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DEPILAÇÃO A LASER 
 
 
 
1 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP:79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
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Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842d Depilação a laser / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 
2012. 
 152p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-075-2 
 1. Dermatologia. 2. Estética. 3. Depilação - Laser. I. Portal Educação. II. 
Título. 
 CDD 616.5 
 
 
2 
 SUMÁRIO 
 
 
1 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
DEPILAÇÃO A LASER ........................................................................................................................ 7 
2 SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................................................... 8 
2.1 PELE .......................................................................................................................................... 9 
2.1.1 Epiderme..................................................................................................................................... 11 
2.1.2 Derme ........................................................................................................................................ 15 
2.2 HIPODERME ............................................................................................................................. 18 
2.3 ANEXOS DA PELE.................................................................................................................... 19 
3 ESTUDO DA UNIDADE PILOSSEBÁCEA ............................................................................... 22 
3.1 TIPOS DE PELO ....................................................................................................................... 28 
3.2 CICLO DE CRESCIMENTO PILOSO ........................................................................................ 31 
3.2.1 Fase Anágena ........................................................................................................................... 33 
3.2.2 Fase Catágena .......................................................................................................................... 34 
3.2.3 Fase Telógena ........................................................................................................................... 35 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS (ESCALA DE FITZPATRICK).................. 38 
5 DISFUNÇÕES RELACIONADAS À UNIDADE PILOSSEBÁCEA ........................................... 43 
5.1 HIRSUTISMO ............................................................................................................................ 43 
5.2 HIPERTRICOSE ........................................................................................................................ 44 
5.3 FOLICULITE .............................................................................................................................. 47 
 
 
3 
5.4 PSEUDOFOLICULITE ............................................................................................................... 49 
5.5 FURÚNCULO ............................................................................................................................ 50 
5.6 TRICORREXE NODOSA ........................................................................................................... 51 
5.7 TRICOSTASE ESPINULOSA .................................................................................................... 52 
5.8 LEUCOTRICOSE ..................................................................................................................... 52 
6 CONCEITOS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO........................................................................... 54 
6.1 DEPILAÇÃO E PROCESSOS DEPILATÓRIOS ........................................................................ 55 
6.1.1 Lâmina ....................................................................................................................................... 55 
6.1.2 Cremes depilatórios ................................................................................................................... 56 
6.1.3 Aparelhos elétricos que não eliminam a raiz ............................................................................. 57 
6.1.4 Depilação a linha ou fio ............................................................................................................. 58 
6.2 EPILAÇÃO E PROCESSOS EPILATÓRIOS ............................................................................. 59 
6.2.1 Cera quente e fria ...................................................................................................................... 59 
6.2.1.1 Cera quente ............................................................................................................................. 60 
6.2.1.2 Cera fria ................................................................................................................................... 61 
6.2.2 Pinça.......................................................................................................................................... 62 
6.2.3 Aparelhos elétricos que arrancam os pelos ............................................................................... 63 
6.2.4 Métodos para depilação definitiva (depilação permanente) ....................................................... 63 
6.2.4.1 Eletrólise .................................................................................................................................. 64 
6.2.4.2 Luz intensa pulsada (LIP) ........................................................................................................ 65 
6.2.4.3 Laser ........................................................................................................................................ 67 
7 HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DO LASER ................................................................ 70 
 
 
4 
8 FUNDAMENTOS FÍSICOS DO LASER .................................................................................... 73 
8.1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA (REM) ................................................................................ 73 
8.2 AMPLIFICAÇÃO POR EMISSÃO ESTIMULADA DE RADIAÇÃO ............................................. 75 
9 CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER ..................................................................................... 77 
10 CONSTITUIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE LASER .................................................................. 79 
11 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DO LASER ............................................................... 81 
12 MODOS DE EMISSÃO DO LASER .......................................................................................... 82 
13 MECANISMOS DE AÇÃO DO LASER ..................................................................................... 84 
13.1 FOTOTERMÓLISE SELETIVA .................................................................................................. 88 
14 EFEITOS GERAIS DO USO DO LASER .................................................................................. 91 
15 TIPOS DE LASER USADOS PARADEPILAÇÃO DEFINITIVA ............................................... 93 
15.1 LASER RUBI DE PULSO LONGO (694nm) .............................................................................. 94 
15.2 LASER ALEXANDRITE DE PULSO LONGO (755nm) .............................................................. 95 
15.3 LASER DIODO DE PULSO LONGO (810nm) ........................................................................... 96 
15.4 LASER ND: YAG DE PULSO LONGO (1064NM) ..................................................................... 97 
15.5 LASER Q-SWITCHED ND:YAG (1064NM) ............................................................................... 98 
15.6 LUZ INTENSA PULSADA (IPL): USO EM EPILAÇÃO ............................................................. 100 
16 SEGURANÇA PARA O USO DO LASER ............................................................................... 105 
16.1 CLASSES DE RISCO PARA OS EQUIPAMENTOS LASER ................................................... 107 
17 SELEÇÃO DO PACIENTE, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES..................................... 110 
17.1 PACIENTE IDEAL .................................................................................................................... 110 
17.2 INDICAÇÕES ........................................................................................................................... 110 
 
 
5 
17.3 CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................................................ 111 
18 MODOS DE OPERAÇÃO E PARÂMETROS DE TRATAMENTO ........................................... 112 
18.1 FORMAS DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 113 
18.1.1 Laser visível ............................................................................................................................. 113 
18.1.2 Laser Invisível .......................................................................................................................... 114 
18.2 TEMPO DE DURAÇÃO ............................................................................................................ 115 
19 AVALIAÇÃO DO CLIENTE E REGISTROS DE ACOMPANHAMENTO ................................. 116 
19.1 ANAMNESE ............................................................................................................................ 116 
19.1.1 Identificação do paciente ......................................................................................................... 116 
19.1.2 Coleta da história clínica geral e depilatória ............................................................................. 117 
19.2 EXAME FÍSICO ....................................................................................................................... 118 
19.2.1Classificação da pele ................................................................................................................ 118 
19.2.2 Inspeção .................................................................................................................................. 118 
19.2.3 Palpação .................................................................................................................................. 119 
19.3 PROTOCOLO PARA APLICAÇÃO DE LASER PARA EPILAÇÃO .......................................... 120 
19.4 TERMO DE CONSENTIMENTO PARA DEPILAÇÃO COM LASER ........................................ 123 
20 ORIENTAÇÕES GERAIS AO TRATAMENTO ........................................................................ 126 
20.1 ORIENTAÇÕES PRÉ-TRATAMENTO ..................................................................................... 126 
20.2 ORIENTAÇÕES PARA O DIA DA DEPILAÇÃO A LASER ....................................................... 127 
20.2.1 Teste prévio ............................................................................................................................. 128 
20.2.2 Recursos relacionados ao alívio da dor ................................................................................... 129 
20.3 ORIENTAÇÕES PÓS-TRATAMENTO ..................................................................................... 129 
 
 
6 
21 PRECAUÇÕES NO USO DO LASER ..................................................................................... 131 
22 RESULTADOS DE DEPILAÇÃO DEFINITIVA ........................................................................ 132 
23 COMPLICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS......................................................................... 135 
GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... 139 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 144 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
1 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
DEPILAÇÃO A LASER 
 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao Curso de Depilação a Laser. Nosso objetivo é trazer a você 
informações importantes em relação a essa técnica que ganhou destaque nos últimos anos 
tornando-se uma interessante ferramenta de trabalho para os profissionais que atuam na área de 
medicina estética e afins. 
Cada vez mais, no mundo moderno, buscam-se soluções rápidas e seguras para 
resolver situações corriqueiras do dia a dia. Múltiplas funções se acumulam e sobra pouco tempo 
para nos dedicarmos ao embelezamento pessoal. Dentro desse contexto, a depilação a laser 
definitivamente ganhou papel de destaque. 
Comparativamente a métodos depilatórios temporários que são dolorosos, demorados 
e muitas vezes pouco higiênicos (ceras, lâminas, espumas depilatórias), o laser proporciona 
resultados eficazes, seguros e relativamente permanentes para remover pelos de diversas 
partes do corpo e face (sobrancelhas, buço, bochecha, queixo, pescoço, seios, abdomem, 
virilha, coxas, axilas, entre outros). 
O laser pode ser utilizado em todos os tipos de pele, sem muita dor e com resultados 
garantidos, reduzindo aproximadamente 80% dos fios na região tratada. Existem vários tipos de 
equipamentos. Entre eles podem ser citados: o Laser Diodo; o Laser Nd: Yag; o Laser Soprano 
XL, entre outros. As características destes equipamentos serão detalhadas nos módulos 
seguintes. 
Para que você entenda perfeitamente como funciona o processo de depilação a laser é 
importante conhecer detalhadamente os componentes anatômicos do sistema tegumentar e da 
unidade pilossebácea. Dessa maneira, você irá compreender como o equipamento consegue 
agir sobre essas estruturas e remover definitivamente os fios nos locais tratados. 
 
 
 
 
8 
2 SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 
O sistema tegumentar ou tegumento (FIGURA 1) é um conjunto de estruturas que 
envolvem o organismo humano fazendo uma barreira protetora contra agentes externos. Além 
da função de proteção, o tegumento também é responsável pela regulação da temperatura 
corporal por meio da produção e excreção do suor e pela produção de substâncias importantes 
para o nosso organismo, como vitaminas e proteínas (CEDERJ, 2011). 
 
 
FIGURA 1 – SISTEMA TEGUMENTAR (PELE/HIPODERME/ANEXOS) 
 
 
FONTE: AMORIM, A. Pele. Disponível em: <http://andramorim.blogspot.com/2010/12/como-funciona-esse-processo-
em-nosso.html>. Acesso em: 06 out. 2011. 
 
