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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO 
ENVELHECIMENTO HUMANO
Envelhecimento e sociedade – v. 1
Universidade Nove de Julho – UNINOVE
Rua Vergueiro, 235/249 – 12º andar
CEP: 01504-001 – Liberdade – São Paulo, SP – Brasil
Tel.: (11) 3385-9191 – editora@uninove.br
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Débora Bachin Carvalho
Jéssica Julioti Urbano 
Luciana Rodrigues Barcala
Nadhia Helena Costa Souza
Patrícia Lira dos Santos
Vanessa dos Santos Grandinetti
São Paulo
2019
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO 
ENVELHECIMENTO HUMANO
Envelhecimento e sociedade – v. 1
Fernanda Ishida Corrêa
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
(Organizadoras)
© 2019 UNINOVE
Todos os direitos reservados. A reprodução desta publicação, no todo ou em parte, 
constitui violação do copyright (Lei nº 9.610/98). Nenhuma parte desta publicação 
pode ser reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização da UNINOVE.
Conselho Editorial: Eduardo Storópoli
Maria Cristina Barbosa Storópoli
Nadir da Silva Basílio
Cristiane dos Santos Monteiro
João Carlos Ferrari Corrêa
Cinthya Cosme Gutierrez Duran
Renata Mahfuz Daud Gallotti
Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade dos autores
Capa e Editoração eletrônica: Big Time Serviços Editoriais
Revisão: Antonio Marcos Cavalheiro
Sumário
Sobre a Coleção Envelhecimento e Sociedade .......................................... 10
Apresentação ................................................................................................11
Capítulo 1
DIVISÃO DO CORPO HUMANO: CONCEITOS E PARTES,
POSIÇÃO ANATÔMICA E PLANOS DE SECÇÃO, 12
Patrícia Lira dos Santos
Introdução ................................................................................................... 12
Objetivos ...................................................................................................... 12
Níveis de organização do corpo humano .................................................. 13
Células .......................................................................................................... 13
Tecidos .......................................................................................................... 13
Órgãos e Sistemas ......................................................................................... 15
Posição anatômica .........................................................................................17
Planos e eixos do corpo humano .................................................................. 18
Conclusão ..................................................................................................... 20
Exercícios ..................................................................................................... 21
Bibliografia .................................................................................................. 22
Capítulo 2
SISTEMA ÓSSEO: TECIDO ÓSSEO,
FUNÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS, 24
Vanessa dos Santos Grandinetti
Introdução ................................................................................................... 24
Objetivos ...................................................................................................... 24
Sistema ósseo ............................................................................................... 25
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 32
Conclusão ..................................................................................................... 34
Exercícios ..................................................................................................... 35
Bibliografia .................................................................................................. 36
Capítulo 3
SISTEMA ARTICULAR: TECIDO ARTICULAR,
FUNÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES, 38
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Jéssica Julioti Urbano
Introdução ................................................................................................... 38
Objetivos ...................................................................................................... 38
Sistema articular ......................................................................................... 39
Articulações fibrosas ..................................................................................... 39
Articulações sinoviais ................................................................................... 42
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 44
Conclusão ..................................................................................................... 45
Exercícios ..................................................................................................... 46
Bibliografia .................................................................................................. 47
Capítulo 4
SISTEMA MUSCULAR: TECIDO MUSCULAR,
TIPOS E FUNÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
E CONTRAÇÃO MUSCULAR, 49
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Jéssica Julioti Urbano
Introdução ................................................................................................... 49
Objetivos ...................................................................................................... 50
Tipos de tecido muscular ............................................................................ 50
Classificações dos músculos ......................................................................... 54
Mecanismo de contração .............................................................................. 55
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 56
Conclusão ..................................................................................................... 57
Exercícios ..................................................................................................... 58
Bibliografia .................................................................................................. 59
Capítulo 5
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO:
ESTRUTURA E FUNÇÃO, 61
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Introdução .................................................................................................. 61
Objetivos ...................................................................................................... 61
Estrutura e função do sistema cardiovascular ......................................... 62
Estrutura e função do sistema respiratório .............................................. 64
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 65
Conclusão ..................................................................................................... 67
Exercícios ..................................................................................................... 68
Bibliografia .................................................................................................. 69
Capítulo 6
SISTEMA DIGESTÓRIO:
ESTRUTURA E FUNÇÃO, 71
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Introdução ................................................................................................... 71
Objetivos ...................................................................................................... 71
Estrutura e função do sistema digestório .................................................. 72
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 75
Conclusão ..................................................................................................... 76
Exercícios ..................................................................................................... 77
Bibliografia ..................................................................................................78
Capítulo 7
SISTEMA UROGENITAL FEMININO E MASCULINO:
ESTRUTURA E FUNÇÃO, 80
Nadhia Helena Costa Souza
Introdução .................................................................................................. 80
Objetivos ...................................................................................................... 80
Estrutura e função do sistema urogenital feminino e masculino ............ 81
Sistema urinário ............................................................................................ 81
Sistema genital feminino ............................................................................... 82
Sistema genital masculino ............................................................................. 82
Aspectos do envelhecimento ......................................................................... 83
Conclusão ..................................................................................................... 85
Exercícios ..................................................................................................... 86
Bibliografia .................................................................................................. 88
Capítulo 8
SISTEMA NERVOSO: EMBRIOLOGIA,
ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO, 90
 Luciana Rodrigues Barcala
Introdução ................................................................................................... 90
Objetivos ...................................................................................................... 90
Embriologia ................................................................................................. 90
Divisão Estrutural do Sistema Nervoso ........................................................ 92
Sistema nervoso central ................................................................................ 93
Cérebro .......................................................................................................... 93
Cerebelo ........................................................................................................ 97
Tronco Encefálico ......................................................................................... 98
Medula Espinal ............................................................................................101
Sistema nervoso periférico .......................................................................... 102
Nervos e Gânglios ....................................................................................... 102
Terminações Nervosas .................................................................................103
Aspectos do envelhecimento ........................................................................103
Conclusão ................................................................................................... 104
Exercícios ....................................................................................................105
Bibliografia ................................................................................................ 106
Capítulo 9
TECIDO NERVOSO E POTENCIAL DE AÇÃO:
CÉLULAS NERVOSAS E SUAS FUNÇÕES, 108
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Introdução ................................................................................................. 108
Objetivos .................................................................................................... 108
Tecido nervoso ........................................................................................... 109
Sinapses........................................................................................................114
Mecanismo da transmissão sináptica ..........................................................117
Aspectos do envelhecimento ....................................................................... 120
Conclusão ....................................................................................................121
Exercícios ................................................................................................... 122
Bibliografia ................................................................................................ 123
Capítulo 10
CONTROLE MOTOR E NEUROPLASTICIDADE:
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR E
FISIOLOGIA DA PLASTICIDADE NEURAL, 125
Débora Bachin Carvalho
Introdução ................................................................................................. 125
Objetivos .................................................................................................... 125
Controle motor .......................................................................................... 126
Teorias do controle motor ............................................................................131
Teoria do Reflexo .........................................................................................131
Teoria Hierárquica........................................................................................132
Teoria da Programação Motora ....................................................................133
Teoria dos Sistemas ..................................................................................... 134
Teoria da Ação Dinâmica ............................................................................ 134
Teoria Ecológica ..........................................................................................135
Breve consideração sobre as Teorias do Controle Motor ............................135
Aprendizado motor e neuroplasticidade ..................................................... 136
Aspectos do envelhecimento ........................................................................139
Conclusão ................................................................................................... 140
Exercícios ....................................................................................................141
Bibliografia .................................................................................................143
Autores ........................................................................................................145
Coleção Envelhecimento e Sociedade .......................................................147
10 - Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Sobre a Coleção Envelhecimento e Sociedade
A coleção a seguir foi estruturada de maneira que o leitor reforce 
o seu conhecimento acerca do desenvolvimento e organização do indi-
víduo e da sociedade. Para tal, cada capítulo elaborado visa abranger de 
maneira clara e objetiva esses pontos.
O primeiro volume descreve sobre a anatomia e fisiologia dos sis-
temas que formam o corpo humano, bem como as alterações possíveis 
durante o envelhecimento, propiciando que o leitor associe os aspectos 
normais e as mudanças em decorrência da idade.
O segundo e o terceiro volumes abordam conceitos antropológi-
cos e sociais, bem como as políticas públicas essenciais ao idoso e à re-
abilitação durante o envelhecimento.
