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Caderno_ADM_Cadeia_Suprimentos_ETEPAC_2019 2

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Cadeia de Suprimentos 
André Paes Viana 
Luana de Oliveira Alves 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
 
Curso Técnico em Administração 
Educação a Distância 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cadeia de Suprimentos 
André Paes Viana 
Luana de Oliveira Alves 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Curso Técnico em Administração 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | out. 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB 
 
V614c 
Viana André Paes. 
Cadeia de Suprimentos: Curso Técnico em Administração: Educação a distância / André Paes 
Viana, Luana de Oliveira Alves, Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda. – Recife: Escola Técnica 
Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019. 
81 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
Caderno eletrônico produzido em outubro de 2019 pela Escola Técnica Estadual Professor 
Antônio Carlos Gomes da Costa. 
 
1. Administração de operações. 2. Administração da cadeia de suprimentos. 3. Indicador – 
Cadeia – Suprimento. II. Título. 
CDU – 658.56 
 
 
Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
Professor(es) Autor(es) 
André Paes Viana 
Luana de Oliveira Alves 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Revisão 
André Paes Viana 
Luana de Oliveira Alves 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Coordenação de Curso 
Leticia Alves de Melo 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 6 
1.Competência 01 | Entender o conceito e a operação da Cadeia de Suprimentos ............................. 7 
1.1 Origens: do artesão à Revolução Industrial ................................................................................................7 
1.2 O desenvolvimento da tecnologia .......................................................................................................... 10 
1.3 Globalização ............................................................................................................................................. 14 
1.3.1 Operações logísticas.............................................................................................................................. 16 
1.3.2 Compreendendo a cadeia de suprimentos ........................................................................................... 21 
2.Competência 02 | Conhecer os processos de fornecimento ............................................................ 25 
2.1. Conhecendo o processo de compras (Gestão de Aquisição e Suprimentos) ......................................... 26 
2.1.1 Comprar ou Fazer (make or buy) .......................................................................................................... 28 
2.1.2 Estratégias de Compras ........................................................................................................................ 31 
2.1.3 Portfólio de Estratégia de Compras ...................................................................................................... 35 
2.1.3.1 Compra de rotina ............................................................................................................................... 35 
2.1.3.2 Compras de “gargalos” ...................................................................................................................... 36 
2.1.3.3. Compras para alavancagem .............................................................................................................. 36 
2.1.3.4 Compras críticas ................................................................................................................................. 37 
2.2 Conhecendo o processo de armazenagem .............................................................................................. 37 
2.2.1 Benefícios Econômicos ......................................................................................................................... 39 
2.2.1.1 Consolidação e fracionamento de carga ........................................................................................... 39 
2.2.1.2 Estocagem sazonal ............................................................................................................................ 40 
2.2.2 Classificação quanto à propriedade ..................................................................................................... 41 
2.2.2.1 Depósitos próprios ou alugados........................................................................................................ 41 
2.2.2.2 Depósitos terceirizados ..................................................................................................................... 41 
3.Competência 03 | Conhecer os processos de expedição ................................................................. 43 
3.1 Distribuição .............................................................................................................................................. 51 
 
 
 
 
 
 
3.1.1 Denominações usuais na expedição ..................................................................................................... 52 
4.Competência 04 | Operações Just in Time ........................................................................................ 61 
4.1 Origem e conceitos do JIT ........................................................................................................................ 61 
4.2 Objetivos do Just in Time ......................................................................................................................... 64 
4.3 Filosofia Just in Time ................................................................................................................................ 66 
4.3.1 Eliminando o desperdício ...................................................................................................................... 67 
4.3.2 Envolvimento dos funcionários ............................................................................................................. 68 
4.3.3 Esforço de aprimoramento contínuo .................................................................................................... 69 
4.4 Como implementar o Just in Time ........................................................................................................... 70 
4.5 Vantagens do Just in Time ........................................................................................................................ 73 
4.6 Desvantagens do Just in Time .................................................................................................................. 74 
Conclusão ............................................................................................................................................. 76 
Referências ...........................................................................................................................................80 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Introdução 
Caros estudantes, 
Começamos mais uma disciplina: Cadeia de suprimentos 
Mas, do que se trata? 
É algo que você já detém algum conhecimento? 
Se sim. Que bom! 
Esta é uma oportunidade para revisar, ampliar ou mesmo se apropriar! 
E se ainda não tem conhecimento, não se preocupe, pois vamos juntos trilhar esse 
caminho de um novo aprendizado para que você compreenda o que é uma cadeia de suprimentos, 
como lidar com as decisões referentes à escolha dos processos, fornecedores, transporte e 
distribuição de produtos, além de entender de que forma podemos eliminar o desperdício e assim 
manter a qualidade dos produtos/serviços e a satisfação dos clientes, que é o principal foco de toda 
a Administração de uma organização. Portanto, conhecer e saber lidar com as atividades que geram 
vantagem competitiva para as organizações, como a cadeia de suprimentos, é primordial. 
Para sua melhor compreensão dividimos esse e-book em quatro competências. 
Na primeira você irá conhecer um pouco sobre a cadeia de suprimentos, dentro de um 
processo histórico; definir cadeia de suprimentos e entendê-la como parte integrante da logística; 
identificar as principais operações da cadeia de suprimentos. Já na segunda vai ser possível você 
entender sobre o apoio da atividade de compras na gestão de cadeia de suprimentos; compreender 
as decisões relacionadas a armazenagem; compreender as diferenças entre armazenagem e 
estocagem. E na terceira vamos abordar sobre a definição de expedição dentro do contexto da Cadeia 
de Suprimentos; definir distribuição dentro do contexto da Cadeia de Suprimentos; conhecer sobre a 
importância do processo de expedição para a Cadeia de Suprimentos e como valor agregado para o 
consumidor final. Na última vamos tratar do Just in Time, conhecer a origem do sistema; compreender 
a filosofia; sua implementação e identificar as vantagens e limitações. 
Aproveite e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
7 
1.Competência 01 | Entender o conceito e a operação da Cadeia de 
Suprimentos 
Olá, Estudante! 
Antes de explicarmos sobre o que é uma cadeia de suprimentos é importante que você 
entenda um pouco sobre a origem dessa atividade que está relacionada com a evolução da produção 
de bens. Tudo inicia com os artesãos que trabalhavam em oficinas e fabricavam peças para 
comercializar em pequenas quantidades. Com a mudança nos modelos de produção ao introduzir o 
uso de máquinas nos processos de fabricação, inicia-se o processo de industrialização produzindo 
grandes quantidades de produtos, que é o que acontece no nosso contexto atual. 
Existem muitos detalhes interessantes desta história. Vamos conferir? 
 
1.1 Origens: do artesão à Revolução Industrial 
A origem do conceito da cadeia de suprimentos está relacionada com a evolução da 
produção dos bens. Para iniciarmos nossa viagem pela história é importante falar de uma 
personagem central: o artesão. Esse, por sua vez, podia atuar como autônomo sendo, ele mesmo, o 
proprietário da oficina ou poderia exercer seu ofício trabalhando na oficina artesanal de outros, onde 
recebia homens de negócios para comprar suas peças, essa forma de trabalho ficou conhecida como 
sistema doméstico, conforme representação na figura: O trabalho dos artesãos. 
O artesão era dono dos meios de produção (instalações, ferramentas manuais e matéria-
prima), realizando todas as etapas do processo de produção. A produtividade dependia do ritmo e da 
habilidade do artesão. Por isso, o artesanato não garantia uma produção volumosa. 
Ainda existe este tipo de produção, porém, observamos que em algumas regiões do Brasil, 
o artesanato voltou-se para a produção de artigos de luxo, peças artísticas e de decoração etc. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
 
Figura 01: O trabalho dos artesãos 
Fonte: Blog do Enem - https://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-historia-enem/ 
Descrição da figura: No interior de uma casa com paredes sem acabamento e iluminada pela luz do sol que entra 
timidamente por uma janela à direita, há a imagem de um homem com bigode e calvanhaque e touca vermelha na 
cabeça. Ele veste camisa de manga comprida e suas mãos estão sobre os fios encaixados no tear, sobre o qual o homem 
se apoia em um pedal largo para manuseá-lo. No chão à frente do tear está um recipiente semelhante a uma bacia onde 
dentro desta existe o cabo de algum tipo de utensílio que está encoberto por alguns fios de linha. À esquerda da figura 
existe uma mulher vestida com saia longa e blusa de manga comprida com lenço na cabeça sentada de perfil em um 
pequeno banco de madeira girando a roda do tear. Ao lado direito da mulher há um cesto de bebê com um bebé dentro 
encoberto por um pequeno lençol. Ao lado do cesto existe uma menina vestida com saia na altura do joelho, de casaco, 
com meias longas e sapato sentado ao chão brincando com uma boneca que veste saia. Ao fundo, preso na parede 
existe um quadro com pintura de flores dentro de um vaso decorando o ambiente. 
 