 
O sistema tegumentar é formado pela pele (epiderme e derme), pela hipoderme (tela 
 
 
9 
subcutânea) e pelos anexos cutâneos (folículos pilosos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas 
sudoríparas) (CEDERJ, 2011). 
 
 
2.1 PELE 
 
 
A pele, (FIGURA 2) também chamada de cútis, é o principal componente do sistema 
tegumentar. É considerada um grande órgão de revestimento e proteção do organismo, 
constituindo aproximadamente 15% do peso corporaltotal. Reveste praticamente todo o corpo, 
estando ausente apenas nos orifícios genitais, boca e olhos por onde se estende por intermédio 
das mucosas. A pele varia em espessura e cor nas diferentes regiões do corpo e de acordo com 
as características raciais e de idade de cada indivíduo (CEDERJ, 2011). 
 
FIGURA 2 – DETALHE DA PELE HUMANA 
 
 
FONTE: WIKIPÉDIA. Pele. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Human_skin_structure.jpg>. Acesso em: out.2011. 
 
 
10 
A pele exerce funções extremamente importantes para o equilíbrio do nosso corpo. O 
quadro abaixo resume algumas dessas funções (QUADRO 1): 
 
QUADRO 1 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA PELE 
Barreira entre o organismo e o meio externo; 
Proteção contra desidratação e radiação UV; 
Proteção contra traumas mecânicos; 
Excreção de produtos tóxicos do metabolismo celular (ureia, amônia e ácido úrico); 
Regulação hídrica (impede a perda ou a entrada excessiva de líquidos); 
Regulação da temperatura corporal pelo suor (termorregulação); 
Armazenamento de substâncias (água, açúcares e gorduras); 
Sensibilidade (a pele possui terminações nervosas para tato, pressão, calor e dor); 
Imunidade (células epidérmicas são importantes para a imunidade); 
Regulação metabólica (síntese de vitamina D, essencial para a fixação do cálcio). 
FONTE: CEDERJ, 2011. 
 
 
A pele compõe-se por duas camadas principais: a epiderme (mais superficial e 
composta por tecido epitelial) e a derme (mais profunda e composta por tecido conjuntivo) 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
 
 
 
 
 
 
 
11 
2.1.1 Epiderme 
 
 
A epiderme é a camada mais superficial da pele. É formada por um tipo de tecido 
chamado tecido epitelial de revestimento (FIGURA 3). Esse tipo de tecido se caracteriza por 
possuir células muito próximas entre si, com pouca substância intercelular entre elas e por serem 
avasculares, ou seja, não possuem circulação sanguínea própria e dependem de tecidos 
próximos para serem oxigenados e nutridos (Beltramini, 2011). 
 
FIGURA 3 – TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
 
FONTE: UFPEL. Tecido epitelial. Disponível em: 
<http://minerva.ufpel.edu.br/~mgrheing/cd_histologia/geral/estratificado.htm>. 
Acesso em: 06 out. 2011. 
 
A espessura da epiderme varia de acordo com o local do corpo, sendo mais espessa 
na palma das mãos e na planta dos pés. Em geral, podemos dizer que a epiderme é formada por 
cinco camadas ou estratos: córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal (CEDERJ, 2011) 
(FIGURA 4): 
 
 
12 
 Camada córnea: camada mais superficial, formada por células achatadas e 
mortas que descamam continuamente; 
 
 Camada lúcida: camada delgada e fina, ausente nas peles finas; 
 
 Camada granulosa: formada por células epiteliais em degeneração; 
 
 Camada espinhosa: formada por células de aspecto espinhoso com importante 
função na coesão das células da epiderme; 
 
 Camada basal: camada mais profunda, responsável pela renovação da epiderme. 
Fornece células para substituir as células perdidas na camada córnea. 
 
FIGURA 4 – CAMADAS DA EPIDERME 
 
FONTE: CEDERJ. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<www.d.yimg.com/kq/groups/18803735/1895055385/name/Corpo>. Acesso em: 06 out. 2011 
 
 
 
13 
A principal célula da epiderme é o queratinócito (FIGURA 5), que realiza a produção de 
queratina (CEDERJ, 2011). 
 
FIGURA 5 – QUERATINÓCITOS (CÉLULAS TÍPICAS DA EPIDERME) 
 
FONTE: DERMATO-INFO. L'ÉPIDERME. Disponível em: <http://dermato-
info.fr/La_peau_normale/Un_organe_multifonction/page2>. Acesso em: 06 out.2011 
 
Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme (camada 
basal) e depois de formados são empurrados em direção à camada córnea. Para que um 
queratinócito da camada basal atinja a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias. Quando 
os queratinócitos estão em fase inicial de desenvolvimento, ainda na camada basal, são 
denominados de células germinativas. Quando atingem a camada córnea, são denominados 
corneócitos (CEDERJ, 2011) (FIGURA 6). 
 
 
 
 
 
14 
FIGURA 6 – CAMINHO DO QUERATINÓCITOPARA A CAMADA CÓRNEA 
 
FONTE: DERMATO-INFO. L'ÉPIDERME. Disponível em: <http://dermato-
info.fr/La_peau_normale/Un_organe_multifonction/page2>. Acesso em: 06 out.2011. 
 
 
Você sabia? 
Além dos queratinócitos, na epiderme existem ainda duas importantes células: o melanócito, que 
sintetiza e secreta a melanina, um dos pigmentos responsáveis pela coloração da pele e as 
células de Langerhans, que exercem função de defesa imunitária (CEDERJ, 2011). 
A epiderme exerce funções importantes para a pele. O quadro a seguir resume 
algumas dessas funções (QUADRO 2): 
 
 
 
 
 
 
 
15 
QUADRO 2 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA EPIDERME 
Proteção contra traumas físicos e químicos; 
Resistência às forças de tensão à epiderme; 
Proteção contra entrada de substâncias tóxicas; 
Proteção dos efeitos nocivos dos raios ultravioletas; 
Prevenção da desidratação e perda de eletrólitos; 
Restrição da passagem de corrente elétrica; 
Proteção contra o encharcamento quando em contato com a água. 
FONTE: CEDERJ, 2011. 
 
 
2.1.2 Derme 
 
 
A derme é a camada mais profunda da pele, situada logo abaixo da epiderme. É 
formada por um tipo de tecido chamado tecido conjuntivo, ricamente vascularizado e inervado 
(FIGURA 7). Esse tipo de tecido se caracteriza por possuir muita substância intercelular e fibras 
conjuntivas responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele (BELTRAMINI, 2011). 
As fibras do tecido conjuntivo são proteínas polimerizadas que formam estruturas 
alongadas presentes em quantidades variáveis em cada tipo de tecido conjuntivo e podem ser 
classificadas em três tipos: 
 
 Colágenas: constituídas por colágeno. São as mais frequentes no tecido 
conjuntivo. São grossas e resistentes; 
 
 Reticulares: constituídas por colágeno. Sustentam certos órgãos hematopoiéticos 
(baço e linfonodos) e circundam órgãos epiteliais (fígado e algumas glândulas 
 
 
16 
endócrinas); 
 
 Elásticas: constituídas por elastina, conferem elasticidade ao tecido conjuntivo 
frouxo, complementando a resistência das fibras colágenas. 
 
FIGURA 7 – TECIDO CONJUNTIVO 
 
FONTE: HISTOPATOLOGIA. Pele. Disponível em: <http://www.histopato.com/azul/Hipertext/rep-piel.htm>. Acesso 
em: 06 out.2011. 
A derme é formada por duas camadas: camada papilar (parte mais externa da derme 
que está em contato direto com a epiderme) e camada reticular (mais profunda e que constitui a 
parte principal da derme) (CEDERJ, 2011) (FIGURA 8). 
 
FIGURA 8 – CAMADAS DA DERME - Derme: camada papilar (DP) e camada reticular (DR) 
 
FONTE: UFPEL. Pele delgada. Disponível em: 
<http://minerva.ufpel.edu.br/~mgrheing/cd_histologia/especial/peledelgada.htm>. 
Acesso em: 06 out.2011. 
 
 
17 
Você sabia? 
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de proteínas que 
dão origem a fibras colágenas e elásticas que proporcionam sustentação e elasticidade para a 
pele. A derme possui, ainda, inúmeros corpúsculos sensoriais e táteis e terminações nervosas 
(CEDERJ, 2011). 
A derme é ricamente vascularizada, sendo responsável pela nutrição sanguínea da 
epiderme. O limite entre a epiderme e a derme é bastante irregular. A epiderme projeta cristas 
em direção à derme, que são acompanhadas pelo tecido conjuntivo da derme (papilas dérmicas) 
(CEDERJ, 2011). Essa interação entre epiderme e derme ajuda a fixar mecanicamente as 
camadas da pele (FIGURA 9). 
 
FIGURA 9 – PAPILAS DÉRMICAS 
 
FONTE: LIMA, A. O melhor da anatomia. Disponível em: 
<http://omelhordaanatomia.blogspot.com/2011/05/sistema-tegumentar-continuacao.html>. 
Acesso em: 06 out. 2011. 
 
Assim como a epiderme, a derme também exerce funções importantes para a pele. O 
quadro abaixo resume algumas dessas funções (QUADRO 3): 
 
 
 
 
 
18 
QUADRO 3 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA DERME 
Promoção da flexibilidade tecidual; 
Proteçãocontra traumas mecânicos; 
Manutenção da homeostase orgânica; 
Armazenamento de sangue para eventuais necessidades primárias do organismo; 
Ruborização quando de respostas emocionais; 
Segunda linha de proteção contra invasões de microorganismos. 
FONTE: ANGELICA, 2011. 
 
 
Logo abaixo da pele está situada a hipoderme ou tela subcutânea que exerce papel de 
sustentação e reserva energética. 
 
