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BIOGRAFIA JOHN MAYNARD KEYNES FINAL

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15
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contábeis, Atuariais e Ciências Econômicas
PESQUISA BIOGRÁFICA DE JOHN MAYNARD KEYNES
(1883-1946)
César Augusto – RA00234269
Raphael Silva – RA00234991
Prof. Dr. José Geraldo Portugal – Introdução à Economia II MC2 – Sala 126
São Paulo - SP
10/2019
SÚMARIO
INTRODUÇÃO	3
1. BIOGRAFIA JOHN MAYNARD KEYNES	4
2. CONTEXTO HISTÓRICO	6
3. PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS E TEMAS ABORDADOS	9
4. PRINCIPAIS TEORIAS E CONTRIBUIÇÕES	10
5. PRINCIPAIS OBRAS	11
6. CONTROVERSAS E POLÊMICAS E PRINCIPAIS CRÍTICAS DESTINAS Á PERSONAGEM	12
CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	15
INTRODUÇÃO
John Maynard Keynes foi um economista britânico, cujo os ideias mudaram totalmente os paradigmas das teorias da macroeconomia moderna, sendo um dos mais celebres e influentes economistas do século XX. Ele abrange uma vasta gama de teorias que vão desde a autonomia da macroeconomia, as causas do desempregos, politicas de cambio e moedas, a crítica à Lei de Say, ademais a intervenção estatal frente ao liberalismo, o conceito de liquidez, poupança, renda, produtividade marginal, entre outras contribuições que estabeleceram pilares na contemporaneidade.
Na década de 1930 Keynes iniciou-se uma nova metodologia do pensamento econômico, opondo as ideias da economia neoclássico, que contribuindo imensamente na Segunda Guerra Mundial, sendo as grandes potencias adeptas a essas ideias. Entretanto, a influência de Keynes na politica econômica declinaram na década de 1970, devido aos problemas que afligindo as economias britânica e americana. 
Urge, portanto, suas ideias foram como alicerceis para a escola do pensamento keynesianismo, mesmo recebendo inúmeras críticas durante o período ele foi imprescindível para contemplarmos o enriquecimento da Ciência Econômica como um todo. 
1. BIOGRAFIA JOHN MAYNARD KEYNES
Keynes nasceu em meados do século XIX, mais precisamente em Cambridge em junho 1883 e falecendo em Sussex em abril de 1946. Teve um grande destaque em sua vida marcada por um desempenho excepcional em grandes áreas do conhecimento humano tal como: diretor de Companhias de Seguro e Investimentos, acarretando em um enorme acumulo de riqueza, além de, um esplêndido homem de negócios. Dentre suas áreas de atuação teve influência a partir de 1906 como assessor no Tesouro Britânico, diretor do Banco da Inglaterra e por fim, do Banco Central Inglês, a partir de 1942. Ademais, que Keynes foi coproprietário de um semanário de Londres, por meio disso, participou em 1929 em campanha política em defesa do Partido Liberal que ao longo da vida se associou de forma informal. Há de ressaltar, que lecionou Economia e Administração na Universidade de Cambridge. Acima de tudo, foi o economista de maior influência perante o século XX, tendo seu maior destaque na obra em economia A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda.
Keynes desde cedo foi privilegiado pela melhor educação de forma, formal e informal, que a potência Inglaterra poderia oferecer principalmente as famílias mais ilustre que residiam no país. Se educou em Cambridge, onde sua mãe Florence executou vários cargos públicos até mesmo de Prefeito, já seu pai John Neville, teve destaque como professor e administrador. Na extensão de sua vida Keynes deu ênfase maior para as disciplinas de Filosofia, Humanidades e Matemática. Á economia teria maior valor na sua vida a partir, da conclusão do ensino formal. Sua atuação mais relevante no âmbito academio enquanto estudante foi a participação em uma sociedade secreta fundada em 1820 denominada os “Apóstolos” que em anos futuros viriam a apresentar grandes personalidades como: Bertrand Russel, Leonard Woolf dentre outros.