Na figura 1 observamos quando um artesão e sua esposa trabalhavam em uma oficina 
doméstica. Podemos perceber que há uma criança no cesto e outra brincando ao lado enquanto os 
pais trabalham. O sistema doméstico de produção não separava a vida familiar das tarefas do 
trabalho. 
Com o passar do tempo, e principalmente devido ao crescimento da população que gerou 
o aumento do consumo, o trabalho artesanal deu lugar a outras formas de organização da produção, 
a outro espaço de manuseio das encomendas: as fábricas. Nestes espaços os artesãos deixaram de 
ser os donos dos instrumentos, por outro lado, eram capazes de atender uma maior quantidade de 
encomendas, por dois fatores: 1) a introdução da máquina no processo produtivo e 2) por poder 
contar com a força de trabalho de outros artesãos, com o propósito de atender as demandas dos 
comerciantes. 
Iniciava-se assim a revolução industrial. A primeira fase desta revolução foi marcada pela 
introdução do carvão e ferro como insumos para a produção, o surgimento da máquina a vapor, a 
transformação das oficinas em fábricas, a passagem do artesão de pequena oficina a operário e a 
https://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-historia-enem/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
urbanização. Já na segunda fase ocorre a substituição do vapor pela eletricidade, do uso dos 
derivados de petróleo, substituição do ferro pelo aço, evolução dos meios de comunicação e 
transportes e expansão da industrialização. O setor mais representativo dessa época foi o 
automobilístico, pois introduziu novas técnicas de produção que foram adotadas por outras 
empresas. 
Essas novas técnicas ficaram conhecidas como Fordismo, pois seu criador se chamava 
Henry Ford. De acordo com o fordismo, a produção deve ser em escala – em grandes quantidades – 
a fim de reduzir os custos, diminuir os preços e aumentar os lucros com a venda de mais produtos. 
Ao mesmo tempo, Ford percebeu que a produção em escala deveria ser direcionada para o consumo 
em massa, isto é, era necessário ampliar o mercado consumidor. Para implementar o modelo fordista 
de “produção em massa e consumo em massa”, os produtos passariam a seguir uma padronização. 
Por exemplo, a Ford passou a fabricar o mesmo modelo de carro durante vários anos. 
Tempos depois, por volta da metade do século XX, o modelo fordista parecia ter esgotado 
a sua capacidade de oferecer novos produtos. Isso fez com que a indústria ampliasse os seus 
horizontes com uma variedade muito maior, ou seja, produtos mais personalizados, por exemplo. Foi 
quando a Ford passou a fabricar diferentes tipos de modelos de carros. 
 
 
Voltando a nossa mudança no processo produtivo... a populaçãoestava crescendo e o 
consumo aumentando, eleva-se assim a produção e consequentemente passa a existir uma 
necessidade de escoamento dos produtos por diferentes rotas, que até então eram utilizados por 
navios (embarcações). Ou seja, a partir da revolução industrial houve uma evolução, também dos 
transportes. Uma dessas evoluções ocorreu em 1830, quando George Stephenson inventou a 
 
Curiosidade: 
Você sabia que dizem que o insight para o processo de produção em massa, 
através de esteiras mecânicas aplicadas por Henry Ford no processo de produção 
dos veículos surgiu quando da visita dele a um abatedouro de bovinos? Nesses 
frigoríficos, os animais eram suspensos de cabeça para baixo por uma corrente 
que corria presa à uma calha, passando de um funcionário para o outro. 
 
Para saber mais acesse o link: https://www.vista-se.com.br/o-que-o-consumo-
da-carne-tem-a-ver-com-as-linhas-de-montagem-de-producao-em-massa/ 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
locomotiva a vapor, e consequentemente surgiram as ferrovias que evoluíram rapidamente. Com as 
estradas de ferro e as embarcações a vapor, o transporte das mercadorias ficou mais rápido, o custo 
do transporte foi reduzido, e aumentou a troca de mercadorias1. Mas não parou por aqui, você sabe 
que a Ford começou a fabricar carros e depois disso surgiram outras fábricas que por meio da 
tecnologia foram aprimorando os transportes que existem hoje? O avião, por exemplo, surgiu em 
19062. 
Assim, o que anteriormente demorava meses ou anos para ir de um ponto ao outro do 
globo terrestre, atualmente pode ocorrer simplesmente em algumas horas ou dias. E isso graças ao 
desenvolvimento da tecnologia. Não é impressionante? Sobre isso vamos explorar mais na próxima 
sessão. 
 
1.2 O desenvolvimento da tecnologia 
Estávamos falando de como os transportes foram evoluindo e isso aconteceu por conta 
do desenvolvimento tecnológico. Já imaginou você ter que caminhar até o pólo do EAD? Graças à 
tecnologia existem carros, ônibus e moto para você chegar até o pólo. 
Mas, o que é Tecnologia, mesmo? 
De acordo com o dicionário Houaiss (2019)3 podemos definir tecnologia como: teoria 
geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou 
mais ofícios ou domínios da atividade humana. 
Para situar você um pouco na história do desenvolvimento das tecnologias queremos 
convidá-lo para uma pequena viagem no tempo. Vamos? 
 
1 Troca de mercadoria no sentido de escambo, troca do valor monetário por um bem. 
2Saiba mais sobre a história da aviação em: <https://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: setembro, 
2019. 
3Disponível em: <https://houaiss.uol.com.br/pub/apps/www/v3-3/html/index.php#0>.Acesso em: agosto, 2019. 
 Antes de seguir adiante, que tal conferir o Fórum da competência? Vamos lá? 
https://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm
https://houaiss.uol.com.br/pub/apps/www/v3-3/html/index.php#0
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
O primeiro ano da nossa visita no tempo é em 14 de fevereiro de 1876 no escritório de 
patentes de Nova York, onde Alexander Graham Bell, deu entrada no registro de patentes do que 
seria à invenção do telefone4. Pois é, este aparelho que hoje, mas parece peça de museu, foi também, 
à sua época, uma das invenções responsáveis por “encurtar” distâncias geográficas. Veja na figura 2 
o modelo do primeiro telefone. 
 
Figura 02: Primeiro Telefone 1875 
Fonte: Commons Wikimedia Org5 
Descrição da figura: Ao centro da figura existe uma espécie de campainha, em formato cilíndrico fixada por dois 
parafusos sobre uma base quadrada. Acima desta campainha há uma espécie de campainha menor de tamanho 
equivalente ao tamanho de um carretel de linha de uma polegada, que está suspenso por uma trave onde há na parte 
superior da trave um parafuso borboleta de cada lado, quase ao centro da trave, que ligam cada um, à direita e à 
esquerda um fio com pequenas voltas ao cilindro menor que fazem contato com o cilindro maior por meio de uma 
haste que prende os dois cilindros. 
 
 
4 Disponível em: <https://www.sohistoria.com.br/biografias/graham/>. Acesso em: agosto, 2019. 
5
Disponível em:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:First_Bell_telephone_1875.png> 
https://www.sohistoria.com.br/biografias/graham/
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:First_Bell_telephone_1875.png
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
 
Agora que assimilamos o telefone como uma tecnologia que encurtou distâncias, esta 
foi, e ainda é uma tecnologia que muito contribui para com o desenvolvimento dos processos da 
cadeia de suprimentos. 
Continuando nossa viagem no tempo, nossa parada agora acontece no ano de 1843. Veja 
a figura 3, um aparelho muito similar ao aparelho telefônico: o fax. 
 
Figura 03: Aparelho de Fax antigo 
Fonte: Thehiresolution - http://thehiresolution.net/throwback-thursday 
Descrição da Figura: Peça cilíndrica apoiada na horizontal sobre base com duas hastes e na parte superior um carretel 
com agulhas que gravavam a imagem no fax. 
Mas para que serve o fax? 
O fax é uma tecnologia das telecomunicações usada para a transferência remota de 
documentos por meio da rede telefônica. Como não existia computador, nem celular, o fax resolvia 
o problema de enviar documentos de forma mais rápida. Isso ajudou bastante a cadeia de 
suprimentos. Mais adiantevocê vai conseguir entender o porquê. 
E os computadores quando surgem? 
 
Curiosidade: você sabia que a primeira ligação telefônica, via cabo, na qual foi 
possível ouvir nitidamente a voz de Graham Bell, aconteceu a 10 metros de 
distância de uma sala à outra. Acredita? 
http://thehiresolution.net/throwback-thursday
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telecomunica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Documento
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
O primeiro computador eletromecânico foi construído por Konrad Zuse, um alemão, que 
chegou a oferecer a máquina ao governo alemão em 1936, no entanto, o governo estava ocupado 
demais com a Segunda Guerra Mundial e não aceitou a oferta e o projeto ficou parado. Foi netsa 
época da guerra que surgiu os computadores atuais, só que nos EUA, eles foram mais rápidos. A 
Marinha dos Estados Unidos, em conjunto com a Universidade de Harvard, desenvolveu o 
computador Harvard Mark I, que ocupava 120m³, imagina o tamanho desse computador? Grande 
não acha? Mas com o tempo ele foi aperfeiçoado até chegar nos tamanhos atuais. A tecnologia é 
incrível, concorda? 
Os primeiros computadores demoravam para calcular números, imagina digitar textos 
imensos como estes que você faz ao realizar os trabalhos do seu curso técnico em EAD. 
Como está o seu entendimento até aqui? 
 
