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gestão empresarial
Economia
História do 
Pensamento econômico 
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Fazer o aluno compreender o Pensamento Econômico 
sob uma perspectiva histórica.
COmpetênCias 
Contextualizar as teorias econômicas com os proces-
sos históricos.
Habilidades 
Relacionar as teorias econômicas com os processos 
históricos.
3
Economia
História do 
Pensamento econômico 
ApresentAção
Caro aluno, nesta Unidade falaremos sobre o surgimen-
to do capitalismo e da sua evolução através das escolas 
de Pensamento Econômico do século XIX até os nos-
sos dias.
Então vamos lá: Entre os séculos XIX e XX analisare-
mos a Escola Neoclássica representada por Marshall, 
que significava uma reavaliação dos preceitos da escola 
Clássica de Adam Smith e David Ricardo. Não podemos 
deixar de falar também do maior representante do so-
cialismo científico, Karl Marx, e de sua imensa contribui-
ção para a recente história mundial.
Dentro da contextualização histórica, nessas Unida-
des falaremos de eventos de fundamental importância 
como: A revolução industrial Inglesa do século XVIII, O 
Imperialismo do final do Século XIX a ascensão da Eco-
nomia Norte-Americana ocorrida no final da I Guerra e a 
crise de 1929, a II Guerra Mundial e o acordo de Bretton 
Woods, a Guerra Fria e a crise da década de 1980.
Outro autor de enorme relevância que estudaremos 
será Keynes, que trouxe uma solução capitalista para os 
problemas do capitalismo.
E veremos também Milton Friedman da Escola de Chi-
cago, que ao contrário de Keynes irá defender em mea-
dos do século XX as práticas econômicas liberais. 
Bons Estudos.
pArA ComeçAr
Foram milênios de história da humanidade até que final-
mente no século XIX com o início da Revolução Industrial 
na Inglaterra o pensamento econômico fosse organizado 
em Escolas, que como vimos no módulo anterior trata-se 
de um conjunto de adeptos de mesma ideologia. 
O século XIX foi extremamente agitado em todas as 
áreas da vida humana: Artes, Ciências de todas as áreas 
como as humanidades, as ciências sociais as médicas, 
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 4
engenharias, urbanização etc. e é lógico que a Ciência Econômica também 
acompanhou toda essa movimentação.
Se o Século XIX foi de extrema importância para o aparecimento de 
diversas correntes do pensamento econômico, o que se dirá então do sé-
culo XX? É fácil verificar que o século passado foi marcado por várias guer-
ras e um avanço tecnológico sem precedentes, muitas vezes fruto dessas 
guerras, mas em outras inúmeras vezes fruto da paz e da necessidade de 
uma evolução social.
Veremos nesse módulo em primeiro lugar em qual contexto histórico-
-econômico surgem novos pensamentos. Fazer uma contextualização é 
de extrema importância, pois a cada desafio econômico, político e social 
que surgem, novas propostas de diferentes visões da área da economia 
irão aparecer.
As Escolas econômicas escolhidas para serem analisadas nessa UA são 
as de maior representatividade para o pensamento econômico do perío-
do contemporâneo.
Entre os séculos XIX e XX analisaremos a Escola Neoclássica representa-
da por Marshall, que significava uma reavaliação dos preceitos da escola 
Clássica de Smith e Ricardo.
Não podemos deixar de falar também do maior representante do so-
cialismo científico, Karl Marx, e de sua imensa contribuição para a recente 
história mundial.
Veremos também dois outros dois importantes economistas de linhas 
ideológicas muito diferentes, mas de igual importância para a evolução do 
pensamento Econômico são eles: Keynes e Friedman da Escola de Chicago.
FundAmentos
1. etapa imperialista - final dO séCUlO 
XX e iníCiO dO séCUlO XX
No inicio do século XIX, a Inglaterra vinha perdendo a exclusividade da 
industrialização, outras nações passam pelo mesmo processo: França, 
Bélgica, Holanda, EUA, Alemanha, entre outros. 
Grandes conglomerados industriais começam a disputar o mercado, 
iniciando-se assim uma nova etapa conhecida como etapa imperialista 
(REZENDE, 2005).
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 5
atEnção
Imperialismo significa mais do que a busca por matérias-pri-
mas, é a busca também por mercado consumidor de capitais 
e investimento.