Essas personalidade supracitadas tiveram enorme influencia na vida de Keynes. Em particular Leonard Woolf, Clive Bell com quem foi casada, Duncan Grant, Lytton Strachey e Thoby Stephen, ficando conhecidos como “Bloomsbury Group” em Londres. Sendo eles intelectuais de sucesso, cultivando o ideal libertário, lutando incessantemente na busca pela ampliação do papel da mulher no caráter social.
Keynes deixa a Universidade e ingressa ao cargo público em 1906, não se adaptando a tal ambiente para seu melhor desenvolvimento, passa a discorrer sua dissertação com o ideal de regressar à vida academia, sendo seu interesse nos fundamentos da filosofia. Em 1908 tentou voltar para a Universidade, porém não foi aceito. Por esse motivo ingressa definitivamente no estudo da Economia. Mesmo não sendo aceito na Universidade foi convidado por Marshall e Pigou, mesmo sem vínculo formal em Cambridge, volta para ministrar essa disciplina a econômica, pois Marshall estava deixando à vida acadêmica para se aposentar. Em Cambridge volta a exercer sua dissertação sobre a Teoria da Probabilidade, enquanto estudava e lecionava Economia, posteriormente e aceita sua dissertação. Dentre o período de 1908 e 1915 procura se familiarizar com representantes da área Econômica por Marshall, Pigou, Ricardo e Smith. Desde então concebe a Economia como “ciência moral.”
Em 1915 volta a cargo de Tesouro e permanece até 1919, na qualidade de representante do Tesouro junto a Conferencia da Paz em Paris, criticando enfaticamente a posição dos aliados, deixando o posto e voltando a Universidade. Publicando logo em seguida The Economic of the Peace. 
Então Keynes tem início a uma nova fase da vida, caracterizando um grande momento enquanto homem de negócio, jornalista e autor de sucesso público, nos próximos anos duas publicações notórias Essays in Persuasion, em 1931, e seu mais célebre trabalho acadêmico do período, Tract on Monetary Reform em 1923. Suas maiores preocupações eram política cambial, estabilidade de preços e moeda. 
Por ser um homem pratico, tem sua curiosidade intelectual aguçada frente aos acontecimentos da época. Nos anos 20 a economia inglesa vivia períodos de instabilidade que acarretaria na depressão dos anos 30, que ocasionaria em 1932 o grande contingente de desempregos nas principais economias capitalista do planeta. Diante de tal realidade Keynes discorre sobre a “Lei de Say”, de acordo com o termo não poderia ocorrer escassez de poder de compra no sistema econômico, devido ao processo de produção capitalista é gerador de renda como: lucros, alugueis, salários e etc, e portanto, a criação de financiamento da demanda e por conseguinte, o mecanismo automático frente aos movimentos espontâneos de salários, preços e juros garantindo que os níveis não fiquem aquém dos níveis de produção referentes ao emprego.
Dos questionamentos feitos a “Lei da Say” buscando identificar de forma analítica o desemprego e tentar dar engajamento as sugestões referentes a intervenção estatal como geradora de demanda para manter níveis elevados de empregos. Inúmeros economistas tentam sanar essa problemática de orientação ortodoxia, por meio, dos gastos públicos para combater o desemprego a exemplo de Robertson e Pigeu. Mas Keynes sinaliza que a falta de consistência exposta e o maior agravante perante os fundamentos teóricos dos autores. Tentou pela primeira vez refutar os clássicos pela publicação de A Treatise on Money em 1930, mas sem tanto sucesso.
Por fim, todas as críticas que foram destinadas a ele frente a intelectuais no mesmo âmbito de Keynes, o mesmo tenta uma nova abordagem entre 1930 e 1935 resultando em 1936 na Teoria Geral que de início gerou uma imensa controversa entre Keynes e seus discípulos de um lado Pigou e Hayek e de outro Robertson, Hawtrey entre outros. Por sua ação da obra contrapondo a economia ortodoxa e influenciados majoritariamente estudiosos abaixo dos 35 anos, denominada então Revolução Keynesiana.
