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1 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Economia Disciplina: Economia Matemática I Professor: Olinto Silveira Alves Filho (olinthos@ig.com.br e olinthos@yahoo.com) “Educar e educar-se, na prática da liberdade, não é estender algo desde a “sede do saber”, até a “sede da ignorância” para “salvar”, com este saber, os que habitam nesta. Ao contrário, educar e educar-se, na prática da liberdade é tarefa daqueles que sabem que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais – em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais.” (FREIRE, 2006:25) Teoria dos conjuntos (uma breve revisão) Breve resumo da teoria dos conjuntos Conjunto. Elemento. Pertinência Na álgebra da teoria dos conjuntos as noções de CONJUNTO, ELEMENTO, PERTINÊNCIA entre ELEMENTOS e CONJUNTO são tomadas como noções primitivas, ou seja, são aceitas sem definição. 2 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Todavia, ainda na álgebra da teoria dos conjuntos, a noção de conjunto é a mesma da linguagem comum, ou seja: conjunto é um AGRUPAMENTO ou COLEÇÃO de coisas (ou objetos). Indicamos um conjunto por letras maiúscula do nosso alfabeto, A, B, C, ... e um elemento por letras minúscula a, b, c, d, e, f, g, ... Se A é um conjunto e x um elemento, então temos duas possibilidades: x é elemento de A, ou seja, x pertence ao conjunto A e, simbolicamente, escrevemos Ax x não é elemento de A, ou seja, x não pertence ao conjunto A e, simbolicamente, escrevemos Ax Observação: essa relação é chamada de relação de pertinência e só é possível de ser estabelecida entre um conjunto e seus elementos. Representação de um conjunto Um conjunto pode ser representado atraves de uma lista de elementos separados por vírgulas e delimitados por chaves. Um conjunto A, por exemplo, poderia ser representado como }3,2,1{A . Como a ordem (nem o número de vezes que determinado elemento aprarece) é importante na apresentação de um conjunto, então podemos escrever o conjunto A desta forma: }2,2,2,3,3,1,2,2,1{A . Um conjunto A também fica definido (ou determinado, ou caracterizado) quando se define uma regra que permita decidir se um objeto qualquer pertence ou não a A. Por exemplo, a frase "B é o conjunto dos triângulos retângulos" define perfeitamente o conjunto B, já que permite decidir se um objeto qualquer é ou não elemento de B. O mesmo conjunto A do parágrafo anterior poderia ser representado por uma regra 3 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com }31/{ xquetalnaturalnúmerouméxxA Igualdade entre conjunto Dois conjuntos A e B são iguais se e somente se possuem os mesmos elementos. Exemplos: Dados os conjuntos abaixo, i) }2,3,2,1,0{A ii) }3,,3,2,2,2,1,0,3,2,3{B iii) },5,10,2{ C iv) },3,,1,0{ yxD Então, temos que ACeCBBA ; 22; yexDA Conjunto Universo U é o conjunto que possui os elementos de todos os conjuntos considerados, ou seja, o conjunto universo é o conjunto de todos os conjuntos. Conjunto vazio 4 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Todo conjunto que não possui elementos, ou seja, aquele conjunto cuja propriedade não existe ou não está definida para aquele conjunto universo de referência. O conjunto vazio é representado por { } ou Ø. }03/{Ø 2 xquetalnaturalnúmerouméxx Subconjuntos Quando todos os elementos de um conjunto A qualquer pertencem a outro conjunto B, diz-se, então, que A é um subconjunto de B, ou seja, BA . Observações: Todo o conjunto A é subconjunto dele próprio, ou seja, AA ; O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja, B}{ Exemplo: Dados A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 3, 5}. AB Propriedades: 0. 2. 1. 3. 4. 5. A B 5 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com i) Todo conjunto A é um subconjunto de U, ou seja, UA ; ii) Se BAABeBA ; iii) Todo conjunto é subconjunto de si mesmo, AA ; iv) Se CAACeBA ; v) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto, A}{ . Partes de um conjunto Chama-se conjunto das partes de um conjunto ao conjunto formado de subconjuntos do conjunto que são combinações de seus elementos, incluindo o próprio conjunto e o conjunto vazio. Exemplos: Se }{ aA , então: }},{{)( aAP . 22)]([ 1 APn Se },{ baB , então: }},,}{{},{{)( babaBP . 42)]([ 2 BPn Se },,{ cbaC , então: }},,,{},,{},,{},,{},{},{},{{)( cbacbcabacbaCP . 82)]([ 3 CPn Exercício ilustrativo: dados os conjuntos abaixo, 6 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com i) }9,8,7,6,5,4,3,2,1{A ii) }3,2,2{ B iii) }5,3,2{C iv) }}}{{,3,2,2{ D v) }}{,5,3,2{E Quais dos itens abaixo são verdadeiros e quais são falsos: i) A2)( ; ii) AC )( ; iii) A}3,2,1{)( ; iv) A}3,2,1{)( v) BØ)( ; vi) AØ)( ; vii) D}Ø{)( ; viii) D}Ø{)( ; ix) D}}Ø{{)( ; x) EØ)( . Operação entre conjuntos 7 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com União de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao conjunto representado por BA , formado por todos os elementos pertencentes a A ou B ou a ambos, de maneira que: }/{ BxouAxxBA Intersecção de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos A e B ao conjunto representado por BA , formado por todos os elementos pertencentes a A e B, simultaneamente, de tal maneira que: }/{ BxeAxxBA Complementar 8 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Sabemos que todo conjunto é subconjunto de um conjunto universo, fixo, U. O complementa absoluto, ou simplesmente complementar de A, é o conjunto de todos os elementos que estão no conjunto U, masnão estão em A. Dado que UA , temos que AUC AU ou AUAc ou AUA __ }/{ BxeAxxAUC AU Se B esta contido em A, ou seja, se AB , então BACBA Diferença de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B (nesta ordem) ao conjunto representado por A – B, formado por todos os elementos pertencentes a A, mas que não pertencem a B, de tal maneira que: }/{ BxeAxxBA Leis da Álgebra de Conjuntos 9 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Leis idempotentes ABA ABA Leis associativas )()( CBACBA )()( CBACBA Leis comutativas ABBA ABBA Leis distributivas )()(( CABACBA )()()( CABACBA Leis de identidade AA Ø ØØ A UA U ØUc UØc Leis dos complementos UA c A ØA cA AA cc )( UU A Leis de De Morgan ccc BAA B)( ccc BAA B)( 10 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Conjuntos numéricos (i) Conjunto dos números naturais (N) Um subconjunto importante de N é o conjunto N* N* = {1, 2, 3, 4, 5,...