 
2.2 HIPODERME (TELA SUBCUTÂNEA) 
 
 
A hipoderme ou tela subcutânea não faz parte da pele, porém está intimamente ligada 
a ela. É constituída por septos de colágeno, vasos sanguíneos e células adiposas. Além de 
funcionar como depósito energético, a hipoderme exerce as funções de proteção contra 
choques, manutenção da temperatura orgânica e modelagem corporal (AZULAY; AZULAY, 
1999). 
A hipoderme é formada por duas camadas separadas por uma lâmina fibrosa: a 
camada areolar (superficial), formada por adipócitos globulares, volumosos, numerosos e 
delicados vasos sanguíneos; e a camada lamelar (profunda). A camada lamelar aumenta sua 
espessura (hiperplasia) quando ocorre ganho de peso (AZULAY; AZULAY, 1999) (FIGURA 10). 
 
 
19 
FIGURA 10 – HIPODERME 
 
 
FONTE: CRUZ,L. Biologia humana. Disponível em: 
<http://lorenabiohumana.blogspot.com/2009/11/practica-7-observacion-de-tejidos.html>. 
Acesso em: 07 out. 2011. 
 
 
2.3 ANEXOS DA PELE 
 
 
Os anexos da pele (FIGURA 11) são os pelos, as unhas e as glândulas sebáceas e 
sudoríparas (ANGÉLICA, 2011): 
 
 Pelos: originam-se de uma invaginação da epiderme (folículo piloso) e estão 
distribuídos por quase todo o corpo. Em certas regiões, como nas aberturas do 
corpo, exercem papel de proteção; 
 
 Unhas são lâminas córneas formadas pela camada córnea. Em sua extremidade 
proximal uma estreita prega da epiderme se estende, formando o eponíquo. 
Possuem coloração rosada; 
 
 
 
20 
 Glândulas sebáceas: são encontradas anexas aos pelos em todas as regiões do 
corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde os pelos 
são abundantes. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídios cuja função é 
a lubrificação da pele; 
 
 Glândulas sudoríparas: estão distribuídas em todo o corpo e secretam um fluido 
de cloreto de sódio, ureia, sulfatos e fosfatos que regulam a temperatura corporal. 
 
FIGURA 11 – ANEXOS CUTÂNEOS 
 
FONTE: CEDERJ. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<www.d.yimg.com/kq/groups/18803735/1895055385/name/Corpo>. Acesso em: 07 out. 2011 
 
 
Você entendeu? 
A pele é o principal componente do sistema tegumentar e subdivide-se em epiderme e derme. A 
epiderme é avascular e possui cinco camadas (córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal), 
sendo responsável pela síntese de queratina por meio dos queratinócitos. A derme é ricamente 
vascularizada e subdivide-se em duas camadas (papilar e reticular), sendo responsável pela 
 
 
21 
síntese de colágeno por intermédio dos fibroblastos. Logo abaixo da pele está à hipoderme, 
camada gordurosa que funciona como depósito energético e proteção contra choques, 
manutenção da temperatura orgânica e modelagem corporal. Os anexos cutâneos são os pelos, 
as unhas e as glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
 
 
22 
3 ESTUDO DA UNIDADE PILOSSEBÁCEA 
 
 
 
Após concluir a revisão do sistema tegumentar, iniciaremos um detalhamento sobre um 
de seus anexos cutâneos: o pelo. Trata-se, obviamente, do assunto principal do nosso estudo. 
Afinal, é sobre ele e suas estruturas que atuaremos ao realizar a depilação a laser. 
O pelo (FIGURA 12) é uma matéria semiviva que recobre determinadas partes do 
corpo, em maior ou menor quantidade, com função protetora. Quando um ser humano nasce, 
seu corpo é revestido por cerca de cinco milhões de folículos pilosos. Não são formados folículos 
adicionais após o nascimento (CEDERJ, 2011). 
 
FIGURA 12 – ESTRUTURA DO PELO 
 
 
1 – Pelo; 
2 – Superfície da pele; 
3 – Sebo; 
4 – Folículo piloso; 
5 – Glândula sebácea. 
 
FONTE: WIKIPÉDIA. Pelo. Disponível em: <(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:HairFollicle2.jpg)>. Acesso em: 07 
out. 2011 
 
A função principal dos pelos, como já dissemos, é a de proteção. Os pelos presentes nas 
narinas, ouvidos, olhos, axilas, púbis e os cabelos, protegem a pele e o couro cabeludo contra a luz solar, 
o frio e o calor. Além dessa função fisiológica, no ser humano, pelos e cabelos exercem também 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/HairFollicle2.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/HairFollicle2.jpg
 
 
23 
importante função estética. Suas alterações muitas vezes influenciam negativamente a qualidade de vida 
dos indivíduos (SAMPAIO; RIVITTI, 2001). 
Os pelos originam-se de uma invaginação da epiderme. Dessa invaginação surgem 
pequenas estruturas chamadas folículos pilosos (FIGURA 13). O folículo piloso no pelo em 
fase de crescimento apresenta uma dilatação terminal, que é o bulbo piloso, e, na sua porção 
central, uma papila dérmica, que induz o crescimento do pelo (CEDERJ, 2011). 
 
FIGURA 13 – FOLÍCULO PILOSO 
 
FONTE: REGIS. Pelo. Disponível em: <http://clinicaregis.com.br/>. Acesso em: 07 out. 2011 
 
As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo, que é constituída por 
queratinócitos e melanócitos. À medida que os queratinócitos da raiz do pelo se diferenciam, 
eles vão sofrendo queratinização, incorporando melanina e aflorando na superfície da epiderme 
(CEDERJ, 2011). 
 
 
24 
A forma dos pelos depende das fibrilas, que são substâncias formadas por proteínas, 
que dão força e resistência aos pelos. Se as fibrilas são retas, os pelos são lisos, mas se as 
fibrilas tiverem a forma de anéis, o pelo será ondulado (TONEDERM, 2011). 
Os pelos crescem em níveis diferentes em cada indivíduo e essas alterações estão 
relacionadas a diversos fatores: características genéticas, idade, sexo, raça, estação do ano, 
peso corporal, metabolismo, equilíbrio hormonal, uso de medicamentos, entre outros 
(TONEDERM, 2011). 
Um pelo completo é formado por três regiões com diferentes níveis de queratinização: 
medula, córtex e cutícula (CEDERJ, 2011) (FIGURA 14). 
 
 
 Medula: porção mais central e pouco queratinizada. Está presente em pelos 
maduros. É constituída por uma ou duas camadas de grandes células sem núcleo; 
 
 Córtex: camada intermediária que envolve a medula e ocupa a maior parte do pelo. 
Possui células epiteliais ricas em melanina, responsáveis pela coloração do pelo. A 
cor do pelo é relacionada à quantidade de melanina formada durante seu 
crescimento e depositada no córtex. Se o pigmento dominante for melanina a cor 
será preta, e se o pigmento principal for à feomelanina a cor será amarela ou 
vermelha; 
 
 Cutícula: camada mais externa e mais queratinizada. Constituída por células em 
plaquetas encaixadas como escamas. Não possui pigmento. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
FIGURA 14 – PELO COMPLETO 
 
FONTE: LAROCHE-POSAY. Bulbo capilar ou raiz capilar. Disponível em: <http://www.laroche-posay.pt>. Acesso 
em: 07 out. 2011 
 
Perifericamente, o folículo piloso é envolvido pelas bainhas radiculares interna e 
externa e é separado do tecido conjuntivo da derme por uma membrana basal bem 
desenvolvida, a membrana vítrea (CEDERJ, 2011). 
Na bainha conjuntiva que circunda o folículo piloso, existe o músculo eretor do pelo 
se fixando, de um lado, na bainha e de outro, na derme. A sua contração provoca o eriçamento 
do pelo (CEDERJ, 2011) (FIGURAS 15 e 16). 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
FIGURA 15 – DETALHAMENTO DA MICROESTRUTURA DO PELO 
 
FONTE: ROSSETI, ML. Acne em la adolescência. Disponível em: <http://www.yio.com.ar/acne/acne.html>. Acesso 
em: 07 out. 2011 
 
 
 
 
 
27 
FIGURA 16 – LÂMINAS DA MICROESTRUTURA DO PELO 
 
FONTE: HISTOPATOLOGIA. Piel. Disponível em: <http://www.histopato.com/azul/Hipertext/rep-piel.htm>. Acesso 
em: 08 out. 2011 
 
 
Você entendeu? 
O peloé uma estrutura semiviva que recobre o corpo e exerce a função de proteção da pele e do 
couro cabeludo contra a luz solar, o frio e o calor. Ele surge de uma invaginação da epiderme 
denominada folículo piloso. Quando o pelo está em crescimento, o folículo apresenta uma 
dilatação terminal chamada bulbo piloso e na sua porção central, uma papila dérmica, que induz 
o crescimento do pelo. As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo. O formato dos 
pelos depende das fibrilas que dão força e resistência aos pelos. Um pelo completo é formado 
por três regiões: medula (porção mais central e pouco queratinizada); córtex (camada 
intermediária que envolve a medula e ocupa a maior parte do pelo) e cutícula (camada mais 
externa e mais queratinizada). Perifericamente, o folículo piloso é envolvido pelas bainhas 
radiculares interna e externa. Nessa bainha existe o músculo eretor do pelo que provoca seu 
eriçamento. 
 
 
28 
3.1 TIPOS DE PELOS 
 
 
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo humano 
(Meira, 2011): lanugem, vêlus e o pelo terminal. 
 
