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Físico-química Metalúrgica Prof. Dr. Luis Baptista lbaptista@id.uff.br 21 992630634 Bibliografia Darken e Gurry R. W. Gurry L.S. DARKEN e L.W. Gurry - CBS Publishers & Distributors (2002) Bibliografia Gaskell David R. Gaskell CRC Press 2003 Físico-Química Balanço Energético Equilíbrio Velocidade Como se processa Termodinâmica Cinética 4 Definições Sistema Universo Fronteira Definições Estado termodinâmica / Estado Condição do sistema Variáveis Pressão, Temperatura, Volume, Densidade,etc. Funções de Estado, Funções Termodinâmicas, Propriedades. Determinadas por experiências (direta ou indiretamente) Nem todas as variáveis são função de estado Transformação Alteração do Estado Processo como ocorre a alteração Objetivo da Termodinâmica “Estabelecer as condições de equilíbrio entre o sistema e o meio externo através da identificação dos estados finais de equilíbrio independentemente dos processos envolvidos.” Definição Sistemas – Meio Externo Aberto Troca energia e matéria Fechado Troca energia Isolado Totalmente impedido de trocas Abstração Definição Tipos de funções Intensivas independentes da massa envolvida Densidade, Pressão, Índice de refração, etc. Extensivas dependentes da massa envolvida Volume, Entalpia, etc. Grandezas Específicas Onde m é a massa e Y uma função extensiva qualquer Ex.: Volume Específico Função de Estado Propriedade Fundamental das Funções de Estado Independência da Variação de Função do processo envolvido Ex Volume é uma função de estado V = V1 – V2 Independe do processo como a mudança de volume ocorreu Função de Estado Definição matemática Y é uma Função de Estado quando Y tem diferencial exata Derivadas parciais Integral fechada = 0 Valor só depende do estado inicial e final Função de Estado Grande vantagem Variação de uma Função de Estado não depende do caminho da integração Independe do processo que ocorre Só depende do estado inicial e o final Generaliza os resultados da Termodinâmica Principio Zero da Termodinâmica Temperatura função de estado empírica Sensação de quente ou de frio ao se tocar um objeto Fronteiras Adiabáticas Aproximação de dois sistemas não muda os estados dos mesmos Somente se houver movimentação das fronteiras compressão ou expansão Diatérmicas Contato de dois sistemas altera os estados dos mesmos Princípio Zero da Termodinâmica Fronteira diatérmica Para três sistemas SA, SB e SC , se SA e SB estiverem em equilíbrio separadamente com SC então SA e SB estarão em equilíbrio entre si. Define-se Temperatura Se o sistemas estão em equilíbrio a Temperatura é a mesma. Princípio Zero do Termodinâmica Esse equilíbrio pode ser obtido para vários conjuntos de Pressão e Volume Função f(P,V) tal que: f(P1,V1) = f(P2,V2) = f(P3,V3) = . . . = constante Constante = Temperatura Pressão Volume Isoterma Gás Ideal Robert Boyle 1660 Jaques-Alexandre-Cesar-Charles 1787 V T Gases reais essa proporção é aproximada Gases ideais seguem exatamente Lei de Boyle Lei de Charles Gás Ideal Juntando as leis de Boyle e Charles: Temos: Considerando um estado padrão (STP) 1 atm., 0 oC, número de Avogadro 1 mol Gás Ideal Temos: R Constante dos gases PV=nRT Equação dos gases ideais Muito utilizada nos cálculos termodinâmicos Princípio Zero Termodinâmica Se o sistema for um gás ideal temos: f(P,V) PV= nRT Termômetro Gás ideal Gay Lussac = coeficiente de expansão térmica = constante Gases ideais = 1/273,16 Escala absoluta K -273,16 0C Volume zero Trabalho Trabalho = Força x deslocamento w = F . dx derivada parcial d w depende do caminho percorrido w2 w1 Força Força posição posição x1 x1 x2 x2 w1 w2 Trabalho Trabalho de expansão / compressão Trabalho de criar superfície Trabalho elétrico Onde: w – trabalho P – pressão V – volume - tensão superficial A – área q – carga elétrica E - potencial Trabalho Unidades Joule = carga elétrica de 1 Coulomb x 1 Volt = 1 N x 1 m Caloria = 1 g H2O de 14,5 para 15,5 oC 1 Caloria = 4,1833 Joules Trabalho Problema Qual o trabalho realizado por um gás que expande 1 litro sob uma pressão constante de 1 atm. δw = - PdV W = - P . V (P = cont.) P = 1 atm = 101,325 kPa V = 1 litro = 1 x 10-3 m3 W = 101.325 x 1 x 10-3 = 101,325 J 1ª Lei da Termodinâmica Lei da Conservação da Energia U = Q +W Variação de energia interna, U, de um sistema é igual ao calor trocado, Q, com o meio ambiente e o trabalho, W, realizado durante o processo 1ª Lei da Termodinâmica Tem que ser lembrado que calor e trabalho são formas de transferência de energia de um sistema para outro. Q é energia em movimento Não tem sentido em falar em “calor de um corpo” Calor e energia indo de um sistema para outro Similarmente em relação a W Realiza-se trabalho transferindo-se energia 1ª Lei