} o zero foi excluído do conjunto N. Podemos considerar o conjunto dos números naturais ordenados sobre uma reta, como mostra o gráfico abaixo: (ii) Conjunto dos números inteiros (Z) O conjunto N é subconjunto de Z. Temos também outros subconjuntos de Z: Z* = Z – {0} Z+ = conjunto dos inteiros não negativos = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...} Z_ = conjunto dos inteiros não positivos = {0, -1, -2, -3, -4, -5, ...} Observações: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...} Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} 11 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com O zero não pode ser definido como negativo, nem positivo. Deve-se perceber que Z+ = N. Podemos considerar os números inteiros ordenados sobre uma reta, conforme mostra o gráfico abaixo: (iii) Conjunto dos números racionais (Q) Os números racionais são todos aqueles que podem ser colocados na forma de fração (com o numerador e denominador Z). Ou seja, o conjunto dos números racionais é a união do conjunto dos números inteiros com as frações positivas e negativas. Assim, podemos escrever: É interessante considerar a representação decimal de um número racional, que se obtém dividindo a por b. Exemplos referentes às decimais exatas ou finitas: Exemplos referentes às decimais periódicas ou infinitas: }0b e Zb,Za com , b a x/x{Q 75,3 20 75 25,1 4 5 5,0 2 1 ...1666,1 6 7 ...333,0 3 1 12 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com (iv) Conjunto de números irracionais (Q’) Os números irracionais são decimais infinitas não periódicas, ou seja, os números que não podem ser escrito na forma de fração (divisão de dois inteiros). Como exemplo de números irracionais, temos a raiz quadrada de 2 e a raiz quadrada de 3: Exemplos: ...1415926535,3 ...7320508,13 ...4142135,12 (v) Conjunto dos números reais (R) Dados os conjuntos dos números racionais (Q) e dos irracionais (Q’), definimos o conjunto dos números reais como: O diagrama abaixo mostra a relação entre os conjuntos numéricos: R = Q Q’ = {x / x é racional ou x é irracional} R Q’ Q Z N 13 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Portanto, os números naturais, inteiros, racionais e irracionais são todos números reais. Como subconjuntos importantes de R, temos: R* = R - {0} R+ = conjunto dos números reais não negativos R_ = conjunto dos números reais não positivos Observação: entre dois números inteiros existem infinitos números reais. Exercícios propostos 1. Dado o conjunto A = {3, 5, 7, 9, 11, 15}, na forma compacta, escreva na forma extensiva os seguintes conjuntos: a. {x A / x é impar} b. {x A / x é múltiplo de 5} c. {x A / x é divisor de 60} d. {x A / x é divisível por 2} Resolução: (a) O próprio conjunto A; (b) {5, 15}; (c) {3, 5, 15}; (d) { } o conjunto vazio. 14 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 2. Após um jantar, foram servidas as sobremesas X e Y. Sabe-se que das 10 pessoas presentes, 5 comeram a sobremesa X, 7 comeram a sobremesa Y e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhuma sobremesa? Resposta: n = 1. 3. Numa indústria, 120 operários trabalham pela manhã, 130 trabalham à tarde, 80 trabalham à noite; 60 trabalham de manhã e à tarde, 50 trabalham de manhã e a noite, 40 trabalham à tarde e à noite e 20 trabalham nos três períodos. Assim: a) 150 operários trabalham em 2 períodos; b) há 500 operários na indústria; c) 300 operários não trabalham à tarde; d) há 30 operários que trabalham apenas pela manhã; e) N.d.a. Resposta: (d). 4. Em uma universidade são lidos dois jornais A e B; exatamente 80% dos alunos lêem o jornal A e 60% o jornal B. Sabendo-se que todo aluno é leitor de pelo menos um dos jornais, o percentual de alunos que lêem ambos é: Resposta: 40%. 5. Em uma escola que tem 415 alunos, 221 estudam Inglês, 163 estudam Francês e 52 estudam ambas as línguas. Quantos alunos estudam Inglês ou Francês? Quantos alunos não estudam nenhuma das duas? Resposta: 332 e 83. 15 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBAolinthos@yahoo.com 6. Uma população consome três marcas de sabão em pó: A, B e C. Feitas uma pesquisa do mercado, colheram-se os resultados tabelados abaixo: Marca A B C A e B B e C C e A A, B e C Nenhuma das três Número de consumidores 109 203 162 25 41 28 5 115 a) Número de pessoas consultadas. Resposta: b) Número de pessoas que só consomem a marca A. Resposta: c) Número de pessoas que não consomem as marcas A ou C. Resposta: d) Número de pessoas que consomem ao menos duas marcas Resposta: 7. Em uma pesquisa de mercado foram entrevistadas várias pessoas acerca de suas preferências em relação a três produtos A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que: 210 compram o produto A. 210 compram o produto B. 250 compram o produto C. 500115)( CBAn 61)]()()([)( CBAnCABAnAn 257115 BApenas 79)]()([)]()([)]()([ CBAnCBnCBAnCAnCBAnBAn 16 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 20 compram os três produtos. 100 não compram nenhum dos três produtos. 60 compram os produtos A e B. 70 compram os produtos A e C. 50 compram os produtos B e C. Quantas pessoas foram entrevistadas? Resposta: 610 8. Os sócios dos clubes A e B formam um total de 2200 pessoas. Qual é o número de sócios do clube B se A tem 1600 e existem 600 que pertencem aos dois clubes? Resposta: 1200 9. Uma escola tem 20 professores, dos quais 10 ensinam Matemática, 9 ensinam Física, 7 Química e 4 ensinam Matemática e Física. Nenhum deles ensina Matemática e Química. Quantos professores ensinam Química e Física e quantos ensinam somente Física? Resposta: Química e Física são 2 e somente Física são 3. 10. Um colégio ofereceu cursos de Inglês e Francês, devendo os alunos se matricularem em, pelo menos, um deles. Dos 45 alunos de uma classe, 13 resolveram estudar tanto Inglês quanto Francês; em Francês, matricularam-se 22 alunos e, em Inglês: Resposta: 36 11. Em uma escola há n alunos. Sabe-se que 56 alunos lêem o jornal A, 21 lêem os jornais A e B, 106 lêem apenas um dos dois jornais e 66 não lêem o jornal B. O valor de n é: 127106)2135()2156( pp 17 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Resposta: 158 12. Numa pesquisa de mercado foram entrevistadas 61 pessoas sobre suas preferências em relação a três jornais A, B e C. O resultado da pesquisa foi: 44 pessoas lêem o jornal A; 37 pessoas lêem o jornal B; 32 pessoas lêem os jornais A e C; 28 pessoas lêem os jornais A e B; 26 pessoas lêem os jornais B e C; 20 pessoas lêem os jornais A, B e C; 7 pessoas não lêem jornal. Com base nesse resultado, quantas pessoas lêem o jornal C? Resposta: 39. 