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CAPACITAÇÃO HDT

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Investigação de surto
LUCIANA AUGUSTA ALVES MARIANO
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90
 
 “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
A investigação epidemiológica de campo de casos, surtos, epidemias ou outras formas de emergência em saúde é uma atividade obrigatória de todo sistema local de vigilância em saúde, cuja execução primária é responsabilidade de cada respectiva unidade técnica
OBJETIVOS:
descrição epidemiológica e identificação de fatores associados à ocorrência de possível mudança de padrão epidemiológico de doença ou agravo, para dado tempo, população e local:
mudanças dos níveis de doença ou óbito acima dos esperados;
evento com agente etiológico, fonte, veículo ou via de transmissão novo, desconhecido ou incomum;
doença na qual a evolução dos casos é mais severa do que o esperado ou os sintomas apresentados são incomuns.
QUESTÕES IMPORTANTES PARA UMA INVESTIGAÇÃO DE SURTO:
Trata-se realmente de casos da doença sob suspeita? 
Confirmação do diagnóstico
Quais são os principais atributos individuais dos casos?
 Identificação de características biológicas,ambientais e sociais
A partir de que ou de quem foi contraída a doença? 
Fonte de infecção
Como o agente da infecção foi transmitido aos doentes? 
Modo de transmissão
Outras pessoas podem ter sido infectadas/afetadas a partir da mesma fonte de infecção? 
Determinação da abrangência da transmissão
A quem os casos investigados podem ter transmitido a doença? 
Identificação de novos casos/contatos/comunicantes
Que fatores determinaram a ocorrência da doença ou podem contribuir para que os casos transmitam a doença a outras pessoas? 
Identificação de fatores de risco
Durante quanto tempo os doentes podem transmitir a doença? 
Determinação do período de transmissibilidade
Como os casos se encontram distribuídos no espaço e no tempo? 
Determinação de agregação ou relação espacial e/ou temporal dos casos
Como evitar que a doença atinja outras pessoas ou se dissemine na população?
Medidas de controle
PRINCIPIOS BASICOS PARA INVESTIGAÇÃO DE SURTO
Investigação Do caso 
Assistência médica ao paciente
Qualidade da assistência
Proteção individual
Proteção da população
Surto de sarampo
Por se tratar de uma doenças em fase de eliminação 1 caso confirmado de sarampo já configura um surto
O SARAMPO :
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, transmissível, extremamente contagiosa, que pode evoluir com complicações grave, inclusive ao óbito, atualmente o Brasil enfrenta um grande surto da doença em vários Estados. 
 
ESQUEMA VACINAL
12 MESES A 29 ANOS = DUAS DOSES DE TRIPLICE VIRAL
30 A 49 ANOS = UMA DOSE DE TRIPLICE VIRAL
ACIMA DE 50 ANOS = NÃO RECOMENDA-SE VACINAR
DOSE ZERO = 6 MESES
Breve histórico
PLANO DE ELIMINAÇÃO :vigilância epidemiológica,
 vigilância laboratorial 
 imunização
Em agosto de 2019 foi confirmado em Goiás o primeiro caso de sarampo relacionado ao surto instalado em São Paulo, após 20 anos sem registro da doença, foi estabelecida uma cadeia de transmissão do vírus no Estado de Goiás
 CASOS CONFIRMADOS DE SARAMPO, BRASIL, 2013
Fonte: CGDT/DEVIT/SVS/MS - 2018
 CASOS CONFIRMADOS DE SARAMPO, BRASIL, 2014
Fonte: UVRI/CGDT/DEVIT/SVS/MS - 2018
16
 CASOS CONFIRMADOS DE SARAMPO, BRASIL, 2015
Fonte: CGDT/DEVIT/SVS/MS - 2018
17
Sarampo – Brasil, 2018 e 2019
Estado
Confirmados
Em investigação
DtExant. 1º caso
Dt.Exant. Último caso
Amazonas
9.805
09
19/02/2018
31/01/2019
Roraima
361
12
02/03/2018
03/12/2018
Pará
102
26
16/06/2018
23/02/2019
Rio Grande do Sul
46
-
10/05/2018
14/09/2018
Rio de Janeiro
20
-
15/06/2018
13/07/2018
Pernambuco
4
-
17/07/2018
30/07/2018
Sergipe
4
-
15/08/2018
27/08/2018
Bahia
3
-
12/09/2018
23/09/2018
São Paulo
3
-
05/07/2018
22/07/2018
Rondônia
2
-
13/06/2018
11/07/2018
Distrito Federal
1
-
26/07/2018
26/07/2018
Brasil
10.351
47
19/02/2018
23/02/2019
Transmissão ativa
Surtos encerrados
NOTIFICAÇÃO: O sarampo é uma doença de notificação IMEDIATA, portanto todo caso suspeito deve ser comunicado em até 24 horas. 
Caso suspeito que apresente febre e exantema maculopapular morbiliforme de direção cefalocaudal, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da idade e situação vacinal. 
Comunicar o caso suspeito de sarampo à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dentro das primeiras 24 horas após o atendimento do paciente, e também à Secretaria Estadual de Saúde 
IMUNIDADE DE GRUPO
COMO AS VACINAS EVITAM O CONTÁGIO
IMUNIDADE DE GRUPO
COMO AS VACINAS EVITAM O CONTÁGIO
Seguimento de contatos em um surto de sarampo
 
