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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO CURSO DE BACHAREL EM NUTRIÇÃO FISIOLOGIA HUMANA Álen Gabriel da Silva Ferreira - 8052790 PORTFÓLIO CICLO 2 Cruzeiro do Sul – AC 2019 Álen Gabriel da Silva Ferreira - 8052790 PORTFÓLIO CICLO 2 Cruzeiro do Sul – AC 2019 Trabalho apresentado ao Curso de Nutrição, do Centro Universitário Claretiano como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina Fisiologia Humana. Professor(a)/Orientador(a): Fabiana Gomes Ricardo. SÚMARIO 1. INTRODUÇÃO...........................................................................4 2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................5 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................14 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................15 1. INTRODUÇÃO Ao passar dos anos o homem é instigado a sempre querer descobrir coisas novas, tanto ao seu redor como de si mesmo, desse modo, a Fisiologia Humana foi desenvolvida com o objetivo de estudar o funcionamento dos organismo humano e de tudo que o constitui. A palavra fisiologia é de origem grega e deriva de physis “natureza” e logos “estudo, conhecimento”. Na atividade descrita, irei explorar vários sistemas do corpo, assim explicando cada processo envolvido de acordo com o Caderno de Referência de Fisiologia Humana, disponibilizado pelo Claretiano. 4 2. REFERENCIAL TEÓRICO Fisiologia Celular: 1)As organelas estão no interior das células e são delimitadas por membranas formadas, principalmente, por lipídeos, proteínas e, dependendo do tipo, desempenham diferentes funções. Explique qual a principal função dos: retículo endoplasmático liso e rugoso, complexo de Golgi, lisossomos e mitocôndria. Resposta: Retículo endoplasmático rugoso e liso: o retículo endoplasmático são estruturas laminares que se interconectam. A parte do retículo endoplasmático que contém ribossomos é denominada retículo endoplasmático rugoso, que é responsável pela síntese proteica. Já a parte do retículo endoplasmático livre de ribossomos recebe o nome de retículo endoplasmático liso ou agranular e é responsável pela síntese de substâncias lipídicas. Complexo de Golgi: O complexo de Golgi é formado por várias camadas de vesículas finas e achatadas e está intimamente relacionado com o retículo endoplasmático, os quais funcionam em associação. As substâncias que estão contidas no retículo endoplasmático são transportadas para o complexo de Golgi, onde serão processadas para formar os lisossomos, vesículas secretórias e outros componentes citoplasmáticos. Lisossomos: Depois de serem formadas no complexo de Golgi, essas organelas (os lisossomos) são dispersas no citoplasma em forma de vesículas, contendo enzimas hidrolíticas, responsáveis pela lise (quebra) de estruturas celulares danificadas, partículas de alimentos ingeridos pela célula e materiais indesejados (como as bactérias). Mitocôndria: É nessa organela (na mitocôndria) que ocorre a biossíntese aeróbia de ATP (trifosfato de adenosina), que é uma substância de alta energia. A mitocôndria é composta por duas membranas: uma interna e outra externa. Sua membrana interna forma cristas em que se encontram as enzimas oxidativas. A área interna da mitocôndria é preenchida por uma matriz que contém enzimas dissolvidas responsáveis por extrair a energia dos nutrientes, que é, então, utilizada na síntese do ATP. 2) São quatro tipos de transporte que ocorrem na membrana celular. Cite quais são, explique cada um e dê exemplos de substâncias que são transportadas em cada tipo de transporte. Resposta: Difusão simples: A difusão simples representa o movimento contínuo das moléculas através dos poros da membrana celular, por meio de sua própria energia cinética. É um processo passivo, isto é, sem gasto de energia, e a força motriz é o próprio gradiente de concentração entre os dois lados da membrana. Não necessita de moléculas carreadoras. Exemplos: água, gases, íons e moléculas pequenas. Difusão facilitada: Este tipo de transporte de membrana ainda é passivo; no entanto, o transporte de uma substância através