Os demais volumes (quarto, quinto e sexto) estão direcionados à 
abordagem da atuação do Fisioterapeuta nas principais doenças neuro-
lógicas do adulto, os recursos auxiliares disponíveis e o conhecimento 
dos aspectos da dor.
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
11 - Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Apresentação
Ao longo deste livro, o leitor aprofundará seu conhecimento 
sobre cada sistema do corpo humano, abordando sua forma e 
funcionamento, bem como todo processo que ocorre nestes sistemas 
durante o envelhecimento.
O corpo humano é formado por diversos sistemas, que estão 
inter-relacionados, cada qual com suas funções específicas; objetivando 
a manutenção da vida.
Compreender como cada sistema funciona, é extremamente 
importante para entendermos os processos que comprometem o 
indivíduo no decorrer do envelhecimento.
O envelhecimentoé um processo fisiológico que está atrelado 
a mudanças estruturais, funcionais e comportamentais. Perceber e 
adaptar-se a essas mudanças pode ser um caminho complexo e difícil 
para muitos; portanto, cabe ao profissional da Saúde, compreender o 
funcionamento fisiológico de cada sistema do corpo humano para, desta 
maneira, saber identificar as mudanças fisiológicas ou não, durante o 
processo do envelhecimento, possibilitando uma melhor orientação 
para o envelhecimento saudável, respeitando cada indivíduo dentro de 
suas limitações.
Cada capítulo deste livro, discorre sobre os principais pontos de 
cada sistema; contribuindo para o melhor aprendizado e aproveitamento 
de cada leitor.
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho 
12 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Capítulo 1
DIVISÃO DO CORPO HUMANO:
CONCEITOS E PARTES, POSIÇÃO 
ANATÔMICA E PLANOS DE SECÇÃO
Patrícia Lira dos Santos
Introdução
O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e mem-
bros e formado por inúmeras células que possuem formas e funções 
distintas. O estudante da área da saúde deve entender e compreender 
a posição anatômica do corpo humano. Para definir as descrições ana-
tômicas, tanto do corpo humano quanto dos órgãos, nos baseamos em 
três principais planos de secção. Esta posição é um referencial para po-
der localizar, descrever as estruturas anatômicas e definir um padrão 
entre os profissionais da área. Esta compreensão se faz importante, já 
que conhecer o que está dentro da normalidade favorece a compreen-
são das possíveis mudanças estruturais e funcionais durante o proces-
so do envelhecimento.
Objetivos
Ao concluir a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
•	 Conhecer os níveis de organização do corpo humano;
•	 Conhecer e compreender as divisões anatômicas;
•	 Conhecer a posição anatômica;
•	 Compreender os planos e eixos de secção.
13 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Níveis de organização do corpo humano
Células
O corpo humano é constituído por diversas partes, que são forma-
das por inúmeras células que apresentam formas e funções definidas. A 
célula é um componente estrutural e funcional básico da vida. Os seres 
vivos são compostos de 60 a 100 trilhões de células constituídas por áto-
mos, estes ligados entre si para formar partículas maiores chamadas de 
moléculas. Alguns agrupamentos específicos de moléculas formam es-
truturas funcionais chamadas de organelas, que realizam funções especí-
ficas dentro das células. O corpo humano contém muitos tipos distintos 
de células com funções específicas. Exemplo destas células especializa-
das são: células sanguíneas, células musculares, células adiposas, célu-
las ósseas e células nervosas. A estrutura de cada célula está diretamente 
relacionada à sua função.
Níveis de organização do corpo humano: 
átomos – moléculas – organelas – células – 
tecidos – órgãos – sistemas – corpo humano.
Tecidos
Os tecidos são formados por grupos de células que realizam a 
mesma função. Durante a formação do feto, as células vão se desenvol-
vendo conforme sua função e localização; este processo é chamado de 
diferenciação celular. As células que possuem características semelhan-
tes, seja estrutural ou funcional, se agrupam e, desta maneira, formam 
os tecidos. Na constituição do corpo humano, existem quatro tipos fun-
damentais de tecidos:
•	 Tecido epitelial;
•	 Tecido conjuntivo;
14 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Tecido nervoso;
•	 Tecido muscular.
O tecido epitelial possui as funções de proteção do corpo (pele), 
a produção e absorção de hormônios, nutrientes e percepção de sen-
sações (frio e calor). Pode ser classificado em dois tipos: tecido epi-
telial de revestimento e tecido epitelial glandular. É formado por um 
grupamento de células que permanecem juntas e sobrepostas (justa-
postas), podem estar dispostas em uma ou mais camadas e apresen-
tam diferentes formas.
• Grupamentos de células em uma única 
camada: epitélio simples.
• Grupamento de células em mais de uma 
camada: epitélio estratificado.
• As células podem ter as seguintes formas: 
cilíndricas/colunares, pavamentosas 
(achatadas) ou cúbicas.
O tecido epitelial de revestimento protege os órgãos externos do 
corpo, já o tecido epitelial glandular participa na formação de glându-
las (produzem suor, lágrima ou hormônios). Este tipo de tecido é avas-
cular, ou seja, não há presença de vasos sanguíneos. 
O tecido conjuntivo possui duas funções importantes no 
organismo: unir e separar órgãos do corpo humano, além de nutrição 
e proteção. Também transporta nutrientes, armazena gorduras, 
amortece impactos e permite a liberação de células de defesa por todo 
o organismo. Este tecido é constituído por fibras que são formadas 
por colágeno e elastina. Possuem células bem diversificadas, quanto à 
forma, tamanho e função; portanto, é divido em tecidos especializados 
descritos a seguir:
15 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Tecido adiposo: composto por células adiposas que acumulam 
gorduras (adipócitos). Este tipo de tecido tem como principal 
função o isolamento térmico. 
•	 Tecido cartilaginoso: possui componentes de consistência fir-
me, porém flexível; função de sustentação e revestimento. Além 
disso, a cartilagem presente amortece os impactos gerados na 
coluna vertebral.
•	 Tecido ósseo: tecido rico em cálcio, sais minerais e colágenos. 
Estes elementos permitem que os ossos fiquem rígidos e resis-
tentes, além disso, é vascularizado.
•	 Tecido sanguíneo: possui função de defesa do organismo, trans-
porte de hormônios, oxigênio e nutrientes para todo corpo. 
Órgãos e Sistemas
Um órgão é formado por 2 (dois) ou mais tecidos (conjuntivo, epi-
telial, muscular e nervoso) que executam uma função específica. Quando 
vários órgãos interagem e desempenham uma função específica no or-
ganismo, é chamado de sistema. O corpo humano é formado por vários 
sistemas:
•	 Sistema nervoso: formado por órgãos (encéfalo, medula espi-
nal, receptores e nervos) responsáveis por regular as funções do 
corpo humano (Capítulos 8 e 9);
•	 Sistema respiratório: formado por órgãos (vias áreas superio-
res e inferiores) responsáveis pela troca gasosa entre o organis-
mo e o meio ambiente (Capítulo 5);
•	 Sistema endócrino: formado por órgãos e glândulas que pro-
duzem e liberam hormônios responsáveis por manter a home-
ostasia do organismo;
16 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Sistema circulatório: formado pelo coração e vasos da base, 
responsáveis por levar nutrientes e oxigênio para os tecidos 
(Capítulo 5);
•	 Sistema linfático: formado pelos vasos linfáticos, linfa e órgãos 
linfáticos (baço, linfonodos, timo), responsáveis pela produção de 
células de imunidade e transporte da linfa para todo corpo;
•	 Sistema urinário: formado por órgãos (rins, ureteres, bexiga e 
uretra), responsáveis por produzir e eliminar a urina (Capítulo 7);
•	 Sistema reprodutor: formado por órgãos reprodutores mas-
culinos (testículos e órgãos internos e externos) e reprodutores 
femininos (ovários e os órgãos internos e externos), sendo res-
ponsável pela reprodução humana (Capítulo 7);
•	 Sistema digestivo: formado por órgãos (boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus), respon-
sáveis por manter o suprimento de água, nutrientes e eletrólitos 
do organismo (Capítulo 6);
•	 Sistema esquelético: formado pelos ossos do esqueleto huma-
no, responsáveis pela sustentação, locomoção e proteção do cor-
po humano (Capítulo 2);
•	 Sistema muscular: formado pelos músculos do corpo humano, 
responsáveis pela movimentação e locomoção do corpo huma-
no (Capítulo 4).