Próxima parada é o ano de 1950, com breve recorte da atividade daquele que foi 
considerado pioneiro por iniciar e implantar um sistema de comunicação, via dados. Estamos falando 
de J.C.R. Licklider, do Instituto de Tecnologia do Massachussetts - MIT que foi recrutado pelo exército 
dos Estados Unidos da América (EUA), depois de teorizar sobre uma rede galáctica de computadores 
em que era possível acessar qualquer dado. Surge assim a internet. 
E para instigar você a ampliar o seu conhecimento sobre a história da, “grande rede”, a 
internet, vamos apresentar de forma cronológica o desenvolvimento desta, a partir de 1969. Vamos 
lá! 
• 1969 - Primeira conexão entre a Universidade da Califórnia e o Stanford Institute, a 
quase 650 quilômetros. 
• 1971 - Já são 15 pontos na rede. Parte disso possível por causa do Network Control 
Protocol. 
• 1972 - É feita a primeira demonstração pública em um evento de computação. Neste 
ano é inventado o e-mail. 
• 1975 - Neste ano uma agência de defesa dos Estados Unidos assume o controle do 
projeto. A rede ainda não tem um pensamento comercial, só militar e científico. 
• 1984 - A rede é separada em duas. Partepara comunicação e troca de arquivos 
militares, a MILNET, e parte civil e científica ainda chamada de ARPANET. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Konrad_Zuse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marinha_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Harvard
https://pt.wikipedia.org/wiki/Harvard_Mark_I
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
• 1985 - A internet já estava mais estabelecida como uma tecnologia de comunicação 
entre pesquisadores e desenvolvedores [...aos poucos, ela sairia das universidades e 
começaria a ser adotada pelo mundo corporativo e por último pelo público 
consumidor]. 
• Depois disso muitas outras coisas aconteceram até a gente chegar ao formato de 
sites, plataformas digitais, redes sociais digitais, aplicativos, etc. 
 
Fonte: Adaptado de Techmundo6 
Não é incrível como ao longo da história a humanidade foi desenvolvendo, 
instrumentos/ferramentas e, meios que contribuem até os dias atuais para abreviar o “tempo”? Você 
pode se interessar, por meio da internet, por algum produto que esteja em algum país distante 
geograficamente e adquiri-lo por meio do acesso ao seu smartphone. Quer um exemplo? 
 
1.3 Globalização 
Vamos tratar então de definir a palavra? 
Este termo faz referência ao intercâmbio, ou seja, as trocas relacionadas, as questões 
econômicas, políticas e culturais. Devido ao processo acelerado no desenvolvimento dos meios de 
comunicação, as organizações e os cidadãos do mundo inteiro têm realizado trocas de um lado para 
o outro utilizando apenas os meios de comunicação digital. 
 
6
 Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/mercado/129569-historia-origem-da-internet-video.htm> Acesso, setembro 2019. 
 
Vamos pensar que você queira comprar uma camisa original, de uma banda 
musical de muito sucesso, e de origem Japonesa. E que você queira comprar 
direto da loja de produtos daquela banda (lozalizada no Japão), mas sem você 
sair daqui do Brasil. Você então, por meio do acesso ao site da banda, realiza o 
pedido, escolhe onde quer recebê-lo, e dentro de alguns dias, você receberá o 
produto no endereço escolhido. Tudo isso sem você precisar se deslocar da sua 
cidade para ir até o Japão! Isso não é fantástico? 
E qual o propósito mesmo de tratarmos destas ferramentas, que têm como 
premissa “encurtar distâncias”? 
É aí que chegamos ao ponto principal, e que desemboca em mais um tópico 
importantíssimo referente a cadeia de suprimentos. A Globalização. Vamos em 
frente! 
https://www.tecmundo.com.br/mercado/129569-historia-origem-da-internet-video.htm
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
Percebe como os meios de comunicação, a informática e os transportes que citamos antes 
são importantes para o nosso cotidiano? E todos eles contribuíram para que o mundo se tornasse 
globalizado? Diz-se que vivemos em uma “aldeia global”. Você sabe o que é isso? 
 
 
 
Então, lembra do exemplo da compra da camisa lá no Japão? Fisicamente você está no 
sofá da sua sala, conectado a sua rede Wi-Fi. E hipoteticamente, também está fisicamente retirando 
da prateleira com as suas próprias mãos, a camisa que você quer, mas que está lá, do outro lado do 
mundo! Agora, essa frase faz todo sentido, não é mesmo? 
No que tange a globalização, em termos de negócios para empresas atuarem no mercado 
global, além de potencializar as vendas, podem também impulsionar oportunidades de aumento da 
eficiência operacional. A eficiência operacional é realizável, ao menos em três áreas: 
• Compra estratégica de matéria-prima e de componentes. 
• Obtenção de vantagens trabalhistas significativas, que podem ser obtidas para 
instalação de produção e distribuição localizadas em países em desenvolvimento. 
• A legislação tributária favorável pode fazer com que o desempenho das operações 
que agreguem valor seja altamente atraente em países específicos. 
Fonte: Adaptado de Bowersox et al. (2014, p. 28) 
 
Desta forma, a globalização permitiu com que as empresas se instalassem em outros 
países diferentes da sua origem, o que aumentou a participação destas no mercado. No entanto, a 
decisão de expandir a operação para outros países não é fácil e gera um investimento que muitas 
vezes as empresas não possuem capacidade para suportar. Nesses casos muitas delas adotam as 
 
Anota aí! Aldeia Global 
Um autor de nome McLuhan, no ano de 1960, escreveu: a informação 
transmitida eletronicamente contribui para abolir virtualmente as separações 
geográficas entre os centros de decisão, de produção e de distribuição à escala 
mundial. 
Fonte: McLuhan (1960) citado por Nunes (2019) Disponível em: 
<https://knoow.net/cienceconempr/gestao/aldeia-global/> 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
atividades de exportação, no caso das vendas para países estrangeiros. Mas e no caso de vender para 
dentro do próprio país? 
Fácil de responder! Entenda que no caso de vender para dentro do próprio país, as 
empresas podem fazer parcerias com distribuidores de outros Estados. Percebe como a globalização 
facilitou tudo isso? 
Se a empresa necessita de matéria-prima de outro Estado ela estabelece um acordo com 
o fornecedor para que seja feita a entrega. 
Voltando ao exemplo da camisa japonesa. qual é mesmo o caminho percorrido por ela, a 
partir do momento em que você a comprou lá no Japão, para chegar até você? 
É aqui que apresentamos mais uma palavra: Logística. 
E o que isso significa? 
Vamos descobrir a seguir. 
1.3.1 Operações logísticas 
Mas porque eu preciso entender de logística se estamos querendo explicar sobre a cadeia 
de suprimentos? 
Porque a logística é uma área importante, e que já existia antes do surgimento da cadeia 
de suprimentos, ou seja, o conceito de cadeia de suprimentos surgiu como uma evolução natural do 
conceito de Logística. 
Lembra dos grandes impérios da Grécia e Roma que estudamos em história? A logística 
foi responsável pelo sucesso e fracasso de muitos desses impérios. Naquela época existia um grupo 
de militares, que eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. Assim o 
conceito de logística se insere nesta movimentação de bens, e mais na frente vamos explorá-lo com 
maior clareza. 
Um dos grandes personagens da história dessa época é Alexandre, O Grande. Existem até 
filmes sobre ele e você provavelmente já ouviu falar. Como imperador, ele tinha uma visão 
estratégica, determinação e disciplina, e assim criou o mais móvel e rápido exército da época. Ele 
trouxe inspiração para vários outros personagens da história mundial e para a evolução do conceito 
logístico nas organizações ao redor do mundo. 
Contudo, por muito tempo, especialmente no Brasil a área de logística tinha uma 
importância secundária nas organizações, e para muitas delas, a logística era considerada como o 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
setor responsável pela expedição de produtos ou o setor que contratava serviços de transportes. 
Mas, após o fim da Segunda Guerra Mundial, as organizações notaram que era muito grande a 
importância de se ter um departamento para cuidar da logística, pois a demanda crescia em um ritmo 
acelerado, e os consumidores tornavam se cada vez mais exigentes. A partir dos anos 50 e 60, as 
empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de 
logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. 
Mas o que é mesmo a logística? 
A logística é a área que trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem 
que facilitam o planejamento, a operação e o controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, 
e vai desde a fonte fornecedora até o consumidor (o cliente). 
 