 
 Lanugem: é o pelo que cobre o feto, e desaparece após o nascimento. É delgado e 
macio. É produzido pelos folículos fetais e se desprende no útero entre o sétimo e o 
oitavo mês de gestação ou logo após o nascimento. Ao nascer o bebê apresenta 
uma camada de gordura e resíduos de lanugem denominada vernix caseoso 
(FIGURA 17); 
 
 
FIGURA 17 – VERNIX CASEOSO: MISTURA DE SEBO GORDUROSO E LANUGEM QUE RECOBRE O CORPO 
DO RECÉM-NASCIDO 
 
FONTE: PEDIATRIA BRASIL. Vérniz caseoso. Disponível em: <http://www.pediatriabrasil.com.br/2010/08/vernix-
caseosa.html>. Acesso em: 08 out. 2011 
 
 
 Velus: é o pelo que substitui a lanugem após o nascimento. É macio, fino (<0,1 
mm), curto (< 2 cm) e pouco pigmentado. Pode ser encontrado normalmente nas 
faces das mulheres (FIGURA 18) ou na área de calvície dos homens; 
 
 
 
29 
FIGURA 18 – VELUS 
 
FONTE: LAY-ANG. Hirsutismo. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/hirsutismo.htm>. Acesso em: 
07 out. 2011 
 
 
 Pelo terminal: é o pelo que substitui o velus. É mais comprido (> 2cm), mais grosso 
(até 0,6 mm), pigmentado, visível e medulado. Encontrado nas axilas, regiões 
pubianas, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos do couro cabeludo. 
 
 
Dentre todas as regiões que possuem pelos terminais e que, portanto, podem ser 
depiladas, a axila e a virilha são as mais solicitadas, sobretudo, pelas mulheres. No homem, a 
depilação é mais comum na região do tórax e abdômen. Daí a importância de conhecermos um 
pouco mais sobre as características dos pelos dessas regiões (WIKIPÉDIA, 2011): 
 
 
 Pelos axilares: pelos presentes na parte interna da axila, popularmente denominada 
como “sovaco”. Como a maioria dos outros pelos, surge na puberdade e seu 
crescimento é concluído até o final da adolescência. Exercem função sexual, pela 
liberação de feromônios, servem de acolchoamento "antiatrito" entre a parte superior do 
braço e tórax e mantém a umidade longe da pele, impedindo a colonização bacteriana 
(FIGURA 19). 
 
 
 Pelos púbicos (pubianos): pelos grossos localizados na região frontal da pelve, acima 
e à volta dos órgãos sexuais masculino e feminino. Sua função no ser humano é a 
proteção dos órgãos sexuais contra o frio. Uma função secundária é o estímulo pelo 
 
 
30 
atrito durante o ato sexual (FIGURA 19). 
FIGURA 19 – PELOS TERMINAIS AXILARES E PUBIANOS 
 
PELOS AXILARES 
 
 
PELOS PUBIANOS 
 
� 
� 
FONTE: WIKIPÉDIA. Pelos axilares. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Axilla_hairy.jpg>. Acesso 
em: 8 out. 2011 
FONTE: WIKIPÉDIA. Pelos pubianos. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pubic_Hair_(natural,
_untrimmed)_01.jpg>. Acesso em: 08 out. 2011 
 
 
 Pelos abdominais: antes da puberdade, o abdômen de meninos e meninas é coberto 
por uma fina camada de pelo. Em resposta aos crescentes níveis de hormônios durante 
e após a puberdade começam a surgir pelos mais grossos, longos e escuros no 
abdômen, principalmente nos meninos (FIGURA 20). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d9/Axilla_hairy.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d9/Axilla_hairy.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Pubic_Hair_%28natural%2C_untrimmed%29_01.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Pubic_Hair_%28natural%2C_untrimmed%29_01.jpg
 
 
31 
 
FIGURA 20 – PELOS TERMINAIS EM ABDOMEM E TÓRAX 
� 
FONTE: WIKIPÉDIA. Pelos abdominais. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abd%C3%B4men_masculino.jpg>. Acesso em: 08 out. 2011 
 
 
Resumindo... 
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo humano: lanugem 
(pelo que cobre o feto, e desaparece após o nascimento); vêlus (pelo que substitui a lanugem 
após o nascimento e que também pode ser encontrado nas faces femininas ou nas áreas de 
calvície em homens) e o pelo terminal (pelo mais comprido, mais grosso e pigmentado, 
encontrado nas axilas, pubis, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos). Dentre 
todas as regiões que possuem pelos terminais (podem ser depiladas), a axila e a virilha são as 
mais solicitadas por mulheres e a região do tórax e abdomem por homens. 
 
 
 
3.2 CICLO DE CRESCIMENTO PILOSO 
 
 
Os pelos não crescem continuamente. Há uma alternância de fases de crescimento e 
repouso que dura um período variável de dois a sete anos. A atividade de crescimento cíclico de 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Abd%C3%B4men_masculino.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Abd%C3%B4men_masculino.jpg
 
 
32 
cada folículo piloso nos humanos é individual. O ciclo dos pelos ocorre um número suficiente de 
vezes para manter os pelos sempre presentes na maior parte da superfície corporal e do couro 
cabeludo. 
A qualquer momento temos uma quantidade de pelos em fases diferentes de repouso, 
crescimento e de desprendimento. Existem três fases que se sucedem: anágena (crescimento); 
catágena (repouso); telógena (desprendimento) (FIGURA 21) (MEIRA, 2011): 
 
 
FIGURA 21 – CICLO DE CRESCIMENTO PILOSO 
 
FONTE: LUNA, F. Ciclo de crescimento do pelo. Disponível em: 
<http://drafabialuna.site.med.br/index.asp?PageName=Ciclo-20de-20Crescimento-20do-20P-EAlo>. Acesso em: 08 
out. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
3.2.1 Fase Anágena 
 
 
Fase em que o pelo está-se em crescimento. As células dividem-se e queratinizam-se 
ativamente. O pelo está fixo dentro do folículo, alimenta-se de sangue e cresce. Se for puxado 
por epilação mecânica nesta fase, a pessoa sente um estímulo doloroso. Neste período, a 
epilação mecânica só remove o pelo velho e já condenado a cair. O pelo novo que ainda não 
está formado não é suficientemente comprido, escapa à depilação e obstrui o fundo do folículo, 
não atingindo, desta forma, as células germinativas. A fase anágena dura de dois a cinco anos, 
sendo que 85% dos pelos estão nesta fase (REGIS, 2011) (FIGURA 22). 
 
FIGURA 22 – CICLO DE CRECIMENTO DO PELO: FASE ANÁGENA 
 
 
FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em: 
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 09 out. 2011. 
 
 
 
 
 
34 
3.2.2 Fase Catágena 
 
 
Fase em que o pelo está em contato íntimo com as células germinativas. O 
crescimento já terminou e o pelo está queratinizado e implantado no fundo do folículo. É o 
período ideal para se realizar a depilação, pois o pelo é arrancado com a bainha epitelial, 
deixando à mostra a camada germinativa para ser destruída pelo laser. Dura cerca de um ano e 
10% dos pelos estão nesta fase (REGIS, 2011) (FIGURA 23). 
 
 
FIGURA 23 – CICLO DE CRECIMENTO DO PELO: FASE CATÁGENA 
 
 
FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luzintensa pulsada. Disponível em: 
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 15 out. 2011. 
 
 
 
 
 
35 
3.2.3 Fase Telógena 
 
 
Fase em que o enfraquecimento da união entre a base do folículo e o pelo produz sua 
queda. Nesta fase, nasce um novo pelo dentro do folículo e à medida que cresce, vai 
empurrando para fora o pelo velho. Dura de três a quatro meses e 5% dos pelos estão nesta 
fase. Em seguida, os pelos passam por uma fase de repouso e entram novamente na fase 
anágena, reiniciando o ciclo (REGIS, 2011) (FIGURA 24). 
 
FIGURA 24 – CICLO DE CRECIMENTO DO PELO: FASE TELÓGENA 
 
 
FONTE: MACEDO, FS; MONTEIRO, EO. Epilação com laser e luz intensa pulsada. Disponível em: 
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3981>. Acesso em: 15 out. 2011. 
 
A duração destas fases difere entre as regiões do corpo, assim como a taxa de 
crescimento diária dos pelos (o que caracteriza os diferentes tamanhos dos folículos pilosos), 
conforme descrito no quadro 4, a seguir: 
 
 
 
 
36 
QUADRO 4 – CICLO DO PELO DE ACORDO COM A REGIÃO ANATÔMICA 
Região do corpo Duração da fase 
anágena (meses) 
Duração da fase 
telógena (meses) 
% de pelos na fase 
telógena 
Cabeça 48-72 3-4 10-15 
Sobrancelhas 1-2 3-4 85-94 
Buço 2-5 1,5 34 
Barba 12 2-3 15-20 
Axila 3-6 3-6 31-79 
Púbis 3-6 0,5 65-81 
Coxas 1-2 2-3 64-83 
Pernas 4-6 3-6 62-88 
FONTE: adaptado de MACEDO; MONTEIRO, 2011. 
 
 
Você sabia? 
O melhor período para executar-se a depilação definitiva vai desde o momento final da fase 
anágena até o início da fase catágena. Isso porque neste intervalo de tempo é certo que os 
pelos estejam em contato direto com suas matrizes germinativas e possam melhor ser atingidos 
pelo laser. Porém, como nem todos os pelos encontram-se ao mesmo tempo em igual fase de 
desenvolvimento, não é possível realizar uma depilação definitiva em uma única sessão. 
 
Resumindo... 
Os pelos do nosso corpo não crescem continuamente. O ciclo de crescimento se dá em três 
fases sucessivas: anágena (fase em que o pelo está em crescimento e as células se dividem 
ativamente – 85% dos pelos estão nesta fase); catágena (fase em que o crescimento já terminou 
e o pelo está implantado no fundo do folículo, sendo o período ideal para se realizar a depilação 
 
 
37 
– 10% dos pelos estão nesta fase) e telógena (fase em que o pelo enfraquece e cai, surgindo um 
novo pelo no folículo – 5% dos pelos estão nesta fase). 
 
 
 
38 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS (ESCALA DE FITZPATRICK) 
 
 
Para a realização segura da depilação a laser precisamos conhecer a classificação dos 
fototipos cutâneos. Essa classificação, baseada na reação da pele frente à exposição solar é 
importante para determinar o nível de risco de manchas na pele associadas à depilação a laser. 
 
