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desenvolvimento_de_negocios_UA04_v2017

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gestão empresarial
Desenvolvimento De negócios
EmprEEndEdorismo: 
histórico E concEitos
Desenvolvimento 
De negócios
EmprEEndEdorismo: 
histórico E concEitos
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Ao final da Unidade o aluno deverá ser capaz de com-
preender a evolução histórica da teoria do empreende-
dorismo.
COmpetênCias 
Conhecer e entender as evoluções da teoria do empre-
endedorismo.
Habilidades 
Identificar elementos que caracterizam negócios empre-
endedores nos contextos histórico e contemporâneo.
4
ApresentAção
Nesta quarta Unidade você deverá compreender a im-
portância do empreendedorismo no contexto do desen-
volvimento de negócios e discutir acerca de elementos 
compreendidos em negócios empreendedores.
pArA ComeçAr
Esta é a quarta Unidade! Agora que já foram estudados 
os conceitos de negócio, análise de cenários e entorno 
dos negócios, forças competitivas e forças de barganhas 
para movimentos competitivos, então, poderão ser ini-
ciados os estudos sobre empreendedorismo.
Até começar plano de negócio, será tratado detalha-
damente desse tema. 
O empreendedorismo tem um papel importante, 
tanto no desenvolvimento de novos negócios, como 
em negócios já existentes.
Veja as frases a seguir: 
 → Nós fazemos isso há muitos anos, por isso temos 
total domínio do negócio!
 → Todos fazem desse modo!
 → Já tentamos isso e não funcionou!
Frases como as destacadas acima, podem estar relacio-
nadas àquelas empresas que não praticam ações em-
preendedoras. Entretanto, devemos estar sempre pre-
parados para discutir sobre mudanças e implementar 
novas ideias, porque em mercados dinâmicos, o que não 
funcionou há tempos atrás, não quer dizer que não fun-
cione hoje. Além disso, uma inovação pode gerar oportu-
nidades de novos negócios, ao mesmo tempo, que gera 
a obsolescência de outros negócios.
Nessa Unidade, você aprenderá sobre a evolução histó-
rica do empreendedorismo, o intuito é criar base conceitu-
al para que se possa praticar tais conceitos na preparação 
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 4
do plano de negócio e desenvolver características de empreendedor. No 
decorrer da Unidade é importante que seja identificado, tanto na leitura do 
material, quanto nas pesquisas que serão propostas, quais são os elemen-
tos que caracterizam os negócios empreendedores e o empreendedor.
E então? Está preparado para avançar na construção do conhecimento 
na disciplina Desenvolvimento de Negócios? 
Vamos lá!
ConCeito
As oportunidades significam explorar novos caminhos. 
 (Peter Drucker, 2008)
FundAmentos
Segundo Hashimoto (2006), o conceito de empreendedorismo está cada 
vez mais em uso no Brasil. O empreendedorismo pode ocorrer por neces-
sidade e/ou por oportunidade, ou melhor, por meio de inovações ou da 
identificação de necessidades não atendidas pelo mercado, que podem 
vir a ser novos produtos ou serviços.
É normal acontecer que empreendedores dentro de grandes empresas 
não encontram ambiente favorável e de apoio para o desenvolvimento e 
a implantação de suas ideias, assim, acabam saindo de seus empregos e 
criam seu próprio negócio (HASHIMOTO, 2006).
Diante de um cenário que se mostra empreendedor, vale a pena discu-
tir o que é empreendedorismo?
O termo empreendedorismo foi registrado por Richard Cantillon, em 
1755, para explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um de-
terminado preço e vendê-lo em regime de incerteza. 
Jean Baptiste Say, em 1803, ampliou esse conceito, para, empreende-
dorismo está relacionado àquele que transfere recursos econômicos de 
um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtivida-
de mais alta e de maior rendimento, desta forma ficou aceito que, o em-
preendedor é aquele que abre seu próprio negócio (HASHIMOTO, 2006).
Podem-se dizer três coisas acerca do empreendedorismo:
 → Primeiro: a capacidade individual de empreender; 
 → Segundo: o processo de iniciar e gerir empreendimento; 
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 5
 → Terceiro: o movimento social de desenvolvimento do espírito em-
preendedor. 