O final do século XIX foi marcado por tensões constantes entre as diversas 
nações industrializadas que lutavam por mais espaço tanto no que se refere 
a busca de matérias-primas e mercado consumidor, como encontrar merca-
do de investimentos para expandir seus negócios. Isso foi realizado tanto de 
maneira a se traduzir em uma colonização formal (caso da África e Oriente) 
ou em uma colonização informal (caso principalmente da América Latina). 
A disputa por esses mercados realizada pelas nações mais desenvolvi-
das chegou a uma tensão enorme quando a Alemanha, antes uma região 
agrícola pouco desenvolvida, se unificou e se industrializou e passou então 
a disputar em condições de igualdade com as outras nações da Europa oci-
dental uma fatia desse mercado de investimentos nas mais diversas áreas 
descrito no parágrafo anterior. A entrada da Alemanha desequilibrou uma 
situação já marcada por profundas instabilidades políticas e econômicas.
Podemos afirmar, portanto que estavam reunidos os ingredientes que 
deram origem a um conflito de grandes proporções: a I Guerra Mundial.
A I Guerra durou muito mais do que se acreditava na época, (1914-
1918), colocando dois grupos em oposição, de um lado a Tríplice Aliança, 
liderada pela Alemanha e o Império Austro-Húngaro e do outro a Tríplice 
Entente liderada pela Inglaterra, França e Rússia (a Rússia retira-se do con-
flito em 1917, em função de sua Revolução socialista interna, entrando em 
seu lugar os EUA).
2. a asCensãO da eCOnOmia nOrte-
ameriCana e a Crise de 1929
Com a Guerra, os EUA enriqueceram muito, vendendo produtos indus-
trializados e bélicos para seus aliados, além disso, os Estados Unidos, ao 
contrário da Europa, não tiveram seu território e suas indústrias atacados 
em momento algum, preservando-se do poderio destrutivo da I Guerra.
Quando termina o conflito em 1918, com a vitória da Entente, a Amé-
rica do Norte destacou-se por um rápido e tremendo desenvolvimento.
A década de 1920, considerada por muitos como os “anos loucos”, irá as-
sistir um aquecimento gigantesco da indústria norte americana, essa acele-
ração traduziu-se em um rápido crescimento do mercado de ações nos EUA. 
Em economia existem alguns comportamentos das variáveis que são 
constantes, a isso denominamos leis, e existe uma lei macroeconômica 
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 6
que analisa a taxa de juros relacionada ao investimento produtivo, pode-
mos dizer que quanto maior a taxa de juros menor será o incentivo para 
a produção e vice-versa (PARKIN, 2009).
Quando falamos em Estados Unidos na década de 1920, o que aconte-
cia com o mercado financeiro e o mercado de ações tem a ver com essa 
lei macroeconômica. A taxa de juros estava muito baixa o que estimulava 
o investimento na produção, o que se refletia no mercado de compra e 
venda de ações, ou seja, a bolsa de valores norte-americana estava pro-
fundamente aquecida.
A taxa de juros baixa refletia também um grande aumento dos emprés-
timos externos que os bancos norte-americanos começam a realizar, aos 
países menos desenvolvidos ou por aqueles destruídos no pós-guerra. 
Como o sistema monetário era padrão-ouro havia uma falsa ilusão que 
havia muita moeda em circulação dentro dos EUA. No entanto, havia mais 
dólares fora dos Estados Unidos (devido aos empréstimos externos) do 
que dentro. O que circulava de fato na economia norte-americana eram 
as ações que eram negociadas em um enorme volume para época (RE-
ZENDE, 2005).
atEnção
Lei macroeconômica: Quanto maior a taxa de juros, menor 
será o Investimento Produtivo; quanto menor a taxa de ju-
ros, maior será o Investimento produtivo.
A bolsa de valores de Nova York (a mais importante do país) viu suas 
ações se movimentarem de maneira absurda durantequase toda década 
de 1920, desde pequenos investidores, que usavam suas poupanças, até 
megainvestidores; uma parcela enorme da população norte americana 
aplicava seu capital nesse tipo de investimento. A bolsa de valores pas-
sou a sofrer com uma crise de superprodução, isso quer dizer que as 
empresas passaram a produzir muito mais do que tinham capacidade de 
vender, pois o que passou a importar às empresas era negociar as ações 
e não escoar sua produção, além disso, o surgimento de empresas “fan-
tasmas”, ou seja, inexistentes tornavam a bolsa de valores pouco saudável 
(VICENCONTI, 2009).
