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AUTORES
ANDRÉA SILVA FRANGAKIS TANIL
FABIO TANIL MONTREZOL
DINÂMICAS LÚDICAS NO 
AMBIENTE CORPORATIVO: 
DA TEORIA À PRÁTICA
DINÂMICAS LÚDICAS NO AMBIENTE CORPORATIVO: 
DA TEORIA À PRÁTICA
Conselho Regional de Educação Física 
da 4a Região – CREF4/SP
Conselheiros
Ailton Mendes da Silva
Antonio Lourival Lourenço
Bruno Alessandro Alves Galati
Claudio Roberto de Castilho
Erica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Humberto Aparecido Panzetti
João Francisco Rodrigues de Godoy
Jose Medalha
Luiz Carlos Carnevali Junior
Luiz Carlos Delphino de Azevedo Junior
Marcelo Vasques Casati
Marcio Rogerio da Silva
Marco Antonio Olivatto
Margareth Anderáos
Maria Conceição Aparecida Conti
Mário Augusto Charro
Miguel de Arruda
Nelson Leme da Silva Junior
Paulo Rogerio de Oliveira Sabioni
Pedro Roberto Pereira de Souza
Rialdo Tavares
Rodrigo Nuno Peiró Correia
Saturno Aprigio de Souza
Tadeu Corrêa
Valquíria Aparecida de Lima 
Vlademir Fernandes
Wagner Oliveira do Espirito Santo
Waldecir Paula Lima
DINÂMICAS LÚDICAS NO 
AMBIENTE CORPORATIVO: 
DA TEORIA À PRÁTICA
Andréa Silva Frangakis Tanil
Fábio Tanil Montrezol
2019
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Agência Brasileira do ISBN - Bibliotecária Priscila Pena Machado CRB-7/6971 
 
 
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Comissão Especial da Coleção Literária 20 anos 
da Instalação do CREF4/SP
Responsáveis, junto a diretoria do CREF4/SP, pela avaliação, aprovação e revisão 
técnica dos livros
Prof. Dr. Alexandre Janotta Drigo (Presidente)
Profa. Ms. Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Prof. Dr. Miguel de Arruda
Editora
Malorgio Studio
Coordenação editorial
Paolo Malorgio
Capa
Felipe Malorgio
Revisão
Joice Chaves
Imagens de capa
Pixabay.com
Projeto gráfico e diagramação
Rodrigo Frazão
Copyright © 2019 CREF4/SP
Todos os direitos reservados.
Conselho Regional de Educação Física da 4a Região - São Paulo
Rua Líbero Badaró, 377 - 3o Andar - Edifício Mercantil Finasa
Centro - São Paulo/SP - CEP 01009-000
Telefone: (11) 3292-1700
crefsp@crefsp.gov.br
www.crefsp.gov.br
O jogo é necessário na vida humana. Assim como o homem pre-
cisa de repouso corporal para restabelecer-se, assim também precisa 
de repouso para a alma, o que é proporcionado pela brincadeira. 
(Tomás de Aquino, 1856)
7
O livro tece uma relação entre a teoria e a prática das dinâmicas lúdicas 
dentro do ambiente corporativo, principalmente como componente metodoló-
gico para os Programas de Ginástica laboral, propõe um estudo e uma reflexão 
sobre nosso olhar para o funcionário em diferentes aspectos: físicos, sociais, 
emocionais, individuais e coletivos.
Percorrerá brevemente sobre conceitos e benefícios da ginástica laboral e 
em seguida apresentará referências que colaboraram para o entendimento e 
argumentação da importância do brincar no universo corporativo, tanto no as-
pecto fisiológico quanto comportamental.
Em seguida o leitor encontrará uma série de dinâmicas lúdicas elaboradas 
e reinventadas a partir da leitura de outras construções, criações em cursos, 
inspirações advindas de diferentes elementos que estimularam suas criações, 
tais como: fotos em revistas, leitura de artigos, mídias sociais etc.
A obra é finalizada com uma sessão de perguntas e respostas que frequen-
temente surgem durante os cursos ministrados pela autora.
Andréa Silva Frangakis Tanil
Graduada em Educação Física
CREF 05136-G/SP
Especialista em Educação lúdica 
Fabio Tanil Montrezol
Graduado em Educação Física
CREF 32049-G/SP
Mestre em Biociências
Sinopse da obra
9
Sumário
Apresentação ............................................................................................................ 11
O ambiente corporativo .......................................................................................... 13
 Cultura e clima organizacional ............................................................................. 13
 Desenvolvimento humano e Qualidade de Vida .................................................. 14
 Qualidade de vida no trabalho (QVT) .................................................................. 17
 O lazer corporativo ............................................................................................... 19
A Ginástica laboral ................................................................................................... 21
 Um breve histórico da Ginástica laboral ............................................................... 21
 Conceito de Ginástica laboral ............................................................................... 23
 Principais objetivos dos Programas de Ginástica laboral ..................................... 23
 Técnicas mais utilizadas ....................................................................................... 23
Saúde emocional: a fisiologia do estresse ............................................................. 25
 Suas correlações com o trabalho e com o humor .................................................. 25
O brincar .................................................................................................................... 37
 A fisiologia do brincar .......................................................................................... 39
Dinâmicas lúdicas corporativas ............................................................................. 51
 Momentos de lazer ............................................................................................... 51
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas ..................................................... 53
 A Criatividade ...................................................................................................... 53
 Características das dinâmicas lúdicas para os Programas de Ginástica laboral ..........54
 Acertando na escolha............................................................................................ 56
 Objetivos das dinâmicas lúdicas ........................................................................... 57
 Planejamento, organização e aplicação das dinâmicas ......................................... 61
 Planejamento ........................................................................................................ 61
 Organização .......................................................................................................... 61
 O profissional de Educação Física ........................................................................ 63
 Como encantar ..................................................................................................... 65
 O que evitar ........................................................................................................ 67
Dinâmicas lúdicas: a prática ................................................................................... 69
Perguntas mais frequentes .................................................................................... 125
Anexo I ..................................................................................................................... 131
Referências .............................................................................................................. 135
11
Apresentação
Esta é a segunda coleção literária que o Conselho Regional de Educação 
Física da 4ª Região - CREF4/SP lança, dessa vez para comemorar os 20 anos da 
sua instalação. O fato histórico de referência é a Resolução 011 de 28 de outubro 
de 1999, publicada pelo CONFEF, que fixouem seis, o número dos primeiros 
CREFs e, entre eles, o CREF4/SP, com sede na cidade de São Paulo e jurisdição 
em nosso Estado. 
Nesse momento, remeto-me à luta que antecedeu essa conquista, e que se 
iniciou com a “batalha” pela regulamentação de nossa profissão, marcada pela 
apresentação do Projeto de Lei nº 4.559/84, mas que somente foi efetivada pela 
Lei 9.696/98, passados 14 anos do movimento inicial no Congresso Nacional. 
Logo após essa vitória histórica, a próxima contenda foi a de atender aos requisi-
tos estabelecidos pelas normas do CONFEF para a abertura de nosso Conselho, 
que à época exigia o registro de 2 mil profissionais. Com muito orgulho me lem-
bro da participação de minha cidade natal - Rio Claro - neste contexto, por meio 
do trabalho iniciado pelo Prof. José Maria de Camargo Barros, do Departamento 
de Educação Física da UNESP. Vários professores e egressos dos Cursos se mo-
bilizaram para inscreverem-se e buscarem novas inscrições em nossa cidade, 
tarefa na qual me incluí, tendo número de registro 000200-G/SP.
Atualmente o CREF4/SP é o maior Conselho Regional em número de regis-
trados, com uma sede que, além de bem estruturada, está bastante acessível aos 
Profissionais que se direcionam para a capital, estando próximo às estações de 
metrô São Bento e Anhangabaú. Também conta com a Seccional de Campinas 
bem aparelhada e atuante em prol da defesa da sociedade e atendimento aos 
Profissionais de Educação Física. Tudo isso demonstra que esses 20 anos foram 
de muito trabalho e empenho para a consolidação de nossa profissão, e assim 
destaco a força de todos os Conselheiros do passado e do presente e dos valo-
rosos empregados que ajudaram a construir esta realidade. 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
12
Por isso insistimos em comemorar, agora os 20 anos do CREF4-SP, ofere-
cendo aos Profissionais de Educação Física, aos estudantes, às instituições de 
formação superior, bibliotecas e à sociedade uma nova Coleção Literária com-
posta de 20 obras, uma para cada ano do aniversário. Buscamos permanecer 
“orientando o exercício profissional, agindo com excelência, justiça e ética”, 
uma das missões de nosso Conselho.
Enquanto Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª 
Região (CREF4/SP) apresento a Coleção Literária em Comemoração aos 20 Anos da 
Instalação do CREF/SP, composta por livros que procuraram acolher as neces-
sidades do campo profissional, atendendo o quesito de diversificação de con-
textos e de autores, priorizando temas inéditos em relação ao que vem sendo 
produzido por este Conselho. 
O faço na esperança de que os Profissionais de Educação Física leitores 
dessas obras demostrem o mesmo empenho e amor pela profissão que seus 
próprios autores dedicaram, oferecendo seu tempo e cedendo os direitos au-
torais dessa edição, tanto em relação ao livro físico quanto à versão digital de 
forma voluntária. Com esse gesto entram em conformidade com os pioneiros 
do CREF4/SP que assim o fizeram, e de certa forma ainda fazem, afinal não é 
por acaso que nosso lema atual é: “Somos nós, fortalecendo a profissão!” 
Parabéns para nós Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo. 
Nelson Leme da Silva Junior 
Presidente do CREF4/SP
13
O ambiente corporativo
Cultura e clima organizacional
Antes de propor qualquer relação das dinâmicas com a cultura e o clima 
organizacional, precisamos entender seus respectivos conceitos.
A cultura organizacional de uma empresa é a sua identidade, que para 
Santos (2000)[83] ela é composta pelos valores e crenças compartilhados pelos 
membros de uma organização, sendo assim regendo os comportamentos que 
lhe dão sentido e direção aos seus desejos.
Já o clima organizacional tem uma relação direta com a análise e descrição do 
comportamento humano, Santos (1999)[84] cita em seu livro diferentes autores que 
desde 1964 buscam definições para clima organizacional, para nossa leitura des-
taco a citação do autor nesta sua obra, que conceitua clima organizacional como:
“Uma percepção generalizada que o indivíduo forma da organização, e que é 
resultante de experiências vivenciadas por ele neste ambiente”. 
Santos (2000)[83] destacou algumas considerações comuns em conceitos de 
diferentes autores, apresentando que cultura e clima são conceitos que se dife-
rem, mas se relacionam e que o clima é a manifestação da cultura.
Maturana e Zoller (2004)[3] sustentam que a cultura é uma rede fechada de 
conversações e se mudarmos estas redes de conversações conseguimos alte-
rar as conversações nas redes coloquiais em que vivem as comunidades, nesse 
caso, a comunidade corporativa, podendo assim surgir mudanças culturais.
Diante destes conceitos consideramos as dinâmicas lúdicas como um cami-
nho para fortalecimento dos valores e crenças (cultura), ou mudanças culturais 
ou surgimento de uma cultura saudável que rege uma organização e assim 
podemos colaborar diretamente com o clima organizacional, já que podemos, 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
14
por meio das vivências lúdicas, oferecer aos funcionários um processamento 
das informações mais próximo do clima organizacional considerado ideal pela 
área de gestão e recursos humanos.
Sendo assim, em uma citação ousada, destacamos que as dinâmicas lúdicas 
aplicadas dentro do ambiente corporativo, por exemplo, nos programas de gi-
nástica laboral poderão ser fortes aliadas da cultura e do clima organizacional, 
haja vista que é com o lúdico que o indivíduo se revela e se desvela, se é pelo 
lúdico que o indivíduo sai do ato mecânico e pensado para o ato espontâneo e 
libertador, sua participação continua e efetiva nestas dinâmicas poderá colabo-
rar para o seu desenvolvimento humano, tornando-o um ser humano mais re-
flexivo, mais atuante, mais sociável, mais comunicativo e por fim, mais aberto 
a dar e receber feedbacks, finalizando em uma autorregulação focada na cultura 
que rege aquela instituição.
Desenvolvimento humano e Qualidade de Vida
Ao percorrer o caminho da ludicidade corporativa, não conseguimos de-
sassociar um funcionário do ser humano, o que parece óbvio, para muitos 
não é, muitas vezes, mergulhados nas rotinas e cobranças mercadológicas, 
os líderes de uma organização não percebem que por trás daquele funcioná-
rio um ser humano único, com desejos e necessidades individuais, com suas 
emoções únicas e que passaram e que passam por um processo de desenvol-
vimento humano que não finda na chegada da idade adulta e por fim que a 
busca pela qualidade de vida que também é pessoal e intransferível é uma 
ação diária que rege nossas decisões e comportamentos.
Partindo desse pressuposto, o que quer dizer desenvolvimento humano? 
Que fatores estão relacionados ao desenvolvimento humano e a qualidade de 
vida? Podemos ofertar dentro da jornada de trabalho ações que colaborem 
para a reflexão e ação de atitudes que tragam para estes funcionários uma 
rotina mais saudável?
Limongi França e Rodrigues (2005)[2] despertam nossa atenção afirmando 
que o corpo humano não pode ser dividido, que somos regidos por uma intera-
ção biopsicossocial, em que as dimensões biológicas, psicológicas e sociais são 
interdependentes e que juntas refletem como estamos.
Eles continuam conceituando cada uma das dimensões biológica, social e 
psicológica.
O ambiente corporativo
15
Dimensão biológica: características físicas herdadas e ou adquiridas du-
rante a vida;
Dimensão social: valores, crenças, o papel da família, trabalho, comuni-
dade etc.
Dimensão psicológica: processos afetivos, emocionais e de raciocínio.
E é pela interação entre estas dimensões que o nosso corpo reage as situa-
ções da vida e nela se inclui as situações que ocorrem dentro das empresas.
Maturana e Zoller (2004)[3] afirmam que a vida humana é regida pelas emo-
ções e que a partir das emoções surgem as ações, determinando o que fazemos 
ou deixamos de fazer, se somos regidos pelas emoções, devemos promover cená-
rios básicos para boas produções resultando assimuma boa qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é 
“a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e 
sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expec-
tativas, padrões e preocupações”.
Ogata e Simurro (2009)[4] ressaltam que a qualidade de vida depende da 
percepção individual de cada um e é definida por suas experiências pessoais. 
Para os autores uma boa qualidade de vida será o resultado de uma comple-
xa interação positiva, entre fatores psicológicos, expectativas, crenças, valores, 
relações sociais e o ambiente, conceito que corrobora com as afirmações de 
Limongi França e Rodrigues (2005)[2].
Além disso, sabe-se que a qualidade de vida, em alguns aspectos, é sazonal, 
ou seja, como ela está relacionada aos objetivos e metas de cada indivíduo, es-
tes podem mudar de acordo com o momento que está vivendo.
Sabedores que a qualidade de vida é pessoal e intransferível, percebemos 
que algumas ações realizadas sejam elas no cenário e no momento que for (es-
colar, corporativo, familiar, etc.), poderão colaborar para que este indivíduo se 
aproxime mais das realizações de suas metas, já que podemos deixá-los mais 
ativos, mais relaxadas e ou mais motivados a alcançá-los.
Outro ponto interessante é entender que domínios envolvem o conceito 
qualidade de vida e em quais os programas de ginástica laboral poderão atuar 
mais fortemente.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
16
Tabela 1
SER PERTENCER TRANSFORMAR
Físico: saúde física, higiene, 
alimentação, atividade física e 
aparência física geral.
Físico: moradia, ambiente de 
trabalho, estudo, vizinhança e 
comunidade.
Prático: atividades 
domésticas e remuneradas, 
atividades voluntárias.
Psicológico: saúde emocional, 
sentimentos, percepções, 
autoestima, autoimagem e 
autocontrole.
Social: amigos, família, 
colegas, vizinhos e 
comunidade.
Lazer: relaxamento e redução 
do estresse
Espiritual: valores, ética, 
padrões de conduta e 
crenças.
Comunitário: renda, serviços 
de saúde, suporte social, 
emprego, educação, lazer e 
atividades na comunidade.
Crescimento: manutenção na 
promoção de conhecimento 
e habilidades, adaptação às 
mudanças.
Quadro adaptado: Domínios e subdomínios da Qualidade de vida, Ogata e Simurro (2009)[4]
Dentre os domínios acima, percebemos que ao associá-los aos objetivos dos 
Programas de Ginástica laboral, podemos colaborar com todos os domínios, 
seja pela prática dos exercícios, seja pelos temas abordados ou pelas aborda-
gens e reflexões que muitas vezes estão intrínsecas na prática.
Como quando pensamos no domínio SER e no subdomínio físico, não há 
dúvidas de que os Programas de ginástica laboral com suas práticas físicas 
poderão colaborar para uma mudança de comportamento e que as dinâmicas 
lúdicas poderão colaborar com a retenção de alguma informação sobre estilo 
de vida saudável e ou com o prazer por aprender a cuidar-se.
Já no subdomínio psicológico, conseguimos ver fortemente a possibilida-
de de ação das dinâmicas lúdicas, visto que, podemos colaborar com emoções 
mais positivas, a partir do momento que promovemos momentos de descon-
tração, de relaxamento e ludicidade, o estado lúdico, dará aos participantes, 
uma dose de adrenalina que pode reparar nem que seja, momentaneamente, 
algum sentimento de tristeza.
E no subdomínio espiritual, intrinsecamente, podemos trabalhar valores, 
como respeito, honestidade, empatia, entre outros, seja no momento da prática 
física, quando respeitamos a diversidade, as limitações físicas e motoras dos 
demais participantes, como também nas dinâmicas lúdicas, quando respeita-
mos e reconhecemos o potencial de cada no momento de uma prática em gru-
po, que por exemplo, exigirá uma conduta cooperativa para o alcance de um 
resultado em comum.
O ambiente corporativo
17
No subdomínio social do domínio PERTENCER, o livro traz uma série de 
dinâmicas que permitiram os grupos a reconhecer os amigos, refletir sobre a 
importância da família e como é importante viver em comunidade, ou seja, 
em conformidade.
Destacamos no domínio TRANSFORMAR o subdomínio lazer, reforçando 
que o lazer é uma necessidade básica que deve ser considerada, listada como 
rotina nas agendas corporativas e que momentos para relaxar, são necessários 
para o restabelecimento das energias e dos pensamentos.
Como dissemos, se analisarmos cada domínio, perceberemos que de al-
guma forma e com criatividade poderemos colaborar com o fortalecimento de 
alguma cultura, de alguma conduta desejada tanto no ambiente corporativa 
como fora dele.
Qualidade de vida no trabalho (QVT)
Em pleno século XXI ainda nos deparamos com práticas que relacionam 
o trabalho a fadiga, ao sofrimento, ao estresse, como se não fosse possível 
trabalhar com eficiência sem ser acompanhado destes sintomas que adoecem 
nosso corpo com o passar do tempo. Porém, muitas mudanças têm ocorrido.
Como já citado, não é possível desassociar o funcionário do ser humano, o 
funcionário é a mesma pessoa que chega ao trabalho carregando com ele um 
repertório de acontecimentos provenientes de sua rotina e do seu estilo de 
vida e ao voltar para casa essa bagagem volta mais cheia, agora carregada dos 
acontecimentos provenientes da sua rotina de trabalho, muitas vezes, essa 
bagagem está pesada, difícil de suportar, deixando-o esgotado fisicamente e 
mentalmente.
Há tempos que muitas empresas reconheceram que fazem parte desta 
história e adotaram estratégias para tornar essa rotina mais saudável, mais 
ativa e mais feliz. É isso mesmo, a felicidade corporativa é uma realidade, 
muitas empresas, se preocupam com a felicidade dos seus funcionários, se 
dentro da jornada de trabalho eles sorriem, encontram tempo para intera-
gir, divertir-se, relaxar e principalmente exercitar seu potencial criativo e 
inovador.
Grandes empresas como Google® proporcionam momentos lúdicos para 
seus funcionários, em cuja liberdade para a pausa, para brincar, para agir 
espontaneamente, fazem parte da jornada de trabalho, vale lembrar que esse 
universo lúdico corporativo já vem sendo representado ou apresentado em 
empresas de médio e pequeno porte.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
18
Segundo Limongi França e Rodrigues (2008)[85] qualidade de vida no traba-
lho (QVT) refere-se a:
“Capacidade de administrar o conjunto de ações, incluindo diagnóstico, im-
plantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no 
ambiente do trabalho, alinhada e construída na cultura organizacional, com 
prioridade para o bem-estar das pessoas na organização”. 
Ogata e Simurro (2009)[4] complementam inserindo a vida social e familiar 
analisada na realidade do trabalho, o que percebemos em muitas ações desen-
volvidas pela empresa em que a família e ações sociais também são inseridas 
dentro de um planejamento anual.
Ressaltamos que estas ações devem possuir uma característica muito mais 
preventiva que assistencialista.
Limongi França e Rodrigues (2008)[85] citam que a QVT transita na percep-
ção dos funcionários em relação à empresa em quatro fatores:
• Percepção de apoio e cuidado: como planos de saúde, transporte etc.