13. Numa pesquisa sobre a posição de dois partidos políticos, A e B, foram ouvidas 200 pessoas. Dessas, 150 aprovavam as reivindicações de A. 130, as de B; e 20 eram contra os dois. O número de pessoas que aprovavam ambos os partidos era. Resposta: 100. 14. Dos 80 alunos de uma turma, 15 foram reprovados em Matemática, 11 em Física e 10 em Química. Adicionalmente, percebeu-se que oito alunos foram reprovados 35)(21)(56 pBppBp 316635 kk 15831127 knTotal 18 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com simultaneamente em Matemática e Física, seis em Matemática e Química e quatro em Física e Química. Sabendo que 3 alunos foram reprovados nas três disciplinas, determine quantos alunos não foram reprovados em nenhuma dessas disciplinas. Resposta: 59 15. Foi consultado certo número de pessoas sobre as emissoras de TV que habitualmente assistem. Obteve-se o resultado seguinte: 300 pessoas ao canal A, 270 assistem ao canal B, dos quais 150 assistem ambos os canais A e B e 80 assistem outros canais distintos de A e B. O número de pessoas consultadas é: Resposta: 500 Intervalo, par ordenado e produto cartesiano Intervalos O intervalo aberto de a até b , representado por ),( ba , é o conjunto de todos os números reais x , tais que bxa , onde os pontos extremos não pertencem ao intervalo. Exemplos: no intervalo )3,1( significa que 31 x ou no intervalo ),( significa que x . Intervalo fechado de a até b , representado por ],[ ba é o conjunto de números reais x , tais que bxa . Onde os extremos a e b pertencem ao intervalo. Exemplo: ]5,2[ significa que 52 x . 19 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Intervalo aberto à direita ou fechado à esquerda de a até b , representado por ),[ ba é o conjunto de números reais x , tal que bxa , onde o extremo a pertence ao intervalo, mas o extremo b não pertence. Exemplos: 11, significa que 11 x e ,0 significa que x0 . Intervalo aberto à esquerda ou fechado à direita de a até b , representado por ba, é o conjunto de números reais x , tal que bxa , onde o extremo a não pertence ao intervalo, mas o extremo b pertence. Exemplos: 5, significa que 5 x e 32, significa que 32 x . Par ordenado Sejam dois elementos, a e b, definimos par ordenado (a, b) de coordenadas a e b, sendo a primeira coordenada dada por a e a segunda dada por b, nesta ordem. Tem-se então que i) ),(),( abba ii) O par ordenado qyepxqpyx ),(),( Produto cartesiano O produto cartesiano de dois conjuntos A e B, representado por BA , é dado pelo conjunto composto por todos os pares ordenados ),( qp cuja primeira coordenada pertence ao conjunto A e a segunda coordenada pertence ao conjunto B, de tal maneira que podemos expressá-lo algebricamente da seguinte forma: });,{( BqeApqpBA Exemplo ilustrativo: sejam os conjuntos }4,3,2,1{A e }3,0{B Então, 20 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com )}3,4(),0,4(),3,3(),0,3(),3,2(),0,2(),3,1(),0,1{(BA e )}4,3(),3,3(),2,3(),1,3(),4,0(),3,0(),2,0(),1,0{( AB Perceba, portanto, que ABBA Relações Uma relação é um subconjunto do produto cartesiano cujos elementos dos pares ordenados mantêm alguma relação ou lei de formação entre eles. Para ilustrar, no exemplo acima, temos a seguinte relação: }1/),{( pqABqpR Ou seja, )}4,3(),1,0{(R Exercícios Represente graficamente as seguintes relações em 2RRR , onde R é o conjunto dos números reais: i) 2xy . ii) 1 xy . iii) yx . iv) 922 xy . Funções reais de uma variável 21 *ProfessorAssistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Definição Função é toda relação que pode ser definida pela seguinte propriedade: cada elemento do conjunto A está associado a um único elemento do conjunto B pertencente ao produto cartesiano BA . O conjunto A é chamado de domínio da função, )( fD ; O conjunto B é chamado de contradomínio, )( fCD ; O subconjunto do contradomínio é chamado de imagem )Im( f . Portanto, função, que é expressa através de uma lei, pode-se identificar a variável dependente e as variáveis independentes com os seus respectivos parâmetros. Pode-se representar uma função f como: BAf : ou )(xfx ou simplesmente )(xfy O Domínio de uma função (ou campo de existência de uma função), xfy , é o conjunto de valores da variável independente x para os quais a função é definida ou existe, isto é, possui valor finito e real, ou o conjunto de todas as abscissas, no gráfico, para os quais a função é definida. Imagem de uma função, xfy , é o conjunto de valores que a variável dependente y pode assumir, ou o conjunto de todas as ordenadas da função no gráfico. Gráfico de uma função de uma função, xfy , é o conjunto de todos os pontos do conjunto yx, no plano XY , onde x pertence ao domínio de xf e y é a imagem de xf . Exemplo: Analisar a função 4)( xxf Dada a função 4 xy (Condição de existência 04 x ) já que 4x é definido somente para 404 xx , então o domínio de xf é xxxfD 4/)]([ e a sua imagem é yyxfI 0/)]([ . Seu gráfico é dado pela figura abaixo: 22 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Operações com funções Sejam duas funções )(xf e )(xg cujos domínios e contradomínios são subconjuntos de R. adicionalmente, considere que a interseção entre o domínio de )(xf e o domínio de )(xg seja diferente de vazio, então temos as seguintes operações: i) )()( xgxf e seu domínio é dado por )()())(( xDgxDfxgfD ii) )().( xgxf e seu domínio é dado por )()())(.( xDgxDfxgfD iii) )(:)( xgxf e seu domínio é dado por 0)();()())(:( xgxDgxDfxgfD Composição de funções Sejam )(xf e )(xg duas funções tais que a imagem de )(xf esteja contida no domínio de )(xg , a função )]([ xfg , com ))(( xfDx , denomina-se função composta de )(xg e )(xf , cuja notação pode ser expressa por: )]([))(( xfgxgof Exemplo 1 Seja xxf 3)( e 13)( 2 xxxg , calcule: i. 1991)3(3)3(]3[))(( 22 xxxxxgxgof ii. 393)13(3]13[))(( 222 xxxxxxfxfog 4)( xxf 2 O 4 X Y x y 4 0 8 2 13 3 20 4 29 3 = 1,73 23 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Função injetora, sobrejetora e bijetora. Uma função é chamada de injetora (ou injetiva) se seguir as seguintes propriedades: Dado 1x e 2x quaisquer pertencentes ao domínio de ))(( xfD , então Se )()( 2121 xfxfxx Portanto, se )(xf é uma função crescente ou decrescente, então ela será necessariamente uma função injetora. Exemplo 32)( xxf , se tomarmos 11 x e 22 x , então 5)1( f e 7)2( f , portanto é uma função injetiva. Uma função é chamada de sobrejetora (ou sobrejetiva) se seguir as seguintes propriedades: o seu contradomínio é igual a sua imagem. Uma função é chamada de bijetora (ou bijetiva) se ela for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo Valor absoluto Se x