A única maneira de tentar inverter a situação era aumentar a taxa de 
juros procurando atrair capital para o mercado financeiro, retirando as-
sim a pressão sobre o mercado de ações. Porém, essa atitude funcionou 
como um detonador de uma crise sem precedentes: A Quebra da Bolsa 
de Valores em 1929.
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 7
O que essa quebra significou? Além de 
uma crise econômica sem precedentes, 
significou o questionamento do Liberalis-
mo Econômico defendido pelas corren-
tes Clássicas e Neoclássicas.
A crise se transformou em depres-
são e a década de 1930 foi marcada 
pelo desemprego,falência de inúmeras 
empresas, deflação e inadimplência dos 
países emprestadores. 
A solução veio a partir de 1936 com 
o programa governamental denomina-
do New Deal, que colocava em prática 
a teoria proposta pelo economista John 
Maynard Keynes.
Com a aplicação dos princípios propostos por Keynes os EUA encer-
raram a década de 1930, em uma situação bastante favorável, e assim 
participaram da II Grande Guerra (1939-45) em condição de vantagem 
(VASCONCELLOS, 2008).
3. a II grande gUerra e O aCOrdO de brettOn WOOds
Assim como a I Grande Guerra, a II Guerra envolveu dois grandes blocos: 
um liderado pela Alemanha, Japão e Itália, bloco esse que ficou conhecido 
como Eixo; e um outro bloco liderado pelos EUA, Inglaterra e França no-
meado Aliados.
A II Guerra foi um conflito extremamente violento e mortífero, levou a 
morte de milhões de pessoas, tanto militares como civis, e terminou com 
a vitória dos Aliados, colocando os EUA mais uma vez em posição de van-
tagens econômicas e políticas (VICENCONTI, 2009).
O final da II Guerra foi marcado profundamente pela divisão do mundo 
em dois grandes blocos. Os EUA eram líder do bloco capitalista, que envol-
via grande parte do mundo ocidental, enquanto a recém-formada URSS 
era líder do outro bloco, denominado socialista.
Analisaremos nesta Unidade os princípios do chamado Socialismo 
Científico, cujo maior representante foi Karl Marx. Em termos históricos a 
primeira experiência socialista ocorreu na Rússia em 1917 país que tinha 
uma estrutura socioeconômica atrasada, czarista e ainda semi-feudal.
Quando a Revolução de 1917 se tornou realidade e se fechou para o 
mundo capitalista acabou por gerar uma inimizade de caráter tanto eco-
nômico como ideológico com o chamado mundo capitalista, cujo maior 
representante será aos o término da II Guerra os EUA.
Figura 1. Multidão 
lota Wall Street, no 
coração de Nova 
York em 24 de 
outubro de 1929.
Fonte: http://
pt.wikipedia.
org/wiki/
Quinta-Feira_Negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-Feira_Negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-Feira_Negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-Feira_Negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-Feira_Negra
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 8
Assim o mundo pós-guerra se via agora frente a outro conflito, a deno-
minada Guerra Fria, que marcará as próximas décadas.
No mundo capitalista uma consequência direta da II Guerra foram as 
medidas tomadas em 1944 (um ano antes do término da Guerra) quando 
foram reunidos em Bretton Woods (New Hampshire, EUA), economistas e 
banqueiros que iniciaram uma importante etapa da nova ordem da econo-
mia mundial. Nesse encontro foram criados o Banco Mundial e o FMI (Fun-
do Monetário Internacional) e o dólar foi alçado à moeda-chave do mundo. 
Estavam presentes nesse encontro Keynes e outro economista importante 
chamado White. Bretton Woods lançou as bases do Plano Marshall, que vi-
sava à reconstrução da Europa e de outros países atingidos pela Guerra 
dentro da perspectiva dos propósitos da Guerra Fria (REZENDE, 2005).