da membrana celular necessita de uma proteína 5 transportadora ou carreadora. A molécula acopla-se a essa proteína transportadora, que pertence à membrana, e desloca-se de um lado a outro desta fazendo o movimento da molécula. A força motriz, assim como na difusão simples, é o gradiente de concentração do soluto. Exemplos de transportes: glicose e aminoácidos. Osmose: Osmose é o transporte da água (solvente) através de uma membrana semipermeável (permeável à água e impermeável ao soluto), devido à espessura pequena do poro da membrana. A água é, pois, um exemplo de transporte. Transporte ativo: O transporte ativo é responsável pelo transporte de substâncias contra um gradiente de concentração. Esse processo é considerado ativo devido ao gasto de energia e necessita de um transportador ou carreador específico. Exemplos de transporte: íons cálcio, sódio e potássio (bomba de sódio e potássio), ferro, hidrogênio, cloreto, alguns açúcares, aminoácidos, entre outros. 3) O potencial de ação é uma alteração na voltagem da membrana celular diante de um estímulo. É através dos potenciais de ação que os sinais nervosos são transmitidos por toda a membrana da fibra. Para a condução do impulso nervoso, esse potencial de ação deve percorrer toda a fibra nervosa. Quais as fases do potencial de ação? Explique cada uma. Resposta: Despolarização: Quando a célula está com o potencial de membrana de -70 milivolts (potencial de repouso), antes do início do potencial de ação, diz-se que a membrana está polarizada. Com a chegada de um estímulo, que pode ser químico, mecânico, térmico, entre outros, a membrana celular torna-se permeável aos íons sódio, que entram imediatamente a favor do gradiente eletroquímico. Assim, devido à entrada de sódio na célula, que são íons carregados positivamente, a polaridade é neutralizada, chegando a zero, ou ocorre uma inversão de cargas, tornando a célula positivamente carregada – despolarização. Repolarização: Depois de a permeabilidade da membrana aos íons sódio ter aumentado, os canais de sódio começam a fechar e os de potássio a se abrir, e a membrana fica mais permeável ao potássio. Desse modo, podemos imaginar que, após a despolarização, existe um excesso de cargas positivas e, portanto, com a difusão dos íons potássio para o exterior da célula, essa polaridade é restabelecida, tornando-a repolarizada. Hiperpolarização: A hiperpolarização é conhecida também como hiperpolarização tardia e ocorre devido à atividade elevada da bomba de sódio e potássio. Como a célula está com excesso de sódio em seu meio interno, a bomba passa a trabalhar de forma extremamente eficiente para restabelecer o equilíbrio, enviando íons sódio para fora e íons potássio para dentro da célula, causando uma hiperpolarização que dura pouco tempo, até que a bomba de sódio e potássio volte ao seu ritmo normal. Essa fase é caracterizada pelo aumento da atividade da bomba de sódio e potássio. 6 4) Mais de 40 substâncias neurotransmissoras já foram descobertas. Quais as mais conhecidas? Para responder, divida em: neurotransmissores periféricos e neurotransmissorescentrais. Resposta: Neurotransmissores Periféricos: Acetilcolina; Adrenalina e Noradrenalina. Neurotransmissores Centrais: GABA (ácido gama-aminobutírico); Glutamato; Glicina; Serotonina; Substância P.; Encefalinas.; Hormônios peptídicos (entre outros). Sistema Nervoso: 1) O Sistema Nervoso Central (SNC) é capaz de realizar inúmeras atividades complexas. Qual é a sua função básica? E quais as suas funções superiores? Resposta: Sua função básica é receber informações sobre as variações externas e internas e produzir respostas por meio dos músculos e glândulas. Dessa forma, ele contribui, juntamente com o sistema endócrino, para a homeostase (equilíbrio) do organismo. Suas funções superiores: memória, que corresponde à capacidade de armazenar informações e, depois, resgatá-las; aprendizado; intelecto; pensamento; personalidade. 