da Termodinâmica Sinais Sistema Trabalho saindo W negativo Calor entrando Q positivo U = Q + W Experiência de Joule Existência da função termodinâmica U – Energia Interna Sistema adiabático sem transferência de calor Mesma mudança de estado mesma quantidade de trabalho realizado Independente do processo Aquecimento elétrico Compressão de gases Agitação mecânica Etc. Função Calor Adiabática todo o trabalho se transforma em energia Interna Diatérmica U w Como U não altera, a diferença é a energia que atravessa a fronteira Q = Calor 1ª Lei da Termodinâmica Conservação de energia U = Q +W Forma diferencial dU = q + δw Calor, q e trabalho, w não são funções de estado, ou seja, o resultado depende do processo / caminho percorrido Experiência de Joule Existe uma função f de estado (já que não depende do processo / caminho) tal que: ffin – fin = w Altera-se portanto a “energia do sistema” Considera-se essa função com U – energia interna do sistema Gases em ambiente adiabático essa função é afetada apenas pela temperatura (por definição para gases ideais) Entalpia Entalpia heat content Tratar calor como função de estado Trabalho δw expansão / compressão + outros δw = -PdV + woutros se somente contra a pressão dU = -PdV + q q = dU + PdV Para a condição de Pressão constante q = d(U + PV) Entalpia Como U + PV expressão de funções de estado função U + PV é função de estado Cria-se a função H = U + PV H = Entalpia função de estado Para processos a pressão constante q = dH e Q = H Entalpia Base dos balanço térmicos Sistemas a pressão constante + trabalho = expansão / compressão Variação de Entalpia = Troca de Calor Q = H Vantagem H é função de estado Independe do processo Balanços Térmicos Reações químicas a pressão constante e trabalho por expansão / compressão. Mais comuns e importantes para Metalurgia Troca de calor = variação de Entalpia Entalpia é função de estado Independe do processo Dados gerais aplicáveis a qualquer processo Capacidade Calorífica QA = quantidade de calor T 1 Co sistema A QB = quantidade de calor T 1 Co sistema B Depende também da massa extensiva Capacidade Calorífica Capacidade Calorífica Como Q não é uma função de estado a derivada: Depende do processo, ou seja, de como é calculada Duas formas são de interesse a P constante e a V constante Capacidade Calorífica Processos a Volume Constante Como dU = -PdV + δq A V constante -PdV = 0 logo dU = q A V constante δq = cv . dT logo dU = cv . dT Capacidade Calorífica Embora seja um processo particular V const. Como U é função de estado o resultado tem que ser geral, isto é: Para qualquer processo No caso de processos a V constante Q = U Portanto Capacidade Calorífica Processos a Pressão Constante Como dU = -PdV + δq δq = dU + PdV A P = constante δq = d(U + PV) = dH logo dH = cP . dT Capacidade Calorífica Embora seja um processo particular P const. Como H é função de estado o resultado tem que ser geral, isto é: Para qualquer processo No caso de processos a P constante Q = H Portanto Calor Específico Capacidade calorífica é uma função extensiva, i.e., depende da massa envolvida Calor específico é a função intensiva correspondente, i.e., a capacidade calorífica de uma unidade de massa do material envolvida. A mesma simbologia é utilizada c Entalpia das Reações Pressão Constante Q = H Entalpia e calor tem o mesmo significado Estado inicial reagentes Estado final produtos Balanços Térmicos Tabelas Calor de formação de uma substância Calor de transformação Calor de reação Calor específico (a pressão constante) Calor de Formação H 1 mol da substância a partir dos seus elementos, todos no estado padrão. Puros a 298 K e 1 atm Exemplo H CO C + ½ O2 = CO Tudo no estado padrão, i.e.: C grafite sólido, 1 atm 298 K O2 gasoso 1 atm 298 K CO gasoso 1 atm 298 K Calor de Formação H = Hfinal – Hinicial = HCO – (HC + ½ HO2) Convenção Calor de formação do CO = Ho298 CO Não se consegue medir o valor de H mas apenas diferenças H Por convenção H de qualquer elemento puro no estado padrão vale 0. Logo Ho298 CO = HCO 298 1 atm Calor de Transformação H mudança de estado de 1 mol de uma substância, no seu ponto normal de transformação Sólido para Líquido Fe passa de CFC para CCC etc. Ponto normal de transformação 1 atm Temperatura em que os dois estados se encontram em equilíbrio H2O a 273 K onde temos água líquida e gelo em equilíbrio Calor de Reação H reagentes e produtos nas mesmas condições de temperatura e pressão Ex. FeO + CO = Fe + CO2 Todos os componentes a 1000 oC e a 1 atm. H = (HFe 1000 ºC +HCO2 1000 ºC) – (HFeO 1000 ºC +HCO 1000 ºC) Equação de Kirchhoff H substância (T) ? Sistema A B A T1 e B T2 P constante H1 variação de entalpia conhecida em T1 H2 variação de entalpia na temperatura T2 cPA cP das