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Guia Rápido Para Tratamento Cardiopulmonar

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G U I A R Á P I D O PA R A
Tratamento Cardiopulmonar
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Uma tradição no desenvolvimento de soluções para melhorar 
os cuidados e o tratamento das pessoas gravemente doentes
Desde a introdução do cateter Swan-Ganz, no início dos anos 70, a Edwards Lifesciences tem 
parcerias com médicos para desenvolver produtos e sistemas que melhoram os cuidados 
e o tratamento das pessoas gravemente doentes. O que resultou em uma extensa linha de 
ferramentas para monitoramento hemodinâmico incluindo cateteres, sensores e monitores de 
cabeceira para pacientes, construindo este padrão ouro na Medicina de Cuidados Intensivos.
Os médicos de tratamentos intensivos em todo o mundo têm usado produtos Edwards 
para tratar clinicamente mais de 30 milhões de pacientes. Os produtos de monitoramento 
hemodinâmico, como o cateter Swan-Ganz, o sistema FloTrac e o cateter de Oximetria PreSep, 
permitem que os médicos tomem decisões rápidas com mais informações, quando tratam 
pacientes em ambientes cirúrgicos e de tratamentos intensivos.
Para obter mais instruções, visite:
www.Edwards.com/Education
Edwards Lifesciences LLC · One Edwards Way · Irvine, CA 92614 USA · 949.250.2500 · 800.424.3278 · www.edwards.com
Edwards Lifesciences Europe · Ch. du Glapin 6 · 1162 Saint-Prex · Switzerland · 41.21.823.4300
Edwards Lifesciences (Canada) Inc. · 1290 Central Pkwy West, Suite 300 · Mississauga, Ontario · Canada L5C 4R3 
905.566.4220 · 800.268.3993
Edwards Lifesciences · Japan · 2-8 Rokubancho · Chiyoda-ku, Tokyo 102-0085 · Japan · 81.3.5213.5700
Edwards Critical Care EducationEdwards Critical Care Education
2 º S U P L E M E N T O
Sob receita médica apenas. Consulte as informações completas 
sobre a prescrição nas instruções de utilização. 
Os dispositivos da Edwards Lifesciences colocados no mercado 
europeu, que cumprem os requisitos essenciais indicados no 
artigo 3º da Diretiva 93/42/CEE relativamente a dispositivos 
médicos, apresentam a marcaCE de conformidade.
Edwards, Chandler e Vigilance II são marcas registradas da 
Edwards Lifesciences Corporation. Edwards Lifesciences, 
o logotipo E estilizado, Advanced Venous Access, AMC 
Thromboshield, ControlCath, CCOmbo, CO-Set, FloTrac, 
Hi-Shore, Multi-Med, Paceport, PediaSat, PreSep, Swan-Ganz, 
TruWave, Vigilance, Vigileo, VIP e VIP+ são marcas registradas 
da Edwards Lifesciences Corporation e estão registradas na 
Entidade de Marcas Registradas e Patentes dos Estados Unidos 
da América.
EGDT e Early Goal-Directed Therapy são marcas registradas 
do Dr. Emanuel Rivers. Oligon é uma marca registrada de 
Implemed, Inc. PhysioTrac é uma marca registrada de 
Jetcor, Inc. 
William McGee, Diane Brown e Barbara Leeper são consultores 
remunerados da Edwards Lifesciences.
©2009 Edwards Lifesciences, LLC. Todos os direitos reservados. 
ARxxxx
Este guia de referência é fornecido pela Edwards 
Lifesciences LLC como um serviço ao pessoal médico. 
A informação presente neste guia de referência foi 
compilada a partir da literatura disponível. Embora tenham 
sido envidados todos os esforços para reportar com 
fidelidade a informação, os redatores e o editor não se 
responsabilizam pela exatidão. Este guia não foi previsto 
para ser, nem deve ser, interpretado como aconselhamento 
médico. Para qualquer uso, devem ser consultados os 
guias de informação do produto, folhetos e manuais de 
funcionamento dos vários medicamentos e dispositivos. 
Edwards Lifesciences LLC e os redatores rejeitam qualquer 
responsabilidade decorrente, direta ou indiretamente, 
do uso de medicamentos, dispositivos, técnicas ou 
procedimentos descritos neste guia de referência.
Nota: Os algoritmos e protocolos incluídos neste livro são 
apenas para referência educacional. A Edwards não endossa 
nem suporta qualquer algoritmo ou protocolo específico. 
Cabe a cada médico ou instituição selecionar o tratamento 
mais adequado.
ISBN 978-0-615-27887-2
AgrAdecimentos
Um agradecimento muito especial a Christine Endres pelo 
seu apoio e dedicação para desenvolver este projeto. Um 
agradecimento também a Pom Chaiyakal, Sheryl Stewart e 
Susan Willig, pela sua orientação e experiência.
RedatoRes da segunda edição
William T. McGee, MD (Médico), MHA (Mestre em Administração Clínica) 
Diretor – Divisão de Melhoria de Desempenho na UCI 
Tratamentos Intensivos – Centro Médico de Baystate/ 
Professor Associado de Medicina e Cirurgia 
Escola de Medicina, Universidade de Tufts
Jan M. Headley, BS (Bacharel em Ciências), RN (enfermeira diplomada) 
Diretor de Marketing Clínico e Educação Profissional 
Edwards Lifesciences, Tratamentos Intensivos – América do Norte
John A. Frazier, BS, RN, RRT (Terapeuta Respiratório Registrado) 
Gerente, Marketing Clínico e Educação 
Edwards Lifesciences, Tratamentos Intensivos – Global
RedatoR da PRimeiRa edição
Peter R. Lichtenthal, M.D. 
Diretor, Anestesia Cardiotorácica 
Arizona Health Sciences Center 
Universidade do Arizona
G U I A R Á P I D O PA R A
Tratamento Cardiopulmonar
Edwards Critical Care EducationEdwards Critical Care Education
ii
autoRes e RevisoRes
Jayne A.D. Fawcett, RGN (Enfermeira geral diplomada), 
BSc, PgDipEd (Diploma de Educação Pós-graduação), 
MSc (Mestre em Ciências), PhD (Doutorado) 
Diretor – Estudos Clínicos 
Edwards Lifesciences, Tratamentos Intensivos – Global
Diane K. Brown, RN, MSN (Mestre de Ciências em 
Enfermagem), CCRN (Certificado em Enfermagem 
de Tratamentos Intensivos) 
Hoag Memorial Hospital Presbyterian 
Newport Beach, Califórnia
Barbara “Bobbi” Leeper, MN (Mestre em Enfermagem), 
RN, CCRN 
Enfermeira Clínica Especialista - Serviços Cardiovasculares do 
Baylor University Medical Center 
Dallas, Texas
André Luiz Pinto, MD, TSA/SBA (Médico 
Anestesiologista,Título Superior em Anestesiologia pela 
Sociedade Brasileira de Anestesiologia) 
Especialista em Educação Clínica 
Edwards Lifesciences - São Paulo, Brasil
iii
guia RáPido PaRa tRatamentos CaRdioPulmonaRes
infoRmação ClíniCa Relevante destinada ao médiCo de 
tRatamentos intensivos
Em 1998, foi publicado o primeiro Guia Rápido para Tratamentos 
Cardiopulmonares. O objetivo do Guia Rápido foi disponibilizar uma 
referência pronta para o monitoramento hemodinâmico e avaliação 
da oxigenação das pessoas gravemente doentes. Até hoje, já foram 
disponibilizadas mais 100.000 cópias da versão original a médicos 
de terapia intensiva em todo o mundo.
Esta 2ª edição do Guia Rápido reflete a prática atual e as 
mudanças na tecnologia. A terapia intensiva deixou de ser um 
local fechado entre quatro paredes. 
Atualmente, os pacientes graves são tratados em diversas áreas 
do hospital — especialmente porque a população de pacientes 
envelhece e a gravidade aumenta. Nos últimos 10 anos, as 
técnicas de monitoramento menos invasivas tornaram-se parte 
dos procedimentos de avaliação e tratamentos de rotina. As 
sequencias de decisão e os algoritmos que utilizam parâmetros de 
monitoramento fisiológicos tem sido publicados e são utilizados na 
prática diária. 
Nesta edição, a ordem do índice reflete os conceitos atuais em 
estratégias de avaliação e melhorias da tecnologia que permitem 
monitorar o paciente. Além disso, as seções pertinentes do Guia 
Rápido para o Acesso Venoso Central foram incluídas para tornar 
esta edição um guia de referência mais abrangente.
O Guia Rápido está organizado em seções que se baseiam 
em uma filosofia fisiológica. A primeira seção inicia-se com uma 
revisão de fornecimento e consumo de oxigênio, incluindo as 
determinantes, implicações de um desequilíbrio e as ferramentas 
de monitoramento disponíveis.
iv
As técnicas de monitoramento básico, incluindo as tecnologias 
de monitoramento minimamente invasivas e os parâmetros 
hemodinâmicos funcionais, são apresentadas nas seções seguintes. 
Os avanços na tecnologia permitiram técnicas menos invasivas ou 
minimamente invasivas, tanto na avaliação do débito cardíaco como 
da saturaçãovenosa de oxigênio. São disponibilizadas sequências 
de decisão publicadas que aplicam o uso de parâmetros obtidos por 
meio de tecnologias menos invasivas.
As seções subsequentes apresentam técnicas de monitoramento 
avançado, incluindo o cateter Swan-Ganz, que tem sido a marca 
da mudança na prática de tratamentos intensivos desde o início 
dos anos 1970. Os cateteres abrangem desde um cateter de dois 
lúmenes até ao cateter “tudo em um” que disponibiliza ao médico 
uma pressão contínua, um débito cardíaco contínuo, volumes endo-
diastólicos contínuos e oximetria venosa contínua. Muitos pacientes 
graves necessitam deste tipo de monitoramento avançado e 
contínuo; e com a aplicação das sequências de decisão adequadas, 
os tratamentos dos pacientes podem ser melhorados.
