o outro. Essa relação entre pares proporciona o que o autor chama de “zona de desenvolvimento potencial”, que consiste na capacidade da criança de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes. As ações realizadas pelo aluno de forma independente revelam a zona de desenvolvimento real, ou seja, são etapas já alcançadas.A Zona de desenvolvimento potencial representa a diferença entre o que o aluno pode fazer individualmente e aquilo que é capaz de atingir com a ajuda de pessoas mais experientes, como o instrutor, ou de outros É importante que você refl ita sobre o processo de inclusão como uma verdadeira revisão do fazer-escolar. Este fazer diz respeito a todos os envolvidos na comunidade escolar, e não somente ao aluno com defi ciência mental. 48 Defi ciência Mental 48 alunos mais aptos na matéria. Este conceito denomina a distância entre a zona de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1984). O principal objeto do interesse de Vygotsky são as funções psicológicas superiores. Refere-se a processos voluntários, ações conscientemente controladas e mecanismos intencionais. São funções que apresentam o maior grau de autonomia em relação aos fatores biológicos do desenvolvimento. Outro aspecto importante levantado pelo autor é a questão do signifi cado, componente essencial da palavra. É um fenômeno do pensamento, uma generalização, um conceito. São os signifi cados que proporcionarão a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo real. Um ambiente pobre em signifi cados diminui as oportunidades de interação saudável com a realidade, faltando matéria-prima fundamental para a emergência de possibilidades de reconstrução das representações mentais, que caracterizam a vida saudável dos seres humanos, a partir de interações socioculturais. Pode-se afi rmar que, quando falta o signifi cado, a patologia da alienação mental se instala. Deixa de existir então, a mediação entre o sujeito que aprende e o conhecimento (VYGOTSKY, 1984). A linguagem é um aspecto da ação humana, enraizada no comportamento humano. Ela não surgiu a partir de algum tipo de raciocínio. Falar é agir, e verbalizar palavras e sentenças está entrelaçado a atividades humanas que ocorrem dentro do mundo do qual somos parte (BAKER; HACKER, 1984). Isto quer dizer que para se compreender o signifi cado de uma verbalização é necessário conhecer o padrão de atividade dentro do qual ela está inserida. É o contexto da atividade, no sentido amplo, que defi ne o uso de verbalizações e seu signifi cado. As diferenças no signifi cado não estão nos atos mentais de signifi cação, mas em fatores externos e pragmáticos. O signifi cado de um nome não é uma entidade empírica, nem mental ou abstrata, mas é escolhido por explicações de signifi cado. a) Refl exão Atualmente, percebemos quão comum é encontrarmos, em nossas escolas, alunos com defi ciência mental. No entanto, podem ocorrer situações em que o professor não encontre alternativas para atuar com esses alunos ou não se sinta preparado para fornecer a eles condições ideais, para que possam aprender dentro do seu ritmo. São os signifi cados que proporcionarão a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo real. 49 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 49 Capítulo 3 Diante dessa problematização, considero importante explanar como poderia ser a educação de hoje, inserindo no seu contexto as diferenças existentes nos alunos em sala de aula. Tendo conhecimento de que o aluno com defi ciência mental se encontra inserido num cenário sócio-histórico- cultural, e é constituído na e pela linguagem, como poderia o professor torná-lo possuidor de opiniões próprias, de saberes e, principalmente, de autonomia? Então, caro(a) pós-graduando(a), pense sobre isto e enumere algumas alternativas que levariam ao sucesso a inclusão do aluno com defi ciência intelectual. Abranja alternativas de socialização do aluno com defi ciência que poderão enriquecer seu planejamento, além dos objetivos a serem alcançados com este aluno e, ainda, aspectos relativos à fl exibilização de atividades, que será explanada mais adiante. A defi ciência mental desafi a a escola comum nos seus objetivos de ensinar e de fazer com que esse aluno aprenda o conteúdo curricular proposto. O aluno com defi ciência mental tem uma maneira própria de lidar com o saber, que não corresponde ao que a escola preconiza. Com o ensino inclusivo, as pessoas com defi ciência têm a chance de se prepararem para a vida em sociedade, os professores de melhorarem