2. CONTEXTO HISTÓRICO
Marcado essencialmente pelo contexto da pós revolução industrial, presenciou os aspectos positivos e negativos que o regime capitalista de produção em massa trouxe para a sociedade em que ele vivia.
Devido a imponente disputa de territórios, surge como solução um encontro entre as nações A Conferência de Berlim,realizada entre 1884 e 1885 pela partilha da África oficializando então o neocolonialismo.
Em meados do século XIX a nova onda do imperialismo começou a moldasse constituindo novos impérios com uma velocidade e extensão sem precedente. Sendo que grandes nações da Europa que mais tarde teriam a companhia de Japão e Estados Unidos repartiram entre si grande parte de todo o Hemisfério Oriental.
Dentre as nações a que se tem maior grau de relevância foi o Império Britânico que adquiriu novos territórios entre eles: parte da África, Ásia Setentrional e Extremo Oriente. Por volta de 1900 o Império Britânico detinha cerca de um quinta de todo território do mundo, ademais um quarto de sua população aproximadamente, acarretando em um exímio domínio imperial.
O segunda maior dominação territorial era advinda da França que controlavam 9 milhões de quilômetros quadrados pelo mundo. Suas partes em possessões francesas se localizava na África e Indochina. Alemanha por sua vez, começou posteriormente mas adquiriu cerca de 2,5 milhões de quilômetros quadrados com uma população mensurada em treze milhões de habitantes. Além disso, Itália e Bélgica adquiriam posses no território africano também. Os Eua e Japão focaram em ambições expansionista na região do Pacífico por volta de 1910 essa corrida tendeu se ao fim. Capitalizando em anos futuros na Primeira Guerra Mundial. Após 1870 a hostilidade e crueldade impostas pelas grandes nações frente aos territórios conquistas se impôs ainda mais, tendo a África como seu principal alvo e sendo partilhada na Conferência de Berlim. Os países europeus que detinham bases comerciais nesses territórios avançaram ainda mais e reivindicaram uma enorme parcela no interior africano. Em posições oposta a França e Grã-Bretanha a Itália, Alemanha e Bélgica se opunham com pretensões rivais, acarretando em choques de interesses. Dessa maneira os grandes nações foram disputando terras no Oeste da África, no Egito e Sudão, Grã- Bretanha e França disputavam predomínio; no Norte, França e Alemanha dentre outros confrontos.
No Pacífico e na Ásia, conflitos ocorriam de modo mais aberto entre as potencias imperiais. O Japão por sua vez ganhou colônias devido as guerras travadas com a China e com a Rússia. A Alemanha, França e Grã- Bretanha também foram rivais assíduo na região do Sudeste Asiático e na Oceania.
Posteriormente, a essas intensas disputas que ocorrem pelas grandes nações a tensão estava muito alta acarretando então no estopim da Primeira Guerra Mundial onde um ativista sérvio Gavrilo Princip assassinou o herdeiro ao trono do Império Austro-húngaro Francisco Ferdinando todo esse fato ocorreu em Saravejo atual Bósnia e Herzegovina. 
Perante o ocorrido os países do Velho Continente se prontificaram a guerrear, pois o Império Russo corre em defesa da Servia devido a ligação eslava entre ambos, portanto, de um lado a Tríplice Entente: Inglaterra, Rússia e França e do outro a Tríplice Aliança: Alemanha, Itália e Austro-húngaro tendo durado entre 1914-1918, com a Tríplice Entente saindo vencedora e a Alemanha tendo que assinar o Tratado de Versalhes e ter que arcar com todos os custo da guerra.