• Percepção da empresa como uma facilitadora da sua rotina: como con-
vênios de descontos e até mesmo alguns serviços locados dentro das 
dependências da própria empresa, por exemplo, farmácia, correio etc.
• Percepção de realização dos desejos pessoais: tempo para uma pausa 
ativa, ginástica, incluímos a ginástica laboral, massagem etc.
• Percepção da manutenção dos bons relacionamentos: aqui conectados 
diretamente ao clima organizacional.
Mais uma vez afirmamos que os Programas de Ginástica Laboral podem se 
conectar diretamente as percepções da realização dos desejos pessoais e a per-
cepção da manutenção dos bons relacionamentos, tornando-se fortes aliados 
da área de recursos humanos.
Por meio das dinâmicas lúdicas, bem fundamentadas e aplicadas, podemos 
colaborar para a manutençãoe realização destas percepções, visto que, diante 
de uma proposta lúdica, o ser humano consegue se desconectar de algumas ar-
maduras que o enrijece e assim o permitirá perceber e sentir aspectos positivos 
da vida, felicidade, inclusive no trabalho.
O conceito de felicidade pode e deve ser inserido dentro dos Programas de 
Qualidade de Vida no trabalho.
Para Ogata e Simurro (2009)[4] felicidade é uma experiência de alegria co-
nectada a percepção de como a vida é boa e valiosa e que dos 100% dos níveis 
O ambiente corporativo
19
de felicidade, 40% estão relacionados a comportamentos que podem ser modi-
ficados, sendo assim, e algumas ações podemos colaborar para a percepção e 
mudanças de determinados comportamentos que poderão gerar experiências 
de alegria e modificar a percepção do funcionário diante da vida.
Dentre as ações que poderão colaborar com os níveis de felicidade sugeri-
dos pelos autores, chamamos a atenção para três delas, as quais consideramos 
intimamente conectadas aos objetivos dos Programas de ginástica laboral: ad-
ministração do estresse, relações sociais e cuidados com o corpo e a alma.
O lazer corporativo
Pensando na felicidade corporativa, o lazer corporativo é uma das opções 
de tornar o ambiente de trabalho, que antes era um local somente para exercer 
suas atividades laborais como um espaço para divertir-se.
Segundo Maciel (2009)[86] a primeira manifestação de lazer dentro de uma 
empresa, aconteceu em 1901, em uma fábrica de tecidos em Bangu (RJ), onde 
ocorreram atividades físico-desportivas, cujo intuito era a recuperação da força 
de trabalho dos operários.
Em seu livro, o autor apresenta uma figura dos estágios de desenvolvimen-
to apresentada por Da Costa em 1990, conforme segue:
Nota-se que já a partir de 1970 o olhar para o lazer converge com as po-
líticas institucionais que focam no desenvolvimento dos recursos humanos, 
ou seja, com as ações que buscam dar aos funcionários condições reais para 
um melhor desempenho laboral, bem como condições para o seu desenvol-
vimento pessoal.
Retornando aos conceitos de QVT conseguimos alinhar o foco do lazer 
corporativo a partir da década de 70 com as percepções dos funcionários em 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
20
relação à empresa, bem como com os níveis de felicidade, já que por meio do 
lazer corporativo podemos colaborar com a administração do estresse, com a 
melhoria das relações sociais e com os cuidados do corpo e da alma.
Não podemos deixar de citar que com a melhoria das percepções e dos 
níveis de felicidade, poderemos reverberar também na produtividade da em-
presa, seja, na visão quantitativa, como na visão qualitativa.
Atualmente estão entre as principais propostas de lazer corporativo apre-
sentadas pelas empresas:
• Programas de Ginástica Laboral; 
• massagem de relaxamento;
• convênios com academias ou academias dentro das empresas;
• treinamentos de caminhada e corrida;
• aulas de dança, lutas, yoga e outras práticas corporais; 
• campeonatos esportivos;
• festas de confraternização.
O grande desafio é despertar no funcionário a percepção de pertencimento, 
de gerar nele a sensação que estas ações são autênticas e visam realmente o seu 
bem-estar.
Maciel (2009)[86] ressalta que devemos ter cuidado para não aplicar propos-
tas de lazer como efeitos analgésicos e ou revigorantes, o primeiro poderá mas-
carar a doença ou a dor e o segundo trará uma alta dose de energia rápida que 
rapidamente se dissipará e tudo voltará à fase inicial.
Para isso, devemos realmente tornar os funcionários os protagonistas da 
ação, oportunizando a eles condições de construir junto com a empresa o 
planejamento das ações, seja por pesquisas, enquetes de desejos, grupos de 
trabalho etc.
Fechando esta temática, relacionamos mais uma vez, as propostas das di-
nâmicas lúdicas como possibilidades de lazer corporativo, além disso, como 
parcerias no fortalecimento das ações de QVT e lazer corporativo, no desenvol-
vimento das percepções de pertencimento, do aumento dos níveis de felicidade 
e de satisfação com a vida.
21
A Ginástica laboral
Referenciando o ambiente corporativo, onde a maiorias dos adultos pas-
sam a maior parte do seu dia, faz-se necessário a intensificação de ações para 
esse público e uma das possibilidades é a implantação dos Programas de 
Ginástica Laboral.
O tema saúde está cada vez mais presente no nosso dia a dia, seja ele nos 
ambientes educacionais, corporativos e não formais. Estratégias para mudança 
de estilo de vida são citados e sugeridos a todo tempo. 
Um dos caminhos para a mudança para um estilo de vida mais saudável 
é fomentar dentro do ambiente corporativo, ações que despertem nas pessoas 
uma reflexão e em seguida uma ação para melhora de sua qualidade de vida.
Fala-se inclusive que saúde é uma questão de responsabilidade social, 
que propostas de qualidade de vida devem ser implementadas em todos os 
cenários, oportunizando assim, aos seus usuários possibilidades de se ajusta-
rem fisicamente e emocionalmente às pressões do dia a dia.
Não é mais possível diante de tantos estudos científicos que evidenciam a 
necessidade do movimento para manter nosso corpo e mente saudáveis que 
ainda encontrarmos pessoas que passam a maior parte do seu tempo sentadas 
e ou em pé, sem mexer-se e ou estimular outras estruturas não requisitadas em 
uma atividade laboral.
Um breve histórico da Ginástica laboral
Segundo Lima (2007) a primeira manifestação de atividades esportivas 
dentro do ambiente corporativo no Brasil aconteceu em uma fábrica de tecidos 
em 1901, onde os funcionários se reuniam em torno de um campo de futebol 
para praticar atividade física. Já em 1925, foi editado na Polônia um pequeno 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
22
livro chamado de Ginástica de pausa. Dando um salto na história, no ano de 
1973 uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas foi apre-
sentada pela Escola de Educação da Feevale.
Em 1978 foi formada no Brasil a primeira Associação de Radio Taissô 
de origem japonesa, trata-se de uma metodologia de exercícios para linhas 
de produção, com o passar dos anos essa metodologia ganhou adaptações 
para nossa cultura e começou também a ser ministrada pelos profissionais de 
Educação Física.
Avançando mais um pouco na história, vamos para 1990, ano que no Brasil 
a ginástica laboral ganhou importância e espaço nas discussões acadêmicas e 
empresariais.
Em 2004 a resolução do CONFEF (Conselho Federal de Educação física) 
lança a Resolução 073/2004 que dispõe sobre a ginástica laboral e dá outras 
providências, nesta Resolução o Conselho reconhece
“o profissional de Educação Física qualificado e legalmente habilitado para 
intervir no seu campo profissional prevenindo doenças, promovendo a saú-
de do trabalhador e contribuindo para a sua qualidade de vida”. (Anexo I).
O CONFEF considera ainda:
 “o reconhecimento, por parte dos empresários e trabalhadores, da importân-
cia da ginástica e lazer para o bem-estar do trabalhador na realização de suas 
atividades funcionais, proporcionando a redução dos índices de acidentes de 
trabalho e de doenças ocupacionais do trabalhador”.
Um grande número de empresas prestadoras de serviços em ginástica la-
boral surgiu, todas em busca desse segmento, buscando diferenciais e metodo-
logias diferenciadas para fechar e reter bons negócios, mas para isso era preciso 
sistematizar processos, inovar, obter resultados significativos para os empresá-
rios, para a área de recursos humanos e para a área de segurança do trabalho e 
saúde ocupacional.
Em 14 de agosto de 2007 foi fundada a ABGL (Associação Brasileira de 
Ginástica laboral) cuja missão é promover a integração e o desenvolvimento 
dos Profissionais de Educação Física que atuam em Ginástica Laboral, acom-
panhando e divulgando o desenvolvimento da modalidade, promovendo dis-
cussões, reflexões e formando opiniões balizadoras, por meio de eventos que 
incentivem o debate e a pesquisa. 
A Ginástica laboral23
Em 2012 a ABGL lançou o I Manual de Boas Práticas de Ginástica Laboral 
com o principal objetivo de promover uma discussão aberta e uma reflexão 
orientada para a ética e para a ocupação adequada deste mercado de trabalho, 
uma busca coletiva pela excelência nesta prestação de serviços.
Conceito de Ginástica laboral
O I Manual de Boas Práticas conceitua a ginástica laboral como:
“uma intervenção de atividade física de curta duração (5 a 15min), que acon-
tece no ambiente de trabalho e que contempla em seus objetivos gerais: di-
minuir/compensar a carga gerada pelo trabalho nas estruturas músculo-es-
queléticas; melhorar percepção corporal e da postura contribuindo para a 
diminuição dos índices de acidente de trabalho e afastamentos; promover 
educação em saúde e estilo de vida ativo”.
Partindo desse conceito podemos perceber claramente que as dinâmicas 
lúdicas podem colaborar para os programas de ginástica laboral, principal-
mente na questão da percepção corporal por meio das dinâmicas que exigem 
consciência corporal, coordenação motora, atenção e outras bases psicomoto-
ras como também na questão educativa, com propostas de reflexão e discussão 
sobre saúde e estilo de vida ativo.
Principais objetivos dos Programas de Ginástica laboral
Segundo Lima (2007)[1] os objetivos da ginástica laboral são os de promo-
ver adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio das técnicas aplicadas, 
sejam elas, exercícios físicos, massagem, dinâmicas de grupos e ou outras téc-
nicas complementares. 
Técnicas mais utilizadas
Dentre as técnicas mais utilizadas destacam-se os exercícios físicos, as téc-
nicas de relaxamento (incluindo as técnicas respiratórias e a massagem) e as 
dinâmicas lúdicas, assunto principal deste livro.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
24
As dinâmicas lúdicas geralmente acontecem quinzenalmente dentro 
dos planos de aulas de um Programa de Ginástica laboral ou em datas co-
memorativas ou quando solicitadas pela área de recursos humanos e ou 
segurança do trabalho.
Neste último, percebemos que as dinâmicas lúdicas quando bem ela-
boradas e aplicadas tornaram-se fortes aliadas das ações internas de uma 
empresa, visto que, por meio delas, podemos transmitir informações, re-
forçar algum assunto abordado ou até mesmo realizar convites de eventos 
pré-agendados.
Para que possamos tratar especificamente das dinâmicas lúdicas, decidi-
mos apresentar alguns estudos extremamente necessários para entendermos a 
importância do brincar e consequentemente das dinâmicas lúdicas dentro do 
ambiente corporativo.
25
Saúde emocional: 
a fisiologia do estresse
Suas correlações com o trabalho e com o humor
Refletindo sobre o lazer, ressaltamos sua importância para a saúde emocio-
nal, pois é por meio dele que podemos recarregar nossas energias para retornar 
as atividades diárias, entre elas as rotinas do trabalho.
Mais uma vez chamamos a atenção para a relação que muitas pessoas fa-
zem entre o trabalho e o adoecer, com a fadiga mental e o estresse, como se 
resultados inevitáveis do trabalho, como parte do “negócio” que é ser bem-su-
cedido profissionalmente, o preço que se paga.
Será que realmente devemos nos esgotar para obter o sucesso e reconhe-
cimento? E como minimizar esses sintomas? O que devemos fazer? Será que 
parar para brincar um pouquinho pode me ajudar? Antes de responder estas 
perguntas vamos entender a fisiologia dos distúrbios emocionais, o que acon-
tece no nosso corpo.
Os transtornos emocionais têm se apresentado com grande prevalência 
em todo o mundo, tais transtornos são fundamentais para a perda signifi-
cante de qualidade de vida para seus portadores e familiares[5]. Os estados 
depressivos, condição mais comum entre as alterações de humor, acomete 
por volta de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Estudo publicado no 
ano de 2018 reacende a preocupação com sua incidência, pois uma em cada 
17 pessoas relata eventos depressivos no ano anterior[6], ressaltamos aqui 
que, como será discutido mais a frente, eventos esporádicos depressivos 
são relacionados com eventos sociais estressores e desencadeantes de qua-
dros depressivos. Estimativas apontam que para o ano de 2030 os estados 
depressivos serão a causa mais importante de desenvolvimento de patolo-
gias em todo o mundo[7]. Somado a isso, pessoas portadoras de distúrbios 
emocionais ou mentais tem maior risco de desenvolver doenças crônicas e, 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
26
também, maior risco de morte quando comparadas a população geral, inde-
pendente do distúrbio de base[6, 8](figura 1). 
Figura 1
Prevalência de distúrbios mentais e abuso de substâncias. 
Incluídos os dados de depressão, ansiedade, transtorno bipolar, distúrbios 
alimentares, abuso de álcool e outras substâncias. 
Fonte: Global Burden of Disease Collaborative Network. Global Burden of Disease Study 2016 (GBD 2016) 
Results, 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME): Seattle, United States[9].
Um dos fatores candidatos a predisponente a distúrbios emocionais é 
o estresse social ou eventos adversos[6, 7], esse fator gerador de estresse se 
aplicado com frequência em animais produz alterações no comportamento 
do indivíduo conduzindo-o a padrões de comportamento semelhantes aos 
observados em quadros depressivos, como comportamentos defensivos, 
perda de peso corporal e anhedonia (i.e. perda da capacidade de sentir pra-
zer), redução de socialização e diminuição da mobilidade física geral[5, 10]. 
Estudos conduzidos com animais mostram que mesmo após três semanas 
de cessado o estresse social os animais ainda apresentavam tais traços de 
comportamento[10].
Antes de discutirmos os efeitos nocivos que os eventos estressores cau-
sam na saúde humana precisamos tem uma breve noção do que são es-
ses eventos estressores. De longa data vem o interesse dos pesquisadores 
em tentar entender o agora conhecido estresse ou eventos estressores, uma 
Saúde emocional: a fisiologia do estresse
27
das publicações mais antigas e que abriram as portas para novas investiga-
ções que definiriam o estresse foi publicada em 1956, pelo endocrinologista 
Húngaro-canadense Hans Selye, o livro chamado The stress of life. Durante 
sua carreira Hans Selye se dedicou a estudar o fenômeno do estresse, su-
gerindo que a percepção de estresse advinha ainda da época dos homens 
primitivos, que muito provavelmente notavam alterações em sua condição 
física após jornadas exaustivas de trabalho, variações bruscas de tempera-
tura, por perda de sangue, medo agonizante ou quando acometido por al-
guma doença, desencadeavam sensações semelhantes[11].
O estresse gera uma resposta fisiológica não específica do organismo a 
qualquer necessidade ou ameaça, isto é, a qualquer demanda, seja ela prazero-
sa ou não[12]. 
Hoje se sabe que quaisquer estímulos que alterem o equilíbrio dinâmico 
de nosso organismo chamado de homeostasia é um agente estressor, e esses 
agentes estressores podem ser intrínsecos (i.e. situações internas do organismo 
vivo) ou extrínsecos (i.e. agentes externos), físicos ou psicológicos[13]. 
Frente a esses agentes estressores, independente de sua origem, o orga-
nismo tenta recobrar o seu equilíbrio dinâmico, ou seja, a sua homeostasia[14]. 
O escopo destas respostas produzidas para enfrentar o agente estressor en-
globa respostas fisiológicas e comportamentais para lidar com o fator causa-
dor da perturbação da homeostasia[15]. Todo organismo tem sua capacidade 
adaptativa ao estresse, ou seja, tem uma janela de adaptação onde o orga-
nismo consegue receber o agente estressor lidar com ele e se adaptar à nova 
condição, essa capacidade adaptativa se chama alostase[16]. Altos níveis e re-
petidas cargas de estresse no organismo geram grande carga alostática, fato 
que pode ultrapassar a capacidade adaptativa do organismo resultando em 
comprometimento nos sistemas, o que pode tornar o indivíduo mais suscetí-
vel a doenças, contribuindo para comportamentos desajustados e distúrbiosfisiológicos, dificultando assim a manutenção da homeostasia[17].
Tais eventos estressores sociais podem ser traduzidos como os experi-
mentados no ambiente de trabalho[8], e estão relacionados com o aumento 
dos relatos de estresses crônico e burnout (i.e. condição de exaustão emo-
cional, física e mental)[18]. Eventos estressores caudados pelo ambiente de 
trabalho estão em consonância com os dados de mortalidade citados no pa-
rágrafo anterior, pois, condições estressantes no ambiente de trabalho são 
fatores de risco para doenças isquêmicas cardíacas[6, 19]. Evidências apontam 
para esses eventos estressores serem fatores de risco para doenças cardía-
cas de forma direta e indireta. No rol de ações diretas desencadeadas pelo 
estresse promovido pelo ambiente de trabalho podemos citar as respostas 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
28
neuro-humorais causadas pelos agentes estressores ativando o eixo hipo-
tálamo-hipófise-adrenal (eixo HPA), e dentre os fatores indiretos estão os 
relacionados com os comportamentos não-saudáveis gerados pelos estres-
sores, dentre eles o tabagismo, padrões alimentares não-saudáveis e, como 
já citado acima sendo um dos principais objetivos deste livro, a redução dos 
níveis de atividade física[19].
Essas respostas neuro-humorais são respostas fisiológicas frente a situa-
ções de enfrentamento físico ou emocional, e servem como estímulos adap-
tativos para o organismo se sua ocorrência for aguda e não crônica. Cabe 
aqui, ressaltar que os padrões de estímulos agudos e crônicos de situações 
estressantes não são bem definidos, assim como sua intensidade, especial-
mente pelas diferenças entre as respostas biológicas inerentes a cada ser 
humano. O que se sabe é que estimulações crônicas ou frequentes podem 
ser deletérias para o organismo[19]. Estudo publicado no ano de 2010 apon-
ta para alterações neuro-humorais relacionadas ao estresse no ambiente de 
trabalho[19]. Embora bastante estudados, os transtornos de humor não tem 
sua etiologia e mecanismos bem descritos na literatura dada a sua comple-
xidade e subjetividade de sintomas[6]. 
Devemos discutir um pouco mais a fundo essa relação dos agentes es-
tressores e o nosso sistema nervoso central a fim de entendermos seu funcio-
namento e podermos traçar paralelos e podermos inferir respostas ligadas 
aos efeitos das atividades lúdicas no combate ao estresse e suas morbidades 
secundárias.
O ponto de partida da internalização de um agente estressor extrínse-
co, objeto dessa obra a qual aborda as atividades lúdicas no contexto do 
estresse no ambiente de trabalho, se dá no córtex cerebral, no córtex ce-
rebral estão localizados os corpos celulares dos neurônios, estruturas que 
processam as informações recebidas pelos próprios neurônios, sendo assim 
essa estrutura também conhecida como massa cinzenta recebe as informa-
ções a processam e produzem padrões de resposta, respostas estas que irão 
causar influência direta nos compartimentos inferiores do nosso encéfalo, 
a massa branca, como o sistema límbico e o sistema neurovegetativo, es-
sas estruturas que compões parte do nosso sistema autonômico cerebral, 
irá produzir padrões de respostas de acordo com as informações que lhe 
forem enviadas pelo córtex cerebral, uma reação neuroendócrina mediada 
pelo eixo HPA (figura 2) e uma reação estritamente neural mediada pelo 
sistema nervoso autônomo[20].
Saúde emocional: a fisiologia do estresse
29
Figura 2
Eixo HPA – Hipotálamo-hipófise-adrenal
Ao perceber que tal agente estressor extrapola a capacidade de resolução 
da situação, células do núcleo paraventricular do hipotálamo iniciam a pro-
dução e liberação do hormônio liberador de corticotropina (CRH)[21], este fator 
liberador será captado pelos seus receptores na hipófise, que por sua vez, pro-
duzirá e liberará na corrente sanguínea o hormônio corticotropina (ACTH)[22]. 
Todo esse padrão neuroendócrino visa estimular o córtex da glândula 
suprarrenal (ou glândula adrenal) fato que culminará na produção e libera-
ção do cortisol, que é o hormônio final do eixo HPA[22]. Tais padrões de ativa-
ção neuro-humoral são considerados benéficas caso tenham sua deflagração 
e manutenção limitada a certo período de tempo também conhecidas como 
síndrome do estresse[22, 23]. Desencadear-se-á uma resposta chamada de “luta 
+/-
-
-
Córtex Cerebral
Hipotálamo
Hipófise
Adrenal
Cortisol
HipocampoAmígdala
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
30
ou fuga” [24, 25], esta reação advinda de situações de medo e enfrentamento 
prepara nosso organismo para fugir ou lutar, motivo do nome da reação, 
contra a situação que encaramos[26]. Desta forma o organismo teve habilidade 
de receber processar e atenuar as demandas fisiológicas as quais o organismo 
foi submetido, desta forma provocando adaptação e desta forma melhorando 
a condição do organismo mantendo-o preparado para o caso de nova estimu-
lação advinda do mesmo agente estressor[13, 27].