Devido a prática de tratamentos intensivos e as suas tecnologias 
afins estarem sempre modificando e melhorando, o Guia Rápido 
não foi concebido para lidar com todos os aspectos e necessidades 
neste setor. Pelo contrário, foi escrito para disponibilizar uma 
referência rápida que possa ajudar o médico a prestar os melhores 
tratamentos possíveis aos pacientes graves.
v
guia RáPido PaRa tRatamento CaRdioPulmonaR
índiCe
ANATOMIA E FISIOLOGIA
 Fornecimento de Oxigênio ......................................................................3
 Consumo de Oxigênio ............................................................................4
 Utilização de Oxigênio ............................................................................5
 Relações VO2 / DO2 .................................................................................6
 Anatomia Funcional ................................................................................7
 Artérias e Veias Coronárias .....................................................................8
 Ciclo Cardíaco ......................................................................................10
 Perfusão da Artéria Coronária ...............................................................12
 Definição do Débito Cardíaco ...............................................................13
 Definição e Medições de Pré-carga .......................................................14
 Lei de Frank-Starling
 Curvas de Complacência Ventricular
 Definição e Medições de Pós-carga .......................................................16
 Definição e Medições de Contratilidade ................................................17
 Grupo de Curvas da Função Ventricular
 Testes da Função Pulmonar ...................................................................19
 Equilíbrio Ácido-Base ............................................................................20
 Curva da Dissociação de Oxihemoglobina .............................................21
 Equações da Troca de Gás Pulmonar .....................................................22
 Derivação Intrapulmonar ......................................................................23
MONITORAMENTO BÁSICO
 Monitoramento da Pressão Fisiológica ..................................................26
 Componentes de um Sistema de Medição da Pressão Fisiológica ...26
 Melhores práticas para a Instalação de um Sistema de Medição 
 da Pressão Fisiológica para Monitoramento Intravascular ............27
 Melhores práticas para Nivelar e Zerar um Sistema de Transdutor 
 para Pressão Fisiológica ..............................................................29
 Melhores práticas para Manter o Sistema de Transdutor para 
 Pressão Fisiológica ......................................................................30
 Impacto de um Nivelamento Inadequado nas Leituras de Pressão ..31
 Fidelidade de Forma de Onda e Resposta Ideal de Frequência ........32
 Sistemas de Monitoramento de Pressão .........................................33
 Determinação da Resposta Dinâmica .............................................34
 Teste da Onda Quadrada ...............................................................36
 Técnica de Medição .......................................................................37
 Monitoramento Intra-arterial .........................................................38
 Acesso Venoso Central .........................................................................40
 Tipos de Dispositivos de Acesso Venoso Central .............................40
vi
 Aplicações, Contra-indicações e Complicações ..............................41
 Especificações do Cateter Venoso Central ......................................44
 Designações de Lúmen e Taxas de Infusão .....................................46
 Diminuição de Infecção .................................................................47
 Introdutores como uma Linha Central ............................................48
 Locais de Inserção .........................................................................50
 Colocação da Ponta do Cateter .....................................................52
 Monitoramento da Pressão Venosa Central....................................53
 Forma de Onda Normal PVC ..........................................................54
MONITORAMENTO AVANÇADO MINIMAMENTE INVASIVO
 Algoritmo do Sistema FloTrac ................................................................58
 Configuração do Sistema de Sensor FloTrac ..........................................64
 Configuração e Zeragem do Monitor Vigileo ........................................66
 Variação do Volume Sistólico (VVS) .......................................................68
 Algoritmo VVS FloTrac/Sistema Vigileo .................................................74
 Hidratação Vigorosa e FloTrac/Sistema Vigileo ......................................75
 Fisiologia de Oximetria Venosa e Aplicações Clínicas .............................77
CATETERES SWAN-GANZ – TECNOLOGIA AVANÇADA E 
PADRÃO
 Cateter Padrão Swan-Ganz ...................................................................86
 Cateter de Tecnologia Avançada Swan-Ganz ........................................88
 Especificações de Cateteres Selecionados Swan-Ganz ...........................93
 Cateteres Avançados Swan-Ganz ..........................................................94
 Cateteres Padrão Swan-Ganz................................................................98
 Base Fisiológica para monitoramento da Pressão da Artéria Pulmonar .103
 Pressões de Inserção Normais e Traçadores de Formas de Onda...........106
 Tabela de Formas de Onda Anormais ..................................................108
 Cateter Swan-Ganz – Localização da Porta e Funções .........................110
 Técnicas de Inserção para o Cateter Swan-Ganz .................................111
 Formas de Onda de Inserção do Cateter Swan-Ganz ...........................112
 Marcas de Distância da Inserção do Cateter ........................................112
 Monitoramento Contínuo da Pressão da Artéria Pulmonar ..................113
 Resumo das Diretrizes para uma Utilização Segura de 
 Cateteres Swan-Ganz de Artéria Pulmonar ......................................114
 Colocação da Zona Pulmonar .............................................................117
 Efeitos Ventilatórios em Traçadores da Artéria Pulmonar .....................118
 Determinações do Débito Cardíaco .....................................................121
 Método de Fick
 Método de Diluição do Indicador de Corante
 Método de Termodiluição
 Curvas de Termodiluição .....................................................................124
 Resolução de Problemas - Fatores Chave na Otimização de 
 Determinações de DC de Bolus ........................................................125
 Sistema Vigilance II e Swan-Ganz de Tecnologia Avançada ..................126
vii
 Vigilance II Monitor - Instruções Abreviadas para Uso..........................128
 Vigilance II Monitor - Resolução de Problemas ....................................133
 Referência Rápida VDFVD ...................................................................141Curvas Idealizadas da Função Ventricular ............................................143
 Tabela de Referência do Cateter Swan-Ganz .......................................144
REFERÊNCIA RÁPIDA
 Algoritmo do Cateter de Tecnologia Avançada Swan-Ganz .................148
 Algoritmo Avançado Minimamente Invasivo .......................................149
 Protocolo Objetivado de Cateter Avançado Swan-Ganz ......................150
 Protocolo Objetivado Avançado Minimamente Invasivo .......................151
 EGDT no tratamento de choque séptico ou sepse ...............................152
 Algoritmo Fisiológico usando VVS, IVS e ScvO2 ...................................153
 Algoritmo Fisiológico usando VVS e IVS ..............................................153
 Edema Pulmonar Agudo, Hipotensão e Algoritmo de Choque ............154
 Terapêutica Precoce por Metas (EGDT) em Pacientes 
 Cardíacos Cirúrgicos de Risco Moderado a Elevado ..........................155
 Perfis Hemodinâmicos Típicos em Diversas Condições Graves .............156
 Tabelas, Classificações, Escalas e Sistemas ...........................................157
 Diretrizes ACC/AHA 2004 para Cateter da Artéria Pulmonar e 
 monitoramento da Pressão Arterial ..................................................162
 Parâmetros Hemodinâmicos Normais e Valores Laboratoriais ...............164
BIBLIOGRAFIA
 Anatomia e Fisiologia .........................................................................170
 Monitoramento Básico .......................................................................170
 Monitoramento Avançado Minimamente Invasivo...............................172
 Cateteres Swan-Ganz – Tecnologia Avançada e Padrão .......................174
 Referência Rápida ...............................................................................175
Notas
viii
Anatomia e
Fisiologia
avanço nos tRatamentos intensivos
PoR meio de eduCação Baseada em CiênCia
desde 1972
2
Anatomia e Fisiologia 
Como garantir que os tecidos recebam o oxigênio adequado e 
também que os tecidos sejam capazes de consumir a quantidade 
de que precisam, é uma parte importante do modo de avaliação 
do paciente grave. Portanto, o objetivo do monitoramento 
cardio-respiratório é avaliar os componentes do fornecimento e 
consumo de oxigênio e avaliar a utilização de oxigênio ao nível 
do tecido. Os parâmetros obtidos a partir do perfil fisiológico 
são utilizados para avaliar e otimizar o transporte de oxigênio 
para cumprir as necessidades de tecido dos pacientes graves. 
A anatomia cardíaca básica, a fisiologia aplicada e a função 
pulmonar são todas componentes do fornecimento de oxigênio. 
Qualquer ameaça ao processo de equilíbrio do oxigênio do tecido 
pode conduzir a uma utilização inadequada ao nível celular. As 
estratégias de intervenção são dirigidas a identificar a relação 
entre o fornecimento e o consumo de oxigênio para a potencial 
eliminação do desenvolvimento de hipoxia do tecido.
3
Fornecimento de Oxigênio
(DO2 = DC2 x CO x 10)
DO2 é a quantidade de oxigênio distribuído ou transportado 
para os tecidos em um minuto e é formado pelo índice de 
oxigênio e pelo débito cardíaco. A adequação do fornecimento de 
oxigênio depende da troca de gás pulmonar adequada, níveis de 
hemoglobina, saturação de oxigênio suficiente e débito cardíaco. 
Nível de Oxigênio (CO2): quantidade de oxigênio transportado 
no sangue, tanto arterial como venoso:
 (1,38 x Hb x SO2) + (0,0031 x PO2)
1,38: quantidade de O2 que se pode combinar com 1 grama de 
hemoglobina 0,0031: coeficiente de solubilidade de O2 no plasma*
 CaO2 = (1,38 x Hb x SaO2) + (0,0031 x PaO2) 
Normal 20,1 ml/dl
 CvO2 = (1,38 x Hb x SvO2) + (0,0031 x PvO2) 
Normal 15,5 ml/dl
Fornecimento de oxigênio (DO2): quantidade de oxigênio 
transportado no sangue para os tecidos. O fornecimento tanto 
arterial como venoso de O2 pode ser medido:
Fornecimento de oxigênio arterial (DO2): CO x CaO2 x 10 
 5 l/min x 20,1 ml/dl x 10 = 1005 ml/min†
Retorno de oxigênio venoso (DvO2): CO x CvO2 x 10 
 5 l/min x 15,5 ml/dl x 10 = 775 ml/min
FORNECIMENTO DE OXIGÊNIO (D02)
[DÉBITO CARDÍACO (DC) X CONTEÚDO DE OXIGÊNIO ARTERIAL (CaO2)]
DÉBITO CARDÍACO (DC)
VOLUME 
SISTÓLICO
PRÉ-CARGA PÓS-CARGA CONTRATILIDADE
FREQUÊNCIA 
CARDÍACA
HEMOGLOBINA
SaO2
Saturação de 
Oxigênio Arterial
PaO2
Tensão de 
Oxigênio Arterial
[Volume Sistólico (VS) x Frequência Cardíaca (FC)]
CONTEÚDO DE OXIGÊNIO ARTERIAL (CaO2)
[(1,38 x g Hemoglobina x SaO2) + (PaO2 x 0,0031)]
*A capacidade de transporte de oxigênio foi referenciada entre 1,34-1,39.
† Presume Hb de 15 gm/dl
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A
Consumo de Oxigênio
O consumo de oxigênio refere-se a quantidade de oxigênio 
usada pelos tecidos, ex. troca sistêmica de gás. Este valor não 
pode ser medido diretamente, mas pode ser avaliado medindo a 
quantidade de oxigênio fornecida no lado arterial, em comparação 
com a quantidade no lado venoso.