Dentre esse período em 1917 a Rússia se retira da guerra por estar sofrendo uma grande crise interna devido a sua atuação na guerra acarretando em uma imensa insatisfação do população que vinham sofrendo devido tais circunstâncias que a iminente entrada na guerra gerou-se enormes custo ao países, ademais, que o país em relação aos demais nações da Europa estava indubitavelmente atrasada por ser uma nação “feudal” agraria e atrasada tecnologicamente. Então sua população por meio de movimento e manifestações destitui-o a monarquia retirando Czar do trono levando então Lênin ao poder pelo Partido Bolchevique perante todas as tensões vividas pelo povo, ademais que essa revolução foi de suma importância para todo contexto histórico demonstrado anos futuros. 
Em meados de 1929 a superprodução capitalista de caráter liberal causou a imensa crise de 1929 que foi um grande marco da história. A produção americana havia caído a partir de julho de 1929, acarretando em um período de resseção econômica se prolongando até outubro, quando os respectivos valores da ações da bolsa de valores de Nova Iorque caíram abruptamente. Portanto, de um dia para o outro uma grande pluralidade de acionistas perderam enormes quantidades de dinheiro. O ocorrido acarreto em inúmeros fechamentos de empresas e industriais devido ao fato, da grande queda das taxas na vendas de diversos produtos, assim a taxa de desemprego se elevou exponencialmente. 
Tendo esse fato abalando as estruturas do mundo todo chamado a Grande Depressão como: Alemanha, Reino Unido, França dentre outros e por meio disso, o PIB do mundo entre 1929 e 1932 caiu certa de 15%. Keynes expos as ideias do livre mercado como não plausível, pois acreditava que o mercado não poderia se autorregular e, por meio disso se faz necessário a atuação do Estado na esfera econômica, mas não de forma plena e amplamente econômica, mas que o Estado tinha o dever de propiciar benefícios para a população para um padrão mínimo de vida e poder de compra.
Posteriormente a esse tempo, houve o segundo conflito entre nações denominada Segunda Guerra Mundial em 1939 com seu estopim iniciado pela Alemanha invadindo a Polônia e as subsequentes declarações de guerra da França e da Grã-Bretanha, estendendo-se até 1945.
Caracterizada por dois grandes blocos que entraram em embate sendo: Eixo foram: Itália, Japão e Alemanha. As que lutaram pelos Aliados foram especialmente: França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética. Denominada massivamente pelos regimes totalitários sendo, seus principais expoentes o Nazismo e Fascismo, que acarretaram em inúmeras mortes como e visto pela história o holocausto na morte de vários judeus no território alemão majoritariamente. Ademais que o confronto levou a morte cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. 
A guerra sessou com a desistência do Eixo frente ao outro bloco, logo em seguida há de ressaltar a criação da ONU (Organizações das Nações Unidos), por conseguinte, o começo da Guerra Frio que foi a disputa tecnológica perante as superpotências que saíram vencedoras da guerra União Soviética e Estados Unidos.
	
3. PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS E TEMAS ABORDADOS
Abordagem discorrida por Keynes em suas teorias requer a recuperação dos traços essenciais de sua formação intelectual. Inúmeros pensadores o influenciaram em suas concepções e, por sua vez, em sua obra como um todo. Keynes beneficiou-se dos estímulos e da imensa riqueza intelectual do meio em que vivia. Sua atuação mais relevante no âmbito academio enquanto estudante foi a participação em uma sociedade secreta fundada em 1820 denominada os “Apóstolos” que em anos futuros viriam a apresentar grandes personalidades como: Bertrand Russel, Leonard Woolf dentre outros.
Essas personalidade supracitadas tiveram enorme influencia na vida de Keynes. Em particular Leonard Woolf, Clive Bell com quem foi casada, Duncan Grant, Lytton Strachey e Thoby Stephen, ficando conhecidos como “Bloomsbury Group” em Londres. Sendo eles intelectuais de sucesso, cultivando o ideal libertário, lutando incessantemente na busca pela ampliação do papel da mulher no caráter social. Por conta dessa pluralidade de experiência, Keynes era um homem polêmico. A sua atuação pública, no entanto, viveu dividida entre o apego e a crítica à herança cultural vitoriana. No convívio exigido pelas suas funções de influente membro do governo, não ficou imune aos valores da classe dirigente inglesa: colonialista e angustiado com a contínua perda de prestígio econômico e político da Inglaterra, que se seguiu à Primeira Guerra Mundial. De outro lado, a solidariedade e seu caráter, sendo que dedicou ao longo de sua vida aos amigos de adolescência possibilitou-lhe cultivar e aprender a conviver com o “novo”, representado pelo comportamento socialmente agressivo de seus amigos, vanguarda intelectual e liberal da Londres.