é uma variável real, então o valor absoluto de x , representado por x , é definido por 0, 0, xsex xsex xf(x) Repare que a variável independente x pode assumir qualquer valor, portanto o domínio é o conjunto dos números reais . Seu gráfico pode ser visto na figura abaixo: xy Y D: ,/x I : ,0/y X 24 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Tipos de função As funções mais usuais são: pares, ímpares, polinomiais, racionais, algébricas, exponenciais, logaritmos e trigonométricas. Funções Pares e Ímpares (a) Uma função xf é par, para todo x de seu domínio se xfxf . (b) Uma função xf é ímpar, para todo x em seu domínio, se xfxf . Exemplos: Pares 2xxg e 3xxf 4 Dado que xgxxxg 22 e xf3x3xxf 44 Ímpares 3xxg e x5xf . Dado que xgxxxg 33 e xfx5x5xf Funções Polinomiais São funções da forma nn xAxAxAAxf 2 210 . Onde 0n e iA são os coeficientes (ou parâmetro) e são tomados como constantes quaisquer. Exemplo: 3x5x2xf 2 , onde 3a 0 , 5a1 , 2a 2 Funções Racionais (razão) São funções definidas por 25 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com )x(q )x(p )x(f Onde )x(p e )x(q são funções polinomiais e 0)x(q . Exemplo: 1xx4 1xx3 xf 35 2 , é uma função racional. Funções Algébricas São resultantes de operações algébricas comuns. (i) 1xxf ; (ii) 5x x xg 2 . Função potencia ou exponencial xaxf e xexf f(x)=e^x -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x y 26 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Função logarítmica Se yax , então y é chamado de logaritmo de x na “base a ” e escreve-se logaritmo de x como xoga ou xga . Quando a base é décimas, omitimos a base, então temos )(xogy Veja abaixo o gráfico do xoga Sabe-se que 100102 , 1000103 , e 823 , 1624 , etc., mas e caso se tivesse um expoente fracionário como emn30103,010 , quanto valeria n ? Neste caso, 30103,0y é igual ao nog10 . O logaritmo é utilizado para resolver equações exponenciais do tipo: 37x Determina-se x , aplicando-se o operador logaritmo e utilizando-se da seguinte propriedade do logaritmo: BognBog ana . , tem-se que: 7.7 33 ogxog x , portanto, 7 3 10 10 og og x e 845098040,0 477121255,0 x , ou seja, 5645750344,0x . Propriedades dos logaritmos NogMogNMog aaa ).()1 ; NogMog N M og aaa )()2 ; xogy a Se 0y 10 ax Y 1 a 27 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com NogpNog a p a .)()3 . Quando 7182818,2 ea , esta base é denominada natural ou neperiana e representa-se por xny . Quando o logaritmo, ""log xnxa a base é sempre "e" , isto é , xlogxn e ou logaritmo de x na base "e" . A inversa da função logarítmica é a função exponencial, ou vice versa. A inversa de xey é obtida aplicando o operador logaritmo, tem-se que xlogxn e , ou xenyn x , e trocando x por y , resultando xny . Trigonometria Trigonometria (do grego trigōnon "triângulo" + metron "medida") é um ramo da matemática que estuda os triângulos, particularmente triângulos em um plano onde um dos ângulos do triângulo mede 90 graus (triângulo retângulo). Círculo Trigonométrico xny xexpy Direta: xexy exp xxxfD /)]([ xyxfI 0/)]([ Inversa: xny yyxfD 0/)]([ xxxfI /)]([ Y X 1 1 0 28 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com É uma circunferência orientada de raio unitário, centrada na origem dos eixos de um plano cartesiano. Existem dois sentidos de marcação dos arcos no ciclo: o sentido positivo, chamado de anti-horário, que se dá a partir da origem dos arcos até o lado terminal do ângulo correspondente ao arco; e o sentido negativo, ou horário, que se dá no sentido contrário ao anterior. Seno Seno é a projeção no eixo vertical do segmento de reta que parte do centro do círculo trigonométrico e vai até a circunferência. O seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida da hipotenusa. Cosseno Cosseno é a projeção no eixo horizontal do segmento de reta que parte do centro do círculo trigonométrico e vai até a circunferência. Como o cosseno é uma projeção, e esta projeção está no interior do ciclo trigonométrico e este possui raio unitário, segue que 1cos1, xRx , ou seja, a imagem do cosseno está no intervalo fechado [ − 1,1]. O cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente e a medida da hipotenusa. Tangente Tangente é o segmento de reta formado entre o ponto de cruzamento de seu eixo com a reta definida pelo centro do círculo trigonométrico e o ângulo com sua origem. 29 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com A tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente. A Trigonometria é o estudo da matemática responsável pelo estudo das relações existente entre os lados e os ângulos de um triângulo. Nos triângulos retângulos (possuem um ângulo de 90º), as relações constituem os chamados ângulos notáveis, 30º, 45º e 60º que possuem valores constantes representados pelas relações seno, cosseno e tangente. Algumas relações trigonometricas hipotenuaa opostocateto senA opostocateto adjacentecateto senA A A cos cot hipotenuaa adjacentecateto A cos centecatetoadja hipotenusa A A cos 1 sec centecatetoadja tocatetoopos A senA A cos tan opostocateto hipotenusa senA A 1 seccos Até então, as funções trigonométricas tem sido definidas por ângulos entre 0 e 90 graus (0 e π/2 radianos) apenas. Usando um círculo unitário, pode-se estendê-los para todos argumentos positivos e negativos (veja função trigonométrica). Uma vez que as funções seno e cosseno tenham sidos tabuladas (ou computadas por uma calculadora), pode-se responder virtualmente todas questões sobre triângulos arbitrários, usando a lei dos senos e a lei dos cossenos. Estas leis podem ser usadas para calcular os ângulos restantes e lados de qualquer triângulo bem como dois lados e um ângulo ou dois ângulos e um lado ou três lados conhecidos. Graus, 30 45 60 90 180 270 360 Radianos, 6 4 3 2 2 3 2 sen 2 1 2 2 2 3 1 0 -1 0 cos 2 3 2 2 2 1 0 -1 0 1 30 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Teorema de Pitágoras O teorema de Pitágoras estabelece que "A soma do quadrado das medidas dos catetos (lados que formam o ângulo de 90°, neste caso a e b) é igual ao quadrado da medida da hipotenusa (lado oposto ao ângulo de 90°, ou c)". Assim: c ² = a ² + b ². Aplicações da trigonometria Existem diversas aplicações da trigonometria e das funções trigonométricas. Por exemplo, a técnica da triangulação é usada em astronomia para estimar a distância das estrelas próximas; em geografia para estimar distâncias entre divisas e em sistemas de navegação por satélite. As funções seno e cosseno são fundamentais para a teoria das funções periódicas, as quais descrevem