17 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 1– Sistemas do corpo humano | Fonte: 123rf.
Posição anatômica
Para representar e descrever as posições dos vários órgãos que 
compõem o corpo humano, é utilizado uma posição de referência de-
finida como posição anatômica. O intuito desta posição é ajudar na 
melhor compreensão dos movimentos do corpo e padronizar a lin-
guagem entre os profissionais da área da saúde, evitando assim dú-
vidas na utilização dos termos anatômicos. A posição anatômica é 
descrita abaixo:
•	 Posição bípede (em pé);
18 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Corpo ereto;
•	 Cabeça com a face voltada para a frente;
•	 Membros inferiores unidos (pés apontados para frente);
•	 Braços e antebraços ao lado do corpo, palmas das mãos para 
frente.
Figura 2 – Posição anatômica | Fonte: 123rf.
Planos e eixos do corpo humano
Para estudar e visualizar a disposição dos órgãos, os mesmos po-
dem ser seccionados a fim de permitir uma melhor descrição anatômi-
ca. A secção ocorre em três planos de referência: plano sagital, plano 
transversal e plano frontal. Partindo da análise da posição anatômica, 
estes eixos imaginários auxiliam na descrição dos movimentos do cor-
po. Os planos são definidos assim:
19 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 	Plano sagital: é o plano que se estende verticalmente ao longo do 
corpo, permitindo a divisão em parte direita e esquerda. Também 
pode ser definido como plano sagital mediano quando passa lon-
gitudinalmente ao longo do plano mediano do corpo;
•	 Plano frontal ou coronal: é o plano que se estende vertical-
mente ao longo do corpo, dividindo em parte anterior (frente) e 
posterior (atrás);
•	 Plano transversal: é o plano que se estende horizontalmente ao 
longo do corpo e divide em parte superior e inferior.
Quando analisamos os movimentos realizados pelo corpo huma-
no, aplicamos o conhecimento dos eixos de movimentos. Os eixos são 
linhas imaginárias que atravessam os planos do corpo. Estas linhas são 
conduzidas perpendicularmente e os movimentos ocorrem em torno de-
las. Os eixos são divididos em três seguimentos: 
•	 Eixo látero-lateral: eixo perpendicular ao plano sagital, estende-
-se no sentido látero-lateral (de um lado para outro e vice-versa). 
Também conhecido como eixo transversal ou horizontal, possi-
bilita os movimentos de flexão e extensão, como por exemplo, 
o movimento das articulações do cotovelo e ombro.
•	 Eixo ântero-posterior: eixo perpendicular ao plano frontal (co-
ronal), estende-se no sentido anterior-posterior. Também conhe-
cido como eixo sagital; possibilita os movimentos de abdução 
e adução, como por exemplo, o movimento das articulações do 
quadril e ombro.
•	 Eixo longitudinal: eixo perpendicular ao plano transversal, es-
tende-se no sentido de crânio-caudal (de cima para baixo e vi-
ce-versa). Possibilita os movimentos de rotações lateral/externa 
e medial/interna, como por exemplo, o movimento das articula-
ções do ombro, quadril, tronco.
20 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 3 – Planos e Eixos do Movimento | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
Conclusão
Conhecer o corpo humano é de fundamental importância para a 
atuação na área da saúde, desde seus aspectos histológicos até os aspec-
tos anatômicos. A padronização de termos favorece o entendimento e a 
utilização no estudo e na pesquisa e a compreensão das mudanças du-
rante o envelhecimento.
21 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Exercícios
1) Paciente M.N.C, masculino e jogador de volei. Durante uma partida, 
na realização do saque, movimento de flexão de ombro com extensão de 
cotovelo, sentiu dores intensas e foi encaminhado para análise clínica. 
Foi realizado um exame de imagem e no laudo médico continha a des-
crição de secção frontal dos tecidos. Com base nestas informações, este 
plano devide as estruturas em quais partes?
a) Anterior e posterior;
b) Látero-lateral;
c) Superior e inferior;
d) Ântero-lateral;
e) Póstero-inferior.
Resposta correta ao final do capítulo.
2) Em relação aos níveis de organização do corpo humano, a sequência 
de desenvolvimento é:
a) Organelas, tecidos, células, órgãos, moléculas e sistemas;
b) Átomos, moléculas, células, tecidos, órgãos e sistemas;
c) Tecidos, órgãos, sistemas, átomos e células;
d) Moléculas, células, sistemas, tecidos, organelas e átomos;
e) Células, sistemas, organelas e tecidos.
Resposta correta ao final do capítulo.
3) Quais são os tipos fundamentais de tecidos que compõem o corpo humano?
a) Tecido esquelético, tecido ósseo, tecido cardíaco e tecido conjuntivo;
b) Tecido sanguíneo, tecido muscular, tecido nervoso e tecido adiposo;
c) Tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso;
d) Tecido nervoso, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido esquelético;
e) Tecido conjuntivo, tecido epitelial, tecido muscular e tecido sanguíneo.
Resposta correta ao final do capítulo.
22 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
4) O tecido adiposo é composto por adipócitos. Em relação a este tipo 
de tecido e célula, é correto afirmar que:
a) Os adipócitos são células que acumulam gorduras e este tipo de teci-
do tem como principal função o isolamento térmico (calor);
b) Os adipócitos são células que eliminam gorduras e este tipo de tecido 
tem como principal função o isolamento térmico (calor);
c) Os adipócitos são células que produzem calor e este tipo de tecido tem 
como principal função a produção de células sanguíneas;
d) Os adipócitos são células que acumulam sangue e este tipo de tecido 
tem como principal função transporte de hormônios;
e) Os adipócitos são células que produzem hormônios e este tipo de te-
cido tem como principal função o isolamento térmico (calor).
Resposta correta ao final do capítulo.
5) A articulação do cotovelo permite os movimentos de extensão e fle-
xão; qual eixo possibilita estes movimentos?
a) Eixo Ântero-Posterior;
b) Eixo Látero-Lateral;
c) Eixo Longitudinal;
d) Eixo Póstero-Lateral;
e) Eixo Látero-Ânterior.
Resposta correta ao final do capítulo.
Bibliografia
ABRAHAMS, Peter H. Mcminn atlas clínico de anatomia humana. 6. 
ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008.
DÂNGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia humana sistêmica e seg-
mentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu: São Paulo, 2011.
GARDNER. E. Anatomia: estudo regional do corpo humano – métodos 
de dissecção. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
MOORE, K.L. Anatômia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2011.
23 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2011.
ROHEN, J. W. ; YOKOCHI, C. Anatomia humana: atlas fotográfico de 
anatomia sistêmica e regional. 7. ed. São Paulo: Manole, 2010.
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013.
STANDRING, S. Gray”s anatomia. 40. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2010.
TODA MATÉRIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/
tecidos-do-corpo-humano/>. Acesso em: 20 jul. 2018.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiolo-
gia. 14. ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2016.
VAN DE GRAAFF, Kent M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 
2003.
Gabarito
1. a | 2. b | 3. c | 4. a | 5. b
24 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Capítulo 2
SISTEMA ÓSSEO: TECIDO ÓSSEO, FUNÇÃO 
E CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
Vanessa dos Santos Grandinetti
Introdução
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo especializado, com-
posto por diversos tipos de células ósseas e por matriz extracelular, que 
nutre as células ósseas.
Este é o principal constituinte do esqueleto e apresenta diversas 
funções, como, sustentação, proteção, armazenamento de íons, produ-
ção de célulassanguíneas (medula óssea) e alavanca para o movimento.
Conhecer as estruturas e funções deste sistema é importante para 
o conhecimento do funcionamento normal do corpo, desde sua forma-
ção até o envelhecimento, sendo que, neste último, há uma série de mo-
dificações normais ou patológicas importantes.
Objetivos
Ao concluir a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
•	 Reconhecer a constituição e a função do tecido ósseo;
•	 Reconhecer os efeitos do envelhecimento fisiológico no tecido 
ósseo;
•	 Reconhecer os efeitos da perda de massa óssea e seus efeitos 
deletérios na qualidade de vida.
