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Efeitos Biológicos da Radiação

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Radiologia Imaginologia Odontológica
Efeitos Biológicos
● Efeitos somáticos: afetam apenas o indivíduo que foi exposto. Esse efeito ele pode se manifestar em um curto tempo, um curto período de latência, entre 90 dias ou até 25 anos.
● Efeitos genéticos: podem ocorrer nos descendentes dos indivíduos expostos, geralmente esses efeitos ocorre, quando são atingidos as gônadas;
● Efeitos determinísticos: dose acima de um determinado nível (limiar), a dose é tão alta que esse efeito é imediato entre exposição e sintoma, ocorre em um curto período de tempo. Os efeitos determinísticos é como se a gente soubesse que realmente vai acontecer, e ele acontece em um período curto de latência, pois o individuo toma uma dose muito alta de radiação. Esse efeito acontece geralmente nas pessoas que estão passando por um processo de radioterapia. Pode ocorrer o:
↪ Efeito da esterilidade 
↪ Da catarata 
↪ De eritema (queimaduras) 
↪ Alopecias (quedas de cabelo) 
↪ Osteorradionecrose (existe uma alteração, nos osteócitos, a região óssea principalmente da mandíbula, ela se torna hipovascular, então esse osso torna-se necrótico, então quando o individuo precisa fazer algum procedimento na região óssea, o osso não tem a capacidade de se restituir, pois ele está sem circulação. Então células de defesa não chega na região óssea, esse osso se torna necrótico e não tem a capacidade de promover uma restituição, não consegue combater a inflamação ou qualquer cicatriz que ocorra nessa região. Então, quando o indivíduo vai passar por radioterapia, precisa fazer uma adequação do meio bucal, um período antes de passar pela radioterapia, pois se ele estiver em processo de radioterapia e precisar faze uma extração, a remoção de um tumor, qualquer cirurgia que seja nessa região, qualquer procedimento, menos invasivo que seja, ele corre o risco de não ocorrer uma cicatrização do tecido e tornar cada vez mais necrótico e perde a mandíbula, sente dores, que não passam, então esse osso se torna realmente, necróticos e não tem condição de se reconstituir.
● Efeitos estocásticos: são efeitos somáticos, são efeitos que vão se acumular. Então, efeitos não aparentes e que dependem de longos períodos de latência. Esses efeitos ocorrem quando existe exposição em baixas doses, e são efeitos probabilísticos, pois não sabe-se exatamente quando ele vai acontecer, em que grau ele vai acontecer, e se vai acontecer. Pode-se ter a radiodermite, probabilidade de indução ao câncer, e efeitos genéticos, só que esses efeitos demoram para acontecer, pois são resultantes de indução de poucas doses em não sabe dizer quando ele vai acontecer. Os efeitos estocásticos, vão acumular em pequenas doses, e em um grande período de latência ele poderá se manifestar.
● Efeitos teratogênicos: efeitos produzidos no feto ou embrião pela exposição durante a gestação. Esses efeitos são propensos de ocorrer entre a segunda e nona semana da gravidez. Pode ocasionar tanto efeitos congênitos, quanto alterações mentais e até mesmo a morte do feto, depende da quantidade de radiação que vai ser tomada.
→ Pacientes grávidas: Raios-X devem ser evitados, principalmente no primeiro trimestre de gravidez. E nos três últimos devido ao desconforto da paciente, a barriga muito grande, mas em relação aos efeitos teratogênicos os três primeiros semestres é o mais delicado, é o momento que deve-se evitar radiografias.
Radioproteção 
 Porque proteger? 
R: Pois sabemos que os efeito biológicos que podem ocorrer nos indivíduos. 
 A quem proteger? 
R: Deve proteger o paciente, o cirurgião-dentista (operador) e o ambiente que cerca o aparelho odontológico.
 Como devemos proteger? 
R: De todas as formas possíveis 
 Todas essas regras de proteção devem ser seguidas, em todos os âmbitos odontológicos, tentando fazer a proteção do paciente, do profissional e do ambiente.
Paciente 
*A maioria das formas de proteção do paciente também são forma de proteção do profissional, do cirurgião dentista.
 Armazenamento dos filmes radiográficos e líquidos processadores; 
 Utilizar filmes radiográficos de maior sensibilidade: Os filmes com uma maior sensibilidade necessitam de uma menor quantidade de radiação
. Processamento químico adequado dos filmes radiográficos: Um processamento inadequado, pode dar uma radiografia que no momento está boa, mas daqui um período ela se torna incapaz de dar um diagnóstico, se torna esverdeada, leitosas e que não mostra a imagem direto. 
