Buscar

DIREITO PENAL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Art. 184 do CP: Violar direitos de autor e os que lhe são conexos. Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. 
§1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista interprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente. Pena: reclusão de 2 a 4 anos, e multa. 
§2º Na mesma pena do §1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. 
§3º Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebe-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista interprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente. Pena: reclusão de 2 a 4 anos, e multa. 
§4º O disposto nos §§ 1º, 2º e 3º não se aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto. 
INTRODUÇÃO: Propriedade material é aquela que não tem corpo, que é considerado bem móvel ( art. 3º da lei 9610/98). EX: direito autoral (livro, musicas...) 
A CF protege os direitos autorais no art. 5º, IX e XXVII.
Conceito de autor está previsto no art. 11 da Lei 9610/98, que a pessoa física criadora da obra. A pessoa jurídica não é considerada a autora, mas pode ser titular do direito autoral ao adquirir a criação artística.
Os direitos do autor estão previsto no arts. 22 e 28 da mesma lei.
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se os direitos do autor. 
OBJETO MATERIAL: É aquilo sobre qual recai a conduta criminosa. 
É a obra literária, artística ou cientifica.
A proteção de programas de computador, em contra previsão da lei 9610/98.
NUCLEO DO TIPO (VERBO): Violar: significa transgredir, não obedecer os direitos conferidos a um autor. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: É o titular do direito autoral (pode ser pessoa física ou jurídica).
ELEMENTO SUBJETIVO: Dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá no instante em que a violação estiver finalizada. 
TENTATIVA: É admissível por se tratar de delito material. 
Material (admite tentativa) – aquele que exige produção de resultado naturalístico (alguma alteração no mundo – Cadê o corpo? Cadê o objeto? Cadê a matéria?). Aquilo que tem coisa, algo palpável. 
Formal (não admite tentativa) – Não existe produção de resultado naturalístico. Aquilo que a pessoa idealiza. Atinge a honra. 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE: Arts. 46, 47 e 48 da Lei 9610/98. 
- PARAGRAFO 1º - 
NUCLEO DO TIPO: Continua sendo violar, mas a conduta é direcionada mediante reprodução total ou parcial, com intuito de lucro, direto ou indireto. 
ELEMENTO SUBJETIVO: Continua sendo dolosos, mas agora com finalidade de lucro, direto ou indireto.
SUJEITO PASSIVO: Continua sendo o autor da obra, mas também os intérpretes, executantes e produtores. 
ELEMENTO NORMATIVO: Está presente na expressão “sem autorização expressa”.
- PARAGRÁFO 2º - 
NUCLEOS DO TIPO
Distribuir: Fazer circular para terceiro. 
Vender: Transferir para terceiro a titulo oneroso. 
Expor a venda: Exibir ou colocar a disposição a venda.
Alugar: Ceder por tempo determinado a titulo oneroso. 
Introduzir no país: Importar. 
Adquirir: Comprar a titulo oneroso. 
Ocultar: Esconder por tempo indeterminado. 
Depósito: Guardar em local certo. 
 - PARAGRÁFO 3º - 
Fazer o famoso “gato”. 
Colocação à disposição do usuário por meio de tecnologia, de obra contrafeita sem autorização do titular, com intuito de lucro direto ou indireto. 
AÇÃO PENAL (Como ou quem pode tomar medidas para punir)
Ação penal privada na hipótese do caput. 
Ação penal pública incondicionada nas hipóteses dos parágrafos 1º e 2º do art. 184.
Ação penal pública condicionada à representação na hipótese do parágrafo 3º. 
LEMBRETES: 
Mediante denuncia
Ação penal pública: 
- Incondicionada (não tem nenhuma condição) – regra geral. 
- Condicionada (por meio de condição. A vitima precisa autorizar a condição); a representação (Ex: art. 129, caput; 147). 
Mediante queixa crime
- Privada: (Ex: crimes contra a honra). 
Art. 211 do CP: destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele. Pena: Reclusão de um a três anos, e multa. 
INTRODUÇÃO: Respeito aos mortos em contra proteção constitucional no art. 5º, VI. 
OBJETIVIDADE JURÍDICA: Respeito e o sentimento aos mortos. 
OBJETO MATERIAL: Cadáver ou corpo humano morto. 
Conceito de cadáver: corpo humano sem vida. 
Mumia: Não é cadáver, é um bem móvel. Por isso, sua subtração é crime de furto ou roubo. 
Natimorto (feto que morreu naturalmente na barriga da mãe): Considerado cadáver. 
Feto produto de aborto: Considerado cadáver. 
14 de Agosto de 2019
NÚCLEOS DO TIPO
Ocultar: é fazer desaparecer sem destruí-lo. 
Destruir: é aniquilar o cadáver em todo ou em parte. 
Subtrair: é retirar da esfera de vigilância de alguém. 
Se o corpo ainda não foi sepultado, as condutas possíveis são a ocultação e destruição. Se já foi sepultado a conduta será de subtração ou destruição. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: Direto ou imediato é o Estado (a sociedade). De forma secundária ou mediato é a família do morto. 
CONSUMAÇÃO: Subtrair ocorrerá no momento em que ocorrer a retirada do cadáver da esfera de vigilância e quem tiver a guarda do cadáver. Destruição ocorrerá quando parte do corpo ou seu todo forem destruídos. Ocultação ocorrerá no momento em que o corpo desaparecer. 
TENTATIVA: Por se tratar de crime material admite-se a tentativa. 
III – Art. 213 do CP: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele e pratique ato libidinoso. Pena: reclusão de 6 a 10 anos. 
§1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vitima é menor de 18 ou maior de 14 anos. Pena: reclusão de 8 a 12 anos. 
§2º Se da conduta resulta morte. Pena: reclusão de 12 a 30 anos. 
LIBERDADE SEXUAL: É o ato de dispor do próprio corpo da forma como a pessoa quiser. 
HEDIONDEZ: Art. 1º, V da Lei 8072/98. 
OBJETIVIDADE JURÍDICA: Tutela-se a liberdade do individuo, além da dignidade da pessoa humana. 
OBJETO MATERIAL: O corpo da pessoa humana, independente do gênero. 
NUCLEO DO TIPO: Constranger: significa coagir, obrigar, determinar alguém a fazer algo contra a sua vontade, mediante o emprego de violência ou grave ameaça. 
Eventuais lesões corporais de natureza leve (art. 129, caput do CP) e a ameaça (art. 147 do CP), ficam absorvidas pelo crime de estupro. 
Constrangimento praticado pelo agente no crime de estupro deve ser voltado para:
- Conjunção carnal: é a relação sexual envolvendo pênis e vagina. 
- Ator libidinosos: desde que tenha finalidade de satisfação sexual, ato libidinoso é tudo aquilo que não seja conjunção carnal; 
Ex: masturbação, felação (sexo oral), caricias internas, sexo anal. 
Beijo: o beijo prolongado, mediante violência, em região interna, caracteriza estupro. O beijo rápido (roubado), de surpresa, ou selinho caracteriza o crime de estupro (art. 215-A do CP – importunação sexual). 
FORMA DE
EXECUÇÃO DO ESTUPRO
- Mediante conjunção carnal; 
- Praticar ato libidinoso: este caso a vitima precisa adotar comportamento ativo. 
- Permitir que com ele se pratique ato libidinoso: a vitima adota comportamento passivo. 
DISSENSO DA VITIMA 
- Se a vitima quer a relação do ato sexual e ao longo dele manifesta discordância, se o ato continuar haverá o crime de estupro. 