2) A organização do Sistema Nervoso (SN) pode ser classificada, morfológico e funcional, em três vias. Quais são estas vias? Explique cada uma. Resposta: Vias aferentes: trazem as informações ao sistema nervoso central (SNC); Vias eferentes: são as vias que levam a resposta que foi elaborada pelo sistema nervoso central (SN) ao órgão efetuador da resposta, que pode ser um músculo ou uma glândula; Vias de associação: além de analisar as informações, armazenam-nas sob a forma de memória para elaborar os padrões de respostas ou as respostas espontâneas. 3) A manutenção do equilíbrio corporal é de responsabilidade do cerebelo e é devido a ele que ações complexas podem ser executadas. Quais são estas ações? Por que isso ocorre? Resposta: Ações complexas, como andar de bicicleta ou tocar violão, podem ser executadas. Isso ocorre devido às diferentes informações sensoriais (como posição articular e grau de estiramento muscular), auditivas e visuais que chegam ao cérebro. A elaboração de respostas simplificadas para certos estímulos é a função da medula espinhal. Essas respostas são chamadas de atos reflexos e é devido a eles que podemos reagir rapidamente em situações de perigo ou emergência. 4) Uma diferença entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é a secreção de hormônios pelas fibras pós-ganglionares. Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático secretam qual substância? E, por isso, como é chamado? E qual substância o Sistema Nervoso Simpático secreta? E por isso, como é chamado? 7 Resposta: Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático secretam acetilcolina e, por isso, são chamados de colinérgicos. Os do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina e são chamados de neurônios adrenérgicos. 5) A parte responsável pela análise dos estímulos internos e externos ao organismo é o Sistema Nervoso Sensorial. Essas informações são utilizadas para atender quais funções? Resposta: Percepção e interpretação; controle do movimento; regulação de funções de órgãos internos; manutenção de consciência. 6) O que é fadiga sináptica? Por que ela é importante? Resposta: A fadiga da sinapse é o meio pelo qual o sistema nervoso (SN) permite que uma reação nervosa desapareça para dar lugar a outras. Assim, a fadiga é uma característica importante da função sináptica, pois, por meio dela, o excesso de excitabilidade do cérebro durante uma convulsão epitética pode ser finalmente superado para que cesse, por exemplo. Esse mecanismo funciona, principalmente, pela exaustão total ou parcial dos estoques de substâncias transmissoras nos terminais pré-sinápticos. 7) O que é placa motora e unidade motora? Resposta: No corpo humano, cada fibra muscular recebe um único terminal axônico proveniente de um neurônio motor somático. Cada neurônio motor pode inervar poucas ou muitas fibras musculares. A região especializada do sarcolema da fibra muscular, localizada na junção neuromuscular, é conhecida como placa motora. Cada neurônio motor, juntamente com todas as fibras motoras que ele inerva, é chamado de unidade motora. 8) As fibras musculares são classificadas de acordo com sua velocidade de contração e resistência à fadiga. Existem três tipos de fibras que são predominantes na composição dos músculos. Quais são? Explique cada um. Resposta: Fibras oxidativas de contração lenta: As fibras oxidativas, ou fibras do tipo I, são caracterizadas pelo alto conteúdo mitocondrial, as fibras de contração lenta são usadas para movimentos sustentados, como, por exemplo, em uma maratona. Fibras glicolíticas oxidativas de contração rápida: As fibras oxidativas-glicolíticas de contração rápida são uma mistura das duas anteriores, possuindo características tanto de uma como de outra e, também, são conhecidas por fibras do tipo IIA ou fibras intermediárias. Essas fibras são extremamente adaptáveis. Fibras glicolíticas de contração rápida: As fibras glicolíticas, também chamadas de fibras do tipo IIX, possuem baixo conteúdo mitocondrial. No entanto, são fibras ricas em enzimas glicolíticas e, por isso, baseiam seu suprimento energético principalmente na quebra de glicogênio e glicólise, o que lhes fornece uma grande capacidade anaeróbia. São chamadas de fibras de contração rápida e são menos resistentes à fadiga. 