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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAS



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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
ANDRÉA LÚCIA SERRA 
 
 
 
 
 
 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NOS 
ANOS INICIAS 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
ANDRÉA LÚCIA SERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NOS 
ANOS INICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – 
Projeto Cel: (1340/3319060) 9020. Orientador(a): 
ROSARIA MARIA DE CASTILHO SARAIVA 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
Alfabetização Leitura e Escrita 
 
TEMA: Alfabetização e letramento no processo de aprendizagem 
 
TÍTULO: Alfabetização e letramento no processo de aprendizagem nos anos iniciais 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 As razões da escolha deste tema foi a minha identificação pelo mesmo e a 
necessidade de aprofundamento como futura educadora, por entender que 
alfabetização e letramento serão conhecimentos importantes na minha profissão, 
como docente de Escola da Educação Básica. Busquei a partir de então, compreender 
melhor este processo de ensino com a ajuda de artigos, autores, os quais me 
possibilitaram uma maior compreensão à respeito do assunto, fortalecida também, 
pela trajetória de uma pesquisa de campo num espaço alfabetizador. 
 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
O que é alfabetização? 
Saber ler e escrever possibilita o sujeito do seu próprio conhecimento, 
pois sabendo ler, ele se torna capaz de atuar sobre o acervo de conhecimento 
acumulado pela humanidade através da escrita e, desse modo, produzir, ele 
também, um conhecimento (Barbosa, 2013, p.19) 
Como afirma Barbosa (2013), as práticas pedagógicas são culturais, históricas e 
evoluem em função das necessidades sociais emergentes e do acervo de 
conhecimento disponível, acervo esse que permite a elaboração de uma nova teoria, 
capaz de justificar a nova prática necessária. Assim também aconteceu e acontecerá 
com a alfabetização. Seu entendimento sofreu transformações significativas ao longo 
do tempo, implicando em novas pesquisas, metodologias e redimensionamentos. 
 
Como “entra” a questão do Letramento neste contexto? 
 
Ensinar a ler e escrever não significa fornecer uma técnica, mas um 
modo cultural de se comportar. Sabe ler a pessoa que gosta de ler, não a 
pessoa que ler corretamente em um exame. Sabe ler a pessoa que linguagem 
escrita de modo correto, não o que, quando vai prestar o serviço militar, sabe 
escrever diante do oficial: “Sou um cidadão italiano”, como se fazia na Itália 
para demonstrar que se estava alfabetizado (Francesco Tonucci, 1985) 
 
Letramento, segundo defensores do mesmo, como Soares (1999) e Kleimam 
(2007), principalmente, refere-se à apropriação da leitura e da escrita para uso social, 
trazendo consequências (políticas, sociais, econômicas, culturais...) para indivíduos e 
grupos que se apropriam da escrita, fazendo com que está se torne parte de suas 
vidas como meio de expressão e comunicação. O sujeito torna-se usuário da leitura e 
da escrita na vida social. 
Neste sentido, letrado é alguém que se apropriou suficientemente da escrita e da 
leitura a ponto de usá-las com desenvoltura, com propriedade, para dar conta das 
situações sociais e profissionais. 
 
 
1.2. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 
 
 A criança para se alfabetizar terá que interagir com outras pessoas, ter contato 
com muitos textos de diferentes gêneros disponíveis na sociedade e, principalmente, 
produzir seus próprios textos. Na medida em que a alfabetização recebe novos 
entendimentos, o que implica em práticas adequadas e de profissionais 
preparados/engajados para dar conta desta aprendizagem. 
Quais os fatores que contribuem e interferem no processo de aprendizagem? 
Por que muitos de nossos alunos passam pelo Pré-escolar e vão do 1º ao 5º 
ano sem aprender a ler e escrever? 
 
 
1.3. APRESENTAÇÃO DOS OBJETIVOS DESSA PESQUISA 
A partir das inquietações no cotidiano da escola, alunos que não conseguem 
se alfabetizar e letrar no ciclo de alfabetização. Essa situação vem causando 
angustias e dúvidas, pela vontade de ter um melhor entendimento sobre os fatores 
que contribuem e interferem na aprendizagem dos alunos e na prática pedagógica do 
professor. Diante disso, pode-se perceber que o alfabetizar e o letrar, não é somente 
uma inquietação do processo educacional, mais na proposta continuada que precisa 
estar presente na sala de aula. 
 Como se dá na pratica, a proposta de estudo no sentido de aquisição da escrita 
da criança e desta forma compreender que não basta alfabetizar e sim alfabetizar 
letrando, é importante que a leitura seja vista como encantamento para que a criança 
busque aprender e compreender mais. A alfabetização e o letramento é mais que 
ensinar a ler e escrever, é um processo que visa fazer sentido na vida das crianças. 
O assunto abordado é amplo, mas algumas concepções sobre a alfabetização 
e letramento precisam fazer sentido no mundo contemporâneo, é a principal 
concepção é o que a escola vem produzindo, para que as crianças sejam capazes de 
absorver o processo de aquisição de conhecimento. 
 