● Arquivamento dos exames radiográficos: Um exame radiográfico tem um cunho legal, então o cirurgião dentista é responsável pelas radiografias feitas no consultório, se o arquivamento não é feito de maneira correta, não coloca-se o nome do paciente, não coloca data na ficha/cartela que é utilizada para arquivar a radiografia, perde-se a radiografia, arranha-se e não tem mais a possibilidade de se emitir um diagnóstico, então vai ter que fazer uma nova radiografia, e as vezes ela teria que ser utilizada daqui um tempo para poder fazer uma comparação entre radiografias, e isso tem um cunho legal, a qualquer momento o paciente pode acionar a justiça, ou até mesmo em uma pós morte, para descobrir quem é o individuo, pode-se utilizar radiografia, e o cirurgião dentista pode ser acionado, e se não tiver vai sofrer graves consequências. 
 Aparelhos radiográficos: devem ser calibrados e revisados de maneira periódica para avaliar a sua qualidade, avaliar a sua mil amperagem, avaliar a radiação de fuga, se não está tendo essa radiação. Logo deve-se fazer a manutenção, já que os aparelho radiográficos com o uso do tempo não têm estabilidade. Se isso não for seguido pode ocasionar erros, e erros vai levar a repetições, e repetições são doses a mais desnecessárias, emitidas ao paciente.
● Técnicas radiográficas: Qualidade na execução da técnica, no processamento, pois, tudo o que leva ao erro, vai levar fazer radiografias desnecessárias.
 Esclarecimento do paciente: as técnicas radiográficas devem ser explicadas ao paciente, para que ele possa ajudar o cirurgião dentista durante a tomada radiográfica, e também evitar erros. 
 Avental e colar plumbíferos na região da tireoide e na região das gônadas: Isso tudo vai evitar a radiação secundária nessas regiões
Líquidos processadores: 
Toda vez que for fazer uma radiografia deve-se abrir a caixa ou olhar o tanque e vê o nível que se está esses líquidos processadores, pois se eles estiverem abaixo do nível ideal, vai imergir o filme e não vai completar a revelação por inteira. Deve-se olhar também a data de troca dos líquidos processadores. O líquido revelador evapora, ele é oxidado, então em média de 14 dias vai perdendo a sua qualidade, com o tempo de uso, ou seja, com várias revelações ele também vai perdendo a sua qualidade, então deve-se olhar a coloração daquele líquido, quando ele se encontra muito amarelado, é que ele foi utilizado várias vezes.
Armazenamento dos filmes radiográficos: 
Esses filmes têm que ser armazenados nas cartelas, com a data e o nome do paciente, e quando tem um processamento inadequado, com o tempo essas radiografias, ficam amareladas, e desse jeito não pode dar o diagnóstico ao paciente. Elas amarelam em pouco tempo caso não seja armazenada adequadamente. 
Utilizar filmes radiográficos de maior sensibilidade (E e F): 
Abaixo da “e” e “f”, por exemplo a “d”, tem que ter 40% a mais de radiação para ter uma mesma qualidade que o filme de “e” ou “f”
 Filtro de alumínio
 Região que se encontra na saída do cilindro. Esse filtro vai fazer uma filtração da radiação que não é capaz de atravessar a película radiográfica e as estruturas que querem ser radiografadas, então, vai-se barrar/filtrar essa radiação, pois por mais que ela não consiga penetrar na película radiográfica ela pode penetrar nos corpos e no ambiente. 
Colimador 
Vai está também na saída do cilindro, da região da ampola, e região do cabeçote para a região do cilindro, e ela vai restringir a radiação que vai ser emitida através desse cilindro, então vai-se delimitar a áreafocal, então quanto mais se delimita a área focal de exposição ao raio-X, menor efeitos danosos, então esse colimador vai delimitar ou restringir as saídas dos raios-X para uma área menor possível. Quanto menor a área irradiada, menores serão os efeitos causados. Existem colimadores retangulares ou colimadores quadrados. 
Técnicas radiográficas 
Indicação, posicionadores: Nesse semestre será visto uma variedade de tipos de radiografias, tem-se várias radiografias intrabucais, tem-se radiografias extrabucais, tem uma grande variedade de tipos de radiografias, cada uma tem um tipo de indicação, então precisa-as analisar o caso e indicar a radiografia correta. As radiografias cada uma tem uma indicação mais específica, precisa-se fazer a indicação correta. 