4. a gUerra fria e a Crise da déCada de 1980
Durante duas décadas, de 1950 a 1970, os EUA mantiveram situação de 
controle do dólar e, portanto, da economia mundial. Porém, a Guerra do 
Vietnã (1959-1975) se tornou um imenso sugador de recursos norte-ame-
ricanos. Os EUA gastaram enormes quantias de capital no financiamento 
dessa guerra que se tornou símbolo da Guerra Fria. Enquanto os países 
que se beneficiaram do Plano Marshall já com suas economias reconstruí-
das passaram a pleitear a troca de seus dólares por ouro, como havia sido 
prometido pelos acordos de Bretton Woods.
A crise da economia norte-americana era iminente e foi profundamen-
te agravada quando em 1973 eclode a primeira crise do petróleo, segui-
da em 1979 pela segunda crise, colocando os EUA em situação difícil, ou 
aumentavam a taxa de juros e abandonavam a política de conversão do 
dólar em ouro, ou estariam em sérias dificuldades econômicas. Os EUA 
acabaram por optar em abandonar o sistema dólar-ouro e em 1982 au-
mentaram a taxa de juros, gerando dessa forma uma crise mundial.
A crise da década de 1980 se refletirá não só no mundo capitalista, mas 
também no bloco socialista. Em 1989 um fato histórico de profunda im-
portância irá mudar os rumos 
da economia mundial: a Queda 
do Muro de Berlim.
O mundo agora já não é mais o 
mesmo, em 1991 com o fim do 
Pacto de Varsóvia a URSS se dis-
solveu, a divisão do mundo em 
bloco socialista e o bloco capita-
lista já não era mais a realidade. 
O novo momento econômico 
Figura 2. O Muro de 
Berlim começou a ser 
derrubado na noite 
de 9 de Novembro 
de 1989 depois de 28 
anos de existência.
Fonte: http://
pt.wikipedia.org/
wiki/Muro_de_Berlim
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 9
agora se caracteriza pelos pressupostos do chamado Neoliberalismo, que 
irá permear a ótica econômica nas próximas décadas. A formação de impor-
tantes blocos econômicos, a liberalização do comércio mundial, a abertura 
de mercado em economias antes fechadas irão marcar as décadas de 1990 
e os primeiros anos do século XXI. (VASCONCELLOS, 2008)
Até que em 2008, nova crise se avizinha: a crise do mercado imobiliá-
rio que por consequência levou uma crise no mercado financeiro norte 
americano, colocando em dúvidas o neoliberalismo até então propagado 
como a melhor forma de pensamento econômico no mundo capitalista. 
Afinal se o governo dos EUA não tivesse intervido, injetando capital no 
mercado financeiro a que ponto poderia ter chegado a crise? A resposta a 
esse questionamento ainda está em curso.
Iremos agora examinar os principais autores desse extenso período: 
começamos com Marshall, Marx, Keynes e Escola de Chicago.
Já que vimos de forma rápida o contexto histórico que envolve parte do 
século XX, vamos agora verificar então algumas Escolas desse período e 
seus principais pensadores:
5. as esCOlas de pensamentO eCOnômiCO
5.1 Alfred MArshAll
Marshall (1842-1924). Publicou o livro Princí-
pio da Economia. Professor da Universidade 
de Cambridge (Inglaterra).
A escolA NeoclássicA
O pensamento neoclássico salientava a ofer-
ta e a demanda para determinar o preço dos 
bens e serviços, além disso, passaram a ana-
lisar o mercado além da situação de concor-
rência perfeita, típica do século XIX e passam 
a fazer a análise de estruturas de mercado 
como monopólios duopólios e oligopólios.
A escola Neoclássica se caracterizou pelas contribuições dadas ao conhe-
cimento da utilidade de um bem e da sua escassez. (PARKIN, 2009)
Para o autor, as leis econômicas não necessariamente benéficas, a so-
ciedade pode influenciar nosresultados sobre o comportamento da ofer-
ta e da demanda, assim vemos que o autor aos poucos rejeita a teoria do 
laissez-faire.
Figura 3. Alfred 
Marshall.
Fonte: http://
en.wikipedia.org/
wiki/Alfred_Marshall
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Marshall
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Marshall
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Marshall
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 10
O autor usava uma abordagem microeconômica, desenvolvendo te-
orias sobre o comportamento dos indivíduos e das empresas (VICEN-
CONTTI, 2009).
Segundo o autor, a demanda se baseia na lei da utilidade marginal 
decrescente: 
concEito
A utilidade marginal de algo para uma pessoa diminui a cada 
momento no total daquilo que ela já utiliza desse item.