	É necessário salientar que arevolução keynesiana não foi produto de caráter solo do trabalho de Keynes. Em primeiro momento, sua inspiração básica a do papel de demanda efetiva no sistema econômico tem longas e sólidas origens referentes a Malthus, Hobson, Marx e outros. Em segundo plano, porque não seria exagero afirmar que a Teoria Geral muito reflete as ideias e críticas de um conjunto particularmente brilhante de discípulos de Keynes, como por exemplo de Robertson, Austin Robinson, R. Kahn e Roy Harrod, e outros. Com este conjunto Keynes interagiu contínua e intensamente enquanto escrevia a Teoria Geral. Em terceira analise, porque alguns dos alicerceis básicos da Teoria Geral foram também formulados independente e quase simultaneamente por outros economistas, mas sem ter a influência no campo que Keynes obteve. Em última análise, porque o sucesso da obra em muito dependeu das extensões e controvérsias que ela permitiu, nas mãos de um brilhante grupo de economistas que, como Keynes, buscavam escapar dos ensinamentos da Lei de Say, tornados obsoletos pela crise da década dos 30. Além dos jovens economistas ingleses, serem adeptos dos ideias da Teoria Geral.
	Contudo, em relação aos principais temas abordados ao longo das obras do economista, a preocupação problemas econômicos gerados: economias empresariais, monetárias, instabilidade de preços e a regulação do capitalismo por parte do Estado sempre estiveram presentes no pensamento de Keynes. Um aspecto muito marcante de suas obras foi sua ênfase em especial para a Macroeconomia, que observa o comportamento da economia total e que por meio disso, quaisquer partes podem ocasionar em um dano para o todo. A Microeconomia está incorporada ao mesmo, Keynes, contrariando a Microeconomia, não aceita o laissez-faire, considerando-o, na verdade, uma filosofia indigna de confiança e não aceitável por ele e que pode ser julgada responsável pelas violentas perturbações e fragilidade no nível das atividades comerciais e pelo desemprego observado por meio da sua ótica excepcional.
4. PRINCIPAIS TEORIAS E CONTRIBUIÇÕES
Keynes foi o mais revolucionário de sua época e suas ideias mudaram a forma como a macroeconomia é vista e estudada até os dias atuais. Na década de 1930, Keynes iniciou-se uma revolução no pensamento econômico, opondo-se às ideias da economia neoclássica. Após o início da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Porém, a influência das ideias keynesianas na política econômica diminuiu consideravelmente na década de 1970, parcialmente por conta de problemas que começaram a aparecer nas economias norte-americana e britânica no início da década e também devido às críticas de Milton Friedman e outros economistas liberais e neoliberais que não acreditavam na capacidade do Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, a crise econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento keynesiano.
De modo geral, podemos agrupar as teses centrais da economia de Keynes em pelo menos sete proposições: 1- a tese da não-neutralidade da moeda; 2- o conceito de liquidez; 3- o reconhecimento da conexão entre moeda, prêmio de liquidez e preço dos ativos; 4- o que Keynes denomina como “estado de confiança”; 5- a tese de que o “estado de confiança” é um determinante central da produção e do emprego em uma economia empresarial; 6- a relação entre demanda privada e nível de atividade; 7- o problema da estabilidade global. Sua influência é extensa, suas ideias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como escola keynesiana, seguida por grandes nomes da economia como Amartya Sen, Franco Modigliani, James Tobin, Joseph E. Stiglitz, Paul Samuelson, Robert Solow, Wassily Leontief, Celso Furtado, entre milhares de outros economistas. A geração seguinte a Keynes combinou a macroeconomia da Teoria Geral com a economia neoclássica para criar a síntese neoclássica. Assim, suas ideias serviram de base para a escola de pensamento keynesiana, e mesmo recebendo inúmeras críticas, ela foi imprescindível para o enriquecimento da teoria econômica como um todo. 