O nosso organismo possui um repertório de respostas agudas ao estresse 
agudo, todas direcionadas para a fuga ou a luta como descreve o nome do re-
flexo, dentre os reflexos destacamos: aumento da frequência cardíaca, dilatação 
das pupilas, aumento da frequência e profundidade respiratória, mobilização 
de ácidos graxos, direcionamento do fluxo sanguíneo para os tecidos muscula-
res e cerebral resultando também em aumento do estado de vigília euforia etc. 
[24, 25, 28]. Estas respostas são encontradas no quadro (Tabela 2) abaixo adaptado 
de Chrousos e Gold[29].
Tabela 2
Respostas comportamentais e fisiológicas ao estresse agudo
Respostas comportamentais: redirecionamento 
adaptativo do comportamento
Respostas fisiológicas: redirecionamento 
adaptativo da energia
Aumento do estado de alerta e agitação
Direcionamento do oxigênio e nutrientes para 
o sistema nervoso central e para as áreas 
estressadas do corpo
Aumento da cognição, da vigília e atenção Alteração do tônus cardíaco, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca
Euforia (disforia) Aumento da frequência respiratória
Analgesia aumentada Aumento da gliconeogênese e da lipólise
Aumento de temperatura Inibição do crescimento e da reprodução
Supressão do apetite Inibição da motilidade gastrointestinal
Supressão do eixo reprodutor supressão das respostas inflamatórias e imunes
Contenção da resposta ao estresse 
Adaptado de Chrousos e Gold(24)
Saúde emocional: a fisiologia do estresse
31
A exposição constante ao estresse aumenta o risco de adoecimento relativo 
ao estresse, esse ciclo de exposição aos agentes estressores e sua consequência 
final que é o desequilíbrio da homeostase pode ser chamado de síndrome do 
estresse crônico, e esta síndrome foi descrita tempos atrás por Selye[23]. Esta con-
dição de ativação constante dos mecanismos de resposta aos agentes estressores 
com a finalidade de produzir adaptações benéficas ao organismo irá conduzir o 
eixo HPA a um padrão de hiperativação[22]. Assim como observado no eixo HPA 
o sistema nervoso simpático também sofrerá com a hiperativação de suas respos-
tas[22]. Aumentando desta forma o risco de condições patológicas se instalarem no 
organismo. Dentre as consequências causadas pelo aumento dos níveis de nora-
drenalina produzidos e secretados pelo sistema nervoso simpático as mais claras 
são os distúrbios do sono, a dificuldade em manter a concentração, aumento do 
estado de vigilância e a ruminação dos eventos estressores[15].
Tais condições patológicas se apresentam de diversas formas seja elas al-
terações comportamentais especialmente os transtornos de humor, alterações 
morfofuncionais dos sistemas corpóreos, e essas alterações serão discutidas 
abaixo. Além das alterações citadas, o organismo sob intensa ativação dos me-
canismos de resposta aos agentes estressores pode produzir imunossupressão 
colocando o indivíduo em risco de adoecimento físico também[22]. A hiperativa-
ção dos mecanismos de resposta ao estresse crônico pode desencadear proces-
sos deletériosno crescimento, metabolismo, sistema cardiovascular, imunida-
de e nos padrões comportamentais[22, 30]. 
Tendo em vista que o objetivo desta obra é discutir os efeitos das atividades 
lúdicas sobre as consequências comportamentais e sobre os transtornos do hu-
mor, vale aqui ressaltar que dentre as alterações comportamentais observadas 
após períodos de exposição crônica a agentes estressores destacam-se os esta-
dos depressivos, a ansiedade e até o abuso de substancias[15]. Com relação ao 
abuso de substâncias não nos referimos apenas ao abuso de drogas ilícitas, mas 
também ao aumento do consumo de alimentos ricos em calorias e açúcares, 
e discutiremos mais abaixo brevemente os motivos que levam os indivíduos 
acometidos por exposições crônicas a agentes estressores desenvolverem tais 
padrões comportamentais.
Talvez o leitor não esteja habituado à leitura de estudos conduzidos com 
animais, contudo para o bom entendimento dos mecanismos fisiológicos que 
causam alterações morfofuncionais no cérebro citaremos alguns estudos con-
duzidos com animais.
Retornamos aqui ao cerne da discussão, que são as consequências que a 
exposição aos agentes estressores causa no organismo humano mais especifi-
camente no sistema nervoso central. Apesar de muito estudado, e relacionado 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
32
com alterações morfofuncionais do cérebro até recentemente pouco se sabia so-
bre as alterações morfológicas causadas por sofridas nesse grupo de patologias. 
Nos dias atuais sabe-se que esse grupo de patologias tem grande correlação 
com a interação entre o desequilíbrio neuro-humoral e alterações morfofuncio-
nais do sistema límbico e do córtex pré-frontal[6, 31, 32]. 
Tais alterações são encontradas nas conexões sinápticas entre os neurônios, 
em especial alterações nos dendritos neuronais[7]. Sabe-se também que as expo-
sições frequentes a situações estressantes podem causar alterações funcionais e 
na quantidade de neurônios, especialmente em determinadas partes do cérebro 
como o hipocampo (região responsável por análise e processamento de proces-
sos emocionais, de aprendizado e memória), e também do córtex pré-frontal[32, 
33]. Reduções nas conexões neuronais podem explicar as alterações cognitivas, 
comportamentais e de níveis de atenção nos indivíduos afetados por transtor-
nos de humor. Os efeitos no hipocampo parecem ter uma ação redundante, 
pois situações estressoras afetam a função do hipocampo reduzindo sua capa-
cidade de atenuar as expostas do eixo HPA, tornando o indivíduo menos apto 
a lidar com situações estressoras, por conseguinte do aumento da sensibilidade 
desse eixo de resposta neuro-humoral[33], aumentando assim a vulnerabilidade 
do indivíduo a estados depressivos.
Como já mencionado anteriormente, a exposição crônica aos agentes estres-
sores aumenta a produção e secreção de catecolaminas, em especial a adrena-
lina e noradrenalina, estas irão percorrer o organismo pela corrente sanguínea 
e banharão inclusive nosso encéfalo, como uma das consequências finais desta 
exposição aumentada aos níveis de catecolaminas observa-se uma redução dos 
receptores cerebrais de opioides[15], como resultado, temos o aumento da vulne-
rabilidade a dependência de opioides, sendo assim o indivíduo nesse estado de 
vulnerabilidade passa a estar sob grande probabilidade de abuso de substancias. 
E quais substâncias são essas? Apenas drogas ilícitas? A resposta categórica 
é não! Certas substâncias sejam elas lícitas ou não lícitas ativam os circuitos 
de recompensa de nosso cérebro, localizados no nosso sistema límbico. Desta 
forma podemos listar algumas dessas substâncias: tabaco, gordura e açúcar 
encontrados nos alimentos, medicamentos, álcool e substâncias ilícitas.
Uma importante substância que gerencia grande parte de nossas emoções 
são os opioides, essas substâncias são potentes neurotransmissores que dentre 
várias funções controlam nosso limiar de dor, e nosso estado de humor geral e 
nossas emoções, portanto essa substância está intimamente ligada com os meca-
nismos de regulação do estresse[34], mas além desta classe de neurotransmissores 
devemos destacar também seu receptores celulares, pois ambos são sensíveis às 
nossas emoções, tantos os níveis circulantes de opioides como seus receptores[34]. 
Saúde emocional: a fisiologia do estresse
33
Um estudo publicado no ano de 2018 utilizou tomografia computadori-
zada para avaliar a ativação dos receptores de opioides no cérebro humano, 
conseguindo assim mostrar que as emoções estão relacionadas com a ativação 
destes receptores[34]. Os opioides e seus receptores localizados no cérebro são 
modulados principalmente pelas nossas emoções positivas, controlando assim 
nosso sistema de recompensa cerebral, favorecendo assim a sensação de bem 
estar[34, 35], além de modular o comportamento social em animais[36], fato não 
totalmente comprovado em humanos.
Podemos então dizer que a produção de opioides é um dos pontos cha-
ve para se combater a anhedonia que afeta os portadores de transtornos de 
humor[34].
A fim de comprovar essa teoria da relação dos opioides com o estado geral 
de humor e anhedonia, autores que conduziram estudos com humanos blo-
quearam a ação dos opioides e verificaram nesses indivíduos sentimentos ne-
gativos e também disforia, estado que geralmente é acompanhado de depres-
são e ansiedade[34], corroborando com esses dados importantes sobre a relação 
dos opioides com o estado geral de humor, estudos do início da década de 
2010 mostram que emoções negativas podem reduzir os níveis circulantes de 
opioides no organismo, podendo, portanto, causar alterações importantes no 
estado geral de humor, piorando assim a capacidade de lidar com os agentes 
estressores do indivíduo[37, 38].
Todas nossas emoções que como foi dito acima são guiadas em grande par-
te pelos opioides, são também utilizadas como funções sociais, nos auxiliando 
nas relações sociais, muito provavelmente pelas emoções positivas que temos 
quando em contato social com outras pessoas ou com outro grupo de pessoas, 
desta forma podemos inferir uma função de conexão social aos opioides[34]. 
Devemos lembrar que nossa ligação social com uma ou mais pessoas é caracte-
rizada por dois sentimentos: o de ansiedade e o de afastamento, por um lado a 
ansiedade nos fazendo temer o fato de a outra pessoa romper a relação e o afas-
tamento pela sensação desconfortável de a relação social não depender apenas 
do indivíduo, mas de todo o coletivo envolvido nesta relação social[39], essas 
duas sensações são coordenadas pelo sistema dos opioides, estudo conduzido 
com animais, ratos que nasceram sem a expressão dos receptores de opioides 
não apresentaram ligação afetiva com a mãe da ninhada[40]. Esses achados são 
também corroborados por estudo de Nummenmaa et al. (2015), nesse estudo 
os autores investigaram se a quantidade de receptores de opioides seria im-
portante na ligação social, e os resultados mostraram que quanto menor for a 
quantidade de receptores de opioides no tecido cerebral de humanos, maior 
será o afastamento de novas relações sociais[39].
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
34
Existem já validados três modelos teóricos sobre o estresse no ambiente 
de trabalho, cada um desses modelos analisa o estresse de maneira diferente. 
O mais antigo é apoiado em três pilares principais, sendo eles: demanda/con-
trole/suporte. Nesse modelo esses três pilares são básicos para se entender o 
estresse no ambiente laboral[41]. Nesse modelo o fator demanda é relacionado às 
demandas psicológicas, o pilar controle tem seu fundamento na amplitude de 
tomada de decisão e o suporte social fecha os três pilares desse modelo teórico. 
Já no final da década de 1990, outro modelo teórico foi proposto, sendo cha-
mado de modelo do desequilíbrio esforço-recompensa, que como seu próprio 
nome revela é baseado nas relações entre o esforço para realização de tarefas 
e as recompensas por tal esforço, contudo, um fato muito corriqueironos dias 
atuais ajuda a desequilibrar esta frágil relação, que é o excesso de dedicação ao 
trabalho, e que normalmente acaba não sendo recompensada gerando grande 
desequilíbrio nessa tênue linha[42]. No início do novo milênio um novo modelo 
foi proposto baseado na justiça organizacional, com sua fundamentação mais 
subjetiva, baseada na percepção dos empregados com relação aos comporta-
mentos adotados pela empresa que o contrata[43]. 
Os modelos teóricos citados acima especialmente os dois mais recentes, tem 
grande correlação com os achados encontrados em estudos que pesquisaram as 
fontes de apoio emocional no combate a eventos depressivos e sua incidência, 
esses resultados mostram a importância de uma rede afetiva e eventos positi-
vos na vida no combate aos eventos esporádicos e permanentes de depressão[6].
Estudo publicado pela organização mundial de saúde em 2006 mostra que 
o transtorno emocional de maior prevalência é a depressão e maior responsá-
vel por maior parte dos anos de afastamento de convívio social e do ambiente 
de trabalho[31, 44]. Os estados depressivos são caracterizados por sintomas bem 
específicos, dentre os quais podemos citar a tristeza, perda de apetite, sen-
timento de culpa e de cansaço, baixa autoestima, redução na qualidade do 
sono, dificuldade de concentração e anhedonia[6]. Eventos depressivos podem 
ter em sua etiologia condições genéticas ou mesmo situações estressantes do 
convívio social[6].
Os estados depressivos apresentam grande correlação com reduções da 
capacidade cognitiva, tal fato faz com que determinados autores categorizem 
os estados depressivos como um estado reduzido de capacidade de concentra-
ção e pensamento[31, 45]. Essas reduções nas capacidades cognitivas conduzem 
seus portadores a redução da capacidade de realização das atividades sociais 
e laborais, fato este que leva a um grande impacto socioeconômico na vida do 
portador e seus familiares assim como para as empresas que os empregam[6, 46], 
impacto que anualmente em todo o mundo gera perda econômicas na casa dos 
Saúde emocional: a fisiologia do estresse
35
bilhões de dólares somente na economia dos EUA, e compromete cerca de 6 
horas de trabalho semanal de seus portadores[46-48].
Enfrentar os eventos estressores é algo que varia grandemente entre os 
indivíduos, e tal habilidade é fundamental, como já citado, para a prevenção e 
combate aos transtornos de humor[7, 8]. No início dos anos 2000 estudos publi-
cados mostraram que a suscetibilidade (e.g. capacidade de lidar com eventos 
estressores) de desenvolvimento de transtornos do humor tem sua fundamen-
tação nas características genéticas, estudos mais antigos mostram também que 
a experimentação de situações estressantes na infância são fatores facilitadores 
da instalação desse grupo de patologias, e se aproximando do final da década 
de 2000 estudos apontam para a interação das características genéticas e con-
dições ambientais como o maior preditor de risco desse grupo de patologias[7].
Diante destes fatos avassaladores devemos criar mecanismos e redes de 
apoio aos seus portadores, e estratégias de prevenção ao desencadeamento dos 
eventos depressivos. No mundo atual é praticamente impossível nos afastar-
mos totalmente dos eventos estressores do dia a dia, contudo estudos apontam 
para que estratégias de enfrentamento desses eventos estressores e a forma 
como os indivíduos vivenciam e lidam com estes eventos são fundamentais 
para a redução da incidência dos transtornos de humor, ou seja, a rede de apoio 
e a habilidade de enfrentamento destes eventos são cruciais para reduzirmos 
a incidência deste grupo de patologias[8], embora os quadros depressivos de-
teriorem a capacidade do indivíduo responder a estímulos prazerosos[7], deve-
mos manter a oferta destes estímulos ao indivíduo acometido com o intuito de 
combater esse grupo de patologias.
37
O brincar
O brincar é proposto como uma habilidade inerente ao ser humano e com-
preende um arcabouço de valências que formam a nossa saúde, independente 
da idade do brincante[49], sendo assim em sua obra Winnicott afirma que as 
propriedades inerentes e resultantes do brincar nas crianças podem ser trans-
feridas ao adulto brincante[50].
De certa forma, durante a vida adulta o indivíduo segue sua trajetória de 
vida repleta de aprendizados, quer sejam esses aprendizados derivados de per-
das sociais, ou das próprias valências físicas fato inerente ao envelhecimen-
to do ser humano, para tanto, o brincar proporciona ao indivíduo brincante a 
oportunidade de estimular suas capacidades mentais baseadas na cognição e 
na criatividade[49], sendo assim o brincar torna-se uma atividade adjuvante na 
prevenção do declínio cognitivo inerente ao envelhecimento. 
Durante essa sobre o brincar na fase adulta nos deparamos algumas vezes 
com uma citação de Winnicott[50] ao afirmar que o indivíduo brincante tem a 
oportunidade de exercer sua criatividade e encontrar a sua verdadeira perso-
nalidade exclusivamente durante a brincadeira, conduzindo-o pela criativida-
de a descoberta do seu verdadeiro “eu”.
Essas emoções positivas que o estado de ludicidade nos propicia, são fato-
res indispensáveis para combatermos com efetividade as emoções negativas, 
como raiva, medo, angústia etc. Suprimindo assim os efeitos estressores causa-
dos por tais emoções negativas[51]. 
Segundo Maluf (2012)[52] o brincar é:
• Comunicação e expressão, associando pensamento e ação, ora, se pelo 
brincar nos comunicamos, nos expressamos, pensamos e agimos, nota-
-se uma total congruência com os objetivos corporativos, apesar de toda 
tecnologia, todos os dias nos deparamos nos Congressos de Recursos 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
38
Humanos uma preocupação e uma corrente muito grande para o de-
senvolvimento de competências humanas, como, sabedoria, vivência, 
sagacidade e prática.
• Um ato instintivo e voluntário, quando convidamos os funcionários para 
participar de nossas aulas, devemos respeitar o desejo, sua participação 
deve ser voluntária, porém, chamamos sua atenção para o quesito parti-
cipação, somos seres únicos, com comportamentos únicos, por vezes, o 
fato de o funcionário não participar ativamente de uma aula, aqui mais 
especificamente de uma dinâmica lúdica, não quer dizer que ele não par-
ticipou, por vezes, uma risada, um olhar, um prestar a atenção, um pla-
nejar mesmo que sem compartilhar sua estratégia já desenvolve naquele 
funcionário os efeitos positivos que desejamos ofertar em nossas aulas, 
portanto, não priorize os resultados, fique atento com os processos.
• Ajuda no desenvolvimento físico, mental, emocional e social, mais uma 
vez trata-se de um conceito que dialoga perfeitamente com os objetivos 
dos programas de ginástica laboral, cuidar do corpo e da mente, e o 
brincar vem como uma proposta de ação preventiva.
• Um meio de aprender a viver e não um mero passatempo, nesta consi-
deração de Maluf, o brincar desenvolve e no caso do brincar do adulto 
uma das maiores buscas do ser humano: estar bem.
Em continuidade sobre a importância do brincar para o ser humano, Maluf 
(2012)[52] ressalta que é por meio da experiência do brincar que podemos rela-
cionar questões internas com a realidade e a partir daí tornar-se participativo e 
entender-se como parte daquele contexto.
Quando brincamos participamos, não há brincadeira sem engajamento, 
com o brincar podemos nos tornar protagonistas da ação, relacionar saberes e 
buscar referenciais no nosso cotidiano.
Se a brincadeira é tão importante e essencial para a vida humana, por que 
ela não está inserida em nosso cotidiano? Tanil (2013)[53] afirma que fazemos 
parte de uma cultura antilúdica, em que o distanciamento do brincar começa 
cada vez mais cedo, para muitas pessoas o brincar do adulto é banalizado por 
atitudes muitas vezes ostensivas de caçoar com a cara do outro, expor o outro 
a situações constrangedoras e que consequentemente não despertará nenhum 
sentimento de prazer.
Tanil (2013)[53]continua a abordagem contextualizando que quando adul-
tos somos movidos pela cultura da produção, tudo o que fazemos deve con-
sequentemente gerar um resultado, fazer um significado, portanto, o brincar 
passa a não fazer mais parte do nosso cotidiano, já que este é visto como uma 
O brincar
39
prática para a hora reservada para não fazer nada, ou seja, sem o desejo de 
produzir nada, o que dificilmente nos propomos.
Visto isso, por vezes esbarramos na resistência do funcionário em parti-
cipar das nossas dinâmicas, muitas vezes por medo da exposição, o brincar o 
remete a situações vexatórias ou pelo fato de não conseguir detectar um signi-
ficado para aquele momento.
Em seu livro Tanil (2013)[53] apresenta três fases de adaptação da dinâmica 
que os funcionários passam no momento da aplicação.
1ª fase: Resistência – dificuldade em participar, braços cruzados, certo ner-
vosismo e timidez. 
2ª fase: Doação – participação discreta, mais observadora do que participa-
tiva pequena libertação para a experimentação inocente e acanhada.
3ª fase: Ludicidade – mergulho em um estado de libertação; valorização 
do processo, sem preocupações com resultados, produção ou objetividade; mo-
mentos de alegria e descontração, espontaneidade, prazer, resgate da infância, 
experiência positiva.
Diante de tantas contextualizações que ressaltam a importância do brincar, 
é possível relacionar essa ação ao meio corporativo, é pelo brincar corporativo, 
que o funcionário se sente o centro das atenções, o protagonista, um espaço 
para os funcionários exercerem sua presença, fortalecerem suas relações consi-
go, com o outro e com o ambiente.
A fisiologia do brincar
Citaremos nessa seção, alguns drivers de emoções positivas e veremos como 
estes estão estreitamente relacionados com eventos fisiológicos na tentativa de 
apresentarmos dados que possam nos pavimentar o caminho para uma ludici-
dade baseada em dados científicos.