Consumo de Oxigênio (VO2)
Transporte de Oxigênio Arterial – Transporte de Oxigênio Venoso 
VO2 = (DC x CaO2) – (DC x CvO2) 
= DC (CaO2– CvO2) 
= DC [(SaO2 x Hb x 13,8) – (SvO2 x Hb x 13,8)] 
= DC x Hb x 13,8 x (SaO2 – SvO2)
 Normais: 200 – 250 ml/min 
120 – 160 ml/min/m2
Nota: 13,8 = 1,38 x 10
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Consumo de Oxigênio (VO2) = Fornecimento de Oxigênio – Retorno Venoso de Oxigênio
FORNECIMENTO DE OXIGÊNIO (DO2)
[Débito Cardíaco (DC) x 
Teor de Oxigênio Arterial (CaO2)]
(DC) x (1,38 x 15 x SaO2) + (PaO2 x 0,0031)
5 x 20,1 =
NORMAL = 1005 ml O2/min
RETORNO VENOSO DE OXIGÊNIO
[Débito Cardíaco (DC) x 
Teor de Oxigênio Venoso (CvO2)]
(DC) x (1,38 x 15 x SvO2) + (PvO2 x 0,0031)
5 x 15,5 =
NORMAL = 775 ml O2/min
VO2 = DC x (CaO2 – CvO2) x 10
VO2 = DC x Hgb x 13,8 x (SaO2 – SvO2)
VO2 = 5 x 15 x 13,8 x (0,99 - 0,75)
NORMAL = 200 – 250 ml O2/min
CONDIÇÕES E ATIVIDADES QUE ALTEREM A DEMANDA E VO2
Febre (em graus Celsius) 10% Aspiração 40%
Tremores 50-100% Procedimento pós-operatório 7%
Aspiração ET 7-70% SFMO (Sin. Falência Multipla Órgãos) 20-80%
Sepse 50-100% Mudança de curativo 10%
Visita 22% Banho 23%
Mudança de Decúbito 31% Raio-X Pulmonar 25%
Pesagem em balança suspensa 36%
5
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Outros Parâmetros de Avaliação para 
Utilização de Oxigênio
Diferença de Oxigênio Arterial-Venoso 
Ca – v O2: normalmente 5% vol 
20% vol – 15% vol = 5% vol
Nota: % Vol ou ml/dl
Relação de extração de oxigênio 
O2ER: normalmente 22 – 30% 
O2ER: CaO2 – CvO2 / CaO2 x 100 
CaO2 = 20,1 CvO2 = 15,6 
O2ER = 20,1 – 15,6 / 20,1 x 100 = 22,4%
Índice de extração de Oxigênio 
 Oximetria dupla estima a relação de extração de oxigênio. 
Avalia a eficiência da extração de oxigênio. Reflete a reserva 
cardíaca para aumentos na demanda de O2. Intervalo normal é 
de 20%–30%. 
O2EI = SaO2 – SvO2 / SaO2 x 100 (SaO2 = 99, SvO2 = 75) 
O2EI = 99 – 75 / 99 x 100 = 24,2%
DC vs SvO2 Correlações 
 SvO2 reflete o equilíbrio entre a administração de oxigênio e 
a relação de utilização com a equação de Fick. 
VO2 = C(a – v)O2 x DC x 10 
DC = VO2 / C(a – v)O2 
C(a – v)O2 = VO2/ (DCx10) 
S(a – v)O2 = VO2/ (DCx10)
 Quando a equação de Fick é reorganizada, as determinantes 
de SvO2 são os componentes do fornecimento e consumo de 
oxigênio: 
Se SaO2 = 1,0; então SvO2 = CvO2 / CaO2 
SvO2 = 1 – [VO2 / (DC x 10 x CaO2)] 
SvO2 = 1 – (VO2 / DO2) x 10
Assim, SvO2 reflete as mudanças na extração de oxigênio e 
o equilíbrio entre DO2 e VO2.
6
Relações VO2 /DO2 
A relação entre fornecimento de oxigênio e consumo pode 
ser teoricamente traçada em uma curva. Como normalmente a 
quantidade de oxigênio fornecida é aproximadamente quatro 
vezes a quantidade consumida, a quantidade de oxigênio 
necessária é independente da quantidade fornecida. Isto 
é a porção independente da curva de fornecimento. Se o 
fornecimento de oxigênio diminuir, as células podem extrair mais 
oxigênio de modo amanter os níveis normais de consumo de 
oxigênio. Quando os mecanismos compensatórios se tiverem 
esgotado, a quantidade de oxigênio consumido depende agora 
da quantidade fornecida. Esta porção do gráfico é chamada 
dependente do fornecimento.
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A dívida de oxigênio ocorre quando o fornecimento de oxigênio 
é insuficiente para cumprir as necessidades do organismo. A 
implicação deste conceito é que o fornecimento adicional de 
oxigênio deve ser implantado para “repagar” a dívida, assim que 
esta ocorrer.
Fatores que Influenciam a Acumulação da Dívida de O2 
Demanda de Oxigênio > Oxigênio Consumido = 
Dívida de Oxigênio 
Fornecimento de Oxigênio Diminuído 
Extração de Oxigênio Celular Diminuída 
Demandas de Oxigênio Aumentada
Assim que a extração 
de O2 for maximizada, 
o VO2 se torna 
dependente 
de DO2 VO2 normalmente 25% do DO2; 
Tecidos usam o que eles precisam. 
Se o DO2 diminuir O2 ER aumenta 
de acordo com a demanda do tecido; 
forneça reserva de O2
Região dependente de O2 Região independente de O2
ml/min Débito 
de O2 
TEMPO
Porcentagem 
de retorno
RELAÇÃO NORMAL CONCEITO DA DÍVIDA DE OXIGÊNIO
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Anatomia Funcional
Para fins de monitoramento hemodinâmico, o lado 
esquerdo e direito do coração são diferenciados quanto a 
função, estrutura e geração de pressão. O leito capilar 
pulmonar situa-se entre o coração esquerdo e direito. O 
leito capilar é um sistema complacente com uma elevada 
capacidade para sequestrar sangue.
O sistema circulatório consiste em dois circuitos em uma 
série: circulação pulmonar, que é um sistema de baixa 
pressão com baixa resistência ao fluxo de sangue; e a 
circulação sistêmica, que é um sistema de alta pressão 
com resistência alta ao fluxo de sangue.
 
DIFERENÇAS ENTRE CORAÇÃO DIREITO E ESQUERDO
ESTRUTURAS ANATÔMICAS
Coração Direito Coração Esquerdo
Recebe sangue desoxigenado Recebe sangue oxigenado
Sistema de baixa pressão Sistema de alta pressão
Bomba de volume Bomba de Pressão
VD fino e forma em crescente VE espesso e forma cônica
Perfusão coronária bifásica Perfusão coronária durante a diástole
Circulação Pulmonar
Ventrículo 
Esquerdo
Artéria 
Pulmonar
Válvula Pulmonar
Ventrículo Direito
Veia Pulmonar
Brônquios
Alvéolos
Válvula 
Mitral
Átrio 
Direito
Válvula 
Aórtica
Válvula 
Tricúspide
8
Artérias e Veias Coronárias
Os dois maiores ramos das artérias coronárias partem 
de cada lado da raiz aórtica. Cada artéria coronária situa-se 
no sulco atrioventricular e está protegida por uma camada de 
tecido adiposo.
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Maiores Ramos Áreas Alimentadas
Artéria Coronária Direita (ACD) Nodo Sinusal 55%, Nodo AV 90%, 
Feixe de His (90%)
Parede livre AD, VD
Porção de IVS
Ramo Posterior Descendente 
(Fornecido por ACD ≥ 80%)
Porção de IVS 
Aspecto diafragmático de VE 
Bifurcação da Artéria Coronária 
Principal Esquerda
Esquerda Anterior Descendente (DAE) Parede esquerda anterior
Porção anterior de IVS
Porção de ventrículo direito
Circunflexa Esquerda 
(Disponibiliza ramo posterior descendente 
≤ 20%)
Nodo Sinusal 45%, AE, nodo 10% AV
Parede de LV lateral e posterior
Veias Coronárias Localizaçao de Drenos Para
Veias Tebesianas Diretamente para os ventrículos esquerdo 
e direito
Grande Veia Cardíaca Seio Coronário no AD
Veias Cardíacas Anteriores AD
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ARTÉRIAS CORONÁRIAS
VEIAS CORONÁRIAS
O sangue é drenado por ramos das veias cardíacas.
Veia Cava 
Superior
Veia Cava 
Inferior
Aorta
Átrio Direito
Tronco Pulmonar
Átrio Esquerdo
Grande Veia Cardíaca
Ventrículo Esquerdo
Ventrículo Direito
O sangue é levado aos tecidos do coração por ramos 
das artérias coronárias.
Aorta
Tronco Pulmonar
Átrio Esquerdo
Artéria Coronária Esquerda
Ventrículo Esquerdo
Ventrículo Direito
Descendente 
Anterior Esquerda
Artéria Circunflexa
Veia Cava 
Superior
Átrio Direito
Artéria Coronária 
Direita
Artéria Marginal
Artéria Descendente 
Posterior
O sangue é levado aos tecidos do coração por 
ramos das artérias coronárias.
O sangue é drenado por ramos das veias cardíacas.
10
Ciclo Cardíaco: 
Correlação Elétrica para Mecânica
O ciclo cardíaco elétrico ocorre antes do ciclo cardíaco 
mecânico. A despolarização atrial inicia-se a partir do nodo SA. 
Esta corrente é depois transmitida através dos ventrículos. No 
seguimento da onda de despolarização, as fibras musculares 
contraem-se, o que produz a sístole.
A atividade elétrica seguinte é a repolarização que resulta no 
relaxamento das fibras musculares e produz a diástole.A diferença 
temporal entre a atividade elétrica e a mecânica chama-se 
acoplamento eletromecânico ou a fase de excitação-contração. 
Um registro simultâneo de traçado do ECG e de pressão exibirá a 
onda elétrica antes da onda mecânica.
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ECG
Despolarização 
Atrial
Sístole 
Atrial
«Disparo» 
Atrial
Sístole 
Ventricular
Diástole 
Ventricular
Enchimento 
Atrial
Despolarização 
da Abertura
Repolarização 
Ventricular
AD
VD
CICLO CARDÍACO ELETROMECÂNICO
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Fases do Ciclo Cardíaco Mecânico
1. Fase Isovolumétrica 
Segue-se ao QRS do ECG 
Todas as válvulas fechadas 
A maioria do oxigênio consumido
2. Ejeção Ventricular Rápida
Válvula aórtica abre
Ocorre durante o segmento ST
2/3 ou mais do volume de sangue ejetado
3. Ejeção Ventricular Reduzida
Ocorre durante a onda “T”
Os átrios estão em diástole
Produz uma onda “v” no traçado atrial
1. Relaxamento Isovolumétrico
Segue-se à onda “T”
Todas as válvulas fechadas
A pressão ventricular desce mais
A pressão VE passa abaixo da pressão AE
2. Enchimento Ventricular Rápido
Válvulas AV abrem
Cerca de 70% do volume de sangue vai 
 para o ventrículo
3. Fase de Enchimento Lento: Fim-Diástole
”Kick” Atrial
Segue-se à onda “P” durante os ritmos sinusais 
Ocorre a sístole atrial
Produz uma onda “a” nos traçados atriais
O volume remanescente vai para o ventrículo
SÍSTOLE
DIÁSTOLE
12
Perfusão da Artéria Coronária
A perfusão da artéria coronária para o ventrículo esquerdo 
ocorre principalmente durante a diástole. O aumento da tensão 
na parede ventricular durante a sístole aumenta a resistência 
de tal modo que há muito pouco fluxo de sangue para o 
endocárdio. Durante a diástole há menor tensão na parede de 
modo que ocorre um gradiente de pressão que promove o fluxo 
de sangue através das artérias coronárias esquerdas. O ventrículo 
direito tem menos massa muscular, e portanto, menos tensão 
na parede durante a sístole, de modo que devido à menor 
resistência, há maior fluxo de sangue através da artéria coronária 
direita durante a sístole. O desempenho VD ideal depende 
em parte desta perfusão bifásica. Tem de haver uma pressão 
diastólica adequada na raiz da aorta para que ambas as artérias 
coronárias possam ser perfundidas.