Leia na Tabela 1 – três pontos importantes acerca do empreendedorismo.
pontos importantEs dEscrição
A capacidade individual 
de empreender
Isto é, a capacidade de tomar a iniciativa, buscar 
soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar 
a solução para problemas econômicos ou sociais, 
pessoais ou de outros, por meio de empreendimentos.
O processo de iniciar e 
gerir empreendimento
Isto é, o conjunto de conceitos, métodos, 
instrumentos e práticas relacionadas 
com a criação, implantação e gestão de 
novas empresas ou organizações. 
O movimento social de 
desenvolvimento do 
espírito empreendedor
Isto é, um movimento social para a criação de 
emprego e renda, que recebe o incentivo dos 
governos e instituições de diferentes tipos.
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo, assumindo os riscos 
e recompensas. Nesse sentido, empreendedor é aquele que assume ris-
cos e inicia algo novo (HISRICH; PETERS e SHEPHERD, 2009). 
Embora o empreendedorismo seja muitas vezes tratado como aquele 
relacionado ao desenvolvimento do seu próprio negócio, nem todos os pe-
quenos negócios novos são empreendedores ou representam empreendi-
mento. Mas, antes de serem discutidos estes conceitos faremos um relato 
histórico sobre a evolução do termo e do conceito de empreendedorismo.
1. evOlUçãO HistóriCa da teOria dO empreendedOrismO
Parte do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo é paralelo ao 
próprio desenvolvimento do termo. A palavra francesa, entrepreuner é li-
teralmente traduzida por aquele que está entre ou intermediário. Um 
dos primeiros exemplos históricos nesse papel é Marco Pólo, que tentou 
estabelecer rotas comerciais para o Extremo Oriente. 
No século XVIII, como intermediário, Marco Pólo assinava contratos 
com pessoas de recursos (os precursores dos atuais capitalistas de risco) 
para vender suas mercadorias. Um contrato comum na época oferecia 
um empréstimo para o comerciante aventureiro a uma taxa de 22,5%, 
incluindo seguro. 
Enquanto os capitalistas corriam riscos, o comerciante assumia o papel 
ativo no negócio, suportando os riscos físicos e emocionais. Quando o 
comerciante aventureiro era bem-sucedido na venda das mercadorias e 
completava a viagem, os lucros eram divididos, cabendo ao capitalista a 
Tabela 1. Três pontos 
importantes acerca do 
empreendedorismo.
Fonte: Adaptado de 
Hashimoto, 2006.
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 6
maior parte (até 75%), enquanto o comerciante aventureiro ficava com os 
25% restantes (HISRICH et al, 2009).
Marco Pólo fazia o papel de intermediário porque, enquanto, em um 
extremo da negociação aparecia a pessoa financiadora de recursos (o 
capitalista); no outro extremo, aparecia a pessoa empreendedora que 
prestava seus serviços para Marco Pólo, traçando novas rotas e cami-
nhos e, assim, possibilitando desbravar novos territórios comerciais de 
forma planejada. 
Na idade média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto 
um participante quanto um administrador de grandes projetos de pro-
dução. Em tais projetos, esse indivíduo não corria risco, simplesmente 
administrava o projeto usando os recursos fornecidos, geralmente pelo 
governo do país. Um típico empreendedor da idade média era clérigo — a 
pessoa encarregada de obras arquitetônicas, como castelos e fortifica-
ções, prédios públicos, abadias e catedrais.
A reemergente ligação do risco com o empreendedorismo se desen-
volveu no século XVII, como o empreendedor sendo a pessoa que firmava 
um acordo contratual com o governo para desempenhar um serviço ou 
fornecer produtos estipulados. Como o valor do contrato era fixo,todos 
os lucros ou perdas resultantes eram do empreendedor. 
Um empreendedor desse período foi John Law, francês que conseguiu 
permissão para estabelecer um banco real. O banco evoluiu para uma fran-
quia exclusiva, formando uma empresa comercial no Novo Mundo — a Mis-
sipi Company. Infelizmente, esse monopólio sobre o comércio francês levou 
à ruína de Law quando este tentou elevar o valor das ações da empresa 
para mais do que o valor de seu patrimônio, levando a mesma ao colapso.
Richard Cantillon, notável economista e escritor nos anos 1700, com-
preendeu o erro de Law. Cantillon desenvolveu uma das primeiras teorias 
do empreendedor e é considerado por alguns estudiosos, o criador do 
termo. Ele viu o empreendedor como alguém que corria riscos, obser-
vando que os comerciantes, fazendeiros, artesãos e outros proprietários 
individuais compram a um preço certo e vendem a um preço incerto, 
portanto, operam com risco.