 
Você se lembra? 
A coloração da pele é dada pelos melanócitos, células presentes na pele, que são responsáveis 
pela produção de um pigmento chamando melanina. A melanina é a substância que determina a 
coloração da pele. Todos os indivíduos, independentemente da raça, possuem quantidades 
semelhantes de melanócitos. O que difere a coloração de brancos e negros é a capacidade de 
produção de cada um. Negros possuem melanócitos com atividade celular mais acentuada. 
 
 
Como regra geral, peles mais claras quase nunca desenvolvem hiperpigmentações 
pós-inflamatórias, sendo excelentes candidatas à depilação a laser. Pessoas com peles mais 
escuras têm possibilidades maiores de desenvolver hiperpigmentação pós-inflamatória. Existem 
equipamentos específicos para serem utilizados em pessoas morenas. 
Além disso, pessoas com pele clara e pelos escuros alcançam resultados melhores e 
mais rápidos ao realizar a depilação a laser devido ao contraste de coloração entre pelo e pele. 
A escala de Fitzpatrick foi desenvolvida na década de 70 por um médico americano da 
Escola de Medicina de Harvard. Trata-se de uma classificação para os tipos de pele, baseada na 
cor da pele e na reação a exposição solar. A pele pode ser agrupada em seis fototipos cutâneos 
diferentes (FIGURA 25): 
 
 
 
39 
 
 Fototipo I: indivíduo extremamente branco, com pele clara, olhos azuis e cabelos 
loiros. Podem ser sardentos. Quando expostos ao sol se queimam com muita 
facilidade e nunca se bronzeiam. Pele considerada muito sensível; 
 
 Fototipo II: indivíduo branco, com pele clara, olhos azuis, verdes ou castanhos 
claros e cabelos loiros ou ruivos. Quando expostos ao sol se queimam com 
facilidade e bronzeiam-se muito pouco. Pele considerada sensível; 
 
 Fototipo III: indivíduo moreno claro. Pode possuir olhos claros ou não, porém 
sempre com cabelos um pouco mais escuros que o fototipo anterior. Quando 
expostos ao sol, queimam-se e bronzeiam-se moderadamente. Pele com 
sensibilidade considerada normal; 
 
 Fototipo IV: indivíduo moreno moderado. Possui pele clara ou morena clara, 
cabelos castanhos escuros e olhos escuros. Quando expostos ao sol queimam-se 
pouco e bronzeiam-se com facilidade. Pele com sensibilidade considerada normal; 
 
 Fototipo V: indivíduo moreno escuro. Possui pele morena escura, cabelos 
escuros e cacheados. Quando expostos ao sol raramente se queimam e 
bronzeiam-se bastante. Pele com sensibilidade considerada baixa (pouco 
sensível); 
 
 Fototipo VI: indivíduo negro. Possui pele e olhos negros. Cabelos negros e 
crespos (étnicos). Quando expostos ao sol nunca se queimam uma vez que a sua 
pele é totalmente pigmentada. Pele considerada insensível. 
 
 
 
 
 
 
40 
FIGURA 25 – FOTOTIPOS CUTÂNEOS 
 
 
FONTE: DEPILACION. Fototipos cutâneos. Disponível em: <http://www.1depilacion.com/fototipos-cutaneos/>. 
Acesso em: 15 out. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
O quadro 5 resume a classificação de Fitzpatrick: 
 
Quadro 5 – Quadro resumo da classificação de Fitzpatrick 
Fototipo I 
Características Pele clara – Olhos azuis – Cabelos loiros – Sardentos 
Cor Branca 
Descrição Queima com facilidade – Nunca bronzeia 
Sensibilidade Muito sensível 
Fototipo II 
Características Pele clara – Olhos azuis, verdes ou castanhos claros – Cabelos loiros ou 
ruivos 
Cor Branca 
Descrição Queima com facilidade - Bronzeia muito pouco 
Sensibilidade Sensível 
Fototipo III 
Características Olhos claros ou não – Cabelos mais escuros 
Cor Morena clara 
Descrição Queima e bronzeia moderadamente 
Sensibilidade Normal 
Fototipo IV 
Características Pele clara ou morena clara – Cabelos castanhos escuros – Olhos escuros 
Cor Morena moderada 
Descrição Queima pouco – Bronzeia com facilidade 
Sensibilidade Normal 
Fototipo V 
Características Cabelos e olhos escuros – Pele morena escura 
Cor Morena escura 
Descrição Queima raramente – Bronzeia bastante 
Sensibilidade Pouco sensível 
 
Fototipo VI 
Características Pele Negra – Olhos negros – Cabelos crespos 
Cor Negra 
 
 
42 
Descrição Nunca queima – Totalmente pigmentada 
Sensibilidade Insensível 
FONTE: PETERSEN, C. Fototipos cutâneos. Disponível em: 
<http://crispetersen.blogspot.com/2011/03/fototipos.html>. Acesso em: 15 out. 2011. 
 
Aqui concluímos o primeiro módulo do nosso curso de depilação a laser. Nesse 
momento você já teve contato com a anatomia e a fisiologia de estruturas envolvidas no 
processo de desenvolvimento dos pelos e consequentemente também relacionadas ao processo 
de depilação. 
Vimos que o sistema tegumentar subdivide-se em três componentes: pele, hipoderme 
e anexos cutâneos. A pele está subdividida em epiderme (formada por tecido epitelial avascular) 
e derme (formada por tecido conjuntivo de sustentação e vascularizada). Logo abaixo da pele 
está a hipoderme, que é uma camada de tecido adiposo (gorduroso). Infiltrados na pele e 
hipoderme estão os anexos cutâneos (pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas e unhas). 
Vimos também que o pelo é uma matéria semiviva que recobre determinadaspartes do 
corpo com função protetora. Para a depilação, trabalhamos com os pelos terminais que são mais 
grossos, resistentes e tem maior comprimento. Também são mais pigmentados e localizados em 
regiões como axilas, região pubiana, pernas, tórax e abdômen masculino, entre outros locais. 
Como falamos, os pelos do nosso corpo crescem em três fases sucessivas: anágena 
(fase de crescimento – 85% dos pelos estão nesta fase); catágena (fase em que o crescimento 
já terminou, sendo o período ideal para se realizar a depilação – 10% dos pelos estão nesta 
fase) e telógena (fase em que o pelo enfraquece e cai, surgindo um novo pelo – 5% dos pelos 
estão nesta fase). 
Finalizando o Módulo I, você aprendeu que para a realização segura da depilação a 
laser precisamos conhecer a classificação dos fototipos cutâneos para determinar o nível de 
risco de manchas na pele associadas à depilação a laser. Para tanto, utilizamos a escala de 
Fitzpatrick que classifica a pele em seis fototipos de acordo com a sua coloração e a reação da 
pele frente à exposição solar. A pele mais clara possível está agrupada como fototipo I e a mais 
escura possível como fototipo VI. 
 
 
 
43 
5 DISFUNÇÕES RELACIONADAS À UNIDADE PILOSSEBÁCEA 
 
 
5.1 HIRSUTISMO 
 
 
Condição em que ocorre o crescimento excessivo de pelos terminais escuros e 
grossos em mulheres em locais onde os pelos são comuns em homens (queixo, buço, tórax). 
Pode manifestar-se de forma isolada ou acompanhada de outros sinais como acne, seborreia, 
alopécia, hipertrofia do clitóris, aumento da massa muscular, modificação do tom de voz, 
distúrbios menstruais, infertilidade. Também podem estar associadas alterações metabólicas 
como aumento das taxas de insulina no sangue (MACEDO; MONTEIRO, 2011) (FIGURAS 26 E 
27). 
O hirsutismo pode ser genético ou surgir após o aumento dos níveis hormonais pelo 
uso de anticoncepcionais ou doenças como deficiência enzimática adrenal, tumores, ovários 
policísticos, entre outras (MACEDO; MONTEIRO, 2011). 
FIGURA 26 – PRESENÇA DE PELOS NA REGIÃO DOS SEIOS 
 
FONTE: DERMIS. Hirsutismo. Disponível em: <http://www.dermnetnz.org/hair-nails-sweat/hirsutism.html>. Acesso 
em: 20 out. 2011. 
 
 
44 
FIGURA 27– PRESENÇA DE PELOS EM FACE FEMININA 
 
FONTE: DERMIS. Hirsutismo. Disponível em: <http://www.dermnetnz.org/hair-nails-sweat/hirsutism.html>. 
Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
5.2 HIPERTRICOSE 
 
Aumento excessivo no crescimento de pelos (acima do esperado para a idade, sexo e 
raça do indivíduo) (FIGURA 28). É diferente do hirsutismo, que como vimos, é um excesso de 
crescimento de pelo na mulher seguindo um padrão de distribuição masculino. A hipertricose 
pode ser localizada em regiões específicas (ombro, costas, face) ou pode estar no corpo inteiro 
(MACEDO; MONTEIRO, 2011). 
A hipertricose pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida: 
 
 Hipertricose congênita lanuginosa: síndrome muito rara, caracterizada por 
crescimento excessivo de pelos na criança logo ao nascimento. A maior parte do corpo é 
coberta com pelo tipo lanugem que cresce excessivamente, originando um pelo fino e 
comprido que permanece durante a vida; 
 
 
45 
 Hipertricose adquirida: podem surgir pelos do tipo velus despigmentado ou 
pigmentado terminal. O crescimento do pelo pode ser localizado em determinada área 
ou generalizado, podendo aparecer em todo o corpo. As possíveis causas para o 
aparecimento da hipertricose adquirida incluem: desordens metabólicas como a porfiria 
cutânea, agentes químicos ou medicamentos (como a fenitoína e a ciclosporina via oral), 
anorexia nervosa, dentre outras. A hipertricose localizada pode ser causada pela 
aplicação tópica de medicações como iodo, psoralenos, minoxidina ou corticosteróides 
tópicos, infecções e vacinação. 
 