Posicionadores
São os dispositivos que abrigam os filmes. Tem-se duas maneiras de se fazer radiografias periapicais, ou pela técnica da bissetriz, ou pela técnica do paralelismo. No paralelismo são utilizados os posicionadores, esses posicionadores são dispositivos que abrigam o filme que coloca na cavidade oral do paciente, esse posicionador vai prover que a técnica seja mais confiável, então ela é menos sucessível a erros, então, sempre que possível, vai-se escolher fazer a técnica radiográfica, com o posicionador, existem casos que é difícil ou impossível, colocar esse posicionador na boca do paciente, quando ele tem um palato muito arqueado, quando a boca é muito pequena, ou quando sente-se ânsia de vômito. Quando não se consegue colocar o posicionador na boca do paciente, faz-se pela técnica da bissetriz, mas sempre que possível é melhor utilizar os posicionadores, pois a técnica vai ser menos propensa, a erros de percurso. Esclarecimento do paciente: antes de fazer a técnica, para que o paciente colabore com a tomada radiográfica.
 Avental e colar pumblífero 
É imprescindível essa utilização. O colar serve para proteger a tireoide, e o avental para proteger as gônadas. Isso vai proteger contra a radiação secundária, que são aquelas emitidas dos objetos, após receber a radiação primária. 
Operador 
*Os requisitos que foram falados em relação ao paciente, também vai está de acordo com o operador, pois, por exemplo, se diminui radiação ao paciente, o cirurgião-dentista também se expõe menos, mas a proteção especifica ao operador vão ser falados adiante.
O operador está sujeito a receber doses de radiação primária, secundárias e de escape (ou de fuga): A radiação primária é aquela que vai sair diretamente do feixe e vai incidir no órgão ou região radiografada, vai ser emitida diretamente ao objeto de estudo. A radiação secundária é a que é emitida, então o corpo absorve a radiação primária e vai emitir em todas as direções uma radiação secundária. A radiação de escape ou de fuga é aquela emitida na região da ampola e do cabeçote, então quando os raios-X são produzidos na ampola, eles são emitidos em todas as direções, a gente tem mecanismos para que essa radiação não vá para o meio extra a esse cabeçote.
→ Primária: é a radiação que sai e é emitida diretamente ao objeto de estudo
→ Secundária: é a radiação emitida de volta pelo objeto de estudo 
→ Escape: é a radiação emitida na região da ampola/cabeçote
● Em casos de que o cirurgião dentista deva permanecer no recinto durante a realização dos exames radiográficos o profissional deve posicionar-se ao lado ou atrás do paciente num ângulo entre 90º e 135º referente ao feixe primário e numa distância de 2 m da cabeça do paciente. Em alguns casos ainda tem alguns aparelhos odontológicos que ainda tem um dispositivo temporizador que retarda a saída do raioX
Biombo de chumbo – 2m 
Tem-se a colocação de biombos de chumbo, a dois metros. Tem casos muito complexos de por exemplo crianças com necessidades especiais, o cirurgião dentista em hipótese nenhuma pode ficar segurando filme, segurando o aparelho radiográfico ou colocar o paciente no colo, nunca o cirurgião dentista pode se expor à radiação, mas nesse caso, como é complicado, a mãe ou o acompanhante, seja quem for, vai ficar responsável por ficar com a criança especial, ou segurando no colo, ou segura o filme ou segura o posicionador, ou controla a ansiedade da criança e fica no colo do acompanhante. Então precisa-se observar esse procedimento de perto, ter uma visualização direta, pois na sala de raio-x vai sair da sala e ficar atrás da parede, nesses casos que são muito complexos, precisa-se observar essa tomada radiográfica para saber se o paciente mexeu, para ver se houve alguma intercorrência, então vai-se ficar dentro desse ambiente, dentro dessa sala, então tem-se que ficar nessas hipóteses, ou no posicionamento a dois metros, e ainda com a possibilidade de colocar o biombo de chumbo. Nesse caso, tanto o paciente quanto o acompanhante se protegem com o colete e com o colar..
Proteção do ambiente 
 Feixe de radiação primária tem que incidir em direção à uma parede: Nunca o feixe de raio-x pode está voltado para uma área que seja de porta, ou uma área que vai ter a passagem de indivíduos. 
 Divisórias de alvenaria/ das paredes com no mínimo de 8 cm de espessura e com revestimento de chumbo ou barita.

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