No século XVIII, a pessoa com capital foi diferenciada daquela que pre-
cisava de capital. Em outras palavras o empreendedor foi diferenciado do 
fornecedor de capital (o atual investidor de risco). Uma das causas para tal 
diferenciação foi a industrialização. Muitas das invenções desenvolvidas 
durante esse período eram reações às mudanças do mundo, como foi o 
caso das invenções de Eli Whitney e de Thomas Edison. 
Tanto Whitney quanto Edison estavam desenvolvendo novas tecno-
logias e eram capazes de financiar suas invenções. Enquanto Whitney 
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 7
financiava seu descaroçador de algodão com recursos da coroa britânica, 
Edison levantava capital de fontes particulares para desenvolver e fazer 
experimentos nos campos da eletricidade e da química. 
Os dois eram usuários de capital (empreendedores), e não fornece-
dores (investidores de risco). Um investidor de risco é um administrador 
profissional de dinheiro que faz investimentos de risco a partir de um 
montante de capital próprio para obter uma alta taxa de retorno sobre 
os investimentos.
No final do século XIX e início do século XX, não se distinguia empre-
endedores de gerentes, e aqueles eram vistos a partir de uma perspecti-
va econômica:
Resumidamente, o empreendedor organiza uma empresa para lucro 
pessoal. Paga os preços atuais pelos materiais consumidos no negócio, 
pelo uso da terra, pelos serviços de pessoas que emprega e pelo capital 
que necessita.
Contribui com sua própria iniciativa, habilidade, engenhosidade no pla-
nejamento, organização e administração da empresa. Também assume a 
possibilidade de perdas e ganhos em consequência de circunstâncias impre-
vistas e incontroláveis. O resíduo líquido das receitas anuais do empreendi-
mento, após o pagamento de todos os custos, é retido pelo empreendedor.
Schumpeter (1982) dizia que o empreendedor era responsável pelo 
desequilíbrio econômico, na busca pelo lucro monopolizado, o empreen-
dedor criava algo novo e destruía o velho, a isso Schumpeter chamou de 
Destruição Criadora. 
Nelson e Winter (2005) afirmam que para Schumpeter existiam dois 
tipos de empreendedor o que criava o novo e o que era obrigado a copiar. 
Pois diante da inovação acabava ocorrendo um desenvolvimento econô-
mico, e tudo era alterado e todos deveriam seguir o que estava acon-
tecendo e assim, se dava o desenvolvimento econômico, pois, tudo iria 
mudar sempre.
Vivemos um período em que todos querem aprender acerca do empre-
endedorismo. Pesquisadores querem estudar, escolas querem ensinar, 
governos querem subsidiá-lo, empresas apoiam, e de uma forma geral 
todos querem ser empreendedores, não importando em qual área atuam, 
o importante é ser empreendedor.
As escolas de pensamento sobre empreendedorismo foram classifica-
das por Cunningham e Lischeron (1991) em seis tipos, conforme mostra 
a Tabela 2 a seguir:
 
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 8
Escolas histórico
bibliográfica 
Estuda a história da vida de grandes empreendedores, 
mostrando que os traços empreendedores são inatos e 
não podem ser desenvolvidos. É a intuição que diferencia 
os empreendedores das demais pessoas, sobretudo o 
seu sexto sentido para identificar e aproveitar uma 
oportunidade. A pessoa já nasce empreendedora.
psicológica 
Estudo das características comportamentais e de 
personalidade dos empreendedores. Nesta escola, 
assume-se que o empreendedor desenvolve uma 
série de atitudes, crenças e valores que moldam sua 
personalidade em torno de três áreas: valores pessoais, 
como honestidade, comprometimento, responsabilidade 
e ética; propensão ao risco e necessidade de realização.
clássica 
Tem como principal característica a inovação. Esta escola 
acredita que o empreendedor é aquele que cria algo, 
e não simplesmente o possui. Descoberta, inovação, 
criatividade são os temas de estudo desta escola. 
administrativa
O empreendedor é a pessoa que organiza e administra 
um negócio, assume riscos. Planeja, supervisiona, 
controla e direciona o empreendimento. O plano 
de negócio, como instrumento de planejamento 
e estruturação de ideias surge nessa escola.
liderança
O empreendedor é um líder que mobiliza as pessoas em torno 
de objetivos e propósitos. Esta escola parte do pressuposto 
que nenhum empreendedor obtém resultado sozinho.
corporativa
As habilidades empreendedoras podem ser úteis em 
organizações complexas, para foco bastante específico, 
como por exemplo, abrir um mercado, expandir serviços ou 
desenvolver produtos. A base do estudo desta escola é a 
empresa e os seus objetivos. Ganhou relevância a partir das 
necessidades e dificuldades das organizações em desenvolver 
os empreendedores internos e/ou o clima empreendedor. 