- Se a vitima não quer no inicio e depois concordar com o ato, não haverá estupro. 
SUJEITO ATIVO: Como regra qualquer pessoa. Na hipótese de conjunção carnal o autor deve ser do sexo oposto da vitima. 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa que não seja considerada vulnerável. 
OBS: O homem que passou por cirurgia de vaginoplastia pode ser vitima da conduta “conjunção carnal” 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o ato, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Conjunção carnal – ocorrera com a penetração total ou parcial do pênis na vagina, independente de ejaculação. 
Ato libidinoso – A consumação ocorrera com a sua pratica, independente da repetição ou duração do ato. 
TENTATIVA: Por se tratar de crime material, admite-se a tentativa. 
FORMAS QUALIFICADAS: §1º - se resultar para a vitima sofrimento de natureza grave. Se a vitima tem entre 14 e 18 anos. 
§2º Se a conduta resultar morte. Essa qualificadora só incide se a vitima morrer. Se um terceiro que vem em socorro da vitima morrer, haverá concurso material do crime de estupro com homicídio. 
21 de Agosto de 2019 
IV – ESTUPRO DE VULNERAVEL. 
Art. 217-A do CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
HIPOTESES DE VUNERABILIDADE 
Vitima menor de 14 anos. 
A idade deve ser do conhecimento do agente e a caracterização desse crime independe da concordância da vitima. 
Enfermo ou deficiente mental que não tenha discernimento para a pratica do ato sexual. 
É a pessoa maior de 14 anos de idade que possui doença ou deficiência mental congênita ou adquirida que independe de ter conhecimento sobre o ato sexual. Essa constatação depende de analise médica. Essa condição de vulnerabilidade também deve ser do conhecimento do agente. 
Qualquer outra causa que não pode oferecer resistência. 
É a pessoa maior de 14 anos de idade que, por algum motivo passageiro, não pode oferecer resistência. 
Ex: Vitima sedada; vitima embriagada; vitima drogada; vitima amarrada; etc. 
A vitima não possui deficiência ou doença. Essa condição também deve ser do conhecimento do agente. 
NUCLEO DO TIPO
Ter – conjunção carnal
Praticar – ato libidinoso
Diferentemente do art. 213, no estupro de vulnerável não se exige violência ou grave ameaça contra o ofendido. 
Concordancia ou experiência (§5º) – A caracterização do estupro de vulnerável independe da concordância da vitima (a lei penal despreza a vontade do vulnerável) e independe da experiência sexual anterior da vitima. 
FORMAS QUALIFICADAS (§3º e §4º) 
§3º - Se a conduta resulta lesão corporal de natureza grave. 
§4º - Se a conduta resulta morte. 
V – VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE 
Art. 215 do CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Importunação sexual
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da liberdade sexual da pessoa. 
OBJETO MATERIAL: Corpo humano da pessoa viva.
NUCLEOS DO TIPO
Ter – conjunção carnal 
Praticar – ato libidinoso
As relações sexuais são obtidas sem violência ou grave ameaça contra a pessoa. Há o emprego de fraude (meio enganoso). Ex: promessa; irmão gêmeo; etc... 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. Na conduta ter conjunção carnal, vitima e agente são do sexo oposto. 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa que não seja vulnerável. 
CONSUMAÇÃO: Conjunção carnal – ocorrera com a penetração total ou parcial do pênis na vagina, independente de ejaculação. 
Ato libidinoso – A consumação ocorrera com a sua pratica, independente da repetição ou duração do ato. 
TENTATIVA: Por se tratar de crime material, admite-se a tentativa. 
LUCRO (§ único): Se o agente teve finalidade de lucro, aplica-se também a pena de multa. 
VI – IMPORTUNAÇÃO SEXUAL 
Art. 215-A do CP: Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
OBJETIVIDADE JURIDICA: Liberdade sexual da pessoa. 
OBJETO MATERIAL: Pessoa humana. 
NUCLEOS DO TIPO: 
Praticar – ato libidinoso contra a vontade da vitima, sem o emprego de violência ou grave ameaça. 
O comportamento do agente visa a pratica de ato libidinoso de modo a satisfazer a sua vontade sexual (lascívia). 
Ex: Passada de mão; encostar órgão genital em terceiro; ejaculação publica de modo a atingir outra pessoa. 
A conduta não é praticada com violência ou grave ameaça contra a pessoa. 
Para que este crime ocorra, ele deve ser cometido na presença da vitima é contra a vontade dela. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa como regra. Se a vitima for menor de 14 anos e o ato libidinoso for praticado na presença dela, haverá o crime do 218-A. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá no momento em que a pratica do ato libidinoso se concretizar. 
TENTATIVA: É admissível. 
VII- ASSEDIO SEXUAL 
Art. 216-A do CP: Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Liberdade sexual da pessoa. 
OBEJTO MATERIAL: A pessoa humana. 
NUCLEO DO TIPO
Constranger – Significa embaraçar, incomodar, causar desconforto, sem violência ou grave ameaça. 
Se envolver violência ou grave ameaça o crime é de estupro. 
É obrigatória a existência de relação de trabalho entre o agente e a vitima, ainda que a relação trabalhista seja informal (sem registro). 
Além disso, é obrigatória a existência de uma relação de superioridade do autor em relação a vitima. 
A relação de trabalho pode ser no âmbito privado ou publico. 
De forma majoritária, meros gracejos ou insinuações não configuram assedio
sexual. 
A conduta do agente visa a obtenção de vantagem ou favorecimento sexual. 
SUJEITO ATIVO: É aquele que está em uma posição hierarquicamente superior em relação a vitima. 
SUJEITO PASSIVO: É a pessoa que está em uma posição hierarquicamente inferior. 
Se a vitimar for menor de 18 anos incidirá o aumento da pena de 1/3 (§2º) 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
A conduta do agente é voltada para o fim especifico de obter vantagem ou favorecimento sexual. 
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá no momento em que o constrangimento for realizado independentemente de o sujeito obter o favorecimento sexual (trata-se de crime formal). 
TENTATIVA: É admissível, porque pode ser praticado na sua forma escrita e porque se trata de delito plurissubsistente (aquele cuja execução pode se desdobrar em diversos atos). 
28 de Agosto de 2019
CAUSA DE AUMENTE DE PENA (§2): Aumenta-se a pena de 1/3 se a vitima for menor de 18 anos de idade. 
Art. 216-B do CP: Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa
OBJETIVIDADE JURIDICA: Proteção da dignidade sexual. 
OBEJTO MATERIAL: É a pessoa humana que teve a sua dignidade sexual violentada. 
NUCLEO DO TIPO
Produzir – que significa criar ou dar origem
Fotografar – Que é retratar uma cena ou filme
Filmar – Que significa gravar um acontecimento mediante armazenamento da imagem. 
Registrar – Que significa guardar fotografia ou imagem por qualquer meio 
O fato gravado filmado, produzido ou registrado deve conter: 
Cena de nudez total ou parcial; 
Ato sexual, entendido como conjunção carnal; 
Qualquer outro ato libidinoso. 
A conduta deve violar a intimidade da pessoa. Se o ato registrado ocorrer em local publico ou aberto ao pulico não ocorrera violação de intimidade. 
Para ser com violação de intimidade, a conduta praticada deve ser contra a autorização dos participantes. Se um dos participantes ou o participante concordou, não haverá crime. 
Indio não haverá o crime se houver registro da sua nudez, mas teremos esse crime se ele tiver violado a sua intimidade sexual. 