Vale aqui também citarmos outra característica inerente dos contextos de 
ludicidade que é a criação de ambientes cooperativos. Tal habilidade humana 
pode e dever ser estimulada por atuações lúdicas com finalidade cooperati-
va, essas hipóteses são levantadas após a publicação de estudos que em seus 
achados apresentaram resultados positivos no favorecimento e fortalecimento 
de redes de cooperação por meio do estado lúdico, traduzidos pela risada e 
sorriso, tais resultados foram observados pela maior predisposição social dos 
indivíduos observados nos estudos[54-56].
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
40
Outras atividades que tem por objetivo desencadear o estado lúdico, são as 
atividades que envolvem musicalidade em especial que envolvem vocalizações e 
o canto em si, como veremos mais abaixo a risada tem a capacidade de produzir 
padrões de respostas fisiológicas que favorecem a sensação de bem-estar e tam-
bém favorece ao aumento do contato social. Tais acontecimentos são observados 
também em resposta ao canto. Estudos publicados na metade da década de 2010 
nos mostram as mesmas respostas de produção de neurotransmissores que favo-
recem o aumento do contato social após sessões de risada e de cantoria[57].
Dois dos principais fenômenos decorrente desse estado de ludicidade cita-
dos anteriormente nessa obra são a risada e o sorriso, mesmo que não seja uma 
gargalhada, essa forma arcaica não verbal de comunicação, como já citado por 
vários autores[58]. Segundo psicanalista Freud (1925/1959) as pessoas riem para 
diminuir o excesso de energia nervosa, ou seja, para relaxar[59].
A risada é, contudo, pouco estudada apesar de ser bem discutida de vários 
pontos de vista, os quais vão da filosofia a antropologia, da teologia a psicologia, 
contudo os aspectos fisiológicos inerentes à risada necessitam uma abordagem 
mais profunda apesar de nas últimas décadas a quantidade e qualidade de pesqui-
sas científicas relacionadas a risada e estado de humor e seus aspectos fisiológicos 
tem se mostrado bastante satisfatórios, relevantes e de grande impacto científico. 
Outra ressalva que deve ser realizada, concerne aos métodos utilizados 
para desencadear a risada e suas respostas fisiológicas, desde o início dos anos 
2000 os estudos publicados nessa seara raramente utilizaram situações espon-
tâneas para provocar a risada[60], ou seja, as risadas não eram naturais, isso se 
deve ao fato de um ambiente de pesquisa necessitar de um ambiente controla-
do no qual a hipótese pode ser aplicada de forma igual em todos os voluntá-
rios que se engajam em sua participação e também poder ser mimetizados em 
outros ambientes que não o ambiente da pesquisa original, salvas as diferenças 
culturais que podem interferir nos resultados obtidos, pois o humor e o desen-
cadeamento da risada sofre grande influencia cultural.
Os estudos relevantes publicados se resumiram a utilizar principalmente 
o humor em vídeos e fotografia como fator desencadeante de risada, e poucos 
estudos utilizaram cócegas como fator gatilho da risada[61]. Cabe, então a nós 
que lidamos com o ambiente lúdico, a nos movimentarmos em direção a inves-
tigação científica dos resultados da “manipulação” do estado de humor do ser 
humano por meio do estado lúdico.
Alguns estudos abordam as respostas fisiológicas e outros a importância so-
cial da risada. Apesar de seu aspecto subjetivo um fenômeno inerente a risada 
a faz muito importante para o contato social de primatas e humanos, como pro-
posto por alguns autores a risada é contagiosa[62], deste modo a risada se torna 
O brincar
41
um potente agente propagador de sensação de bem-estar assim como um pode-
roso fator que aproxima as pessoas e facilita o estreitamento de relações sociais. 
O que se sabe com grande clareza até o momento é o fato de a risada e o 
sorriso serem um fenômeno universal entre os humanos e entre os primatas, o 
despertar da risada e do sorriso inicia-se durante as idades mais tenras do ser 
humano, sendo o sorriso aparecendo por volta da quinta semana de vida e a 
risada por volta da metade do primeiro ano de vida, até o final dos dias na vida 
dos seres humano[54, 61, 63], contudo parece haver uma perda na “habilidade” de 
rir com o passar dos anos[54].
Os motivos para essa redução da capacidade de rir ainda é bem obscura, 
alguns autores apontam para a necessidade de indivíduos jovens em aumentar 
sua rede social (discutiremos mais abaixo o efeitos da risada como fator de au-
mento de conexão social), e também como já discutido na literatura, conforme 
envelhecemos, perdemos a expressividade emocional, fazendo com que com 
o passar dos anos o ser humano vai perdendo sua capacidade inerente de ex-
pressar suas emoções indiferente da sua natureza dessa emoção, quer seja ela 
tristeza, alegria, raiva, amor etc.[54, 64, 65]
Aproveitamos a lembrar ao leitor que a risada e o sorriso são universais nas 
relações humanas, pois pelo fato de serem em sua maioria reações espontâneas 
do nosso comportamento social, ao vermos uma risada ou um sorriso temos a 
certeza do que a outra pessoa está transmitindo com sua ação motora.
Sabe-se que a risada é uma forma não verbal de comunicação que comparti-
lhamos e herdamos dos macacos, vale ressaltar que o intuito aqui não é discutir a 
evolução das espécies, mas de fato termos essa semelhança com os primatas, es-
pecialmente no contexto em que as risadas são empregadas, assim como entre os 
humanos os primatas utilizam a risada nos contextos de jogos e brincadeiras[58]. 
O leitor deve ter estranhado o fato de termos utilizado aspas para a palavra 
“utilizada”, justificamos com o fato de não sabermos exatamente como descre-
ver o fenômeno risada, pois como vimos a pouco a risada surge de áreas autô-
nomas de nosso encéfalo, e estudos mostram que ao tentarmos controlar a ri-
sada recrutamos grandes áreas encefálicas para completarmos tal árdua tarefa.
Portanto, a risada, assim como outras emoções que nos deparamos em nos-
so dia a dia estão estreitamente ligadas a ativações de mecanismos arcaicosdo nosso sistema límbico, como já foi exposto no capítulo quando discutimos 
a fisiologia dos transtornos do humor, apenas lembrando ao caro leitor que 
tais respostas são dirigidas por sistemas autônomos do nosso sistema nervoso 
central, os quais irão ativar ou suprimir determinadas respostas ou padrões de 
ativação dos sistemas cardiovascular, musculoesquelético, neuroendócrino e o 
sistema nervoso autônomo[34].
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
42
Diante do pressuposto que a risada emerge especialmente de contextos lú-
dicos a utilização desta técnica no ambiente corporativo começa ganhar mais 
força e embasamento científico, e saímos dessa área cinzenta que às vezes nos 
encontramos pensando que é a utilização do lúdico pelo lúdico, começamos a 
desbravar essa seara para darmos contextualização científica para a presença 
das dinâmicas nos programas de ginástica laboral, pois aos nossos olhos aos 
termos embasamento teórico-científico ganhamos força e argumentos para que 
o lúdico deixe de ser “marginalizado” nos contextos de atuação com adultos 
jovens, quer seja o programa de atuação profissional que ele está inserido. 
Observações empíricas nos mostram que realmente a partir da adolescên-
cia somos tolhidos de nosso espírito lúdico em prol da produtividade e sucesso 
profissional. Discutiremos mais abaixo justamente o contrário dessa visão, em 
que a risada decorrente da atuação do lúdico tem a capacidade de nos fornecer 
ferramentas para melhorarmos nossa produtividade.
Bom, voltando a contextualização da risada, uma teoria publicada no início 
dos anos 2000 aponta para a atuação da risada como um fator predisponente a 
emoções positivas, fato que favoreceria ao aprendizado, conhecida como broa-
den and build hypothesis, algo como hipótese da ampliação e construção em tra-
dução livre[66]. Tal teoria emerge de uma publicação da década de 1970, quando 
a professora emérita de psicologia da Universidade do Oregon nos EUA Mary 
K. Rothbart, já pontuava que os seres humanos riem também para facilitar o 
aprendizado especialmente em crianças[59, 67].
Somado a essa característica da risada, surgem outros estudos mostran-
do outras características da risada, uma delas é o fato de a risada aumentar o 
limiar de dor de humanos, fato interessante, pois alguns estudos conduzidos 
com pacientes internados em hospitais mostraram que os pacientes que assis-
tiram vídeos de comédia utilizaram menos medicamentos analgésicos quando 
comparados ao pacientes que assistiram vídeos neutros, ou seja, sem contexto 
de humor[58, 68-70]. Sabemos que você deve estar pensando que esses resultados 
provêm de risadas advindas de vídeos de comédia e não de atividades lúdicas 
per se, contudo o produto final dos vídeos de comédia e o estado lúdico advin-
do de dinâmicas lúdicas são a risada e o sorriso, uma modificação em nosso 
estado geral de felicidade momentânea. 
Evidencias apontam para que o estado de humor positivo, ou seja, os in-
divíduos que são mais predispostos ao humor lidam melhor com situações es-
tressantes e conseguem com mais facilidade de se aliviar do estresse[59]. Essas 
pessoas quando comparadas a pessoas com reduzido estado de humor tem 
maior tendência de ao traduzir histórias trágicas de imagens que foram mos-
tradas, utilizarem bom humor, dando assim mostras de que conseguem lidar 
O brincar
43
melhor com tais tipos de situações estressantes. Estudos mostram que volun-
tários que atingiram escores mais elevados em questionários de propensão ao 
bom humor também atingiram escores mais positivos em resposta a eventos 
adversos do cotidiano[59]. 
Dentro desse contexto devemos nos atentar que a risada é uma resposta 
complexa no organismo humano, pois produzem determinadas ações moto-
ras, cardiorrespiratórias e neuro-humorais. Além do mais a risada pode ser 
dividida em duas categorias principais as quais recebem seu nome em home-
nagem ao neurologista Francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne o qual 
dedicou sua carreira a investigar a eletrofisiologia especialmente sobre o con-
trole motor dos músculos faciais sendo assim ele foi o primeiro a descrever 
os padrões motores da risada: a risada Duchenne e a risada não-Duchenne[58], 
acredita-se que cada tipo de risada e suas inerentes ações no nosso organismo 
têm uma particularidade, quer seja em termos de significado ou em termos de 
função. Primeiro devemos caracterizar os dois tipos de risada que destacamos 
nesse parágrafo. 
A primeira, ela é orientada pelo estímulo, ou seja, pelo real motivo da ri-
sada, essa risada emerge no nosso sistema nervoso central de forma autônoma 
com o objetivo de expressar emoções clara e indisfarçadamente positivas, como 
alegria, e também demonstrar intenções altruísticas[54], a risada Duchenne não 
é forçada, emocional e relaxada. Autores citam que o quanto a boca está aberta 
durante esse tipo de risada é estreitamente relacionado com a intensidade do 
sentimento que é pretendido ser passado[54]. 
Alguns autores tentaram elucidar tais contextos em que esse tipo de pa-
drão seja utilizado inconscientemente pelos sujeitos avaliados, e em suas pu-
blicações os autores acharam resultados que apontam para que a pessoa que 
se utiliza desse tipo de risada no momento quem divide alguns objeto que seja 
portador com outra pessoa mostrando que esse tipo de risada também expres-
sa generosidade, e também desperta em quem recebe algum objeto a sensação 
de generosidade e socialização, ou seja, essa risada espontânea desperta nos 
envolvidos sensação de altruísmo em todos os atores da cena, estimulando a 
cooperação[60], que como já descrito, é um dos objetivos finais das atividades 
desenvolvidas para se atingir o estado lúdico
Já a risada não-Duchenne ela é forçada, sem emoção, e guiada pelo con-
texto (i. e. quando é indicado sorrir, contexto social como cumprimentar al-
guém), acredita-se também que esse segundo tipo de risada é frequentemente 
utilizado em contexto não relacionados à alegria, mas sim com momentos em 
que se deve ser educado, e situações de nervosismo e de constrangimento (i.e. 
vergonha, inibição etc.). 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
44
Esses dois tipos de risadas produzem padrões motores distintos e respostas 
cardiorrespiratórias e neuro-humorais distintas. Para iniciarmos, vamos discu-
tir os padrões motores da risada, a qual acontece pela contração do músculo 
zigomático maior, que irá tracionar os cantos da boca para trás e para cima, 
produzindo assim uma resposta estereotipada da face, contudo no padrão mo-
tor da risada temos um ponto chave para a diferenciação dos dois tipos de risa-
da, em que além de todo padrão motor inerente a risada independente de seu 
tipo a risada Duchenne inclui a contração dos músculos orbiculares dos olhos 
provocando o fechamento dos olhos, essa é a principal característica motora 
desse tipo de risada (figura 3).
Figura 3
Características das risadas Duchenne e Não-Duchenne. Adaptado de 
Burgerhof, J. et al. Duchenne vs. Non-Duchenne Smiles. NonVerbal 
omm nication, 2015[71].
Fazendo-se uma ponte entre os padrões motores e respostas fisiológicas, a 
risada Duchenne é caracterizada por grandes períodos de expirações forçadas 
fazendo com que os pulmões se esvaziem até sua capacidade vital pulmonar, 
tal padrão de esvaziamento pulmonar causa grandes exigências musculares 
em especial do diafragma, e musculatura que auxilia no esvaziamento pulmo-
nar tal qual os músculos do abdome, grandes exigências também são feitas 
sobre o sistema cardiopulmonar, tais exigências são semelhantes as observadas 
durante atividade física, alguns autores postulam que esse esforço causado ela 
risada Duchenne no padrão de esvaziamento pulmonar é o gatilho para a pro-
dução de opioides[57, 58].
Do ponto de vista fisiológico podemos destacar que a risada Duchenne é 
involuntária e causa a ativação da sinalização da endorfina, fato que lhe con-
fere o poder de reduzir os efeitos negativos causados pelo estresse e emoções 
O brincar45
negativas (tais padrões causados pela liberação de endorfina serão discutidos 
brevemente abaixo)[59].
A risada Duchenne tem grande capacidade “contagiosa”, ao vermos outra 
pessoa rindo a chance de rirmos também é muito grande. Provavelmente pelo 
fato de nosso cérebro reconhecer os padrões motores da risada Duchenne (es-
tereotipada) e possivelmente deflagrar tais mecanismos desencadeadores de 
risada em nosso organismo.
Aproveitamos aqui para nos aprofundarmos nos aspectos subjetivos das 
respostas a risada, desde a década de 1950, estudos apontam para respostas in-
tra e interpessoal melhoradas para se lidar com o estresse e situações estressan-
tes[59]. Essa afirmação começa a ganhar apoio com estudo publicado no início da 
década de 1990, quando os investigadores avaliaram a capacidade de lidar com 
o estresse no ambiente de trabalho relacionado com o apoio do cônjuge e estes 
perceberam que a tendência de risada entre o casal estava relacionada com a 
capacidade de lidar com o estresse do ambiente de trabalho[72]. 
Outro fator importante, a favor do bom humor e da risada, vem de estudos 
com pacientes que sofreram cirurgia de câncer de mama, neste estudo os auto-
res mostraram que as pacientes que lidaram com bom humor após a cirurgia 
apresentaram melhores quadros emocionais pós-cirurgia[73]. 
Dez anos antes outro estudo havia sido publicado mostrando resultados 
semelhantes, em que voluntários que utilizaram o humor como forma de lidar 
com situações estressantes não foram negativamente afetados por eventos es-
tressores mostrando assim resultados iniciais da importância do bom humor 
para lidar com o estresse diário[74]. Esses resultados também são encontrados 
quando são relacionados os escores de bom humor e sensação de bem-estar, 
comprovando que a risada e o bom humor têm efeitos positivos na sensação 
de bem-estar[59].
Um possível mecanismo fisiológico que pode explicar essa função analgé-
sica causada pela risada provém dos resultados da ativação das respostas cau-
sadas pela produção de endorfina. A endorfina é um potente opioide endógeno 
produzido pelo nosso sistema nervoso central. Dentre suas funções descober-
tas e bastante discutidas da endorfina destacamos sua função neurotransmis-
sora e analgésica. A β-endorfina tem como característica auxiliar na atenuação 
do estresse físico e psicológico[75]. Devemos também citar que esses neurotrans-
missores são também importantes na regulação da sensação de medo, estudos 
conduzidos com animais e com humanos mostraram essa relação estreita entre 
a quantidade de opioide circulante e a sensação de medo[15, 76].
Parece haver também uma atuação da β-endorfina no auxílio das constru-
ções de pontes sociais tanto entre primatas como entre humanos, ou seja, a 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
46
risada tem como resposta fisiológica a ativação das cascatas de endorfina e essa 
tem a capacidade de favorecer o aumento e estreitamento do contato social 
entre pessoas[58].
Além desta relação de aumento dos níveis circulantes de opioides com o 
estado de humor, estudos apontam para um aumento também nos receptores 
desses neurotransmissores no tecido cerebral de humanos[34], sendo assim as 
emoções positivas como a risada e o sorriso desencadeadas por determinados 
estímulos, por exemplo, o objeto deste livro que é o estado lúdico podem pro-
duzir respostas extremamente potencializadas dos mecanismos de recompen-
sa, de produção de sensação de bem estar e também como abordado no pará-
grafo anterior o aumento dos limiares de dor. 
Contudo, não somente o estado lúdico pode desencadear a ativação e po-
tencialização desses mecanismos, podemos citar duas respostas que podem 
ser ambíguas nos seus resultados finais, mas que possuem como semelhança o 
mesmo mecanismo, que é a atividade física e o consumo de alimentos, especial-
mente os alimentos ricos em gorduras e açúcares conhecidos como comfort food. 
Ambos têm grande influência na ativação da produção de opioides e também 
na melhora do estado geral de humor[34, 77].
Frente a esse fato extremamente animador pelo ponto de vista de que ao es-
timular-se o estado lúdico auxilia-se na ativação dos mecanismos do opioides, 
também devemos olhar para o lado preocupante e fazermos uma análise de 
nossa atuação frente a nossa proposta de atuação. Se olharmos para o ponto de 
vista do consumo de comfort food, podemos explicar o aumento da obesidade, 
condição que se tornou praticamente pandêmica[77]. 
Chama-nos a atenção um fato extremamente preocupante, a extrema 
medicalização que vivemos na sociedade na qual estamos inseridos, dis-
cutimos breve e superficialmente as respostas causadas pelos opioides no 
parágrafo anterior, e se olharmos para os EUA veremos que a população 
norte americana vive uma enxurrada de pessoas dependentes de opioides 
exógenos[34], ou seja, medicamento para ser feliz e manter contato social sau-
dável com outras pessoas. 
Questionamo-nos se não seria mais fácil, saudável e menos perigoso bus-
carmos estas respostas fisiológicas advindas dos opioides por sua produção en-
dógena? Não seria menos custoso do ponto de vista financeiro a utilização das 
técnicas lúdicas para tal efeito? Humildemente respondemos que SIM! Mas não 
podemos esquecer que vivemos na era da medicalização, na era da redução do 
contato social, na era da indiferença com o outro. Portanto, se torna muito mais 
“fácil” ir à farmácia e comprar o “remédio da felicidade e do contato social”. 
Salientamos aqui que não estamos discutindo as propriedades farmacológicas 
O brincar
47
destes medicamentos e seu emprego no tratamento de patologias, mas sim a 
banalização da utilização do medicamento, a troca das experiências sociais e 
afetivas por um comprimido.
Justificamos tais linhas com as correlações traçadas entre a risada e o 
grooming que nada mais é do que o acariciar os cabelos, o cafuné, o cari-
nho que é tão claro nas relações sociais dos macacos. A resposta fisiológica 
desse contato social dos primatas é a ativação dos mecanismos de recom-
pensa no sistema nervoso central tal qual o da risada, ou seja, ativação das 
cascatas provenientes da liberação de opioides. Quem nunca desejou num 
momento de aflição o colo da mãe/avó/pessoa amada regada a um deli-
cioso cafuné? Você leitor, já parou para fazer essa reflexão? Quantas vezes 
não nos pegamos alisando nosso couro cabeludo em momentos de solidão? 
Nosso instinto nos guiando para as respostas fisiológicas que necessitamos 
naquele momento. Contudo, o estado lúdico que nos leva a risada e a todo 
esse desencadeamento benéfico aos nossos aspectos sociais, fisiológicos e 
emocionais tem a capacidade de atingir mais pessoas, praticamente todas as 
envolvidas no contexto, diferente do grooming que apenas produz respostas 
em quem o recebe.
Justificando as ações lúdicas em grupo estudo de Dunbar et. al. (2012)[58] 
mostra que em seu grupo estudado as pessoas riram mais quando estavam 
em grupo do que quando estavam sozinhas, a frequência de desencadeamento 
de risada quando em grupo chegam a ser 30 vezes maior quando comparados 
a frequência de risada em indivíduos sozinhos, este resultados nos mostra a 
importância do lúdico em grupo. Nesses estudos os autores também apontam 
para que a frequência de risadas é também maior quando na presença de ami-
gos e pessoas conhecidas quando comparado as frequências de risadas quando 
acompanhado de pessoas desconhecidas, esses dados nos mostram a impor-
tância que as interações lúdicas tem em propiciar a aproximação social das 
pessoas envolvidas estreitando seus laços de amizade, e em consequência ao 
estreitar os laços de amizade os resultados produzidos pelas risadas são poten-
cializados causando um efeito similar a uma bola de neve.