O processo empreendedor pode ser observado na Figura 1 — Proces-
so empreendedor.
resultados
Grau de 
empreendedorismo
Sensibilidade 
ao risco
Grau de inovação
Proatividade
Novo negócio
Novos produtos 
e serviços
Criação de valor
Lucro ou 
benefício pessoal
Ativos, receitas, 
empregos
Fracasso/perda
intensidade de 
empreendedorismo
entradas
o processo 
empreendedor
Identificação de 
oportunidade
Oportunidades 
ambientais
Empreendedores 
individuais
Contexto 
organizacional
Desenvolvimento e 
ajuste do conceito
Conceitos únicos 
de negócios
Obtenção dos 
recursos necessários
Recursos Implementação
Tabela 2. Escolas 
pensam sobre 
empreendedorismo.
Fonte: Adaptada 
de Cunningham e 
Lischeron (1991).
Figura 1. Processo 
empreendedor.
Fonte: Adaptado de 
Hashimoto (2006).
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 9
É muito importante entender como nasce um tema, e sua evolução. Este 
capítulo buscou trazer os principais pontos encontrados na literatura so-
bre empreendedorismo, pois se acredita que entender a evolução deste 
conceito pode ajudar a compreender e internalizar esses fundamentos.
Vivemos um uma economia em constante evolução e mudanças, prin-
cipalmente por causa das inovações tecnológicas, essas mudanças muitas 
vezes surgem por meio de um empreendedor, isso já é censo comum, por 
essa razão todos desejam ser empreendedores.
Exemplos brasileiros: o caso Cacau Show e o caso Girafas, são ex-
tremamente motivadores em termos de inovação em negócio, vejam 
a seguir:
O Caso Cacau Show - Caminhada doce, mas árdua!1
A história de Alexandre Tadeu da Costa com os chocolates começou aos 
17 anos quando ele vendeu dois mil ovos de páscoa depois de se aventu-
rar quando, antes da produção, vendeu sem ter os produtos, e agora no 
próximo sábado abrirá a milésima loja da Cacau Show. 
A primeira foi aberta há oito anos depois de tentativas não muito bem-
-sucedidas de vender em lojas de departamento. O grande mérito do em-
preendedor foi perceberuma oportunidade latente no mercado. Havia 
um grande espaço entre os chocolates premium e os de massa. Com foco 
em qualidade e preço baixo. 
Agora, há uma loja Cacau Show em todos os estados do Brasil. Cinco 
mil colaboradores e um faturamento de R$ 400 milhões. “Conseguimos 
ganhar mercado fazendo algo diferente. E até hoje criamos coisas novas, 
como o panetone de trufas e um creme de massagem de trufas vendido 
no dia dos namorados”, diz Tadeu da Costa. Trabalha bastante até hoje, 
mas já sofreu muito mais. Alexandre Tadeu da Costa costumava trabalhar 
60 horas por semana, incluindo finais de semana. 
Para crescer e chegar ao estágio de hoje, o empreendedor teve que 
se organizar, mas sem perder valores essenciais: atitude, perseverança, 
olhar para a sociedade, foco e muito, muito trabalho ético.
O caso Giraffas2
O Giraffa’s surgiu em 1981 com a primeira loja em Brasília, atuando no 
mercado de alimentação rápida. Inicialmente os sócios eram dois amigos 
1. Adaptado 
de: http://
mundodomarketing.
com.br/blogs/hsm-
expomanagement-
2010/16546/o-caso-
dos-empreendedores-
da-cacau-show-
e-da-arizona.
html, disponível 
em 4. jun. 2012.
2. Adaptado 
de http://foco.
wikispaces.com/file/
view/Giraffas+um+ 
Estudo+de+Caso.pdf.