Se a cena de nudez envolver menor de idade, o crime será o do artigo 240 do E.C.A (Lei 8069/90). Se a cena envolver ato sexual de menor de 14 anos, será outro delito. 
Se houver concordância tácita ou expressa de doente mental, enfermo mental ou que por qualquer outro motivo não tenha capacidade de entendimento, a vontade deles é desprezada pelo Direito Penal e haverá o crime. 
Se a condutar for de divulgação da cena de nudez ou do ato sexual ou libidinoso, o crime será do artigo 212C do CP. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa menos os menores de 18 anos (art. 240 ECA) 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento da conduta praticada. 
TENTATIVA: Apesar de se tratar de crime formal, admite-se a tentativa em razão do caráter plurissubsistente da conduta. 
Ainda que a filmagem ou registro perca-se, estará consumado o crime. 
FIGURA EQUIPARADA (§ ÚNICO): Trata-se de hipótese de montagem de uma fotografia ou filmagem em que se coloca uma pessoa no lugar de outra, em cena de nudez, em ato sexual ou libidinoso. Ex: Caso João Doria. 
Art. 218A do CP: Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
OBEJTIVIDADE JURIDICA: É a dignidade sexual da criança e adolescente menores de 14 anos de idade. 
OBJETO MATERIAL: É a criança ou adolescente menor de 14 anos de idade. 
NUCLEOS DO TIPO
Praticar – que significa realizar, fazer algo. 
Induzir – Dar a ideia, levar o menor a presenciar. 
Ambas as condutar podem ser praticadas com a presença da vitima ao lado ou a distancia (por qualquer meio que contenha imagem), ainda que não tenha som. Este crime não exige contato físico com a vitima, pois se houver poderá configurar o crime de estupro de vulnerável. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: Pessoa humana menor de 14 anos de idade. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que a vitima presenciar a pratica do ato sexual. 
TENTATIVA: Apesar de se tratar de crime formar, admite-se a tentativa porque trata-se de crime plurissubsistente. 
Art. 218B do CP: Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
INTRODUÇÃO: Trata-se de crime hediondo previsto no art. 1ª, VIII da lei 8072/90. Este dispositivo revogou de forma tácita o crime do art. 244-A do ECA. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da dignidade sexual. 
OBJETO MATERIAL: É a proteção da dignidade sexual da pessoa menor de 18 anos de idade e também da pessoa maior de 18 anos que possua doença ou enfermidade mental que retire sua capacidade de entendimento sobre o ato. 
Conceito de prostituição – é a atividade habitual em razão de um comercio sexual. Habitual é aquilo que se repete de forma reiteradamente ao longo do tempo. Para que haja comercio deve envolver valores. 
Outro ato de exploração sexual: É aquele praticado sem contato físico, mas de forma habitual e remunerada. Ex: dança erótica (strip-tease) 
Neste crime não pode haver violência ou grave ameaça, se existir o crime será de estupro ou de estupro de vulnerável. É possível um concurso de crimes neste delito com o de estupro de vulnerável. 
NUCLEO DO TIPO 
Submeter – é sujeitar alguém a fazer algo sem violência ou grave ameaça contra ela. 
Atrair – significa seduzir ou aliciar, sem dar a ideia de alguém que já se submetia a prostituição ou exploração sexual. 
Facilitar – significa retirar barreiras, deixar de alguma maneira mais fácil. 
Impedir – é não deixar a pessoa parar com a prostituição ou a exploração sexual. 
Dificultar – criar barreiras ou deixar mais difícil ou oneroso o fim da prostituição ou exploração sexual. 
04 de Setembro de 2019
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa também conhecido como proxeneta ou alcoviteiro, que é o intermediador de prostituição alheia. 
SUJEITO PASSIVO: É a pessoa menor de 18ª anos de idade ou, qualquer que seja a idade, portador de enfermidade ou deficiência mental e não tem tenha discernimento para a pratica do ato (vulnerável). 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime material, haja vista necessitar reiteração (habitualidade) da conduta, independentemente de a vitima realizar a pratica de algum ato de cunho sexual. 
TENTATIVA: Por se tratar de crime material, admite-se a tentativa. 
MULTA (§1º): Se o delito for pratica com finalidade de obter vantagem econômica, aplica-se a pena de multa. 
FIGURAS EQUIPARADAS (§2º)
I – Consumidor que praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com a vitima menor de 18 anos e maior de 14 anos de idade submetida a prostituição ou exploração sexual. 
OBS: Se a vitima tiver menos de 14 anos ou for vulnerável, o consumidor pratica o crime de estupro de vulnerável. 
 O consumidor que não se valer do proxeneta não pratica esse crime. 
 A idade da vitima deve ser do conhecimento do autor. 
II – O gerente, proprietário ou responsável pelo local em que se verificar a pratica da prostituição ou da exploração sexual alheia. Ex: Hotel, Motel, etc.
É necessário que o agente saiba da prostituição ou exploração sexual. 
EFEITO DA CONDENAÇÃO (§3º): No caso do inciso II do §2º, é efeito obrigatório em caso de condenação, a cassação do alvará
de funcionamento do estabelecimento. 
Art. 218C do CP: Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da intimidade sexual e dignidade sexual. 
OBJETO MATERIAL: A vitima de estupro ou de cena que contenha conteúdo sexual cuja intimidade for registrada em fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual. 
NUCLEOS DO TIPO
Oferecer – propor para aceitação;
Trocar – substituição ou permuta; 
Disponibilizar – permitir o acesso ou deixar ao alcance;
Transmitir – repassar para terceiro; 
Vender – entregar a titulo oneroso. 
Distribuir – Repassar a titulo gratuito; 
Publicar – Levar ao conhecimento de terceiro
Divulgar – Fazer propaganda. 
As condutas são voltadas para as cenas: 
I – Estupro; 
II – Estupro de vulnerável; 
III – Apologia ao estupro ou que induza a sua pratica; 
IV – Sexo, nudez ou pornografia sem o consentimento da vitima. 
Meio ou veiculo utilizado pelo agente para a pratica do crime é o sistema de comunicação de massa (quantidade indeterminada de pessoas) ou sistema de informática ou telemática. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: É a vitima que teve exposta a sua intimidade sexual. 
ELEMENTO SUBJETIVO: Doloso, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que qualquer uma das condutas forem praticadas. 
TENTATIVA: A tentativa é admissível, mas de difícil ocorrência na pratica, na medida em que se trata de tipo penal de conteúdo lítico ou variável. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (§1º)
I – Se o crime for praticado por pessoa que tem ou tenha mentido relação intima de afeto com a vitima. 
II – Se o crime for pratica com a finalidade de vingança ou humilhação. 
EXCLUSÃO DE ILICITUDE (§2º): Deixa de ser crime se a conduta for praticada se houver publicação de natureza jornalística, cientifica, cultural ou acadêmica, mediante a utilização e recurso que impossibilite a identificação da vitima, exceto se a vitima autorizar a sua identificação e desde que seja maior de 18 anos de idade. 
OBSERVAÇÃO: Art. 241 e 241-A do ECA. 
Há um aparente conflito de normas entre esses crimes e o 218-C do CP. Se o comportamento do agente puder ser inserido dentro do conceito de “pedofilia”, o enquadramento típico será o da lei especial. 
11 de Setembro de 2019 
 Art. 226 CP: A pena é aumentada: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
(Revogado)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018).
III - se o agente é casado.