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Pressão da 
Raiz Aórtica
Fluxo de 
Sangue 
Coronário
Artéria 
Coronária 
Esquerda
Artéria 
Coronária 
Direita
Sístole Diástole
PERFUSÃO DA ARTÉRIA CORONÁRIA
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Definição do Débito Cardíaco
Débito Cardíaco (litros/minuto, l/min): quantidade de sangue 
ejetado do ventrículo por minuto.
 Débito Cardíaco = Ritmo Cardíaco x Volume Sistólico
 Ritmo Cardíaco = Batimentos/min
 Volume sistólico = ml/batimento; quantidade de sangue ejetado 
para fora do ventrículo em um batimento
 DC = FC x VS
 Débito Cardíaco Normal: 4 – 8 l/min 
 Índice Cardíaco Normal: 2,5 – 4 l/min/m2
 IC = DC/ASC 
 ASC = Área da Superfície do Corpo 
 Intervalo do Ritmo Cardíaco Normal: 60 – 100 bpm
 Volume Sistólico Normal: 60 – 100 ml/batimento
Volume sistólico: Diferença entre o volume endo-diastólico (VED) 
[a quantidade de sangue no ventrículo no fim da diástole] e o 
volume sistólico final (VSF) [o volumede sangue no ventrículo no 
fim da sístole]. O VS Normal é de 60 a 100 ml/batimento.
VS = VED – VSF VS também calculado por: VS = DC / FC x 1000
Nota: 1000 utilizados para converter l/min em ml/batimento
Quando o volume sistólico é expresso como uma percentagem 
de volume no fim da diástole, o volume sistólico é referido como 
a fração de ejeção(FE). Fração de ejeção normal para o VE é de 
60 – 75%. A FE normal para o VD é 40 – 60%.
FE = (VS / VED) x 100
Débito cardíaco
Frequência Cardíaca
Pré-carga Pós-carga Contratilidade
Volume sistólico
DETERMINANTES DO DÉBITO CARDÍACO
14
Pré-carga – Definição e Medidas
Pré-carga refere-se à quantidade de estiramento da fibra 
miocárdica no final da diástole. Pré-carga refere-se também ao 
volume no ventrículo no final desta fase. Tem sido clinicamente 
aceitável medir a pressão necessária para encher os ventrículos 
como uma avaliação indireta da pré-carga ventricular. A pressão 
de enchimento atrial esquerdo (PEAE) ou pressão de oclusão da 
artéria pulmonar (POAP) e pressões esquerdas atriais (PAE) têm 
sido utilizadas para avaliar a pré-carga esquerda ventricular. A 
pressão direita atrial (PAD) tem sido utilizada para avaliar a pré-
carga direita ventricular. Os parâmetros volumétricos (VDFVD) 
são a medida de pré-carga preferida, pois 
eliminam a influência da complacência ventricular na pressão.
Pré-carga
PAD/PVC: 2 – 6 mmHg
PDAPP: 8 – 15 mmHg
POAP/PAE: 6 – 12 mmHg
VDFVD: 100 – 160 ml
Lei de Frank–Starling
Frank e Starling (1895, 1918) identificaram a relação entre o 
comprimento da fibra miocárdica e a força da contração. Quanto 
maior for o volume diastólico ou o estiramento de fibra no final da 
diástole, mais forte será a contração seguinte durante a sístole a 
um limite fisiológico.
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Volume 
sistólico
Volume Endo-diastólico
Comprimento da Fibra Estendida, Pré-carga
Pressão
Volume
Pressão
Pressão
Volume
Volume
CURVA DE FRANK–STARLING
Comprimento da Fibra do Volume 
Endo-diastólico, Pré-Carga
Volume 
sistólico
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Curvas de Complacência Ventricular
A relação entre o volume endo-diastólico e a pressão endo-
diastólica é dependente da complacência da parede do músculo. 
A relação entre os dois é curvilinear. Com complacência normal, 
aumentos relativamente grandes em volume criam aumentos 
relativamente pequenos em pressão. Isto ocorrerá em um 
ventrículo que não esteja totalmente dilatado. Quando o 
ventrículo se torna mais completamente dilatado, os menores 
aumentos em volume produzem maiores aumentos em pressão. 
Em um ventrículo não complacente, é gerada uma maior pressão 
com muito pequeno aumento em volume. O aumento da 
complacência do ventrículo permite grandes modificações em 
volume com pequeno aumento na pressão.
Complacência Normal
A relação pressão/volume é 
curvilinear:
a: Grande aumento em volume = 
pequeno aumento em pressão 
b: Pequeno aumento em volume = 
grande aumento em pressão 
Complacência diminuída 
Ventrículo mais rígido, menos elástico
Isquemia
Pós-carga aumentada
Hipertensão
Inotrópicos
Cardiomiopatias Restritivas
Pressão intratorácica aumentada
Pressão pericardial aumentada
Pressão abdominal aumentada
Complacência aumentada 
Ventrículo menos rígido, mais elástico
Cardiomiopatias Dilatadas
Pós-carga diminuída
Vasodilatadores
a
b
Volume 
sistólico
Volume Endo-diastólico
Comprimento da Fibra Estendida, Pré-carga
Pressão
Volume
Pressão
Pressão
Volume
Volume
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Volume 
sistólico
Volume Endo-diastólico
Comprimento da Fibra Estendida, Pré-carga
Pressão
Volume
Pressão
Pressão
Volume
Volume
a
b
Volume 
sistólico
Volume Endo-diastólico
Comprimento da Fibra Estendida, Pré-carga
Pressão
Volume
Pressão
Pressão
Volume
Volume
EFEITOS DA COMPLACÊNCIA VENTRICULAR
Volume
Pressão
Volume
Pressão
Volume
Pressão
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Volume 
sistólico
Pós-carga
FUNÇÃO VENTRICULAR
Definição e Medidas de Pós-carga
Pós-carga refere-se a tensão criada pelas fibras do músculo 
miocárdico durante a ejeção sistólica ventricular. Mais 
vulgarmente, a pós-carga é descrita como a resistência, 
impedância ou pressão que o ventrículo deve ultrapassar para 
ejetar o volume de sangue. A pós-carga é determinada por um 
número de fatores, incluindo: volume e massa de sangue ejetado, 
o tamanho e a espessura da parede do ventrículo e a impedância 
da vasculatura. Na condição clínica, a medida mais sensível de 
pós-carga é a resistência vascular sistêmica (RVS) para o ventrículo 
esquerdo e resistência vascular pulmonar (RVP) para o ventrículo 
direito. A fórmula para calcular a pós-carga inclui a diferença do 
gradiente entre o início ou fluxo de entrada do circuito e o fim ou 
fluxo de saída do circuito.
Pós-carga
Resistência Vascular Pulmonar(RVP): <250 dines/s/cm–5
RVP = PAPM–POAP x 80
 DC
Resistência Vascular Sistêmica (RVS): 800-1200 dines/s/cm–5
RVS = PAM–PAD x 80
 DC
A pós-carga tem uma relação inversa com a função ventricular. 
À medida que aumenta a resistência à ejeção, a força da 
contração diminui, resultando em um volume sistólico diminuído. 
À medida que aumenta a resistência à ejeção, ocorre também um 
aumento no consumo de oxigênio miocárdico.
Pós-carga
Volume 
sistólico
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Contratilidade – Definição e Medidas
Inotropismo ou contratilidade refere-se à propriedade 
inerente das fibras do músculo miocárdico para encolher 
independentemente de pré-carga e/ou pós-carga.
As modificações da contratibilidade podem ser traçadas 
em uma curva. É importante notar que as modificações na 
contratilidade resultam em mudanças das curvas, mas não 
na forma básica subjacente.
As medidas de contratilidade não podem ser obtidas 
diretamente. Os parâmetros de avaliação clínica são sucessivos e 
todos incluem determinantes de pré-carga e pós-carga.
Contratilidade
Volume sistólico 60 – 100 ml/batimento 
VS = (DC x 1000)/FC 
IVS = VS/ASC 33 – 47 ml/batimento/m2
Índice de Trabalho Sistólico 
 Ventricular Esquerdo 50 – 62 g/m2/batimento 
ITSVE = IVS (PAM – POAP) x 0,0136
Índice de Trabalho Sistólico 
 Ventricular Direito 5 – 10 g/m2/batimento 
ITSVD = IVS (AP média - PVC) x 0,0136
A: Contratilidade Normal
B: Contratilidade Aumentada
C: Contratilidade Diminuída
A: Contratilidade Normal
B: Contratilidade Aumentada
C: Contratilidade Diminuída
Pós-carga
Volume 
sistólico
Pré-carga
Volume 
sistólico
B
BA
A
C
C
CURVAS DA FUNÇÃO VENTRICULAR
Pré-carga
Volume 
do Batimento
A: Contratilidade Normal
B: Contratilidade Aumentada
C: Contratilidade Diminuída
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A: Complacência Normal
B: Complacência Diminuída
C: Complacência Aumentada
B A
C
Pressão
Volume
Curvas de Complacência
A: Contractilidade Normal
B: Contractilidade Aumentada
C: Contractilidade Diminuída
A: Contractilidade Normal
B: Contractilidade Aumentada
C: Contractilidade Diminuída
Pós-carga
Volume 
sistólico
Pré-carga
Volume 
sistólico
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A: Contractilidade Normal
B: Contractilidade Aumentada
C: Contractilidade Diminuída
A: Contractilidade Normal
B: Contractilidade Aumentada
C: Contractilidade Diminuída
Pós-carga
Volume 
sistólico
Pré-carga
Volume 
sistólico
B
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C
Sequência de Curvas da Função Ventricular
A Função Ventricular pode ser representada por uma sequência 
de curvas. As características de desempenho do coração podem 
mover-se de uma curva para outra, de acordo com o estado de 
pré-carga, pós-carga, contratilidade ou complacência ventricular.
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CURVAS DA FUNÇÃO VENTRICULAR
Pré-carga
Volume 
do Batimento
A: Contratilidade Normal
B: Contratilidade Aumentada
C: Contratilidade Diminuída
Volume
Pressão
A: Complacência Normal
B: Complacência Diminuída
C: Complacência Aumentada
Pós-carga
Volume 
do Batimento
A: Contratilidade Normal
B: Contratilidade AumentadaC: Contratilidade Diminuída
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Testes de Função Pulmonar
Definições: 
Capacidade Pulmonar Total (CPT): quantidade máxima 
de ar no pulmão durante a inspiração máxima. (~5,8l)
Capacidade Vital (CV): quantidade máxima de ar que 
pode ser expirada após uma inspiração máxima. (~4,6l)
Capacidade Inspiratória (CI): quantidade máxima de ar 
que pode ser inalada do nível de repouso após uma 
expiração normal. (~3,5l)
Volume de Reserva Inspiratória (VRI): quantidade 
máxima de ar que pode ser inalada após uma inspiração 
normal durante a respiração calma. (~3,0l)
Volume de Reserva Expiratório (VRE): quantidade máxima 
de ar que pode ser exalada do nível de repouso após uma 
expiração normal. (~1,1l)
Capacidade Residual Funcional (CRF): quantidade máxima 
de ar nos pulmões no final de uma expiração normal. (~2,3l)
Volume Residual (VR): volume de gás nos pulmões após 
uma expiração máxima. (~1,2l)
Todos os volumes e capacidades pulmonares são cerca de 
20–25% menores nas mulheres que nos homens.