Mas Marshall diz que um intervalo de tempo curto não produz mudanças 
significativas nos gostos pessoais. Assim como afirmou que existe uma 
escolha racional do consumidor.
Já a oferta, para o autor, é controlada pelos custos da produção.
A distribuição de renda em uma economia de mercado seria então de-
terminada pelos preços dos fatores de produção.
Assim, no curto prazo, o valor é mais dependente da demanda e no 
longo prazo da oferta.
Outra contribuição de Marshall refere-se ao comportamento dos juros: 
Um aumento da taxa de juros diminui o uso de máquinas e equipamen-
tos, já taxas de juros mais baixas aumentam o investimento de capital 
(Hunt, 2005).
5.2 KArl heiNrich MArx 
Marx (1818-1883). De origem judaica, nasceu 
na cidade de Tréveris, na Prússia, obteve o tí-
tulo de doutor em Filosofia. Do casamento de 
Marx com Jenny von Westphalen nasceram cin-
co filhos: Franziska, Edgar, Eleanor, Laura e Gui-
do. Manteve durante sua amizade com Engels. 
Morou em Paris, Colonia, Bruxela e faleceu em 
Londres. Sua grande obra foi “O Capital”.
Karl Marx foi o fundador do Socialismo 
Científico, fez feroz crítica aos princípios da 
Escola Clássica como a harmonia de interesses e o liberalismo econômico.
Sua principal obra foi O Capital, onde já no primeiro capítulo analisou 
o processo capitalista como um todo. Supôs nesse capítulo que todos os 
Figura 4. Karl 
Heinrich Marx.
Fonte: http://
pt.wikipedia.org/
wiki/Karl_Marx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 11
bens são vendidos pelo seu valor, então a pergunta era de onde o capita-
lista então tira seu lucro?
Através de um mecanismo de exploração a qual Marx denominou de 
Mais-valia:
concEito
Mais-valia refere-se a apropriação das horas trabalhadas 
pela mão de obra pelo proprietário dos fatores de produção, 
ou seja, o capitalista. (HUNT, 2005)
Marx atacou a Lei de Mercado de Say, alegando que o mercado não 
se autorregula, e existe sempre a possibilidade de uma haver uma cri-
se econômica, a tendência é haver acumulo de capital nas mãos dos 
proprietários dos fatores de produção que pode levar a uma forte crise 
de superprodução.
Se para Marx o mecanismo de exploração está fundamentalmente na 
prática da mais-valia é por consequência óbvia eliminar esse mecanis-
mo, mas como fazer isso? (MICHAEL, 2009)
O autor considera que é uma hipótese improvável que o capitalista 
abandone tão farta (e fácil) fonte de lucros, e, portanto, o fim da mais-
-valia só seria possível através de uma revolução, que desapropriaria os 
fatores de produção e no lugar do capitalista entraria o Estado.
O estado deverá ser, na teo-
ria marxista, portanto, o único 
detentor dos fatores produtivos, 
eliminando-se assim a proprieda-
de privada desses fatores.
Essa teoria então abandona os 
princípios do laissez-faire.
Não devemos esquecer que os 
princípios marxistas forma colo-
cados em prática na Revolução 
Socialista de 1917 na Rússia, mo-
dificando a história do Século XX 
(VICECONTI, 2009).
Figura 5. Soldados 
bolcheviques nas 
ruas de Moscou, 
durante a Revolução 
Russa de 1917.
Fonte: http://
pt.wikipedia.org/
wiki/Hist%C3%B3ria_
da_Uni%C3%A3o_
Sovi%C3%A9tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histão_Sovi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histão_Sovi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histão_Sovi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histão_Sovi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histão_Sovi
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 12
5.3 JohN MAyNArd KeyNes
Keynes (1893-1946) nasceu numa fa-
mília de intelectuais. Em Cambridge, 
Keynes foi aluno do famoso econo-
mista Alfred Marshall. Em 1944 che-
fiou a delegação britânica na Confe-
rência de Bretton Woods, que deu 
origem ao Banco Mundial e ao Fundo 
Monetário Internacional.