Lembra das guerras que falamos antes? 
A fonte fornecedora era os impérios, e o consumidor era os militares que estavam em 
combate e necessitavam de suprimentos, como alimentação, armas etc. 
Lembra dos artesãos que falamos antes? 
A logística para eles era mais simples, pois eles mesmos produziam e comercializavam.Já 
na industrialização, surgem vários outros atores no processo, além dos donos de indústrias, como o 
distribuidor, os comércios menores etc. 
Agora vamos pensar em uma organização deste século. Imagine uma situação em que 
você acorde com a decisão de comprar um celular novo. Você se dirige até uma loja revendedora de 
celular e lá verifica que só existem os modelos expostos e que não há estoques guardados de outros 
modelos. Você chama um vendedor, este com auxílio de um computador lhe atende, mostrando a 
você as diferentes opções que a fábrica possui e que não estão ali. O vendedor lhe apresenta os 
diferentes modelos, as configurações, cores conforme a sua necessidade. Por exemplo, se você deseja 
um celular com uma câmera melhor, ele lhe apresenta um modelo que atenda seu desejo, e então 
você escolhe e rapidamente, a partir daí o vendedor aciona a fábrica para fazer o processamento do 
pedido e você efetua o pagamento. Pronto, você já é dono de um novo celular! Mas você quer receber 
logo o celular, e está empolgado para testar a câmera, então pergunta ao vendedor o dia da entrega. 
O vendedor verifica junto a fábrica, por meio de um sistema de controle da distribuição física que a 
data de entrega será no final da semana seguinte e pela manhã, no endereço da sua residência. Isso 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
é realmente interessante concorda? Percebe que nesta história todos os pontos principais do sistema 
de logística são apresentados? Vamos resumir eles aqui: 
1. O cliente: perceba que tudo começou e terminou no cliente. 
2. Área comercial: o vendedor que atendeu à solicitação do cliente, o setor de 
marketing que treinou pessoas e por meio das ferramentas de marketing criou um 
produto que despertasse interesse no consumidor, o setor de informática que criou 
o sistema de controle da distribuição física, e possibiliou informar dia e hora de 
entregar da mercadoria. 
3. A fábrica: ao receber a confirmação do pedido comunica ao setor de produção, rede 
de suprimentos e setor de distribuição física. 
4. A administração: gerencia tudo, desde o momento de compra dos produtos ou 
matérias primas, recebimento do pedido de compras dos clientes, contas a pagar e a 
receber etc. 
5. O mercado: o que incluíra o novo consumidor e seu celular nas estatísticas de vendas. 
6. O fornecedor: aquele que fornece o celular a loja revendedora, que por meio do 
computador recebeu o pedido e providenciou ao cliente. 
7. A transportadora: a que verificou o roteiro de entrega na região que você como 
cliente deseja receber seu celular. 
8. O cliente: novamente aparece, pois tudo começa e termina aqui. Você pode se tornar 
um cliente fiel a marca, se suas expectativas forem atingidas e assim induzir outros a 
comprar os produtos, além disso você pode solicitar a garantia da marca, no caso do 
seu celular apresentar algum defeito. 
 
Para ficar mais claro o foi dito sobre a logística, e você verificar onde estão todos os atores 
principais desse processo, veja a figura 4. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04: O processo de gerenciamento logístico 
Fonte: Christopher (2010) 
Descrição da figura: A figura descreve através de um fluxograma com caixas de texto contendo na parte superior: Fluxo 
de materiais de valor adicionado, clientes, fluxo de informações sobre as necessidades, fornecedor de forma circular 
ligados por setas. Na parte interior do círculo saída uma seta de mão dupla da caixa de texto onde está escrito 
fornecedor, a seta na parte interna liga esta caixa a um outro fluxo: compras, fabricação, distribuição física e clientes. 
Estando a sequencia: compras, fabricação e distribuição física dentro de uma caixa nomeada como indústria. Onde a 
total desta figura representa o processo de gerenciamento logístico. 
 
Pela figura 4, podemos dizer que a logística trata da criação de valor - valor para os 
clientes e fornecedores da empresa, e valor para todos aqueles que têm interesses diretos no êxito 
da empresa (BALLOU, 2010). 
Lembra do exemplo da camisa da banda musical do Japão, que falamos logo no começo 
desta competência? 
Antes de chegar até você, a camisa pode ter passado pelos mais diferentes lugares, tipos 
de transportes, tecnologias da comunicação e sistemas de gerenciamento que lhe permitiram, por 
exemplo, ir a um show aqui no Brasil com a camisa original da banda de sucesso lá do Japão. 
Isso é valor para o cliente! Entende? 
Dentro da logística, ainda é importante você saber que ela deve ser vista por meio de duas 
grandes atividades que são denominadas de: primárias e de apoio. 
As atividades primárias identificam aquelas que são de importância fundamental para 
obtenção dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço que o mercado exige. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
São três: Transportes (Modais); Manutenção de estoques; e Processamento de pedidos. 
(POZO, 2007). 
1. Transporte: uma das atividades logísticas mais importante, pois absorve de um a dois 
terços dos custos logísticos. Nenhuma organização opera sem realizar movimentação 
de matérias-primas ou produtos acabados para ser levados até o consumidor final. 
Falaremos mais sobre essa atividade na competência 3. 
2. Manutenção de estoques: atividade para alcançar um grau razoável de 
disponibilidade do produto em face de sua demanda, sendo necessário manter 
estoques para atender as necessidades do cliente prontamente, ou seja, o estoque 
adiciona valor de tempo enquanto o transporte adiciona valor de lugar. Falaremos na 
competência 4 sobre a necessidade de manter os estoques no nível mais baixo 
possível quando não, eliminá-los. 
3. Processamento de pedidos: é a atividade que dá início ao processo de movimentação 
de materiais e produtos bem como a entrega desses serviços. 
 
Já as atividades de apoio são aquelas, que dão suporte ao desempenho das atividades 
primárias. Para que seja possível ter sucesso na empresa, busca-se atender plenamente os clientes. 
As atividades de apoio são: armazenagem; manuseio de materiais; embalagem; suprimentos, 
planejamento e sistema de informação (POZO, 2007). 
1. Armazenagem: atividade que envolve a gestão dos espaços necessários para manter 
os materiais estocados. Envolve fatores como localização, dimensionamento da área, 
arranjo físico, equipamentos de movimentação etc. 
2. Manuseio de materiais: está associado com a armazenagem e manutenção de 
estoques. Envolve a movimentação dos materiais no local de estocagem, que pode 
ser tanto estoque de matéria prima como de produtos acabados. Lembra dos 
supermercados grandes que possuem aquelas pessoas andando com carrinhos 
movimentando os produtos? É disso que estamos falando. 
3. Embalagem: os produtos por serem bastante movimentados devem ter embalagens 
adequadas para não ser danificados, evitando assim desperdícios. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
21 
4. Suprimentos: atividade que proporciona ao produto ficar disponível, no momento 
exato, para ser utilizado pelo sistema logístico, além de ser o procedimento de 
avaliação e seleção das fontes de fornecimento, definição de quantidades a serem 
adquiridas etc. 
5. Planejamento: a base que irá servir de apoio a programação detalhada da fabricação, 
permitindo o cumprimento dos prazos exigidos pelo mercado. 
6. Sistema de informação: função que permitirá o sucesso da logística, pois contém 
todas as informações necessárias de custos, procedimentos e desempenho 
É importante entender que os processos logísticos tendem, naturalmente, a ser 
classificados como “meios” que suportam e viabilizam processos “fins” como vender, produzir e 
entregar. Essa classificação só não é válida para aquelas empresas que são operadoras logísticas, 
porque os “fins” delas já são a própria logística em si. 
Nas últimas décadas muitas empresas de sucesso mostraram ao mundo que a logística do 
meio/fim não se aplica tão facilmente em algunssetores da economia. 
Conhece a Empresa Dell? 
Aquela empresa de notebook bem famosa?! 
Pois ela é um caso de sucesso, suportada por conta dos processos logísticos. 
Consegue perceber que a logística é importante mesmo?! 
Agora vamos pensar no mundo tecnológico. 
Vamos pensar naqueles sites de compra/venda de roupas, celulares, entre outras coisas. 
A principal função é vender, certo? Mas pouco valor ele terá se esse processo de venda não vier 
acompanhado de um efetivo processo de entrega que faz parte de um dos processos da logística, a 
distribuição. 
Pronto, agora que você compreendeu o papel da logística podemos voltar a discutir sobre 
a cadeia de suprimentos, vamos lá! 
Aproveito para lembrar de você ir conferir o fórum, está bem legal! Vai lá e participa! 
 