substâncias no estado A cPB cP das substâncias no estado B Equação de Kirchhoff H2 H1 A B T1 T2 T H H é função de Estado Equação de Kirchhoff P constante dH = cP dT Exemplos Calcule o trabalho mínimo para comprimir isotermicamente 1 tonelada de ar a 25 oC de 1 para 5 atm. Se a compressão for feita adiabaticamente qual será e elevação de temperatura e o trabalho realizado ? cv ar = 5 cal.mol-1 Mínimo W só de compressão δw = -PdV Exemplos Peso molecular do ar: 0,21 x 32 + 0,79 x 28 = 29 n = 106 / 29 = 34.500 moles R = 8,3144 J/K mol W = 137.545 J Exemplos No caso adiabático: Q = 0 Logo U = W Como dU = cv dT integrando os dois lados Exemplos ou como T2 = 472 K W = Cv (T2 – T1) n = 30.011 kcal Exemplo Considere a reação: Pb + ½ O2 =PbO Considere os dados abaixo Exemplo Calcule o H da reação a 500 K. Para calcularmos o H a 500 K conhecendo o valor padrão a 298 K temos que considerar que H é função de estado e, portanto, a integral fechada variando a temperatura tem que ser 0. Exemplo Graficamente os dados da tabela são: Exemplo Se somarmos os cP’s dos reagentes ficamos: Exemplo Com isso podemos calcular o valor de H da reação para qualquer temperatura fechando a curva. No nosso caso: Exemplo Exemplo Temperatura Adiabática de Chama Hreação = Haquecimento Calcule a maior temperatura possível de ser obtida com etanol queimando com 50% de excesso de ar (4 Nitrogênio – 1 Oxigênio) e reagentes preaquecidos a 100 oC. (Nessa temperatura consideramos o etanol como gás) C2H5OH + 3O2 2CO2 + 3 H2O Com 50% excesso de ar C2H5OH + 4,5 O2 + 18 N2 2 CO2 + 3 H2O + 1,5 O2 + 18 N2 Dados Ho 298 CO2 = - 393 H2O = - 242 (kJ/mol) C2H5OH = - 238 Exemplo cP CO2 = 38,7 H2O = 33,6 O2 = 29,5 (J/mol.K) C2H5OH = 73,2 N2 =29,1 Usando Kirchhoff H 298 = 2 HoCO2 + 3 HoH2O - HoC2H5OH H 298 = 2 . – 393 + 3 . – 242 – ( - 238) = - 1.274 kJ/mol Exemplo cP = 2 cP CO2 + 3 cP H2O – cP C2H5OH – 3 cP O2 cP = 2 . 38,7 + 3 . 33,6 – 73,2 – 3 . 29,5 = 16,5 J/mol.K H 373 = - 1.274 + 16,5 x 10-3 (373 – 298) = - 1.273 kJ/mol Calor da reação = Calor de aquecimento Exemplo 1.273 = (2 cP CO2 + 3 cP H2O +1,5 cP O2 + 18 cP N2) . (T – 373) 1.273 = (2 . 38,7 + 3 . 33,6 + 1,5 . 29,5 + 18 . 29,1) . 10-3 . (T – 373) 1,273 = 0.746 (T – 373) T = 2.079 K = 1.806 oC 2ª Lei da Termodinâmica 1ª Lei trata da conservação de energia Não consegue determinar se a reação é espontânea Corpo quente esfria calor só vai do quente para o frio espontaneamente. Queda de um corpo nenhum corpo sobe espontaneamente. Vaso pressurizado vazamento equilíbrio 2ª Lei da Termodinâmica Todos esses processos podem ser revertidos mas não espontaneamente. Balanço de energia – 1ª Lei não é critério de espontaneidade; Processos simples óbvio. Necessidade de um critério geral 2ª Lei da Termodinâmica. Toda vez que 2 sistemas estiverem em desequilíbrio oportunidade de realização de trabalho. 2ª Lei da Termodinâmica Reação ocorre e em que sentido? Pedra no topo de um morro Barra aquecida em uma extremidade Quente Fria q 2ª Lei da Termodinâmica Sistema isolado U constante Fora do equilíbrio Energia para realizar trabalho para atingir o equilíbrio Atingido o equilíbrio Trabalho gerou calor que não pode mais ser recuperado irreversível Degradação da energia trabalho útil calor irrecuperável 2ª Lei da Termodinâmica Diversos enunciados: Clausius – Simples e clara “O calor nunca flui espontaneamente de um reservatório a menor temperatura para um a maior temperatura” Reações químicas “Processos espontâneos sempre aumentam a entropia do universo” 2ª Lei da Termodinâmica Para compreender o relacionamento matemático da 2ª Lei com a função Entropia temos que discutir alguns pontos: O significado de processos reversíveis, irreversíveis e de degradação. Consequências do ciclo de Carnot Função termodinâmica S denominada Entropia e definida como: 2ª Lei da Termodinâmica Processos reversíveis e irreversíveis Processo é irreversível quando não consegue retornar sozinho ao estado original. Alguns efeitos que tornam os processos irreversíveis. Transferência de calor com diferença finita de temperatura. Expansão não resistida de um gás ou líquido para pressões mais baixas. Reações químicas espontâneas. Misturas espontâneas de matéria em diferentes composições ou estados. Atrito - por escorregamento ou de fluidos. Magnetização ou Polarização com histerese. Deformação não elástica. Embora a lista não seja exaustiva ela sugere que todos os processos reais são irreversíveis. 