(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Estas causas de aumento de pena aplicam-se a todos os crimes vistos anteriormente (art. 213 à 218-C) 
I – Aumenta-se a pena de ¼ se o crime for praticado com o concurso de duas ou mais pessoas. Esse aumento independe da identificação de todos os agentes ou se algum deles for inimputável. 
II – Aumenta-se a pena da metade se o sujeito ativo tiver uma qualidade especial: ascendente; padrasto ou madrasta; tio; irmão; cônjuge; companheiro (união estável); tutor (é o responsável por um menor incapaz); curador (é o responsável pelo incapaz maior de 18 anos de idade); preceptor (é o responsável pela orientação educacional de um menor incapaz); empregador da vitima (com exceção do art. 216 assedio sexual); ou qualquer outra pessoa que tiver autoridade sobre a vitima. 
IV – a) Estupro coletivo: É aquele cometido mediante um concurso de dois ou mais agentes, esta causa de aumento de pena incide independente de todos os agentes serem identificados ou se algum deles for inimputável. 
b) Estupro corretivo: Para controlar o comportamento social ou sexual da vitima. O delito é praticado com base em ódio e preconceito, forma de corrigir orientação sexual e/ou comportamento da vitima. Trata-se de uma conduta doentia, pois o agente entende que o estupro servira como remédio para a cura da vitima. 
* o Inciso IV aplica-se somente para os crimes de estupro. 
* conflito entre inciso I e IV: Será aplicado o caso de aumento para crime de estupro único e exclusivamente do inciso IV, ao passo que o aumento do inciso I será aplicado a todos os demais delitos que não sejam o de estupro. 
* Se o crime for praticado em concurso de agentes pelos sujeitos ativos sejam previstos no inciso II, aplica-se a causa de aumento do inciso IV e somente ela, pois esta estabelece maior fração de aumento. 
Art. 227
CONCEITO DE LASCIVIA: Trata-se da atividade dos mediadores e dos aproveitadores de prostituição e exploração sexual de terceiro. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a dignidade sexual e a moralidade publica.
OBJETO MATERIAL: É a pessoa submetida a ato de exploração sexual. 
NUCLEO DO TIPO: 
Induzir: Dar a ideia até então inexistente. 
A diferença deste crime para os delitos dos art. 218-B e 228 reside na habitualidade. A vantagem econômica é indiferente para ambos os delitos. 
SUJEITO ATIVO: Como regra, qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa maior de 14 anos de idade. A vitima não se prostitui. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Vide art. 218-B basta ter dado a ideia independentemente da pratica a de relação sexual. 
FIGURAS QUALIFICADAS: 
§1º a) Se a vitima possui 14 a 18 anos de idade 
 b) Se o agente é ascendente, descendente. Cônjuge, padrasto ou madrasta (...) vide art. 226. 
§2º: Se o crime for cometido com violência, grave ameaça ou fraude. Se houver o emprego de violência haverá concurso necessário entre o §2º (227) e o crime correspondente a violência. A ameaça e a fraude ficam absorvidas por essa forma qualificadas. 
LUCRO (§3º): Aplica-se também a pena de multa. 
Art. 228 CP: Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém
a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Casa de prostituição
CONCEITO DE PROSTITUIÇÃO: Vide art. 218-B. A diferença para aquele crime em relação a vitima e não é considerado hediondo. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a moralidade publica e a dignidade sexual. 
OBJETO MATERIAL: A pessoa maior de 18 anos de idade e que não seja considerado vulnerável (o menor de 18 anos ou o vulnerável será o crime do art. 218-B). 
NUCLEOS DO TIPO 
Induzir 
Atrair 
Facilitar Vide art. 218-B 
Impedir 
Dificultar 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa maior de 18 anos e não vulnerável. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Vide art. 218-B. 
FIGURAS QUALIFICADAS: Vide art. 227 
LUCRO: Vide art. 227
ART. 229 CP: Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Rufianismo
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se 
NUCLEO DO TIPO: Manter; conservar; sustentar local que ocorra exploração sexual. É necessário mostrar habitualidade. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa
SUJEITO PASSIVO: A sociedade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá no momento em que ficar demonstrada a habitualidade 
TENTAÇÃO: Há algumas posições que afirmam que trata-se de delito plurissubsistente. 
ART. 230 CP: Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1º do art. 227:
(Revogado)
Pena - reclusão, de três a seis anos, além da multa.
(Revogado)
§ 2º - Se há emprego de violência ou grave ameaça:
(Revogado)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da multa e sem prejuízo da pena correspondente à violência.
(Revogado)
§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Tráfico de mulheres Tráfico internacional de pessoas (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
(Revogado)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a moralidade publica. 
OBJETO MATERIAL: É a pessoa explorada sexualmente pelo rufiao (cafetao) 
NUCLEO DO TIPO: Tirar proveito – Significa obter vantagem econômica da prostituição alheia de forma habitual. 
RUFIANISMO ATIVO: É aquele que participa diretamente dos lucros da prostituição. A vantagem não precisa ser necessariamente em dinheiro, podendo ter vantagens indiretas e habituais. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 
A diferença entre proxeneta e cafetão: Para caracterização da figura do rufião é imprescindível a habitualidade, de forma que o proxeneta é habitual. 
O rufião vive da prostituição alheia, como se fosse sua profissão, ao passo que o proxeneta não depende exclusivamente da prostituição alheia. 
SUJEITO PASSIVO: É a pessoa submetida a exploração sexual. Se a pessoa explorada for menor de 14 anos, o crime será o do art. 218. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá quando for demonstrada a habitualidade da exploração alheia, é necessário demonstrar que a vitima tenha se submetido a prostituição. 
TENTATIVA: Há duas posições que defendem a tentativa que se trata de crime material ao passo que os que são contrários a tentativa justificam que se tratam de crime habitual. 
FIGURAR QUALIFICADAS: Seguem a mesma regra do art. 227 e 228. 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA
Aumento de ½ a 2/3 se a vitima for do sexo feminino. 
Se ocorrer a transmissão de DST sabido pelo agente, ou seja, este tenha conhecimento que era portador 
Vitima idosa (60 ou mais) 
Deficiente (não mental) 
RUFIANISMO PASSIVO: Ser sustentado pela prostituição alheia. Em sentido contrario, há quem defenda ser possível a tentativa pois a caracterização dos crimes habituais depende de demonstração de reiteração da conduta (posição majoritária) (art. 30) 
18 de Setembro de 2019
ART. 267 CP: Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de cinco a quinze anos.
(Revogado)
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
Infração de medida sanitária preventiva
GERMES PATOGENICOS: São os microrganismos causadores de moléstias infeccionais nocivas a saúde humana. Ex: vírus, bactérias, fungos. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se 
NUCLEO DO TIPO: 
Causar: que significa dar origem a serio motivo de epidemia, de modo a causar a difusão de ermes patogênicos. 
Epidemia de forma direta: É aquela em que os germes patogênicos são lançados a atingir um numero indeterminado de pessoas. EX: Lançar vírus no ar. 
Epidemia Indireta: É aquela realizada por meio de hospedeiro, encarrega-se de infectar outras pessoa. EX. pessoa portadora de vírus que se aproxima de outras para infectá-las. 
A conduta do agente visa causar uma epidemia, ou seja, atingir numero indeterminado de pessoas. 
Há a necessidade de mostrar a periculosidade dos vírus patogênicos. 
TENTATIVA: Por se tratar de crime material, admite-se a tentativa. Se resulta em morte, aplica-se a pena em dobro. 
ART. 270 CP: Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo:
Pena - reclusão, de cinco a quinze anos.