as ondas sonoras e luminosas. No nosso caso, economia, as relações trigonométricas aparecem muito nos modelos de crescimento economico, dentre outros. Identidades Trigonométricas Fórmula fundamental da trigonometria e seus corolários 1cos22 xxsen xx 22 seccoscot1 xxtg 22 sec1 Identidades de soma e subtração coscos)( sensensen sensen coscos)cos( tgtg tgtg tg 1 )( Fórmulas da duplicação do ângulo cos2)2( sensen 22cos)2cos( sen Identidades triangulares 31 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com As identidades que se seguem referem-se a um triângulo com ângulos A, B e C e lados de comprimentos a, b e c, como na figura acima. Repare que o lado oposto ao ângulo A é o de comprimento a, o lado oposto ao ânguloB é o de comprimento b e o lado oposto ao ângulo C é o de comprimento c. Lei dos senos A lei dos senos para um triângulo arbitrário diz: c senC b senB a Asen )( Lei dos cossenos A lei dos cossenos (também conhecida como fórmula dos cossenos) é uma extensão do teorema de Pitágoras para triângulos arbitrários: Cabbac cos2222 Lista de exercícios (1) a) Estudar a função abaixo 33 xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) b) Estudar a função 43 xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) c) Estudar a função xy 42 (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) d) Estudar a função 84 xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) e) Estudar a função x x y 2 2 (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) 32 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com f) Estudar a função xxy 32 2 (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) g) Estudar a função 2 12 x y (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico). h) Estudar a função xxy 34 2 (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) i) Estudar a função 2 1 x x y (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) j) Estudar a função 2 x x y (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) k) Estudar a função 42 x x y (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) l) Estudar a função x x y 2 (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) m) Estudar a função 5 1 x x y (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) n) Estudar as funções abaixo (domínio, imagem e fazer o gráfico). xxfy 2)( xxfy 1 10)( )ln()( xxfy o) Estudar a função )cos(3 xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico p) Estudar a função ) 2 cos( xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) q) Estudar a função )3cos( xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) r) Estudar a função ) 2 sen(4 xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) s) Estudar a função ) 2 sen( xy (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) 33 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Limites de funções Seja xf uma função definida sobre algum intervalo aberto que contém o número ""a , exceto possivelmente no próprio ""a . Então, diz-se que o limite de xf quando x tende a ""a ax é L , e representa-se por Lxf ax lim . Suponha-se f : R → R definida sobre a reta real e p,L ∈ R então diz-se o limite de f de x tendendo a p é L e escreve-se Lxf px lim Se e somente se para cada ε > 0 real existe um real δ > 0 tal que 0 < | x - p | < δ implica | f(x) - L | < ε. Note-se que o valor do limite não depende do valor de f(p). Um definição mais geral aplica-se para funções definidas em subconjuntos da reta real. Fazendo-se (a, b) ser um intervalo aberto em R, e p um ponto de (a, b). Fazendo-se f ser uma função de valores reais definida em todo (a, b) exceto possivelmente em p. Então diz-se que o limite de f de x aproximando-se de p é L se e somente se, para qualquer real ε > 0 existe um real δ > 0 tal que 0 < | x - p | < δ e x ∈ (a,b) implica que | f(x) - L | < ε. Note-se que o limite não depende de f(p) ser bem definida. Exemplo ilustrativo (1) Considere a função 1 1 )( 2 x x xf , Dm f = IR – {1} . Fatorando o numerador da função f, temos 1,1 1 )1)(1( 1 1 )( 2 xx x xx x x xf A função f não está definida em 1 , mas está definida em todo x "próximo" de 1 . Vamos, observar o que acontece com o valor de f ( x ) a medida que x se aproxima de 1: 34 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Agora, vamos observar no gráfico da )(xf . O valor de )(xf parece aproximar-se de 2 quando x aproxima-se de 1 . Se isto , de fato , acontece , dizemos que o limite de )(xf quando x aproxima-se de 1 é 2, e denotamos por : .12)(2lim 1 xquandoxfouxf x Exemplo ilustrativo (2) Obter o limite da função 4 162 x x y quando x tende a 4 , isto é, ?quantoyx 4 35 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 4 16 lim 2 4 x x x a substituição direta anula o denominador 48)4(lim )4( )4)(4( lim 44 xyx x xx xx Propriedades dos Limites 1) xvvexuuparavuvu axaxax limlimlim 2) xuuparauCuC axax limlim e C é uma constante 3) xvvexuuparavuvu axaxax limlimlim 4) xvvexuupara v u v u ax ax ax lim lim lim 5) xuuparauu m ax m ax limlim 4 xxf , o ponto (4,8) deve ser excluído do gráfico, pois 4x , pois o domínio de xf é: ,44,: D ,88,: I Y X 4 4 4 8 36 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 6) xuuparauu m ax m ax limlim 7) xuuparauu ax aa ax limlogloglim 8) xvvexuuparauu v ax v ax ax lim limlim Indeterminações de limites 1,0,,, 0 0 ,0, 00 Continuidade de funções Uma função )(xf é contínua no ponto q se ela for definida neste ponto e )()(lim qfxf qx . Se, entretanto, Lxf qx )(lim e )(xf não for contínua em q, então L será o valor que )(xf deveria assumir em q para ser contínua nesse ponto. Em outras palavras, uma função é contínua em um ponto q se ocorrer às seguintes características: i. Existe )(xf no ponto q, ou seja, )(qf está definida; ii. Existe o )(lim xf qx ; iii. )()(lim qfxf qx Exemplo, dada a função 2 4 )( 2 x x xf , analise se ela é continua em 2x : i. Não existe )(xf no ponto 2x , ou seja, )2(f não está definida; ii. Existe o 4)2(lim)(lim 22 xxfxx ; iii. )2()(lim 2 fxf x Portanto, 2 4 )( 2 x x xf não é contínua em 2x . 