2ª Lei da Termodinâmica Processos reversíveis e irreversíveis 2ª Lei da Termodinâmica Trabalho realizado 2ª Lei da Termodinâmica Pode-se provar (mais adiante) que Wrev é o maior trabalho possível de ser realizado na transformação Degradação = Energia perdida para o ambiente 2ª Lei da Termodinâmica Considerando que expansão – trabalho realizado pelo sistema – é negativo temos: -Wrev + Wirrev = Degradação > 0 Pode-se usar o calor já que pela 1ª Lei U = Qrev +Wrev = Qirrev + Wirrev U é igual já que U é uma função termodinâmica e os estados iniciais e finais dão os mesmos 74 2ª Lei da Termodinâmica Logo Qrev – Qirrev + Wrev – Wirrev = 0 Qrev – Qirrev = – Wrev + Wirrev = Degradação > 0 Tanto Qrev quanto Qirrev são calores que atravessam a fronteira do sistema. Diferença = Degradação = Q’ perdido internamente = perda da capacidade de realizar trabalho = aumento da entropia do sistema . Q’ > 0 2ª Lei da Termodinâmica Ciclo de Carnot – duas isotermas e duas adiabáticas Sadi Carnot - 1824 2ª Lei da Termodinâmica Pode-se demonstrar: Wmax = Wrev Define-se Entropia = S como: Entropia S é função de estado Infinitos ciclos de Carnot Entropia Como 1º ciclo de Carnot 2º ciclo de Carnot Etc Logo 2ª Lei da Termodinâmica Enunciado usando Entropia “Um sistema adiabático que realiza uma transformação espontânea , ou seja um processo irreversível, tem sua entropia aumentada” Como o universo é um sistema adiabático: “Processos irreversíveis aumentam a entropia do universo” Expressão matemática da 2ª Lei 2ª Lei da Termodinâmica Considere a expressão da Degradação Dividindo pela Temperatura absoluta (T0) e considerando quantidades infinitesimais: Integrando-se entre A e B a expressão continua válida 2ª Lei da Termodinâmica Em condições adiabáticas δqirrev = 0 logo: Ou seja, quando uma transformação de A – B for espontânea num ambiente adiabático a entropia aumenta. 2ª Lei da Termodinâmica Expressão matemática 2ª Lei Como o Universo é um sistema adiabático ficamos com: “Processos irreversíveis sempre aumentam a entropia do Universo” 2ª Lei da Termodinâmica Processo reversível e adiabático S = 0 Sendo S função de estado a análise vale para a diferencial dS : Interpretação Estatística da Entropia Dois materiais, A e B Considere 4 átomos de A e 4 de B Considere os materiais em contato e podendo trocar átomos de posição Podemos considera que as formas de se obter essa configuração inicial é apenas uma já que trocar A com A e B com B resulta no mesmo 4:0 = 1 4 A’s à esquerda 0 á direita 85 Interpretação Estatística da Entropia Se considerarmos agora trocar um átomo de A por um átomo de B as possibilidades já são 16 Pode-se tirar o primeiro A e trocar por 4 posições diferentes de B depois o segundo A até o quarto, logo 4 x 4 = 16 3:1 = 16 Seguindo o mesmo raciocínio temos: 2:2 = 36 1:3 = 16 0:4 = 1 Possibilidades totais = 1 +16 +36 +16 +1 = 70 Interpretação Estatística da Entropia Se considerarmos que a possibilidade de qualquer configuração é igual (não há atração preferencial entre os átomos, etc.) temos que a probabilidade de encontrarmos uma determinada configuração é a razão entre o número de ocorrências desta configuração dividido pelo total de ocorrências possíveis: P4:0 = 1/70 P3:1 = 16/70 P2:2 = 36/70 P1:3 = 16/70 P0:4 = 1/70 A entropia pode ser interpretada exatamente como a maior probabilidade de ocorrência do evento. Logo a probabilidade de encontrar o material igualmente misturado é maior que concentrado em uma região Exemplo Qual a variação de entropia ao se expandir reversivelmente um mol de gás ideal isotermicamente. Transformação isotérmica de um gás ideal U = 0 W = Wmax U = Q + W Qrev = -W Exemplo A variação de entropia total do universo é 0 mas a do gás diminui e do meio aumenta Exemplo Dois gases ideais de Volumes VA e VB são misturados isotermicamente. Qual a variação de Entropia que ocorre por mol de mistura. Transformação isotérmica de um gás ideal U = 0 U = Q + W Exemplo Potenciais Termodinâmicos Critérios de equilíbrio Equilíbrio Entropia Condições Adiabáticas Universo é adiabático Sistema + universo S > 0 Difícil de trabalhar Potenciais Termodinâmicos Medida quantitativa da possibilidade de um sistema sofrer uma transformação espontânea Entropia é um potencial termodinâmico Porém difícil de trabalhar Ou o sistema está em condições adiabáticas ou temos que considera o sistema + universo muito difícil Potenciais Termodinâmicos Se combinarmos a 1ª e a 2ª lei da Termodinâmica ficamos com: dU = δq + δw Se considerarmos o trabalho contra a pressão e a troca de calor reversível dU = TdS + PdV Portanto para um sistema fechado a variável dependente U é função das variáveis independentes S e V V pode ser facilmente medido mas só é na pratica controlável para gases e S é de difícil medição. Potenciais Termodinâmicos Criam-se duas novas funções termodinâmicas auxiliares para definir a espontaneidade de reações sob condições especiais: Energia livre de Helmholtz (A) para T e V constantes A = U – TS Energia livre de Gibbs (G) para P e T constantes G = U + PV – TS = H - TS Energia Livre de Helmholtz A = U –TS Estado 1 para 2 (A2 – A1) = (U2 – U1) – (T2S2 – T1S1) para T constante (A2 – A1) = (U2 – U1) – T(S2 – S1) pela 1ª Lei temos que : (A2 – A1) = q + w – T(S2 – S1) se o sistema é isotérmico o ambiente tem que retirar ou fornecer calor para manter a temperatura durante a transformação Energia Livre de Helmholtz Se a reação é irreversível, pela 2ª lei da termodinâmica, esse calor total é menor que o calor reversível devido ao calor degradado, logo: q ≤ T(S2 – S1) (S é calor reversível) portanto: (A2 – A1) ≤ w se lembrarmos que: qsistema = q + qirrev Ssistema = q/T + Sirrev Energia Livre de Helmholz (A2 – A1) = q + w – T(S2 – S1) substituindo q temos: (A2 – A1) = TSsistema - TSirrev + w - TSsistema (A2 – A1) + TSirrev = w Conclusões: Num processo reversível, a temperatura constante, a variação de energia livre de Helmholtz = ao trabalho realizado A volume constante, portanto trabalho = 0: (A2 – A1) + TSirrev = 0 como S = 0 no equilíbrio ou > 0 para reações espontâneas A ≤ 0 (reações a T e V constantes) Energia Livre de Gibbs G = H – TS dG = dH – TdS – SdT H = U + PV dH = dU + PdV + VdP dU = w + δq dG = w + δq + PdV + VdP – TdS – SdT Processo irreversível e trabalho compressão / expansão dG = - PdV + δqirrev + PdV + VdP – qrev – SdT Energia Livre de Gibbs dG = δqirrev – δqrev + VdP – SdT Se a transformação ocorrer a P e T constantes dG = δqirrev – δqrev = - δqdeg < 0 Em outras palavras: Uma transformação a T e P constantes será espontânea quando: G < 0 Deve ser lembrado que G = 0 significa equilíbrio e que G > 0 significa que o espontâneo é a reação inversa. Energia Livre de Gibbs As transformações tendem ao menor valor de energia livre e estão em equilíbrio quando G = 0 mas podem passar por equilíbrios metaestáveis Critérios de Espontaneidade Potencial Químico Até agora consideramos sistemas fechados ou seja de tamanho e composição fixos. Duas variáveis independentes P e T ou V e T Se as composições variam, por exemplo: A reação: CO + H2O = CO2 + H2 a P e T constantes O equilíbrio é atingido para G mínimo a uma determinada composição Deve ser lembrado também que G é uma propriedade extensiva e portanto depende do tamanho do sistema Potencial Químico Portanto G = G(P,T,n1, n2,...) onde ni = ao número de moles da espécie i A diferencial de G fica então: Se lembrarmos que para o sistema fechado dG = VdP – SdT ficamos com: Potencial Químico O termo: é denominado potencial químico do componente i Com isso a diferencial da energia livre fica: Potencial Químico Como: G = U + PV – TS A = U – TS Temos que: A = G – PV Logo Potencial Químico Podemos chegar a mesma conclusão para U e H Com isso ficamos com: Potencial Químico Se considerarmos a equação: Comparando com a 1ª Lei dU = δq + δw Indica que para uma reação química ocorrendo em condições reversíveis δq = TdS e δw = - PdV - Σµidni O termo Σµidni é chamado de trabalho químico e o termo PdV o do trabalho de expansão / compressão. Equação de Gibbs-Helmholtz Importante para se determinar a energia livre em função da temperatura a pressão constante Diagramas de fase unicomponente Equação de Gibbs-Helmholtz G = H – TS dG = VdP – SdT Substituindo S para P constante temos: Ficamos com : Equação de Gibbs-Helmholtz Reescrevendo a equação ficamos com: Multiplicando ´por Ficamos com Equação de Gibbs-Helmholtz Se lembrarmos que: Ou Que é a equação de Gibbs-Helmholtz Com ela podemos determinar a energia livre em função da temperatura conhecendo a entalpia da transformação 3ª Lei da Termodinâmica Para um sistema fechado temos: Se considerarmos uma pressão constante temos: Com isso o aumento de S com T a P constante 3ª Lei da Termodinâmica Assim podemos definir S a uma determinada temperatura em função de um S0 de referência, por exemplo a 0 K. Considerações sobre o valor de S0 leva a 3ª Lei da Termodinâmica. Em 1906, Nernst observou que analisando diversas reações químicas G, H tendem a 0 quando T 0 K Consequentemente S também tende a 0 3ª Lei da Termodinâmica Com isso se afirmarmos que S0 = 0 a 0 K para todas as substâncias não ocorre inconsistência Com isso a 3ª Lei afirma que S é 0 a 0 K para todas as substâncias. Uma visão da entropia como desordem do sistema leva também a ideia que a 0 K todos os movimento do sistema param e, portanto, a desordem é a menor possível. Equilíbrio de Fases Equilíbrio Equilíbrio Térmico T1 = T2 = ... = T Equilíbrio Mecânico P1 = P2 = ... = P Equilíbrio Químico µ11 = µ12 = ... = µ1 µ21 = µ22 = ... = µ2 . (µij comp. i na fase j) . . µij = µij = ... = µj Regra das Fases Observando o grau de liberdade desse conjunto de equações, Gibbs calculou o número de fases possíveis em equilíbrio: Equilíbrio Térmico T1 = T2 = ... = T (f – 1) Equilíbrio Mecânico P1 = P2 = ... = P (f – 1) Equilíbrio Químico µ11 = µ12 = ... = µ1 (f – 1) µ21 = µ22 = ... = µ2 (f – 1) . (µij comp. i na fase j) . . µij = µij = ... = µj (f – 1) (componentes + 2) Regra das Fases Ficamos com: Grau de liberdade = número de variáveis – número de equações Número de variáveis = f(C + 1) (comp.