(Revogado)
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Corrupção ou poluição de água potável
(Esse crime já foi considerado hediondo, mas foi excluído do rol em 1994). 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a saúde publica. 
OBJETO MATERIAL: Agua potável de uso comum. Substancia alimentícia é aquela destinada ao consumo humano. 
NUCLEO DO TIPO: Envenenar, intoxicar a agua, alimento ou remédio de modo a aplicar-lhe o produto nocivo a saúde humana, não precisando ser letal. Existe a necessidade de demonstrar que a intoxicação é relevante de modo a atingir a saúde humana. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo
CONSUMAÇÃO: Ocorrerá
com o efetivo envenenamento da agua, do alimento ou remédio, mesmo se ninguém consumir. 
O envenenamento é praticado em decorrência da imperícia, imprudência ou negligencia. 
Se resulta em lesão corporal grave, aumenta-se até a metade. Se resulta em morte aplica-se a pena em dobro. 
Culposa (lesão corporal) aplica-se a pena em dobro. 
ART. 271 CP: Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva à saúde:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Corrupção, adulteração ou falsificação de substância alimentícia ou medicinal
(Revogado)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a saúde publica
NUCLEO DO TIPO: Poluir, corromper. 
A diferença deste crime para o anterior reside na gravidade da conduta e a consequência na saúde humana. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o solo, admite a forma culposa de acordo com o caput. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal que estará consumado quando houver a poluição no meio, sem necessariamente haver consumo. 
TENTATIVA: É, a principio, por se tratar de crime plurissubsistente 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA (ART. 258 CP): Se houver interrupção no fornecimento de agua. 
25 de Setembro de 2019 
ART. 273 CP: Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Emprego de processo proibido ou de substância não permitida
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a saúde publica. 
OBJETO MATERIAL: Produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que são aqueles líquidos ou sólidos destinados a diminuição de dor ou cura de doenças, ou ainda prevenção de males aos seres humanos.
Tambem são objeto material deste crime os medicamentos: são substancias liquidas ou solidas destinadas ao tratamento de doenças. 
Materias primas: São substancias liquidas ou solidas utilizadas na fabricação de produtos terapêuticos ou medicinais; 
Insumos: são considerados produtos utilizados na forma externa para proteção ou embelezamento; 
Saneantes: São os produtos utilizados para a higiene e limpeza de locais; e produtos utilizados em uso de diagnósticos: São aqueles utilizados para conhecimento ou determinação de doenças. 
CRIME HEDIONDO: Art 1, VIII-B 8072/90
NUCLEO DO TIPO (VIDE ART. 272) 
Fabricação
Corrupção 
Adulteração 
Alteração 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo no caput e a forma culposa no §2º. 
CONSUMAÇÃO: Vide art. 272
TENTATIVA: Vide art. 272
FIGURAS EQUIPARADAS 
§1º Vide art. 272, §1º-A 
§1º-B: I – Não há registro no órgão de saúde competente; 
 II – O produto está registrado, mas é produzido em desacordo com a formula registrada. 
III – Sem identificação de qualidade constam no seu registro 
IV – Com redução de seu grau de eficácia 
V – Produto de procedência ignorada 
VI – Quando for adquirido em loja sem registro do órgão de saúde competente. 
CRIME CULPOSO (§2º): É aquele que decorre de imprudência, negligencia ou imperícia
CAUSA DE AUMENTO DE PENA: Art. 285 
ART 286 ao 288-A
CONCEITO: Tambem conhecida como ordem publica, significa uma sensação de segurança que todos os integrantes da sociedade deveriam possuir. 
Se a finalidade do agente tiver motivação politica os crimes serão aqueles previstos no art. 22 a 24 da lei 7170/83 (não geram reincidência).
ART. 286 CP: Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Apologia de crime ou criminoso
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a ordem/paz publica. 
OBJETO MATERIAL: Ordem publica 
NUCLEO DO TIPO: Incitar: que significa incentivar, estimular publicamente a pratica de crime. 
A conduta deve ser praticada de forma publica, ou seja, deve atingir um numero indeterminado de pessoas, além disso, o incentivo deve recair sobre a pratica de crime, sendo atípico se o incentivo recair sobre contravenção penal.
O incentivo deve recair sobre a pratica de crime certo e determinado. Ex: “matem todos os moradores de rua”. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer o incentivo a pratica do crime, ainda que ele não venha ser cometido. 
TENTATIVA: É admissível por tratar d crime plurissubsistente. (agente que tenta colar cartaz e é impedido). 
Não será admissível a tentativa se for cometido de forma verbal. 
ART. 287 CP: Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a ordem publica.
NUCLEO DO TIPO: Apologia: que significa fazer elogio, enaltecer ou exaltar fato criminoso ou pessoa criminosa. 
O elogio de crime ou de criminoso deve ser feito de forma publica. 
Se o elogio for de contraventor ou de contravenção penal, o fato é atípico. 
Para que ocorra este crime, a exaltação deve recair sobre o fato criminoso praticado pelo sujeito, não havendo crime se a finalidade for contar a historia ou o passado de um criminoso. 
Diferença entre apologia e incitação: Na incitação ao crime há o estimulo direto para a pratica de crime, ao passo que na apologia o estimo é indireto. Na incitação ao crime não há uma pessoa que seja referencia para a pratica de crime, ao passo que na apologia é possível haver referencia a uma pessoa criminosa. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer elogio de crime ou de criminoso. 
TENTATIVA: Somente se admite se for realizado de forma escrita. 
ART. 288 CP: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a paz publica
NUCLEO
DO TIPO: Associar-se: que significa reunião de três ou mais pessoas com a finalidade de praticar crime.
Para que esse crime seja realizado é necessário que as três ou mais pessoas se reúnam de forma duradoura e estável sob pena de caracterizar mero concurso de agentes. 
Haverá a caracterização desse crime mesmo que os crimes que combinarem da pratica não venham a ser realizados. O crime de associação criminosa tem autonomia.
Não será configurado esse crime se a reunião de pessoas for com a finalidade de praticar contravenções penais. 
Haverá este crime mesmo que um ou mais agentes forem menores de idade. 
A associação deve visar a pratica de crime doloso. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que houver a demonstração de estabilidade de associação entre os agentes, mesmo que os crimes não venham a ser praticados. 
TENTATIVA: Não é admissível, já que se trata de crime permanente ou a prazo. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
I – Se a associação é armada; qualquer instrumento que sirva como arma (armas improprias) caracterizam esta causa de aumento; 
II – Se houver a participação de crianças ou adolescente. 
ART. 8 DA LEI 8072/90: Se a associação criminosa for voltada para a pratica de crimes hediondos ou de crimes assemelhados (trafico de drogas, terrorismo e tortura) a pena será de 3 a 6 anos de reclusão. 
Trafico (art. 35 da lei 11343/06 – Lei de drogas): Em relação ao crime de trafico ilícito de drogas, se houver associação de pessoas para a pratica deste crime, o crime será aquele previsto no art. 35 e não no art. 288. Na associação para o trafico exige-se o numero mínimo de 2 pessoas. 
DIFERENÇA PARA O CRIME DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA (ORCRIM) (ART. 1, §1º DA LEI 12850/13 – LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA): 
ART 288: - Minimo de 3 pessoas 
 - Qualquer crime
 - Não exige-se uma estruturação definida
 - A associação não tem uma finalidade de vantagem especifica. 
LEI 12859/13: - Minimo de 4 pessoas 
 - Crimes com penas máximas superiores a 4 anos 
 - Exige-se uma estrutura hierárquica ( a demonstração de o mínimo desta), organização e divisão de tarefas, ainda que informais. 