8 9) O que é tônus muscular? Resposta: O músculo esquelético possui a propriedade de transmitir, na maior parte do tempo, impulsos nervosos contínuos a todos os músculos, especialmente às unidades motoras menores, mantendo nelas uma leve tensão, evitando que se tornem flácidos e, também, permitindo que o músculo reaja a um estímulo forte muito mais rápido do que faria se não existisse essa leve tensão. Essa propriedade do músculo é denominada tônus muscular. O tônus do músculo varia de acordo com o estado fisiológico do indivíduo: ansiedade, medo ou outras situações estressantes aumentam o número de estímulos tônicos provenientes do sistema nervoso central (SNC), o que aumenta o tônus muscular. Em contrapartida, enquanto dormimos, esses estímulos são quase nulos, o que permite um relaxamento muscular. 10) Quais os tipos de contração muscular? Explique cada uma. Resposta: Existem dois tipos de contração: Contração isométrica: Na contração isométrica (iso = mesmo; métrico = comprimento), o músculo gera força sem que ocorra encurtamento muscular. Nessa condição, a tensão muscular aumenta, mas não ocorre movimento. Os músculos posturais do corpo, que atuam para manter a posição estática durante longos períodos na posição em pé ou sentada, estão em contração isométrica. Contração isotônica: Em contrapartida, a contração dinâmica (antes chamada de contração isotônica) envolve a maioria dos tipos de exercício ou de atividades esportivas e resulta no movimento de partes do corpo. Durante essa ação do músculo, podem ocorrer dois tipos de movimento, o excêntrico ou o concêntrico. No movimento excêntrico, o músculo é ativado, produz força, porém é alongado, enquanto, no movimento concêntrico, o músculo se encurta. 11) O músculo esquelético possui vários tipos de receptores sensoriais, como os quimiorreceptores, os fusos musculares e os órgãos tendinosos de Golgi. Explique como cada um funciona. Resposta: Os quimiorreceptores são terminações nervosas livres especializadas em enviar ao sistema nervo central (SNC) informações sobre alterações de pH no músculo, concentrações de potássio extracelular e alterações das concentrações de O2 e CO2. O fuso muscular funciona como um detector de comprimento e é encontrado na maioria dos músculos locomotores humanos. Os músculos que requerem controle motor mais fino possuem maior densidade de fusos. Em contraste, os músculos que realizam movimentos grosseiros, como o quadríceps, possuem relativamente poucosfusos. Os órgãos tendinosos de Golgi têm função de monitorar continuamente a tensão produzida pela contração muscular. 9 Fisiologia Cardíaca: 1)O que é infarto do miocárdio? O que pode acontecer no infarto leve e grave? Resposta: Quando o fluxo sanguíneo coronário é interrompido (bloqueio de um vaso sanguíneo coronário) por mais de alguns minutos, ocorre uma lesão permanente no coração. Esse tipo de lesão leva à morte de células musculares cardíacas e é comumente denominado infarto do miocárdio. O número de células cardíacas que morrem devido à hipóxia determina a gravidade do infarto do miocárdio. Isto é, um infarto leve do miocárdio pode lesar apenas uma pequena porção do coração, enquanto um infarto grave do miocárdio pode destruir um grande número de células cardíacas. 2) Explique como ocorre o potencial de ação do músculo cardíaco. Pelo menos duas diferenças importantes entre as fibras musculares esqueléticas e as cardíacas provocam o potencial de ação mais prolongado e a presença do platô. Quais são estas diferenças? Resposta: O potencial de ação (PA) é caracterizado como um evento elétrico que ocorre em células excitáveis. Este processo desencadeia uma inversão na variação do potencial de membrana da célula. Duas diferenças importantes entre as fibras musculares esqueléticas e as cardíacas, são: abertura de um grande número de canais rápidos de sódio, assim como ocorre na fibra muscular esquelética; na fibra muscular cardíaca, o potencial de ação é provocado também pela abertura de canais lentos de cálcio, que mantêm o longo período de despolarização, determinado o platô da fibra muscular cardíaca. A outra importante diferença é que o efluxo de íons potássio, durante o platô, diminui acentuadamente, impedindo o retorno precoce da voltagem do potencial de ação para o seu valor de repouso. 