- 1 + P +T) Número de equações = (f – 1) (C + 2) L = f (C +1) – (f -1) (C + 2) L = C + 2 - f Diagramas de Fase de 1 Componente Considere um sistema de 1 componente, por exemplo água liquida em equilíbrio com água sólida Se as duas fases estão e equilíbrio G = 0 Supondo 1 atm. e 0 oC temos: G T Líquido Sólido 0 oC Diagramas de Fase de 1 Componente Equação de Clausius-Clapeyron Permite calcular os diagramas de fase de 1 componente Duas fases = G = G Para variar P ou T e manter o equilíbrio a variação de G em uma fase tem que ser igual a da outra. i.e.: dG = dG Diagramas de Fase de 1 Componente Exemplos Equilíbrio Sólido-Líquido da Água Equilíbrio Sólido-Líquido –Gás do Cu Diagramas de Fase de 1 Componente Diagrama de equilíbrio do C Diagrama de equilíbrio do Fe Diagramas de Fase de 1 Componente Exemplo do uso da eq. Clausius-Clapeyron No equilíbrio G = 0 logo H = TS Integrando + Constante Diagramas de Fase de 1 Componente Equilíbrio água x vapor Por Kirckhoff a 373 K Diagramas de Fase de 1 Componente Substituindo na eq. Clausius Clepeyron ficamos: Como sabemos que a água está em equilíbrio com o líquido a373 K e 1 atm a constante pode ser calculada como 51,10 Diagramas de Fase de 1 Componente Colocando essa equação de forma gráfica junto com a curva levantada experimentalmente temos: Equação Experimental Soluções Temperaturas elevadas e baixas pressões interação entre moléculas dos gases são negligenciáveis gases ideais, termodinamicamente similares Fases condensadas forte interação entre moléculas, íons ou átomos das soluções influenciando fortemente seu comportamento termodinâmico. Soluções Considere um líquido A puro p0A é a pressão de vapor sobre o líquido em equilíbrio Se adicionarmos um componente B de tal forma que a fração molar de A seja XA e de B seja XB observa-se que para soluções em que não existe diferenças significativas de afinidade A-A, A-B ou B-B, as pressões de vapor ficam proporcionais as frações molares de cada componente, i.e., p0A Líquido Vapor A e Soluções Esse comportamento é chamado de Lei de Raoult e soluções que se comportam dessa forma são denominadas soluções Raoultianas ou soluções ideais Soluções Nas soluções reais pode haver maior afinidade de A-B do que A-A ou B-B e. a adição de B em resulta em uma evaporação menor que a esperada pela lei de Rauolt e, consequentemente uma menor pressão de vapor. No caso oposto, i.e., rejeição de A por B a evaporação será maior e, assim, uma maior pressão de vapor. Observa-se que para pequenas concentrações de soluto o efeito continua linear embora com inclinações diferentes da lei de Raoult. Esse efeito é chamado de Lei de Henry e na faixa de concentração em que a solução apresenta esse comportamento de Henriano Lei de Henry Comportamento dos Gases Gases Ideais Para T constante e um composição fixa: Para uma mudança isotérmica de pressão Comportamento dos Gases Não tem sentido valor absoluto de G mas defini-se G0 como G em um estado padrão a 1 atm. na temperatura desejada. Assim: Para uma mistura de gases pela lei de Dalton e Comportamento dos Gases A energia livre parcial molar (potencial químico µi) de um componente de uma mistura de gases ideais é: Como o valor da energia livre antes da mistura é: G (Mistura- separado) Comportamento dos Gases Se todos os gases estiverem na mesma pressão antes da mistura e esta for realizada a volume constante temos que pi/P = Xi e: Pode ser observado que como Xi é um número menor que 1, Gmist é negativo ou seja a mistura é espontânea como esperado. Fugacidade e Atividade Defini-se fugacidade f de um gás como a variável equivalente a pressão para um gás não ideal que substituído na equação dos gases ideais corrige a mesma. f = P para pressões baixas e temperaturas elevadas onde todo o gás se comporta como ideal Fugacidade e Atividade A atividade ai de uma substância i é definida como: Onde fi e f0i são as fugacidades dos vapores observados sobre a solução contendo i e i puro. Caso pudermos tratar os vapores como gases ideais temos: Deve ser lembrado que se a solução seguir a lei de Raoult. Temos que: Atividade Similarmente nas soluções reais que para concentrações de soluto pequenas seguem a lei de Henry temos: Dois exemplos de soluções Comportamento Ideal Fe Cr Comportamento Lei de Henry Fe Ni Soluções Para fases condensadas o equilíbrio entre a solução e o vapor leva a que o potencial químico seja o mesmo na fase