 
 
 
46 
FIGURA 28 – HIPERTRICOSE 
 
FONTE: ANAIS DE DERMATOLOGIA. Dermatoses neonatais. Disponível em: 
<http://www.anaisdedermatologia.org.br/public/figuras.aspx?id=10390>. Acesso em. 20 out. 2011. 
 
FONTE: DIARIO DE BIOLOGIA. Disponível em: <http://diariodebiologia.com/2009/01/hipertricose-lanuginosa-
congenita-sindrome-de-lobisomem/>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
 
 
47 
5.3 FOLICULITE 
 
 
A foliculite (FIGURA 29) é uma inflamação do folículo piloso causada pela 
contaminação por um tipo de bactéria chamada estafilococos. A invasão bacteriana pode ocorrer 
espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade ou suor, raspagem dos pelos ou 
depilação. Atinge crianças e adultos e pode acontecer em qualquer local onde existam pelos, 
sendo frequente na barba, em homens, e na virilha, em mulheres. 
Quando superficial, a foliculite é caracterizada pela formação de pequenas "bolhinhas 
de pus" (pústulas) com um pelo e discreta vermelhidão ao redor. Em alguns casos não ocorre 
pus, aparecendo apenas vermelhidão ao redor dos pelos. 
Quando as lesões são mais profundas, formam-se lesões elevadas e avermelhadas 
que podem ter um ponto amarelo (pus) no centro. Pode haver dor e coceira no local afetado. 
 
Alguns tipos de foliculite têm características próprias (SENAC, 2004): 
 
 Foliculite decalvante: neste caso o processo infeccioso leva à atrofia do pelo, 
deixando áreas de alopécia que se expandem com a progressão periférica da 
doença; 
 
 Foliculite por Pytirosporum: infecção causada por um fungo chamado 
Pytirosporum orbiculare. É uma erupção papulopustular discreta que causa 
coceira localizada principalmente na porção superior de tronco e ombros; 
 
 Foliculite superficial: pequena pústula folicular que ao se romper forma uma 
crosta que não interfere no crescimento do pelo. As lesões são numerosas e 
normalmente concentram-se no couro cabeludo, pescoço, tronco e nádegas. As 
lesões podem durar poucos dias ou se tornarem crônicas; 
 
 
48 
 Foliculite da barba: localizada na área da barba, atinge homens adultos, tem 
característica crônica e, pela proximidade das lesões, pode formar placas 
avermelhadas, inflamatórias, com muitas pústulas e crostas. 
 
 
FIGURA 29 – ALGUMAS FORMAS DE FOLICULITES 
 
 
FONTE: DERMNETZN. Disponível em: <http://www.dermnetnz.org/acne/folliculitis.html>. 
Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
49 
5.4 PSEUDOFOLICULITE 
 
 
Distúrbio inflamatório crônico comum que se evidencia por pápulas inflamatórias na 
região da barba dos homens, principalmente nos que tem fototipo alto e pelos encaracolados e 
grossos. Nas mulheres, isso acontece comumente nas regiões pubianas e axilares como 
consequência da depilação frequente (AVRAM, 2008) (FIGURA 30). 
 
FIGURA 30 – PSEUDOFOLICULITE EM BARBA MASCULINA 
 
 
FONTE: LEITE, AC. Pseudofoliculite. Disponível em: <http://contatoamanda.webnode.com.br/album/galeria-de-
fotos-pseudofoliculite-da-barba/pseudofolliculitis-barbae3-jpg/>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
50 
5.5 FURÚNCULO 
 
Lesão caracterizada por um nódulo doloroso, vermelho e quente que drena pus 
causada por infecção do folículo piloso e da glândula sebácea, por estafilococos. Pode surgir em 
qualquer parte do corpo, exceto na planta do pé, tendo preferência por regiões ricas em pelos e 
submetidas à fricção e transpiração (pescoço, face, axilas, nádegas e virilha). Ocorre mais em 
homens, principalmente após a puberdade. O aparecimento pode ser favorecido pelo uso de 
substâncias gordurosas na pele, pelo uso de roupas justas, que levam à fricção, e por foliculites 
sequenciais no mesmo local (WIKIPÉDIA, 2011) (FIGURA 31). 
 
FIGURA 31 - FURÚNCULO 
� 
FONTE: WIKIPÉDIA. Furúnculo. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Furoncle.jpg>. Acesso em: 20 
out. 2011. 
 
A bactéria penetra no folículo e causa uma infecção superficial na pele que se 
dissemina e forma uma lesão amarelada no centro e com contorno avermelhado e endurecido. 
Há um aumento importante do volume, e a lesão é bastante dolorosa e sensível à compressão 
(WIKIPÉDIA, 2011). 
 
O tamanhodo furúnculo depende da profundidade do folículo infectado: quanto mais 
profunda maior é o furúnculo. Com o tempo, ocorre a destruição da pele que recobre a região 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Furoncle.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Furoncle.jpg
 
 
51 
central, que rompe espontaneamente e leva à eliminação do material amarelado do centro 
(tecido necrótico) juntamente com pus. Após o rompimento, a dor desaparece e a ferida tende a 
cicatrizar e deixar uma marca escura no local (WIKIPÉDIA, 2011). 
 
 
5.6 TRICORREXE NODOSA 
 
 
Presença de nódulos em pontos das hastes dos pelos axilares e pubianos pela 
secreção das fibras por traumas físicos ou químicos (AGUILAR, 2001) (FIGURA 32). 
 
FIGURA 32 – TRICORREXE NODOSA 
 
FONTE: FIGUEIRA, CS. Tricoptilose, Triconodose e Tricorrexe Nodosa. Disponível em: 
<http://euamocabelo.blogspot.com/2010/09/pro-tricoptilose-triconodose-e.html>. 
Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
 
52 
5.7 TRICOSTASE ESPINULOSA 
 
 
Presença de mais de um pelo por óstio folicular. Apresenta pontos negros no nariz, 
barba, couro cabeludo e outras áreas do corpo. A retirada pode ser feita por meio de depilação 
(AGUILAR, 2001). 
 
 
5.8 LEUCOTRICOSE 
 
 
Embranquecimento dos pelos do corpo. Pode ser congênita (vitiligo), adquirida em 
casos de destruição permanente dos melanócitos da matriz pilosa por processos inflamatórios, 
exames de RX ou senilidade (AGUILAR, 2001). 
 
 
Você entendeu? 
Algumas doenças que atingem os pelos podem ser agravadas por processos depilatórios ou 
contraindicar alguma técnica. Entre elas estão: 
 
a) Hirsutismo: crescimento excessivo de pelos terminais escuros e grossos em mulheres 
em locais onde os pelos são comuns em homens; 
b) Hipertricose: aumento excessivo no crescimento de pelos (congênito ou adquirido); 
c) Foliculite: inflamação do folículo piloso pela contaminação por estafilococos; 
d) Pseudofoliculite: distúrbio inflamatório crônico com pápulas inflamatórias na barba dos 
homens e regiões pubianas e axilares nas mulheres; 
 
 
53 
e) Furúnculo: infecção purulenta do folículo piloso e da glândula sebácea, por estafilococos; 
f) Tricorrexe nodosa: nódulos nas hastes dos pelos axilares e pubianos; 
g) Tricostase espinulosa: presença de mais de um pelo por óstio folicular; 
h) Leucotricose: embranquecimento dos pelos do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
6 CONCEITOS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO 
 
 
Desde a antiguidade as mulheres se depilam. Há relatos do Egito antigo de que as 
mulheres usavam argila, sândalo e mel para retirar pelos da axila, dando origem às técnicas de 
depilação com cera (cera egípcia). Na Grécia Antiga, foi desenvolvido um instrumento 
denominado estrigil (varinha de cerca de 30cm com a ponta curva). Nem mesmo os povos 
primitivos abriram mão da possibilidade de remover seus pelos. Existem registros de que as 
índias não possuíam pelo pubiano. Em princípio imaginou-se que elas simplesmente tinham 
nascido sem ele, mas pouco tempo depois se descobriu que, na verdade, elas raspavam os 
pelos com a espinha do peixe-lixa (SENAC, 2004). 
 
Você sabia? 
Na idade média (idade das trevas), havia uma preocupação muito grande com o pudor, até 
hábitos básicos de higiene, como tomar banho, eram tidos como pecaminosos. Nessa época, a 
depilação era totalmente condenada, e quem ousasse tirar seus pelos poderia até mesmo ser 
acusado de bruxaria ou heresia e pagar com a própria vida a vaidade. 
 
A depilação é um dos procedimentos estéticos mais procurados na prática clínica. 
Além da questão estética, a remoção dos pelos envolve, ainda, critérios de higiene pessoal, 
adequação aos costumes coletivos atuais e o tratamento de disfunções relacionadas à unidade 
pilossebácea, como a hipertricose e o hirsutismo, por exemplo. Por conta disso, com o passar 
dos anos, diversas técnicas depilatórias foram sendo desenvolvidas. São processos com 
diferentes graus de eficiência, equipamentos ou produtos adaptados a cada necessidade, tipo de 
pele e de pelo e para cada região do corpo. Cada vez mais, homens e mulheres têm buscado 
técnicas mais eficazes e rápidas e menos dolorosas para a remoção dos pelos. 
 
A remoção de pelos pode ser realizada por dois modos: a depilação e a epilação. A 
 
 
55 
seguir, falaremos sobre cada um desses modos de remoção de pelos. 
 
 
6.1 DEPILAÇÃO E PROCESSOS DEPILATÓRIOS 
 
 
A DEPILAÇÃO é a remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as 
porções internas dos folículos pilosos. Os pelos são apenas aparados ou cortados. São 
tratamentos temporários, geralmente indolores, e que fazem a remoção física dos pelos: 
raspagem com lâmina ou navalha, cremes depilatórios, aparelhos elétricos, depilação com linha 
ou fio. 
 
