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Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
ANA MARIA NOGUEIRA PATU DE OLIVEIRA
trabalho interdisciplinar individual 
Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil.
Anápolis
2019
Ana maria nogueira patu de oliveira
Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil.
Trabalho de Pedagogia apresentado a Universidade UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral para a disciplinas: Sociologia da Educação; Legislação Educacional; Teorias e Práticas do Currículo; Filosofia da Educação; Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil. Professor (es): Ana Paula Primon da Silva
Anápolis
2019
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar, a partir de uma pesquisa bibliográfica, Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil, nos mostrando que a educação infantil deve ser realizada de forma que o educador estimule o desenvolvimento cognitivo dos alunos, e, através do caráter filosófico, os ensine sobre o questionamento a cerca de uma questão para a resolução de uma atividade. Além disso, os aspectos sociológicos estão ligados em como a educação infantil reflete no processo de formação das crianças e com isso a necessidade de instituições escolares que trabalhem corretamente, o que traça um paralelo com os aspectos políticos, que vão desde a promoção de programas para o ensino infantil como a necessidade de políticas públicas para o campo da educação.
Por fim, os aspectos pedagógicos estão relacionados ao cotidiano escolar e tanto na didática como na organização do currículo.
2 Aspectos da educação infantil
A educação infantil é o serviço educacional oferecido a meninas e meninos maiores a seis anos, com o objetivo de potencializar seu desenvolvimento integral e harmonioso, em um ambiente rico em experiências formativas, educacionais e emocionais, o que que lhe permitirá adquirir habilidades, hábitos, valores, bem como desenvolver sua autonomia, criatividade e atitudes necessárias em seu desempenho pessoal e social. 
A filosofia joga um papel muito importante já que o comportamento é estudado através dela, e assim ela propõe como pode se ensinar às crianças partindo de seus conhecimentos inatos.
Dentre os aspectos sociológicos se estudam as demandas sociais e culturais que a sociedade tem e espera do sistema educacional. O conhecimento, atitudes e valores que você considera necessários para socializar os alunos e assimilar seus bens pessoais.
São os diversos eventos políticos que condicionam a proliferação de instituições educativos dedicado ao cuidado das crianças, por exemplo as guerras do início do século XIX, que parte devastada da Europa, deixando fome e extrema pobreza. Foi nesse contexto onde filantropos, idealistas e religiosos fundaram as primeiras instituições de caráter assistência para proteger crianças órfãs de guerras.
São os modelos pedagógicos relacionados às abordagens atuais da Educação Inicial e que, orientam o processo educacional das crianças nas escolas, bem como as metodologias de ensino dos professores.
 Cenário da educação infantil no brasil. 
 O Brasil avançou nos últimos anos no que diz respeito ao acesso à educação infantil. O atendimento de crianças de 0 a 3 anos nas creches passou de 16% em 2005 para 30,4% hoje. Na pré-escola, o total de crianças matrículas passou de 72% para 90% no período. Apesar disso, ao analisar os dados, vemos como a oferta ainda é insuficiente e desigual. Números oficiais indicam que um terço das crianças de 0 a 3 anos mais pobres do Brasil está fora da creche por falta de vaga.
 Mas de nada adianta criarmos novas vagas se não sabemos que tipo de educação estamos oferecendo às nossas crianças. Não basta ampliar o atendimento, precisamos também garantir a qualidade do serviço. Uma boa educação infantil é importante para o desenvolvimento saudável da criança e está associada a maiores níveis de sucesso acadêmico e profissional e redução de desigualdades sociais. Inclusive, estudos mostram que creches de má qualidade podem até causar impacto negativo no desempenho dos estudantes a longo prazo.
 Por isso, precisamos garantir que as instituições de educação infantil brasileiras tenham profissionais qualificados, práticas pedagógicas enriquecidas, espaço físico e materiais apropriados. Investimento na formação dos professores e no monitoramento da qualidade do atendimento deve ser prioridade. Trabalhar para diminuir as dificuldades de comunicação entre as escolas e as famílias também é fundamental. 