condensada e no vapor. Com isso a equação da variação de energia livre em função da concentração pode ser generalizada para: Soluções Na formação da solução, a variação da energia livre de Gibbs é: Substituindo ficamos com: Por mol de solução temos: Soluções Como exemplo, se considerarmos uma solução ideal, ai = Xi logo ficamos com uma curva como mostrado a seguir: Observe que a tangente da curva para uma determinada composição é exatamente o potencial químico do da solução naquele ponto. Propriedades das Soluções Ideais Variação de volume Para uma solução ideal Como Xi não é função da pressão V = 0 Propriedades das Soluções Ideais Variação de entalpia Pela equação de Gibbs-Helmhotz temos: Que pode ser escrita para o componente puro e na solução. Logo: Propriedades das Soluções Ideais Como Xi não é função da temperatura Hmistura = 0 Em outras palavras “Se uma solução for ideal não ocorre nem variação de volume nem liberação ou absorção de calor (Entalpia)” Reações Químicas Equilíbrio Químico Equilíbrio químico a T e P constantes G = 0 Reação genérica aA + bB lL + mM e Reações Químicas Equilíbrio Químico O termo: Representa a variação de energia livre padrão da reação considerando todos os reagentes e produtos no seu estado padrão, A razão: = G0 É chamado de quociente de atividade da reação Reações Químicas Equilíbrio Químico Combinado temos: G = G0 + RTlnQ O valor de Q faz com que a reação esteja em equilíbrio e denominado K – constante de equilíbrio da reação. Logo no equilíbrio G = 0 e G0 = - RTlnK Efeito da Temperatura em K Equação de Gibbs-Helmholtz Equação de van’t Hoff variação de K depende do sinal de H0 H0 + K diminui com o aumento da temperatura H0 - K aumenta com o aumento da temperatura Efeito da Temperatura em K Essa equação mostra uma lei natural chamado princípio de Le Chatelier que diz que a natureza sempre tende a reagir contra qualquer ação efetuada para desestabiliza-la; Nesse caso se temos uma reação exotérmica em equilíbrio, se tentarmos aumentar a temperatura a reação se desloca para a esquerda absorvendo calor e tentando abaixar a temperatura Se a reação for endotérmica e tentarmos aumentar a temperatura a reação se desloca para a direita tentando abaixar a temperatura. Efeito da Pressão no Equilíbrio de Gases No caso de gases considera uma reação genérica: aA + bB lL + Mm A constante de equilíbrio K é: Obseve que o efeito de P total na reação depende dos valores de a, b, l e m já que para manter K constante, caso a + b for maior que l + m, i.e., ocorre uma redução no numero de moles ao se processar a reação, um aumento de P força um deslocamento da reação para a direita reduzindo número de moles total e reduzindo a pressão. Caso a + b for menor que l + m, i.e. ocorre um aumento do número de moles total, um aumento da pressão leva a que a reação seja deslocada para a esquerda no sentido de reduzir a pressão Equilíbrio Químico No caso de equilíbrio numa mistura gasosa o tratamento do problema fica simples já que os gases podem ser considerados ideais em termos práticos. Com isso podemos nos livrar do cálculo das atividades. Por exemplo: Considere a quebra da amônia gasosa através da reação: Analise sob as seguintes condições 400 oC e Pressão constante de 1 atm Pressão inicial de 1 atm e volume constante Pelas tabelas termodinâmicas a energia livre padrão da reação vale: Equilíbrio Químico Portanto temos para a reação: Pela estequiometria da reação temos que se partirmos de 1 mol de NH3 e x for o número de moles formados de N2 se formam 3x moles de H2 e permanecem (1 -2x) moles de NH3. e nT = 1 – 2x + x +3x = 1 + 2x moles e Inicial Após a reação Equilíbrio Químico Assim temos que: lembrando que (1 – y) (1 + y) = (1 – y2) ficamos com: Para uma pressão de 1 atm , x= 0,4954 e Equilíbrio Químico Se considerarmos agora a volume constante a pressão total varia (nesse caso aumenta já que o número total de moles aumenta) e representamos por P’ Considerando a equação dos gases temos P’ = (1 + 2x) R T Como V é constante Logo P’ = (1+ 2x) constante Logo Equilíbrio Químico Portanto x = 0,4909 Observe que o resultado está dentro do principio de Le Chatelier que afirma que a reação se adéqua para se comportar contra a ação externa. Como o sistema é mantido a Voluma constante e, com isso aumenta a pressão, o sistema se desloca de forma a decompor menos amônia do que a pressão constate e tentar diminuir a pressão. Equilíbrio Químico Em metalurgia é muito comum reações entre sólidos ou líquidos puros e uma fase gasosa. Nesse caso as fases condensadas puras possuem atividade unitária e a mistura gasosa pode ser considerada gás ideal. Nesse caso temos, por exemplo um solido A reagindo com um gás B resultando num sólido L e um gás M aA + bB lL + mM Equilíbrio Químico Exemplo: Ustulação de minérios sulfetados Zn, Cu, Pb, etc. ocorrem como sulfetos Aquecimento do minério com ar para transformar Sulfeto em Óxido ou em Sulfato Equilíbrio Químico Para a reação (a) a constante de equilíbrio é Combinando as reações (c) e (e) , tem-se: É possível. Pois encontrar uma relação entre log PSO2 e log PO2 para todas as reações envolvidas na Ustulação Equilíbrio Químico Diagrama de predominância de áreas para o sistema Ni – O2 – S para 1000 K Exemplo Ustulação do sulfeto de chumbo a 1100 K e 1 atm. 12 % SO2 e 4 % O2. É PbSO4 a fase estável? Com 1 % de O2 qual seria a pressão parcial de SO2 para formar PbO.PbSO4? A 1100 K a constante de equilíbrio da reação: Exemplo Com isso a PSO3 em equilíbrio é 2,63 x10-5 atm. Essa pressão parcial é muito menor que a utilizada logo PbSO4 é a fase estável Se a pressão de O2 for de 1 % a pressão de equilíbrio de SO2 seria Exemplo Examine as condições de equilíbrio entre uma liga líquida de Fe-Mn e uma escória líquida de FeO-MnO em uma atmosfera contendo oxigênio.a 1800 0C. Para as reações seguintes temos: e Exemplo Considere ambas as soluções com comportamento Raouliano. Calcule qual a pressão de Oxigênio em equilíbrio em função da composição da liga A reação pertinente é: Portanto Exemplo Se as soluções podem ser consideradas ideais, Se considerarmos, uma concentração 50-50 de Fe-Mn temos: Assim podemos calcular o teor dos elementos na escória para qualquer teor de dos elementos na liga metálica Exemplo Quanto a pressão do oxigênio pode-se considerar qualquer das equações de equilíbrio óxido-metal: Soluções ideais Solubilidade dos Gases nos Metais Lei de Sievertz É verificado experimentalmente que os gases se dissolvem atomicamente dos metais, i.e., um gás G2 se dissolve no metal dissociando-se segundo a reação: ½ G2 (g) G onde G representa o gás sob a forma atômica dissolvido. A constante da reação é Se estamos falando de baixas concentrações de gás dissolvido o mesmo segue a lei de Henry e portando a atividade é proporcional a concentração. Com isso concluímos que solubilidade do gás no metal e proporcional a raiz quadrada da pressão parcial do mesmo na atmosfera em contato com o mesmo, Essa Lei é chamada de Lei de Sievertz. Solubilidade dos Gases nos Metais Como exemplo a curva abaixo mostra a solubilidade do Nitrogênio e do Hidrogênio no Fe. Observe que a solubilidade de ambos os gases é muito maior no líquido que no sólido e também na fase que na fase . Esse fato pode levar a geração de defeitos como porosidade e trincas e tensões internas nas peças já que a pressão de equilíbrio é muito elevada. Diagramas de Fase de Sistemas Binários Como observado em soluções a energia livre de Gibbs da Mistura é: No caso de soluções ideais a aparência dessa curva é como abaixo. A derivada em relação a composição química da curva (tangente a curva) é exatamente o potencial químico. Diagramas de Fase de Sistemas Binários Observe que se tivermos pequenos afastamentos da idealidade temos: I = ideal II– Afastamento negativo III = Afastamento positivo Diagramas de Fase de Sistemas Binários Observe que se a curva for convexa para cima ao longo de todas as composições a solução homogênea é sempre mais estável que a mistura de duas soluções. G (a + b =c) > G (d) G (m + q =s) < G (r) Diagramas de Fase de Sistemas Binários Quando discutimos diagramas de fase observa-se que a fase gasosa normalmente possui solubilidade total e pode ser considerada uma solução ideal (gás ideal) A fase líquida já pode apresentar intervalos de insolubilidade mas também ainda, em sua grande maioria, é totalmente solúvel e com comportamento ainda próximo ao ideal. A fase sólida já depende fortemente dos componentes. A não ser que os átomos ou moléculas sejam muito similares, normalmente só aceitam pequenas dissoluções Normalmente quanto maior a temperatura maior o intervalo de solubilidade Diagramas de Fase de Sistemas Binários Sistemas com solubilidade total no líquido e no sólido – diagrama ISOMORFO Líquido Sólido T G Xa Diagramas de Fase de Sistemas Binários Sistemas com solubilidade total no líquido e somente para baixas concentrações no sólido – Diagrama sistemas EUTÉTICOS Diagramas de Fase de Sistemas Binários A solubilidade no sólido pode ser muito pequena e, em alguns casos considerada desprezível. Em termos de G podemos representar: Decréscimo de solubilidade Diagramas de Fase de Sistemas Binários Um diagrama Eutético com solubilidade desprezível nos sólidos é apresentado abaixo: Diagramas de Fase de Sistemas Binários Reações Especiais Eutético L →α + β Peritético α +L →β Monotético L1 →α +L2 Eutetóide γ → α + β Peritetóide α + β → γ
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