1.3.2 Compreendendo a cadeia de suprimentos 
Em primeiro lugar você precisa compreender que sem cadeias de suprimentos eficientes, 
o mundo praticamente para. Mas por quê? Elas são responsáveis, entre outras coisas, por colocar 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
22 
comida na sua mesa, providenciar a cama em que você dorme, o carro em que você anda, a roupa 
que você veste e, provavelmente, até o chão em que você pisa. Entender seu funcionamento e como 
gerenciá-la da melhor maneira possível, é de extrema importância. 
Independente do tamanho da organização, sempre existirá uma cadeia de suprimentos. 
Ela pode ser simples, compreendendo seu negócio, seus clientes e seus fornecedores. E pode ser mais 
complexa, aglutinando fornecedores de fornecedores, representantes, provedores de serviços 
terceirizados e intermediários em geral, por exemplo. 
Como já falamos, a cadeia de suprimento é uma rede de organizações envolvidas nos 
diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados 
ao consumidor final. Esses processos envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas desde a 
fonte inicial de matéria prima até o ponto de consumo do produto acabado. Em outras palavras, 
abrange todos os esforços envolvidos na produção e liberação de um produto final, desde o, 
(primeiro) fornecedor do fornecedor até o último cliente do cliente. 
Achou difícil? 
Vamos pensar na McDonald’s. Uma rede de produtos alimentícios, que precisa de 
agilidade e estoques no nível ideal (nem em excesso, para não ter prejuízos com desperdícios, nem 
escassos, para não comprometer a composição dos produtos de seu portfólio). Nesse sentido, o papel 
do Prestador de Serviços Logísticos, conhecido pela sigla PSL, é fundamental. É ele quem vai 
intermediar os processos e ligar a necessidade das unidades da rede, que ficam por exemplo em 
Recife, com os fornecedores que podem supri-las. Assim, a estrutura da cadeia logística do 
McDonalds's se organiza basicamente desta maneira: primeiro temos os agropecuários e indústrias 
que fabricam carne, vegetais, etc, depois temos os fornecedores que entregam os produtos ao PSL, 
que é responsável por distribuir entre os restaurantes os produtos para que você, que é o último 
cliente, poder consumir aquele hambúrguer, sorvete, batata frita, etc. Ficou fácil agora, concorda? 
Veja que você é o último cliente, o restaurante que você comprou é cliente do PSL, e assim por diante. 
É importante você saber que vários autores da área utilizam a expressão Rede de 
Suprimentos (Supply Network), ao invés de Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), isso porque a 
lógica de rede remete-nos a uma estrutura mais complexa em que raramente existe uma linearidade 
na execução dos processos e/ou atividades e o contato com o cliente final não tende a ser exclusivo 
do elo final da rede, até porque é difícil definir qual é o último elo da rede. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
23 
O grande desafio das organizações consiste em operar de forma eficiente e eficaz, com 
vistas a garantir a continuidade de suas operações, obrigando-as constantemente a buscar vantagens 
competitivas. Assim, o gerenciamento da cadeia de suprimentos visa responder a questão de como 
agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo aumento da lucratividade nas 
operações da organização. Mas a logística também não visa a mesma coisa? Qual então a diferença 
entre logística e cadeia de suprimentos? 
Bem, enquanto a logística concentra-se nas operações da própria empresa, a cadeia de 
suprimentos olha desde o início (o primeiro fornecedor) até os elos finais da corrente de fornecedores 
e clientes. E com uma visão mais ampla e panorâmica do que a visão logística. Além da preocupação 
de todas as empresas com o que ocorre ao longo de toda a sua cadeia, é necessário um intenso grau 
de colaboração entre empresas ao longo da cadeia de suprimentos para que se atinja maior eficiência. 
A logística, como vimos anteriormente, trata da movimentação e da armazenagem de 
produtos e, para tais operações, utiliza modais de transporte, sistemas de informações, recursos 
humanos e outras ferramentas para executar suas atividades. Desse modo, a logística é apenas uma 
parcela envolvida com as atividades existentes em uma cadeia de suprimentos. Já as atividades da 
cadeia de suprimentos estão ligadas à estratégia da empresa e são divididas em várias operações que 
veremos a seguir. 
As operações na cadeia de suprimentos, segundo Bertaglia (2003) , podem ser 
classificadas em: planejamento, compras, produção e distribuição. Vamos juntos descobrir cada uma 
das operações! 
1. Planejamento: o objetivo é propiciar uma visão clara do processo como um todo, 
avaliando perspectiva estratégicas de demanda e abastecimento. Essa visão 
determinará de que forma as decisões tomadas isoladamente podem afetar os 
diferentes processos ou seus componentes. Para atingir a integração do 
planejamento, as empresas necessitam concentrar os seus esforços em algumas 
atividades que afetarão seu desempenho, tais como: desenvolvimento de canais, 
planejamento de estoque, produção e distribuição, envolvendo transporte etc. 
Nesse caso, o conhecimento do mercado, recursos internos, a disponibilidade de 
recursos externos e as atividades de integração são fatores que influenciam na 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
24 
elaboração dos planos. É importante também que esteja alinhado com o plano de 
negócios da empresa. 
2. Compras: é o processo de aquisição de materiais, componentes, acessórios e 
serviços, incluindo também a seleção de fornecedores, contratos de negociação, 
monitoração contínua de pedidos a fim de evitar atrasos. É muito mais que comprar 
e monitorar, é estratégico que envolve custo, qualidade e rapidez nas respostas. 
Assim é necessário que o profissional dessa área tenha entendimento global de 
negócios e tecnologia. 
3. Produção: o processo fundamental é converter um conjunto de matérias em um 
produto acabado ou semiacabado. A estratégia adotada aqui afeta significativamente 
toda a cadeia de suprimentos, por isso deve estar sempre alinhada com as demais 
operações. 
4. Distribuição: está relacionada a movimentação de material de um ponto de produção 
ou armazenagem até o cliente. Inclui várias atividades: gestão e controle de estoque. 
manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, 
administração de pedidos etc. 
 
De forma geral, com o gerenciamento da cadeia de suprimentos, a organização consegue 
tornar-se mais ágil e mais flexível do que seus concorrentes, permitindo assim maior competitividade. 
É importante, entender cada uma das operações envolvidas, por isso nas próximas competências 
vamos tratar um pouco mais sobre cada uma delas. 
Pronto! Você agora já possui uma noção inicial sobre o que é uma cadeia de suprimentos 
e quais suas principais operações. Vamos estudar nas próximas competências sobre outros processos 
importantes, como: fornecimento; expedição e Just in Time. 
Vamos lá?! 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
25 
2.Competência 02 | Conhecer os processos de fornecimento 
Olá, estudante! 
Extremamenterico o conteúdo da Competência 1, não é mesmo? Agora que você 
conheceu brevemente a evolução histórica da Cadeia de Suprimentos, assim como, se apropriou de 
alguns conceitos importantes, vamos aprofundar um pouco mais o conhecimento e embarcar juntos 
nesse universo? 
Pois bem! 
Antes de iniciarmos esta competência, precisamos ter em mente que os fornecedores são 
essenciais para qualquer negócio, independente do seu porte, (pequeno, médio ou grande). Aqui 
compreenderemos que há um esforço da Cadeia de Suprimentos no sentido coordenar as etapas 
desde o fornecedor do fornecedor até o cliente do cliente, para a entrega de um produto e/ou serviço 
na hora certa e com o menor custo final. 
Vamos juntos conhecer um pouco sobre os processos de fornecimento? 
Mas antes, vamos entender o que é um processo. 
Existe uma área específica do conhecimento que se dedica exclusivamente ao estudo da 
história ou origem das palavras. Esta área é chamada de etimologia. A palavra processo, segundo sua 
etimologia é uma palavra que tem origem no latim procedere, que significa método, sistema, maneira 
de agir ou conjunto de medidas tomadas para atingir algum objetivo. 
Com base nesse entendimento, pode-se afirmar que, como por exemplo, fornecer 
suprimentos para a cadeia de suprimentos. 
Até aqui, tudo tranquilo no entendimento? 
Para entender melhor o processo de fornecimento, é necessário que você compreenda 
sobre as questões relacionadas a compras, pois todas as organizações, seja ela industrial, atacadista 
ou varejista, compram, ou seja, adquirem matérias-primas, serviços ou suprimentos que apoiam suas 
operações. Ainda nesta competência trataremos sobre armazenagem, seus processos, diferença 
entre armazenagem, estoque e centro de distribuição e entenderemos os benefícios e sua 
classificação quanto à propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
26 
2.1. Conhecendo o processo de compras (Gestão de Aquisição e Suprimentos) 
A aquisição de matérias-primas, suprimentos e componentes representa um fator 
decisivo na atividade de uma empresa, pois dependendo de como é conduzida, pode gerar lucro ou 
prejuízo nos processos. Dessa forma, temos a área de compras como um importante componente na 
organização, em função, sobretudo do contato direto com os fornecedores e, além disso, a área de 
compras é também responsável por selecionar e desenvolver fornecedores que servirão de base para 
o crescimento da empresa no longo prazo. 
Martins et Al (2006), reconhece que a função de compras também pode ser chamada de 
suprimentos ou aquisição, ele defende que ela assume um papel verdadeiramente estratégico nos 
negócios, isso mesmo! Estratégico! Devido ao volume de recursos, principalmente financeiros 
envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que é um centro de despesa 
e não um centro de lucros. 
É com esse entendimento que temos que observar a área de compras, como um centro 
de lucros da organização! 
Como abordado anteriormente, as compras envolvem a aquisição de matérias-primas, 
suprimentos e componentes para o conjunto da organização. Entre as atividades associadas a elas 
incluem-se: 
• Selecionar e qualificar fornecedores; 
• Avaliar desempenho de fornecedores; 
• Negociar contratos; 
• Comparar preço, qualidade e serviço; 
• Pesquisar bens e serviços; 
• Programar as compras; 
• Estabelecer os termos das vendas; 
• Avaliar o valor recebido; 
• Mensurar a qualidade recebida, enquanto esta não estiver incluída entre as 
responsabilidades do controle de qualidade; 
• Prever mudanças de preços, serviços e, às vezes, da demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
27 
Com todas estas atribuições já deu para notar a real importância deste setor para a Cadeia 
de Suprimentos, não é mesmo? 
Mas, vamos em frente! 
Veja na figura 5, um exemplo de fluxo de compras na Cadeia de Suprimentos: 
 
 
Figura 05: fluxo de compras na Cadeia de Suprimentos 
Fonte: Adaptado de OLIVEIRA; WAGNER, 2018. 
Descrição da figura: Fluxograma com etapas de um sistema de gestão ERP 
 
Na figura acima, observamos o processo de compras sendo executado a partir da 
informação gerada pelo sistema ERP7. Neste exemplo, o sistema gera uma requisição informando a 
necessidade do produto, o comprador gera a solicitação de cotação que é enviada para os 
fornecedores. Por sua vez, os fornecedores respondem a cotação que será analisada pela empresa 
solicitante. Após análise, uma ou mais cotações (fornecedores) são selecionadas. O gestor de compras 
avalia a proposta e gera o pedido que é recebido pelo fornecedor selecionado. O fornecedor envia o 
pedido que é fisicamente recebido e alimentado novamente no sistema ERP. 
 