 
6.1.1 Lâmina 
 
 
Método popular e muito conhecido, indolor, que remove os pelos cortando-os pela sua 
haste, por meio de uma lâmina (FIGURA 33). Pode ser usada nas pernas, axilas, região pubiana 
e barba em homens, sempre com cautela para evitar machucados na pele. 
Existe um mito de que o uso de lâminas engrossa os fios, o que é uma inverdade. O 
que ocorre é que os pelos crescem sem ponta uma vez que foram arrancados pela sua haste, 
dando a impressão de estarem mais ásperos. É o método depilatório que gera menos fios 
encravados. Sua desvantagem é o rápido crescimento dos pelos, uma vez que foram removidos 
parcialmente, além da alta incidência de foliculite pós-depilação. 
 
 
 
56 
FIGURA 33 – DEPILAÇÃO COM LÂMINA 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
6.1.2 Cremes depilatórios 
 
 
 
Produtos elaborados com a finalidade a amolecer os pelos e provocar sua queda 
(FIGURA 34). Normalmente tem ação rápida e não causam dor ou desconforto local. Possuem 
odor característico desagradável, mas existem versões perfumadas que minimizam esse efeito. 
Podem ocorrer reações alérgicas em pessoas com pele sensível. É recomendável que se realize 
um teste alérgico em uma pequena área 24 horas antes de realizar a depilação. 
O produto deve ser aplicado diretamente sobre a pele. Deve-se aguardar o tempo de 
pausa e remover com uma toalha resíduos de produto e os pelos removidos. Seu resultado é 
temporário e de curta duração, porque assim como as lâminas de barbear, apenas removem a 
superfície exterior dos pelos. 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
FIGURA 34 – CREME DEPILATÓRIO 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
6.1.3 Aparelhos elétricos que não eliminam a raiz 
 
Tem ação similar à das lâminas de barbear, removendo o pelo superficialmente, porém 
agridem menos a pele. São mais caros em relação às lâminas e o tempo de duração da depilação 
é similar. Não devem ser utilizados em peles machucadas, propensas a irritação ou que tenham 
sido expostas ao sol (FIGURA 35). 
 
FIGURA 35 – APARELHO DEPILATÓRIO ELÉTRICO 
 
FONTE: PHILIPS. Depilador. Disponível em: <http://www.philips.pt/c/remocao-de-pelos/humido-seco-
hp6306_00/prd/>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
58 
6.1.4 Depilação a linha ou fio 
 
 
Também chamada de depilação iraquiana, chinesa ou egípcia. É um método delicado 
e pouco irritativo que praticamente não agride a pele. Os pelos são removidos fio a fio com uma 
linha de seda ou de algodão e o efeito da depilação dura cerca de um mês (FIGURA 36). 
Indicada para pessoas que apresentaram complicações com outros métodos 
depilatórios, principalmente no rosto, embora possa ser usado em qualquer região do corpo. É 
mais eficaz em pelos curtos. A maioria das pessoas submetidas a essa técnica refere que a dor 
é de intensidade moderada. Trata-se de um procedimento com custo moderado por ser um 
atendimento demorado.FIGURA 36 – DEPILAÇÃO COM LINHA OU FIO 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
 
 
59 
Você entendeu? 
A depilação é a remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as porções internas 
dos folículos pilosos. Os pelos são apenas aparados ou cortados. Entre eles estão: lâmina 
(método popular e indolor, que remove os pelos cortando-os pela sua haste, por meio de uma 
lâmina); cremes depilatórios (produtos que amolecem os pelos e provocam sua queda); 
aparelhos elétricos (tem ação similar à das lâminas de barbear, removendo o pelo 
superficialmente, porém agridem menos a pele); depilação a linha ou fio (os pelos são removidos 
fio a fio com uma linha de seda ou de algodão). 
 
 
6.2 EPILAÇÃO E PROCESSOS EPILATÓRIOS 
 
 
A EPILAÇÃO realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as porções 
abaixo da pele, como parte do bulbo piloso. Proporciona a remoção de toda a haste do pelo e 
tem maior durabilidade: ceras quentes e frias, pinças, aparelhos elétricos que arrancam os pelos, 
eletrólise, luz intensa pulsada, laser. 
 
 
6.2.1 Cera quente e fria 
 
 
Um dos métodos mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo. Existem vários tipos 
de cera, específicas para o uso em determinadas regiões do corpo e a maioria delas utiliza ceras 
de abelha ou resinas sintéticas. 
 
 
 
60 
As ceras podem ser utilizadas quentes ou frias: 
 
 
6.2.1.1 Cera quente 
 
 
 A cera é aquecida a temperatura aproximada de 40ºC e é aplicada sobre a pele a 
ser depilada com um rolo (FIGURA 37). Após, são aplicadas faixas que são removidas em 
sentido contrário, retirando os pelos da região. Essa técnica é menos dolorosa do que a técnica 
a frio, pela vasodilatação provocada pelo calor, porém não é indicada para pacientes com pele 
sensível ou com vasinhos locais pelo risco de causar queimaduras e dilatação de vasos. 
Deve-se ter extremo cuidado com a temperatura da cera para não causar queimaduras na 
pele. O pelo deve estar longo para ser removido por completo. A duração do efeito da depilação 
por cera quente é de aproximadamente um mês. 
 
FIGURA 37 – DEPILAÇÃO COM CERA QUENTE 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
61 
 
6.2.1.2 Cera fria 
 
 
A cera é aplicada em faixas sobre a região a ser tratada, sem aquecimento local 
(FIGURA 38). É uma das técnicas depilatórias mais dolorosas, porém é ideal para a depilação de 
áreas sensíveis ao calor ou com sensibilidade alterada. 
 
 
FIGURA 38 – DEPILAÇÃO COM CERA FRIA 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Obtido via internet. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
De todas, é a técnica que causa mais irritação local e ressecamento da pele. Pode 
provocar foliculite. Assim como na depilação com cera quente, o pelo deve estar longo para ser 
removido por completo. A duração do efeito da depilação é de aproximadamente um mês. 
 
 
 
62 
6.2.2 Pinça 
 
 
Normalmente usada para depilação fio a fio e delineamento das sobrancelhas 
(FIGURA 39) por meio de um instrumento específico (pinça). É um processo trabalhoso e que 
deve ser realizado por profissional habilitado, por envolver conceitos de harmonia facial. 
Também pode ser usada para remoção de pelos de áreas com foliculite ou para a retirada das 
sobras de pelos resultantes de outras técnicas depilatórias. 
É uma técnica relativamente dolorosa e seu efeito de depilação dura aproximadamente 
um mês. 
 
FIGURA 39 – DEPILAÇÃO COM PINÇA 
 
FONTE: INOVARNET. Depilação? Sofrimento ou prazer. Disponível em: 
<http://inovarnetcenter.com.br/depilacao.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
63 
6.2.3 Aparelhos elétricos que arrancam os pelos 
 
 
Existem aparelhos elétricos para depilação que tem a capacidade de enrolar e remover 
os pelos por completo. Tem aplicação mais dolorosa, porém, efeito bem mais duradouro (cerca 
de 30 dias). 
 
 
Você entendeu? 
A epilação realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as porções abaixo da 
pele, como parte do bulbo piloso. Entre as técnicas estão: cera quente e fria (um dos métodos 
mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo que utiliza ceras de abelha ou resinas sintéticas); 
pinça (usada para depilação fio a fio e delineamento das sobrancelhas utilizando um instrumento 
específico, isto é, a pinça); aparelhos elétricos que arrancam os pelos (aparelhos elétricos para 
depilação que tem a capacidade de enrolar e remover os pelos por completo). 
 
 
6.2.4 Métodos para epilação definitiva (epilação permanente) 
 
 
Quando usamos o termo epilação definitiva temos a falsa impressão de que todos os 
folículos pilosos serão destruídos e nunca mais, em toda a vida, irá nascer um pelo. Isso não é 
verdade. Nenhuma técnica de epilação pode dar garantias de que jamais o pelo voltará a nascer. 
Por essa razão reajustou-se o termo de epilação definitiva para epilação permanente, 
progressiva ou de longa duração. 
De fato, quando utilizamos técnicas de epilação permanente, a maioria dos folículos é 
 
 
64 
destruída, mas outra parte fica simplesmente danificada e, por isso, fica-se sempre com uma 
pequena penugem, embora de pelos claros e muito finos. 
Entre essas técnicas que proporcionam epilação permanente estão: a eletrólise, a luz 
intensa pulsada (LIP) e o laser. 
 
 
6.2.4.1 Eletrólise 
 
 
Remoção dos pelos por meio de uma corrente elétrica aplicada utilizando-se uma fina 
agulha inserida na base do folículo piloso, destruindo a papila dérmica (FIGURA 40). Trata-se de 
uma técnica dolorosa, porém eficiente. Pode ser usada na face e no corpo. A eletrólise é um 
procedimento caro, demorado e restrito a pequenas áreas, pois apenas 50 a 100 pelos podem 
ser removidos a cada sessão. 
 
FIGURA 40 – ELETRÓLISE 
 
FONTE: MUNDO DAS TRIBOS. Eletrólise. Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/depilacao-definitiva-
com-eletrolise.html>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
65 
 
6.2.4.2 Luz intensa pulsada (LIP) 
 
 
A epilação por luz intensa pulsada também pode ser chamada de fotoepilação. Os 
equipamentos de luz pulsada agem pelo princípio da fototermólise seletiva (FIGURA 41). 
Quando a luz incide na pele transforma-se em calor e destrói as células germinativas do folículo 
piloso de forma seletiva. 
Ou seja, a melanina absorve a luz e transporta-a ao folículo piloso que transformada 
em calor destrói as células germinativas que alimentam o pelo. Uma vez que essas células são 
eliminadas, o pelo morre e cai. 
 