 MAPEAR PARÂMETROS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
 O que uma creche precisa ter para ser considerada de qualidade? Continuamente mapeamos o que o meio acadêmico, as lideranças governamentais e a sociedade civil entendem por creche de qualidade.
 Movimentamos uma série de pesquisadores que nos ajudam a entender esse cenário e a construir um conjunto de indicadores que possam ser avaliados. E, a partir disso, também levantamos opções de instrumentos para medir a qualidade dessas instituições. 
Assim, traçamos caminhos. Caminhos mais seguros para se construir uma educação infantil brasileira melhor e mais igualitária, que promova o real desenvolvimento da criança e de toda a sociedade. 
 BUSCAS POLITICAS EDUCACIONAIS INSPIRADORAS 
Conhecer exemplos de políticas e práticas em educação infantil ao redor do mundo para ampliar e enriquecer o debate acerca dos desafios que temos pela frente no Brasil. 
Analisamos iniciativas distintas em países tão diferentes como Argentina, Colômbia, Peru, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Suécia, Japão Austrália e Nova Zelândia. 
Surge então uma cuidadosa seleção de informações no que diz respeito à oferta, à infraestrutura e aos processos pedagógicos. E a ideia de organizar essas boas práticas em uma publicação é divulgar sínteses dessas práticas para especialistas e lideranças que atuam na educação de crianças pequenas. Uma fonte para servir de embasamento e inspiração. 
 COLABORAR COM A IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC.
A Base Nacional Comum Curricular é um documento que define o que toda criança e todo jovem brasileiro têm direito de aprender.
O avanço da BNCC significa uma oportunidade única de
melhorarmos consideravelmente as condições gerais dessa etapa, uma vez que em muitas redes ela é ofertada em níveis de qualidade inadequados e com baixa intencionalidade pedagógica. Precisamos lembrar que o acesso à cultura escrita desde a educação infantil pode ser fundamental para o processo de alfabetização das crianças no ensino fundamental.
A homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) representa um avanço importante para a equidade e qualidade da educação brasileira. Nós participamos ativamente dessa conquista e agora, em campo, estamos ajudando a garantir que diretrizes desse documento sejam colocadas em prática da melhor maneira. 
Para isso, contamos com pesquisadores em cinco estados, um de cada região, para acompanhar a implementação da BNCC em todo o país. Durante a pesquisa, usaremos os achados para dar subsídios para esse mesmo processo em outros estados e municípios. 
Também concluímos um levantamento sobre currículo para a educação infantil em oito países - Chile, Escócia, França, Nova Zelândia, Canadá (Ontário), Portugal, Suécia e Singapura. Uma pesquisa que, compartilhada, contribuiu para a revisão da segunda versão do texto sobre educação infantil para a BNCC. 
 POR QUE IMPLEMENTAR A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR?
A BNCC permite promover uma maior coerência e articulação de elementos cruciais para a garantia da aprendizagem dos alunos dessas etapas, tais como: 
Recursos didáticos
Avaliações externas
Formação de professores 
 Projetos Pedagógicos 
Currículo redes / escolas
 BNCC: ALFABETIZAÇÃO ATÉ O SEGUNDO ANO
Antes, a alfabetização era prevista até o terceiro ano. Hoje, a estimativa é que se tenha alunos alfabetizados mais cedo. Essa medida tem como objetivo deixar a educação mais igualitária. Dessa forma, todos os alunos podem estar no mesmo nível básico de ensino.
Entretanto, o modelo ainda divide pais e professores. Quem não concorda justifica que o processo de aprendizado varia de criança para criança. Por isso, é importante resguardar o direito ao desenvolvimento natural de aquisição do conhecimento.
A BNCC na Educação Infantil tende ao fortalecimento das ciências exatas em relação às humanas. Isso acontece porque os alunos são mais incentivados a estudar gráficos, tabelas e a criar bancos de dados.