1.4. APRESENTAÇÃO DA JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 
 
A justificativa deste trabalho paira sobre a alfabetização e letramento como 
processo de apropriação da escrita, ou seja, alfabetizar letrando, o processo de 
apropriação da leitura, escrita, interpretação e compreensão de textos. E vários 
fatores que interferem no processo de alfabetização e letramento dos educandos, que 
torna-se um grande desafio para os professores. 
 
1.5. APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA UTILIZADA 
 
Esta pesquisa foi desenvolvida com estudo qualitativo de cunho bibliográfico 
em que, por meio desta metodologia indicam a trajetória da relação positiva entre 
aluno e professor onde o ponto fundamental é a quanto mais o professor conhecer os 
aspectos da aquisição do saber pela criança, maior a possibilidade de ter sucesso no 
processo de aprendizagem 
Outrossim, a pesquisa de campo houve a necessidade de consultar alguns 
autores, leitura de livros e textos. Principalmente o referencial teórico de Emília 
ferreiro, que atenta para ajudar a criança descobrir que é necessário ler, um 
comprometimento dos professores com o processo de ensino aprendizagem. 
 
 
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL OU EMBASAMENTO TEÓRICO DA 
PESQUISA 
 
De acordo com Franchi (2012, p.12) “É possível alfabetizar letrando, sem 
perder a característica de cada um desses processos, mas reconhecendo as múltiplas 
facetas e diversidades de métodos e procedimentos para o ensino de uma e de outro”. 
 Pode-se dizer que um aluno é alfabetizado quando ele sabe ler e escrever, 
quando o mesmo passa a fazer uso da leitura e da escrita e a envolver-se nas práticas 
sócias destes âmbitos. Alfabetização e letramento, são interdependentes e 
indissociáveis, cada um com suas especificidades, ambos são indispensáveis quando 
se leva em consideração a aprendizagem da leitura e da escrita. 
Um dos fatores que compromete seriamente o processo de aquisição das 
habilidades de ler e escrever é o fato de muitos professores acreditarem que somente 
após o processo de alfabetização é que deve ser iniciado o processo de letramento, 
ou seja, que para se tornar um letrado, é preciso primeiramente adquirir a tecnologia 
da escrita. 
De acordo com Franchi, (2012, p, 8) 
[...] fatores do atual fracasso no ensino da língua escrita nas escolas, seja a 
perda da especificidade, um apagamento da alfabetização em seu sentido 
mais restrito: domínio de um código e de habilidadesde utiliza-los para ler e 
escrever. A natureza do objeto de conhecimento em construção vem sendo 
subestimado em relação ao processo de letramento. Entretanto, não se pode 
garantir a eficácia do aprendizado da norma urbana de prestigio somente 
através do convívio intenso com o material escrito que circula nas práticas 
sociais, ou seja, do convívio com a cultura escrita. 
Além do fator já citado, o que interfere no processo da alfabetização e do 
letramento, são as condições das salas super lotadas, baixa remuneração do 
professor, pouco apoio intelectual, condições de trabalho. 
Segundo Emília Ferreiro: 
É o professor com as salas mais super lotadas, de quem se espera um grande 
espirito de sacrifício, uma atitude “muito maternal” (já que há mais mulheres 
do que homens no oficio) e muita paciência em troca de uma baixa 
remuneração e muito pouco apoio intelectual. (Emília Ferreiro,2001, p.52). 
 
A partir dos autores acima, podemos perceber os desafios que surgem num 
ambiente educacional, necessitamos muito mais para o desenvolvimento da criança. 
A criança se desenvolve como ser humano, por meio de suas experiências, nas 
condições atuais é possível resgatar a criança e inseri-la num mundo escrito. 
 
3. CRONOGRAMA 
 
 
CRONOGRAMA 
ATIVIDADES DA 
PESQUISA 
Fev Mar Abr Maio Junho PRODUÇÃO 
Pesquisa Bibliográfica 
acerca do tema 
x X X X X 
Produção de 
dados 
teóricos 
Pesquisa de campo 
X X X X X Produção de 
dados 
empíricos 
Escrita do projeto 
 X X Aulas, 
pesquisas, 
palestras e 
seminários 
Apresentação no 
Seminário de 
Pesquisa da Estácio 
 X Busca por 
financiamento 
de pesquisa 
Entrega do trabalho 
final 
 X Produção de 
material 
científico-
acadêmico 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
BARBOSA: José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 2003. 
FERREIRO, Emilia.Com todas as letras.10ª ed. São Paulo, Cortez,2001 
FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizador letrando: da oralidade á escrita. 
Eglê Franchi- 9. Ed.- São Paulo: Cortez, 2012. 
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. Ed.- Belo Horizonte: 
Autêntica: Ceale, 1999. 
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura.6ª ed. Porto Alegre, Artmed,1998 
KLEIMAM, Angela B. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? 
Cefiel/ IEL/ Unicamp, 2005-2010.