3) Explique sobre o mecanismo de Frank-Starling. Resposta: O coração possui uma propriedade intrínseca de se adaptar aos diferentes volumes de sangue que fluem para o seu interior. Essa capacidade é denominada de mecanismo de Frank-Starling do coração, que diz que, quando ocorre aumento do volume diastólico final, dentro dos limites fisiológicos do coração, o coração irá se contrair com mais força, o que resulta em maior volume sistólico (volume ejetado pelo coração). 4) Além do sistema especializado para a geração e condução rápida de impulsos rítmicos no coração, muitas fibras cardíacas têm a capacidade de auto excitação, um processo que pode causar descarga automática rítmica e contração. Esse é o caso de quais fibras? Em condições normais, qual a função do nodo sinoatrial? Resposta: Esse é o caso das fibras do nodo sinoatrial (SA). Em condições normais, o nodo sinoatrial (SA) controla a frequência dos batimentos de todo o coração porque sua frequência de descargas rítmicas é maior do que a de qualquer outra parte do coração. 5) O eletrocardiograma normal é composto por uma onda P, um "complexo QRS" e uma onda T. Explique como é formada cada uma destas ondas. 10 Resposta: O complexo QRS é comumente formado por três ondas distintas, a onda Q, a onda R e a onda S. A onda P é decorrente da despolarização atrial, que ocorre antes da sua contração. O complexo QRS resulta da despolarização ventricular. Assim, tanto a onda P quanto os componentes do complexo QRS são ondas de despolarização. Já a onda T se deve à repolarização ventricular. Portanto, cada onda é resultado da atividade elétrica do coração. 6) Explique o que é volume diastólico final, volume sistólico final e débito cardíaco. Resposta: Durante a diástole, o volume de cada ventrículo aumenta, normalmente, até o valor de 110 a 120 ml. Esse volume é conhecido como volume diastólico final, que corresponde ao volume total de sangue contido em cada ventrículo no final da diástole imediatamente antes da sístole. Em seguida, durante a sístole, o volume de sangue ejetado de cada ventrículo para a circulação, aproximadamente 70 ml, é denominado volume sistólico. O volume de sangue que permanece em cada ventrículo ao final da sístole, cerca de 40 a 50 ml, é denominado de volume sistólico. O débito cardíaco (DC) é a quantidade de sangue que o ventrículo esquerdo bombeia para a aorta a cada minuto. O débito cardíaco varia em torno de 5 a 6 litros no indivíduo adulto normal, sendo igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. 7) Explique o que é e como ocorre a primeira e a segunda bulha cardíaca. Resposta: Ao auscultarmos o coração com um estetoscópio ou fazermos um fonocardiograma (registro dos sons cardíacos), ouvimos os sons produzidos pelo coração. Esses sons, denominados de bulhas cardíacas, são produzidos após o fechamento das válvulas cardíacas e são causados pela vibração das válvulas que constituem as valvas cardíacas imediatamente após seu fechamento. A primeira bulha que escutamos ocorre após o fechamento das valvas AV tricúspide e mitral. A vibração é de tom baixo e mantém-se por período relativamente longo. A segunda bulha ocorre após o fechamento das valvas pulmonar e aórtica e produz um estalido relativamente rápido, pois essas válvulas se fecham com extrema rapidez e as regiões circunvizinhas vibram apenas por curto período. 8) Como ocorre o controle nervoso do coração? Para responder esta pergunta, explique sobre os componentes simpático e parassimpático. Resposta: Além de sofrer regulação local (por exemplo, o mecanismo de Frank- Starling), o coração também é regulado através de nervos simpáticos e parassimpáticos. Os nervos simpáticos promovem o aumento da frequência cardíaca do coração, e o estímulo parassimpático (vagal) promove a diminuição dos batimentos. Os nervos parassimpáticos (os vagos) distribuem-se principalmente para os nodos sinusal e A-V, em menor escala para o músculo dos dois átrios e menos ainda para o músculo ventricular. Os nervos simpáticos, em contrapartida, distribuem-se a todas as partes do coração, especialmente o músculo ventricular, assim como para todas as outras áreas. 