suas habilidades profi ssionais e a sociedade passa a valorizar a igualdade para todos. (KARAGIANNIS; STAINBACK e STAINBACK, 1999, p. 21) É interessante verifi car que não corresponder ao esperado pela escola pode acontecer com todo e qualquer aluno, mas os alunos com defi ciência mental denunciam a impossibilidade de a escola alcançar seus objetivos de maneira silenciosa. Em contrapartida, o aluno com defi ciência mental denuncia a incapacidade da própria escola de lidar com o saber, o saber diferenciado, fora do padrão estabelecido por ela. “O aluno com defi ciência mental tem difi culdade de construir conhecimento como os demais e de demonstrar a sua capacidade cognitiva principalmente nas escolas que mantêm um modelo conservador de atuação e uma gestão autoritária e centralizadora” (BATISTA; MANTOAN, 2006, p.120). Uma escola, que se baseia na lógica do concreto e na repetição alienante e descontextualizada das atividades, nega a condição de que cada aluno é único e com processo de aprendizagem diferenciado. Ao invés de adaptar e individualizar o ensino para alguns alunos, a escola comum deve levar em consideração a revisão de suas práticas, mudança em suas concepções 50 Defi ciência Mental 50 e ressignifi car seu papel para realmente ser uma educação para todos, reconhecendo e valorizando a individualidade e necessidade de cada um. Em se tratando de outras defi ciências, é bem verdade que essas não abalam tanto a escola comum, de forma que não tocam no cerne e no motivo de sua iminente transformação. Nesse contexto, nossa escola é composta por educadores atravessados por suas ideologias, conformações discursivas distintas, que estão incumbidos pela complexa tarefa de ensinar esses alunos. Em contrapartida, cabe a esse professor permitir que, na discursividade propiciada durante o processo de ensino-aprendizagem, sejam negociados os sentidos, favorecendo desta forma situações dialógicas, que estabelecem trocas importantes entre os alunos com e sem defi ciência em sala de aula. Em outras palavras, esses sentidos e trocas são os momentos em que prevalece o discurso do professor ou do aluno no contexto escolar. Por iguais razões, é de fundamental importância a interação no processo de aprendizagem, bem como as implicações que a mesma estabelece na construção da autonomia do aluno com defi ciência mental. Em consonância com o afi rmado por Bakhtin (1995), a cadeia ideológica estende-se de consciência individual em consciência individual, ligando umas às outras. A consciência só se torna consciência quando se impregna de conteúdo ideológico e, consequentemente, somente no processo de interação social. Para Bakhtin, a consciência individual é construída de forma social e dialógica. A função da palavra e a interação social são primordiais como caráter formador desta consciência individual, que é, antes de qualquer coisa, ideológica. A palavra é um signo neutro, pois os demais signos assumem uma função específi ca no âmbito da criação ideológica. Cada área constrói signos e símbolos que lhe são pertinentes e não se aplicam a outras áreas. Então, não é possível separar o signo de sua função ideológica. A palavra caracteriza-se justamente pelo contrário dos demais sistemasde signos ao ser considerada neutra em relação a qualquer função ideológica específi ca. Dessa forma, aceita qualquer carga ideológica (estética, científi ca, religiosa, moral), porém, isso não signifi ca que ela possa substituir outro signo ideológico qualquer. Em virtude do que foi mencionado para os alunos com defi ciência mental, a interação no processo de aprendizagem se torna indispensável, pelo fato de o mesmo poder interagir com os alunos sem defi ciência. Essa troca pode Durante o processo de ensino-aprendizagem, sejam negociados os sentidos, favorecendo desta forma situações dialógicas, que estabelecem trocas importantes entre os alunos com e sem defi ciência em sala de aula. 51 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 51 Capítulo 3 vir a promover a aquisição de saberes muitas vezes não adquiridos nas explanações realizadas pelo professor. Proponho nesse momento, caro(a) pós-graduando(a), refl etirmos a respeito do processo de aprendizagem e da importância da elaboração de uma prática pedagógica voltada ao contexto das diferenças entre nossos alunos. A proposta pedagógica não pode estar aprisionada ao currículo escolar, pois este vem atrelado a conceitos como: “objetivos”, “aprendizagem”, “avaliação” e “metodologia”, os quais sufocam a criatividade dos nossos