A Grande Depressão da década de 
1930 foi a pior que o mundo ociden-
tal presenciou. Em outubro de 1929 a bolsa de valores de Nova York es-
tava sobrecarregada de especulação, com o surgimento de inúmeras em-
presas-fantasmas. O governo norte-americano sabendo que uma enorme 
crise se aproximava alterou a política monetária do país, subindo a taxa 
de juros e com isso causando a inadimplência de países tomadores (o Bra-
sil, por exemplo) e causando pânico nos investidores da bolsa de valores. 
(PARKIN, 2009)
Juntavam-se a esses problemas o fato do dólar estar atrelado ao pa-
drão-ouro o que impedia a sua emissão; na década de 1930 havia mais 
dólares fora dos EUA do que dentro. 
concEito
Padrão-ouro refere-se à moeda que só pode ser emitida em 
conformidade com os estoques de metais preciosos que um 
país possui em seus cofres. Ou seja, trata-se de um sistema 
monetário no qual o valor da moeda de um país é legalmen-
te definido como uma quantidade fixa de ouro. (HUNT, 2005)
Vamos analisar o desencadeamento da crise: Com a quebra da bolsa de 
valores, desvalorizam-se as ações, diminui a riqueza dos indivíduos, que 
consomem menos, as empresas (que já estavam com estoques acumula-
dos) não conseguem escoar sua produção, demitem, diminuindo dessa 
forma o poder de consumo, portanto as empresas vendem menos e daí 
por diante cria-se um círculo vicioso.
Com pouca moeda em circulação o dólar se valoriza, causando um fe-
nômeno conhecido como deflação. As pessoas haviam perdido a con-
fiança nas instituições americanas, devido a quebra da bolsa, e por isso 
Figura 6. John 
Maynard Keynes
Fonte: http://
pt.wikipedia.
org/wiki/John_
Maynard_Keynes
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 13
aquelas que ainda tinham algum rendimento, ou dinheiro guardado, evi-
tavam levar esse patrimônio às instituições financeiras, mesmo porque o 
dinheiro não necessitava ser “protegido”. Assim, os bancos sem contarem 
com depósitos, não tinham como emprestar capital para salvar as empre-
sas em sérias dificuldades e, portanto, não conseguiam sobreviver (já que 
a remuneração dos bancos se dá principalmente através da cobrança de 
juros pelos empréstimos feitos).
A situação era muito grave, empresas entraram em falência, produzin-
do desemprego, as instituições financeiras não conseguiam se sustentar 
sem depósitos e empréstimos, crise generalizada em todos os setores da 
economia (VASCONCELLOS, 2008).
Mais do que uma crise econômica, a crise colocava em questão o Li-
beralismo Econômico, tido na época como a melhor forma de condução 
econômica no mundo capitalista. A pergunta era: ora a economia foi dei-
xada livre, o governo pouco interviu, porém a oferta não criou sua própria 
demanda, o liberalismo funciona?
Nesse contexto surge a teoria de Keynes que pretendia dar as soluções 
para a crise. 
Principais orientações da Escola Keynesiana:
 → O governo deveria ser o gerador de empregos através de uma polí-
tica que ficou conhecida como New Deal.
 → A ênfase era macroeconômica, procurando variáveis agregadas.
 → Orientação pela demanda, o consumo é que gera dinamismo na 
economia.
 → Políticas fiscais e monetárias ativas
 → A Escola Keynesiana colocava em dúvidas as práticasliberais, pois 
seus preceitos colocados em prática conseguiram de fato tirar os 
EUA de uma crise absolutamente sem precedentes (PARKIN, 2009).
5.4 MiltoN friedMAN – escolA de chicAgo
Milton Friedman (1912-2006) foi um dos mais destacados economistas do 
século XX e um dos mais influentes teóricos do liberalismo económico e 
defensor do capitalismo laissez-faire e do livre mercado.
Friedman é um dos principais economistas da Escola de Chicago. De-
fendia, ao contrário de Keynes, o liberalismo econômico, acreditava que 
uma economia de mercado tende ao equilíbrio.
A Escola de Chicago reforça o princípio neoclássico de que as pessoas 
tendem a maximizar seu bem-estar, dentro dessa perspectiva a unidade 
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 14
econômica básica é o indivíduo que faz escolhas racionais. As preferências 
tendem a ser independentes do preço e tem comportamento estável.