CPT
6,0 l
CV 
4,5 l
CI
3,0 l
VRI
2,5 l
VC
0,5 l
VRE
1,5 l
CRF
3,0 l
VR
1,5 l
VR
1,5 l
CPT
VRI
VRE
VR
CRF
CI
Volume Corrente em Repouso
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sp
ira
çã
o
In
sp
ira
çã
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CV
ESPIROGRAMA NORMAL
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Equilíbrio Ácido-Base
Análise de Gases no Sangue Arterial
As anormalidades ácido-base simples podem ser divididas em 
transtornos metabólicos e respiratórios. Os valores obtidos a partir 
da análise de gases no sangue podem ajudar a determinar o 
transtorno existente. 
Definições 
Ácido: Uma substância que pode doar íons de hidrogênio
Base: Uma substância que pode aceitar íons de hidrogênio
pH: O algoritmo negativo de H+ concentração de íons
Acidemia: Uma condição ácida do sangue com um pH < 7,35
Alcalemia: Uma condição alcalina (básica) do sangue com 
um pH > 7,45
PCO2: Componente Respiratório
PaCO2: Ventilação normal 35 – 45 mmHg 
 Hipoventilação > 45 mmHg 
 Hiperventilação < 35 mmHg
HCO3: Componente Metabólico
 equilibrado 22 – 26 mEq/l 
 Equilíbrio de Base -2 a +2 
 Alcalose Metabólica > 26 mEq/l 
 Excesso de Base > 2 mEq/l 
 Acidose Metabólica < 22 mEq/l 
 Défice de Base < 2 mEq/l
Valores Normais de Gases no Sangue
Componente Arterial Venoso 
pH 7,40 (7,35 – 7,45) 7,36 (7,31 – 7,41)
PO2 (mmHg) 80 – 100 35 – 45 
SO2 (%) 95 ou > 60 – 80
PCO2 (mmHg) 35 – 45 42 – 55
HCO3 (mEq/l) 22 – 26 24 – 28
Excesso de base/Deficit -2 – +2 -2 – +2
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Curva Anormal de 
Dissociação da Oxihemoglobina
SO2
PO2
Curva de Dissociação de Oxihemoglobina
A curva de dissociação de oxihemoglobina (CDO) ilustra 
graficamente a relação que existe entre a pressão parcial (PO2) 
de oxigênio e a saturação de oxigênio (SO2). A curva sigmóide 
pode ser dividida em dois segmentos. O segmento associativo ou 
porção superior da curva representa a absorção de oxigênio nos 
pulmões ou no lado arterial. O segmento dissociativo é a porção 
inferior da curva e representa o lado venoso, onde o oxigênio é 
liberado da hemoglobina.
Deslocamento para a 
esquerda:
Afinidade aumentada
SO mais elevado2 para PO2
↑ pH, Alcalose 
Hipotermia 
↓ 2-3 DPG
Deslocamento para a 
direita:
Afinidade diminuída
SO mais baixo 2 para PO2
↓ pH, Acidose 
Hipertermia 
↑ 2-3 DPG
CURVA DE DISSOCIAÇÃO DE OXIHEMOGLOBINA NORMAL
A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio é independente 
da relação PO2 – SO2. Em condições normais, o ponto em que a 
hemoglobina está saturada a 50% com oxigênio chama-se P50 
em um PO2 de 27 mmHg. Alterações na afinidade hemoglobina-
oxigênio irão produzir alterações na CDO.
FATORES QUE DESLOCAM A CURVA DE 
DISSOCIAÇÃO DE OXIHEMOGLOBINA
O significado clínico de deslocar a CDO é que os parâmetros de 
avaliação SO2 e PO2 podem não refletir de modo preciso o estado 
clínico do paciente. Um deslocamento da CDO para a esquerda 
pode conduzir à hipoxia dos tecidos apesar dos valores elevados 
ou normais de saturação.
Curva de Dissociação 
de Oxihemoglobina Normal
Associação
Dissociação
SO2
PO2
50
27
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A–a CÁLCULO DE GRADIENTE
Equações da Troca de Gás Pulmonar
A avaliação da função pulmonar é um passo importante na 
determinação do estado cardio-respiratório do paciente grave. 
Algumas equações podem ser utilizadas para avaliar a troca 
de gás pulmonar, para avaliar a difusão do oxigênio através da 
unidade capilar pulmonar e para determinar a quantidade de 
derivação (shunt) intrapulmonar. Qualquer alteração em um destes 
terá um impacto no fornecimento de oxigênio.
Equação do Gás Alveolar: PAO2 é considerado a PO alveolar 
ideal2 e é calculada sabendo a composição do ar inspirado. 
PAO2 = [(PB – PH2O) x FiO2] – PaCO2 / 0,8
Gradiente oxigênio alveolar–arterial 
(A–a Gradiente ou P(A–a)O2)
P(A-a)O2: Avalia a quantidade de difusão de oxigênio através da 
unidade capilar alveolar. Compara a equação de gás alveolar com 
a pressão parcial arterial de oxigênio. 
[(PB – PH2O) x FiO2] – PaCO2 x [FiO2 + (1– FiO2) / 0,8] – (PaO2) 
 Normal: < 15 mmHg no ar ambiente 
 Normal : 60 – 70 mmHg em FiO2 1,0
PB: Pressão atmosférica ao nível do mar: 760 
PH2O: Pressão de água: 47 mmHg 
FiO2: Fração de oxigênio inspirado 
PaCO2: Pressão parcial de CO2 
0,8: Quociente Respiratório (VCO2/VO2)
 (Pressão Barométrica – Pressão de Vapor de Água) x FiO do Paciente2 – PaCO2 – PaO do Paciente2 
 (760 – 47) x 0,21 – 40 – 90 
 713 x 0.21 – 50 – 90
 99,73 – 90 = 9,73
 A–a Gradiente 10
Presume respiração a nível do mar, em ar ambiente, com uma PaCO2 de 40 mmHg e PaO2 de 90 mmHg.
0,8
0,8
~=
23
Derivação Intrapulmonar
Qtd.
Qs/Qt=
CcO2 — CaO2
CcO2 = 21% vol
15% vol
CaO2 = 20% vol
CcO2 — CvO2
CvO2 =
Qtd.
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Derivação (shunt) Intrapulmonar
A derivação intrapulmonar (Qs/Qt) é definida como a 
quantidade de sangue venoso que contorna uma unidade 
capilar alveolar e não participa na troca de oxigênio. Normalmente 
uma pequena percentagem do fluxo sanguíneo drena diretamente 
para as veias tebesianas ou pleurais, que saem diretamente para o 
lado esquerdo do coração. Isto é considerado como uma derivação 
anatômica ou verdadeira e é cerca de 1 – 2% em indivíduos normais 
e até 5% em pacientes doentes. 
A derivação fisiológica ou derivação capilar ocorre quando há 
unidades alveolares colapsadas ou quaisquer outras condições 
em que o sangue venoso não seja oxigenado.
Existe alguma controvérsia quanto à medição de Qs/Qt. Diz-se 
que uma derivação verdadeira é medida de modo preciso apenas 
quando o paciente está com uma FiO2 de 1,0. A mistura venosa 
que produz uma derivação fisiológica pode ser determinada 
quando o paciente está com uma FiO2 de < 1,0. Ambas as 
determinações exigem valores de saturação da artéria pulmonar 
para completar o cálculo.
Qs/Qt = CcO2 – CaO2 
CcO2 – CvO2
CcO2 = Teor de oxigênio capilar 
(1,38 x Hb x 1) + (PAO2 x 0,0031)
CaO2 = Teor de oxigênio arterial 
(1,38 x Hb x SaO2) + (PaO2 x 0,0031)
CvO2 = Teor de oxigênio venoso 
 (1,38 x Hb x SvO2) + (PvO2 x 0,0031)
QS / QT
24
O Índice de Perfusão de Ventilação (IPV) foi descrito como uma 
estimativa da oximetria dupla da derivação intrapulmonar (Qs/Qt). 
As suposições envolvidas na equação são: 
1. O oxigênio dissolvido é descontado 
2. Saturação do sangue pulmonar endo-capilar 100% 
3. As modificações de Hb não são abruptas
As limitações de IPV compreendem: 
1. IPV pode apenas ser calculado se SaO2 < 100% 
2. A fraca concordância com Qs/Qt se PaO2 > 99 mmHg 
3. Boa correlação quando Qs/Qt > 15%
Derivações da Equação
Qs/Qt = 100 x [( 1,38 x Hb ) + ( 0,0031 x PAO2 ) – CaO2 )] 
[(1,38 x Hb) + (0,0031 x PAO2) – CvO2)]
IPV = 100 x [1,38 x Hb x (1 – SaO2 / 100) + (0,0031 x PAO2)] 
[1,38 x Hb x (1 - SvO2 / 100) + (0,0031 x PAO2)]
Oximetria Dupla, Simplifica a Equação da Derivação
IPV = SAO2 – SaO2 = 1 – SaO2 ou 1 – SpO2 
SAO2 –SvO2 = 1 – SvO2 ou 1 – SvO2
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Monitoramento Básico
avanço nos tRatamentos intensivos
PoR meio de eduCação Baseada em CiênCia
desde 1972
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Componentes de um Sistema de Medição 
de Pressão Fisiológica
•	 Cateter	invasivo
•	 Kit	Edwards	TruWave
•	 Soro	Fisiológico	de	Lavagem	Normal	(500	ou	1000ml) 
(Heparina de acordo com a política institucional)
•	 Bolsa	de	infusão	de	pressão	(com	tamanho	apropriado	 
a bolsa de solução de lavagem)
•	 Cabo	de	pressão	reutilizável	específico	para	o	transdutor	
TruWave	e	monitor	fisiológico	de	cabeceira
•	 Monitor	fisiológico	de	cabeceira
Monitoramento da Pressão Fisiológica
O monitoramento da pressão é uma ferramenta básica no 
equipamento de monitoramento clínico do paciente grave. Os 
transdutores de pressão descartáveis (TPD) convertem um sinal 
fisiológico mecânico (ex. pressão arterial central venosa, pressão 
arterial pulmonar, pressão intracraniana) em um sinal elétrico 
que é ampliado e filtrado e exibido em um monitor fisiológico 
de cabeceira tanto em forma de onda quanto em um valor 
numérico em mmHg. 