7 Assunto que você pode conferir no e-Book de Tecnologia da Informação do Curso Técnico em Administração. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
Assim como toda a organização, para que a atuação da área de compras seja realizada de 
maneira mais efetiva, se faz necessário que ela trabalhe de forma estratégica, pois vimos que dela 
são exigidas muitas atribuições. 
Neste momento, você pode estar se perguntando: - Mas como elaborar uma estratégia 
de compras eficaz? 
O processo de compras realmente é complexo e diversificado, e é exatamente por este 
motivo que é preciso pensar estrategicamente para que os objetivos do setor e da empresa possam 
ser alcançados. Utilizamos aqui autores que são importantes para essa discussão, como Bowersox et 
al (2014), que para eles existem três importantes passos para pensar estrategicamente nas compras: 
• Primeiro, devemos tomar as decisões pertinentes a quais produtos e serviços 
devem ser produzidos ou realizados internamente e qual devem ser adquiridos de 
fornecedores externos (terceirizados); 
• Segundo, pensando nessa situação de compras, temos que traçar alternativas 
estratégicas para lidar com esse processo; 
• Terceiro, também devemos determinar abordagens para criar um portifólio de 
estratégia de compras. 
A partir destes passos os autores acreditam ser possível fomentar um bom cenário de 
estratégias das compras. 
Vamos detalhar um pouco mais esses passos? 
E aí, comprar ou fazer? Eis a questão! 
 
2.1.1 Comprar ou Fazer (make or buy) 
Pensar sobre estes fatores requer uma decisão precisa e bem estruturada. É necessário, 
como dito anteriormente que a empresa analise quais produtos e serviços devem ser internamente 
executados ou, quando necessários, adquiridos de fornecedores externos. Esta decisão é classificada 
como suprimento interno versus terceirização, também conhecida em inglês como make or buy. 
Observe adiante, o exercício adaptado a partir do livro de Martins e Alt (2006, p.96). Sobre 
o caso da Empresa Meshmax8. 
 
8 Empresa fictícia elaborada pelos autores, 2019. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
Meshmax, empresa de médio porte localizada em Petrolina é fabricante de filtros, 
utilizados em máquinas de refrigerantes. A empresa recentemente desenvolveu um novo sistema de 
filtragem com uma tripla camada capaz de filtrar três vez mais a água, o que torna a bebida ainda 
mais adequada para o consumo. O gerente de projetos quer decidir se a Meshmax deverá comprar 
ou fabricar esse novo sistema de filtragem. Estão disponíveis os seguintes dados: 
 
FABRICAR 
COMPRAR 
PROCESSO A PROCESSO B 
Volume (unidade/ano) 10.000 10.000 10.000 
Custo Fixo (R$) 100.000 300.000 - 
Custo Variável 
(R$/unidade) 
75 70 80 
 
Quadro 01: Quadro comprar/ Fabricar 
Fonte: Dicionário de Logística GS1 Brasil, 2019. Disponível em: 
<https://enspangola.co.ao/moodle/pluginfile.php/425/mod_resource/content/1/Dicionario_logIstica.pdf>. Acesso em: 
setembro, 2019. 
 
a) A Meshmax deve utilizar o processo A, o processo B, ou comprar? 
Solução: 
O custo total (CT) é dado pela função do custo fixo (CF) e do custo variável (CV) 
multiplicado pela quantidade (q), ou seja, CT = CF + CV x q. Temos, então: 
Fazendo-se q = 10.000 unidades, temos:(CT)A = R$850.000 / ano 
(CT)B = R$1.000.000 / ano 
(CT)comprar = R$800.000 / ano 
Logo, neste caso, comprar é a melhor opção. 
E quanto à escolha pela terceirização? 
 
Vamos a um exemplo! 
 
 
 
https://enspangola.co.ao/moodle/pluginfile.php/425/mod_resource/content/1/Dicionario_logIstica.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
 
Dessa forma, a melhor opção verificada para o gestor da limpeza urbana é a utilização dos 
recursos próprios. Ou seja, terceirizar o serviço as vezes não será a melhor opção. Um fator 
importante para ser pensado sobre este processo é ter ciência que a decisão pela terceirização, 
implica na empresa abrir mão do controle para um fornecedor. 
Não ficou claro? Veja, esse “abrir mão do controle”, significa que a empresa deverá 
assumir os riscos, sobretudo, caso deseje terceirizar sua atividade fim. Em regra, o processo de 
terceirização deve ser utilizado como vantagem na realização de atividades menos importantes, pois 
como foi anteriormente abordado os recursos financeiros que seriam investidos na execução de 
determinadas atividades, poderão ser melhor empregados nas atividades internas. Todo processo de 
decisão sobre “comprar ou fazer” deve ser bem pensado e calculado. 
Na oportunidade, que tal você dar uma lida no material complementar antes de continuar 
a leitura do e-Book? 
 
A prefeitura de Caruaru identificou que precisará ajustar sua 
estratégia de coleta seletiva de lixo, para atender de forma satisfatória todo o 
município. Com investimentos do Governo Federal, por meio do programa Minha 
Casa Minha Vida um novo bairro foi construído com cerca de 300 ruas. O gestor 
responsável pela limpeza urbana deseja saber se estende a coleta para o novo 
bairro ou se subcontrata o serviço, terceirizando-o a um preço anual por rua de 
R$ 150,00. Se decidir realizar o serviço, incorrerá em custos fixos anuais de 
R$10.000. Os custos variáveis da coleta são estimados em R$ 80,00/rua ano. Qual 
a melhor solução para o gestor da limpeza urbana? 
Solução: 
As equações do custo total (CT) são: 
CT = CF + CV x (número de ruas N) 
(CT)recursos próprios = 10.000 + 80 x N 
(CT)terceiros = 150 x N 
Para N = 300 ruas, teremos: 
(CT)recursos próprios = 10.000 + 80 x 300 = R$34.000/ano 
 (CT)terceiros = 150 x 300 = R$45.000/ano 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
 
2.1.2 Estratégias de Compras 
De forma geral, toda empresa possui o setor ou a pessoa (profissional) responsável pela 
realização das compras. Bowersox et al. (2014, p.90) identifica quatro abordagens estratégicas para 
compras, são elas: 
• Compras pelo usuário; 
• Consolidação de volume; 
• Integração Operacional dos Fornecedores; 
• Gerenciamento de Valor. 
Para que você compreenda de forma mais rápida a estratégia de compras pelo usuário, 
veja esse exemplo: 
Patrícia trabalha na Meshmax, aquela empresa que trabalha produzindo filtros para 
máquinas de refrigerantes. Pois bem, na empresa, Patrícia é responsável pelos serviços gerais e todos 
os meses ela precisa fazer um check-list de todos os itens que estão chegando ao fim para que possa 
fazer a reposição (sacos de lixos, desinfetantes, vassouras, álcool, sabão em pó, sabonete líquido, 
papel toalha, lustra móveis etc.). Na Meshmax existe um setor responsável pela compra dos 
suprimentos para a fabricação dos filtros, porém quando as compras são referentes aos materiais de 
escritório ou mesmo aos materiais de serviços gerais, essa atividade passa a ser do responsável pelo 
setor que solicitou o material e dessa forma não sobrecarrega o setor de compras. Na estratégia de 
compra pelo usuário, os próprios funcionários podem determinar suas necessidades de compras. 
Já que estamos aqui falando sobre estratégias de compras, o que seria a estratégia de 
consolidação de volume? Vamos supor a seguinte situação: 
A empresa Meshmax, no início de suas atividades na década de 1980, tinha como prática 
a aquisição dos seus materiais através de diversos fornecedores. Esta era a realidade da empresa à 
época. Os proprietários observavam vantagens significativas nesta conduta, pois recebiam cotações 
 