 - A pratica dos crimes tem por finalidade obter direta ou indiretamente vantagem de qualquer natureza. 
ART. 288-A CP: Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a paz/ordem publica. 
NUCLEO DO TIPO:
Constituir: criar ou dar origem; 
Organizar: Estruturar ou colocar em ordem; 
Integrar: Fazer parte; 
Manter: Dar existência ou conservar; e 
Custear: Manter a existência com auxilio financeiro. 
- Organização paramilitar: É a associação armada e com estrutura semelhante aos militares, que se utiliza de técnicas policiais para atingir seus objetivos (FARC). 
- Milícia Particular: reunião de pessoas armadas e estruturadas com a finalidade ou pretexto de resgatar a segurança em locais dominados pelo crime. 
- Grupo ou Esquadrão: grupo de pessoas que se acham justiceiros e se reúnem para eliminar pessoas rotuladas como perigosas. 
A finalidade da Constituição da Milícia Privada deve ser para a pratica de crimes previstos no código penal (não haverá crime se a finalidade for para a pratica de crismes previstos fora do CP). 
02 de Outubro de 2019 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. Apesar de não prever expressamente um numero mínimo de integrantes, a doutrina aponta que são necessários no mínimo três agentes a exemplo do crime 288 do CP. 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Segue a regra do art. 288 
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PUBLICA – ART. 289 AO 2311-A DO CP. 
INTRODUÇÃO: Os crimes contra a fé publica tem relevância jurídica porque a sociedade tem interesse e deve ser protegida de falsificações para a manutenção da ordem publica, representada em documentos, certidões, sinais, símbolos genuínos. 
REQUISITOS DOS CRIMES DE FALSIDADE 
Todos os crimes contra a fé publica são dolosos; 
Imitar a verdade ou o verdadeiro: pode-se dar por meio de alteração ou de falsificação. 
Essa falsificação deve produzir dano potencial. A falsificação deve ter relevância jurídica e potencialidade de causar prejuízo ou a obtenção de vantagem. A falsidade deve ser verificada segundo regras do homem médio. 
Falsificação grosseiras não são consideradas crimes. É aquela que pode ser visualizada ou constatada de pronto segundo o homem médio. 
ESPÉCIES DE FALSIDADE 
Falsidade Material: É aquela que recai sobre a coisa material e é externa. 
Falsidade Ideológica: Recai sobre a ideia ou conteúdo do documento, seu aspecto interno. 
Falsidade Pessoal: Recai sobre qualificação da pessoa, por meio do nome, apelido, filiação, estado civil, escolaridade, endereço, local de nascimento. 
PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: Não se aplica para qualquer um dos crimes contra a fé publica, sendo está posição majoritária na jurisprudência. Justifica-se essa não incidência porque os crimes contra a fé publica não possuem vantagens econômicas, de modo que não é possível dimensionar o valor do prejuízo causado pela falsificação. Justifica-se, também, porque os crimes contra a fé publica tutelam a confiança das pessoas sobre documentos verdadeiros e tal fato não tem valor. 
ART. 289 do CP : Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
Crimes assimilados ao de moeda falsa
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da fé publica 
OBJETO MATERIAL: É a moeda metálica e o papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro. 
NUCLEO DO TIPO: Falsificar – que significa imitar, reproduzir ou modificar. 
A falsificação pode ser por meio de: fabricação, até então a coisa não existia e foi criada; alteração, a coisa já existia e foi modificada. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: A coletividade 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que a moeda for fabricada ou alterada, independentemente de ser colocada em circulação ou de causar prejuízo à alguém. 
TENTATIVA: É admissível porque se trata de crime plurissubsistente. 
COMPETENCIA: É de atribuição da casa da moeda a produção de dinheiro do país. Por conta disso, por se tratar de um órgão Federal vinculado ao Banco Central a competência é da justiça Federal (art. 164 CF) 
FIGURA EQUIPARADA §1º: Incorre na mesma pena quem importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 
FIGURA PRIVILEGIADA §2º: É aquele que recebeu, de boa fé, moeda falsa ou alterada
como sendo verdadeira e depois de saber de sua falsidade a restitui à circulação. 
FIGURAS QUALIFICADAS: O §3º trata-se de crime próprio, pois o sujeito ativo deve ser o funcionário publico, o diretor, o gerente ou o fiscal do Banco Central que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: 
I – De moeda com titulo ou peso inferior; 
II – De papel moeda em quantidade superior à autorizada. 
O §4º também trata-se de crime próprio e é praticado por aquele que desvia ou faz circular moeda cuja circulação ainda não estava autorizada. 
ART. 297 do CP:  Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Falsificação de documento particular
OBJETO MATERIAL: São os documentos. 
Documento é todo o escrito elaborado por pessoa determinada que exterioriza uma declaração de vontade ou a existência de um fato, direito ou obrigação. 
Caracteristicas: 
- Deve ser escrita: por meio manual ou mecânico. Por isso, fotografias, pinturas, desenhos, não são documentos (a falsificação destes pode caracterizar o crime do art. 284 do CP). O escrito deve ser lançado em algo móvel, que possa ser transportado ou transferido; 
- Deve ter sido elaborado por pessoa certa e determinada: a autoria de um documento é demonstrada por meio da assinatura colocada no escrito. Escritos apócrifos (sem assinatura) não são considerados documentos; e 
- O escrito deve ter relevância jurídica: trata-se de característica decorrente do requisito dano potencial. Escritos assinados sem relevância juridica não são documentos. Ex: escritura de doação de patrimônio inexistente. 
Documento Publico: É o escrito cuja origem é de algum funcionário publico no exercício de suas funções e nos limites da lei (o conceito de funcionário publico para fins de Direito Penal – art. 527 CP) 
Requisitos: 
- Elaboração por funcionário publico; 
- Deve ter sido elaborado no exercício de suas funções publicas; e
- Elaboração nos limites da lei: se o funcionário tinha competência para a emissão do documento. 
09 de Outubro de 2019 
Espécies de Documentos Publicos: 
Documentos públicos formal e substancialmente públicos: São aqueles cujo conteúdo dizem respeito a matéria de direito publico. Ex: sentença. 
Formalmente publico e substancialmente privado: São aqueles elaborados por funcionários públicos, mas com conteúdo de Direito Privado. Ex: Escritura Publica de compra e venda de imóvel, escritura de divórcio. 
- Documento com conhecimento de firma ou autenticado: é uma copia, logo não se insere no conceito de documento publico. 
Documentos públicos por equiparação (art. 297) 
- Documentos emanados de entidade paraestatal (pessoas que integram o sistema SESI, Senai, Senac e Ongs)
- Titulos ao portador (parcerias). Ex: Cheque, nota promissória. 
- Ações de sociedade comercial 
- Livros Mercantis 
- Testamento particular: é ato de disposição sobre o patrimônio pelo morto. 
NUCLEO DO TIPO
Falsificar: significa fabricar, dar origem (contrafazer) em tudo ou em parte do documento publico. Para que ocorra a falsificação, o documento até então não existia, e passou a existir por conta de sua fabricação. A falsificação total é porque toda informação do documento é falsa ao passo que a falsificação oficial contem informações que são verdadeiras e outras que são falsas. 
Alterar: significa modificar algo existente, no todo ou em partes. 