Além disso, o ensino da história, por exemplo, passa a ser na ordem cronológica dos fatos, em vez de ser apresentado como processos sociais interconectados. O ensino religioso, por sua vez, deixou de ser obrigatório e tornou-se optativo. Nesse contexto, cada escola pode escolher inseri-lo ou não em seus currículos.
QUAL PAPEL DO PROFESSOR NA BNCC?
O professor é o principal agente de aplicação da BNCC na Educação Infantil. Os profissionais encontrarão uma série de desafios e deverão aprender a desenvolver as competências do aluno, além de colocar a pedagogia diferenciada em prática e garantir todos os direitos de aprendizagem.
Para isso, o primeiro passo é capacitar os docentes. Sem a formação continuada, a BNCC não será concretizada. Porém, algumas questões ainda precisam ser respondidas, entre elas: como preparar os professores? Como fazer a implementação de forma igualitária?
Se quem está ensinando não souber sobre o que está falando, não será possível transmitir o conhecimento de forma correta para os alunos. Como existem profissionais em fase inicial e outros com anos de carreira, a melhor maneira de falar com pessoas tão distintas é mapeando as dificuldades individuais.
A formação dos docentes precisa estar atenta às demandas do século XXI e às necessidades dos alunos. Isso corresponde a receber uma formação contextualizada e que prioriza o protagonismo estudantil.
Atualmente, o professor não é mais apenas aquele que leciona. É importante saber dialogar com o aluno que, por sua vez, também ensina enquanto aprende. Assim, ele se torna corresponsável por um processo em que todos se beneficiam.
Dessa forma, a formação dos professores voltada inteiramente para as aulas expositivas deve ser aposentada. Nesse contexto, o foco deve ser na aprendizagem por meio de experiências práticas, pesquisas e pelo envolvimento com a família.
Para o mediador entrar em cena, ou seja, aquele que mostra caminhos, auxilia e orienta, deixando que o aluno trilhe a sua própria via na construção do conhecimento, é preciso que o professor na educação infantil se reinvente.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elaborou um documento que orienta para o aprimoramento das políticas voltadas à formação continuada de professores, visando a implementação dos currículos adaptados à BNCC.
Para tal fim, é necessário entender quais são as reais necessidades dos educadores e como eles já estão contribuindo para a nova formação das crianças.
CONCLUSÃO
Através desse estudo, pode-se constatar que o conceito de infância repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrinsecamente ligada ao conceito de infância, tendo a sua evolução marcada pelas transformações sociais que originaram um novo olhar sobre a criança.
É bom lembrar que a educação voltada para os pequenos só aconteceu devido à mudança de olhar da sociedade valorizando-a, caso não houvesse isso á educação infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essas etapas.
No Brasil a educação infantil, como Políticas Públicas só desponta somente no século XX, demonstrando a falta de cuidado com a infância brasileira. Por outro lado, a presença de discussões sobre a educação infantil, resultou em leis e documentos como a (Constituição Federal de 1988, ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, LDB, Lei de Diretrizes e Bases, RCNEI, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil e a criação do MEC, Ministério da Educação), isso mostra que há uma preocupação pelas leis que regulamentam a educação infantil no Brasil.
REFERÊNCIAS
Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Qualificar a Educação Infantil. Disponível em: https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/o-que-fazemos/qualificar-a-educacao-infantil/. Acesso em: 15/10/2019 
Etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Disponível em: https://www.todospelaeducacao.org.br/_uploads/_posts/172.pdf ; Acesso em : 16/10/2019
BNCC na educação infantil :o guia completo das competências previstas. Disponível em : https://educacaoinfantil.aix.com.br/bncc-na-educacao-infantil-o-guia-completo/ 16/10/2019 
Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Art. 205-214. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988.
MENDONÇA, Fernando Wolff. Teoria e Prática na Educação Infantil. Maringá, PR: UNICESUMAR, 2013.
KUHLMANN JR, M. A Circulação das idéias sobre a educação das crianças: Brasil inicio do século XX. In: FREITAS, M. C.; KUHLMANN JR., M. (Orgs). Os intelectuais na historia da infância. São Paulo: Cortez, 2002. P. 459-501.

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