Pacientes
Familia
Equipe de saúde
Amigos
Academia
Local de trabalho
 - Acompanhamento por 30 dias
Fuente: Division Vigilancia epidemiologica de enfermedades prevenibles por vacunacion, Ministerio de Salud de Peru
Caso confirmado
22
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: A investigação do caso suspeito de sarampo deve ser realizada pela equipe municipal em até 48 horas após a notificação:
Priorizar a visita domiciliar para a investigação do caso, sempre que possível, para a coleta de um maior número de informações. 
Confirmar a situação vacinal do caso suspeito
Preencher os campos da Ficha De Investigação , com a maior completitude possível.
preencher o relatório complementar de investigação
Realizar levantamento dos contato
orientar o isolamento domiciliar
COLETA DE MATERIAL BIOLOGICO: 
A vigilância do sarampo exige a coleta de amostras clinicas para a confirmação laboratorial de todo o caso suspeito, portanto, todos os casos suspeitos de sarampo devem ser submetidos a exame, por meio da coleta de amostras de sangue, urina e swab de nasofaringe (mesmo utilizado para influenza). 
CASOS DE SARAMPO DEVEM SER ENCERRADOS POR CRITERIO LABORATORIAL APÓS DUAS AMOSTRAS SOROLOGICAS
TRATAMENTO:
Geralmente casos de sarampo não necessitam de internação hospitalar, no entanto alguns casos podem evoluir com complicações. A persistência de quadro febril após o terceiro dia de exantema, pode ser um sinal de complicação. 
TRATAMENTO:
Geralmente casos de sarampo não necessitam de internação hospitalar, no entanto alguns casos podem evoluir com complicações. A persistência de quadro febril após o terceiro dia de exantema, pode ser um sinal de complicação. 
Casos confirmados de sarampo:
É necessário seguir todos os contatos por um período de 30 dias após o exantema
Em municípios com caso confirmado, proceder a busca retroativa (30 dias antes do exantema do caso confirmado) em unidades de saúde , com o objetivo de identificar casos suspeitos de sarampo.
Paciente P.R.M. 45 anos, residente em Goiânia, com histórico de viagem para São Paulo capital, em visita a irmã que mora na Zona norte da cidade, no período de 20 a 27 de julho. Afirma que ao chegar em São Paulo encontrou a irmã doente, com manchas pelo corpo, acompanhou a mesma em consulta medica no Hospital San Paolo, alega que o médico não suspeitou de sarampo e sim de reação alérgica devido ao uso de buscopan, e que a mesma ficou internada por 5 dias. Retornou para Goiânia no dia 27 /07, em ônibus da viação 3 estrelas, que partiu de São Paulo as 18 horas, chegando e m Goiânia as 06 horas dia 28.
Trabalhou normalmente em sua oficina mecânica () até dia 02/08. No sábado dia 3/08 apresentou sintomas gripais, e tomou a medicação ADVIL para alivio dos sintomas, no domingo observou inicio de manchas no pescoço, que se espalhou pelo tórax e braços (exantema), mal-estar geral e dor epigástrica.
 Procurou o Cais da chácara do Governador na manhã do dia 5/08(foi
de UBER), refere tempo de permanecia no CAIS por 1 :30 hs aproximadamente, retornou para sua residência para aguardar o encaminhamento para o HDT. Voltou ao CAIS quando saiu o encaminhamento e logo em seguida se dirigiu ao HDT (UBER), onde foi internado e diagnosticado como suspeito de SARAMPO, colocado em isolamento para aerossóis.
REFERE NÃO SABER ESTADO VACINAL, MORA COM ESPOSA E FILHO DE 40 DIAS DE VIDA, FREQUENTA COM REGULARIDADE A CASA DA SOGRA E AVÓ DA ESPOSA, NEGA PARTICIPAÇÃO EM QUALQUER EVENTO DE MASSA NOS ULTIMOS DIAS.
G M S O M 50 dias

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