- Diferença entre alteração e falsificação parcial: Na alteração o documento já existia, ao passo que na falsificação parcial o documento até então não existia. Ex de alteração: substituição de fotografia em RG verdadeiro. Ex de falsificação: preenchimento do espelho (documento) de RG desviado. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. Se o autor for funcionário publico e praticar a falsificação ou alteração prevalecendo-se do cargo, terá incidência na causa de aumento de pena, prevista no paragrafo 1º do art 297. 
SUJEITO PASSIVO: O Estado 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo. 
CONSUMAÇÃO: É formal e estará consumado no momento em que ocorrer a falsificação ou alteração, ainda que o documento não venha a ser utilizado ou ainda que não cause prejuízo a terceiro. 
TENTATIVA: É admissível por se tratar de crime plurissubsistente.
FIGURAS EQUIPARADAS §§ 3º E 4º: As figuras equiparadas contempladas desses novos núcleos do tipo inserir, acrescentar, colocar, fazer, inserir (concorrer para inserção). Omitir é deixar de prestar informações inverídicas em documentos que são levados ao INSS e também para fraudar direitos trabalhistas. 
CRIME DE FALSO ESTELIONATO: (Sumula 17 do STJ) – o crime mais grave (de falso) fica absorvido pelo crime de estelionato quando nele se exaurir (terminar), sem mais potencialidade. Essa jurisprudência se justifica porque a finalidade do agente é obter vantagem econômica e, para tanto, utilizar-se de falsificação e alteração de documentos para tanto. 
A potencialidade da falsificação deve ser analisada no caso concreto, ou seja, caso sejam descobertas outras falsidade que não guardem relação ou não tenham pertinência com o estelionato descortinado, será possível o concurso de crimes de estelionato e falsidade, sem incidência da sumula em questão. 
ART. 298 CP: Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Falsidade ideológica
OBJETO MATERIAL: É o documento particular, assim entendido como aquele que não se inserir no conceito de documento publico. 
Documentos particulares por equiparação: são equiparados a documentos particular os cartões magnéticos. 
Todo o restante é idêntico ao crime de falsificação de documento publico. 
23 de Outubro de 2019 
ART. 299 CP: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta
parte.
Falso reconhecimento de firma ou letra
 
INTRODUÇÃO: Na falsidade ideológica o documento é formalmente legitimo e verdadeiro, o sujeito tenha atribuição para tanto, mas lança conteúdo que não corresponde com a verdade. Não há uma fabricação fraudulenta do documento, mas sim, desde a sua confecção, seu conteúdo (ideia) não corresponde com a verdade no todo ou em parte. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a fé publica. 
OBJETO MATERIAL: Tanto o documento publico quanto o particular. 
- Petição não é documento apesar de preencher formalmente aos requisitos e o conceito de documento, ela assim não é considerada porque contempla apenas as alegações de uma parte processual e cujas alegações dependem de comprovação. Aquilo que depende de comprovação não é documento.
NUCLEO DO TIPO
Omitir: que significa não fornecer, não incluir, documento publico ou particular, declarações que nele devia constar, com fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. (Omissivo) 
Inserir ou fazer inserir: é a inclusão indevida de declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. (Comissivo). 
- Papel em branco assinado: É um documento que não está preenchido
- Se o papel em branco assinado é preenchido tal como autorizado por aquele que assinou: tem se a pratica do crime de falsidade ideológica
- Papel em branco assinado e que é obtido por meio ilícito (perda, furto, roubo) e é preenchido por quem não tinha autorização, tem-se o crime de falsificação de documento particular. 
- Papel em branco assinado que é obtido de forma licita, mas cujo preenchimento não é feito de acordo com aquele que assinou, o crime será de falsificação, no todo ou em parte de documento particular. 
A omissão, a inserção de declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita é ter a finalidade de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fatos juridicamente relevante. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. Se for funcionário publico e a falsificação for decorrente da função publica, haverá causa de aumento de pena (art. 209, paragrafo único). 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado e o particular eventualmente prejudicado
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não admite-se a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal, a consumação ocorrerá no instante em que ocorrer qualquer um dos núcleos do tipo, ainda que o documento não venha a ser utilizado
TENTATIVA: Somente é admissível nas condutar ativas (inserir ou fazer inserir). 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA: Se a falsificação recair sobre assentamento de registro civil. 
Objeto de assentamento de registro civil (art. 29 da lei 6015/73)
Certidão de óbito, nascimento, casamento, etc. Mas por serem crimes próprios e especiais preponderam sobre a falsidade ideológica.
30 de Outubro de 2019 
Art. 304 CP: Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Supressão de documento
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da fé publica 
OBJETO MATERIAL: Qualquer um dos papeis referidos nos arts. 297 a 302. 
NUCLEO DO TIPO 
Fazer uso: que significa utilizar, empregar, qualquer dos papeis falsificados ou alterados previstos nos arts 297 ao 302.
Papeis datilografados ou impressos, se não estiverem assinados, não são considerados documentos. 
O agente age ao fazer uso de documento falsificado ou alterado, como se verdadeiro fosse. 
Agente que é flagrado na posse de documento alterado ou falsificado cujo documento é encontrado pelo próprio agente publico (o agente não fez uso do documento): 
- (minoritária): Não há crime, pois o agente não usou, não falsificou ou alterou o documento;
- (majoritária): Há crime, pois apesar de naquele momento o agente não fazer uso do documento falsificado ou alterado, como ele é beneficiário da falsificação ou alteração, entende-se que pode ser enquadrado como participe da falsificação ou alteração. Além disso, porque se trata de crime permanente (enquanto o documento existir haverá crime) ele pode ser responsabilizado dessa maneira. 
O agente que for flagrado na posso ou fazendo uso de diversos documentos falsificados ou alterados responde por crime único. 
Se o agente foi aquele que falsificou ou alterou o documento e depois fez uso, majoritariamente entende-se que trata-se de crime único, o uso de documento falsificado ou alterado é fato posterior impunível. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: É a fé publica de forma direta e a vitima eventualmente identificada de forma indireta. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: Consuma-se com a utilização do documento falsificado ou adulterado, pois trata-se de crime formal 
TENTATIVA: Há duas opções: 
Não admite a tentativa em razão da conduta não admitir;
Admite pois trata-se de conduta plurissubsistente e que, portanto, pode ser fracionada e admite a tentativa. 
ART 305 CP: Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.
OBJETIVIDADE JURIDICA> Tutela da fé publica 
OBJETO MATERIAL: É o documento publico ou particular verdadeiro de que o agente não podia dispor. 
Se o documento puder ser obtido por segunda via, copia ou traslado, entende-se que não há esse crime. 
Para caracterização deste crime, documento publico ou particular de ver único. 
NUCLEO DO TIPO 
Destruir: significa por fim de modo a fazer desaparecer 
Suprimir: Significa desaparecer documento, sem destruí-lo. Ex: riscar, pintar, rasgar. 
Ocultar: fazer desaparecer sem destruir (esconder). 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: É a fé publica do particular eventualmente prejudicado. 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer a destruição, supressão ou ocultação. 
TENTATIVA: É admissível, pois se trata de crime plurissubsistente. 
- Documento com valor financeiro: o crime será de furto, pois a finalidade da conduta é patrimonial. 
- Documento com importância financeira: se a finalidade da condutar for causar dano à alguém, de modo a causar prejuízo econômico para a vitima. 
ART. 307 CP: Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da fé publica 
OBJETO MATERIAL: São elementos que indiquem a identidade civil de uma pessoa. 
As pessoas são indicadas civilmente por meio do nome, filiação, estado civil, endereço, data de nascimento, local de nascimento, profissão... 