5. PRINCIPAIS OBRAS
Suas obras são extremamente abrangentes abordando temas como a autonomia da macroeconomia, as causas do desemprego e possíveis soluções, a crítica à Lei de Say, a intervenção estatal na economia, crítica ao liberalismo econômico clássico, relação entre demanda privada e nível de atividade, o conceito de liquidez, o problema da estabilidade global, poupança, renda, produtividade marginal, entre muitas outras contribuições que estabeleceram os pilares de debates que perduraram até o contexto atual.
Um aspecto muito marcante de suas obras é o seu enfoque em especial para a Macroeconomia, que observa o comportamento da economia total e reconhece que o dano de uma das partes é prejudicial ao todo. A Microeconomia está incorporada na Macroeconomia, porém Keynes, contrariando a Microeconomia, não aceita o laissez-faire, considerando-o, na verdade, uma filosofia que não é digna de confiança e que pode ser julgada responsável pelas perturbações no nível das atividades comerciais e pelo desemprego subsequente.
A principal obra de Keynes para os estudiosos é A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de 1936, e que é marcada por dois fatores principais como aponta Chick: “Todos os livros são produtos de sua época e lugar. E a época e lugar que servem de base a Teoria Geral são extraordinários”. A época no caso é o início da década de 1930 que é caracterizada por contração da produção industrial, por desemprego e por deflação de preços e o lugar é Cambridge. 
A Teoria Geral despertou um importante grupo de jovens economistas os quais espalharam a “nova sabedoria” e, a partir da Teoria Geral, superaram a análise original na área de Comércio Internacional (James Meade, L. Metzler, Joan Robinson, Samuelson e outros), de Teoria Monetária (Hicks, Samuelson, Modigliani, Kahn e outros), de Desenvolvimento Econômico (Harrod, Joan Robinson, Kaldor e outros), de Política Econômica (Meade, Tinbergen, Samuelson e outros), de Contas Nacionais (Stone, Colin Clark e outros), e diferentes áreas. No Brasil a obra de Keynes tem sido recebida com grande atenção pelos teóricos da economia. Além disso, duas escolas desenvolvem na atualidade linhas de pensamento e reflexão com base nas teorias de Keynes: o Instituto de Economia da UNICAMP e o Instituto de Economia da UFRJ, além de outros centros acadêmicos e institutos que abrigam pesquisadores keynesianos, tendo que destacar neste cenário a Associação Keynesiana Brasileira (AKB) que tem como um de seus objetivos buscar e reunir pesquisadores keynesianos.
6. CONTROVERSAS E POLÊMICAS E PRINCIPAIS CRÍTICAS DESTINAS Á PERSONAGEM
Um economista que criticou e debateu as ideias de Keynes foi Paul Anthony Samuelson, um economista americano, considerado da escola neokeynesiana. Em relação à Teoria Geral de Keynes disse Samuelson: “É um livro mal escrito e mal organizado... Não serve para uso em classe. É arrogante, mal-educado, polêmico e não muito generoso nos agradecimentos. É cheio de falácias e confusões: desemprego involuntário, unidades de salário, equivalência da poupança e do investimento, caráter intertemporal do multiplicador, interações da eficiência marginal sobre a taxa de juros, poupança forçada, taxas de juros específicas, e muitos outros... depois de entendida a sua análise, se mostra óbvia e ao mesmo tempo nova. Em resumo, é um trabalho de gênio”. Apesar de tantas “críticas”, ele termina dizendo que Keynes foi um gênio, à frente de seu tempo, por ser capaz de escrever uma obra tão utilizada. Outro economista conhecido que muito criticou Keynes foi Milton Friedman, fundador da Escola Monetarista de Chicago (um dos principais defensores do liberalismo econômico e um dos idealizadores do neoliberalismo). No início da década de 1970 foi quando as ideias de Keynes pararam de influenciar tanto nas economias de primeiro mundo ocidentais, como EUA e Grã-Bretanha. Assimcomo Friedman, muitos outros economistas da época, durante a grave Crise do Petróleo, questionavam a capacidade do Estado de regular a economia, utilizando-se de políticas fiscais. 
O ressurgimento da popularidade dos moldes ideais de Keynes aconteceu no final da década de 2000, com a grande crise que afetou os Estados Unidos. Foi utilizando-se do pensamento Keynesiano que Barack Obama e o então primeiro-ministro britânico Gordon Brown impediram que a crise de 2008 se tornasse uma grande recessão como foi à Crise de 1929. As ideias de Keynes também são comparadas com as teorias econômicas mais ortodoxas, e, ao pegarmos o aspecto do mercado de trabalho, por exemplo, isso fica evidente: Keynes acreditava que a ampliação da demanda efetiva de trabalho objetiva ampliar o nível de emprego e a força de trabalho até atingir o pleno emprego. Já no ponto de vista ortodoxo, não era algo tão relevante. Os ortodoxos argumentavam que o pleno emprego é resultado de agentes individuais atuando em mercados livres. 
CONCLUSÃO
Em suma, esta pesquisa biográfica de John Maynard Keynes possibilitou efetivar uma correlação entre o teórico e a sua obra, na medida em que discorreu sobre a vida do autor, suas influências, teorizações, métodos e ideias difundidas no mundo contemporâneo. Levando em conta o contexto histórico vivido pela personagem, época de grande crise no sistema capitalista mundial, Keynes contribuiu de forma ilustre para a ciência econômica como um todo, em especial no que diz respeito à estrutura e autonomia da teoria macroeconômica, bem como ajudou a implantar medidas preparativas práticas na economia norte-americana na época da Grande Depressão – que depois foram adotadas por vários governos ocidentais e também por muitos governos do terceiro mundo – e suas ideias constituem, até hoje, a essência da política econômica mantida nos Estados Escandinavos, cujas populações desfrutam dos melhores padrões de vida do mundo. Em sua principal obra, uma das mais importantes obras de literatura econômica, lança as bases conceituais da macroeconomia e também desafia conceitos tradicionais da Economia Clássica, como a visão a longo prazo dos ciclos econômicos e o valor da política monetária e da política fiscal, além de discorrer que o nível de emprego não é determinado pelos preços do trabalho como na economia neoclássica, mas pelos gastos em dinheiro (demanda agregada) e que o pleno emprego não é o estado de equilíbrio natural de uma economia monetária, o que impactou a teoria econômica como um todo, estabelecendo um novo ponto de vista de se olhar a economia (que se reverberou até os dias de hoje).
Assim, a ampla e rica contribuição à ciência econômica por Keynes é inegável, na medida em que seus estudos influenciaram ilustres teóricos como Joseph E. Stiglitz, Paul Samuelson, Robert Solow, Wassily Leontief, Celso Furtado, entre milhares de outros -, além de servirem de influência e crítica para os posteriores economistas monetaristas e pós-keynesianos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://marcosbarros.webnode.com.br/products/teoria-keynesiana-/
Data de acesso: 22/10/2019
http://www.valor.com.br/cultura/2957970/bretton-woods-keynes-e-utopia-da-cooperacao
Data de acesso: 22/10/2019
COHEN, Benjamin J. A Questão do Imperialismo. A Economia Política da Dominação e Dependência. Rio de Janeiro: Zahar Editores
Data de acesso: 22/10/2019
KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juros e da Moeda. Os Economistas.1996. São Paulo: Nova Cultura Ltda.
Data de acesso: 23/10/2019
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm
Data de acesso: 23/10/2019
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm
Data de acesso: 23/10/2019
https://www.sohistoria.com.br/resumos/oquefoisegundaguerra.php
Data de acesso: 23/10/2019

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