25 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Sistema ósseo
O tecido ósseo é um sistema orgânico em constante remodelação 
secundário ao processo de formação pelos osteoblastos e de reabsorção 
pelos osteoclastos. Os osteoblastos são células responsáveis pela síntese 
da parte orgânica da matriz óssea, localizados na superfície óssea, orga-
nizados lado a lado aparentando um epitélio. Conforme os osteoblastos 
vão sintetizando os elementos da matriz óssea, ficam mais envolvidos 
pela matriz, diminuem sua atividade e passam a ser chamados de osteó-
citos. Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção através 
da secreção de colagenase, que digere a matriz orgânica e dissolve os 
sais de cálcio. Os osteócitos são células maduras do osso, derivados dos 
osteoblastos, com a função de manutenção da matriz óssea, são vias de 
transporte de nutrientes e metabólitos entre os vasos sanguíneos. 
O tecido ósseo apresenta função de sustentação, proteção dos ór-
gãos e da medula óssea, movimento através do sistema de alavanca que 
forma em associação aos músculos e armazenamento de cálcio, fosfa-
to, magnésio e outros íons utilizados no metabolismo. Pode ser classifi-
cado em tecido ósseo compacto e esponjoso, de acordo com a estrutura 
macroscópica O osso compacto não apresenta cavidades visíveis e está 
relacionado à proteção, suporte e resistência, geralmente encontrado nas 
diáfises. O osso esponjoso apresenta muitas cavidades intercomunican-
tes (trabéculas), representa a maior parte do tecido ósseo dos ossos cur-
tos, chatos e irregulares, geralmente encontrado nas epífises.
De acordo com a estrutura microscópica, o tecido ósseo pode ser 
classificado como primário ou secundário. O tecido ósseo primário apre-
senta disposição irregular das fibras de colágeno, possui menos minerais 
e maior quantidade de osteócitos. É o primeiro tipo de osso a se formar, 
ainda durante a fase embrionária. O tecido ósseo secundário é encontrado 
nos adultos, apresenta as fibras colágenas organizadas. Anatomicamente, 
26 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
os ossos são classificados de acordo com sua forma e tamanho em: cur-
to, longo, plano, irregular, sesamoide, pneumático.
A classificação dos ossos, de acordo com sua forma, divide-se em:
•	 Longos: comprimento maior que a largura, com 2 extremidades, 
apresentam uma pequena concavidade, garantindo sua maior re-
sistência. Suas diáfises são formadas por tecido compacto e suas 
epífises por tecido esponjoso. Exemplo: fêmur.
Figura 1 – Osso longo | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
•	 Curtos: comprimento e largura praticamente iguais, compos-
tos por osso esponjoso, recoberto por uma fina camada de osso 
compacto. Exemplo: ossos do tarso.
27 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 2 – Ossos curtos (metatarso) | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
•	 Planos: finos, compostos por 2 lâminas paralelas de tecido osso 
compacto, com tecido ósseo esponjoso entre elas. Têm função 
de proteção e inserção de músculos. Exemplo: frontal do crânio.
28 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 3 – Osso Plano (exemplo: osso frontal) | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
•	 Alongados: longos e achatados sem canal central. Exemplo: 
costelas.
29 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 4 – Osso Alongado (exemplo: costelas) | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
•	 Pneumáticos: ossos ocos, com as cavidades preenchidas por ar 
e mucosa. Exemplo: esfenoide.
30 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 5 – Ossos pneumáticos (exemplo: esfenoide) | Fonte: Banco de imagens 
UNINOVE.
•	 Irregulares: formas complexas com variáveis quantidades de 
osso compacto e osso esponjoso. Exemplo: vértebras.
31 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 6 – Osso irregular (exemplo: vértebra lombar) | Fonte: Banco de imagens 
UNINOVE.
•	 Sesamoides: ossos formados entre as articulações ou entre os 
tendões e ligamentos. Exemplo: patela.
Figura 7 – Osso Sesamoide | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
32 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Aspectos do envelhecimento
Até os 20 anos de idade, há um predomínio de formação do tecido 
ósseo devido a um incremento progressivo da massa óssea. Mesmo após 
o fechamento das epífises de crescimento persiste a construção óssea, 
porém em menor ritmo, proporcionando ao indivíduo sua maior mas-
sa óssea em torno dos 35 anos de idade. A partir dessa idade ocorre es-
tabilização da formação e aumento da reabsorção, resultando em perda 
progressiva da massa óssea resultando em involução esquelética (oste-
openia fisiológica).
As modificações no sistema esquelético tornam-se muito eviden-
tes com o envelhecimento. Por volta dos 50 anos de idade, homens e 
mulheres começam a apresentar uma perda geral de massa óssea, sen-
do que a osteoporose acontece mais cedo nas mulheres, já que a perda 
de sais minerais é mais evidente e precoce. A possível justificativa des-
se fato é a relação do hormônio estrogênio com a atividade osteoblásti-
ca. Considerando a diminuição da taxa hormonal na menopausa, ocorre 
diminuição da estimulação da atividade osteoblástica. Fatores extrínse-
cos como, dieta irregular e ausência de atividade física, também influen-
ciam na perda óssea.
Acima dos 50 anos de idade ocorre perda óssea principalmente nos 
ossos corticais, portanto, a atrofia óssea não ocorre de forma homogênea.
33 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 8 – Osso Normal e Osso com osteoporose | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
A osteoporose requer atenção por ser uma doença debilitante, tor-
nando o idoso vulnerável a fraturas, com pequeno ou nenhum trauma, 
devido a perda de matriz óssea e de minerais, além de comprometer a lo-
comoção e a independência nas atividades motoras. As fraturas de qua-
dril são as mais frequentes e causam maior morbidade e mortalidade.
A alteração da densidade mineral das vértebras influencia a redução 
da coluna vertebral e consequentemente diminuição da altura envolven-
do modificações posturais, incluindo aumento da cifose torácica, retifi-
cação da lordose cervical com protusão da cabeça, aumento da lordose 
lombar, escoliose, anteriorização e rebaixamento das costelas.
Os fatores de risco de osteoporose são: idade avançada, gênero fe-
minino, raça branca, baixo índice de massa corpórea, vida sedentária, bai-
xa ingestão de cálcio, tabagismo, alcoolismo, deficiência de estrogênio 
na mulher e de testosterona no homem. Doenças como hiperparatireoi-
dismo e hipertireoidismo e uso prolongado de corticoesteroides também 
aumentam o risco de osteoporose. A prevenção da osteoporose é baseada 
no controle dos fatores de risco modificáveis. Acompanhamento nutri-
cional e a prática de atividades físicas são capazes de reduzir a veloci-
34 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
dade de perda óssea na menopausa. A exposição à luz solar e a vitamina 
D são necessárias para formação da massa óssea. O estresse mecânico 
sobre o tecido ósseo através do exercício é capaz de produzir hipertro-
fia e apresentar melhor resposta na mobilização de cálcio, estimulando 
a formação óssea,tornando-o mais forte. 
Conclusão
O Fisioterapeuta é o profissional que estará constantemente em 
contato com o Aparelho Locomotor, sendo o Sistema Ósseo um dos sis-
temas pertencentes a este aparelho. É de fundamental importância o co-
nhecimento das estruturas e das funções normais deste, bem como as 
alterações sofridas no processo do envelhecimento.
35 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Exercícios
1) As células maduras dos ossos com função de manutenção de matriz 
óssea são:
a) Osteoblastos;
b) Osteoclastos;
c) Osteócitos;
d) Compactas;
e) Esponjosas.
Resposta ao final do capítulo.
2) Não é função do tecido ósseo:
a) Sustentação;
b) Proteção;
c) Movimento;
d) Armazenamento;
e) Contração.
Resposta ao final do capítulo.
3) A osteopenia fisiológica é a involução óssea e acontece em torno de:
a) 20 anos de idade;
b) 35 anos de idade;
c) 50 anos de idade;
d) 60 anos de idade;
e) 70 anos de idade.
Resposta ao final do capítulo.
4) A atividade osteoblástica está relacionada ao hormônio:
a) Estrogênio;
b) Progesterona;
c) Testosterona;
d) Do crescimento;
e) Luteinizante.
Resposta ao final do capítulo.
36 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
5) A prevenção da osteoporose é baseada no controle dos fatores modi-
ficáveis. Não é considerado um fator modificável:
a) Nutrição;
b) Atividade física;
c) Exposição solar;
d) Suplemento vitamínico;
e) Idade.
