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Casos Concretos dos Planos de Aula de Redação Instrumental Plano de aula 1: Questão 1 Identifique se os textos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua resposta, com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta de trabalho, consulte o esquema apresentado acima. Fragmento 1 Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e um abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que houve violência, que a invasão se deu durante a noite - clandestinamente, portanto - e que isso lhe trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os fatos e, entre outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter jurisdição de urgência. Apesar da evidente ilegalidade em todo o procedimento licitatório e atos subsequentes, como já mencionado acima, o direito positivo brasileiro indica que é possível a ocorrência de imoralidade sem necessariamente a existência de ilegalidade, uma vez que a própria Constituição Federal de 1988, ao estabelecer os princípios aplicáveis à Administração Pública, previu como princípios autônomos a legalidade e a moralidade. Em outras palavras, a afronta à moralidade que deve permear os atos da Administração pode, por si só, causar a lesividade que autoriza o manejo da ação popular, com ou sem repercussão patrimonial e, no caso, mesmo que acolhida a duvidosa licitação, esta não legitima o contrato, pois prevalecem os princípios da Administração Pública. Resposta: Narrativo/Argumentativo. O primeiro parágrafo é narrativo, em virtude de o texto ter informado tão somente os fatos a serem analisados pelo Judiciário. Além disso, esse parágrafo tem os seguintes elementos constitutivos: fato gerador do conflito/pedido (esbulho de terreno); partes processuais (Augusto e Germano); caracterizando um texto narrativo. Já o segundo parágrafo é argumentativo, pois o texto tem a função de persuadir o leitor como se vê no seguinte trecho: “Apesar da evidente ilegalidade em todo o procedimento licitatório e atos subsequentes, como já mencionado acima, o direito positivo brasileiro indica que é possível a ocorrência de imoralidade sem necessariamente a existência de ilegalidade, uma vez que a própria Constituição Federal de 1988, ao estabelecer os princípios aplicáveis à Administração Pública, previu como princípios autônomos a legalidade e a moralidade”. Há uma preocupação em mostrar que a imoralidade descrita pode ser, segundo o ordenamento jurídico pátrio, considerada legal. 1 Fragmento 2 O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil, razão por que está passando por privações. O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1500,00 (hum mil e quinhentos reais) mensais. Resposta: Narrativo. Ambos os textos estão sendo somente informativos. Não há indícios textuais de persuasão. Elementos constitutivos: - fato gerador do conflito/pedido: pensão alimentícia. - partes processuais: Alimentando e alimentado. - por que do pedido?: O alimentado está passando por privações. Fragmento 3 Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua própria assertiva em Inicial “roupa suja se lava em casa”. Resposta: Argumentativo. Nota-se que o texto leva o leitor a considerar que o Autor agiu em virtude da emoção. Fragmento 4 O autor afirmou que o réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o autor assegurou que o réu teria cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, "Chique- Chique", supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utiliza-se de toda a estrutura de maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília. Resposta: Narrativo. O texto exerce a função de informar os fatos somente. 2 Fragmento 5 Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de "ladra" pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação. Resposta: Argumentativo. O texto tem a função de persuadir o leitor. Fragmento 6 Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados. Resposta: Argumentativo. O texto expõe uma conclusão, cuja função é persuadir o leitor. Plano de Aula 2 Coloque os fatos dos casos concretos 1 e 2 na ordem cronológica ou linear, estabelecendo relações lógicas entre os raciocínios, e, em seguida, responda às perguntas básicas sobre cada um deles, como: QUEM QUER?, QUER O QUÊ?, DE QUEM?, POR QUÊ?, ONDE?,QUANDO?, COMO?. A resposta a essas perguntas são importantes porque permitem perceber vários pontos relevantes dos casos concretos em estudo. Observe: QUEM QUER? Retrata a parte que o advogado representa/Autor. QUER O QUÊ? Retrata o pedido, o mérito. DE QUEM? Delimita a parte/ Réu. POR QUÊ? Retrata a causa de pedir, fundamentos de fato e de direito. ONDE? Sinaliza a competência/lugar. QUANDO? É relevante porque se refere à ideia de tempo (dia, mês, ano), marcando a relação de anterioridade e posterioridade dos fatos narrados, isto é, a sequência cronológica em que os fatos ocorreram. 