37 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Os limites laterais Dado o gráfico abaixo Qundo x se aproxima de 0x pela direita o seu limite é P, ou seja, Pxf xx )(lim 0 Qundo x se aproxima de 0x pela esquerda o seu limite é Q, ou seja, Qxf xx )(lim 0 Neste caso dizemos que existe os limites laterais à direita e à esquerda. Sendo P e Q valores diferentes um do outro, o limite da função )(xf não está definido e não existe. Todavia, quando Lxfxf xxxx )(lim)(lim 00 , dizemos que os limites laterais são iguais e portanto o limite de )(xf existe e é definido. Lista de exercícios (2) (i) Resolver o limite 1 76 lim 2 1 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) (ii) Resolver o limite 1 45 lim 2 1 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) 38 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com (iii) Resolver o limite 1 2 lim 2 1 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) (iv) Resolver o limite 4 43 lim 2 4 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) (v) Resolver o limite 5 54 lim 2 5 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico) (vi) Resolver o limite 2 32 lim 2 2 x xx x (achar: domínio, imagem e fazer o gráfico). Limites envolvendo infinito O limite desta função no infinito existe. Se a reta dos números reais R é considerada, i.e., R ∪ {-∞, ∞}, então é possível definir limites de uma função no infinito. Se f(x) é uma função real, então o limite de f em x aproximando-se do infinito é L, denotado Lxf x )(lim se e somente se para todo ε > 0 existe S > 0 tal que | f(x) − L | < ε sempre x > S. Similarmente, o limite de f em x aproximando-se do infinito negativo é L, denotado Lxf x )(lim 39 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com se e somente se para todo ε > 0 existe S < 0 tal que | f(x) − L | < ε sempre x < S. Por exemplo 0lim x x e f(x)=e^x -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x y Limites também podem ter valores infinitos, por exemplo o limite de f em x aproximando-se de a é infinito, denotado )(lim xf ax se e somente se para todo S > 0 existe δ > 0 tal que f(x) > S sempre | x − a | < δ. Estas ideias podem ser combinadas em um meio óbvio para produzir definições para diferentes combinações, tais como )(lim,)(lim xfxf axx Por exemplo x x lnlim 0 Limites envolvendo infinito são conectados com o conceito de assímptotas. Essas noções de um limite tentam fornecer uma interpretação espacial métrica para limites no infinito. Entretanto, note-se que estas noções de um limite são consistentes com a definição de espaço topológico de limite se uma vizinhança de -∞ é definida para conter um intervalo [-∞, c) onde c∈R 40 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com uma vizinhança de ∞ é definida para conter um intervalo (c, ∞] onde c∈R uma vizinhança de a∈R é definido da forma habitual de espaço métrico R Neste caso, R é um espaço topológico e qualquer função da forma f: X → Y com X, Y⊆ R é sujeito à definição topológica de um limite. Note-se que com esta definição topológica, é fácil de definir limites infinitos em pontos finitos, que não tenham sido definidos acima, no sentido métrico. Notação alternativa Muitos autores permitir a reta real projetiva a ser usada como um meio de inclui valores infinitos assim como a reta real estendida. Com esta notação, a reta real estendida é dada como R ∪ {-∞, +∞} e a reta real projetiva é R ∪ {∞} onde uma vizinhança de ∞ é o conjunto da forma {x: |x|>c}. Nesta notação, por exemplo, 0 1 lim, 1 lim 0 xx xx Avaliando limites no infinito para funções racionais Existe, três regras básicas para a avaliação de limites no infinito para uma função racional f(x) = p(x)/q(x): Se o grau de p é maior que o grau de q, então limite é infinito positivo ou negativo dependendo dos sinais dos coeficientes; Se o grau de p e q são iguais, o limite é o coeficiente de p dividido pelo coeficiente de q; Se o grau de p é menor que o grau de q, o limite é 0. Se o limite no infinito existe, representa um assímptota horizontal em y = L. Polinômios não possuem assímptotas horizontais; elas podem ocorrer com funções racionais. Limites especiais a) Limite do seno 1 sen lim 0 Exemplo: 41 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 3 2 31 21 3 3 3sen 2 2 2sen lim 3sen 2sen lim 00 x x x x x x x x x x xx ii) Limite que define o número “e” e x y x x 1 1lim Exemplo: a x x e x a 1lim Põe-se azx zx a 1 para zx a a z z az z x x e zzx a 1 1lim 1 1lim1lim iii) Limite a x a x x ln 1 lim 0 Demonstração| xax ea ln ou axx ea ln Tomando ta x 1 , temos 1 ta x ou )1ln(ln ta x ou ainda, a t x ln )1ln( Quando 0x , temos que t Então, a t t x a x x x ln )1ln( lim 1 lim 00 ou t t a x a x x x )1ln( ln lim 1 lim 00 ou ainda 42 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com ])1ln([lim 1 ln )1ln( ln lim 1 lim 1 0 100 t t t t x x t a t a x a Como, et t t 1 0 )1ln(lim , temos finalmente que a x a x x ln 1 lim 0 Exemplos: (i) Resolver o limite 2ln 1)( lim 1 lim 2 2 0 2 0 e x e x e x x x x (ii) Resolvero limite 7ln 17 lim 0 x x x (iii) Resolver o limite 5ln7ln 57 lim 0 x xx x Limites infinitos de funções racionais Se a função for do tipo )( )( lim xQ xP y x , isto é, mn m n xm m n n xm m m m n n n n x x b a xb xa bxbxbxbxb axaxaxaxa y lim 0 0 limlim 01 2 2 1 1 01 2 2 1 1 mn m n xm m n n xm m n n x x b a lim xb xa lim xb xa limy 00000 00000 . Assim, se ymn , se m n b a ymn e se 0 ynm . Exemplo: 32 5 lim 2 2 x x x , o resultado daria (indeterminação) 43 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com 2 5 1lim 2 5 lim 2 5 2 5 lim 32 5 lim 2 2 2 2 2 2 xxxx x x x x x x Lista de exercícios (3) a) Resolver o limite 16 23 lim 24 34 xx xxx x b) Resolver o limite 13 43 lim 2 23 xx xxx x c) Resolver o limite 34 13 lim 3 2 xx xx x d) Resolver o limite 422 124 lim 3 23 xx xxx x e) Resolver o limite 34 13 lim 3 2 xx xx x f) Resolver o limite 23 3 lim 2 25 xx xx x DERIVADAS O cálculo diferencial é o estudo da definição, propriedade e aplicações da derivada ou deslocamento de um gráfico. O processo de encontrar a derivada é chamado "diferenciação". Em linguagem técnica, a derivada é um operador linear, o qual forma uma nova função a partir da função original, em que cada ponto da nova função é o deslocamento da função original. Na notação matemática, um símbolo comum para a derivada da função é um sinal de apóstrofo chamado "linha". Então a derivada de f é f ' (f linha). Isso em notação matemática seria escrito assim: 2)( xxf xxf 2)(' Se a função de entrada é o tempo, então a derivada dessa função é a taxa em que a função é alterada 44 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com dx xfd xf )]([ )( . Interpretação geométrica da derivada Reta Tangente e Reta Normal Coeficiente Angular da Reta Secante ao gráfico de f é dado por: 12 12 )()( xx xfxf x y m Equação da Reta Secante ao gráfico de f nos pontos ( x1 , f ( x1 ) ) e ( x2 , f ( x2 ) ) é )]( )()( [)( 1 12 12 1 xx xx xfxf xfy 45 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Seja f uma função contínua em um intervalo aberto I. Para cada a, a + h no intervalo I , tal que h > 0 , temos : Coeficiente Angular da Reta Secante ao gráfico de f nos pontos ( a , f ( a ) ) e ( a + h , f ( a + h ) ) : Se a função é linear, ou seja, o gráfico da função é uma linha reta, então a função pode ser escrita como y = m x + b, onde: x y m Isto da o valor exato para a variação da linha reta. Se a função não é uma linha reta, então a variação em y é dividida pela variação em x, e nós precisamos do cálculo para encontrar o valor exato em cada ponto da função. Uma linha entre dois pontos em uma curva é chamado de reta secante. A variação da reta secante pode ser expressada como: xhx xfhxf m )( )()( Onde as coordenadas do primeiro ponto é (x, f(x)) e h é a distância horizontal entre os dois pontos. 