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Hemorragia Perintraventricular em RNs Pré-termo

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HEMORRAGIA PERINTRAVENTRICULAR (HPIV):
É uma condição de incidência lata em RN’s pré-termo (com peso inferior de 1.500g), que pode evoluir para hidrocefalia pós hemorrágicos e outras sequelas graves.
FISIOPATOLOGIA: a hemorragia acontece geralmente na matriz germinativa, mas pode acontecer em casos mais raros na matriz coroide. A matriz germinativa está localizada na região periventricular, que é o sítio de proliferação neuronal e de origem do tecido de sustentação cerebral. Ela é irrigada por um rico leito capilar, o qual tem sua proliferação máxima por volta de 34 semanas de gestação e evolui à medida que o RN se aproxima da maturidade. Várias alterações na matriz germinativa, especialmente aquelas ligadas ao fluxo sanguíneo cerebral, podem determinar sangramento nesse local. O controle do fluxo sanguíneo desses RN’s ainda é imaturo e por esse motivo ainda não o controlam. A hipercapnia moderada provoca dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais e aumenta consideravelmente o fluxo sanguíneo cerebral. O aumento da pressão venosa central também exerce influência na gênese da hemorragia. A circulação venosa profunda caminha em direção à matriz germinativa por meio das veias medulares, talamoestriadas e coroidais, podendo ocorrer ingurgitamento venoso capaz de romper vasos próximos à matriz germinativa. A patogênese da HPIV ainda está relacionada à disfunção plaquetária e de coagulação, bem como à vulnerabilidade da matriz germinativa aos fenômenos hipóxico-isquêmicos.
MATRIZ GERMINATIVA: 
FORMAÇÃO: 12-16 semanas.
PROLIFERAÇÃO MÁX.: 26-34 semanas.
DESAPARECIMENTO: 36 semanas.
FUNÇÃO: sítio de proliferação neuronal, origem do tecido neuronal.
IRRIGAÇÃO: rico e frágil leito capilar Vasos: camada endotelial s/ tecido muscular, elástico, colágeno. 
FATORES DE RISCO:
Os fatores de risco maternos e obstétricos estão relacionados às condições que podem favorecer a prematuridade, tais como cuidados pré-natais inadequados, hipertensão arterial, diabetes mellitus, gemelaridade, entre outros. Os fatores de risco perinatais são, basicamente, trabalho de parto prolongado, parto vaginal e sinais de sofrimento fetal. Existe outros fatores como:
Prematuridade – quanto menor a idade gestacional, maior o risco.
Peso de nascimento – quanto menor o peso, maior a incidência, notadamente das formas mais graves da doença. Os menores de 1.500g são os mais acometidos.
Necessidade de reanimação em sala de parto.
Desconforto respiratório grave – o que pode determinar crises de hipoxemia e hipercapnia graves.
Necessidade de ventilação mecânica – ocasionando flutuação do fluxo sanguíneo cerebral.
Exposição à hipóxia e à hipercapnia. 
Aspiração habitual de cânula traqueal – leva a alterações significativas na circulação do RN pré-termo.
Pneumotórax – promove oscilações importantes na circulação geral do RN pré-termo com repercussões no fluxo sanguíneo cerebral.
Variações amplas de pressão arterial.
Uso de expansores – a expansão volumétrica do RN provoca alterações súbitas da circulação e deve ser utilizada com cautela.
Policitemia – a hemocentração leva à lentidão e à diminuição do fluxo sanguíneo cerebral.
Sepse – pelas anormalidades hemodinâmicas, respiratórias e da coagulação inerentes à doença.
Canal arterial patente com sinais de descompensação.
QUADRO CLÍNICO: muitas vezes esses RN’s são assintomáticos ou apresentam quadro clínico inespecífico. São descritos quadros agudos com deterioração clínica em minutos ou horas, caracterizados por estupor/coma profundos, hipoventilação, apneia, convulsão (com várias formas de apresentação, inclusive tônico-clônicas) e pupilas ar reativas. Esses sinais clínicos podem ser acompanhados de hipotensão, abaulamento de fontanela, bradicardia, descontrole térmico, queda de hematócrito, acidose metabólica, alterações no equilíbrio hídrico e na homeostase da glicose e, mais raramente, síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético. Nos casos menos graves há mudanças mais leves no nível da consciência, queda na atividade espontânea, hipotonia e discretas alterações na posição e movimentos oculares.
DIAGNOSTICO:

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