3 COMO? O elemento como é o passo a passo da situação fática e auxiliará, inclusive, na interpretação do caso concreto, pois é a Narrativa Jurídica propriamente dita. CASO CONCRETO1 Questão 1 XIV EXAME DA ORDEM /2013 Síntese da entrevista feita com Bruno Silva, brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF 0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em 20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150, Cuiabá - CEP 20000-000: (7) Bruno costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários, ganhando em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS não teve condição física de realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao emprego. (4) No acidente, sofreu amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e medicamentos e levou consigo os recibos. (2) que teve a CTPS assinada e exercia a função de empacotador, recebendo por último o salário de R$ 1.300,00 por mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa máquina adquirida para tal fim. (1) Que foi admitido em 05.07.2011 pela empresa Central de Legumes Ltda., situada na Rua das Acácias, 58 - Cuiabá. CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa em 27.10.2013, quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual; (6) No seu retorno ao trabalho, foi comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua capacidade laborativa, razão por que foi readaptado a outra função. (3) Em 30.11.2011 sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficou afastado pelo INSS e recebeu auxílio doença acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço. (5) A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade. QUEM QUER? Bruno Silva. QUER O QUÊ? Gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e medicamentos e levou consigo os recibos. Ganhando em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS não teve 4 condição física de realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao emprego. DE QUEM? Empresa Central de Legumes Ltda. POR QUÊ? Domiciliado na Rua Oliveiras, 150, Cuiabá - CEP 20000-000. QUANDO? 30.11.2011. COMO? Sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficou afastado pelo INSS e recebeu auxílio doença acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço. Questão 2 CASO CONCRETO 2 XIV EXAME DA ORDEM /2012 (2) O terreno está situado na Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de Condonópolis, no Estado de Tocantins. (6) Em razão disso, Norberto tem sido constantemente sondado a se retirar do local, recebendo ofertas de valor insignificante, já que as construtoras alegam que o terreno sequer pertence a ele, pois está registrado em nome de Cândido Gonçalves. (1) Norberto da Silva, pessoa desprovida de qualquer bem material, adquiriu de terceiro, há nove anos e meio, posse de terreno medindo 240 m² em área urbana, onde construiu moradia simples para sua família. (7) Norberto não tem qualquer interesse em aceitar tais ofertas; ao contrário, com setenta e dois anos de idade, viúvo e acostumado com a vida na localidade, demonstra desejo de lá permanecer com seus filhos. (4) A posse é exercida ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, sem qualquer oposição. (5) No último ano, o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à construção de suntuosos projetos imobiliários. (3) São seus vizinhos do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar. QUEM QUER? Norberto da Silva. QUER O QUÊ? Norberto não tem qualquer interesse em aceitar tais ofertas; ao contrário, com setenta e dois anos de idade, viúvo e acostumado com a vida na localidade, demonstra desejo de lá permanecer com seus filhos. 5 DE QUEM? Construtoras. POR QUÊ? No último ano, o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à construção de suntuosos projetos imobiliários. QUANDO? É relevante porque se refere à ideia de tempo (dia, mês, ano), marcando a r elação de anterioridade e posterioridade dos fatos narrados, isto é, a sequência cronológica em que os fatos ocorreram. COMO? Norberto tem sido constantemente sondado a se retirar do local, recebendo ofertas de valor insignificante, já que as construtoras alegam que o terreno sequer pertence a ele, pois está registrado em nome de Cândido Gonçalves. Plano de Aula 3 A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro no setor de produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em cheio o olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro. Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual para o resto de sua vida. Questão 1 A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 10 linhas, a escolha lexical intencional do advogado, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. Resposta: Nota-se que o representante do reclamante utilizou de uma narrativa valorativa, ou seja, um texto com juízo de valor, com a intensão de persuadir o magistrado, a quem o texto é direcionado. Como exemplo de o texto se tratar de uma argumentação, cita-se o seguinte trecho do mesmo: “Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro”. Indubitavelmente trata-se de um texto argumentativo, cujo intuito do advogado do reclamante é convencer o juiz a decidir o litígio em favor do seu cliente. Questão 2 6 Identifique, no parágrafo acima, pelo menos duas informações ou versões que a parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta. Resposta: - Não fornecimento do EPI, que no caso em tela, seria o óculos de proteção; - O empregado ficou com deficiência permanente em uma das vistas. Trabalho de pesquisa: Função persuasiva da narrativa jurídica Resposta: A narrativa jurídica tem como ponto de partida a narração dos fatos que geraram a situação fática, começando sempre pela causa de pedir mais remota (origem do negócio jurídico/relação com Direito material) e terminando com a causa de pedir próxima (descumprimento da obrigação pelo réu), indicando o porquê deseu pedido. A narrativa jurídica deve ser clara em relação ao pedido e a causa de pedir, pois, somente, assim, o réu terá condições de compreender qual é a exata pretensão do autor e exercer o contraditório. Além disso, sabe-se que o autor deve narrar e descrever todos os fatos relevantes exaustivamente para que o juiz possa dar-lhe o Direito. Questão 3 Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva fragmento de um voto em que a narração esteja a serviço da argumentação. Resposta: STF admite execução da pena após condenação em segunda instância. O Senhor Ministro Edson Fachin: Vinte e oito anos completa a Constituição da República, o que é motivo de gáudio para a sociedade brasileira. Nossa compromissória Constituição, como se sabe, foi produzida num democrático ambiente de dissensos, o que nos legou um texto eclético, onde coabitam concepções ideológicas, avanços civilizatórios e desafios hermenêuticos. Sob suas luzes se alcançam soluções e se instalam controvérsias. No âmbito da política criminal, por exemplo, há quem veja nos aparelhos repressores do Estado a panaceia para qualquer infração à lei, cuja solução é a violência estatal própria da prisão. Outros, diversamente, ao oposto, por pior que seja o crime cometido, pregam a extinção da pena privativa de liberdade, representativa de uma violência que julgam sempre irracional, desnecessária e ineficaz. Aspectos relevantes dessas concepções intentam encontrar igual guarida no texto constitucional. Por essa razão, a partir da Constituição da República, de um lado, 7 há textos que se traduzem na exaltação mais completa da tutela da liberdade e, de outro, textos que impõem ao Estado um determinado rigor criminal. Não se pode, de qualquer forma, como preconizado pelo eminente Ministro Eros Roberto Grau em obra doutrinária, perder de vista que “não se interpreta o direito em tiras, aos pedaços.//A interpretação de qualquer texto de direito impõe ao intérprete, em qualquer circunstância, o caminhar pelo percurso que se projeta a partir dele – do texto – até a Constituição. (…) // A interpretação do direito – lembre-se – desenrola-se no âmbito de três distintos contextos: o linguístico, o sistêmico e o funcional [Wróblewski 1985:38 e ss.]. No contexto linguístico é discernida a semântica dos enunciados normativos. Mas o significado normativo de cada texto somente é detectável no momento em que se o toma como inserido no contexto do sistema, para após afirmar-se, plenamente, no contexto funcional.” (GRAU, Eros Roberto. Porque tenho medo dos juízes – a interpretação/aplicação do direito e os princípios. 7 ed. São Paulo : Malheiros. 