9) Qual a relação entre o fluxo sanguíneo, a pressão e a resistência? 11 Resposta: O fluxo sanguíneo através do sistema vascular é proporcional à diferença de pressão, mas é inversamente proporcional à resistência. Assim, quando a resistência ou a pressão diminui, temos um aumento do fluxo sanguíneo. Em contrapartida, um aumento na pressão e/ou redução no fluxo promove aumento no fluxo sanguíneo. 10) O que é pressão arterial sistólica e diastólica? Quais valores são encontrados no repouso? O que é hipertensão? Resposta: Os movimentos de diástole cardíaca proporcionam o aumento de volume do coração enquanto este se enche de sangue. Considera-se a pressão arterial sistólica (PAS) normal no valor de 120 mmHg e a diastólica (PAD) no valor de 80 mmHg. Se a PAS atingir um valor igual ou superior a 140 mmHg e a PAD igual ou superior a 90 mmHg, caracteriza-se hipertensão arterial. Com o avançar da idade, ocorre, muitas vezes, o aumento da pressão arterial (PA), gerando hipertensão. Essa hipertensão é muitas vezes provocada pelo aumento da RVP, que é gerado pela perda da elasticidade das artérias. Porém, existem muitas outras causas para a hipertensão. 11) A pressão arterial de pulso ou diferencial é a diferença de pressão entre pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) (120-80 = 40 mm Hg). O que ocorre quando ela chega até zero? Resposta: Se ela estiver próxima de zero, a circulação sanguínea está prejudicada, e, se ela for zero, a circulação para. 12) O duplo produto (DP) é definido como o produto da frequência cardíaca pela pressão arterial sistólica (FC X PAS). Como ele pode ser utilizado?Resposta: O DP é considerado o melhor índice não invasivo para avaliação do trabalho miocárdico, tanto em repouso quanto durante o esforço. Dessa forma, é desejável usar esse parâmetro como referência no momento de prescrever uma atividade física com segurança, pois ele permite verificar o efeito da atividade física no sistema cardiovascular: DP = FC x PAS. 13) A pressão arterial sistólica (PAS) normal é de aproximadamente 120 mmHg e a diastólica (PAD) é próxima de 80 mmHg. Quais os procedimentos para aferir a pressão arterial? Resposta: Procedimentos para medir a pressão arterial: Localizar a artéria braquial, localizada na parte interna do cotovelo, por palpação. Posicionar o manguito em torno do braço de 2cm a 3cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. Manter o braço do paciente na altura do coração. 12 Colocar o estetoscópio nos ouvidos e posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. Inflar rapidamente o manguito, aproximadamente 180 mm, para a condição de repouso ou 200 mm Hg durante ou imediatamente após o exercício; Abrir lentamente a válvula para redução da pressão no manguito (1 a 2 mm Hg por segundo). Ao auscultar o primeiro ruído de Korotkoff (primeiro som audível), verificar o valor da pressão; é a Pressão Arterial Sistólica. Continuar reduzindo a pressão no manguito. Observar as mudanças no timbre dos ruídos de Korotkoff. No último ruído de Korotkoff audível, verificar o valor da pressão; é a Pressão Arterial Diastólica. Desinflar totalmente o manguito e retirá-lo do braço. Esperar de 1 a 2 minutos, caso seja necessário realizar novas medidas. 13 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando-se em conta o que foi observado, é perceptível que o corpo humano é algo complexo e que funciona como uma grande fabrica organizada, onde somos responsáveis por manter ela equilibrada e sempre em manutenção. Com isso, com os argumentos apresentados, vemos a importância também da prática, ajudando assim o aluno na sua formação profissional, afinal como futuros servidores da saúde, temos o objetivo de cuidar do próximo, e tentar entender cada vez mais as estruturas do corpo humano e o que elas influenciam na vida social. 14 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUARTE, Fernanda; STOTZER, Uiliana. Fisiologia Humana Geral e Aplicada: Caderno de Referência. 2013. Ed. Batatais. P. 39 á 171. 15