alunos, principalmente em se tratando de alunos com defi ciência mental. O caráter homogeneizador e competitivo das escolas tradicionais oprimem o professor, submetendo-o a uma situação de isolamento e impotência, essencialmente frente aos alunos com defi ciência mental. Perante esta situação, o que ocorre é que a maior parte dos professores tentam desvencilhar-se dos alunos que apresentam alguma defi ciência, encaminhando-os para outras instituições que, supostamente, saibam como ensiná-lo. A iminência de encontrar soluções para resolver a urgência de que todos têm direito à educação, fez com que algumas escolas buscassem saídas paliativas, instituindo todo tipo de adaptação: de currículo, de atividades, de avaliação e de atendimento ao aluno com defi ciência em sala de aula. Se assim é, essas soluções vêm reforçar ainda mais o caráter substitutivo da Educação Especial, principalmente em se tratando de alunos com defi ciência mental. b) Mudanças no decorrer do processo inclusivo Antes de falarmos em fl exibilização do currículo, convém darmos um passeio ao passado, não tão distante, abordando o conceito substitutivo desta categoria, utilizado por muito tempo pela escola comum. Vocês poderão observar que a preocupação principal da escola comum com os alunos com defi ciência mental era fazer com que eles apenas produzissem conhecimento. O caráter homogeinizador da escola com essa concepção de inclusão oprimia o professor, reduzindo-o a uma situação de impotência diante dos alunos com defi ciência mental. Dentre outras razões, esta era umas das 52 Defi ciência Mental 52 justifi cativas que o professor e a escola utilizavam para encaminhar os alunos que não acompanhavam o processo de aprendizagem, igualmente os alunos sem defi ciência. No Brasil, a necessidade de se pensar um currículo para a escola inclusiva foi ofi cializado a partir das medidas desenvolvidas junto à Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação, com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Neste documento, explicita-se o conceito de adaptações curriculares consideradas como estratégias e critérios de situação docente, admitindo decisões que oportunizam a ação educativa escolar nas maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando que o processo de ensino- aprendizagem pressupõe atendimento à diversifi cação de necessidades dos alunos na escola (BRASIL.MEC, 1998). Portanto, podemos identifi car dois tipos de adaptações curriculares: as chamadas adaptações de acessibilidade ao currículo e as adaptações pedagógicas. Adaptações de acessibilidade ao currículo se referem à eliminação de barreiras arquitetônicas e metodológicas, sendo pré-requisito para que o aluno possa frequentar a escola regular com autonomia, participar das atividades acadêmicas e de comunicação, como os demais alunos. As adaptações curriculares de planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação no currículo como um todo, ou em aspectos dele, são para acomodar os alunos com defi ciência mental. c) Flexibilização curricular Atualmente, com a evolução de conceitos e ideias, fala-se em fl exibilização de atividades, em que o professor, dentro de uma perspectiva inclusiva, não é mais aquele que atua com um “ensino diversifi cado” para alguns. Agora o professor planeja um conteúdo curricular e diversifi ca em variadas atividades simultâneas, que serão realizadas por grupos de alunos que mais se identifi carem com o que foi proposto. Desta forma, o aluno com defi ciência mental será valorizado por suas capacidades e respeitado em suas limitações. Deverá participar de todos os momentos de planejamento, execução, avaliação, e socialização, porque o processo inclusivo permite a liberdade e autonomia para criar e experimentar. As adaptações curriculares de planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação no currículo como um todo, ou em aspectos dele, são para acomodar os alunos com defi ciência mental. 53 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 53 Capítulo 3 Tornar real as adaptações curriculares é o caminho para o atendimento às necessidades especifi cas de aprendizagem do aluno com defi ciência mental. Identifi car essas “necessidades” requer que os sistemas educacionais modifi quem não apenas as suas atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas que se organizem para construir uma real escola para todos, que dê conta dessas especifi cidades. Um currículo que leve em conta a diversidade deve ser, antes de tudo, fl exível e passível de adaptações, sem perda de conteúdo. Deve ser concebido com o objetivo geral de reduzir barreiras atitudinais e conceituais, e se pautar por uma ressignifi cação do processo de aprendizagem na sua relação com o desenvolvimento humano. Seria importante compreendermos, caro(a) pós-graduado(a), o papel do currículo, enquanto projeto de formação integral realizado pela escola e a partir dela, considerando que o currículo ultrapassa o inventário das disciplinas e conteúdos e que não se restringe somente a aspectos epistemológicos e metodológicos. O currículo deve ser visto como possibilidade de intervenção mais efi caz na prática e na realidade social construtora do conhecimento, contemplando a indissociabilidade entre a teoria e a prática, com conteúdo programático voltado para o desenvolvimento do senso crítico e da criatividade. Conforme sustenta Alencar (1995), alguns pontos merecem especial atenção na ação de comunhão entre teoria e prática. São eles: • revisão da estrutura tendenciosamente rígida das escolas de considerar que as pessoas aprendem no mesmo ritmo, como os mesmos estilos de aprendizagem e com interesse idêntico pelos conteúdos ofertados e trabalhados; • ampliação dos objetivos propostos para o ensino que costuma enfatizar a reprodução e repetição de ensinamentos, com prioridade para o treino de algumas habilidades cognitivas; • promoção de condições mais adequadas ao desenvolvimento do potencial criador tanto do aluno quanto do professor; • equilibração entre os aspectos cognitivos e afetivos, para desenvolvimento de valores, atitudes e sentimentos positivos; • atenção à formação de professores e organização curricular. A qualifi cação e a preparação dos professores para o desenvolvimentoe implementação 54 Defi ciência Mental 54 de tais mudanças é fator preponderante e decisivo para a sua efetivação bem sucedida. Existem três níveis de adaptações curriculares que podem ser utilizados na escola para que ocorra o processo inclusivo. O primeiro nível de adaptações curriculares refere-se às adaptações do projeto pedagógico, que foca principalmente a organização escolar e os serviços de apoio, favorecendo condições estruturais que ocorram nos níveis de sala de aula e individual. Implica numa reorganização do projeto político pedagógico de cada escola e do sistema escolar como um todo, considerando as adaptações necessárias para a inclusão e participação efetiva destes alunos em todas as atividades. O segundo nível são as adaptações relativas ao currículo da classe, que engloba a programação das atividades elaboradas para sala de aula. Neste, o professor deve realizar alguns ajustes, realizando atividades fl exíveis e objetivas aos alunos com defi ciência mental. O terceiro nível são as adaptações individualizadas do currículo, que focam a atuação do professor na avaliação e no atendimento de cada aluno, pois é ele (professor) que vai fl exibilizar as atividades em sala. Por meio das fl exibilizações percebemos que o aluno com defi ciência mental pode aprender as mesmas coisas que os demais da classe, sendo que o educador deve fazer as adaptações necessárias, garantindo-lhe o aprendizado. O professor deve estar capacitado para alterar sua maneira de ensinar e fl exibilizar o que vai ensinar, de acordo com as necessidades de cada aluno. Com este embasamento, ressalta-se a importância de que o currículo inclusivo deva ter a preocupação com um modelo de aprovação facilitada. Por isso, levanta-se a necessidade de adaptações, que em alguns momentos terão que modifi car signifi cativamente o planejamento e a metodologia, adotando- se algumas alternativas de enriquecimento: introdução de novos conteúdos, ampliação, alterações nos procedimentos didáticos, entre outras. Na concepção inclusiva, a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo próprio aluno. Tal fato propõe sua emancipação intelectual, assim como a fl exibilização de atividades. Compreender esse sentido emancipador de adaptação intelectual é fundamentalmente importante para o professor da escola comum e do ensino especializado. O professor, na proposta da educação inclusiva, não ministra um “ensino Na concepção inclusiva, a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo próprio aluno. Tal fato propõe sua emancipação intelectual, assim como a fl exibilização de atividades. 55 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 55 Capítulo 3 diversifi cado” somente para alguns alunos. Ele elabora diferentes atividades para os alunos com e sem defi ciência, trabalhando o mesmo conteúdo curricular. • Exemplo de fl exibilização que pode ser feita pelo professor Ao abordar, por exemplo, o tema Meio Ambiente para uma turma mista, ou seja, composta de alunos com e sem defi ciência, podemos propor diferentes atividades, como: pesquisas em revistas, jornais, internet, livros, trabalhar com elaboração de textos, confecção de maquetes e cartazes, apresentação de seminários a respeito do tema, entre outras. Nesse momento, o aluno com defi ciência mental, bem como seus colegas, irão optar por uma atividade que desperte mais seu interesse e que possa executar. A escolha da atividade e a realização da mesma não podem ser predefi nidas pelo professor. Lembre-se que as atividades propostas serão as mesmas para todos os alunos, pois serão oferecidas diversas opções. Não devemos, portanto, elaborar uma determinada tarefa para o aluno com defi ciência mental, para que a realize individual e uniformemente. ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL: SUJEITO COM NECESSIDADES E POSSIBILIDADES Mais importante que a caracterização da defi ciência, das suas difi culdades ou limitações, seria tentar compreender a singularidade da história de vida do aluno, suas necessidades, seus interesses, como se relaciona com as pessoas, com o meio, com os objetos e com o conhecimento. Antes de qualquer colocação, vale ressaltar que os alunos com defi ciência mental necessitam de um ambiente de aprendizagem que estimule a construção do sistema de signifi cação e da linguagem, a exploração ativa do meio como forma de aquisição de experiências e o uso da ação espontânea como instrumento para a compreensão do mundo. Na linguagem oral da criança com defi ciência mental pode ocorrer um atraso de linguagem. 56 Defi ciência Mental 56 Atraso de linguagem - Refere-se à aquisição tardia da linguagem, em cuja evolução pode persistir a difi culdade na organização fonológica, morfológica, sintática e semântica. A difi culdade na organização fonológica ocorre quando a criança apresenta alteração de fala, caracterizada pela produção inadequada dos sons e pelo uso inadequado das regras fonológicas da língua, quanto à distribuição do som e ao tipo de estrutura silábica. Atraso de linguagem pode ser defi nido como a ausência do surgimento da linguagem no período em que ela deveria ocorrer, ou um desenvolvimento aquém do esperado para a idade em que a criança se encontra. Determinados padrões linguísticos típicos de crianças mais novas caracterizam o atraso. Podemos utilizar também o termo disfasia para indicar uma evolução de linguagem lenta, limitada, ou sob outros aspectos imperfeitos, que se manifestam, no aluno com defi ciência mental, como uma falta da capacidade de compreender, elaborar ou exprimir conceitos linguísticos. Observando a linguagem da criança com defi ciência mental, constata- se que faz uso de alguns processos facilitadores da fala: vocábulo restrito, uso reduzido de artigos, preposições, formas incorretas de tempos verbais, mostrando uma habilidade reduzida do uso da língua, o que caracteriza um atraso de linguagem. Quanto maior a intensidade das características citadas, maior é a complexidade e o agravamento do grau do atraso na linguagem da criança com defi ciência. As crianças com defi ciência mental podem apresentar também transtornos de comportamento, como: défi cit de atenção e memória, hiperatividade, difi culdades articulatórias, mobilidade oral alterada, taquilalia, entre outras características relacionadas à linguagem. Considerando todos os aspectos que podem infl uenciar o processo de aprendizagem do aluno com defi ciência mental, seria importante ressaltar que a escola não tem papel de homogeneização, pois cada um possui suas particularidades, cabendo ao corpo docente respeitar as singularidades e considerar o tempo de cada aluno, em relação ao processo de aquisição da linguagem e da aprendizagem. Em sala de aula, pode-se facilitar o processo de aprendizagem do aluno, partindo do pressuposto da dialogicidade e do respeito às diferenças, nas interações aluno-professor, aluno-aluno e na prática integrada. Desta forma, a aprendizagem desses alunos pode ocorrer mais facilmente por meio das interações que perpassam o ambiente escolar. Podemos propor essas interações através das trocas dialógicas, estabelecidas entre os sujeitos 57 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 57 Capítulo 3 participantes na construção do conhecimento. a) A linguagem e suas implicações Sendo a linguagem precursora da aprendizagem da criança com defi ciência mental, vemos que a mesma representa um dos aspectos mais importantes a serem desenvolvidos, para que esta criança possa se relacionar com as demais pessoas e se integrar no seu meio social, principalmente no âmbito escolar.Fatores que podem infl uenciar negativamente o processo de desenvolvimento da linguagem: • Problemas de maturação dos padrões de mastigação, sucção e deglutição. • Baixa expectativa do adulto em relação à possibilidade de desenvolvimento do aluno com defi ciência mental. • Difi culdades do adulto em determinar o nível de compreensão da criança, para adaptar sua fala de maneira a promover o seu desenvolvimento. • Pouca disponibilidade do adulto em ouvir a criança e pouco esforço para tentar compreendê-la. • Atraso geral no desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. • Falta de atividades sociais que façam o aluno utilizar a linguagem de forma signifi cativa. • Superproteção (dependência). • Difi culdade em aceitar limites. • Exigências sociais (escola, pais). • Ansiedade em relação ao processo de ensino. • A oposição entre escola e atividade lúdica. Algumas crianças com defi ciência mental podem apresentar trocas na fala, como, por exemplo: substituem fonemas: “b” por “p”; “d” por “t”; “v” por f”; “g” por “k”. E aí, entra a rede de apoio (fonoaudiólogo, neste caso) que se faz necessária para que o aluno com defi ciência possa ser mais bem assistido e incluído, e para quem o próprio professor possa encaminhá-lo, assim como Algumas crianças com defi ciência mental podem apresentar trocas na fala, como, por exemplo: substituem fonemas: “b” por “p”; “d” por “t”; “v” por f”; “g” por “k”. 58 Defi ciência Mental 58 outras necessidades de acompanhamento clínico (neurologia, oftalmologia, terapia ocupacional, fi sioterapia, entre outras especialidades de que o aluno possa necessitar). No caso presente, falamos de alunos com defi ciência mental que apresentam condições de comunicar-se através da oralidade; no entanto, não podemos generalizar essa caracterização a todos os defi cientes mentais. A seguir, veremos alguns aspectos do aluno com maior comprometimento de fala, o que consequentemente acarreta difi culdade de comunicação. Em alguns casos, o aluno pode apresentar alterações de tônus muscular, como hipertonia, hipotonia, difi culdade de mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios (língua, lábios e bochechas). Estes problemas podem estar associados a outros de comunicação oral, podendo a fala estar alterada ou até mesmo ausente. Para compensar, “a herança genética da espécie vai garantir o aparecimento de possibilidades concretas de comunicação, que vão dos movimentos do corpo à oralidade (LIMA, 2003, p. 7). Vale ressaltar que a comunicação é o agente de ligação entre ideias, sensações e o meio, permitindo uma melhor interação do aluno dentro e fora do contexto escolar. Assim, para desenvolver a linguagem, o professor pode intervir, utilizando modalidades alternativas, que compensem a fala inexistente ou limitada. Vários estudos constataram que crianças expostas a ambientes variados e estimulantes, desde a mais tenra idade, desenvolvem melhor determinadas capacidades para o aprendizado, para o resto de suas vidas. A presença de vida, através da música, das sensações, da interação com outras pessoas, de exercícios corporais e mentais, pode ser benéfi ca, desde que não os estresse pelo excesso. Pense na ideia de que nossa linguagem é construída deste muito cedo, a partir da concepção da criança na fase intrauterina. As relações dialógicas que os pais estabelecem com a criança, ainda na barriga da mãe, demonstrando como ela é desejada, proporcionam a construção da atividade linguístico- discursiva, assim como os rituais de cuidado com o bebê, de alimentação, de higiene, de rotina diária são determinantes do aspecto afetivo. Podemos, pois, concluir que não só a linguagem, como todo o desenvolvimento humano é determinado por fatores, como o biológico, afetivo e social. Outro momento para a linguagem ser estimulada é quando a criança inicia o período da lalação, que é a fase do balbucio; refere-se aos primeiros sons emitidos por ela. Durante essa fase, todo som emitido pela criança deveria ser ressignifi cado pelos pais. 59 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 59 Capítulo 3 Lembre-se que a linguagem, na fase inicial, desenvolve-se independente do pensamento. Só mais adiante, quando a criança entra na fase escolar é que se estabelecerá uma conexão entre eles. Em suma, a partir do momento em