2016. p. 86). Nessa linha, registro minha concepção sobre a tutela dos direitos fundamentais, a qual pode albergar a defesa de bens jurídicos fundamentais cuja proteção o Estado também provê pela via do Direito Penal. Plano de Aula 4 Caso concreto 1 O réu subtraiu do estabelecimento comercial Andorinha dois pacotes de biscoitos e um queijo minas. O réu agiu em estado famélico porque passava por necessidade financeira em decorrência de estar desempregado, sem qualquer condição de subsistência e esse fato que lhe forçou à execução do pequeno delito, mas sem uso de qualquer violência. Questão 1 A linguagem forense utilizada pelo advogado na versão dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 6 linhas, a escolha lexical intencional do advogado na exposição dos fatos, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. Resposta: O representante do réu utilizou da narrativa valorativa, ou seja, da argumentação, ao utilizar o juízo de valor. O advogado propôs que o Juiz extinguisse a punibilidade por meio do princípio da insignificância. Ele utilizou dos seguintes recursos argumentativos: mínima ofensividade da conduta do agente (“mas sem uso de qualquer violência”), reduzido grau de reprovabilidade do comportamento (“O réu agiu em estado famélico porque passava por necessidade financeira em decorrência de estar desempregado”). 8 Caso concreto 2 O empregador alegou que a cópia dos arquivos no pen drive do empregado - analista de sistema-, independentemente da falha ocorrida no computador dele, poderia ter sido feita em dispositivo que era fornecido pela empresa. O empregador afirmou que, após a auditoria interna em que foi constatada a cópia dos arquivos, veio a demissão por justa causa por quebra de confiança. A empresa disse, ainda, que os dados eram sigilosos e que houve quebra de confiança. Questão 2 A partir do resumo do caso concreto 2, redija uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. Resposta: A analista de sistema, por motivo de segurança, resolveu utilizar do procedimento profissional chamado “backup”, cuja finalidade é salvar dados em um dispositivo reserva para, caso ocorra algum imprevisto com o dispositivo de armazenamento onde se encontra os dados originais, tenha um outro dispositivo com os dados copiados. No caso em tela, nota-se que o “animus” da empregada era somente de proteger o patrimônio do seu empregador, e não de utilizar os dados com a finalidade exposta pelo titular da ação. Caso Concreto 3 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2015, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a Inicial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Questão 3 A partir do resumo do caso concreto 3, produza uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. Resposta: No caso discutido, há de ser mencionado que o réu agiu em consequência de extrema emoção afetiva com que tinha pela Maísa. Há de se notar que o artigo 217-A do Código Penal (Estupro de vulnerável) faz jus a comportamentos 9 tidos como psicopatas, e não ao que foi constatado no réu, cuja intenção era somente afetiva. O que diferencia o operador do Direito da sociedade em geral (senso comum) é que aquele analisa o caso concreto tendo em mente a objetividade e subjetividade do autor da conduta, para que não caia na armadilha de aplicar a letra pura da lei. Nesse tribunal, é notório que o conhecimento da lei e, principalmente, da operabilidade da mesma seja plena, por isso, afirmo que o acusado é inocente em relação ao que está exposto na denúncia. Plano de aula 5 Caso Concreto No dia 9 fevereiro de 2015, em uma segunda-feira ensolarada, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos,portadora de doença degenerativa, com muita pressa, toda maquiada e com um belo coque e óculos escuros vermelhos, com roupas e sapatos estranhos à moda atual, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h 55min às 16h 26min. Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à estagiária do banco, moça muito magra e extremamente bem vestida, com olhos de ressaca alencariana, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se mais modernoso e atraente aos clientes e aos funcionários. Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la. Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, que era muito alto, forte e malhado, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o atraente vigilante não lhe deu atenção, e lá resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação. Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda. Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, morena, muito elegante e simpática, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da agência e que se prontificou a servir de testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e 10 desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada. Matilde Correa, baixinha e nada elegante, gerente da agência bancária, ao ser interrogada, alegou que a situação que se criou foi fruto da impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários passa pelo cofre do Banco. (Texto adaptado) Resposta: No dia 9 fevereiro de 2015, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro. A mesma aguardara atendimento em duas filas, no período das 14h 55min às 16h 26min. Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à estagiária do banco, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas. A aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la. A aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, o número da Lei das Filas, sem obter sucesso. Após esse episódio, ela ligou para a Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem explicar o motivo. Após uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda. Finalizado seus objetivos na agência bancária, Iolanda se dirigiu à Delegacia de Polícia mais próxima, acompanhada da testemunha Hilda Thomás dos Santos, 29 anos, onde registrou o Boletim de Ocorrência, narrando os fatos mencionados. A gerente da agência bancária em questão, Matilde Correa, alegou que todo ocorrido se deu em virtude do comportamento da Iolanda. Além disso, a gerente mencionou que a presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários passava pelo cofre do Banco. 11 Plano de aula 6 O Promotor de Justiça, ao fazer a Denúncia, assim se expressa: O Representante do Ministério Público, ao final assinado, no uso de suas atribuições e na melhor forma de Direito, vem, com base no incluso inquérito policial, oferecer DENÚNCIA contra: FULANO DE TAL, pelo cometimento de fato delituoso que passa a narrar: [...] Já a Defesa fala de seu lugar discursivo, pelo qual apresenta argumentos na tentativa de convencimento e persuasão da autoridade julgadora, buscando passar para a sociedade uma figura diferente daquela que o Promotor de Justiça e o Juiz fizeram de seu cliente. Não é sem propósito a importância da modalização que consiste na atitude do operador do Direito em relação ao conteúdo objetivo de sua fala, daquilo que ele diz ou afirma. Vimos que um dos elementos discursivos mais empregados na modalização consiste na seleção lexical ou vocabular mais conveniente ao fortalecimento da tese do cliente, pois, em muitos casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal como acontece em: sacrificar/matar/assassinar; cidadão/réu/ assassino/delinquente. Questão 1 Redija, agora, uma narrativa jurídica sobre o caso concreto abaixo, selecionando todas as informações relevantes em ordem cronológica e verifique, ainda, se constam dela os seguintes elementos que a constituem: o quê, quem, por quê, quando, onde, como(passo a passo da narrativa jurídica/Denúncia). Caso Concreto Familiares de Ana Carolina Vieira, de 30 anos, encontrada morta na última quarta -feira, 4/11/2015, em São Paulo, afirmam que a dançarina foi ameaçada pelo ex-namorado inúmeras vezes antes de ser assassinada. De acordo com a empresária Mara Dalila Gomes, prima da vítima, Anderson Leitão, de 30 anos, ficou mais agressivo com a jovem após o término do relacionamento, há cerca de dois meses. A Delegacia de Polícia teve acesso a áudios gravados por Ana, nos quais ela chora após as ligações e ameaças do ex-companheiro. Em um dos desabafos, chorando, a jovem diz: "Eu não aguento mais o Anderson me ligando. Meu Deus! É uma tortura! Eu não sei mais o que fazer. O que eu 12 faço?". Em outro áudio, a dançarina revela que já havia sido ameaçada de morte pelo rapaz: "Ele disse que ia me matar, que ia me esquartejar." De acordo com Mara, Ana Carolina decidiu se separar de Leitão após uma briga, em Fortaleza, no Ceará. Ele chegou a morar um tempo com ela em São Paulo. Nessa época, a gente não soube de brigas entre eles. Mas, há cerca de dois meses, em 3 de setembro de 2015, eles tiveram uma discussão aqui em Fortaleza. Ele foi muito agressivo com ela. Então, a Ana decidiu que não dava mais, que ele não a respeitava. Foi aí que começouo inferno disse Marta. Ainda segundo a prima de Ana Carolina, o ex-namorado ligava várias vezes ao dia para a dançarina para ameaçá-la. "Ele ligava cem vezes para ela, direto. Ligava até com número desconhecido. Ela atendia e ele dizia: "E aí? Cansou?" Ele a xingava. Ele é doente e enlouqueceu quando viu que ela não queria mais ele. Então, a matou " - contou. Os áudios, segundo Marta, foram entregues à polícia de São Paulo pelos familiares de Ana. A empresária diz ainda que a família está pensando em cremar o corpo de Ana Carolina em São Paulo e levar as cinzas para Fortaleza. "O desejo dela era ser cremada. A gente quer jogar as cinzas na Praia do Futuro (no Ceará), o lugar preferido dela, numa cerimônia." Mensagens no WhatsApp Igor Holanda, de 27 