Esses dados mostrados refutam um possível pensamento que poderia ten-
tar trocar as atuações lúdicas por inserções de vídeos humorísticos a fim de 
aflorar a risada nos colaboradores de uma empresa. Nesse mesmo estudo os 
autores verificaram as respostasa estímulos doloridos e verificaram que após 
risadas em grupo o limiar de dor dos sujeitos testados foi maior quando as 
atividades humorísticas foram em grupo do que quando eram solitárias. Esses 
resultados vão de encontro com outros estudos que mostraram a ação da en-
dorfina com o aumento da socialização e cooperação[78].
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
48
Corroborando com esses resultados citados, outro estudo também conse-
gue comprovar que a risada social causada por humor aumentaram a produção 
de opioides e de seus respectivos receptores no tecido cerebral. O fato mais 
intrigante e que nos conduz a propormos uma estreita correlação ao estado de 
ludicidade e as respostas produzidas pela risada inerente ao estado lúdico, é 
que neste estudo os autores mostraram que a risada aumentou a quantidade de 
receptores de opioides em regiões específicas do cérebro, e todas essas regiões 
estão relacionadas com os transtornos do humor, dentre estas áreas cerebrais 
destacamos as regiões onde são processados os estímulos de recompensa e de 
excitação (tálamo e núcleo caudal) e também as áreas insulares relacionadas 
com o processamento das respostas nociceptivas, ou seja, as áreas que proces-
sam os estímulos de dor. Nessa mesma publicação os autores chegam a corre-
lacionar os seus achados advindos da risada com as respostas farmacológicas 
dos opioides exógenos, sim aqueles mesmos medicamentos cuja pandemia de 
utilização nos EUA citamos[62].
Em um estudo publicado em 2011[79], os autores encontraram resultados 
um pouco curiosos: a sensação de felicidade derivada de vídeos de comédia 
era o principal fator desencadeador de afetividade, os autores chegaram a esta 
conclusão pois em seu estudo os voluntários foram designados em dois gru-
pos, um deles assistiu vídeos de comédia e o outro vídeos discutindo a morte 
causada pelo câncer, após assistirem os vídeos os voluntários deveriam escre-
ver algumas informações pessoais, as quais seriam entregues a uma suposta 
pessoa que os voluntários imaginariam ter conhecido. 
Ao analisar as informações que os voluntários escreveram sobre eles mes-
mos, o autor observou que os voluntários do grupo que assistiram os vídeos de 
comédia se apresentaram mais intima e positivamente, sugerindo que os vídeos 
de comédia aumentaram a afetividade dos voluntários, fato que, diante dos re-
sultados discutidos nessa seção do nosso livro, nos parecem bem plausíveis haja 
vista as alterações bioquímicas e neuro-humorais que são causadas pela risada.
Resultados semelhantes foram encontrados novamente em outro estudo 
publicado em 2015[75], neste estudo os autores atribuíram também os resulta-
dos encontrados ao fato de os opioides produzidos pela frequência de risada, 
causarem um estado de relaxamento e de estresse reduzido, em sua hipótese 
os autores somam as ações da endorfina com o estado de conectividade social 
desencadeado por ela, fazendo com que os voluntários avaliados estivessem 
mais relaxados com relação a forma de comunicar-se.
Por fim, até mesmo estados de bom humor autoinduzidos como, por meio 
de música e vídeos aprazíveis ao indivíduo se mostraram eficientes em facilitar 
a ativação dos receptores de opioides por eles, causando assim aumento na 
O brincar
49
sensação de bem estar e todas as respostas, já discutidas nessa seção dessa obra, 
advindas dos opioides[80]. E esses dados nos levam a crer que as atividades lú-
dicas podem aumentar a sensibilidade cerebral aos opioides conduzindo assim 
a melhora também da conectividade social que geralmente está abalada em in-
divíduos que sofrem de transtornos do humor, uma vez que estudos mostram 
que indivíduos com reduzida expressão de receptores de opioides no tecido 
cerebral apresentam maior afastamento na criação de novas pontes sociais[39, 62].
Todas essas respostas mediadas pelos opioides e seus receptores celula-
res localizados no cérebro apresentadas por nós nessa obra, são corroboradas 
pelos achados de dois importantes estudos publicados em 2016, nos quais os 
seus autores inferiram ação antidepressiva de um fármaco, pelo mecanismo 
mediado pelos receptores de opioides, esses resultados são muito animadores 
diante da compilação de resultados aqui apresentados, fundamentando defi-
nitivamente a importância das atividades lúdicas no contexto de combate aos 
transtornos do humor[81, 82].
Podemos então, por fim extrapolarmos que o estado de ludicidade pode 
mimetizar as mesmas respostas advindas de medicamentos vastamente uti-
lizados para o controle dos transtornos do humor por meio de duas de suas 
características principais, a risada e como citado a cantoria. Sei que é uma ex-
trapolação que chega a beirar a megalomania, contudo pela primeira vez, te-
mos um amontoado de dados científicos nos quais podemos embasar e discutir 
com mais profundidade a importância de uma técnica utilizada em programas 
de ginástica laboral, mas que se mantém marginalizada, que se pode justificar 
pela falta de dados que corroborem com os resultados vistos, discutíamos, mas 
infelizmente não tínhamos dados suficientes para apoiarmos a nossa hipótese.
Esperamos que a partir desse conglomerado de dados possamos iniciar um 
novo momento para as atividade que estimulam a ludicidade, e que deixemos 
de lado o lúdico pelo lúdico, mas caminhemos para o lúdico com embasamento 
teórico-científico, o que tornaria o lúdico muito mais respeitado não somente 
nos programas de ginástica laboral, mas em todas as abordagens que essa téc-
nica tão maravilhosa possa ser incluída.
51
Dinâmicas lúdicas corporativas
Momentos de lazer
Prosseguindo com a importância do lúdico para o ser humano, traremos 
agora a correlação das dinâmicas lúdicas com os momentos de lazer.
Quando pensamos em lazer, automaticamente pensamos nos momentos 
livres, nos momentos que estamos nos divertindo espontaneamente, um ato 
não obrigatório, finalmente no momento que não estamos trabalhando. Então, 
como pensar em lazer dentro de uma jornada de trabalho? Torna-se até intri-
gante pensar em funcionários de uma empresa realizando uma pausa de 15 
minutos para se divertir. 
Este capítulo propõe uma discussão sobre os momentos de lazer que as di-
nâmicas lúdicas podem proporcionar quando inseridas dentro dos programas 
de ginástica laboral.
Nos tempos atuais o lazer vem ocupando um papel importante nas discus-
sões sobre os fatores que contribuem para a qualidade de vida, ressaltando sua 
importância para o equilíbrio psicossocial e físico do ser humano.
Em muitas organizações os programas de qualidade de vida do trabalha-
dor inserem em suas ações, atividades de lazer para seus funcionários, a fim de 
contribuir principalmente para as boas relações sociais, para o relaxamento e 
para a redução do estresse etc.
Segundo Ogata e Simurro (2009)[4] uma nova visão em bem-estar e qua-
lidade de vida vem surgindo, a qual substitui o medo de morrer pelo prazer 
de viver, propondo ações de caráter preventivo e não de tratamento. Partindo 
desse pressuposto, inserções de dinâmicas lúdicas periodicamente dentro 
dos programas de ginástica laboral poderão ser instrumentos motivadores 
comportamentais de caráter preventivo, que por estarem presentes na jor-
nada de trabalho poderão promover nos funcionários um desejo para uma 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
52
mudança positiva sobre a percepção sobre sua responsabilidade diante das 
suas práticas x suas expectativas.
Ações comportamentais podem produzir resultados pessoais e sociais 
positivos, partindo dessa perspectiva, cada um de nós passa a ser o princi-
pal agente de seu próprio desenvolvimento saudável[87]. Portanto, a partir do 
momento que um funcionário opta por participar de uma dinâmica lúdica, 
ele opta pelo lazer e pela resposta positiva que ela poderá lhe proporcionar, 
resultando em desejos de bem-estar e felicidade, mesmo dentro da empresa e 
da jornada de trabalho.
53
Criando e Co-criando suas 
dinâmicas lúdicas
A Criatividade
De uma forma geral,produzir ações dentro do ambiente corporativo exige 
dos envolvidos no planejamento e execução das ações uma boa dose de criati-
vidade. Ações corporativas são acompanhadas por diversos fatores, muitas ve-
zes, limitantes, porém característicos de uma empresa, tais como, espaço para 
realização das práticas, tempo para execução, vestimentas dos funcionários, 
equipamentos de proteção individual (EPIs), utilização de materiais etc.
As ações são acompanhadas por exigências de práticas inovadoras e en-
volventes, capazes de ganhar a atenção dos participantes e principalmente a 
retenção da mensagem que acompanha cada prática.
Nos programas de ginástica laboral não é diferente, cada vez mais as em-
presas clientes sabem o que estão comprando, que serviços e resultados dese-
jam quando decidem implantar a ginástica laboral para seus funcionários, os 
planos de aulas devem ser eficientes e criativos, e não temos como pensar em 
criatividade sem pensar em inovação, séries de exercícios diferenciados, com 
diferentes materiais, diferentes formas de execução etc.
Nas dinâmicas lúdicas, as exigências são ainda maiores, se ainda encon-
tramos funcionários que não entendem o ambiente corporativo, como um am-
biente de prática física, imaginem só, optarem por um momento para brincar 
dentro do trabalho. Trata-se de uma dicotomia enraizada por uma cultura que 
vem desde a época da Revolução Industrial, que entendia que o local de traba-
lho era apenas para trabalhar, sem nenhuma preocupação com o bem-estar fí-
sico dos funcionários, com jornadas de trabalho intensas, chegando a 16 horas, 
sem descanso, sem férias etc.
O brincar é naturalmente encantador, que para o universo infantil, uma 
prática sem muitas justificativas, o brincar pelo brincar, mas o brincar no 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
54
ambiente corporativo deve ser encantador, mas significativo, gerar algum tipo 
de produção, os funcionários, devem saber para quê aquilo serve, por que ele 
está brincando daquilo e no que aquilo o ajudará.
Muitos professores e coordenadores quando falamos em criar ou recriar 
dinâmicas lúdicas para os programas de ginástica laboral travam, se dizem 
não criativos, incapazes de pensar em algo que caiba dentro daquele espaço, 
respeitando todas as características de um ambiente laboral.
Pedredon (2008)[88] em seu livro ressalta que na grande maioria das escolas 
de Educação Básica dão ênfase ao domínio da informação e pouco valor às ha-
bilidades de como pensar de forma criativa e inovadora.
Ele continua dizendo que no campo específico da criatividade, os estímulos 
do meio são decisivos para criar, portanto, nosso engajamento deve ser total, 
devemos refletir sobre nossos desejos, as necessidades e as características de 
para quem estamos criando.
Exercitar a criatividade exige tempo, empenho, não dá para criar ou recriar 
uma dinâmica lúdica 05 minutos antes de começar uma aula, essa ação exige 
tempo, reflexão, brainstorm (tempestade de ideias), escrevam tudo o que vier a 
mente, todas as possíveis adaptações, em seguida alinhem com as característi-
cas de cada empresa atendida.
Gonçalves (2013)[89] em seu livro “O lado sério da brincadeira” diz que 
a criatividade é a capacidade de ir além do óbvio, de surpreender usando 
a imaginação, pensando nisso, dentro do ambiente corporativo, devemos ir 
além do óbvio, fazer daquele momento de pausa um momento surpreen-
dente, tornar possível que aqueles funcionários se vejam no quintal da casa 
deles, vivenciando as brincadeiras e todas as respostas que aquela prática 
lhes trarão.
Características das dinâmicas lúdicas para os 
Programas de Ginástica laboral
Se procurarmos nos sites de busca e ou em outras livrarias dinâmicas para 
serem aplicadas dentro dos programas de ginástica laboral, vamos nos deparar 
com inúmeras possibilidades, porém devemos nos atentar se elas atenderam a 
nossa necessidade e principalmente se cabem dentro do ambiente corporativo.
Para Militão (2013)[90] toda atividade que se desenvolve com um grupo que 
objetiva promover a integração, a descontração, o quebra-gelo, a aprendiza-
gem, entre outros, é considerada uma dinâmica de grupo, o que difere uma da 
outra, é o tempo e a complexidade da dinâmica.
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
55
As dinâmicas lúdicas facilitadas dentro dos programas de ginástica laboral, 
apesar de se assemelharem em seus objetivos, possuem algumas características 
bem particulares, sendo assim, seguem algumas características que poderão 
colaborar para a seleção, criação ou co-criação de suas próprias dinâmicas.
• Duração máxima de 10 a 15 minutos: dentro dos programas de ginás-
tica laboral, não teremos mais tempo que isso para convidar os parti-
cipantes, organizar o grupo, distribuir materiais, se houver, aplicar a 
dinâmica, despertar o estado lúdico e dar significado a dinâmica, por-
tanto, muito cuidado na hora de escolher sua dinâmica, escolher dinâ-
micas da internet e reduzi-las é possível, mas tenha cuidado para não 
perder a essência principal da atividade;
• Poucos recursos: pense que vamos caminhar por muitos setores e que 
devemos ter cuidado com a escolha dos materiais, tanto na qualidade, 
no peso e na quantidade. Lembre-se também de verificar se a empresa 
permite a entrada daquele material, se for trabalhar com a produção de 
materiais, opte por escolher cores que prestigiem as cores da sua empre-
sa ou da empresa cliente.
• Despertar interesse e ser envolvente: todas as dinâmicas devem des-
pertar o interesse e ser envolventes, muitas vezes o interesse já é desper-
tado antes mesmo do dia da sua aplicação, seja pela fala do professor 
durante um ciclo de aulas, seja por uma divulgação interna produzida, 
seja pela construção coletiva da dinâmica, em que os próprios funcioná-
rios participam desse processo de produção e a partir daí o envolvimen-
to é o produto dessa interação. 
• Equilíbrio entre o livre e o dirigido: trabalhar o brincar entre o livre e 
o dirigido não é uma tarefa fácil, se o brincar é uma atividade livre e es-
pontânea, como trabalhar o brincar dentro dos programas de ginástica 
laboral, com um tempo de execução pré-determinado, ou seja, de 10 a 
15 minutos? 
Nossa sugestão é que você trabalhe entre o livre e o dirigido, ou seja, seja 
um facilitador e um focalizador da dinâmica, medeie as práticas, mas permita 
também as mudanças que naturalmente ocorrem de uma aplicação para outra, 
por mais que apliquemos a mesma dinâmica em todos os setores das empresas, 
você vai perceber que o resultado sempre será diferente, isso se dá pelo simples 
fato que partimos da participação individual para a coletiva e que somos seres 
únicos, com comportamentos diferenciados e interpretações diferenciadas das 
propostas aplicadas.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
56
• Criativa e divertida: características essenciais para as dinâmicas, a cria-
tividade desperta interesse, desperta respeito e admiração pelos parti-
cipantes, torna o ambiente convidativo, facilitando a aprendizagem, o 
alcance dos objetivos e a diversão é o resultado que deve ser garantido 
senão a todos a maioria. 
• Fundamentada: lembre-se de fundamentar ao final de cada aplicação, 
não seja extenso, mas não finalize uma dinâmica sem apresentar aos 
participantes seus objetivos.
Essa fundamentação pode ser realizada com um rápido discurso ou em 
uma roda de conversa, convide os participantes a expressar suas impressões 
sobre a dinâmica, que apresentem suas percepções. Em alguns momentos você 
vai perceber que em alguns casos, essas percepções continuam reverberando 
durante dias.
Acertando na escolha
Para buscar uma dinâmica que atenda aos objetivos propostos no planeja-
mento da aula, responda as seguintes perguntas no momento da escolha:
• O quê eu quero fazer? É nesse momento que você lista os principais 
objetivos da dinâmica.
• Para quem eu ou vou aplicar? Determine o perfil da empresa, desde 
a sua cultura, o perfil dos profissionais. Nas empresas encontramosdiferentes grupos, o grupo do setor financeiro tem um perfil diferen-
te, por exemplo, do grupo de marketing, se comportam e se manifes-
tam de formas diferenciadas nas aulas, é nessa hora que a dinâmica 
ganha diferentes formatos, mas sempre respeitando os principais ob-
jetivos alinhados.
• Onde? Essa é uma das questões mais importantes que devem ser res-
pondidas, onde serão aplicadas as dinâmicas? Em qual espaço? Deve-
mos prestar atenção no ambiente, inclusive se será permitido som e 
risadas, inevitável ao final de uma dinâmica bem aplicada. Definindo 
o espaço nos permitirá definir inclusive como ficarão dispostos os parti-
cipantes, em círculo, livres pelo espaço etc.
• Quais recursos? Prepare-se para a dinâmica, capriche no material, a 
apresentação do seu material é essencial para o primeiro impacto po-
sitivo nos participantes, muitas vezes, perdemos credibilidade pelo 
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
57
amadorismo e ou despreparo, todo material deve ser especialmente 
produzido, com cuidado e esmero e principalmente na quantidade 
que atenda a todos.
• Quais são as regras e ou procedimentos? Lembre-se nosso tempo é 
curto e não teremos tempo para explicar por diversas vezes as regras, 
devemos trabalhar com regras claras e curtas e sermos eficientes nos 
procedimentos iniciais para a dinâmica acontecer, como distribuição de 
equipes, de materiais etc.
Objetivos das dinâmicas lúdicas
As dinâmicas lúdicas propostas dentro dos programas de ginástica laboral 
além de atuarem de forma preventiva e terapêutica, atuam também no coti-
diano pedagógico da empresa. As ações propostas nos programas de ginástica 
laboral e ou em outras ações corporativas, poderão produzir além mudanças 
físicas, mudanças comportamentais e cognitivas em seus participantes.
Sendo assim, além dos aspectos físicos que a ginástica laboral pretende 
atuar, ela também deve promover em seus participantes mudanças nos proces-
sos de aprendizagem e comportamentais para aquisição de um conhecimento, 
produzindo novos saberes por meio dos conceitos transmitidos e vivenciados 
durante as aulas.
Quando aplicamos uma dinâmica lúdica pretendemos além de divertir e 
produzir uma sensação de bem-estar e felicidade, incutir nos participantes a 
capacidade de refletir sobre processos de comunicação, operacionalização e 
comportamentais que poderão ser utilizados no cotidiano corporativo, como 
nas vivências de dinâmicas cooperativas, os participantes, vivenciam diferentes 
formas de trabalhar em equipe, de refinar sua comunicação, otimizar o tempo e 
desenvolver a criatividade, uma visão mais sistematizada dos processos.
Kallas e Batista (2009)[91] já salientavam em seu artigo a importância da 
metodologia empregada nos programas de ginástica laboral, tornando os 
momentos das aulas e nas ações que agregam o programa espaços educativos 
com conceitos e atitudes relacionados ao bem-estar, agregando valores aos 
trabalhadores e às organizações.
Eles continuam afirmando que um programa de ginástica laboral seria 
muito mais enriquecedor se pudesse produzir conhecimentos sobre ativida-
de física, alimentação saudável, comportamentos preventivos, gerenciamen-
to de estresse, melhora nos relacionamentos, entre outros temas vinculados a 
Qualidade de Vida.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
58
Sendo assim, quando produzimos e aplicamos uma dinâmica lúdica para 
os programas de ginástica laboral devemos verificar quais demandas estare-
mos atendendo e perceber o quanto elas poderão contribuir para a aquisição 
destes conhecimentos propostos por Kallas e Batista (2009)[91].
Vale ressaltar que as dinâmicas que serão propostas nos programas de gi-
nástica laboral somente poderão ser consideradas lúdicas se despertarem nos 
participantes um estado interno de prazer e alegria, conceituado por Luckesi 
(2007)[92] como estado de ludicidade.
O próprio processo de aprendizagem pode ser visto como uma grande 
brincadeira, por que lida com curiosidade, desejo da descoberta, superação 
do não saber, que sustentam a construção de novos saberes (Schwartz e 
Orgs, 2004)[93]
Visto isto, imagine que em uma dinâmica lúdica propusemos o contato dos 
funcionários das empresas com as nomenclaturas dos músculos do nosso cor-
po em um caça-palavras ou uma cruzadinha coletiva, com tempo para realiza-
ção da tarefa e com regras que possibilitem a participação de todo o grupo. Será 
que os participantes brincarão? Será que aprenderão? O que garante o estado 
lúdico nesta atividade?
Schwartz e Orgs (2004)[93] citam que as brincadeiras que geram situações 
problemas, requisitando soluções e mobilizando estruturas mentais para a so-
lução desses desafios, criam estruturas mentais cada vez mais complexas e ele-
vadas, portanto geram conhecimento.
Embora com diferentes ênfases todos os jogos e brincadeiras apontam para 
a importância do lúdico como meio enriquecedor de expressão e aprendiza-
gem, sendo assim, quando bem aplicada à dinâmica lúdica poderá promover 
a retenção de um novo saber e com uma didática embasada no contexto lúdico 
irá divertir e entusiasmar os participantes, preparando-os para desejar a chega-
da de uma nova atividade no próximo encontro.