Resposta ao final do capítulo.
Bibliografia
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37 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
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Gabarito
1. c | 2. e | 3. b | 4. d | 5. e
38 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Capítulo 3
SISTEMA ARTICULAR: 
TECIDO ARTICULAR, FUNÇÃO E 
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Jéssica Julioti Urbano
Introdução
A artrologia é a parte da anatomia que estuda as articulações, ou 
seja, o estudo do sistema articular e suas funções, características e clas-
sificações. As articulações possuem a principal função de unir as estrutu-
ras do esqueleto humano e, quando associadas às contrações musculares, 
possibilitam os movimentos de algumas regiões.
Este sistema compõe o Aparelho Locomotor, fundamental para o 
movimento humano. 
Objetivos
Ao concluir a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
•	 Definir sistema articular;
•	 Comparar e diferenciar os tipos de articulações, de acordo com 
o tecido e com o grau de movimentação;
•	 Descrever a estrutura e a localização de cada subdivisão articu-
lar existentes dentro das classificações;
•	 Reconhecer o efeito do envelhecimento nas articulações.
39 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Sistema articular
A classificação das articulações varia de acordo com os tecidos 
presentes entre as estruturas e também o grau de movimento que reali-
zam. Classifica-se as articulações quanto ao tecido como articulações fi-
brosas, cartilagíneas e sinoviais e quanto ao grau de movimento como 
sinartrose, anfiartrose e diartroses. Cada classificação apresenta subdi-
visões, portanto, as articulações fibrosas são subdivididas em suturas, 
sindesmoses e a gonfose, já as articulações cartilagíneas são subdividi-
das em sincondroses e as sínfises. As articulações sinoviais são as mais 
comuns no esqueleto humano e apresentam componentes acessórios e 
essenciais que as identificam, podem ainda ser classificadas considera-
do se o movimento ocorre em um, dois ou três eixos.
Articulações fibrosas
As articulações fibrosas são caracterizadas pela presença de teci-
do conjuntivo fibroso. Os movimentos nestas articulações são restritos, 
portanto, quanto ao movimento, são classificadas como sinartroses. As 
articulações fibrosas podem ser subdivididas em: suturas, sindesmoses 
ou gonfose.
As suturas estão presentes apenas no crânio e são caracterizadas 
por uma camada de tecido conjuntivo denso (tecido fibroso). No feto e 
também no recém-nascido existem grandes espaços entre os ossos do 
crânio com a presença de uma membrana, chamada fontanela, porém a 
maioria deles se fecha durante o primeiro ano de vida. Esse fechamento 
ocorre em razão ao crescimento ósseo, formando as suturas.
Existem diferentes tipos de suturas, classificadas de acordo com 
a região articular de cada osso, na sutura serrátil é possível visualizar 
o entrelaçamento das articulações como, por exemplo, a sutura sagital, 
localizada entre os dois ossos parietais. Na sutura plana, as superfícies 
40 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
ósseas são planas nas margens articulares como, por exemplo, a sutura 
mediana palatina, entre os ossos maxila e palatino. Na sutura escamosa 
há uma sobreposição óssea, ou seja, a região articular de um osso se so-
brepõe a região articular de outro osso, por exemplo a sutura escamosa, 
entre os ossos parietal e temporal (figura 1).
Figura 1 – Suturas do crânio | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
As sindesmoses são articulações com a presença de membranas 
interósseas, compostas de tecido fibroso. Na figura 2 pode-se visualizar 
a membrana interóssea entre os ossos do antebraço, o rádio e a ulna 
(sindesmose radioulnar). Outro exemplo é a sindesmose tibiofibular, 
encontrada na perna, entre os ossos tíbia e fíbula.
41 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 2 – Sindesmose radioulnar do antebraço | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
A gonfose é a articulação fibrosa responsável pela fixação dos den-
tes, inferiormente na mandíbula e superiormente na maxila.
Nas articulações cartilagíneas, as estruturas ósseas estão unidas 
por meio de cartilagem e os movimentos destas articulações são limita-
dos, sendo classificadas como anfiartroses. As articulações cartilagíne-
as podem ser subdivididas em: sincondroses e sínfises.
Nas sincondroses a cartilagem presente é do tipo hialina, encon-
tram-se nas articulações costocondrais, localizadas entre as cartilagens 
costaise as extremidades das costelas. Algumas sincondroses, como em 
ossos longos e em alguns lugares do crânio, são temporárias e se ossifi-
cam após o crescimento completo, então passam a ser chamadas de si-
nostose, ou seja, a cartilagem é substituída por osso. Já as sínfises são 
articulações com cartilagem do tipo fibrosa, que amortecem impacto e 
possibilitam movimentos limitados. Estão presentes entre os ossos pú-
bis (sínfise púbica) e também nas articulações intervertebrais, no forma-
to de discos intervertebrais (figura 3).
Os discos intervertebrais são importantes para amortecer os impactos 
na coluna vertebral. Ele é recoberto por tecido fibroso e, internamen-
te, apresenta um núcleo pulposo; com característica gelatinosa. Quan-
do este disco intervertebral se desloca, ocorre a hérnia de disco.
42 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 3 – Sínfise intervertebral |Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
Articulações sinoviais
As articulações sinoviais são as mais complexas e variadas do cor-
po humano. São as articulações que possuem, como componentes essen-
ciais, uma cavidade articular, envolvidas por uma cápsula articular que, 
internamente, possui uma membrana sinovial, responsável pela produ-
ção do líquido sinovial lubrificante. As margens dos ossos presentes nes-
sa articulação são revestidas por uma cartilagem articular, que é do tipo 
hialina, sendo que, tal cartilagem é nutrida pelo líquido sinovial duran-
te o movimento articular.
Nas articulações sinoviais ainda há a presença de ligamentos, me-
niscos ou discos articulares e bolsas (componentes acessórios) (figura 
4). As bolsas sinoviais, também conhecidas como bursas, são sacos fe-
chados de membrana sinovial que se interpõe entre tendões (ou pele) 
e ossos (ou articulações), com a função de diminuir o atrito durante a 
movimentação. Externamente as cápsulas são formadas por membranas 
fibrosas, onde podem ser mais espessas, formando ligamentos que esta-
bilizam ainda mais as articulações. Os ligamentos podem ser por dentro 
ou por fora da cápsula articular.
43 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Na articulação do joelho, especificamente, encontram-se os me-
niscos que são coxins cartilagíneos para amortecer as estruturas ósseas 
que se articulam. Em outras articulações, há os discos articulares, que 
geralmente são formados por fibrocartilagem e apresentam a função de 
absorção das forças de compressão, ou seja, função bem parecida com 
a do menisco.
Considera-se componentes essenciais aqueles presentes em todas as 
articulações sinoviais, que são: cápsula articular, membrana sino-
vial, líquido sinovial e cartilagem articular. 
Os componentes acessórios podem existir em algumas articula-
ções sinoviais ou não; são eles: meniscos, discos articulares e bol-
sas sinoviais.
Figura 4 – Articulação do Joelho e seus componentes articulares: 1. Ligamento cruzado 
anterior; 2. Ligamento cruzado posterior; 3. Menisco lateral; 4. Menisco medial; 5. 
Tendão do músculo quadríceps; 6. Ligamento Colateral. | Fonte: Banco de imagens 
UNINOVE.
As articulações sinoviais podem ainda ser classificadas da seguin-
te forma:
1. Classificação funcional: monoaxial, biaxial e triaxial;
44 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
2. Classificação morfológica: gínglimo, plana, trocóidea, selar, 
condilar e esferóidea.
Na classificação funcional é considerado se a articulação reali-
za um movimento em torno de um, dois ou três eixos, também pode-se 
descrever como um, dois ou três graus de liberdade. Quando é realizado 
em torno de um eixo classifica-se como monoaxial, como a articulação 
do cotovelo que realiza flexão e extensão, quando em torno de dois ei-
xos temos uma articulação biaxial, como as articulações interfalangea-
nas com os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução, por fim 
quando em torno de três eixos tem-se a triaxial, como a articulação do 
quadril que realiza flexão, extensão, abdução, adução e rotação.
Aspectos do envelhecimento
Com o surgimento do envelhecimento, o sistema musculoesque-
lético começa a sofrer modificações, por exemplo, os ossos se tornam 
mais frágeis, as cartilagens perdem a resiliência e a elasticidade dos li-
gamentos fica reduzida.