Tubo de pressão não complacente
Torneiras
Caixa do Transdutor
Dispositivo de lavagem 3 ml/hr
Conexão do cabo
Jogo de Administração de Líquido
Dispositivo da lingueta de pressão
Porta de Abertura 
do Transdutor
Para o 
Conjunto 
IV
Para o Paciente Porta de Teste Para Monitor
COMPONENTES DE TRANSDUTOR DE PRESSÃO DESCARTÁVEL TRUWAVE
27
A observação das melhores práticas na configuração, 
calibração e manutenção de um sistema transdutor de pressão 
fisiológica é crucial para se obter leituras de pressão mais precisas 
a partir das quais os diagnósticos e as intervenções são feitos. 
Melhor Prática de Configuração de um Sistema de Medição 
de Pressão Fisiológica para Monitoramento Intravascular
1. Lave as mãos
2. Abra o pacote do transdutor de pressão descartável 
TruWave	e	verifique	o	seu	conteúdo.	Substitua	todas	as	
tampas por tampas não ventiladas e certifique-se de que 
todas as conexões estão bem apertadas
3.	 Remova	o	transdutor	TruWave	da	sua	embalagem	e	 
insira-o em uma placa de apoio de montagem que esteja 
presa a um suporte IV
4. Para esvaziar e preparar a bolsa 
de lavagem IV e o transdutor 
TruWave:	Inverta	a	bolsa	
de soro fisiológico normal 
(anticoagulação de acordo com 
a política da instituição). Insira 
o equipo de administração de 
líquido na bolsa IV, mantendo 
a câmara de perfusão direita. 
Mantendo a bolsa IV invertida, 
esvazie suavemente o ar da bolsa 
com uma mão, puxando simultaneamente o 
guia de encaixe com a outra mão até já não existir ar 
dentro da bolsa IV e a câmara de perfusão estar no nível 
desejado (½ ou cheia)
5. Insira a bolsa de lavagem na bolsa de perfusão de pressão 
(NÃO INSUFLAR) e pendure-o no suporte IV a pelo 
menos 60 cm
6. Apenas com a força da gravidade (sem pressão na Bolsa de 
Pressão),	lave	o	transdutor	TruWave	mantendo	o	tubo	do	
transdutor na posição vertical à medida que a coluna de 
líquido sobe no tubo, empurrando o ar para fora do tubo 
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de pressão até que o líquido chegue ao fim do tubo 
(lavar sob pressão cria turbulência e aumenta o número 
de ocorrências de bolhas)
7. Pressurize a bolsa de pressão até 
este atingir 300 mmHg
8. Lave rapidamente o tubo do 
transdutor enquanto bate 
suavemente com os dedos 
no tubo e nas torneiras para 
remover quaisquer bolhas 
residuais
9. Conecte o cabo de pressão não descartável, que seja 
compatível com o monitor de cabeceira, ao transdutor de 
pressão descartável e no monitor de cabeceira
10. Conecte o tubo ao cateter 
arterial e, depois, aspire e 
lave o sistema para garantir 
que o cateter está intravascular 
e todas as bolhas residuais 
foram removidas.
11. Nivele as torneiras mesmo acima 
do	transdutor	TruWave	com	o	
eixo flebostático
12. Abra a torneira ao ar atmosférico. Pressão a zero, de acordo 
com as instruções de utilização do monitor de cabeceira
13. Inspecione o traçado de pressão na tela de monitoramento 
de cabeceira para confirmar a escala de pressão adequada, a 
classificação de pressão, as configurações de alarme, o código 
de cores e se a forma de onda fisiológica estão presentes.
 
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Melhores Práticas para Nivelar e Zerar um Sistema de 
Transdutor para Pressão Fisiológica
1. Nivele a torneira mais próxima do transdutor (porta de 
abertura) à fonte da pressão fisiológica. O monitoramento 
intravascular deve ser nivelado com o coração ou o eixo 
flebostático (quarto espaço intercostal no ponto médio 
antero-posterior do tórax). Isto anula os efeitos da pressão 
hidrostática no transdutor de pressão 
2. O nivelamento deve ser feito com um nível de bolha ou um 
nivelador a laser (nivelador a laser PhysioTrac). O nivelamento 
por estimativa visual não é recomendado, pois está provado 
que não é confiável com uma variabilidade significativa entre 
utilizadores
3. A referência a zero elimina os efeitos da pressão atmosférica 
e hidrostática
4. Abra a torneira de referência ao ar, removendo a tampa 
sem abertura, mantendo intacta a esterilidade 
5. Depois de remover a tampa sem abertura, desligue a 
torneira do paciente
6. Inicie a função “Zero” no monitor de cabeceira e confirme 
a forma de onda da pressão e se o valor numérico exibe 
0 mmHg
7. Assim que o “zero” for observado, gire a torneira novamente 
para a porta de abertura e substitua a tampa sem abertura
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Melhores Práticas para Manutenção de um 
Sistema de Transdutor para Pressão Fisiológica
•	 Mantenha o transdutor nivelado: 
Volte a nivelar o transdutor sempre que a altura ou 
posição do paciente se alterar em relação ao transdutor
•	 Volte a zerar o transdutor: 
Uma zeragem periódica do transdutor de pressão 
fisiológica de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas
•	 Verifique a bolsa infusora de pressão: 
Mantenha uma pressão de 300 mmHg para garantir 
um fluxo constante da solução de lavagem e a 
fidelidade do sistema
•	 Verifique o volume da bolsa de lavagem: 
Mude < ¼ cheio para garantir um fluxo constante da 
solução de lavagem e a fidelidade do sistema
•	 Verifique a integridade do sistema: 
Certifique-se de que o sistema está livre de bolhas, que 
se podem desenvolver com o tempo, que as torneiras 
estão alinhadas corretamente, que as conexões estão 
bem apertadas e que o equipo não está emaranhado
•	 Verifique a resposta de frequência: 
Faça o teste de onda quadrada de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas 
para avaliar quanto ao sobre- ou sub-amortecimento do sistema 
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Impacto de um Nivelamento Incorreto nas 
Leituras de Pressão
As leituras de pressão intravascular podem conter 
um erro, se o alinhamento com o eixo flebostático não 
for mantido. O montante de erro introduzido depende 
do grau do desvio. 
Por cada polegada (2,5 cm) que o coração se desvie do 
ponto de referência do transdutor, será introduzido um 
erro de 2 mmHg. 
Coração 10” (25 cm) ABAIXO do transdutor = Pressão erroneamente BAIXA 20 mmHg
Coração alinhado com o transdutor = erro de 0 mmHg
Coração 10” (25cm) ACIMA do transdutor = Pressão erroneamente ALTA 20 mmHg
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Fidelidade da Forma de Onda e Resposta de 
Frequência Ideal
Todos os transdutores de pressão fisiológica são amortecidos. 
O amortecimento ideal resulta em uma forma de onda e em um 
valor exibido que está fisiologicamente correto.
Um sistema de pressão fisiológica sobre-amortecido resulta em 
uma pressão sistólica subestimada e em uma pressão diastólica 
sobrestimada. 
Um sistema de pressão fisiológica sub-amortecido resulta em 
uma sobrestimação da pressão sistólica e uma subestimação da 
pressão diastólica.
Um teste de onda quadradapode ser utilizado como um 
método simples de avaliar a resposta de frequência à cabeceira. 
Nota: Consulte a página 36 para informação adicional e exemplos de testes de 
onda quadrada.
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Sistemas de Monitoramento de Pressão
Este esquema identifica os componentes de um sistema 
de monitoramento de pressão padrão. O cateter e o cateter 
arterial Edwards Swan-Ganz podem ser ligados a uma linha de 
monitoramento de pressão. O tubo deve ser não-complacente 
para transmitir, de modo preciso, as ondas de pressão do 
paciente ao transdutor. O transdutor de pressão descartável é 
mantido patente por uma solução pressurizada (300 mmHg). 
Um dispositivo de lavagem integral com um restritor limita as 
taxas de fluxo a cerca de 3 ml/hora para adultos. Normalmente, 
é utilizado um soro fisiológico heparinizado como solução de 
lavagem com um intervalo de heparina de índice 0,25u/1ml a 
2u/1ml. Tem sido utilizada uma solução não-heparinizada em 
pacientes com sensibilidade à heparina.
SISTEMA DE PRESSÃO
TO
P
1. Transdutores TruWave
2. Bolsa de lavagem com soro fisiológico 
 normal em saco de pressão
3. Linha Arterial Radial
4. Cateteres Swan-Ganz AD e portas AD
5. Cabo de pressão TruWave / trifurcado
6. Monitor de cabeceira
7. Linha de administração trifurcada de líquido
2
3
4
5
6
7
1
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Determinação da Resposta Dinâmica
Um monitoramento ideal da pressão exige um sistema de 
pressão que reproduza, de modo preciso, os sinais fisiológicos a 
ele aplicados. As características de resposta dinâmica do sistema 
incluem a frequência natural e o coeficiente de amortecimento. 
Ative o dispositivo de lavagem para executar um teste de onda 
quadrada para medir a frequência natural e calcular o índice de 
amplitude. 
Faça um Teste de Onda Quadrada
Ative o dispositivo de lavagem puxando a a lingueta de 
encaixe ou de puxar. Observe o monitor de cabeceira. 
A forma de onda elevar-se-á rapidamente e tornar-se-á 
quadrada no topo. Observe o traçado à medida que 
retorna ao ponto de partida.
Calcule a Resposta Natural (fn) 
Estimada medindo o tempo de uma oscilação total (mm). 
fn = velocidade do papel (mm/s) 
 largura da oscilação/mm
ÍNDICES DE AMPLITUDE
1 mm
A2
A1 24 mm
8 mm
t
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Determine o Índice de Amplitude
Faça a estimativa medindo as amplitudes de duas oscilações 
consecutivas para determinar um índice de amplitude, A2 / A1.
Trace para Determinar o Coeficiente de Amortecimento
Trace a frequência natural (fn) contra o índice de amplitude 
para determinar o coeficiente de amortecimento. O índice de 
amplitude está à direita e o coeficiente de amortecimento está 
à esquerda.
Avaliação Simples da Resposta Dinâmica
Determinar as características de resposta dinâmica do 
sistema de monitoramento de pressão calculando o índice de 
amplitude e o coeficiente de amortecimento pode não ser 
exequível à cabeceira, quando for necessária uma avaliação 
rápida da forma de onda. Uma simples avaliação da resposta 
dinâmica pode ser obtida fazendo um teste de onda quadrada 
e observando as oscilações resultantes. Para poder fazer esta 
avaliação de modo preciso, é necessário um dispositivo de 
lavagem que possa ser ativado e depois liberado rapidamente. 
Um dispositivo de lavagem que não se feche rapidamente após 
a ativação (do tipo de espremer ou apertar) pode não fechar o 
restritor rapidamente e pode produzir resultados errôneos.
1.1
1
.9
.8
.7
.6
.5
.4
.3
.2
.1
.1
.2
.3
.4
.5
.6
.8
.9
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
AMORTECIDO
IDEAL
ADEQUADO
FREQUÊNCIA NATURAL (fn)
IN
AC
EI
TÁ
VE
L
CO
EF
IC
IE
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E 
DE
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TE
CI
M
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TO
 %
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ZÃ
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DE
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PL
IT
UD
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NÃO 
AMORTECIDO
GRÁFICO DE RESPOSTA DINÂMICA
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Teste de Onda Quadrada
1. Ative a lingueta de encaixe ou de puxar no dispositivo 
de lavagem
2. Observe a onda quadrada no monitor de cabeceira
3. Conte as oscilações após a onda quadrada
4. Observe a distância entre as oscilações
Amortecimento Ideal: 
1,5 – 2 oscilações antes de 
retornar ao traçado. Os 
valores obtidos são precisos.