anos, irmão de Ana Carolina, revelou em seu depoimento, nesta quinta-feira, 5/11/2015, que o ex-namorado da jovem, em 1º e 2/11/2015, se passou por ela em conversas pelo WhatsApp para enganar a família, após matá-la. Segundo Igor, o rapaz matou a dançarina no fim de semana e, depois, usou o celular da vítima para responder mensagens enviadas pela mãe dela. No domingo, em 1/11/2015, a gente ligava e ela (Ana Carolina) não atendia. Minha mãe ficou preocupada e mandou mensagens para ela no WhatsApp. Então, ele mandou uma mensagem pelo celular dela (Ana Carolina) dizendo: Mãe, tá tudo bem. Estou na praia com minhas amigas. Te amo. Beijos?. Mas minha irmã já estava morta. Ele é extremamente inteligente e agora vai querer se passar por doido para se safar? desabafou Igor, que acrescentou: Ele queria passar para a nossa família uma ideia de que estava tudo bem com ela. 13 A melhor amiga da vítima, que não quer aparecer, diz que o rapaz perseguia Ana Carolina desde que o namoro terminou, há seis meses. "Ela já não aguentava mais. Em torno assim de minutos ele ligava mais de 150 vezes no celular dela", conta. A amiga da ex-dançarina contou que na última sexta-feira (30) ele chegou de Fortaleza e foi direto pro apartamento dela. "Ela tinha uma foto dele na portaria do prédio para ele não entrar. Ele entrou sem o menor problema e estava na porta da casa dela. Ela ligou na portaria. Os porteiros foram lá e pediram pra ele sair do prédio. Desde então ele ficou embaixo, interfonando insistentemente pra ela e ela tirou o telefone do gancho porque ela não conseguia mais", diz. No domingo (1º/11/15), ela deixou ele subir. "Ela liberou a entrada porque ela estava com pena dele", completa a amiga. O estudante não conseguiu dizer para os parentes da bailarina porque matou a moça. "Eu estou arrependido. Vocês acham o quê, que eu vivo quase dois anos com uma pessoa e do nada eu estrago com a minha vida e a vida dela e eu não estou arrependido? Se eu pudesse, eu dava a minha vida por ela. Eu dava a minha vida por ela, mas infelizmente eu não pude. Foi luta. Ela me agrediu e eu agredi ela. E eu cheguei ao desespero e eu estrangulei ela", contou Leitão. Na família, todos sabiam do ciúme de Anderson. Ele vai responder por homicídio triplamente qualificado. A polícia voltará ao apartamento de Ana Carolina para colher mais provas. Resposta: Familiares de Ana Carolina Vieira, de 30 anos, encontrada morta na última quarta-feira, 4/11/2015, em São Paulo, afirmam que a dançarina sofrera ameaça de morte pelo ex-namorado, Anderson Leitão, de 30 anos. De acordo com a empresária Mara Dalila Gomes, prima da vítima, Anderson demonstrara sinais de agressividade com a jovem, após o término do relacionamento, há cerca de dois meses. A Delegacia de Polícia teve acesso a áudios gravados por Ana, nos quais ela chora durante alguns deles após conversar com o réu. De acordo com Mara, Ana Carolina decidiu se separar de Leitão após uma briga, em Fortaleza, no Ceará. Igor Holanda, de 27 anos, irmão de Ana Carolina, revelou em seu depoimento, nesta quinta-feira, 5/11/2015, que o ex-namorado da jovem, em 1º e 2/11/2015, passou-se por ela em conversas pelo WhatsApp , nas conversas com a família da vítima, após matá-la. 14 Segundo o irmão de Ana, no domingo, em 1/11/2015, o réu enviou uma mensagem do celular da vítima dizendo: “Mãe, tá tudo bem. Estou na praia com minhas amigas. Te amo. Beijos!”. Uma terceira testemunha disse que o rapaz perseguia Ana Carolina há seis meses. Além disso, a mesma informou, também, que, na última sexta-feira (30), ele chegara de Fortaleza e fora direto ao apartamento da vítima, mesmo sem a autorização da mesma aos porteiros, para permitir que o ex-namorado adentrasse no apartamento. Ao saberem que a pessoa proibida de frequentar o imóvel da vítima estava no apartamento da mesma, os porteiros se direcionaram ao local e retiraram o acusado de onde se encontrava. No domingo (1º/11/15), Ana permitira a entrada de Anderson. Plano de Aula 7 Caso Concreto A partir da leitura do caso concreto abaixo, elabore uma narrativa jurídica em defesa da parte Autora. Faça uso da modalidade culta da língua e mantenha-se fiel ao conteúdo apresentado, sem distorcê-los, sem acrescentar ou criar fato algum. Limite-se apenas aos fatos descritos e narrados. O quê? - Pedido de indenização por danos morais e materiais. Quem ativo? - Direção do parque de diversões Mundo da fantasia empreendimentos Ltda e patrocinadores da festa Sábado sem lei no mundo da fantasia. Quem passivo? - José da Silva, 29 anos, camelô, solteiro, morador da Rua Vale do Sossego, 127 Curicica, Jacarepaguá, Rio de Janeiro - RJ. Onde? - Parque de Diversões Mundo da Fantasia, Avenida da Alegria, 2789, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Quando? - Mais ou menos às 02h da manhã, em 09/9/2014. Como? - (selecionar os fatos relevantes e colocá-los na ordem cronológica): - Quando chegaram ao parque, mais ou menos às 23h, o agito corre solto. e José da Silva e Laura Medeiros começaram a dançar. - A montanha russa atinge a velocidade de 60 Km/h. Anda sempre em posição normal; não tem looping. 