FIGURA 41 – FOTOTERMÓLISE SELETIVA 
 
FONTE: CHICFASCHION. Disponível em: <http://www.chicfashion.com.br/blog/beleza/depilacao-definitiva-com-luz-
pulsada-ipl-eu-fiz-e-amei/>. Acesso em: 20 out. 2011. 
 
 
A epilação com luz pulsada é um procedimento pouco doloroso, eficaz e muito 
duradouro. Além disso, elimina consideravelmente os problemas da foliculite, sem danificar a 
 
 
66 
pele, como ocorre nos demais métodos (FIGURA 42). 
Pode ser utilizada na maioria das tonalidades do pelo, assim como todas as 
espessuras de pelos, do fino ao grosso. Reduz os pelos entre 80 a 85%. Os pelos que 
reaparecem ao longo dos anos, crescem mais lentamente e são mais leves e finos. Quando 
finalizado o tratamento, o pelo que pode surgir ao longo de anos (5-10 anos) é fino e frágil, 
podendo ser feita uma sessão de revisão para eliminação definitiva. O número de sessões 
depende da cor e da espessura do pelo, da pele e da área a tratar. 
 
 
FIGURA 42 – EPILAÇÃO COM LUZ INTENSA PULSADA (LIP) 
 
FONTE: CORREIA, T. Luz intensa pulsada. Disponível em: <www.tiagocorreia.com.br>. 
Acesso em: 20 out. 2011. 
 
A duração do tratamento depende do crescimento do pelo, que também varia deuma 
área para outra. No começo são necessárias sessões mensais, mas com o passar do tempo são 
realizadas sessões com maior intervalo entre as aplicações, já que o folículo fica cada vez mais 
debilitado e o pelo demora a crescer. 
 
 
 
 
 
67 
6.2.4.3 Laser 
 
O laser, objeto principal do nosso estudo, é um equipamento que também utiliza a 
fototermólise seletiva para remoção de pelos, portanto faz fotoepilação. A energia do laser atinge 
a superfície da pele e é transmitida por meio do pelo para as células germinativas. 
O objetivo do tratamento não é queimar os pelos e sim usá-los como "guia", para 
possibilitar o alcance às células germinativas. Neste caso, o veículo principal é a melanina, que 
transporta a energia até o bulbo capilar. O folículo piloso absorve mais luz que os tecidos 
adjacentes, provocando um aumento de temperatura, que danifica o folículo piloso e impede ou 
retarda o seu crescimento. 
 
A epilação ocorre, portanto, por condução da energia, utilizando a melanina e a 
hemoglobina como cromóforas (FIGURA 43). 
O resultado definitivo não é obtido em uma única sessão, porque nem todos os pelos 
que recebem a energia conseguem transmiti-la às células germinativas (DRUMMOND, 2007). 
 
Figura 43 – Aplicação de laser para epilação definitiva 
 
FONTE: MUNDO DAS TRIBOS. Depilação definitiva da barba. Disponível em: 
<http://www.mundodastribos.com/depilacao-definitiva-da-barba.html>. Acesso em: 25 out. 2011. 
 
 
 
 
68 
O paciente ideal para candidatar-se a epilação laser é aquele que tem pelo escuro e 
grosso e a pele clara, pois a absorção do laser pela melanina será máxima, com baixo risco de 
sequelas e danos à epiderme. Os pelos do rosto costumam ser mais resistentes, necessitando 
de mais sessões para atingir o resultado. Pelos brancos não respondem bem ao tratamento, pois 
têm pouca melanina. Áreas com grande densidade de pelos respondem melhor, como axila, 
virilha e pernas (DRUMMOND, 2007). 
O quadro 6 resume as principais características dos três métodos atualmente 
considerados instrumentos para epilação permanente: 
 
 
Quadro 6 – Quadro resumo (eletrólise, luz intensa pulsada e laser) 
Tipo de energia Laser Luz Pulsada Eletrólise 
Aplicação Em grandes e 
pequenas áreas 
Em grandes e pequenas 
áreas 
Aplicação individual 
Mecanismo de ação Efeito térmico Efeito térmico Efeito térmico e químico 
Mecanismo de ação por 
coloração 
Fototermólise seletiva Fototermólise seletiva 
--------- 
Tipo de luz Monocromática Policromática --------- 
Estímulo Contínuo Pulsado Contínuo 
 
 
Aqui concluímos o segundo módulo do nosso curso de depilação a laser. 
Neste módulo vimos que existem disfunções relacionadas à unidade pilossebácea que 
podem interferir no processo de depilação e inclusive contraindicar algumas técnicas. 
Entre elas podemos citar: hirsutismo (crescimento excessivo de pelos terminais em 
mulheres em locais onde os pelos são comuns em homens); hipertricose (aumento excessivo no 
crescimento de pelos acima do esperado para a idade, sexo e raça do indivíduo); foliculite 
(inflamação do folículo piloso); pseudofoliculite (distúrbio inflamatório crônico comum que se 
evidencia por pápulas inflamatórias); furúnculo (nódulo doloroso, vermelho e quente que drena 
pus); tricorrexe nodosa (nódulos em pontos das hastes dos pelos axilares e pubianos pela 
 
 
69 
secreção das fibras por traumas físicos ou químicos); tricostase espinulosa (presença de mais de 
um pelo por óstio folicular); leucotricose (pelos brancos). 
Também vimos neste módulo que a remoção de pelos pode ser realizada por dois 
modos: a depilação (remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as porções 
internas dos folículos pilosos) e a epilação (remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as 
porções abaixo da pele, como parte do bulbo piloso). 
 
O laser, objeto principal do nosso estudo, é um equipamento que realiza fotoepilação. 
A energia do laser atinge a superfície da pele e é transmitida por meio do pelo para as células 
germinativas. O objetivo do tratamento não é queimar os pelos e sim usá-los como "guia", para 
possibilitar o alcance às células germinativas. Neste caso, o veículo principal é a melanina, que 
transporta a energia até o bulbo capilar. O folículo piloso absorve mais luz que os tecidos 
adjacentes, provocando um aumento de temperatura, que danifica o folículo piloso e impede ou 
retarda o seu crescimento. 
O sucesso do tratamento de epilação a laser baseia-se no entendimento da física do 
laser e do comprimento apropriado da onda, da duração do pulso, do sistema de resfriamento da 
pele, da seleção adequada do paciente, além dos cuidados pré e pós-tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
7 HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DO LASER 
 
 
O laser foi desenvolvido em 1960 por um físico americano chamado Maiman. Seus 
estudos foram baseados nas pesquisas de Albert Einsten que, por volta de 1916, propôs o 
conceito de emissão estimulada de radiação: uma espécie de clonagem em nível atômico, em 
que um fóton (menor fração de luz) ao interagir com um átomo excitado produz outro fóton que é 
seu gêmeo idêntico, tem a mesma cor, oscilam em fase e caminham na mesma direção, como 
atletas de nado sincronizado. Repetindo-se esse processo muitas vezes, obtém-se um feixe de 
luz extremamente pura, intensa e unidirecional. Porém, pela dificuldade em criar matérias 
excitáveis, a ideia de Einstein ficou esquecida por anos (KAMINSK, 2011). 
Nos anos 50, o americano Charles Townes criou um dispositivo baseado no princípio 
de Einstein, no espectro eletromagnético das microondas, que denominou MASER (abreviatura, 
em inglês, de amplificação de microondas por emissão estimulada de radiação) e ganhou o 
Nobel de Física em 1964. Na mesma época, outro americano, Gordon Gould, abordou em seus 
estudos a ideia do acrônimo LASER (em que o L de “luz” substitui o M de “microondas”) 
(KAMINSK, 2011). 
Porém, só em Maio de 1960, um jovem californiano desconhecido, Theodore Maiman, 
por meio de um pequeno cristal cor-de-rosa e uma lâmpada semelhante a um flash fotográfico, 
trouxe ao mundo, pela primeira vez, um impulso laser (KAMINSK, 2011). 
A partir daí, nos anos seguintes, muitos pesquisadores trabalharam no 
desenvolvimento dos lasers. Em 1964, Javan, Bennett e Herriot apresentaram o laser de He-Ne; 
Johnson desenvolveu o laser de Nd:YAG e Patel e colaboradores apresentaram o laser de 
dióxido de carbono (KAMINSK, 2011). 
Em 1965, Goldman publicou artigos sobre o laser de rubi em tatuagens e lesões 
pigmentadas (FIGURA 44). Em 1970 surgiu o laser de argônio para lesões vasculares. Por volta 
de 1980 publicou-se o importante conceito da fototermólise seletiva, em que foi possível a 
compreensão da interação do laser com os tecidos, que como você verá adiante é a propriedade 
que permite ao laser a multiplicidade de indicações em dermatologia (KAMINSK, 2011). 
 
 
 
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FIGURA 44 – LASER RUBI 
 
 
FONTE: SÃO FRANCISCO. Raios laser. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/raios-laser/raios-
laser.php>. Acesso em: 25 nov. 2011. 
 
Após seu desenvolvimento e aprimoramento, o laser possibilitou um grande avanço 
nos procedimentos médicos e revolucionou técnicas terapêuticas. O primeiro relato do uso do 
laser em medicina foi na área de oftalmologia (KAMINSK, 2011). 
De acordo com suas funcionalidades e aplicações clínicas, o laser pode ser 
classificado em (GORETTI, 2009): 
 
 Lasers de corte e de vaporização; 
 
 Lasers vasculares; 
 
 Lasers pigmentares; 
 
 Lasers de rejuvenescimento; 
 
 
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 Lasers epilatórios (objetos do presente estudo). 
 
 
Em dermatologia, o uso do laser é uma opção de tratamento para diversas patologias, 
como: lesões pigmentadas (manchas), lesões vasculares (varizes), cirurgia dermatológica 
(retirada de tumores da pele), cicatrizes, queloides, epilação

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