Luperini (2011)[94] corrobora afirmando que os jogos merecem a máxima 
legitimidade nas aulas por diferentes motivos, entre eles, estimular pelo mo-
vimento e da expressão corporal a aprendizagem “corpórea”, muitas habili-
dades, como, por exemplo, a atenção, depende de uma preparação física antes 
de um preparo cognitivo, sendo assim, quando estimulamos os funcionários a 
se movimentarem sejam em exercícios físicos propostos ou pelos movimentos 
espontâneos que as dinâmicas lúdicas naturalmente propõem, estamos pro-
movendo aos funcionários contatos efetivos com sua corporeidade, ou seja, da 
forma que o seu corpo se relaciona com o mundo. 
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
59
Os objetivos das dinâmicas são diversos, entre eles estão: 
• descontração, quebrar o gelo – Como vimos nas fundamentações da 
fisiologia sobre o estresse, o humor e a risada, momentos de descon-
tração, poderão desencadear uma série de reações físicas e comporta-
mentais essenciais para o desenvolvimento humano, essencial para a 
manutenção da nossa saúde e para a saúde do coletivo, os objetivos de 
descontrair e quebrar o gelo, acompanham quase todas as dinâmicas 
lúdicas, uma proposta lúdica deve ser acompanhada de uma boa risa-
da,de um toque, de uma aproximação. No entanto, lembre-se estamos 
falando de ambientes corporativos, não podemos esquecer que nosso 
comportamento dentro de uma empresa é específico, atente-se a cultura 
da empresa, apresente sua proposta com sabedoria e bom senso;
• socialização – O homem é um ser relacional, estamos permanente-
mente praticando o exercício de relacionar-se, porém por diversos 
motivos, percebemos que dentro das organizações esse exercício de 
socialização não acontece ou se reduz a um grupo muito pequeno, 
nas dinâmicas lúdicas podemos promover momentos de encontros, 
quando por alguns minutos as pessoas doam seu tempo para conhe-
cer o outro, conversar, interagir, reparar etc., sendo assim, esses en-
contros que acontecem nos momentos que antecedem a dinâmica, 
quando os funcionários se cumprimentam, brincam entre si, colocam 
a conversa em dia, também fazem parte de um programa de ginástica 
laboral de sucesso e se ao final da aula seja ela uma dinâmica lúdica 
e ou técnica o professor sai e os funcionários continuam interagindo, 
atingimos o ápice dos nossos objetivos que é promover espaços mo-
tivadores, podendo colaborar assim com a melhora e ou manutenção 
do clima organizacional;
• desenvolver o trabalho em equipe – Quando o objetivo principal da 
dinâmica é atingir uma meta comum, conseguimos desenvolver o tra-
balho em equipe, por vezes dentro de uma rotina de trabalho a prática 
do trabalho em equipe fica ofuscada, o que se vê o cumprimento de uma 
rotina, que por vezes, poderia ser facilitada se fossem reconhecidos osatores envolvidos, seus potenciais e o papel que cada um cumpriria com 
maior excelência para o sucesso daquela execução. Apesar do tempo 
curto de vivência, durante uma dinâmica lúdica, por estar desprendida 
de qualquer rotina do trabalho, fica mais fácil reconhecer estes papeis, 
seus líderes e por fim, conseguir que alguns profissionais participem, o 
que por vezes, devido a rotina não lhe é oportunizado;
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
60
• colaborar com o desenvolvimento do potencial criativo – Atualmente vi-
mos que a criatividade é uma competência apreciada e requerida em qual-
quer âmbito profissional. As dinâmicas lúdicas a partir do momento que 
solicitam o desenvolvimento de alguma prática nova, a ressignificação de 
algum material e ou outras ações que requisitem a criatividade, poderão co-
laborar para o desenvolvimento do potencial criativo de seus participantes;
• produzir uma comunicação mais efetiva – A linguagem é um veículo 
que pode determinar o futuro de uma pessoa, o futuro de uma organi-
zação. Uma comunicação eficiente poderá mover uma ação para frente 
ou para trás. Quando durante a participação das dinâmicas os diálogos 
são requisitados entre os funcionários, podemos colaborar para que essa 
comunicação seja mais motivadora, mais espontânea e coesa. Quando por 
uma dinâmica conseguimos despertar nos participantes um estado lúdico, 
provocamos nele uma espontaneidade, um revelar-se que são essenciais 
para uma comunicação limpa e clara, justificada inclusive pelo pouco tem-
po que temos para a finalização da dinâmica, por vezes, esse trabalho de 
comunicação mais efetiva, não surge no primeiro momento, faz-se neces-
sário mais vivências até que essa resistência a exposição aconteça;
• quebrar distanciamentos hierárquicos, aproximar – Durante uma dinâmi-
ca, quando o participante atinge um estado de ludicidade, dificilmente os 
distanciamentos hierárquicos permanecem, comparando com o universo 
infantil, a partir do momento que aquela ação te deixa feliz, o desejo por 
continuar sobrepõe a hierarquia e se para a brincadeira continuar partici-
pantes deverão assumir diferentes papeis,naturalmente isso vai acontecer, 
sem qualquer preconceito e ou receio de estar ultrapassando uma linha 
imaginária que separa os níveis hierárquicos dentro de uma instituição.
• celebrar datas comemorativas – Estas dinâmicas destinam-se a celebrar 
datas comemorativas que compõe o calendário anual, tais como, dia das 
mães, dia dos pais, Páscoa, dia mundial da atividade física, Natal etc., 
outras datas especificas do ramo de atividade da empresa também po-
dem ser comemoradas, portanto, faz-se necessário conhecer a empresa, 
verificar que profissionais compõe seu quadro de funcionários e sur-
preender a empresa com essa abordagem.
• reforçar temas de ações internas – Está cada vez mais comum sermos 
recrutados para compor as ações desenvolvidas na Semana Interna de 
Acidentes de Trabalho (SIPAT), Semanas da saúde, entre outras, preci-
samos saber com antecedência os temas que serão abordados e a par-
tir daí desenvolver as dinâmicas com o principal objetivo de reforçar a 
aprendizagem por meio do brincar.
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
61
Planejamento, organização e aplicação das dinâmicas
Nos cursos de dinâmicas lúdicas para os programas de ginástica laboral, 
muitas vezes, nos deparamos com questionamentos e inquietações dos profis-
sionais sobre como fazer com que aquela dinâmica dê certo, que pontos preci-
sam ser exercitados para o sucesso daquela vivência. Separamos alguns itens 
que merecem cuidado e atenção.
Planejamento
Acreditamos que muitos funcionários não enxergam as dinâmicas lúdicas 
como momentos especiais, por pura falta de planejamento. Precisamos entrar 
em contato com a área de recursos humanos, segurança do trabalho e outras 
áreas envolvidas com o Programa de Ginástica Laboral, para serem nossos 
apoiadores das dinâmicas. 
Podemos criar informativos com a comunicação interna da empresa, des-
pertando curiosidade nos leitores, convidando-os para participar e depois da 
aplicação, divulgar feedbacks, fotos, depoimentos e etc.
É possível também verificar com a empresa temáticas interessantes para 
serem desenvolvidas, devemos trabalhar alinhado aos desejos e abordagens da 
empresa, levar, por exemplo, para dentro da ginástica laboral uma dinâmica 
que dialogue com a temática de uma SIPAT, de uma semana da saúde, de um 
treinamento específico da área de recursos humanos etc.
Organização
Ao organizar uma dinâmica, precisamos refletir sobre a organização de di-
ferentes aspectos.
O ambiente: devemos nos atentar ao tipo de ambiente que esta dinâmica 
será aplicada, em qual espaço, como ela pode ser aplicada, se podemos ou não 
utilizar materiais, se há algum tipo de restrição etc., muitas vezes, por ser um 
momento especial, vale a pena, acordar com a empresa, que naquele dia em 
especial, a dinâmica será aplicada em um ambiente externo, pátio, estaciona-
mento, auditório etc.
Os funcionários: neste caso, precisamos nos atentar às características dos 
grupos. Em uma empresa, podemos ter diferentes grupos, as diferenças vão 
desde o número de participantes, tipo de trabalho (administrativo ou fabril), 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
62
perfil comportamental etc., uma mesma atividade poderá assumir diferentes 
leituras a partir da observação do professor, uma dinâmica que cabe muito bem 
para um grupo, para outro pode ser que não, aí a criatividade vem a tona, e as 
dinâmicas são aplicadas de diferentes formas, porém sempre atendendo aos 
seus objetivos já pré-determinados.
Os materiais: consideramos este aspecto um dos mais importantes, a pri-
meira impressão é a que fica, muitas vezes, iniciamos a despertar a curiosida-
de já pelos materiais, os funcionários ficam inquietos querendo saber o que o 
professor vai fazer com aquele material, muitas vezes, nada característicos com 
os utilizados nos programas de ginástica laboral, essa curiosidade pode ser uti-
lizada ao nosso favor, instigue-os a pensar no que vai acontecer, a desejar saber 
como será aquele encontro, o que o professor vai fazer.
Alguns pontos sobre os materiais devem ser cuidadosamente alinhados, 
conforme as seguintes orientações.
• Normas e condutas de uma empresa: verificar se aquele material pode 
ser utilizado, algumas empresas, possuem restrições quanto a materiais, 
principalmente industriais, por riscos de contaminação, segurança etc.;
• Quantidade: tenham uma quantidade suficiente de materiais para aten-
der a todos os funcionários, atenda ao seu maior setor, atendendo a esse 
setor, você atenderá a todos os outros,se não tiver material suficiente 
para todos, a sugestão é que não se aplique a dinâmica, assim como 
qualquer aula, os funcionários também se frustram pela falta de mate-
rial, pois não terão uma participação igual aos demais na atividade;
• Qualidade: qualquer pessoa elogia o capricho, o cuidado, não dá para 
pensar em uma dinâmica lúdica como uma atividade especial, sem que 
ela seja cuidadosamente preparada, uma boa apresentação já garante 
boa parte da satisfação;
• Ressignificação de materiais: com criatividade e inovação, ressignifi-
que materiais, veja se a empresa descarta materiais e se esses podem ser 
utilizados, mas cuidado, não faça uso de materiais da empresa sem as 
devidas autorizações;
• Parcerias: dependendo da dinâmica, solicite que os próprios funcioná-
rios tragam seus materiais, como por exemplo, pensando no dia das 
crianças, que tal pedir para que os funcionários tragam algum brinque-
do do seu filho ou algum brinquedo que guarda até os dias atuais e que 
possui um carinho especial, uma boneca antiga, um carrinho etc., e fi-
nalizar a aula com os funcionários contando um pouquinho que cenário 
acompanha aquela peça, será um momento emocionante;
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
63
• Música: algumas dinâmicas sugerem a utilização de músicas, devemos 
ter muito cuidado com a escolha datrilha sonora que irá acompanhar a 
dinâmica, se ela for só um acessório, ela não deve sobressair ao objetivo 
principal da atividade, deverá ficar em segundo plano, com o único ob-
jetivo de criar um ambiente mais acolhedor. 
No entanto, se a música for um item essencial para o desenvolvimento da 
dinâmica, cuidado com a escolha, gosto musical é algo bem complicado de agra-
dar o grupo, portanto, sugiro que opte por músicas que não estejam presentes 
no cotidiano das pessoas, aproveitem esse momento para oferecer um repertório 
musical diferenciado, que o ajude inclusive a despertar a curiosidade no grupo.
E por fim, cuidado com o efeito que a música pode causar ao grupo, existem 
estudos que demonstram que efeitos cada música provoca na pessoa, existem 
músicas que ativam, músicas que relaxam, existem músicas associadas à memó-
ria, às lembranças, vale uma pesquisa mais profunda neste item, uma música 
pode enriquecer sua dinâmica, mas quando mal escolhida ela pode estragar tudo.
• A divulgação: como já foi dito, escolha como será a divulgação deste dia 
especial, quais recursos você irá utilizar para divulgar o momento pré e pós 
desta ação, se a empresa, não tiver nenhum tipo de espaço para divulga-
ção, faça você mesmo, talvez uma camiseta diferenciada para este dia, um 
cartaz, uma roda de conversa na finalização da aula, tudo que você puder 
fazer para despertar o interesse e a curiosidade do funcionário é bem-vin-
do, obviamente ressalto que o cuidado e o bom senso para não desrespeitar 
as normas e condutas éticas da empresa, devem sempre estar presentes.
O profissional de Educação Física
O profissional de Educação Física que atua no ambiente corporativo tem que 
desenvolver um comportamento diferenciado, trabalhar dentro de um ambiente 
laboral, não é a mesma coisa que trabalhar dentro de uma academia, de uma 
quadra e/ou dentro de uma escola, esse profissional deverá transitar entre fazer-
-se presente, sem se chocar com o ambiente, a linguagem verbal e a expressão 
corporal também são diferenciadas, trabalhar nos programas de ginástica laboral 
exige dos professores uma conduta amadurecida e séria, porém lúdica e técnica. 
Geralmente há uma exigência maior por parte dos funcionários do conheci-
mento técnico-científico dos professores e quando falamos em dinâmicas lúdi-
cas, o desafio é ainda maior, como desenvolver um comportamento lúdico sem 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
64
se assemelhar a um recreacionista de hotel ou de festas infantis, não devemos 
infantilizar o ambiente corporativo.
Aplicar uma dinâmica não é uma tarefa tão simples quanto parece, ao con-
trário de uma aula mais técnica, com uma série de exercícios que deverão ser 
prescritos, nas dinâmicas o professor será um facilitador do processo. Uma fa-
cilitação mal conduzida poderá gerar um efeito contrário ao proposto, e aquele 
funcionário ou até mesmo o grupo de funcionários poderão se fechar para no-
vas experiências. 
Militão (2013)[90] em sua obra, lista alguns requisitos básicos para o bom 
desempenho de um facilitador, são eles: 
• ser um bom observador e ouvinte – esteja pronto para ouvir e observar 
as expressões individuais e coletivas, bem como as situações que ocor-
rerão durante a atividade;
• saber sintetizar – principalmente ao final, no momento da avaliação da 
proposta, se necessário, seja capaz de sintetizar os depoimentos e criar 
suas relações com os objetivos propostos nas dinâmicas;
• ser sensível – muitas vezes erramos porque não percebemos o movi-
mento do grupo, se necessário, realize as adaptações necessárias para o 
bom andamento da atividade;
• ser um focalizador – manter o contexto e os comentários em cima dos 
objetivos exige presteza e delicadeza;
• ser um bom comunicador – temos pouco tempo, nossa comunicação 
deve ser clara e precisa;
• Tenha uma boa postura – Nossa postura profissional deve ser coerente 
com o momento e com o grupo, estamos dentro de uma empresa;
Vamos inserir mais dois requisitos que consideramos imprescindíveis para 
o sucesso do nosso trabalho, são eles:
• Seja carismático e pratique a empatia: não tem como não trabalhar 
dinâmicas lúdicas sem encantar e no momento da prática se coloque 
sempre no lugar do outro, aquilo faria bem para você? Você iria gostar 
de participar?
• Seja um ser brincante: não tem como desenvolver o brincar sem 
acreditar no brincar, a partir do momento que sou um ser brincante, 
sinto os benefícios que brincar promove, acredito nisso e trabalho com 
segurança, gerando assim segurança e confiança naqueles que aceitaram 
participar da minha aula. 
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
65
Como encantar
Muitas vezes não entendemos por que propostas lúdicas corporativas não 
dão certo, não despertam ludicidade na maioria dos participantes, pelo con-
trário, muitos declaram que não gostam de participar de atividades com estas 
características e que não gostam da exposição que naturalmente acontece.
Em primeiro lugar, devemos vencer o paradigma de que o adulto não brin-
ca; de que o brincar faz parte somente do cotidiano infantil e que o brincar e o 
trabalho são dicotômicos, ou seja, não podem ocupar o mesmo espaço e tempo.
Com o passar do tempo, o brincar fica de lado e com ele algumas de suas 
propriedades como a imaginação e a criatividade, dando espaço à produtivida-
de e ao desempenho, e com eles vem as cobranças, as metas e a falta de tempo 
para o lazer, para divertir-se, para uma pausa e para o ócio, que segundo o 
sociólogo Domenico de Masi, necessário para o exercício da criatividade, im-
portantíssima para o aumento da produtividade no trabalho.
Diante dessas afirmações, devemos entender que nosso desafio inicia na 
quebra desse paradigma, segue na apresentação de propostas encantadoras, 
envolventes e significativas e finaliza na realização de uma continuidade des-
te estado de ludicidade, ou seja, de prazer e do desejo por mais momentos 
lúdicos corporativos.
Tanil (2013)[53] afirma que culturalmente o homem sempre brincou; que 
brincar faz parte do desenvolvimento humano, e que o brincar era considerado 
uma atividade coletiva, parte do cotidiano adulto e infantil, sendo assim, faz-se 
evidente que as dinâmicas lúdicas quando bem produzidas e aplicadas terão 
uma grande possibilidade de serem aceitas e reverenciadas pelos participantes.
Quando somos solicitados para elaborar uma dinâmica lúdica, nos 
preocupamos com os objetivos, com os materiais, com a duração, com o 
resultado e nos esquecemos do processo, nos esquecemos dos protagonistas 
da cena, os funcionários.
As dinâmicas lúdicas oferecem aos participantes a oportunidade de brin-
car, que para Jurdi, et al. (2017)[95] trata-se de uma atividade fundamental no 
ser humano. 
Os autores continuam afirmando que quem brinca espontaneamente exer-
cita sua criatividade, vive suas emoções, exercita sua imaginação e inteligência, 
sendo assim, uma proposta lúdica dentro do ambiente corporativo por si só 
quando bem aplicada e vivenciada de corpo e alma pelos participantes, além 
de poder exercitar os objetivos solicitados pela empresa, os levará de encontro 
a sua essência, a sua infância, aos seus desejos e aos seus anseios e quem sabe 
o ajuda a descobrir sentido.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
66
Conforme o Guia de Excelência em Ginástica Laboral produzido pelo CREF4/
SP com apoio da Associação Brasileira de Ginástica laboral (ABGL), disponível para 
download em: <https://www.crefsp.gov.br/comunicacao/manuais-e-cartilhas/> os 
fundamentos didático-pedagógicos dos Programas de Ginástica Laboral devem 
levar em consideração a análise do ambiente de trabalho e dos trabalhadores, os 
objetivos, as estratégias de ensino-aprendizagem, dos materiais, entre outros.
Além destes fatores extremamente importantes para o sucesso do progra-
ma não podemos deixar de considerar também os aspectos socioculturais, toda 
empresa possui características particulares da região que está localizada, da 
nacionalidade e naturalidadedos seus funcionários e da cultura da origem da 
empresa, principalmente no caso de empresas estrangeiras. 
A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social, que exige dos parti-
cipantes um papel ativo na garantia de mais espaços de brincar, parte desta 
garantia parte da participação efetiva, com a presença real e do respeito.
Na tentativa de tornar as dinâmicas lúdicas verdadeiramente uma opor-
tunidade de brincar e jogar, neste último, entenda jogar como relacionar-se, 
seguir regras, obter resultados, farei uma análise a partir das contribuições de 
Luperini (2011)[94] que definiu o jogo a partir da perspectiva de Roger Caillois, 
um sociólogo, escritor e crítico literário. 
Callois define o jogo como uma atividade: livre e voluntária, sendo assim, 
a participação dos funcionários não deve ser em caráter mandatório, o profes-
sor deve ser capaz de envolver e estimular a participação dos funcionários por 
meio de estratégias que vão desde o carisma, a curiosidade e a necessidade 
de vencer desafios. Ele continua dizendo que o jogo é uma atividade incerta, 
que o resultado não é conhecido a priori, essa também pode ser considerada 
uma característica de nossas dinâmicas os resultados dependerão de uma série 
de questões, algumas operacionais, como tempo, materiais, número de alunos 
como também de habilidades, como criatividade, raciocínio, capacidade de co-
municação, de trabalho em equipe entre outras.
E por último, continua definindo o jogo como uma atividade delimitada, 
tem um momento de começar e um momento para terminar, característica tam-
bém bem definida em nossas dinâmicas, visto que, nosso tempo para aplicabi-
lidade é de no máximo 15 minutos.
Existem outras características que definem o jogo pelo olhar de Callois, po-
rém nos limitaremos a discutir estas, as quais possuem maior afinidade com as 
dinâmicas lúdicas propostas dentro dos programas de ginástica laboral.
Oferecer espaços para o indivíduo brincar dentro do ambiente corporativo 
dará a ele a oportunidade de assimilar e reorganizar suas experiências, valori-
zar sua origem e relaxar.
Criando e Co-criando suas dinâmicas lúdicas
67
Apesar de este livro oferecer dinâmicas lúdicas dirigidas, vale lembrar que 
o brincar é insubordinado e pode a qualquer momento mudar de forma e che-
gar a outros resultados, por isso, faz-se necessário realmente aprender a fazer 
brincar, aprender a fazer uma leitura sensível e ao mesmo tempo profunda do 
que está sendo vivido a cada momento, cada dinâmica poderá oferecer a você 
uma dica de qual deve ser seu próximo passo junto aquele grupo.
É evidente que não podemos ser pretensiosos em achar que as intervenções 
por dinâmicas lúdicas dentro do ambiente corporativo, tornarão aquele 
ambiente harmonioso, produtivo, criativo e cooperativo, porém uma prática 
constante destes momentos poderá despertar um olhar mais sensível para si e 
com o outro.