A recusa sobre a identificação civil de uma pessoa pode caracterizar a contravenção penal prevista no art 68 da lei 3688/41. 
No entanto, se for atribuída a si ou a terceiro falsa identidade, será o crime do art. 307 do CP. 
Neste crime, o agente não faz uso de documento, caso que seria o crime do art. 504 CP. Comportamento é realizado de forma verbal ou mediante a apresentação de copias de papeis. 
NUCLEO DO TIPO 
Atribuir: significa apontar, dizer, imputar falsa identidade. 
Este crime pode ocorrer mediante criação de uma identidade até então inexistente ou mediante troca ou substituição de informações civis de uma pessoa. 
06 de Novembro de 2019 
4 – SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
5 - SUJEITO PASSIVO: É o estado e eventualmente de forma indireta o particular prejudicado. 
6 – ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
7 – CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no
momento em que o agente atribuir para si ou para terceiro a falsa identidade, independentemente dele obter vantagem ou de causar dano a terceiro. 
8 – TENTATIVA: este crime pode ser praticado de forma escrita ou verbal e somente será possível a tentativa se o delito for praticado em sua forma escrita. 
9 – OUTRAS INFORMAÇÕES: 
- Art 45 da LCP 3688/41– Fingir-se funcionário publico – Se o agente fingir-se funcionário publico, mas não obter vantagem ou causar prejuízo a terceiro, a conduta será tipificada como contravenção penal. Em contrapartida, se o agente fingiu-se funcionário publico e, em razão disso, obteve alguma vantagem ou causou prejuízo a terceiro, a conduta será tipificada como o crime do art. 307 do CP. 
- Art. 68 da LCP 
- Sumula 522 do STJ – É crime atribuir para si ou para terceiro falsa identidade perante autoridade policial, mesmo que em situação de autodefesa. 
- Autodefesa – É a possibilidade de alguém defender a si próprio, em decorrência da garantia constitucional da ampla defesa. Diante dessa garantia, questionava-se se atribuir-se falsa identidade seria uma hipótese do exercício da autodefesa de não auto incriminar-se. De forma majoritária, entende-se que não está inserido no conceito de autodefesa o fato de atribuir-se falsa identidade. 
ART. 311 CP: Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996))
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a fé publica.
OBJETO MATERIAL: É o chassi ou qualquer outro componente ou equipamento do veiculo automotor que contenha numero ou outro sinal identificador (Ex: placas, numeração de motor, vidro, cambio). 
Conceito de veiculo automotor: Todo veiculo à motor de propulsão que circule pelos seus próprios meios e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para atração viária de veículos utilizados para transportes de pessoas e coisas, contendendo aqueles que circulam mediante conexão ou sobre trilhos. 
NUCLEOS DO TIPO 
Adulterar: que significa modificar, alterar sinal identificador de veiculo automotor. Ex: supressão de determinados números ou letras com sobreposição de outros, mas mantendo-se alguns números ou letras primitivos. 
Remarcar: que significa refazer totalmente ou marcar tudo novamente sinal identificar de veiculo automotor. Ex: supressão de todos os números e letras de um componente do veiculo automotor e remarca-lo todo novamente colocando outros números ou letras. Outro exemplo também é a substituição de placa. 
OBS: Se o sujeito suprimir todo o sinal identificador de um componente do veiculo e não remarca-lo, não há o crime do art. 311, porque o sujeito não adulterou nem remarcou. 
OBS2: fita adesiva ou pintura de placa de veiculo. Há duas posições: Primeira posição diz que há crime porque, de qualquer forma, houve adulteração de componente do veículo e tentou-se imitar a verdade. Segunda posição diz que não há crime porque a adulteração é temporária e não definitiva, além de ser de fácil percepção.
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer a adulteração ou remarcação, independentemente de o agente obter qualquer tipo de vantagem ou qualquer outro proveito. 
TENTATIVA: É admissível na medida em que trata-se de crime plurissubsistente 
CAUSA DE AUMENTE DE PENA (§1º): Trata-se de causa de aumento especifica para o caso de o agente ser funcionário publico. 
A causa de aumento incidirá se o agente praticar o crime no exercício da função publica ou em razão dela. 
FIGURA EQUIPARADA (§2º): Trata-Se de crime praticado somente por funcionário publico, que, de qualquer forma, contribui para o licenciamento ou registro de veiculo automotor com o numero de componente remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 
EX: Funcionário publico encarregado pela vistoria de veiculo que, mesmo diante de um veiculo automotor adulterado ou remarcado, autorizar o licenciamento. 
OBS 1: Art. 327 do CP – conceito de funcionário publico para efeitos penais. 
OBS 2: Não se aplica a causa de aumento de pena (§1º) não se aplica em razão da posição geográfica dos parágrafos em razão de se tratar de crime próprio de funcionário publico, cuja a condição é elementar do §2º não poderia ocorrer dupla punição (bis in idem) em razão da mesma condição de funcionário publico. 
ART. 302 DO CP : Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela-se a fé publica 
OBJETO MATERIAL: O atestado medico falso 
NUCLEO DO TIPO: Dar – que significa fornecer, entregar, produzir documento em que se atesta a condição medica relevante de alguém e que não corresponda com a verdade. 
OBS 1: Médico que atesta falsamente o óbito de alguém, tal conduta caracteriza o crime de falsidade ideológica. 
OBS 2: Se o atesto medico falso for confeccionado como meio para a pratica de crime fim mais gravoso, por este ficara absorvido. EX: Atestado falso utilizado para fraude previdenciária. 
OBS 3: Se atestados forem emitidos por outros profissionais que não o medico, o crime será falsidade ideológica. EX: Profissões que podem emitir atestado: dentista, fisioterapeuta, psicólogo....
13 de Novembro de 2019
SUJEITO ATIVO: Trata-se de crime próprio, cujo o autor somente pode ser o medico. Nada impede, no entanto, a participação. 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado 
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa 
FINALIDADE DE LUCRO (§ ÚNICO): Se tiver essa finalidade também se aplica a pena de multa. 
CONSUMAÇÃO: Trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer a elaboração falsa de atestado e a sua entrega ao solicitante, ainda que o atestado não venha a ser utilizado. 
TENTATIVA: É admissível já que se trata de crime plurissubsistente. 
20 de Novembro de 2019 
ART. 300 DO CP : Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Certidão ou atestado ideologicamente falso
OBJETIVIDADE JURIDICA: Tutela da fé publica 
OBJETO MATERIAL: Conhecimento, como verdadeiro, de firma ou letra que não o seja. 
Firma: É a assinatura de uma pessoa ou sua rubrica. 
Letra: É o manuscrito de uma pessoa.
NUCLEO DO TIPO: Reconhecer – que significa admitir, declarar ou apontar como verdadeiro ou autentico, que a firma ou a letra de alguém falsamente pertence a ela. 
O falso reconhecimento da firma ou letra recai somente sobre elas e não 
SUJEITO ATIVO: trata-se de crime próprio e que somente pode ser praticado por funcionário público com atribuição legal para efetuar reconhecimento de firma ou letra. EX: Tabelião, escrevente, agentes consoais. 
OBS: Caso um particular efetue reconhecimento de firma ou letra falsamente, o crime será de falsificação de documento público ou particular.
SUJEITO PASSIVO: A coletividade e eventual particular prejudicado.
ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo, não se admite a forma culposa. 
CONSUMAÇÃO: trata-se de crime formal, que estará consumado no momento em que o funcionário publico efetuar

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando