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Micro clínica -2017 Aula 1 - 02 08

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Microbiologia Clínica
Profa.: Géssica Costa
Mestre em Microbiologia – UFRGS
Especialista em Microbiologia de Alimentos – UNOESC
Biomédica - UNIPAR
2
3
4
MICROBIOLOGIA
Ciência que estuda os microrganismos (dimensões microscópicas) que 
existem como células únicas ou em cultura de células.
5
OBJETOS DE ESTUDO:
 Procariontes
 Eucariontes
 Vírus
MICROBIOLOGIA
INTERESSES:
Morfologia, fisiologia, metabolismo, genética, nutrição, caracterização e 
identificação dos microrganismos.
Relação mm com outros hospedeiros.
Benefícios ou efeitos prejudiciais
6
ÁREAS:
 Bacteriologia
 Virologia
 Micologia
 Parasitologia
MICROBIOLOGIA
DIFERENÇA ENTRE MM E CÉLULAS MACROSCÓPICAS
Microrganismos diferenciam-se das células macroscópicas por serem capazes 
de sobreviver independentemente na natureza.
7
 Processos de crescimento
 Geração de energia
 Reprodução independente
 Maior massa de matéria viva no planeta Terra
→ Modelos de processos celulares
MICROBIOLOGIA
DIFERENÇA ENTRE MM E CÉLULAS MACROSCÓPICAS
8
MICROBIOLOGIA
CURIOSIDADE:
Metade da biomassa do planeta é constituída por microrganismos, sendo os 
50% restantes distribuídos entre plantas (35%) e animais (15%).
9
MICROBIOLOGIA
MICRORGANISMOS:
• Sistemática microbiana: Descreve a biodiversidade e compreende as
relações filogenéticas entre os organismos.
• Taxonomia: Faz a descoberta, descreve e classifica as espécies e grupos
especiais conforme normas e princípios.
• Filogenia: relação evolutiva entre microrganismos.
10
Genótipo + Fenótipo
DEFINIÇÕES IMPORTANTES:
AGENTE INFECCIOSO: agente biológico capaz de produzir infecção ou doença 
infecciosa.
ANTíGENO: porção ou produto de um agente biológico capaz de estimulara
formação de anticorpos específicos.
INFECCÇÃO: resultado de uma interação que causa dano ao hospedeiro,
devido a perturbações no balanço entre virulência bacteriana (agressão) e
resistência do hospedeiro (defesa).
11
Nosocomial
MICROBIOLOGIA
DEFINIÇÕES IMPORTANTES:
DOSE INFECTANTE: Número mínimo de determinado microrganismo/toxina
necessário para causar doenças em condições normais.
12
Patógeno Patogenicidade
Causador de doença Capacidade do agente causar
doença/sintomas no hospedeiro
VIRULÊNCIA: Grau de patogenicidade de um agente infeccioso → capacidade
de multiplicação no hospedeiro, produção de toxinas...
MICROBIOLOGIA
DEFINIÇÕES IMPORTANTES:
13
MICROBIOLOGIA
INTOXICAÇÃO:
Produto químico
Agrotóxicos, 
metais pesados...
TOXINFECÇÃO:
MM vivo + toxina
Vibrio cholerae,
algumas E. coli,
Bacillus cereus
TOXINOSE:
Toxina microbiana 
dentro do hospedeiro
S. aureus, Bacillus
cereus,
Clostridium botulinum
INFECÇÃO:
MM vivo causando 
doença
Salmonella ,
L. monocytogenes
Campylobacter
MICROBIOTA
14
• O termo microbiota compreende os microrganismos usualmente
encontrados em sítios ou locais específicos em indivíduos sadios.
• O número e o tipo dos microrganismos constituintes da microbiota
geralmente variam com o local e a idade do hospedeiro.
15
MICROBIOTA NORMAL:
A microbiota normal é resultado de sucessivas 
exposições aos agentes microbianos desde o 
nascimento até as diversas fase da vida adulta
• Todo ser humano nasce sem microrganismos. A aquisição da microbiota
bacteriana envolve uma transmissão vertical e posteriormente uma
transmissão horizontal.
• Estima-se que o corpo humano que contém cerca de 10 trilhões de células
seja rotineiramente portador de aproximadamente 100 trilhões de
bactérias.
16
• A composição da microbiota bacteriana
humana é relativamente estável com
gêneros específicos ocupando as diversas
regiões do corpo durante períodos
particulares na vida de um indivíduo.
MICROBIOTA NORMAL:
• Microbiota residente: microrganismos que se encontram em grande
quantidade em um determinada região anatômica, em uma dada
população.
• Microbiota transitória: microrganismos patogênicos ou não, que aparecem 
em um determinado local (não habitual) de maneira temporária.
• Provenientes do meio externo.
• Não se estabelecem em definitivo na superfície.
17
Se a microbiota residente é saudável, a transitória não 
causará danos e será eliminada.
MICROBIOTA NORMAL:
IMPORTÂNCIA:
• Estimulação do sistema imune: As bactéria produzem estímulos antigênicos
para migração e maturação das células linfóides → Imunoglobulinas.
• Proteção global frente a patógenos: atua como uma barreira. Compete
contra mm ruins e ocorre a liberação de moléculas com atividade
antibacteriostática, (H2O2 e o ácido láctico) → Antagonismo microbiano.
• Nutrição: Produção de substâncias úteis → Vitamina K e Vit. Complexo B.
18
MICROBIOTA NORMAL:
A alteração da microbiota implica na 
carência de vitaminas
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
• Fisiologia do hospedeiro
• Temperatura
• pH
• Água
• Oxigenação
• Nutrientes 
19
• Ação de componentes do sistema imunológico.
MICROBIOTA NORMAL:
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
• Temperatura
20
MICROBIOTA NORMAL:
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
• Temperatura
21
MICROBIOTA NORMAL:
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
(aw)
22
MICROBIOTA NORMAL:
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
Aeróbios estritos ou obrigatórios:
• Necessitam de O2 para sua sobrevivência → Bacillus sp., Pseudomonas sp., fungos em 
geral.
Aeróbios facultativos: 
•Crescem preferencialmente na presença de O2, na ausência realizam respiração 
anaeróbica ou fermentação. Ex. Enterobactérias, Staphylococcus sp., Streptococcus sp.
Anaeróbios obrigatórios
• Não utilizam O2 para reações de obtenção de energia (Clostridium botulinim, C. tetani)
Anaeróbios aerotolerantes
• Toleram a presença de O2 mas não utilizam para o crescimento. Ex: Lactobacillus sp.
Microaerófilos
• Necessitam de O2 em baixas concentrações. Ex.: Neisseria sp. 
23
MICROBIOTA NORMAL:
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma
dada região do corpo:
24
MICROBIOTA NORMAL:
• Oxigênio
Fatores determinantes da patogenicidade da microbiota:
1)Virulência 
2)Habilidade de crescimento no hospedeiro 
3)Reação as defesas imunes do hospedeiro 
4)Capacidade de adesão 
5)Condições nutricionais em geral 
6)Resistência aos antibióticos 
7)Resposta bacteriana (síntese de cápsula) 
25
MICROBIOTA NORMAL:
• Sangue, linfa, líquido cefalorraquidiano, tecidos e órgãos internos são
normalmente livres de microrganismos, isto é, são estéreis!
26
MICROBIOTA NORMAL:
27
RELAÇÃO PATÓGENO x HOSPEDEIRO:
Relação que ocorre tanto no estado de normalidade quanto no estado de 
doença.
28
• Dependente de múltiplos fatores inerentes à bactéria e ao hospedeiro.
• Basicamente é de dois tipos:
1. Microrganismos da microbiota endógena = Mutualismo
2. Microrganismos patogênicos = Infecção!
Mutualismo X Parasitismo X Simbiose x Sinergismo
MICROBIOTA NORMAL:
MICROBIOTA DA PELE:
29
Microbiota é mais concentrada em regiões mais quentes e úmidas, como axilas e períneo,
chegando ao número de 10⁶ bactérias por cm².
Bactérias aeróbias e anaeróbias = Anaeróbias em camadas mais profundas da pele, folículos
pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas
MICROBIOTA NORMAL:
Número e variedade teor de umidade, pH, T,
salinidade, presença de resíduos químicos (ureia e
ácidos graxos) e de outros microrganismos.
Geralmente predominam as bactérias Gram positivas,
como Staphylococcus epidermidis, Propionobacteriumacnes, e leveduras do gênero Candida sp.
MICROBIOTA DA PELE:
30
Microbiota é mais concentrada em regiões mais quentes e úmidas, como axilas e períneo,
chegando ao número de 10⁶ bactérias por cm².
Bactérias aeróbias e anaeróbias = Anaeróbias em camadas mais profundas da pele, folículos
pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas .
Número e variedade teor de umidade, pH, Tº, salinidade, presença de resíduos químicos (ureia
e ácidos graxos) e de outros microrganismos.
MICROBIOTA NORMAL:
Geralmente predominam as bactérias
Gram positivas, como Staphylococcus
epidermidis, Propionobacterium acnes, e
leveduras do gênero Candida sp.
Propinobacterium acnes
MICROBIOTA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES:
31
Orofaringe e nasofaringe são mucosas úmidas e quentes → microbiota abundante!
Microrganismos geralmente inofensivos (lactobacilos, e micrococos), outros são patógenos
oportunistas (Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Neisseria sp. e Corynebacterium sp.).
Nas primeiras 4-12h de vida, os Streptococcus viridans colonizam, e se tornam os membros mais
importantes da microbiota residente, permanecendo por toda vida.
Carreadores sadios abrigam patógenos virulentos em
suas fossas nasais.
Ex.: difteria, meningite e pneumonia.
MICROBIOTA NORMAL:
Corynebacterium diphtheriae
MICROBIOTA DA CAVIDADE ORAL:
32
Anaeróbios nas margens da gengiva, sulco gengival e dobras profundas (criptas) na superfície
das tonsilas.
Proliferam intensamente, especialmente nas partículas de alimento e nos resíduos das células
epiteliais mortas ao redor dos dentes.
Microrganismos ocasionam cárie dentária, gengivite e doenças periodontais mais graves.
Ex. Actinomyces sp., Bacteriodes sp., Lactobacillus sp., Streptococcus mutans, Neisseria sp. e
Candida albicans.
MICROBIOTA NORMAL:
Candida albicans Actinomyces sp. Neisseria sp.
MICROBIOTA DO TGI:
Os microrganismos são introduzidos através dos alimentos.
Nos lactentes amamentados ao seio, o intestino é repleto de microrganismos
aeróbios e anaeróbios, Gram(+) e imóveis, destacando-se os estreptococos e
lactobacilos produtores de ácido láctico.
MICROBIOTA NORMAL:
Nos lactentes alimentados com
mamadeiras, a microbiota intestinal
tende a ser mais mista, com menor
quantidade de lactobacilos.
MICROBIOTA DO TGI:
ESÔFAGO: microbiota pouco numerosa, geralmente de colonização apenas transitória
(saliva e alimentos).
ESTÔMAGO: Devido ao pH altamente ácido, são tolerantes poucas bactérias,
como Lactobacillus sp., Streptococcus sp. (produtoras de ácido láctico) e Helicobacter
pylori (causadora de gastrites e úlceras) → Alguns microrganismos podem passar pelo
estômago envolvidos em alimentos.
MICROBIOTA NORMAL:
Helicobacter pylori
À medida que o pH do
conteúdo intestinal se torna
alcalino, a microbiota residente
aumenta gradualmente
MICROBIOTA DO TGI:
INTESTINO DELGADO: são mais frequentes nesta microbiota os Staphylococcus sp.,
Streptococcus sp. e Lactobacillus sp., sendo encontrados microrganismos anaeróbios. Os
ácidos biliares são inibidores do crescimento das bactérias in vitro.
INTESTINO GROSSO: local de maior concentração de microrganismos, chegando à
concentração de 10¹¹ UFC por grama de fezes, além do aumento considerável de bactérias
anaeróbias.
Predomínio de Eubacterium, Bifidobacterium e Bacterióides. Todos os seres humanos
também são portadores da E. coli nesta microbiota.
Podem ser encontrados neste órgão também
cocos Gram positivos resistentes à acidez gástrica.
MICROBIOTA NORMAL:
Bifidobacterium
MICROBIOTA DO TGI:
Ações feitas pela própria microbiota intestinal para garantir suas
características próprias:
a) E.coli inibe o crescimento bacteriano de Shigella sp. e de outras bactérias por competir por
fontes de carbono em locais com baixo oxigênio.
b) Lactobacilos competem por sítios de adesão com outras bactérias.
c) Bactérias facultativas, por seu alto consumo de oxigênio, criam condições de anaerobiose,
garantindo o crescimento de anaeróbios.
MICROBIOTA NORMAL:
MICROBIOTA DO TGI:
Ações feitas pela própria microbiota intestinal para garantir suas
características próprias:
d) Os subprodutos do metabolismo próprio principalmente das bactérias anaeróbias, como
ácido acético, butírico e propiônico, promovem um ambiente intralumial de restrito
crescimento bacteriano, contribuindo para um equilíbrio da microbiota.
e) Quorum-sensing: produção e detecção de moléculas sinalizadores denominadas auto-
indutoras, utilizado por bactérias Gram positivas e Gram negativas. Servem como moduladores
bacterianos, importantes para a formação e manutenção da flora intestinal.
MICROBIOTA NORMAL:
MICROBIOTA DO TRATO URUNÁRIO:
Em regra não invadem a bexiga pois a uretra é periodicamente lavada pela urina ácida.
Normalmente a micção ajuda a impedir infecções do trato urinário, contudo, a
obstrução ou estreitamento da uretra propicia ao desenvolvimento de ITU.
MICROBIOTA NORMAL:
MICROBIOTA DA VAGINA:
O sistema reprodutor masculino e feminino é geralmente estéril, exceto a vagina,
onde a microbiota varia de acordo com o estágio de desenvolvimento sexual.
Puberdade e menopausa → Secreções vaginais alcalinas (Streptocuccus sp.,
Staphylococcus sp., e coliformes).
Período fértil → secreções vaginais ácidas - pH 4,0 a 5,0 = crescimento de lactobacilos
e estreptococos alfa-hemolíticos.
Gardnerella vaginalis
MICROBIOTA NORMAL:
O muco cervical contém
lisozima e possui atividade
antibacteriana
MICROBIOLOGIA 
CLÍNICA –
Considerações e 
Síndromes Infecciosas
40
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
OBJETIVO:
Estudar os principais agentes microbianos causadores de doenças 
infectocontagiosas em humanos.
FOCO:
41
PAPEL DO LABORATÓRIO:
• Apontar o mm responsável por um
determinado estado infeccioso.
• Indicar, através do monitoramento de
populações microbianas, qual o perfil dos
microrganismos que estão interagindo com
o organismo humano.
 Diagnóstico clínico laboratorial
 Características patológicas
 Fatores epidemiológicos
42
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
Patógeno X Hospedeiro
43
OS PATÓGENOS PODEM SER...
 Clássicos ou convencionais
 Oportunistas: Só causam doença na presença de outra doença no
hospedeiro.
 Emergentes: Infecções que já existiam, mas não haviam sido identificadas
(E. coli O157H7, L. monocytogenes)
 Reemergentes: achava-se que os agentes estavam controlados, mas
voltaram a causar doença (febre amarela, poliovírus)
44
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
45
COMO OS MICRORGANISMOS INFECTAM O HOSPEDEIRO
Para causar doença o patógeno deve ter acesso ao hospedeiro, se aderir,
colonizar (multiplicar), evitar as defesas do organismo, invadir e danificar os
tecidos do hospedeiro. Porém...
Em alguns casos, a doença pode ocorrer como resultado do acúmulo de
excretas microbianas. Exp.: Cáries e acne (mms não penetram no organismo).
Os patógenos infectam o organismo por vias determinadas PORTAS DE
ENTRADA.
Membranas mucosas
Pele 
Via parenteral
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
COMO NORMALMENTE OCORRE UM PROCESSO INFECCIOSO:
1. Aderência (contato, associação) – contato superficial com atração física
(por atração de cargas) e/ou química (pela existência de receptores na célula
hospedeira: adesinas) entre a bactéria e a célula do hospedeiro.
• Atração física apenas = patógeno fraco.
• Atração física e química = patógeno forte.
2. Multiplicação (colonização) – é nessa etapa que o processo infeccioso se
estabelece.
3. Invasão (disseminação) e/ou dano tecidual – são variáveis, dependendo
principalmente da virulência da bactéria e de seus danos locais ou
disseminados. É nesse ponto que a infecção torna-se sintomática.
46
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
SUSCEPTIBILIDADE DO HOSPEDEIRO:
• Influenciada por fatoresambientais, genéticos e fisiológicos.
Fisiológicos = estado emocional, nutricional, imunológico, idade, condições 
hormonais.
FATORES DE DEFESA DO HOSPEDEIRO:
1. Fatores inespecíficos ou naturais:
• Idade, estado nutricional, dieta
• Defesas anatômicas (mecanismos constituídos por secreções, fluxos e movimentos
e/ou microbiota normal ao nível de trato respiratório, trato gastrointestinal, trato
urogenital e conjuntiva) – pele e mucosas em geral.
2. Fatores específicos:
• Baseada na resposta imunológica do hospedeiro.
47
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
 Adesinas
 Sideróforos
 Bacteriocinas
 Estruturas facultativas
 Produção de enzimas degradadoras
 Endo e exotoxinas...