46 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Para determinar o deslocamento da curva, nós usamos os limites: xhx xfhxf h )( )()( lim 0 Em um caso particular, nós encontramos o deslocamento da função quadrática no ponto em que a entrada é 3 e a saída é 9. Exemplo: 2)( xxf , então 9)3( f . 3)3( )3()3( lim)3(' 0 h fhf f h 3)3( )3()3( lim)3(' 0 h fhf f h h h f h 22 0 3)3( lim)3(' h hh f h 969 lim)3(' 2 0 h hh f h 2 0 6 lim)3(' h hh f h 2 0 6 lim)3(' )6(lim)3(' 0 hf h 6)3(' f O deslocamento da função quadrática no ponto (3, 9) é 6, isto é, ele cresce seis vezes mais rápido em y do que em x e está indo para a direita. Portanto, a derivada, por definição é: x xfxxf lim dx xdf xf x 0 . 47 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Derivabilidade num ponto: propriedades Seja I um intervalo de R com mais do que um ponto, seja x ∈ I e seja f uma função de I em R derivável em x. Então f é contínua em x. O recíproco não é verdadeiro, como se pode ver pela função módulo. Seja I um intervalo de R com mais do que um ponto, seja x ∈ I e sejam f e g funções de I em R deriváveis em x. Então as funções f ± g, f.g e (caso g(x) ≠ 0) f / g também são deriváveis, assim temos as seguintes operações com derivadas: )(')(')()'( xgxfxgf )(').()().(')()'.( xgxfxgxfxgf 2)]([ )(').()().(' )()'( xg xgxfxgxf x g f Derivada de função composta Sejam I e J intervalos de R com mais do que um ponto, seja x ∈ I, seja f uma função de I em J derivável em x e seja g uma função de J em R derivável em )(xf . Então g o f é derivável em x e )(')].([')()'( xfxfgxgof Rregra da cadeia De acordo com notação de Leibniz, a regra da cadeia é dx dt dt xdf dx xdf . )()( Exemplos Considere 3)( xxf e 3)( xxg e, então 3)3())(()]([ xxfogxgf 48 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com dx xdg xdg xdf dx xgdf )( . )( )()]([ )2.()3(3 )]([ 2 xx dx xgdf De forma análoga, para funções trigonométricas, por exemplo: )52()( 3 xsenxf dx xdgxdg xdf dx xgdf )( . )( )()]([ )6).(52cos( )]([ 23 xx dx xgdf Seja I um intervalo de R com mais do que um ponto, seja x ∈ I e seja f uma função contínua de I em R derivável em x com derivada não nula. Então a função inversa f − 1 é derivável em )(xf e )(' 1 )]([)'( 1 xf xff Dervadas de funções do tipo: i. xaxf )( ii. )()( xgaxh iii. )()()( xgxfxk A derivada dessas funções é bastante simples se itilizarmos o operador logaritmo. Com efeito, i. )ln()](ln[ xaxf ]ln[ )]([ln ax dx d dx xfd aaxfaxfa xf xf x ln)(.ln)('ln )( )(' 49 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com ii. dx xdg a xh xh axh xg )( .ln )( )(' ln)](ln[ )( )('. )( )(.ln)(' )( xga dx xdg xhaxh xg iii. ])(ln[)](ln[ )(xgxfxk )](ln[).()](ln[ xfxgxk dx xfd xgxf dx xdg xk xk )]([ln ).()](ln[. )( )( )(' )]'().[ln()](ln[)(')[()(' xfxgxfxgxkxk })]'().[ln()](ln[)('{)()(' )( xfxgxfxgxfxk xg Derivabilidade em todo o domínio Diz-se que f é derivável ou diferenciável se o for em todos os pontos do domínio. Uma função diferenciável Uma função derivável f de I em R é constante se e só se a derivada for igual a 0 em todos os pontos. Isto é uma consequência do teorema da média. Uma função derivável f de I em R é crescente se e só se a derivada for maior que 0 em todos os pontos. Isto também é uma consequência do teorema da média. 50 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Uma função cuja derivada seja sempre maior que 0 é estritamente crescente. Uma observação importante é que existem funções estritamente crescentes em que a derivada assume o valor 0 em alguns pontos. É o que acontece, por exemplo com a função de R em R definida por 3)( xxf . Naturalmente, existem enunciados análogos para funções decrescentes. Se f for uma função derivável de I em R, sendo I um intervalo de R com mais do que um ponto, então f'(I) também é um intervalo de R. Outra maneira de formular este resultado é: se f for uma função derivável de [a,b] em R e se y for um número real situado entre f'(a) e f'(b) (isto é, f'(a) ≤ y ≤ f'(b) ou f'(a) ≥ y ≥ f'(b)), então existe algum c ∈ [a,b] tal que f'(c) = y. Este resultado é conhecido por teorema de Darboux. Funções continuamente deriváveis Seja I um intervalo de R com mais do que um ponto e seja f uma função de I em R. Diz-se que f é continuamente derivável ou de classe C 1 se f for derivável e, além disso, a sua derivada for contínua. Todas as funções deriváveis que foram vistas acima são continuamente deriváveis. Um exemplo de uma função derivável que não é continuamente derivável é dada pela construção abaixo: 0;0)( 0;) 1 ()( : 2 xsexf ou xse x senxxf RRf Veja nessa construção que o limite )('lim 0 xf h não existe no ponto zero. Portanto, f' não é contínua em 0. Derivadas de ordem superior Quando obtemos a derivada de uma função o resultado é também uma função de x e como tal também pode ser diferenciada. Calculando-se a derivada novamente obtemos então a segunda 51 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com derivada da função f. De forma semelhante, a derivada da segunda derivada é chamada de terceira derivada e assim por diante. Podemos nos referir às derivadas subsequentes de f por: dx df )( dx df dx d )]([ dx df dx d dx d e assim sucessivamente. No entanto, a notação mais empregada é dx df 2 2 dx fd 3 3 dx fd ou alternativamente, )(' xf )('' xf )(''' xf )()1( xf )()2( xf )()3( xf Se, para algum k ∈ N, f for k vezes derivável e, além disso, f(k) for uma função contínua, diz- se que f é de classe C k . Se a função f tiver derivadas de todas as ordens, diz-se que f é infinitamente derivável ou indefinidamente derivável ou ainda de classe C ∞ . Regra de L'Hôpital A regra de L'Hôpital foi incorporada no primeiro livro de texto sobre cálculo diferencial, publicado por Guillaume François Antoine, Marquês de L'Hôpital, em 1696. Seu objetivo era calcular o limite de funções fracionarias nos casos em que existim indeterminações do tipo 0 0 ou . Enunciado Sejam )(xf e )(xg funções diferenciáveis, com 0)(' xg para qualquer Rx . Se 0 0 )(lim )(lim px px xg xf ou px px xg xf )(lim )(lim então, se existir px px xg xf )('lim )('lim a regra de L'Hôpital garante que 52 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com px px px px xg xf xg xf )('lim )('lim )(lim )(lim Aplicações 2 3 2lim 3lim ) 1 1 (lim 1 2 1 2 3 1 x x x x x x x x x x x x x x e e x e lim 1lim lim ) 1 (lim A regra pode, ainda, ser estendida para calcularem-se limites tais como x xxh x 1 lim)( ]limln[)](ln[ 1 x xxh x ] )ln( [lim)](ln[)][ln(lim)](ln[ 1 x x xhxxh xx x 0 1lim 1 lim ] )ln( [lim)](ln[ x x x x x x xh 1)( 0 exh Podo-se tambem utiliza-lo para calcular o nosso limite fundamental, e. x x x k ) 1 1(lim ]) 1 1(limln[)ln( x x x k ]) 1 1[ln(lim)ln( x x x k )] 1 1ln(.