Existem diversos mecanismos patogênicos que levam as altera-
ções dos tecidos durante o envelhecimento, porém alguns processos ge-
néricos podem explicar as mudanças na maioria dos tecidos, são eles:
•	 Desequilíbrio entre a síntese e a degradação da matriz, o que 
leva a uma diminuição da quantidade de tecido;
•	 Alterações nas estruturas de colágeno e elastina, que são essen-
ciais na composição da matriz;
•	 Acumulo de moléculas já degradadas na matriz;
•	 Diminuição da resposta celular ou alteração dos níveis de hor-
mônios circulantes e fatores de crescimento, o que reduz a re-
posição de tecido.
45 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Nas articulações pode-se verificar alterações na cartilagem articu-
lar, nos discos intervertebrais e nos ligamentos. A cartilagem articular 
e o disco intervertebral proporcionam amortecimento para as articula-
ções, através da capacidade dos proteoglicanos presentes na matriz, as-
sociados a água, em gerar uma pressão de expansão no tecido. Com o 
envelhecimento, ocorre perda de fragmentos de proteoglicanos e dimi-
nuição em sua capacidade de formar grandes complexos hidrófilos, o 
que reduz a sua função em gerar a pressão de expansão, predispondo o 
idoso a desenvolver osteoartrite e degeneração de discos intervertebrais. 
Os ligamentos possuem a capacidade de absorver os choques na 
articulação e retornar à sua forma anatômica, ou seja, possuem elastici-
dade. Com o envelhecimento, a síntese de colágeno fica alterada e ocor-
re mudanças na transdução de colágeno e elastina presentes na matriz, 
o que reduz a elasticidade dos ligamentos.
Conclusão
O sistema articular sofre modificações, fisiológicas ou não, que 
implicam na locomoção e postura do indivíduo, portanto, conhece-lo é 
primordial para entender o funcionamento do Aparelho Locomotor du-
rante todo desenvolvimento humano, bem como as alterações que ocor-
rem no mesmo durante o envelhecimento.
46 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Exercícios
1) Paciente, sexo masculino, 32 anos, jogador de futebol amador, sofreu 
uma lesão no joelho direito durante uma partida de futebol com os cole-
gas, com o edema rápido e fortes dores na região foi levado ao hospital. 
Após a avaliação e realização de exames complementares foi diagnos-
ticado a tríade infeliz do joelho, que seria o comprometimento do liga-
mento cruzado anterior, ligamento colateral lateral e menisco medial. 
Como podemos classificar a articulação do joelho?
a) Sinovial condilar, diartrose;
b) Sinovial gínglimo, diartrose;
c) Cartilagínea gínglimo, anfiartrose;
d) Cartilagínea condilar, anfiartrose;
e) Fibrosa troclear, sindesmose.
Resposta ao final do capítulo.
2) Qual das afirmativas sobre as funções do sistema articular é correta:
a) O sistema articula possui a função de união entre as estruturas do es-
queleto humano;
b) O sistema articular é o responsável pela movimentação de todos os 
pontos de união do esqueleto humano;
c) O sistema articular apenas auxilia no crescimento ósseo, sem interfe-
rir na movimentação;
d) O sistema articular possui a função de produção de células sanguíneas;
e) O sistema articular tem importante participação na regulação da tem-
peratura corporal.
Resposta ao final do capítulo.
3) Qual dos componentes abaixo não é característica presente em todas 
as articulações sinoviais?
a) Líquido sinovial;
b) Menisco;
c) Membrana sinovial;
47 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
d) Cápsula sinovial;
e) Cartilagem sinovial.
Resposta ao final do capítulo.4) As sínfises são tipos de quais articulações?
a) Fibrosas;
b) Cartilagíneas;
c) Sinoviais;
d) Suturas;
e) Gínglimo.
Resposta ao final do capítulo.
5) Cada tipo de articulação possui características expecíficas, a mem-
brana interóssea é característica de:
a) Sínfises;
b) Suturas;
c) Planas;
d) Sincondroses;
e) Sindesmoses.
Resposta ao final do capítulo.
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Gabarito
1. b | 2. a | 3. b | 4. b | 5. e
49 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Capítulo 4
SISTEMA MUSCULAR:
TECIDO MUSCULAR, TIPOS E FUNÇÃO, 
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS E 
CONTRAÇÃO MUSCULAR
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Jéssica Julioti Urbano
Introdução
O sistema muscular atua principalmente na locomoção do corpo 
humano, porém possui outras funções, que também são essenciais ao 
adequado funcionamento do mesmo. Por meio da contração muscu-
lar, as articulações permanecem estabilizadas, ajudando na manuten-
ção da postura, além de realizar a movimentação de substâncias pelo 
corpo, sendo que os músculos estriados esqueléticos auxiliam no re-
torno sanguíneo ao coração e no fluxo da linfa, já os músculos lisos, 
presentes nas paredes dos vasos sanguíneos, auxiliam no fluxo san-
guíneo. Também realizam a regulação do volume de conteúdo dos ór-
gãos, não permitindo a saída das substâncias até o momento adequado 
e auxiliam na regulação da temperatura corporal, uma vez que a con-
tração muscular gera calor.
Existem três tipos de tecido muscular diferentes, são eles: estriado 
esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada um desses tecidos musculares 
possui localização e características estruturais e funcionais diferentes. Os 
músculos estriados esqueléticos possuem quatro propriedades funcionais 
específicas: extensibilidade, elasticidade, irritabilidade e contratilidade.
50 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
A extensibilidade permite ao músculo aumentar em comprimento, 
ou seja, ser estirado algumas vezes além do seu tamanho em repouso e a 
elasticidade é a capacidade que o músculo tem de retornar ao seu tama-
nho original de repouso, após estiramento. Já a irritabilidade é a capa-
cidade do músculo em responder a um estímulo, tanto químico quanto 
elétrico, por exemplo, o potencial de ação. A contratilidade é a contra-
ção como resposta da irritabilidade.
Objetivos
Ao concluir a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
•	 Descrever as funções do sistema muscular;
•	 Comparar e diferenciar os tipos de tecido muscular;
•	 Descrever as classificações musculares;
•	 Identificar os componentes de uma fibra muscular;
•	 Descrever a contração muscular;
•	 Reconhecer o efeito do envelhecimento nos músculos.
Tipos de tecido muscular
O corpo humano apresenta três tipos de tecido muscular: músculos 
estriados esqueléticos, músculo estriado cardíaco e músculos lisos (fi-
gura 1). Abaixo encontram-se características específicas desses tecidos.
1. Músculo estriado esquelético: possui contração voluntária, 
suas fibras são longas, cilíndricas e multinucleadas. As fibras 
estão agrupadas em fascículos;
2. Músculo estriado cardíaco: possui contração involuntária e 
rítmicas, suas fibras são pequenas, ramificadas e com um nú-
cleo; além da presença de discos intercalares, que possuem a 
função de transmitir a contração célula a célula;
51 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
3. Músculo liso: possui contração involuntária, suas fibras são 
alongadas, no formato fusiforme como um núcleo. Presentes 
nos órgãos, vias aéreas e vasos sanguíneos. Sua contração está 
sob controle do sistema nervoso autônomo.
Figura 1 – Tipos de tecido muscular | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
Os músculos estriados esqueléticos possuem componentes anatô-
micos específicos. O ventre muscular equivale a parte contrátil do mús-
culo, o tendão é composto por tecido conjuntivo e fixa o ventre muscular 
na estrutura óssea; tecido subcutâneo ou cápsula articular, a aponeuro-
se é o mesmo tecido conjuntivo, como no tendão, porém em forma de 
52 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
lâmina e as bainhas tendíneas envolvem os tendões, protegendo e fa-
cilitando o deslizamento no movimento. 
O tecido conjuntivo presente nos músculos, possui a função de 
manter as fibras unidas, permitindo que a contração única em cada fi-
bra reflita no músculo por completo e nos tendões. As fibras muscula-
res (células musculares) são revestidas por uma fina camada de tecido 
conjuntivo chamada endomísio. Cada conjunto de fibras musculares, 
ou seja, os feixes musculares, são revestidos por uma camada de te-
cido conjuntivo chamado perimísio. Já o músculo por completo é re-
vestido por tecido conjuntivo que recebe o nome de epimísio. A fáscia 
muscular é a camada de tecido conjuntivo fibroso que envolve o mús-
culo e liga este a pele, além disso ela reduz a fricção, permitindo fa-
cilmente o deslizamento 
A propriedade do músculo estriado é a capacidade de contração, 
portanto, suas células apresentam, internamente, componentes que, ao 
receber estímulo nervoso, desempenham esta função (descrito abaixo no 
item Mecanismo de Contração). Cada célula muscular, ou seja, cada fi-
bra é envolvida por uma membrana plasmática chamada de sarcolema. 