48
FATORES CONTIBUÍNTES PRA INVASÃO:
Síndromes Infecciosas
49
SÍNDROMES INFECCIOSAS
DOENÇA INFECCIOSA:
• É aquela em que patógenos invadem um hospedeiro suscetível, como um
homem ou um animal. Nesse processo, o patógeno efetua pelo menos uma
parte do seu ciclo de vida dentro do hospedeiro.
50
Síndrome é um conjunto de sinais e
sintomas que caracterizam uma
doença ou condição de saúde
51
SÍNDROMES INFECCIOSAS
Osteomielite e uma infecção causada por microrganismos que invadem
os ossos. 
Quando vai ocorrer?
Traumatismo, nutrição comprometida, presença de inoculo microbiano 
significativo e/ou presença de corpo estranho.
O inoculo bacteriano e comumente introduzido no tecido ósseo por 3 vias:
• Hematogênica
• Trauma cirúrgico ou nao-cirurgico, seguido de contaminação óssea por introdução 
do agente infeccioso.
• Invasão óssea por contiguidade de tecidos adjacentes infectados.
INFECCOES OSSEAS (OSTEOMIELITES)
52
SÍNDROMES INFECCIOSAS
Microrganismos responsáveis:
• Trauma em ossos longos: Staphylococcus aureus, Streptococcus sp.,
Haemophilus sp.
• Infecção de pele: Staphylococcus aureus, Streptococcus sp.
• Trato respiratório: Streptococcus sp., Mycobacterium tuberculosis
• Cateteres vasculares, vertebras, pelvis, clavicula: bacilos Gram-negativos,
Staphylococcus sp., Candida sp.
• Fraturas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, bacilos Gram-
negativos.
• Crânio: Streptococcus sp., anaeróbios
• Abscesso dental – Mandibula, maxilar: Streptococcus sp., anaeróbios
• Mãos: Sporothrix shenckii
• Feridas perfurantes - Pés: Pseudomonas sp., anaeróbios, Staphylococcus sp.
INFECCOES OSSEAS (OSTEOMIELITES)
53
SÍNDROMES INFECCIOSAS
DIAGNÓSTICO:
Hemoculturas:
Positivas em 25 a 50% dos casos de osteomielite hematogênica na infância,
mas em outras manifestações de infecção óssea, e útil em apenas 10%.
Culturas de aspirado ósseo e biopsia por via percutânea ou debridamento
cirúrgico são positivas em 70 a 93% dos casos, sendo que os aspirados
devem ser coletados com seringa e agulha estéreis e enviados ao
laboratório lacrados.
INFECCOES OSSEAS (OSTEOMIELITES)
54
SÍNDROMES INFECCIOSAS
Artrite infecciosa é uma reação inflamatória resultante da invasão direta do
espaço articular por microrganismos patogênicos, resultando em: dor,
inchação, vermelhidão, limitação dos movimentos, eventual destruição
articular e permanente incapacidade se não tratada.
Como ocorre?
INFECÇÕES ARTICULARES
Disseminação hematogênica e
da infecção de tecido ou osso
adjacente.
55
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES ARTICULARES
56
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES ARTICULARES
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico definitivo e feito pela cultura do líquido sinovial.
Também deve ser feito exame microscópico pela coloração de Gram e/ou
Ziehl, semeadura em meios adequados para cultura de bactérias aeróbias e
anaeróbias e contagem diferencial de leucócitos.
57
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES INTESTINAIS
As causas das síndromes gastrointestinais acompanhadas de dor, diarreia ou 
disenteria podem ser:
• Infecciosas, causadas por bactérias, fungos (menos frequentes), vírus,
parasitas e protozoários.
• Não infecciosas, alérgicas, causadas por erro alimentar, envenenamento, 
etc.
Importante:
Identificar o agente etiológico responsável por surtos de
toxinfecção alimentar, para que as técnicas de manuseio
alimentar possam ser notificadas para prevenir
transmissões posteriores
58
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES INTESTINAIS
59
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES INTESTINAIS
60
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES INTESTINAIS
61
SÍNDROMES INFECCIOSAS
INFECÇÕES INTESTINAIS
DIAGNÓSTICO:
Amostras de fezes recém-emitidas devem ser transportadas para o
laboratório preferencialmente, dentro de 30 minutos após a coleta e
processadas no prazo de duas horas. Caso contrário deverá ser transferida
para um recipiente contendo meio de transporte com Cary-Blair.
Quando possível selecionar porções de fezes contendo muco, e/ou sangue
e/ou pus.
Coprocultura
62
Obrigada pela 
Atenção!

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