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 10
Carlos Guerra e Ivan Aragão. Hoje, a rede está presente em todos os esta-
dos e é uma das maiores empresas brasileiras de fast food.
Atualmente com seis sócios, o Giraffa’s atua no mercado de franquias e 
obtém um dos maiores crescimentos do setor. O Giraffa’s começou o seu 
processo de expansão adotando o sistema de franquias, seguindo a estra-
tégia de oferecer aos clientes refeições rápidas, incluindo os sanduíches. 
Este sistema permitiu a instalação de lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas Gerais, Goiás e Paraíba.
A rede brasileira está entre as quatro maiores do país em vendas e em 
número de lojas, vendendo cerca de 40 mil refeições por dia entre grelha-
dos e sanduíches. Dentre os seus clientes em potencial estão jovens e os 
profissionais que buscam alimentação fora do domicílio.
O Objetivo do Giraffa’s é aliar a qualidade e o padrão das grandes 
redes de refeição rápida ao sabor e à diversidade de cardápio que os 
brasileiros gostam, com pratos que incluem: arroz, feijão, ovo frito, 
bife bovino, filé de peixe, filé de frango, hambúrguer e salsicha e car-
nes grelhadas.
Nas Unidades seguintes, vamos explorar o perfil do empreendedor e suas 
características, porque, já é também de conhecimento de todos que é possível 
aprender e desenvolver o perfil empreendedor, muitos têm a sorte de nascer 
em famílias de comerciantes, pesquisadores ou empresários, mas, fique tran-
quilo, porque se você não tem ainda um perfil empreendedor desenvolvido 
pela experiência de sua vida, é possível aprender estudando.
Sendo assim, vamos ver o que você aprendeu até agora!
Atenção
O empreendedor é aquele que cria o novo e destrói o velho: 
destruição criadora. (Schumpeter, 1982)
antena 
pArAbóliCA
O Brasil é um país com muitas oportunidades para 
empreendedores, desenvolver um perfil empreende-
dor pode ser muito importante para um gestor, pois, o 
mercado fica cada vez mais competitivo. E neste mer-
cado competitivo, as empresas procuram cada vez mais 
pessoas com potenciais empreendedores para serem 
seus colaboradores. 
Por outro lado, temos que estar atentos as questões 
relacionadas às grandes empresas que buscam cada vez 
mais a automação, por meio de avanço tecnológico de 
seus processos, com a intenção de ser mais competitiva, 
e por essa razão estão cada vez mais enxutas. 
Sendo assim, é importante desenvolver um potencial 
empreendedor, compreendendo como acontecem as 
coisas para os empreendedores de sucesso e, também, 
como os casos de fracassos podem contribuir para que 
tenhamos sucesso no nosso próprio empreendimento. 
Procure aprender com a história do desenvolvimen-
to do empreendedorismo e, assim, vá se preparando 
para desenvolver o perfil empreendedor tão desejado 
por empresas e investidores. Pense também no seu pró-
prio negócio.
Então, fique sempre atento e aprenda com as experi-
ências daqueles que são empreendedores.
e AgorA, José?
Agora que você já conhece a evolução histórica do empre-
endedorismo, chegou a hora de aprender como desenvol-
ver o perfil empreendedor para ter sucesso nos negócios. 
Para tanto você aprenderá na próxima Unidade, qual o 
perfil do empreendedor e quais as características essên-
cias no desenvolvimento do perfil empreendedor. 
Bons estudos!
Desenvolvimento de Negócios / UA 04 Empreendedorismo: Histórico e Conceitos 12
glossário
Empreendedorismo: é o processo de criar algo 
novo, assumindo os riscos e recompensas. 
Empreendedor: é aquele que assume riscos 
e inicia algo novo.
reFerênCiAs
BESSANT, J; TIDD, J. �Inovação e Empreendedo-
rismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
CUNNINGGHAM, J.B.; LISCHERON, J. �Defining en-
trepreneurship. Journal of Small Business 
Management, 1991.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. 
 Empreendedorismo. Sétima edição. Editora 
Bookman, 2009, p. 662.
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. �Uma Teoria evo-
lucionária da mudança econômica. Editora 
Unicamp, 2005, p. 631.
SCHUMPETER, J. A. �Teoria do desenvolvimento 
econômico: uma investigação sobre lucros, 
capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São 
Paulo: Nova Cultural, 1982.