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PROJETO DE URBANIZAÇÃO E PAISAGISMO AULA 02 – A FORMA DA CIDADE Universidade Católica de Brasília Curso de Arquitetura e Urbanismo Prof. Carla Freitas Forma da Cidade Paradigma: ¨ Transformar o mundo urbano atual em uma paisagem passível de imaginabilidade Paisagem Imaginável: ¨ Algo: Visível | Coerente | Claro Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Forma da Cidade ¨ Novas aWtudes dos moradores das cidades, o CIDADÃO ¨ Reformulação do meio em que se vive ¨ Novas imagens das cidades – Símbolos de vida urbana Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br A forma da cidade deve expressar os objeWvos e as percepções de seus cidadãos. “Existem, porém, algumas funções fundamentais, que as formas da cidade podem expressar: circulação, usos principais do espaço urbano, pontos focais chaves.” Lynch Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Piazza della Signoria, Florença, Italia Forma da Cidade “As esperanças, os prazeres e o s e n s o c omun i t á r i o p o d em concreWzar-‐se. Acima de tudo, se o amb i en t e f o r v i s i v e lmen t e o r g a n i z a d o e n i W d am e n t e idenWficado, o cidadão poderá impregna-‐lo de seus próprios significados e relações. Então se tornará um verdadeiro lugar, notável e inconfundível.” Lynch Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Uma paisagem com formas fortes e marcantes pode ser resultado de atributos naturais poderosos ou produto das modificações humanas visando a objeWvos concretos, com uma tecnologia comum atuando sobre a estrutura básica oferecida por um processo geológico conenuo. Lynch observa que as modificações feitas com consciência das inter-‐relações conservam a individualidade tanto dos recursos naturais quanto dos objeWvos humanos. Forma da Cidade Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br “Em sua condição de mundo arWficial, é assim que a cidade deveria ser: edificada com arte.” Lynch A Forma da Cidade Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br “Aumentar a imaginabilidade do ambiente urbano significa facilitar sua idenWficação e estruturação visual.” Forma da Cidade Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Forma da Cidade Blocos formadores no processo de criação de estruturas firmes e diferenciadas em escala urbana: ¨ Vias ¨ Limites ¨ Regiões ou Bairros ¨ Pontos Nodais ¨ Marcos Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Vias ¨ canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou potencial. Ex.: ruas, alamedas, linhas de trânsito, canais, ferrovias. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Limites ¨ elementos lineares não usados ou entendidos como vias pelo observador ¨ fronteiras entre duas fases, quebras de conWnuidade lineares ¨ referencias laterais, podem ser barreiras mais ou menos penetráveis. Ex.: praias, margens de rios, cortes de ferrovias, espaços em construção muros e paredes. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Bairros ou Regiões ¨ Trechos médios ou grandes de uma cidade, costumam ser entendidos pelo observador como uma extensão bidimensional que tem idenWdades diferentes entre si. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Pontos Nodais ¨ focos, junções, ou lugares estratégicos da cidade onde o observador pode entrar ¨ locais de interrupção do transporte, cruzamento, momentos de passagem de uma estrutura para outra ¨ lugares de concentração ¨ conceito de ponto nodal esta ligado ao de vias e também ao de bairros. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Marcos ¨ referencias externas, o observador não entra neles ¨ um objeto hsico definido de maneira muito simples; edihcio, sinal, loja ou montanha ¨ Alguns marcos são distantes e vistos de muitos ângulos e são geralmente usados como indicadores de idenWdade. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Vias: -‐ rede de linhas habituais ou potenciais de deslocamento através do complexo urbano; -‐ meio pelo qual o todo urbano pode ser ordenado; -‐ linhas de movimento (direção clara)– senso de direção – esqueleto da imagem da cidade. As vias principais devem possuir qualidades singulares que as diferenciem das vias secundárias e terciárias. O desenho das ruas Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Se as posições ao longo da linha puderem ser diferenciadas de certa maneira mensurável, a linha será não só orientada comoestará em escala. O desenho das ruas Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Limites Regiões ou Bairros Pontos Nodais Marcos O desenho de outros elementos Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Limites Tanto o limite como as vias exigem conWnuidade formal ao longo de sua extensão para serem compreendidos como tal. O limite adquire força se for lateralmente visível a alguma distância e se ligar claramente duas regiões limítrofes. O limite pode dar orientação ao longo de toda a sua extensão. Quando o limite não é conenuo ou fechado é importante que suas extremidades tenham terminais reconhecíveis que completem a idéia de linha. Aumentar o uso dos limites ou suas condições de acesso é uma forma de aumentar sua visibilidade. Ex.: quando parte da cidade à margem das águas é aberta ao tráfego e ao lazer. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Marcos Um marco não é necessariamente um objeto grande, sua caracterísWca essencial é sua singularidade, o contraste com o contexto ou seu plano de fundo. A proeminência espacial é uma das coisas que mais se prestam para chamar a atenção. A localização do marco também é fundamental para que ele de fato seja entendido como tal, a menos que sejam dominantes os marcos isolados tendem a ser referências fracas por si só, pois seu reconhecimento exige atenção conenua. “Os marcos também podem ser ordenados numa sequencia conenua, de modo que todo um trajeto possa ser idenWficado e tornado cômodo por uma sucessão de detalhes conhecidos.” Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Pontos Nodais Pontos nodais são pontos de referencia conceituais de nossas cidades (realidade americana e brasileira tb). Para se ter um ponto nodal forte é essencial que seja um lugar disWnto e inesquecível, impossível de ser confundido com outro qualquer. “Um ponto nodal será mais definiWvo se Wver um limite níWdo, fechado e não se estender incertamente para os lados; também será digno de nota se Wver um ou dois objeto que sejam focos de atenção. Mas será irresisevel se puder ter uma forma espacial coerente.” Lynch É possível organizar um conjunto de pontos nodais para que formem uma estrutura. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Bairros Um bairro torna-‐se ainda mais níWdo se houver uma maior definição e um fechamento de suas fronteiras. O bairro também pode ser estruturado internamente, com subdivisões diferenciadas, mas em harmonia com o todo; pontos nodais e sistema de vias internas ajudam a construir estas subdivisões. Uma região ou bairro bem estruturado é potencialmente capaz de produzir imagens vivas. Quando adequadamente estruturado e diferenciado em seu interior, um bairro pode expressar ligações com outras caracterísWcas da cidade. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Sugestões de Lynch para o desenho urbano: Singularidade (clareza fundo-‐figura) Simplicidade da forma ConWnuidade Predomínio Clareza de junção Diferenciação direcional Alcance visual Consciência do movimento Séries temporais Nomes e significados Qualidades de forma Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br “Os cinco elementos – via, limite, bairro, ponto nodal e marco – devem ser considerados simplesmente como categorias empíricas apropriadas, dentro e ao redor das quais foi possível agrupar uma massa de informações. Enquanto forem úteis, funcionarão como blocos de construção para o designer. Tendo dominado suas caracterísWcas, ele irá ver-‐se diante da tarefa de o r g a n i z a r um t o do q u e s e r á p e r c e b i d o sequencialmente, cujas partes só serão senWdas no contexto.” O senWdo do todo Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br “As formas devem ser manipuladas de modo que exista um fio de conWnuidade entre as imagens múlWplas de uma grande cidade: dia e noite, inverno e verão, proximidade e distancia, estáWca e movimento, atenção e distração. Marcos principais, regiões, pontos nodais ou vias deveriam ser reconhecíveis sob diversas condições, mas de maneira concreta, e não abstrata.” O senWdo do todo Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br O senWdo do todo ¨ A cidade não é construída para uma pessoa, mas para um grande número delas. ¨ “O designer deve, portanto, criar uma cidade que seja pródiga em vias, limites, marcos, pontos nodais e bairros, uma cidade que use não apenas uma ou duas qualidades de forma, mas todas elas.” Lynch Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.brConclusões ¨ A qualidade da imagem (Paisagem Urbana) inscrita na mente do usuário da cidade (cidadão) pode ser alcançada através do treinamento do observador (cidadão). ¨ Este treinamento consiste em ensinar as pessoas a olhar em para sua cidade, a observarem a mulWplicidade de formas e a perceber como elas se misturam. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br ...“poder-‐se-‐iam levar os cidadãos às ruas, programar aulas nas escolas e universidades, a cidade poderia transformar-‐se no animado museu de nossa sociedade e de suas esperanças. Tal educação poderia ser usada não apenas para desenvolver a imagem urbana, mas para reorienta-‐la depois de uma transformação perturbadora. Uma arte do design urbano terá de ser o resultado do surgimento de um público informado e críWco. A educação e a reformulação hsica são partes de um processo conenuo.” A utopia de Lynch Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br Nossos projetos de urbanismo e paisagismo devem buscar reformular a cidade, ou mesmo partes dela, para melhorar sua imaginabilidade e assim a sua clareza como forma hsica. Prof. Carla Freitas | estudio@caliandradesenhos.com.br| www.caliandradesenhos.blogspot.com.br
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