15 - José da Silva sai de casa com Laura Medeiros e com a sua galera, às 10h da noite; pega um ônibus e vai para a festa Sábado Sem lei, no Mundo da Fantasia. O grande lance da noite é bebida liberada e dançar até o sol raiar. - José e Laura Medeiros tentam ir para a roda gigante e para o trem fantasma, a uma da manhã, mas as filas estão gigantescas. - José cai da montanha russa, despenca de quatro metros de altura, atravessa o telhado, arrebenta a cobertura de alumínio antes de cair sobre a plataforma. - A perícia vai ao parque no dia 10/9/2014, não encontra nenhum problema e libera o brinquedo. - José e Laura Medeiros entram numa de curtir a montanha russa e enfrentam 50 minutos de fila. - José é levado para o Hospital Luís Jorge, na Barra, 30 minutos depois da queda. Ele fica internado no hospital com fraturas múltiplas, afundamento de crânio, perfuração do pulmão e fratura da coluna cervical. Consequências: os pais de José pretendem ajuizar ação em face do parque, querendoindenização constituem você como advogado. Depoimentos A) Laura Medeiros, 23 anos, comerciária, namorada do Antonio: "ele estava ao meu lado e apenas levantou as mãos na descida. Depois de ouvirmos um tranco, um cleck estranho, o José foi jogado para fora do carrinho. Ainda tentei segurar ele pela camisa, mas foi tudo estranhão, muito rápido, não deu. A gente já andou muito naquela montanha russa antes, mas naquele dia tinha uma parada estranha". B) Violeta Ferreira, 24 anos, operadora de telemarketing, amiga do José: "O bombeiro chegou com uma maca meia hora depois. Ainda levei um socão dos seguranças, que não deixaram a gente chega perto do posto médico". C) Pedro Nascimento, 45 anos, casado, gerente de manutenção do parque: "Fizemos tudo conforme o figurino. Atendemos o rapaz na mesma hora e chamamos os bombeiros. Essa garotada vem pras festas e não sabe beber. Pra andar nos brinquedos, tem que ter responsabilidade. Pra cair daquele jeito, ele só pode ter ficado de pé, não tem jeito". (Banco de Questões - Estácio/2011/ Adaptado) Resposta: A queda de José da Silva, 29 anos, no dia 09/09/2014, por volta das 02:00 da manhã, foi causada por problemas relacionados à segurança da Montanha Russa. 16 Segundo relato da testemunha Laura Medeiros, 23 anos, que no momento do fato em questão se encontrava ao lado da vítima, essa apenas levantou as suas mãos, no momento em que o carrinho, onde eles se encontravam, iniciara seu processo de declínio. Em seguida a esse movimento normal, realizado pelo José, a citada testemunha relatou ouvir, junto com o acidentado, um barulho advindo do mecanismo de segurança do brinquedo. Após esse episódio, José foi jogado para fora de forma tão rápido que se tornou impossível qualquer atitude exercida pela Laura, no que tange a evitar o lamentável ocorrido. Ainda, de acordo com a testemunha Violeta Ferreira, 24 anos, amiga de José, depois da materialização do fato mencionado, ela se direcionou ao posto médico do parque, mas, por abuso administrativo do local de entretenimento, sofrera agressões físicas realizadas pelos seguranças do Mundo da Fantasia, que não a deixaram concluir seus objetivos. Em virtude da insegurança constatada na montanha russa do Mundo da Fantasia Empreendimentos Ltda, meu cliente veio a ficar internado no hospital com fraturas múltiplas, afundamento de crânio, perfuração do pulmão e fratura da coluna cervical, o que fez com que o mesmo deixasse de conseguir provimentos materiais para si e para os seus, já que ele exerce o comércio de rua, vulgo camelô. É público e notório que toda consequência sofrida pelo José não dependeu de qualquer atitude sua, mas tão somente dos mecanismos de segurança do brinquedo em questão. Sendo assim, busca-se nesse ambiente, onde a Justiça se encontra como base de toda conduta, que a empresa Mundo da Fantasia Empreendimentos Ltda responda por sua negligência e arque com o ressarcimento pedido, de forma que sirva de exemplo para que essa mesma empresa não coloque em risco a vida de outros chefes de família, ou até mesmo de crianças e adolescentes. 17
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