O seu citoplasma é chamado de sarcoplasma, onde está presente o re-
tículo sarcoplasmático. Também há, nas fibras musculares, várias mio-
fibrilas que possuem filamentos finos, compostos da proteína actina e 
filamentos grossos, composto da proteína miosina. Quando se observa 
a disposição dos filamentos na miofibrila, visualiza-se bandas escuras 
e bandas claras. As bandas claras são chamadas de banda I, enquanto 
que as escuras são chamadas de banda A, entre a banda I há uma linha 
Z. Um par de linha Z (uma banda Z), chama-se sarcômero, ou seja, é a 
unidade de contração do músculo (figuras 2 e 3).
53 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
 
Figura 2 – Sarcômero. | Fonte: Banco de Imagem UNINOVE.
Figura 3 – Detalhe do Sarcômero | Fonte: Banco de Imagem UNINOVE.
54 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Classificações dos músculos
Envolvendo todo esqueleto, os músculos apresentam formas 
específicas, com relação a disposição de suas fibras, além da localização 
e função, portanto, podem ser classificados por meio desses critérios, 
como podemos observar na tabela abaixo: 
Tabela 1. Classificações dos músculos
Classificação Divisões Exemplos
Quanto a 
localização
Profundos: se inserem 
em ossos e não tem 
inserção na derme.
Superficiais: logo abaixoda pela.
Pronador redondo
Platisma, na região do 
pescoço
Quanto a forma
Longos: prevalece a 
longitude
Largos: geralmente em 
lâminas
Curtos: três dimensões 
parecidas
Principalmente nos 
membros, exemplo bíceps 
braquial
Diafragma
Principalmente nas mãos
Quanto a 
disposição 
das fibras 
(considera-se a 
linha média)
Reto: paralelo
Transversal: 
perpendicular
Oblíquo: diagonal
Músculos abdominais
Reto abdominal
Transverso do abdome
Oblíquo interno e externo 
do abdome.
Quanto a 
função
Agonista 
Antagonista
Sinergista
Dependendo do movimento 
realizado, o músculo pode 
exercer função agonista, 
antagonista ou sinergista.
55 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Quanto ao 
número de 
tendões 
presentes na 
origem
Único: um só tendão na 
origem
Bíceps: dois tendões na 
origem
Tríceps: três tendões na 
origem
Quadríceps: quatro 
tendões na origem
Flexor radial do carpo
Bíceps braquial: cabeça 
longa e cabeça curta
Tríceps braquial: cabeça 
longa, medial e lateral
Quadríceps: reto femoral, 
vasto lateral, vasto 
intermédio e vasto medial
Quanto ao 
número de 
tendões 
presentes 
na inserção 
terminal
Bicaudado: dois tendões 
na inserção terminal
Policaudado: mais de 
dois tendões na inserção 
terminal
Fibular longo
Flexor profundo dos dedos
Fonte: Autor.
Mecanismo de contração
Para começar a descrever o mecanismo de contração é importante 
identificar algumas estruturas que fazem parte da conexão entre o siste-
ma nervoso e o sistema muscular. Cada célula muscular recebe somente 
um motoneurônio (ou neurônio motor inferior), o que gera especificida-
de para o controle muscular, porém um motoneurônio pode inervar vá-
rias células musculares, o que permite resposta coordenada de músculos 
grandes. Essa associação de um motoneurônio e suas células inervadas 
é o que chamado de unidade motora (figura 4).
O neurônio motor inferior recebe o potencial de ação e o propaga 
até o seu final, terminação axonal e então ocorre uma sinapse química 
com a liberação de acetilcolina na fenda sináptica. Essa região é conhe-
cida como junção neuromuscular, ou placa motora terminal. O potencial 
de ação será descrito no capítulo 9.
56 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Figura 4 – Inervação do musculo estriado esquelético | Fonte: Banco de Imagem 
UNINOVE.
A abertura dos canais de acetilcolina permite influxo de grande 
quantidade de íons sódio para dentro da membrana da fibra muscular, de-
sencadeando um potencial de ação na fibra muscular. O potencial de ação 
despolariza a membrana da fibra até fazer com que o retículo sarcoplas-
mático libere cálcio para as miofibrilas. O cálcio tem papel importante na 
contração muscular, uma vez que ele se liga a troponina, realizando o mo-
vimento dos filamentos de tropomiosina, fazendo com que a actina seja 
exposta para ligação da miosina. No momento em que ocorre o desliza-
mento dos filamentos de actina e miosina tem-se a contração muscular.
Aspectos do envelhecimento
Observa-se que durante o processo de envelhecimento ocorre uma 
diminuição da função muscular, devido a redução de potência e tam-
bém perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia. A sarcope-
nia ocorre por perda dos números de fibras musculares, além da atrofia 
de algumas fibras do tipo II, sendo que essas perdas estão relacionadas à:
•	 Alteração do estado hormonal, ou seja, diminuição na produção 
dos hormônios, como testosterona e hormônio do crescimento;
•	 Aumento dos agentes catabólicos o que amplia a perda muscular;
57 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Inervação alterada do sistema nervoso central e periférico que 
gera a perda de unidades motoras;
•	 A taxa de rotatividade das proteínas contráteis no músculo di-
minui, tornando-os alvos para diferentes tipos de modificações 
que podem afetar a atividade enzimática da proteína motora.
Conclusão
As alterações quantitativas estabelecidas no músculo ocorrem pa-
ralelamente com as mudanças qualitativas na regulação da contração de 
fibras musculares, o que contribui com o declínio na função muscular 
devido ao envelhecimento. Sabendo deste fato, ao profissional da saú-
de cabe conhecer a fisiologia do sistema muscular a fim de elaborar me-
lhores estratégias de tratamento.
58 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Exercícios
1. Assinale a opção com a associação correta entre o tipo de tecido 
muscular e a característica de suas fibras.
a) Tecido muscular estriado esquelético – possui fibras longas e 
cilíndricas;
b) Tecido muscular liso – possui fibras longas e cilíndricas;
c) Tecido muscular estriado cardíaco – possui fibras fusiformes;
d) Tecido muscular estriado esquelético – possui fibras fusiformes;
e) Tecido muscular liso – possui fibras pequenas, cilíndricas e ramificadas.
Resposta ao final do capítulo.
2. O músculo bíceps braquial recebe a nomenclatura de bíceps, devido a:
a) Classificação quanto ao número de tendões na inserção terminal;
b) Classificação como bicaudado;
c) Classificação quanto ao número de tendões na inserção de origem;
d) Classificação como policaudado;
e) Classificação quanto ao número de tendões na inserção de origem e 
também na inserção terminal.
Resposta ao final do capítulo.
3. Assinale a opção errada quanto as funções do sistema muscular:
a) Produzir movimento ou locomoção;
b) Responsável pelo crescimento ósseo;
c) Estabilização das posições do corpo;
d) Produção de calor;
e) Regulação do volume dos órgãos.
Resposta ao final do capítulo.
4. “A extremidade do músculo fixa à peça óssea que não se desloca” a 
frase anterior representa:
a) Inserção de origem muscular;
59 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
b) Inserção terminal muscular;
c) Apenas inserção, não é possível identificar se é de origem ou terminal;
d) Classificação quanto ao número de tendões na inserção de origem;
e) Classificação quanto ao número de tendões na inserção terminal.
Resposta ao final do capítulo.
5. Assinale a opção que não representa um componente anatômico do 
músculo estriado esquelético:
a) Ventre muscular;
b) Tendões;
c) Fáscia muscular;
d) Disco intercalar;
e) Aponeuroses.
Resposta ao final do capítulo.
Bibliografia
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia huma-
na sistêmica e segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
GARDNER, Ernest. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
GOSS, Charles Mayo. Gray Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan S.A., 1988.
GRAY, Henry. Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 
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MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a prática clínica. 4. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000.