Para tanto, o professor deve sentir amor e paixão pelo que faz, buscar co-
nhecimento, trabalhar com alegria, empatia e criatividade (Lima, 2007)[1].
Ao aplicar as dinâmicas lembre-se de:
• manter o foco nos objetivos das dinâmicas: Quais são os objetivos da 
dinâmica, procure levar aos participantes o reconhecimento do que foi 
trabalhado;
• desenvolver a presença efetiva de todos os participantes, eles devem 
fazer parte do que está sendo desenvolvido, compreender seus objeti-
vos, refletir sobre o que está sendo trabalhado e desejar saber como ela 
termina;
• ser facilitador, para que os participantes acreditem nas suas propostas, 
eles precisam perceber vocês como parte dela e do grupo.
O que evitar
Diante de toda experiência adquirida durante esses anos, decidimos apre-
sentar algumas dicas do que evitar, que poderão colaborar para o sucesso de 
suas aulas.
• Priorizar o resultado e não o processo: em especial nas dinâmicas lúdi-
cas para os programas de ginástica laboral, tenha um olhar especial para 
o processo, muitas vezes, o grupo, não alcança o resultado esperado, 
mas a sensação de prazer e alegria gerada por aquela brincadeira valeu 
muito mais que atingir uma meta, uma resposta esperada etc.
• Exigir participação e performance: cada indivíduo se comporta de uma 
forma, cada um tem seu repertório de práticas corporais, cada um se 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
68
expõe de uma maneira, portanto, exigir um tipo de participação e per-
formance, poderá inibir a participação do funcionário na dinâmica e até 
mesmo fazer com que ele não deseja mais participar.
• Comparações: Assim como exigir participação não é uma boa conduta 
para um facilitador, evite também comparações, isso também poderá 
inibir o participante.
• Deixar alguém em extrema evidência: pratique e empatia, se coloque 
no lugar do outro, imagine-se no meio de todos, em uma prática não 
usual para o adulto que é o ato de brincar, que expõe mais a pessoa, e o 
facilitador te coloca em extrema evidencia, seja por um comportamento 
engraçado, por uma falha, ou até mesmo por uma performance acima 
da média, o ideal é manter todos os participantes em situação de igual-
dade, se alguma correção for necessária, faça de forma coletiva, aqueles 
que precisarem corrigir alguma coisa, entenderá e corrigirá.
• Pagamentos de prendas ou castigos por resultados negativos: essa é a 
principal atitude que devemos evitar, isso pode gerar frustração, causar 
vergonha, propiciar uma exposição negativa, pois não devemos eviden-
ciar os erros e sim as sensações prazerosas que o brincar proporciona.
• Dinâmicas competitivas: não viemos aqui criticar as dinâmicas com-
petitivas, elas podem ser saudáveis e necessárias, mas a preocupação é 
com o nosso tempo para aplicar e dissolver qualquer tipo de atrito gera-
do no grupo que porventura perder a competição, se o clima organiza-
cional já estiver fragilizado, essa dinâmica talvez acentue essa situação.
• Recompensas: também não condenamos as recompensas por participa-
ção, presentes no final da atividade, mas lembre-se que se você vincular 
a participação a um brinde, toda vez que você convidar o grupo para 
participar de uma dinâmica ele vai esperar um brinde no final.
69
Dinâmicas lúdicas: 
a prática
As dinâmicas aqui propostas surgiram de recriações de dinâmicas e jogos 
de empresas já existentes, da adaptação de jogos e brincadeiras infantis, de di-
nâmicas teatrais, de vivências produzidas nos cursos e por fim de inspirações a 
partir de uma leitura, de uma imagem e ou de uma frase.
Nelas vocês vão encontrar o nome, materiais utilizados, objetivos, desen-
volvimento, variações, que se refere a outras possibilidades de aplicação e refi-
namentos e cuidados, neste último, após algumas vivencias, sugerimos alguns 
cuidados/ajustes que surgiram de acordo com a prática.
Espreguiçamento lúdico
Objetivos: tornar este momento que geralmente inicia a aula, um momento 
prazeroso, espontâneo e integrativo. 
Materiais: música animada.
Desenvolvimento: solicite que todos espreguicem a vontade, para isso é 
necessário que o facilitador não execute o espreguiçamento, seja um 
observador, provavelmente apesar de ser livre o espreguiçamento é 
semelhante e contido, em seguida solicitar diferentes formas de espre-
guiçar, como em duplas, trios, olhando nos olhos, olhando quem não 
está olhando para você, sorrindo etc. sempre ao som da música. 
Variações: espreguiçar com materiais, faixas coloridas, bolas, bexigas etc.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
70
Lembranças de férias
Objetivos: exercitar a criatividade, integrar e possibilitar aos participantes 
recordarem momentos bons e divertidos de férias anteriores.
Materiais: uma música animada e um objeto que remeta a férias (sugiro 
uma máquina fotográfica de brinquedo).
Desenvolvimento: em círculo os participantes deverão passar o objeto 
acompanhado pela música, quando a música parar o participante que 
estiver com o objeto nas mãos, deverá completar a frase dita pelo faci-
litador, por exemplo:
Férias têm sabor de_____________
Férias têm cheiro de _____________
Férias é o momento de_____________
Férias é igual a _____________
Férias me lembram _____________
Variações: se desejar durante a música execute com os participantes em du-
plas, alongamentos no mesmo momento que o objeto é passado, quan-
do a música parar a dupla que estiver com o objeto nas mãos, deverão 
completar a frase.
Refinamentos e cuidados: não há.
Eu vou viajar 
Objetivos: descontrair, integrar e desenvolver a atenção.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: posicionados em círculo, os participantes e o facilitador de-
verão escolher quem vai começar.Ele pode pedir voluntários ou começar 
ele mesmo. O primeiro deverá dizer: “Eu vou viajar e vou levar comigo...”, 
por exemplo: Eu vou viajar e vou levar comigo um óculos de sol” o próxi-
mo continua a brincadeira, sendo que deve dizer que vai viajar, vai levar o 
objeto escolhido pelo participante anterior e acrescentar o que levaria. Por 
exemplo: “Eu vou viajar e vou levar comigo um óculos de sol e uma bolsa” 
e assim sucessivamente. O objetivo é que a brincadeira continue até que 
o tempo acabe ou que alguém não lembre mais o que algum dos partici-
pantes vai levar. Você irá observar que eles mesmos se ajudam, tornando a 
brincadeira uma grande oportunidade de exercitar a cooperação.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
71
1 minuto
Objetivos: desenvolver a atenção, a cooperação, o pensamento estratégico, 
a comunicação e por fim o trabalho em equipe.
Materiais: um objeto lúdico pode ser uma bola colorida, uma mola maluca, 
um carrinho etc., e um cronômetro.
Desenvolvimento: em círculo os participantes receberão do facilitador um 
objeto, que deverá passar por todos, independentemente da forma es-
colhida, porém uma única vez por participante e retornar ao primeiro 
em exatamente 1 minuto.
Variações: variar o tempo e a formação do grupo.
Refinamentos e cuidados: se tiver um grande número de pessoas deve-se 
dividir o grupo, tomando cuidado com a competição, uma sugestão é 
passar o mesmo objeto entre os dois grupos, ou até mesmo, dois obje-
tos, só que o cronômetro só para quando os dois objetos chegarem ao 
participante que começou a brincadeira, assim os dois grupos assumi-
rão um mesmo desafio.
Bilboquê
Objetivos: descontrair, trabalhar a coordenação motora, trabalhar a temá-
tica do gerenciamento do estresse.
Materiais: 01 (uma) folha de papel (rascunho) por participante 
Desenvolvimento: dispostos em círculo ou espalhados pelo espaço. O 
facilitador deve pedir para todos pensarem em quais são seus princi-
pais agentes estressores, o que os deixa estressado e conversar sobre 
a importância de saber gerenciá-los, saber reconhecê-los e tentarem 
buscar soluções para minimizar os desgastes que provocam. Depois 
reforce, por exemplo, a atividade física como uma das formas de 
gerenciamento.
Enquanto discursa, solicite que os participantes dobrem o papel no meio e 
marquem o máximo possível o vinco da dobra, até que fique bem marcado, esta 
seria uma forma figurativa de deixar no papel seus agentes estressores.
Todos os braços estendidos a frente, o facilitador deve pedir ao mesmo 
tempo segurarem nas pontas do papel aberto e bem marcado no centro, e em 
um único movimento rasgar esse papel no meio afastando os braços, como 
uma medida de aliviar o estresse, uma parte da folha (a maior) o participante 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
72
deve fazer um cone a outra uma bolinha, agora é só começar a brincar, jogando 
a bolinha para o alto e tentando pegar, sozinho, com giros, em duplas, trios etc.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a limpeza do local, pedir que reco-
lham as bolinhas, podendo inclusive fazer uma metáfora que devemos 
jogar nossos agentes estressores no lixo.
Complete o desenho
Objetivos: desenvolver a criatividade, a comunicação e descontrair.
Materiais: 01 (uma) folha de papel (rascunho) por dupla
Desenvolvimento: dispostos em duplas. A dupla deve escolher quem irá 
começar, este deverá imaginar um desenho sem falar para o outro, o 
desenho no papel somente com um traço, o outro da dupla deverá ten-
tar adivinhar o que ele quer desenhar e continuar o desenho com outro 
traço e assim sucessivamente. É importante que aquele que imaginou 
o desenho tente o tempo todo demonstrar para o outro qual é o seu 
desenho, mesmo que para isso, modifique os traços desenhados, mude 
a posição da folha e etc.
Variações: fazer a atividade em grupos.
Refinamentos e cuidados: não há.
Celebridades
Objetivos: desenvolver a comunicação, a valorização do outro e integrar.
Materiais: 01 (uma) folha de papel (rascunho) por participante e uma mú-
sica animada.
Desenvolvimento: em posse de um papel cada participante no tempo da 
música deverá conseguir a maior quantidade de autógrafos possíveis, 
sendo que deverá seguir a seguinte regra: antes de pedir o autógrafo 
o solicitante deve justificar o porquê deseja aquele autógrafo, o que 
admira no outro, no que ele se destaca etc. Quem for dar o autógrafo 
deverá cobrar à justificativa, ou seja, por que você quer meu autógrafo?
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
73
Bingo humano
Objetivos: descontrair, integrar, conhecer o outro e desenvolver a comunicação.
Materiais: 01 (uma) cartolina por grupo, uma música animada e canetinhas.
Desenvolvimento: para iniciar os participantes deverão anotar em uma fi-
lipeta como gostam de ser chamados (apelidos) e qual é o seu esporte 
favorito, estas filipetas servirão para o sorteio do bingo. Em seguida 
deverão desenhar na cartolina uma cartela de bingo, o número de ca-
sas depende do número de participantes, ao sinal do facilitador (ini-
cio da música) os participantes deverão tentar preencher suas cartelas 
com os apelidos e esportes favoritos escolhidos. Ao final da música e 
com as cartelas preenchidas, comece o bingo. 
Variações: a atividade pode ser aplicada também de forma individual,
Refinamentos e cuidados: os participantes deverão passar para os demais 
os mesmos apelidos e esportes escolhidos nas filipetas, as cartelas não 
deverão ser preenchidas pelas escolhas dos participantes do seu pró-
prio grupo, deixe que eles estabeleçam suas estratégias para colher in-
formações e preencher suas cartelas. Caso fique alguma casa da cartela 
em branco, esta deverá achurada, como nas cartelas originais.
Toró de ideias
Objetivos: integrar, desenvolver a comunicação, o potencial criativo, dis-
cutir sobre uma temática específica.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: reunir os participantes em dois círculos, um dentro e o 
outro fora, assim os participantes formarão duplas, um de frente para o 
outro, o facilitador dará um tema para que os participantes do círculo de 
dentro falem sobre ele sem parar, a dupla do círculo de fora deverá ficar 
totalmente sem expressão ao que está sendo dito, não poderá dialogar, 
dar risada, discordar, concordar e etc., deverá olhar fixamente para quem 
está discursando, depois de um tempinho o círculo de dentro deve rodar 
para o próximo participante, em seguida inverte o grupo que discursa. 
Variações: além de temas importantes como saúde, atividade física etc. o 
facilitador poderá inserir temas engraçados, como piolho, girafa etc., 
tornando assim a atividade mais leve, espontânea e lúdica.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a escolha de temas que provoquem 
polêmicas ou que remetam a duplos sentidos.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
74
Quebra-cabeça da laboral
Objetivos: descontrair, integrar, exercitar a criatividade e reforçar o conhe-
cimento dos participantes do repertório de movimentos.
Materiais: música animada.
Desenvolvimento: dispostos livremente no espaço destinado para a aula, 
o facilitador deverá solicitar aos participantes que se desloquem li-
vremente no espaço de aula, ouvindo e “sentindo” a música, pelo es-
tímulo sonoro que a música proporciona, alguns começam a se soltar 
e atémesmo dançar, quando o facilitador parar a música um partici-
pante deverá colocar-se em uma postura de alongamento, os demais 
rapidamente deverão compor essa construção, ligando-se a este par-
ticipante reproduzindo outras posturas, todas as posturas deverão 
ser diferenciadas e estar conectadas. Quando a música reiniciar todos 
deve soltar-se e continuar deslocando-se até que a música pare nova-
mente e outro participante reinicie a conexão.
Variações: não tem.
Refinamentos e cuidados: o facilitador deve ter muito cuidado com a es-
colha da música, evitar músicas da moda ou que contenham palavras 
de baixo calão, pois se corre um sério risco de não ser ouvido ou até 
mesmo que empresa chame sua atenção pela sua escolha musical.
Gênios da laboral
Objetivos: descontrair, integrar, exercitar a criatividade, desenvolver as ca-
pacidades de memória e atenção.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: quem não se lembra daquele brinquedo de sequência 
de cores e sons? 
Em duplas, o facilitador deverá pedir para a dupla escolher quem é o 1 e 
quem é o 2 da dupla, pra variar um pouco e descontrair, o facilitador informa 
que nesta dinâmica quem começa é o 2.
De frente um para o outro, o 2 da dupla deverá executar três movimentos 
da ginástica laboral o 1 da dupla imediatamente deverá reproduzir os movi-
mentos e incluir mais um movimento, logo em seguida o 2 deverá realizar 
os seus três movimentos, o movimento do seu par e acrescentar mais um 
movimento e assim sucessivamente. Se alguém errar começa tudo de novo. A 
Dinâmicas lúdicas: a prática
75
brincadeira termina quando terminar o tempo. Se houver tempo o facilitador 
pode sugerir a troca de duplas depois de certo tempo de atividade.
Variações: utilizar uma música ambiente; com o passar da atividade, você 
observará que as duplas se ajudam a recordar os movimentos, mais 
uma vez, a atividade torna-se uma proposta cooperativa.
Refinamentos e cuidados: não há.
Boneco maluco 
Objetivos: descontrair, integrar, exercitar a criatividade, aquecer e traba-
lhar a mobilidade articular.
Materiais: músicas animadas.
Desenvolvimento: em duplas, a dupla decide quem inicia, ao som da mú-
sica, quem começa deve tocar levemente na parte do corpo do outro, 
este imediatamente deve movimentá-la sem parar, a cada toque mais 
um movimento, até que ele movimente todo seu corpo, depois troca.
Variações: realizar a atividade com duas músicas com ritmos diferentes 
(agitado e calmo); utilizar objetos para substituir o toque, como bexigas.
Refinamentos e cuidados: não há.
Sorriso milionário
Objetivos: descontrair, integrar, quebrar o gelo.
Materiais: botões, ou bolinhas de papel ou bolinhas de gude e uma música 
animada.
Desenvolvimento: distribua três bolinhas para algumas pessoas do grupo, 
quando a música começar os participantes que não estão com as bo-
linhas (jóias, moedas etc.) deverão procurar os participantes que pos-
suem as riquezas, e tentar fazê-los dar risada, se conseguir, deverão 
ganhar uma bolinha e a brincadeira continua.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: deixar claro que não poderão fazer cócegas e ou 
outro contato no outro para fazê-lo sorrir.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
76
Equilibrando
Objetivos: descontrair, integrar, desenvolver a segurança no outro e desen-
volver o equilíbrio corporal.
Materiais: música animada.
Desenvolvimento: uma boa estratégia para conversar com o grupo sobre a 
importância do fortalecimento da musculatura e uma boa postura para 
a manutenção do equilíbrio. Em duplas, a dupla decide quem inicia a 
atividade, ao som de uma música, quem começa deve conduzir o mo-
vimento para uma postura sem tocá-lo, como se tivesse manipulando 
um boneco, o colega deverá continuar o movimento seguindo-o. O ob-
jetivo da atividade é colocar o colega em uma posição de exigência de 
equilíbrio, por exemplo, pela continuidade dos movimentos, o colega 
que está sendo “moldado” fica em uma posição do “avião” da ginás-
tica, depois troca.
Variações: realizar a atividade com músicas com ritmos diferentes (agitado 
e calmo) e perceber o que acontece.
Refinamentos e cuidados: sugerir que tirem os sapatos, se for o caso distri-
bua pequenos tapetinhos de TNT.
Jogo das profissões
Objetivos: integrar, desenvolver a criatividade e exercitar a expressão 
corporal.
Materiais: papel, barbante para fazer o cartão crachá e música animada ou 
etiquetas.
Desenvolvimento: será distribuído para cada participante um crachá pron-
to (papel fixado no barbante) e uma profissão descrita, este deve ficar 
nas costas de cada participante, de forma que ele não consiga visuali-
zar qual será sua profissão, cada um receberá uma profissão, quando 
a música parar, os participantes deverão formar duplas, ler o que está 
escrito nas costas do amigo e tentar demonstrar por mímicas qual é a 
profissão do outro.
Variações: o facilitador poderá também determinar profissões mais com-
plexas, tipo veterinário especializado em zebras etc.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
77
Joquempô na laboral
Objetivos: descontrair, integrar e desenvolver a atenção.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em duplas, todos devem brincar de joquempô, uma 
brincadeira de infância, agora o facilitador irá propor um desafio, de 
frente um para o outro, cada integrante da dupla, deverá ficar com os 
pés um atrás do outro, com o calcanhar bem próximo da ponta do pé 
do pé que está atrás, a cada perda o integrante da dupla que ganhou 
deverá levar pé que está à frente pra trás, continuando deixando-os 
bem próximos, o integrante que perdeu, deverá afastar o pé que está 
à frente alcançando o pé do colega, mas sem deslocar o pé que está 
atrás, ou seja, terá um afastamento das pernas, se ganhar, o afastamen-
to de quem perdeu aumenta, se perder retorna uma posição e assim 
sucessivamente.
Variações: pode-se fazer o joquempô em pequenos grupos, entre equipes.
Refinamentos e cuidados: no caso do afastamento das pernas, o facilitador 
deverá ficar atento aos participantes, caso algum integrante de uma 
dupla esteja com amplo afastamento das pernas, pode pedir para tro-
car as duplas, tirando-o da situação de desconforto.
Dinâmica do líder
Objetivos: aquecer, integrar, desenvolver a atenção e a criatividade.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em círculo, um participante deverá ser escolhido de 
forma voluntária, este deverá afastar-se do grupo, o grupo terá que 
escolher um líder do movimento, toda vez que ele mudar o movimen-
to todos devem mudar rapidamente com ele. A regra do jogo é que 
ao retorno do participante que ficou afastado que ele tente descobrir 
quem é o líder do grupo.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o tempo, talvez você tenha que 
interceder para que a atividade flua com motivação.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
78
Construção coletiva
Objetivos: integrar e desenvolver a criatividade.
Materiais: diferentes sobras de papeis (tamanhos grandes), papel pardo, 
revistas velhas ou jornal.
Desenvolvimento: em duplas ou em pequenos grupos, o facilitador dará 
um tempo para cada dupla ou equipe criar algo com aquele papel, seja 
com dobraduras, amassando os papeis etc., a ideia é abusar da criativi-
dade e desenvolver a comunicação.
Variações: podem-se determinar temas para a construção.
Refinamentos e cuidados: procure utilizar sobras de papeis.
Caçador, espingarda e leão
Objetivos: descontrair, integrar, desenvolver a expressão corporal e a lin-
guagem não verbal.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: os participantes divididos em duas equipes, cada uma 
deverá decidir que personagem eles irão representar, lembrando que 
o leão mata o caçador, o caçador domina a espingarda e a espingarda 
mata o leão, ao combinarem o personagem as equipes deverão virar-
-se de costas e ao sinal do facilitador deverão virar e demonstrar que 
personagens escolheram. É importante o facilitador estimular a criati-
vidade e a expressão corporal para simbolizarem as personagens,in-
clusive em ambientes que forem permitidos, combinem também sons 
diferentes. Ganha a equipe que escolher mais personagens que matem 
ou dominem o outro.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
79
“Futemão”
Objetivos: aquecer, promover a integração e a capacidade de atenção.
Materiais: bolas médias coloridas e macias.
Desenvolvimento: em círculo com médio afastamento lateral das pernas 
e pés próximos todos os participantes deverão realizar uma flexão de 
tronco, ao sinal do facilitador deve-se iniciar um futebol, cada partici-
pante tentará fazer gol por entre as pernas do outro.
Variações: caso o participante leve um gol, ele passará a defender-se do gol 
com uma mão só ou o facilitador poderá inserir mais bolas no jogo.