[lim)ln( x xk x 53 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com ] 1 ) 1 1ln( [lim)ln( x xk x x xk x x 1 lim ) 1 1ln(lim )ln( Aplicando a regra de L’Hôspital no lado direito dessa última equação, temos ] 1 [lim ] 1 . ) 1 1( 1 [lim )ln( 2 2 x x xk x x ] 1 [lim ] 1 [lim]. ) 1 1( 1 [lim )ln( 2 2 x x xk x xx 11] ) 1 1( 1 [lim)ln( ek x k x No geral, temos as seguintes formulas de derivação Para )(xuu função de x e A constante 1 1 1 1 1 1 11 11 nn nn nn nn nn nn nx xd yd xy xd ud nu xd yd uy xd ud nuA xd yd Auyxd xd nx xd yd xy xd ud nu xd yd uy xd ud nuA xd yd Auy Para xvvexuu funções de x e A e B constantes 54 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com xvvpara xd vd AvA xd d vu xd vd xd ud vu xd d vBuA xd vd B xd ud AvBuA xd d vuvu xd vd uv xd ud vu xd d vuvuAB xd vd uv xd ud ABvBuA xd d 22 '.'. .. )( u vuvu u u dx dv v dx du v u xd d Máximos e Mínimos de funções de uma variável Em economia muitos problemas podem ser resolvidos através do processo de maximização, ou seja, obtendo soluções ótimas para os agentes. Por exemplo, máxima satisfação do consumidor, máximo lucro para os empresários, ou por outra via, custo mínimo no processo produtivo, etc. Portanto, o cálculo de derivadas permite-nos pontos de máximo e mínimo das funções algébricas que tem serventia em muitos problemas econômicos. A função )(xf terá um valor máximo relativo em um ponto c se existir um intervalo aberto ),( ba contendo c, no qual )(xf esteja definida, de tal maneira que )()( xfcf , para todo ).,( cax 55 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com A função )(xf terá um valor mínimo relativo em um ponto c se existir um intervalo aberto ),( ba contendo c, no qual )(xf esteja definida, de tal maneira que )()( xfcf , para todo ).,( bax Observação: Se a função )(xf tem um máximo relativo ou um mínimo relativo, então )(xf tem um extremo relativo. Teorema (condição de primeira ordem – condição necessária) Se a função )(xf for definida para todos os valores de x, este pertencente ao intervalo aberto ),( ba e se )(xf tiver um extremo relativo em cx , onde bca , ou seja, ),( bac , então se )(' cf existir, 0)(' cf . Exemplo (1): Seja 42)( 2 xxxf uma função definida em 1x , este pertencente ao intervalo aberto )4,8(c , tem-se que 22)(' xxf 10)(' xxf e 5)1(41.2)1()1( 2 ff 0)(',1 xfx 0)(',1 xfx 56 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Ou seja, quando a derivada primeira muda de sinal (de crescente a decrescente), ao passar entre a esquerda e à direita da abscissa de extremo, tem-se um extremo relativo de máximo. Portanto, )5,1( P é um ponto de máximo. Exemplo (2): Seja 1123)( 2 xxxf uma função definida em 1x , este pertencente ao intervalo aberto )4,8(c , tem-se que 126)(' xxf 20)(' xxf e 13)2(1)2.(12)2(3)2( 2 ff 0)(',2 xfx 0)(',2 xfx Ou seja, quando a derivada primeira muda de sinal (de decrescente a crescente), ao passar entre à esquerda e à direita da abscissa de extremo, tem-se um extremo relativo de mínimo. Portanto, )13,2(P é um ponto de mínimo. Contraexemplo: Seja 3)2()( xxf uma função definida em 2x , este pertencente ao intervalo aberto )6,0(c , tem-se que 2)2(3)(' xxf 20)(' xxf 0)(',2 xfx 0)(',2 xfx 57 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Vejam então que quando a derivada primeira não muda de sinal (crescente/decrescente a decrescente/crescente), ao passar entre à esquerda e à direita da abscissa de extremo, não existe extremo relativo nem de máximo, nem de mínimo. Assim, )(' xf pode ser igual a zero para um determinado valor de x , sem que )(xf possua extremo relativo neste ponto. Portanto, a função )(xf derivável no intervalo aberto ),( ba e 0)(' xf é condição necessária, mas não suficiente. No gráfico abaixo, os pontos 1x e 3x são de máximo e 2x é de mínimo da função )(xf 58 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Estudo da concavidade de uma função (1) Se 0)('' xf , em ax , diz-se que á curva é CÔNCAVA PARA CIMA, ou seja, é convexa. (2) Se 0)('' xf , em ax , diz-se que á curva é CÔNCAVA PARA BAIXO, ou seja, é côncava. Condição suficiente de Máximo e de Mínimo (ponto de Inflexão) Se )(xf e )(' xf são continuas em cx e 0)(' cf , o c será uma abscissa de ponto de máximo ou de mínimo ou de inflexão, nas seguintes condições: Ponto de MÍNIMO. Se 0)(' cf e 0)('' xf , o c é abscissa de ponto de mínimo relativo. Ponto de MÁXIMO. Se 0)(' cf e 0)('' xf , o c é abscissa de ponto de máximo relativo. 59 *Professor Assistente de Métodos Quantitativos da UFS Graduado em Economia pela UEFS Mestre em Economia do Trabalho pela UFBA olinthos@yahoo.com Ponto de INFLEXÃO. Se 0)(' cf e 0)('' xf (condição necessária) o c é abscissa ponto de inflexão. A condição suficiente para que o c seja um ponto de inflexão é quando a derivada segunda mantém o sinal (de crescente a crescente ou de decrescente a decrescente), ao passar entre à esquerda e à direita da abscissa de extremo. Lista de exercícios (5) a. Calcular a derivada da função 3 1 x y b. Calcular a derivada da função 3 1 x y c. Calcular a derivada da função 3 23 1 x y d. Calcular a derivada da função 5 2 3 xy e. Calcular a derivada da função 3 4 3 xy f. Calcular a derivada da função 3 2 4 1 xy g. Calcular a derivada da função xxy 42 h. Calcular a derivada da função 2 2 x xf i. Calcular a derivada da função 2 3 2 3 xx y j. Calcular a derivada da função 3 xy k. Calcular a derivada da função 16 1 3 x x xxf l. Calcular a derivada da função x ba x ba x y 25 m. Calcular a derivada da função 2 3 3 1 x x y n. Calcular a derivada da função 2312 xxxy o. x x x 0 lim p. x ex x 1 lim 0 q. 1cos lim 0 x senx x INTEGRAIS 60 *Professor
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