Terceirização: como essa tendência mundial reflete no Brasil? ou copie o 
endereço e cole no seu navegador: http://blog.seguridade.com.br/terceirizacao-
como-essa-tendencia-mundial-reflete-no-brasil/ 
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Competência 02 
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de diferentes empresas fornecedoras e acreditavam que manter diversas fontes impediria o processo 
de dependência de fornecedor. No entanto, esta já é considerada uma visão ultrapassada no processo 
de compras. Atualmente, consolidar volume, quer dizer trabalhar com um número reduzido de 
fornecedores. 
Mas qual vantagem estratégica em reduzir o número de fornecedores? 
Veja, bem! Consolidar as compras em poucos fornecedores, aumenta a capacidade de 
negociação da empresa junto ao fornecedor, assim, também é vantajoso para o fornecedor, pois este 
tem garantido o seu volume de vendas. 
É importante ter em mente que apesar das vantagens apresentadas, manter um único 
fornecedor é um risco para empresa. É por esse motivo que certificar fornecedores, poderá minimizar 
futuros contratempos. 
A Meshmax, compreendendo estes novos conceitos sobre consolidação de volume, 
entendeu que não se tratava de manter uma única fonte de suprimento. Ela percebeu que era 
necessário utilizar uma quantidade menor de fornecedores quando comparado a períodos 
anteriores. Um fator importante e que já temos ciência é que o pessoal da Meshmax já compreende 
bem e aplica a estratégia da consolidação de volume. Mas precisamos conversar sobre a estratégia 
utilizada que é chamada de integração operacional dos fornecedores. O nome já deixa claro sobre o 
que se trata, mas caso você ainda não tenha percebido, vamos ao exemplo para clarear as ideias. 
O gestor de compras da Meshmax resolveu integrar seu principal fornecedor ao seu 
sistema operacional interno. 
Mas, como assim? 
Ele abriu as informações internas das vendas para o fornecedor? 
Isso mesmo! Vamos a explicação?! 
Primeiro, para que essa prática de integração ocorra, é importante que exista confiança, 
parceria e contratos que a regule. Um dos principais propósitos da integração operacional dos 
fornecedores é o de permitir que o fornecedor tenha acesso direto às informações de compra e 
venda, assim o fornecedor fica ciente sobre quais são os produtos mais vendidos. 
Com base nestas informações, o fornecedor poderá se posicionar de forma mais eficaz, 
pois à medida que acompanha as informações no sistema de vendas consegue realizar um 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
33 
planejamento mais adequado e o comprador, no caso aqui a Meshmax, receberá seus suprimentos 
sempre dentro do prazo. 
O que pode-se destacar, deste modelo estratégico de compras, é a melhoria no processo 
de comunicação, pois a integração operacional, tende a melhorar o fluxo das informações, reduz o 
tempo do pedido e elimina erros de comunicação. 
Percebeu agora que ambos os lados são beneficiados? 
Para que você possa compreender um pouco melhor sobre cliente-fornecedor, sugiro 
acessar o material disponível através do link de QR-Code disponível a seguir. 
 
Quando observada, a estreita construção de confiabilidade entre empresa (cliente) e 
fornecedor, por meio do processo de integração operacional, cria-se a oportunidade para o chamado 
gerenciamento de valor. 
Desenvolver o gerenciamento de valor para a empresa Meshmax é fundamental, pois este 
é um tipo de relacionamento mais abrangente e sustentável. 
Lembra que no exercício anterior a Meshmax estava planejando a produção de novos 
filtros para serem utilizados nas máquinas de refrigerantes com uma melhor capacidade e mais 
tecnologia? 
Então, o entendimento é que o envolvimentocom o fornecedor possibilita a efetivação 
de mudanças nas estratégias da compra, saindo do estilo tradicional que como vimos, corresponde 
aquele tipo de compra baseada no conflito, onde (acreditava-se que manter diversas fontes impediria 
o processo de dependência de fornecedor), para o conceito de compras mais contemporâneo e 
colaborativo, utilizado pela Meshmax. 
Para a elaboração dos novos filtros, ou seja, na etapa inicial de um projeto, como é aqui 
nosso exemplo, busca-se um menor custo total, assim como, a adequação nos processos de qualidade 
que vão sendo incorporados as etapas da construção do novo produto (dos filtros). Além das 
vantagens apresentadas anteriormente, o envolvimento com o fornecedor desde as etapas do início 
 
 A relação entre empresas e fornecedores tornou-se cada vez 
mais consistente, gerando um clima de confiabilidade e 
segurança. Utilize o QR-Code e saiba mais. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
34 
do projeto pode reduzir custos. Dessa forma, quanto maior o nível de envolvimento do fornecedor 
com o projeto, maiores são as possibilidades de a empresa lucrar com o conhecimento e as 
competências desse fornecedor. 
Para tornar mais clara essa relação entre empresa versus fornecedor, veja a situação a 
seguir (adaptado: BOWERSOX, et al., 2014, p.92): 
O engenheiro de projetos da Meshmax estava completando o esquema de montagem dos 
novos filtros que seriam testados em uma das máquinas de refrigerantes quando, durante o processo, 
o engenheiro do fornecedor (que já havia sido designado apesar de a produção ainda não ter iniciado) 
perguntou se a terceira camada do filtro poderia ser alterada em cerca de 1,3mm. O engenheiro de 
projetos da Meshmax, depois de alguma consideração, respondeu que isso poderia ser feito sem 
qualquer impacto no produto final; e ficou curioso para saber por que o fornecedor havia solicitado 
a alteração. A resposta foi que, ao reduzir a terceira camada do filtro, ele poderia utilizar as 
ferramentas e moldes já existentes para fabricar o novo filtro numa espessura um pouco mais fina. 
Com o projeto original, seria necessário um enorme investimento de capital para comprar as novas 
ferramentas para fabricação. Quando analisados os custos, notou-se uma redução de 
aproximadamente 25% a 30% no custo da fabricação do filtro. 
Ficou claro para você o quanto foi importante a intervenção do engenheiro do 
fornecedor? Ambas empresas obtiveram vantagens. A Meshmax que vai pagar um pouco menos pela 
fabricação do novo modelo de filtro e a empresa fornecedora que irá utilizar equipamentos já 
disponíveis o que otimizará a fabricação e o tempo de entrega. 
Todo esse processo de estratégias de negociação, foram vistos, nestes exemplos, no setor 
de compras, mas o processo de negociação é importante e deve envolver outros setores da empresa 
(marketing, financeiro, contabilidade, comercial, entre outros), assim através da cooperação de todos 
a empresa alcançará seus objetivos de maneira mais eficaz. 
Por fim, chegamos à etapa sobre portfólio de estratégias de compra. No caso, portfólio 
será entendido como etapas que a empresa utilizará para selecionar melhor seus fornecedores, ou 
seja, ela formará um portfólio de fornecedores excelentes. 
Adiante conversaremos um pouco mais! 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
35 
2.1.3 Portfólio de Estratégia de Compras 
Precisamos reforçar o entendimento de que o processo de compra não é igual para todas 
as situações, pois cada insumo é diferente e requer uma perspectiva distinta. Muitas organizações, 
de maneira equivocada, demandam a mesma energia para os procedimentos de compras. Uma coisa 
é a aquisição de uma pequena quantidade de itens, outra é a realização de uma compra estratégica. 
O ideal é que seja despendido tempo e recurso de maneira proporcional para cada tipo de compra. 
Uma estratégia que deve ser adotada para obter êxito é a chamada análise de gasto, esta 
ferramenta possibilita que os gestores identifiquem quanto está sendo gasto em cada tipo de produto 
ou serviço. 
Vamos ao exemplo? 
Uma análise de gastos na empresa Meshmax constatou que os equipamentos de proteção 
individual (EPI) descartáveis, utilizados pelos 20 operários da produção, (propé, touca, máscara e 
luvas), eram provenientes de 8 fornecedores. Através da análise de gastos é possível determinar uma 
estratégia de compra mais adequada para cada um dos produtos necessários para a empresa. 
É dessa forma que se vai construindo um portfólio estratégico de compras! 
Bowersox et al. (2014, p.95), identifica quatro abordagens para determinar a compra de 
rotina, compras de gargalo, compras de alavancagem e compras críticas, como estratégias 
adequadas de compras. 
Vejamos, nos tópicos adiante cada uma delas. 
 
2.1.3.1 Compra de rotina 
De modo geral, a compra de rotina oferece baixa percentagem do gasto total da empresa. 
O não fornecimento, não compromete as atividades fins e geram apenas alguns incômodos. Podemos 
imaginar a falta de material de escritório, falta de sacos de lixo, de papel higiênico, de sabonete 
líquido. Estes itens são de fácil aquisição utilizando-se, por exemplo, o “cartão de compras”, um tipo 
de cartão de crédito coorporativo para que os usuários comprem justamente estes itens rotineiros. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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2.1.3.2 Compras de “gargalos” 
Compra de itens de “gargalo”, também é considerada como de baixa percentagem nos 
gastos da empresa, porém diferente do item anterior, nestes casos o risco de fornecimento é alto e 
desta forma são percebidos como de alto impacto em operações importantes para o comprador. São 
considerados “gargalos”, qualquer obstáculo que possa influenciar o andamento e o resultado dos 
processos em uma empresa. 
Pra você compreender melhor, são itens encontrados em um pequeno número de 
fornecedores. O ideal é que o gestor de compras da empresa firme contratos de longo prazo para 
assegurar a continuidade do fornecimento ou mantenha várias fontes de fornecimento. 
 
2.1.3.3. Compras para alavancagem 
Aqui temos como itens os commodities para os quais existem muitas fontes de 
fornecimento. 
Não sabe ou não está lembrando o que são os commodities? 
 
 
Agora que você já acessou a matéria sobre commodities, ficou mais fácil de entender o 
motivo pelo qual existem muitas fontes de fornecimento, não é mesmo? 
Pois bem, as compras para alavancagem envolvem pouco risco de fornecimento, no 
entanto, o gasto nesses produtos é relativamente alto. Nestas situações é significativo que o gestor 
de compras trabalhe na estratégia de consolidação de volume. 
Recomendo que você volte um pouco a leitura para recordar sobre o que tratamos sobre 
este assunto no item 2.1.2. 
 