que o aluno passa a obter domínio pleno da linguagem verbal, haverá associação do pensamento com a linguagem. Para Vygotsky (1993), quando os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem, surgindo o pensamento verbal e a linguagem racional, o ser humano passa a ter a possibilidade de um modo de funcionamento psicológico mais sofi sticado, mediado pelo sistema simbólico da linguagem; porém, o surgimento dessa possibilidade não elimina a presença da linguagem sem pensamento. A partir dessas colocações, situo a importância de prevalecerem as trocas dialógicas entre professor e aluno e entre alunos. Principalmente quando nos deparamos com o silêncio existente, muitas vezes, em sala de aula. Parafraseando Vygotsky (1993), acredito que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento. Embora o exato relacionamento entre as mudanças na estrutura física e a inteligência ainda permaneçam pouco claras, evidências demonstram que o aprendizado pode ter uma infl uência muito grande na estrutura física do cérebro. A neurociência pode não ser um mapa, mas se ambientes enriquecidos realmente incrementam a capacidade de aprendizado do cérebro, então podemos justapor os resultados de pesquisas conduzidas por cientistas, e deduzir que ambientes passivos e comida de má qualidade podem estar privando nossas crianças de fontes vitais para o seu pleno desenvolvimento. Desde o início da vida, até, aproximadamente, os seis anos de idade, o cérebro de uma criança está em pleno desenvolvimento, necessitando não apenas de glicose, obtida através da alimentação, mas também de estímulos e experiências. O que podemos perceber com as abordagens anteriormente referidas é a importância da combinação de estímulos, como: exercícios físicos e intelectuais, afeto, atenção e interação social, necessários para propiciar um crescimento rico e saudável, e para que ocorra um efetivo desenvolvimento intelectual da criança com defi ciência mental. Observa-se, portanto, que a educação para Vygotsky é dialética, dialógica, democrática, transformadora, contextualizada, como processo relacionista e construtivista, como deveria ser em todos os parâmetros da escola inclusiva. 60 Defi ciência Mental 60 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Após a leitura criteriosa deste texto, proponho a você refl etir sobre a seguinte questão: Aluno com defi ciência mental, com graves comprometimentos, pode ser incluído na escola comum? O aluno com graves comprometimentos não vai aprender o conteúdo que seus colegas estão aprendendo; todavia, poderá se benefi ciar da convivência social. Além disso, poderá tirar algum proveito dos conteúdos curriculares explorados em sala de aula, de acordo com suas possibilidades intelectuais, de suas particularidades e de suas especifi cidades. Em resumo, aprender é tarefa do aluno, independentemente do nível de conhecimento que ele é capaz de atingir. Ensinar é tarefa do professor, o qual deve disponibilizar o conhecimento e apoiar o aluno nas suas difi culdades, realizando as intervenções que convêm para melhor atuação do mesmo nesse processo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCAR, E. S. Criatividade. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1995. BAKER, G.P.; HACKER, P.M.S. Scepticism, Rules and Language. Trad. por Oxford: Brasil Blackwell, 1984. BAKHTIN, Mikail (V. N. Volochnov). Marxismoe fi losofi a da linguagem. 7ª ed. São Paulo, Haitec: 1995. BATISTA, Cristina Abranches Mota; MANTOAN, Maria Teresa Egler. Educação inclusiva: atendimento educacional especializado para a defi ciência mental. Brasília, MEC/SEESP: 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial - Secretaria de Educação Básica. Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares, 1998. BRUNO, Marilda M. G. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: introdução. Brasília: MEC/ SEE, 2006. 61 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTALDEFICIÊNCIA MENTAL 61 Capítulo 3 KARAGIANNIS, Anastasios; STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Fundamentos do ensino inclusivo. In: STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores. Tradução: Magda Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho, 2003. OLIVEIRA, M. K. Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento um processo sócio- histórico. Série: Pensamento e ação no magistério. São Paulo: Sicipione, 1993. VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 62 Defi ciência Mental 62
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