SACRAMENTO, Arthur; CASTRO, Luciano. Anatomia básica aplica-
da à educação física. 2. ed. Canoas: Editora da Ulbra, 2001.
60 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
SOBOTTA, Johannes. Atlas de anatomia humana. 21. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2000.
THIBODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T. Estrutura e funções do cor-
po humano. 11. ed. São Paulo: Manole, 2002.
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de 
anatomia e fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Gabarito
1. a | 2. c | 3. b | 4. a | 5. d
61 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Capítulo 5
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO: 
ESTRUTURA E FUNÇÃO
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
Introdução 
O profissional da área da saúde deve conhecer a anatomia e a fi-
siologia dos diversos sistemas que compõem o corpo humano. Este co-
nhecimento é fundamentalpara que possamos entender as modificações 
desses sistemas no processo do envelhecimento, sadio ou não. 
O sistema cardiorrespiratório é formado pelos sistemas cardiovas-
cular e cardiorrespiratório. O primeiro é responsável por conduzir a to-
dos os órgãos e tecidos o sangue e, junto com este, realizar o transporte 
de gases, hormônios e nutrientes, além de recolher os resíduos metabó-
licos das células; o segundo é responsável pela captação do O2 do am-
biente externo, condução até o pulmões, troca gasosa entre pulmões e 
sangue e expulsão do CO2.
Durante o processo do envelhecimento, as funções acima estarão 
comprometidas, sem necessariamente interferir na funcionalidade do 
idoso; portanto, é fundamental o conhecimento da estrutura, função e 
modificação desse sistema.
Objetivos
Ao final do capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de:
•	 Identificar as estruturas do sistema cardiorrespiratório;
•	 Compreender as funções do sistema cardiorrespiratório;
62 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
•	 Compreender as alterações do sistema cardiorrespiratório rela-
cionadas com o envelhecimento.
Estrutura e função do sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular compreende as estruturas relacionadas 
com o transporte do sangue e de todas as substâncias por ele carregadas, 
tais como, nutrientes e gases. Essas estruturas são o coração e os vasos 
sanguíneos (artérias, veias e capilares).
O coração é a bomba propulsora deste sistema, ou seja, sua ana-
tomia e fisiologia favorecem a circulação do sangue e das substâncias 
presentes neste.
Histologicamente, encontramos três camadas de tecidos formando 
o coração: tecido conjuntivo, formando o pericárdio, camada mais exter-
na; músculo estriado cardíaco, que compreende o miocárdio, a camada 
média; e o tecido epitelial (pavimentoso simples) mais internamente, o 
endocárdio. É no miocárdio que encontramos, anatomicamente, as qua-
tro câmaras cardíacas: átrios direito e esquerdo (superiores) e ventrícu-
los direito e esquerdo (inferiores).
O ventrículo esquerdo é mais espesso e responsável por bombear 
o maior volume de sangue para o corpo todo (sangue rico em oxigênio 
e nutrientes), por meio da artéria aorta, fazendo parte da chamada cir-
culação sistêmica; juntamente com as veias cavas (superior e inferior) 
e o átrio direito, que se relacionam com o retorno do sangue pouco oxi-
genado para o coração. 
O ventrículo direito e o átrio esquerdo, respectivamente com as 
artérias pulmonares e veias pulmonares, se relacionam com a circulação 
pulmonar, que tem a finalidade de receber o sangue pouco oxigenado da 
circulação sistêmica, conduzi-los aos pulmões, para assim realizar a he-
matose e retornar ao coração, reiniciando o circuito. 
63 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Juntamente com essas estruturas, as valvas, as cordas tendíneas e 
os músculos papilares participam deste processo, permitindo a passagem 
do sangue e/ou impedindo o refluxo do mesmo (Figura 1).
Figura 1 – Anatomia interna do coração | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
64 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Estrutura e função do sistema respiratório
Ao sistema respiratório dá-se a função de captar e transportar os 
gases por meio da respiração e realizar a troca gasosa. 
As estruturas que participam deste processo são: cavidade na-
sal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, ductos alveolares e alvéo-
los. A condução do ar ocorre nas chamadas vias aéreas condutoras, 
que se inicia na cavidade nasal e vai até os brônquios terminais. Nos 
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos acontece a tro-
ca gasosa, hematose, sendo essas estruturas denominadas vias aéreas 
respiratórias (Figura 2).
Figura 2 – Estruturas do Sistema respiratório | Fonte: Banco de imagens UNINOVE.
65 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
O tecido respiratório é formado por células que favorecem o trans-
porte e a troca gasosa, bem como a proteção das vias aéreas inferiores.
Sistemas cardiovascular e respiratório funcionam em uníssono, 
sendo a divisão acima apenas didática, com a finalidade de melhor com-
preensão por parte do aluno. 
Sabendo que esse sistema é primordial à vida, conhecer as modi-
ficações fisiológicas decorrentes do envelhecimento, é primordial para 
atitudes preventivas ao longo da vida. Veja a seguir as principais modi-
ficações deste sistema.
Aspectos do envelhecimento
Com o envelhecimento ocorrem muitas alterações sistêmicas. No 
sistema cardiovascular encontra-se diversas alterações, como as cita-
das a seguir: 
Ao contrário do que ocorre com outros órgãos, o coração aumen-
ta seu peso com a idade: aumenta em massa, aproximadamente, 1 g/ano 
em homens e 1,5 g/ano em mulheres. Este aumento está relacionado à 
hipertrofia do ventrículo esquerdo, que aumenta o esforço devido à di-
minuição da complacência.
Nos átrios e septo interventricular, há acúmulo de tecido adiposo e 
degeneração dos miócitos, com substituição das células por tecido fibroso.
Os vasos sanguíneos, em especial a aorta, se dilatam e ocorre di-
minuição das fibras elásticas com aumento de depósito do cálcio, au-
mentando a probabilidade de formação de placas de aterosclerose. O 
depósito de cálcio também ocorre nas valvas, em decorrência da dege-
neração do colágeno.
Ocorrem alterações no sistema de geração e condução do estímulo 
elétrico, que se dá pelo Nodo Sinoatrial, em decorrência do acúmulo de 
gordura, diminuição do colágeno e aumento do cálcio. Essas modifica-
66 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
ções levam a um aumento da fase diastólica (fase de relaxamento), em 
especial do ventrículo esquerdo, aumentando a probabilidade de insufi-
ciência cardíaca diastólica, arritmias e congestão pulmonar.
O estímulo do Sistema Nervoso Simpático diminui nos idosos, 
portanto, o coração fica menos responsivo. Isso não leva a problemas 
maiores, a não ser quando há situações estressantes.
Embora essas modificações sejam fisiológicas durante o envelhe-
cimento, os problemas cardíacos afetam mais a população idosa. 
No sistema respiratório as alterações ocorrem na mucosa, nas cé-
lulas de defesa, no reflexo da tosse, na substituição de cartilagem por 
tecido ósseo e na diminuição das fibras dos músculos respiratórios. A 
mucosa respiratória e suas células de defesa sofrem alteração, diminuin-
do a motilidade dos cílios, que, associado à ineficiência do reflexo da 
tosse, aumenta a probabilidade de infecções respiratórias.
As cartilagens costais e traqueal passam a ser substituídas por cé-
lulas ósseas, aumentando a rigidez torácica, alterando a mecânica res-
piratória; também há um aumento das fibras colágenas em relação às 
fibras elásticas nos pulmões, bem como a redução do número de septos 
alveolares, gerando uma menor área de troca gasosa e facilitando o co-
labamento das vias aéreas de pequeno calibre; em decorrência dessas 
alterações, o idoso tende a solicitar mais o músculo diafragma durante 
a inspiração para compensar os déficits da mecânica respiratória, já que 
há diminuição da complacência pulmonar.
Essas alterações fisiológicas propiciam o aumento de doenças res-
piratórias, tais como, as infecções respiratórias (pneumonias) e as doen-
ças obstrutivas crônicas (bronquite crônica e enfisema). 
67 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Conclusão
O conhecimento do sistema cardiorrespiratório é importante para o 
Fisioterapeuta. Saber distinguir os possíveis efeitos sofridos com o pas-
sar do tempo pelo organismo, bem como as alterações que acometem o 
mesmo, em decorrência de alguma patologia instalada, ajuda o profis-
sional a criar melhores estratégias de tratamento.
68 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 1
Exercícios
1) O aumento do peso do

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