 
 As commodities costumam ser classificadas em 4 grupos 
gerais, são eles: agrícola, ambiental, financeiro e mineral. 
Ficou curioso? Utilize o QR-Code e saiba mais. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
37 
2.1.3.4 Compras críticas 
Compras críticas se- referem justamente àqueles itens e serviços estratégicos para a 
empresa. São aqueles que geram um alto impacto e uma falha pontual no fornecimento pode gerar 
danos catastróficos. 
Neste sentido, dado a sua importância e ao risco envolvido, há uma forte tendência em 
concentrar as compras em fornecedores específicos. Aqui, então, faz-se necessário estabelecer as 
estratégias de integração operacional do fornecedor e lembrar do gerenciamento de valor. 
Vamos agora entender o que acontece com os insumos após a etapa de compras. Este 
processo é chamado de armazenagem, vamos conhecer ele a seguir. 
 
2.2 Conhecendo o processo de armazenagem 
 
 
Figura 06 - Processo de Armazenagem 
Fonte: https://www.inotec.de/branchen/lager-logistik/ 
Descrição da figura: Armazém de alto compartimento com corredor de estantes do lado esquerdo, no meio 
profissionais manuseando maquinários, no fundo mercadorias a serem despachadas 
 
Entender o processo de armazenagemé fundamental para executar uma boa gestão da 
cadeia de suprimentos. 
Mas o que seria o armazenamento? 
https://www.inotec.de/branchen/lager-logistik/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
38 
Assim como vimos na competência 1 sobre o desenvolvimento histórico da cadeia de 
suprimentos, aqui, também, convém mais uma vez esse “olhar pelo retrovisor da história”, pois ele 
nos auxiliará a compreender que o processo de armazenamento da forma que conhecemos hoje, 
passou por algumas transformações ao longo de sua história. 
Na era pré-industrial o armazenamento era realizado em casa mesmo, de maneira 
individual, em quartos, porões, garagens. Tínhamos aí o início da armazenagem. Com o 
desenvolvimento da sociedade, com a criação de estradas e de outras formas que facilitariam o 
escoamento de matéria-prima e produtos, o armazenamento passou a ser realizado pelos 
atacadistas, varejistas e, também, pelos próprios fabricantes. 
A partir desta mudança a armazenagem passa para o setor de atacado e varejo, e sentiu-
se a necessidade de criar grandes galpões, capazes de armazenar linhas completas de produtos. A 
forma mais comum de armazenagem deu-se por meio de estruturas porta-paletes, 
convenientemente dispostas a facilitar o acesso de equipamentos de elevação e transporte, observe 
a figura 7 com diversos modelos. 
Para o armazenamento é necessário desenvolver cuidados contra contaminantes 
internos e externos, cuidados com a iluminação, incêndios e os produtos devem ser sempre 
armazenados de forma a facilitar a localização. 
 
 
Figura 07: Diversos modelos de paletes utilizados para armazenagem. 
Fonte: http://www.guialog.com.br/paletes.htm 
Descrição da figura: Diversos modelos paletes. A figura apresenta 15 modelos de peças em madeira de tamanhos 
aproximados de 2mX1mx30cm de altura. 
 
http://www.guialog.com.br/paletes.htm
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
39 
Antes de avançarmos nos estudos sobre armazenagem, acredito ser relevante distinguirmos 
esses três termos: armazenagem, estoque e centro de distribuição. 
Você sabe a diferença entre eles? 
Apesar da semelhança, cada um tem um objetivo distinto. 
Vamos conhecer? 
• Armazenamento – ação de reter, armazenar, guardar um determinado bem. 
• Estoque – quantidade de mercadoria, quantidade de produtos armazenados para fins 
específicos. 
• Centro de Distribuição – além de armazenar produtos, atende também a pedidos. 
Agora que já sabemos sobre o armazenamento, vamos estudar um pouco mais sobre 
algumas especificidades deste importante componente dentro da cadeia de suprimentos? 
Que o processo de armazenagem é importante, isso sabemos. Mas, quais os benefícios 
econômicos ele pode trazer? 
 
2.2.1 Benefícios Econômicos 
Os benefícios econômicos da armazenagem surgem dentro de uma perspectiva de 
armazenamento estratégico. Este modelo de armazenagem está relacionado à presença local. 
Para esclarecer, este termo também é compreendido como depósito local e os estudos 
apontam que há grandes vantagens nos depósitos locais, pois estes aumentam de forma significativa 
a participação no mercado e como consequência a lucratividade. O fato de se ter uma rede de 
depósitos estrategicamente localizados, proporciona aos principais clientes, confiança e a segurança 
que estão apoiados logisticamente, devido à proximidade do seu fornecedor. 
Tem-se, então, que a implementação da armazenagem próxima dos principais clientes, 
persegue a diminuição do custo total. Vejamos dois exemplos de benefícios econômicos básicos: 
consolidação e fracionamento de carga e estocagem sazonal. 
 
2.2.1.1 Consolidação e fracionamento de carga 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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A consolidação e fracionamento de carga é um tipo de benefício econômico que ocorre 
sempre que diversas fontes (empresas) são combinadas, agrupadas em quantidades exatas em um 
único grande carregamento para um destino específico. Além do benefício econômico existente, pelo 
fato de dividir a tarifa de frete com outras empresas, tem-se o tempo de entrega pontual e redução 
do congestionamento na doca de recebimento. Doca é o nome dado ao local responsável por receber 
as cargas e as redistribuir. 
Para você entender melhor doca, observe adiante a figura 7, adaptada de Bowersox 2014, 
p.230). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 08: Consolidação e fracionamento de carga 
Fonte: Os autores 
Descrição da Figura: A figura apresenta duas caixas de texto em separado, estando uma acima da outra. A caixa 
superior está nomeada com consolidação e dentro dela ao lado esquerdo de cima para baixo esta escrito Empresa A, 
Empresa B e Empresa C unidas por uma seta direcionada para a palavra DOCA que está ao centro da Figura. Da Palavra 
Doca saí uma única seta com direção à direita onde constam as letras A, B e C divididos por quadrados onde acima 
destas consta escrita a palavra clientes. No quadro inferior nomeado com a palavra Fracionamento, consta no centro na 
parte interna à esquerda a palavra Empresa A com uma seta direcionada para centro do quadro para a palavra doca de 
onde saem três setas direcionadas para direita sendo a seta superior Cliente A, a seta ao centro Cliente B e a seta 
inferior cliente C. Tem-se assim, o processo de consolidação e fracionamento da carga. 
 
2.2.1.2 Estocagem sazonal 
Aqui temos a situação de produtos que são fabricados o ano inteiro, mas que são vendidos 
em grande volume, em determinadas épocas do ano, a exemplo de produtos escolares, enfeites de 
natal, etc. E, temos também produtos que tem sua produção apenas em determinadas épocas do 
ano, é o caso de produtos agrícolas, que dependem da safra para sua produção. O armazenamento 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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eficiente em ambos os casos, precisa atender as restrições impostas tanto pelos produtores de 
insumos como pelos consumidores. 
 
2.2.2 Classificação quanto à propriedade 
 
O processo de armazenamento ocorre em depósitos que podem ser classificados quando 
à sua propriedade. A decisão relacionada ao depósito é estritamente financeira e os depósitos podem 
ser classificados de diversas formas, aqui veremos: depósitos próprios ou alugados ou depósitos 
terceirizados. Vejamos nos tópicos adiante alguns detalhes sobre cada um. 
 
2.2.2.1 Depósitos próprios ou alugados 
Nos casos em que a empresa opta pelo gerenciamento ou aquisição da armazenagem em 
depósitos próprios ou alugados a empresa ficará responsável pelos custos (manutenção, reparos), 
pela flexibilidade (horário de atendimento a cliente, condicionamento correto das mercadorias) e 
todos os outros aspectos intangíveis que estejam relacionados. Esse modelo apresenta algumas 
desvantagens e como exemplo podemos citar a infraestrutura física, pois nem sempre o local 
disponível tem uma natureza física favorável para o correto manuseio de carga e descarga de 
mercadorias. 
 
2.2.2.2 Depósitos terceirizados 
A escolha por depósitos terceirizados normalmente é estabelecida por contratos de longo 
prazo e essa escolha poderá trazer benefícios quanto à flexibilidade, economia com recursos 
administrativos e humanos, mão de obra especializada, equipamentos adequados, entre outras. Um 
outro diferencial dos depósitos terceirizados é que muitos oferecem serviços logísticos integrados 
como: gerenciamento de transportes; controle de estoques; processamento de pedidos e 
devoluções, serviços ao cliente. 
Percebeu que nas duas possibilidades de armazenamento existem vantagens? 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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Pois é! A empresa poderá optar, inclusive, por uma combinação entre parte da sua 
produção em depósito próprio ou alugado e parte em depósitos terceirizados. A decisão ficará a 
critério da gestão sempre com o objetivo de redução no custo total. 
 
Então, estudante, o que achou desta competência? 
Espero que tenha compreendido que o processo de fornecimento envolve um 
posicionamento estratégico da gestão da empresa. 
Vamos para nossa próxima

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