Sub-Amortecido: 
> 2 oscilações. Pressão sistólica 
sobrestimada, as pressões diastólicas 
podem ser subestimadas.
Sobre-amortecido: 
< 1,5 oscilações. Subestimação 
de pressões sistólicas, a diastólica 
pode não ser afetada.
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Técnica de Medição 
Referência Zero Hidrostática
Para obter medições precisas de pressão, o nível da 
interface ar-líquido deve estar alinhado com a câmara 
ou vaso a ser medido. 
O eixo flebostático foi bem definido como uma marca 
adequada para as pressões intracardíacas. Recentemente, 
o eixo flebostático foi definido como a bissecção do 4º 
espaço intercostal, no ponto médio entre a parede anterior 
e posterior do tórax.
As pressões fisiológicas são medidas em relação à pressão 
atmosférica. Portanto, o transdutor deve ser zerado à pressão 
atmosférica para eliminar o seu impacto nas leituras. A pressão 
hidrostática ocorre quando o nível de zeragem da torneira não 
está alinhado com o eixo flebostático. 
O eixo flebostático é utilizado tanto para o monitoramento 
da pressão intracardíaca quanto intra-arterial. Podem obter-se 
valores precisos com o paciente na posição supina e com a 
cabeceira da cama elevada entre 45 a 60 graus, desde que a 
torneira de zeragem esteja alinhada com o eixo flebostático.
 EIXO FLEBOSTÁTICO
4 ICS
X
Ponto Médio
Parede do Tórax A-P
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mmHg
130
Sistólica
Média
Diastólica70
Monitoramento Intra-arterial
Componentes da Pressão Arterial
Pressão sistólica de pico: começa com a abertura da 
válvula aórtica. Isto reflete a pressão sistólica ventricular 
esquerda máxima e pode ser denominada como ramo 
ascendente
Incisura dicrótica: fecho da válvula aórtica, marcando 
o fim da sístole e o início da diástole
Pressão diastólica: refere-se ao nível de retrocesso do 
vaso ou a quantidade de vasoconstrição no sistema arterial. 
Pode ser denominada como ramo descendente
Incisura anacrótica: Pode ser visto um esforço 
pressistólico durante a primeira fase da sístole ventricular 
(contração isovolumétrica). A incisura anacrótica ocorre 
antes da abertura da válvula aórtica
Pressão arterial: a diferença entre a pressão sistólica 
e diastólica
Pressão arterial média: pressão média no sistema arterial 
durante um ciclo cardíaco completo. A sístole exige um terço 
do ciclo cardíaco, a diástole normalmente dois terços. Esta 
relação temporal reflete-se na equação para o cálculo da PAM. 
PAM = PS + (2PD)/3
COMPONENTES DA 
PRESSÃO ARTERIAL
PRESSÃO ARTERIAL 
MÉDIA
Os monitores fisiológicos de cabeceira utilizam diversos algoritmos para incorporar a 
área sob a curva para determinar a pressão média.
200
1. Pico da Pressão Sistólica
2. Incisura Dicrótica
3. Pressão Diastólica
4. Incisura Anacrótica
150
100
50
1
4
2
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Pressão sistólica elevada Hipertensão sistêmica
Arteriosclerose
Insuficiência aórtica
Pressão sistólica diminuída Estenose aórtica
Insuficiência cardíaca
Hipovolemia
Pressão arterial alargada Hipertensão sistêmica 
Insuficiência aórtica 
Pressão arterial estreitada Tamponamento cardíaco
Insuficiência cardíaca congestiva
Choque cardiogênico
Estenose aórtica
Pulsus bisferiens Insuficiência aórtica
Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Pulsus paradoxus Tamponamento cardíaco
Doença obstrutiva crônica das vias aéreas
Embolia pulmonar
Pulsus alternans Insuficiência cardíaca congestiva
Cardiomiopatia
FORMAS DE ONDA DA PRESSÃO ARTERIAL ANORMAL
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Acesso Venoso Central
Tipos de Dispositivos de Acesso Central Venoso
Um cateter central venoso (CVC) é, por definição, um cateter 
cuja pontaestá posicionada na circulação central. Existem muitos 
tipos: tunelizado, não-tunelizado/inserido percutaneamente, 
inserido perifericamente e implantado. O tópico seguinte irá 
focar-se nos cateteres central venosos não-tunelizados/ inseridos 
percutaneamente. Os CVCs vêm em múltiplas configurações para 
facilitar a reanimação volumétrica, a administração simultânea 
de medicações diversas, bem como o monitoramento da pressão 
venosa central. Além disso, os CVCs são fabricados com materiais e 
revestimentos diferentes para reduzir a trombogenicidade, bem como 
as infecções na corrente sanguínea relacionadas com cateteres.
Os cateteres multi-lúmen permitem fazer terapêuticas e 
monitoramentos diversos através de um único local de inserção 
para acesso venoso e são frequentemente vistos no ambiente 
de tratamentos intensivos. São muitas vezes inseridos para 
administração intermitente ou contínua de medicamentos múltiplos 
ou líquidos assim como para medições intermitentes ou contínuas 
da pressão venosa central. Estes cateteres multi-lúmen são utilizados 
para a administração de produtos sanguíneos, cristalóides, colóides, 
medicamentos e terapêuticas nutricionais. Aumentar o número de 
lúmenes com um cateter com o mesmo diâmetro exterior (medida 
French) pode diminuir o tamanho do lúmen individual ou aumentar 
o calibre reportado disponível, diminuindo assim o fluxo potencial 
através do lúmen. 
Utilizam-se introdutores para orientar e colocar os cateteres 
intravasculares, especialmente cateteres de artéria pulmonar 
(CAP), no interior de um vaso sanguíneo designado. Podem ser 
aí conservados para servir como um acesso venoso central, após 
a remoção do CAP. Podem ser utilizados introdutores por si só 
como um cateter venoso central de grande diâmetro para a rápida 
ressuscitação de volume.
Os dispositivos de Acesso Venoso Avançado (AVA) combinam 
a capacidade de um introdutor de bainha para inserir um cateter 
de artéria pulmonar e para infundir líquidos diversos em um único 
dispositivo multifunções.
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Aplicações de Dispositivos de Acesso Central Venoso
•	 Rápida	administração	de	líquidos	–	por	exemplo,	em	 
casos de, ou em risco de, perdas elevadas de sangue
 - Trauma múltiplo 
 - Cirurgia ortopédica complexa 
 - Grande cirurgia vascular 
 - Cirurgia abdominal extensa 
 - Citoredução de tumor 
 - Sepse 
 - Queimaduras
•	 A	administração	de	líquidos	IV	exigindo	diluição	dentro	
da circulação central para evitar danos vasculares (ex. 
quimioterapia, nutrição total parenteral)
•	 Administração	de	drogas	vasoativas	e/ou	incompatíveis
•	 Coleta	frequente	de	sangue	(em	pacientes	sem	linha	arterial)	 
e/ou terapêuticas de administração de sangue
•	 Pacientes	crônicos	em	quem	o	acesso	periférico	IV	é	limitado	
ou indisponível
•	 Monitoramento	de	Pressão	Venosa	Central	(PVC)	para	a	
avaliação do estado de líquidos intravasculares
•	 Medição	de	níveis	de	saturação	de	oxigênio	no	sangue	
retornando ao coração (ScvO2)
•	 Monitoramento	e	acesso	de	pré-	ou	pós-inserção	de	cateter	 
na artéria pulmonar (mesmo local de inserção)
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As Contra-indicações Relativas Podem Incluir Pacientes Com
•	 Sepse	Recorrente
•	 Estado	hipercoagulável	em	que	o	cateter	poderia	servir	 
como foco para a formação de sepse ou formação de 
trombo benigno
•	 Cateteres	revestidos	com	heparina,	nos	casos	em	que	se	 
conheça a sensibilidade do paciente a heparina
Complicações
•	 Perfuração	da	artéria	carótida	ou	canulação	secundária	na	
proximidade da jugular interna
•	 Pneumótorax	(ar	em	pulmão	colapsado	no	espaço	pleural),	
abordagem por jugular interna (JI) tem uma menor incidência 
de pneumotórax que a abordagem sub-clávica ou inferior 
anterior (JI). Os pacientes com pulmões superinsuflados 
(ex. DPOC ou PEEP) podem apresentar um risco elevado 
de pneumotórax, especialmente no caso de uma 
abordagem sub-clávica
•	 Hemotórax	(sangue	em	pulmão	colapsado	em	espaço	 
pleural), perfuração arterial secundária ou laceração
•	 Hemorragia	no	tórax	(hemotórax,	tamponamento)	 
ou no local de inserção
•	 Perfuração	ou	laceração	do	duto	torácico
•	 Embolia	gasosa,	risco	aumentado	em	pacientes	que	 
respiram espontaneamente (pressão negativa) ao 
contrário de ventilação mecânica (pressão positiva)
•	 Complicações	in-situ;	danos	nos	vasos,	hematoma,	 
trombose, disritmia, perfuração cardíaca, migração 
do cateter da VCS para AD ou extravascular
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Mitigação de Complicações
Como reduzir infecções na corrente sanguínea relacionadas 
com o cateter:
•	 Higiene	das	mãos
•	 Clorexidina	anti-séptica	para	a	pele
•	 Capote	cirúrgico	e	luvas	estéreis	com	gorro	e	máscara
•	 Barreira	de	precaução	máxima	à	inserção
•	 Seleção	ideal	do	local	de	inserção	do	cateter,	 
sendo as veias subclávias o local preferido
Como reduzir a perfuração/canulação involuntária 
da carótida, punções múltiplas 
•	 Colocação	de	linha	central	orientada	por	ultrassom
Nota: A ponta de um CVC não deve nunca ser colocada no 
átrio direito devido ao risco de perfuração cardíaca, resultando 
em um tamponamento.