Os neoclássicos optam por uma orientação matemática e rejeitam o 
keynesianismo, defendendo a Lei de Say. Para o autor Milton Friedman o 
governo é ineficiente quando se fala em iniciativa privada.
Para essa Escola as crises são resultado principalmente de políticas mo-
netárias inadequadas (BRUE, 2006).
antena 
pArAbóliCA
Entenda a crise financeira dos Estados Unidos1
Devemos ser bastante críticos com relação ao pensa-
mento das várias escolas econômicas. Veja os jornais e 
revistas publicados a partir de agosto de 2008 que des-
crevem a crise no sistema financeiro norte-americano 
causado pela bolha no mercado imobiliário dos EUA. As 
principais críticas a essa crise basearam-se nos princí-
pios do neoliberalismo. 
Analisando rapidamente essa crise de 2008 vemos que 
ela ocorreu em função da chamada “bolha imobiliária”, 
mas qual o significado disso? Durante várias décadas os 
bancos norte-americanos fizeram empréstimos às pesso-
as que necessitavam de recursos financeiros. Esses em-
préstimos tinham como garantia a hipoteca dos imóveis 
daqueles que procuravam as instituições financeiras.
Mas muitos desses bancos ao concederem esses 
empréstimos não verificavam o risco de inadimplência, 
trocando em miúdos: será que a pessoa que obteve um 
empréstimo conseguiria honrar seus compromissos? 
Muitos não honraram, o que levou muitas instituições 
financeiras ficarem em uma situação crítica. 
Explicando: um banco vive basicamente de captar de-
pósitos que serão emprestados a quem necessite, tanto 
pessoa física como jurídica. A remuneração dos bancos 
é a cobrança de juros por esses empréstimos.
Se as pessoas não pagarem suas dívidas o banco fica 
sem recursos, é por isso que os bancos centrais, e no 
caso dos EUA, o FED, exige do banco a manutenção de 
uma reserva em caixa (que varia conforme o tamanho 
do banco) para que os correntistas possam ter garantido 
saques e movimentação de sua conta corrente.
Muitos bancos norte-americanos não conseguiam 
manter essas reservas em caixa devido ao alto número 
de inadimplentes. Resultado: vários bancos quebraram, 
começando pelo Lehmans Brothers, importante institui-
ção financeira norte-americana que não resistiu à crise.
1. Redação da 
Agência de Notícias 
UOL, 2008.
O governo norte-americano imediatamente entrou no 
mercado emprestando dinheiro aos bancos, para assim 
honrarem seus compromissos com seus correntistas, 
colocando dessa maneira em dúvida a ideia de não in-
tervenção governamental em assuntos econômicas que 
vinha sendo defendida por muitos desde a queda do 
muro de Berlim.
Atualmente os governos têm sido cautelosos ao de-
fenderem uma economia de mercado, ou uma interven-
ção maior na economia.
e AgorA, José?
Nessa UA analisamos o contexto sociopolítico-econômi-
co que vai dos finais do século XIX até o século XX. Vimos 
o significado das práticas imperialistas e suas conse-
quências econômicas. Foi analisado nessa UA também a 
crise de 1929 e o surgimento da escola Keynesiana.
Também estudamos o surgimento das práticas socia-
listas através do pensamento de Karl Marx e a retomada 
do pensamento liberal com Milton Friedman.
Bem, agora você já conhece como evoluiu o pensa-
mento econômico e o significado do capitalismo, modo 
de produção que estamos inseridos, poderá compreen-
der de maneira mais ampla a diversas variáveis econô-
micas dentro das óticas macro e microeconômicas
Economia / UA 03 História do Pensamento Econômico 17
glossário
Bretton Woods: área na cidade de Carrol, no 
estado de New Hampshire, Estados Unidos. 
New Deal: novo acordo, novo trato.
reFerênCiAs
PARKIN, M. �Economia. Prentice Hall Brasil, 2009.
VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. �Introdução à Eco-
nomia. Frase, 2009.
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. �Funda-
mentos de Economia. Saraiva, 2008.
bibliogrAFiA ComplementAr
REZENDE, C. �História econômica geral. Contex-
to: São Paulo, 2005.
BRUE, S. �História do Pensamento econômico. 
São Paulo: Thomson, 2006.
HUNT, E. K. �História do pensamento econômi-
co. Rio de Janeiro :Elsevier, 2005.

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