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Especificações do Cateter Central Venoso
Poliuretano (usado normalmente para o corpo 
do cateter):
•	 Força	tênsil	que	permite	uma	parede	de	construção	 
mais fina e um diâmetro externo menor
•	 Elevado	grau	de	biocompatibilidade,	resistência	ao	
emaranhamento e aos trombos
•	 Capacidade	para	amolecer	dentro	do	organismo
Lúmenes e Funcionalidade:
•	 Mais	de	um	lúmen	aumenta	a	funcionalidade	do	 
local único de inserção do CVC
•	 Os	cateteres	multi-lúmen	podem	ser	mais	propensos	 
a infecções por causa do maior trauma no local de 
inserção ou porque as várias portas aumentam a 
frequência da manipulação
•	 Os	cateteres	8,5	French	(Fr)	de	lúmen	quádruplo	ou	triplo	
possuem mais portas funcionais, mas são geralmente de 
um lúmen menor (ex. calibre 8,5 Fr 18/18/18/16 contra 
calibres 8,5 Fr 15/14) 
•	 Os	cateteres	8,5	French	(Fr)	de	lúmen	duplo	possuem	lúmenes	
maiores que, geralmente, são úteis para a ressuscitação de 
volume rápido, mas têm um número 
limitado de portas funcionais (ex. calibre de 8,5 Fr 
18/18/18/15 contra calibres de 8,5 Fr 15/14)
 
8,5 Fr de Lúmen Duplo
Secção Transversal do Cateter
8,5 Fr de Lúmen Quádruplo
Secção Transversal do Cateter
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Características do Fluxo
•	 São	determinadas,	em	primeiro	lugar,	pelo	diâmetro	 
interno e comprimento do cateter, mas também são 
afetadas pela pressão motriz (altura IV ou pressão da 
bolsa infusora) bem como a viscosidade do líquido (ex. 
cristalóides contra sangue)
•	 Os	lúmenes	maiores	são	frequentemente	utilizados	para	
líquidos de elevada viscosidade para aumentar o fluxo 
(ex. NPT - Nutrição Parenteral Total e sangue) 
As taxas de fluxo são normalmente calculadas com soro 
fisiológico normal a uma altura de cabeça de 40”(101,6 cm).
Comprimento
Os cateteres venosos centrais apresentam-se em vários 
comprimentos, sendo o mais comum entre 15 – 20 cm. O 
comprimento necessário depende do tamanho do paciente e 
do local de inserção para atingir o local desejado da ponta do 
cateter, aproximadamente 2 cm proximal do átrio direito. 
Solução para Excesso de Cateter, Clamp duplo
Quando a colocação do cateter for feita com cateter em 
excesso entre o conector (backform) e o local de inserção, 
clamp duplo pode ser usado para ancorar e prender o cateter 
no local de inserção. Isto evita que o cateter saia e entre na 
pele e diminui as probabilidades de infecção.
Figura 1 Figura 2 Figura 3
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CVC DESIGNAÇÃO DA PORTA
Distal (ou calibre maior) Medial Proximal
Administração de sangue NPT ou medicamentos Administração de 
medicamentos
Líquidos de volume elevado Coleta de amostras
Administração de líquido colóide Terapêutica medicamentosaTerapêutica medicamentosa
Monitoramento da PVC
CVC DESIGNAÇÃO DA COR DA PORTA
*Isto são apenas sugestões.
Porta Dupla Tripla Quádrupla
Proximal Branca Branca Branca
Mediana (1) Azul Azul Azul
Medial (2) Cinzenta
Distal Castanha Castanha Castanha
TAXAS DE INFUSÃO CVC
* As taxas de fluxo médias apresentadas são para infusão de soro fisiológico normal, a temperatura 
ambiente e uma altura de cabeça de 101,6 cm.
Cateteres Multi-Med de Poliuretano 7 Fr de Lúmen Duplo e Triplo
TAXA DE FLUXO DE DESEMPENHO MÉDIO 
Cateter 16 cm de 
Comprimento 
(ml/hr)
20 cm de 
Comprimento 
(ml/hr)
Equivalência de 
Calibre Transversal
Lúmen Triplo 
Proximal 
Medial 
Distal
 
1670 
1500 
3510
 
1420 
1300 
3160
 
18 
18 
16
Lúmen Duplo 
Proximal 
Distal
 
3620 
3608
 
3200 
3292
 
16 
16
Designações de Lúmen e Taxas de Infusão
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Redução de Infecção
Revestimentos
Os revestimentos de cateter podem incluir a aglutinação 
da superfície do cateter com agentes antimicrobianose/ou 
anti-sépticos para diminuir as infecções relacionadas com 
o cateter e as complicações trombólicas. O processo de 
aglutinação por heparina é um exemplo; outros agentes 
reportados na literatura incluem antibiópticos, como a 
minociclina e rifampina, ou agentes anti-sépticos, como a 
clorexidina e a sulfadiazina de prata. 
“Oligon” Material Antimicrobiano para Cateter
Os materiais, em especial metais, que são antimicrobianos 
em doses mínimas são chamados oligodinâmicos. Um dos 
mais poderosos é a prata, sendo a sua forma antimicrobiana 
os íons de prata. A ação bactericida dos íons de prata é eficaz 
contra uma vasta gama de bactérias, incluindo os tipos comuns 
que causam infecções e os tipos mais violentos, resistentes 
aos antibiópticos. A prata tem sido utilizada clinicamente há 
décadas e foi utilizada em medicamentos sistêmicos antes do 
aparecimento dos antibiópticos. Atualmente, a prata é utilizada 
normalmente em pomadas antibacterianas (sulfadiazina de 
prata), para evitar a infecção e a cegueira em recém-nascidos 
(nitrato de prata) e em dispositivos médicos e cateteres.
Os cateteres revestidos com antibiópticos e antissépticos 
demonstraram taxas reduzidas de colonização do cateter e 
infecção da corrente sanguínea associada em alguns testes 
clínicos, mas é importante recordar que a trombocitopenia 
induzida pela heparina e/ou alergia ao antibióptico utilizado 
em um cateter pode resultar em morbidade do paciente. 
Cateter e Funções Acessórias
•	 Ponta	macia	para	evitar	ferimento	ou	perfuração
•	 	Radiopaco	para	visualização	radiográfica	para	 
determinar a colocação do cateter
•	 	Marcas	de	profundidade	em	todos	os	cateteres	 
e fios-guia
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Introdutores como uma Linha Central
Por vezes, um introdutor é utilizado no acesso venoso 
central quando é necessária a ressuscitação de rápido volume 
ou mantém-se no lugar após a remoção de um cateter de 
artéria pulmonar. Os componentes do sistema introdutor 
incluem normalmente:
•	 Bainha	flexível	em	poliuretano
•	 Fio-guia	e	dilatador
•	 Porta	lateral
•	 Válvula	de	Hemostase
Após a inserção, o fio-guia e dilatador são removidos, deixando 
a bainha no seu lugar. Os líquidos podem ser administrados 
através da porta lateral, enquanto a válvula hemostática evita o 
retorno de sangue e/ou a embolização aérea.
Um cateter de infusão de lúmen único pode ser utilizado com 
o introdutor, colocado através da válvula hemostática (depois 
de limpar a válvula com um antisséptico), para se converter em 
um acesso de lúmen duplo. Deve ser utilizado um obturador 
para fechar o lúmen em segurança, assim como para prevenir a 
entrada de ar quando o cateter não estiver no lugar.
VÁLVULA AUTOMÁTICA DE HEMOSTASE
INTRODUTOR DE VÁLVULA TUOHY-BORST (INSERIDO)
Válvula de Hemostase
Bainha Porta Lateral
Dilatador
Dilatador
Tecido
Porta Lateral
Bainha
Válvula de Hemostase
Eixo do Dilatador
Fio-guia
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Cateter de Infusão
O cateter de infusão é um conjunto de duas peças, 
consistindo em um cateter de infusão e um estilete. Com o 
estilete removido, o cateter de infusão permite o acesso à 
circulação venosa central através de um introdutor de bainha 
percutâneo. O cateter de infusão é indicado para utilização em 
pacientes que requeiram a administração de soluções, análises 
sanguíneas e monitoramento da pressão venosa central. Com 
o estilete colocado, o produto serve como um obturador, 
garantindo a patência da válvula e da bainha do introdutor.
Cateter de Infusão
Montagem do Introdutor
Tampa do Adaptador
Estilete
Figura 1
CATETER DE INFUSÃO
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Locais de Inserção
Normalmente, os cateteres venosos centrais são inseridos 
através das veias subclávia ou jugular interna (JI). A veia subclávia 
começa na borda lateral da primeira costela e arqueia-se através 
do espaço entre a primeira costela e a clavícula. Junta-se à jugular 
interna para formar a veia inominada (ou veia braquiocefálica), 
que depois corre na veia cava superior para o coração. A veia 
subclávia pode ser abordada quer infraclavicularmente (por baixo 
da clavícula) quer supraclavicularmente (por cima da clavícula). 
Locais alternativos incluem a jugular externa e as veias femorais.
Note as “janelas” naturais para a venipunctura supraclavicular: 
1) o triângulo supraclavicular formado pela clavícula, o trapézio 
e os músculos esternocleidomastóideos; 2) o triângulo clavicular 
esternocleidomastóideo formado pelas duas bolsas do músculo 
esternocleidomastóideo e a clavícula.
RELAÇÃO ENTRE AS MARCAS CLAVICULARES 
E ANATOMIA VASCULAR
Músculo 
Esternocleidomastóideo
Veia 
Jugular 
Externa
Músculo 
Trapézio
Músculo 
Peitoral 
Maior
Veia 
Jugular 
Interna
Artéria 
Carótida 
Comum Músculo 
Escaleno 
Anterior
Artéria 
Subclávia
Veia 
Subclávia
Veia Cava 
Superior
Clavícula
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Note a grande proximidade da estrutura arterial e venosa. As 
venipuncturas na região lateral da clavícula são mais propensas 
à punção arterial, ferimento do plexo braquial e pneumotórax. 
Note o duto torácico proeminente e o ápex mais elevado do 
pulmão à esquerda e a entrada perpendicular na JI esquerda 
para a veia subclávia esquerda.
ILUSTRAÇÃO ANATÔMICA DA RACIONAL DA PREFERÊNCIA DO LADO 
ESQUERDO PARA AS ABORDAGENS CLAVICULARES
Veia 
Jugular 
Externa
Veia 
Jugular 
Interna
Veia 
Jugular 
Interna Cúpula 
Pleural
Nervo Frênico
Clavícula
Artéria 
Subclávia
Veia 
Subclávia
Artéria Carótida 
Comum
Plexo 
Braquial Duto 
Torácico
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Colocação da Ponta do Cateter
Os cateteres venosos centrais devem ser inseridos de modo que 
a ponta esteja a cerca de 2 cm proximal do átrio direito (para as 
abordagens pelo lado direito) e colocados de modo semelhante 
ou bem dentro da veia inominada (para as abordagens pelo 
lado esquerdo), com a ponta paralela à parede do vaso. Após a 
inserção deve ser feito um controle radiológico, pois é o único 
meio de evidência definitiva da localização da ponta do cateter.
Provavelmente o fator mais importante na prevenção de 
complicações é a localização da ponta do cateter. O pericárdio 
prolonga-se por uma determinada distância cefálica ao longo 
da aorta ascendente e da veia cava superior. Para garantir 
uma localização extrapericárdica, a ponta do cateter não deve 
ultrapassar a veia inominada ou o segmento inicial da veia cava 
superior. (É importante notar que uma porção da veia cava 
superior está dentro do pericárdio.)
Alguns clínicos podem preferir uma colocação na VCS 
profunda (dentro do terço inferior da VCS), mas quase metade 
do comprimento da VCS está coberta pela reflexão pericárdica 
que se inclina para a sua borda lateral. Para evitar o risco de 
arritmias e de tamponamento, a ponta de um CVC deve estar 
acima desta reflexão

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