Refinamentos e cuidados: para não exigir muito da lombar dos participan-
tes, a cada gol o facilitador pode orientar que todos devem levantar-se 
e comemorar o gol e ou trocar de lugar, compensando assim a lombar.
Jogo da velha laboral
Objetivos: desenvolver a coordenação motora, a atenção, a agilidade, o 
pensamento estratégico e o trabalho em equipe.
Materiais: faixas de tecidos para construção dos tabuleiros do jogo da 
velha. 
Desenvolvimento: serão distribuídos kits de jogo da velha. Cada equipe 
deverá ter cinco pessoas que serão as peças do jogo, antes de iniciar 
as equipes deverão determinar que movimento da ginástica laboral 
simbolizará o “x” e o “0” do jogo. Ao sinal do facilitador começa o jogo. 
Variações: dar a opção para as equipes decidirem colocar mais uma peça 
no jogo ou tirar uma peça da equipe adversária.
Refinamentos e cuidados: zele pela participação de todos, se tiver mais de 
cinco pessoas por equipe, sugira que os demais integrem os grupos 
para colaborar nas estratégias e jogar. Se faltar participantes, substitua-
-os por desenhos ou por objetos do grupo, como sapatos etc.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
80
Gente com gente
Objetivos: integrar e desenvolver o cuidado com o outro.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: forme duplas, peça que eles decidam quem irá iniciar a 
aula, dê sua aula, sendo que um da dupla executa e o outro terá a fun-
ção de cuidar, ou seja, verificar se o outro está conseguindo executar o 
movimento, se necessita de ajuda e etc., depois troca.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: esta é uma atividade irá requerer de você uma 
facilitação muito especial, demonstre a importância de cuidar do outro 
e ser cuidado.
Como eu estou?
Objetivos: trabalhar atenção, integração, comunicação e o cuidado com o 
outro.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em duplas, a dupla deve escolher quem vai começar a 
atividade, ao sinal do facilitador este deve observar sua dupla, após 
02 minutos ele deve fechar os olhos e responder as perguntas que sua 
dupla fizer, por exemplo:
Qual é a cor do meu sapato?
Qual é a cor dos meus olhos?
Estou de unhas pintadas?
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: reforçar o cuidado com perguntas muito pes-
soais e indiscretas.
Dinâmicas lúdicas: a prática
81
Acróstico da saúde
Objetivos: integrar, desenvolver a criatividade e promover a discussão so-
bre um tema específico.
Materiais: papel rascunho e caneta.
Desenvolvimento: atividade muito boa para acompanhar as ações da 
SIPAT, o facilitador deverá dividir os participantes em grupos, cada 
grupo deverá criar um Acróstico com a palavra saúde, apresentá-lo e 
justificar o porquê da escolha.
Por exemplo:
S - Saudável
A - Alimentação
U - União
D – Diversão
E – Educação 
Variações: solicitar aos grupos que insiram um desenho que remeta a pa-
lavra do acróstico, por exemplo, substituir a palavra diversão por um 
sorriso etc. 
Refinamentos e cuidados: não há.
Do começo ao fim
Objetivos: integrar, descontrair, desenvolver a memória, o trabalho em 
equipe e a comunicação.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: comece sua aula em círculo, dê 01 minuto para que eles 
memorizem a formação do grupo em seguida já solicite a troca total 
de lugares e inicie sua aula, em determinados momentos da sua aula, 
sugira novas trocas totais até que no final da aula o grupo esteja tudo 
misturado, finalizando sua aula dê a eles novamente mais um minuto 
para que eles se organizem na formação inicial.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: ideal para grupo entre 15 e 30 participantes, gru-
pos maiores forme um círculo dentro do outro.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
82
Saúde em movimento
Objetivos: sensibilizar os participantes sobre a importância da adoção de 
um estilo de vida saudável, trabalhar a cooperação e a integração.
Materiais: barbante.
Desenvolvimento: simbolizando uma grande corrente da saúde, o facilita-
dor deverá distribuir um dia antes ou no mesmo dia para cada partici-
pante um pedacinho de barbante ou fita, no dia da aula, ele deve con-
vidar todos os participantes para um grande desafio pela SAÚDE, todo 
barbante distribuído deverá ter um participante convidado segurando-o 
na outra extremidade. Após ter todas as duplas unidas pela saúde, o fa-
cilitador deverá estipular um tempo para que cada um ouça um pouco 
do outro de como anda sua saúde e que nota ele daria hoje para a sua 
saúde, saliente que se trata de uma troca e que se deve respeitar a indivi-
dualidade de cada um, permita que eles façam uma breve reflexão sobre 
a nota atribuída a sua saúde e para finalizar o facilitador deverá aplicar 
uma aula em dupla bem criativa utilizando os barbantes e convidar a to-
dos para tentar aumentar ou pelo menos manter sua nota participando 
das aulas de ginástica laboral, lembrando que independente da tecnolo-
gia nosso maior instrumento de trabalho é o nosso corpo e que por isso 
devemos realizar sempre a manutenção dele.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado para não tornar a conversa uma crítica 
ao outro e sim um cuidado.
Ação e reação
Objetivos: descontrair, integrar e desenvolver o tempo de reação.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: trata-se de uma atividade que desenvolverá a resposta 
mais rápida a um estímulo externo. Utilizamos três comandos (estímu-
los) no decorrer deste jogo que são: 1 – “OI”; 2 – “Como Vai?” (junta-
mente com um aperto de mão) e o 3 – Um abraço. 
O facilitador deverá explicar e treinar com todos o que significa cada nú-
mero. Após alguns ensaios, o facilitador deve solicitar aos participantes que se 
desloquem no espaço e ir ditando os números, os participantes deverão procu-
rar alguém mais próximo para executar o solicitado pelo comando.
Dinâmicas lúdicas: a prática
83
Variações: pode-se também fazer esta brincadeira dentro de uma aula de 
laboral, ou seja, durante a aplicação de uma aula mais técnica, o faci-
litador explica os comandos e diz que a qualquer momento poderá 
solicitá-los, pegando os participantes de surpresa, após a execução ele 
continua a aula.
Refinamentos e cuidados: não há.
Amigo secreto relâmpago
Objetivos: comemorar o Natal e integrar.
Materiais: solicitar “presentes” aos colaboradores, o que tiver na mesa, nas 
gavetas, se quiser desenhar, estimule-os a usar e abusar da criativida-
de, filipetas com os nomes dos participantes da aula.
Desenvolvimento: cada participante deverá escrever seu nome em uma fi-
lipeta e entregar para o facilitador, este deverá sortear um amigo secre-
to, após o sorteio ele dará 5 minutos para cada colaborador encontrar 
algo para dar ao seu amigo, pode-se fazer um desenho, uma poesia 
ou até mesmo dar um bombom ou algo que tem a sua mesa, depois 
haverá a troca dos presentes.
Variações: Não há.
Refinamentos e cuidados: Veja se alguém não tirou o próprio nome e certi-
fique-se que todos entregaram as filipetas.
Diferentes formas de passar
Objetivos: divertir e desenvolver a criatividade.
Materiais: 01 objeto ou brinquedo e músicas de diferentes estilos e ritmos.
Desenvolvimento: o facilitador deverá levar um objeto (escolha um brin-
quedo) para desenvolver a atividade, em círculo ou dispostos pela sala 
o facilitador deverápassar este objeto para um participante de uma 
maneira diferente e criativa e este deverá continuar passando o brin-
quedo, sempre tentando criar uma maneira nova, lembrando que o 
ritmo da música poderá facilitar a atividade. 
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado para ninguém jogar o objeto no outro 
e machucar.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
84
Siga a sequência
Objetivos: desenvolver a atenção, a memorização, a coordenação motora e 
o tempo de reação.
Materiais: bolas coloridas macias e de diferentes tamanhos.
Desenvolvimento: todos em círculo o facilitador entrega uma bolinha para 
algum participante da roda, esta deverá passar para outro participan-
te, quem recebeu a bolinha deve passar para outro, seguindo as se-
guintes regras:
a) A bolinha de passar entre todos participantes de forma aleatória;
b) Quando ela passar por todos, ela deve ser lançada novamente para 
quem iniciou a atividade.
A mesma sequência deve ser repetida por algumas vezes só que cada vez 
mais rápido e eficiente. Após algumas rodadas, o facilitador deverá entregar 
outra bola para o participante que iniciou a atividade e esta deverá seguir a 
mesma sequência, paralela com a que já está em jogo, e assim sucessivamente, o 
número de bolas em sequência dependerá do tamanho e da resposta do grupo.
Variações: Insira bolas de diferentes tamanhos.
Refinamentos e cuidados: solicitar sempre que a bola seja arremessada de 
cima para baixo, evitem bolas pequenas e que quiquem muito.
Palmas 1, 2, 3, 4, 5
Objetivos: desenvolver a atenção, a memorização, a coordenação motora e 
o tempo de reação.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: todos em círculo o facilitador informa que será realiza-
da uma sequência de palmas e movimentos, 05 (cinco) palmas batidas 
na lateral com o amigo que está à direita e na esquerda, em seguida de-
ve-se bater uma palma embaixo de uma das pernas com flexão do joe-
lho, sempre contando, 1,2,3,4,5 nas laterais, 6 embaixo da perna direita.
Em seguida repetir toda a sequência 1,2,3,4,5, sendo que vamos incluir mais 
um número, ou seja, 6 na embaixo da perna direita e 7 da esquerda e assim su-
cessivamente, sempre acrescentando mais um número chegando até o 10.
Dinâmicas lúdicas: a prática
85
Variações: quem se atrapalhar e não seguir a sequência deverá virar de cos-
tas para o grupo, porém continuando na atividade; realizar a dinâmica 
em duplas e ou trios.
Refinamentos e cuidados: não há.
Caras e caretas
Objetivos: estimular a criatividade, quebrar paradigmas que o adulto não 
brinca e descontrair.
Material: música animada.
Desenvolvimento: solicitar que os funcionários andem aleatoriamente pelo 
espaço e quando a música parar, eles devem encontrar um amigo, pa-
rando de frente um para o outro e ambos devem fazer diferentes caras 
e caretas ao mesmo tempo, quando a música voltar, voltam a andar.
Variações: Pode-se estipular uma quantidade de caras e caretas a cada en-
contro, por exemplo, 05 caras e caretas diferentes.
Refinamentos e cuidados: Não há.
Amigo da vez
Objetivos: descontrair, desenvolver a atenção e a agilidade.
Materiais: cadeiras
Desenvolvimento: as cadeiras devem estar em formação de círculo. Em 
duplas, um participante ficará sentado na cadeira e o outro ficará em 
pé atrás. Os participantes sentados são os amigos da vez e os partici-
pantes em pé são aqueles que vão desejar em algum momento ter um 
amigo. Um participante deve ficar sozinho sem o amigo da vez atrás 
de uma cadeira vazia. Este deve começar piscando para algum amigo 
de outra dupla, que deverá sair correndo trocando de lugar, porém o 
seu amigo poderá impedi-lo tocando em suas costas. 
Variações: se não houver cadeiras, adaptar a atividade, sendo que o amigo 
que será caçado pode ficar em pé na frente do seu amigo da vez.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
86
Reflexo
Objetivos: desenvolver a coordenação motora, a atenção e descontrair.
Desenvolvimento: em duplas, um participante na frente (A) e o outro atrás 
(B). Quando o participante A tocar o lado direito do B, este deverá 
levantar o braço esquerdo, quando tocar o lado esquerdo, deverá le-
vantar a perna direita. Tocar em lugares diferentes do corpo, como no 
braço, perna, orelha, mão, cintura, para confundir o participante.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
O que você faria?
Objetivos: Descontrair, despertar no grupo a importância de saber a in-
formação completa para a interpretação correta de qualquer assunto.
Materiais: Papel rascunho (1/4 de uma folha) com a seguinte descrição no 
topo da folha “O que você faria se________________________?” e uma 
caneta por participante.
Desenvolvimento: Forme um círculo com o grupo, cada um deve comple-
tar a pergunta com o que desejar, lembrando sempre de pedir que as 
pessoas tenham cuidado com perguntas indiscretas e ou maliciosas. 
Por exemplo, O que você faria se tivesse um dia de folga? Em seguida 
cada participante deverá dobrar a pergunta de modo que não permita 
a leitura do grupo.
Em seguida essas perguntas devem girar entre o círculo, cada um que rece-
ber as folhas deverão respondê-la como se estivesse respondendo a sua própria 
pergunta.
Para finalizar a brincadeira agora é a hora da leitura das perguntas e suas 
respectivas respostas, vale à pena aplicar é muito divertido, sairão respostas 
coerentes e ou sem nexo.
Variações: Não há.
Refinamentos e cuidados: Não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
87
Projetando minha saúde
Objetivos: esta dinâmica tem como objetivo quebrar a ideia que projetar 
o futuro é só no final de ano, durante a virada do dia 31 ou quando 
é urgente. Despertar nos alunos uma oportunidade de traçar novas 
rotas, revisar ideais e ou propor mudanças no que se refere a um estilo 
de vida saudável.
Materiais: papel, giz de cera ou canetinha.
Desenvolvimento: durante a aula converse com seus alunos sobre a questão 
de projetos que idealizamos principalmente no início do ano e que nem 
sempre conseguimos realizar, após um uma sequência de movimentos, 
peça aos alunos que escrevam ou desenhem um projeto que teve nos 
últimos anos referente à saúde e qualidade de vida, em seguida após 
outros movimentos peça que eles tracem uma linha paralela e digam 
quantos % eles conseguiram realizar deste ou destes projetos, em segui-
da após ou não outros exercícios, solicite que eles tracem outra linha e 
descrevam pessoas ou situações que poderão colaborar para sua execu-
ção real, ao final tracem metas e prazos para cumprir, inclusive descre-
vendo qual ou quais pessoas poderiam colaborar para realizá-lo.
Variações: esta ação pode ser realizada em grupos, cada grupo descreveria 
alguns projetos comuns que o grupo encontrar após breve discussão.
Refinamentos e cuidados: não há.
O herói mora ao lado
Objetivos: esta dinâmica tem como objetivo detectar entre os colaborado-
res pessoas que passaram por momentos que consideram como um ato 
heroico, como salvar alguém, doar-se a algum projeto social etc. e por 
fim reconhecer o feito positivo dos outros.
Materiais: papel, giz de cera ou canetinha.
Desenvolvimento: de forma voluntária você tentará descobrir nos grupos 
heróis do dia a dia, quais foram suas histórias e depois compartilhe 
durante a semana com a autorização destes heróis anônimos suas 
histórias.
Variações: esta atividade poderá virar um mural durante a SIPAT da em-
presa, estabeleça seus contatos com o RH.
Refinamentos e cuidados: não compartilhe histórias sem a autorização pú-
blica dos participantes.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
88
Fut laboral
Objetivos: descontrair, integrar, aquecer e desenvolver a coordenação 
motora.
Materiais: bolinhas de massagem e ou bolinhas coloridas.
Desenvolvimento: em quartetos: Uma dupla faz o papel do gol com as 
pernas e a outra dupla o jogador que vai cobrar o pênalti, conforme as 
seguintes regras:
Dupla gol: Um do lado do outro, mãos dadas, em afastamento anteropos-
terior, o pé direito de um da dupladeve ficar ao lado do pé esquerdo 
do outro, e as pernas que estão à frente devem ficar afastadas, forman-
do assim um gol, cada um da dupla deve tentar agarrar a bolinha com 
a mão que está livre e impedir o gol.
Dupla cobrança de pênalti: Um do lado do outro, mãos dadas, pés unidos, 
estes devem posicionar a bolinha e com os pés juntos devem tentar 
fazer a cobrança de pênalti. Depois inverte.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o espaço para realização da dinâ-
mica, nem sempre é apropriada para o ambiente administrativo.
Mãos que criam 
Objetivos: sugestão para comemorar o Dia do Artesão, 19 de março ou 
para SIPATs. Divertir, integrar e estimular a criatividade.
Materiais: uma música estimulante e inspiradora. Sugiro músicas do Cirque 
du Soleil ou músicas New Age.
Desenvolvimento: em círculo, iniciem a aula conversando com o grupo 
sobre o tema, que devemos ser os artesãos de nossas vidas, que somos 
artesãos de nossa obra e que somos o que deixamos. Em seguida con-
vide-os para materializar essa ideia convide-os para juntos construir 
uma escultura única (do grupo), iniciem criando a escultura, facilite 
para que eles explorem a expressão corporal, lembre-se que nós pro-
fessores somos o “espelho” e se demonstrarmos segurança e ludicida-
de, um grande passo para o sucesso da sua aula. 
Inicie a escultura e convide um aluno para acrescentar sua obra a aquela 
escultura e assim à escultura começa a ganhar corpo e forma.
Dinâmicas lúdicas: a prática
89
Variações: esta escultura pode ser realizada com massinhas de modelar, 
cada um receberá um pedaço de massinha e formará a escultura em 
um espaço comum e ficará exposta durante a semana.
Ou que tal criar a escultura com faixas coloridas de TNT, cada um teria 
uma faixa de diferentes tamanhos e a escultura seria formada no chão pelo 
grupo, fotografe e exponha a foto na intranet da empresa com o apoio do RH.
Refinamentos e cuidados: o facilitador deve criar um ambiente acolhe-
dor e seguro para esta atividade, procure utilizar a música desde 
o início, para que as pessoas se envolvam na proposta, trabalhe a 
respiração, a presença de cada um na aula. Ao convidar o próximo 
“artesão” faça isso de forma criativa e acolhedora, demonstre cari-
nho em suas atitudes.
Passa ou repassa sustentável
Objetivos: compartilhar conhecimento sobre práticas sustentáveis, ideal 
para SIPATs.
Materiais: moeda sustentável use e abuse da sua criatividade para criar a 
arte da moeda, lembre-se que o cuidado com a apresentação do mate-
rial colabora com o de sua dinâmica. Se puder organize esta ação com 
antecedência e solicite o apoio do RH da empresa ou do setor respon-
sável por estas ações na empresa.
Desenvolvimento: dividir os participantes em grupos, cada grupo recebe-
rá 10 moedas sustentáveis para começar a brincadeira.
Facilite com os grupos uma pequena gincana de perguntas e respostas, tipo 
passa ou repassa, o grupo que for iniciar a brincadeira deverá decidir quantas 
moedas ele apostará na pergunta, se o grupo acertar a resposta, o grupo ga-
nhará o número de moedas sustentáveis do facilitador, se o grupo responder 
errado deverá repassar suas moedas para o grupo oponente. Se for organizada 
com antecedência você poderá conseguir com a empresa pequenas premiações 
com a empresa, como sementes de flores de girassol num saquinho transparen-
te com uma frase de agradecimento. 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
90
Seguem abaixo algumas sugestões de perguntas e respostas para a gincana.
1. Quantos por cento de gás podemos economizar cozinhando na panela 
de pressão:
a) 60%
b) 20%
c) 70% 
2. Cozinhar em fogo máximo ajuda a cozinhar mais rápido o alimento?
a) sim
b) não, se você faltou nas aulas de física, não vai saber que não adian-
ta aumentar o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, 
pois a água não ultrapassa 100º C em uma panela comum, portanto 
o fogo alto vai apenas queimar sua comida.
3. Quantos quilos de gás carbônico na atmosfera representam seu ar con-
dicionado sujo?
a) 158 quilos, por isso, troquem ou limpe o filtro do seu ar condicio-
nado constantemente.
b) 20 quilos
c) 90 quilos
4. Quanto de energia a função standby utiliza quando está ligada?
a) de 15 a 40%
b) de 5 a 10%
c) de 2 a 7%
5. Plante uma árvore: Quanto absorve de gás carbônico consome uma 
árvore durante sua vida?
a) 10 kg
b) 200 kg
c) 1 tonelada, plante uma árvore no seu jardim ou no jardim do seu 
bairro ou inscreva-se em programas como SOS Mata Atlântica ou 
Iniciativa Verde.
Dinâmicas lúdicas: a prática
91
6. Prefira consumir comidas frescas, comidas congeladas consomem 
mais energia para ser produzida, você imagina quantas vezes mais 
uma comida congelada gasta de energia para ser produzida?
a) 5 vezes mais
b) 10 vezes mais
c) 3 vezes mais.
7. Quanto tempo um CD demora para se decompor na natureza?
a) 450 anos, prefira utilizar mídias regraváveis ou drives USB
b) 200 anos
c) 100 anos
8. Regar às plantas a noite economiza água?
a) sim, regar as plantas a noite, evita que a água se perca na evaporação
b) não
9. Ventilador de teto geralmente economiza quantos por centos de ener-
gia do que o ar condicionado?
a) 30%
b) 70%
c) 90%, geralmente o ventilador de teto já é o suficiente para refres-
car e gastando 90% menos de energia.
10. Ao lavar seu carro de domingo, quanto é consumido aproximadamen-
te de água deixando a mangueira comum aberta durante 15 minutos?
a) 120 litros
b) 200 litros
c) 370 litros, com quatro baldes de 10 litros, 2 para ensaboar e 2 para 
enxaguar, é possível fazer uma lavagem completa, economizan-
do 330 litros de água.
Variações: Não há.
Refinamentos e cuidados: as apostas das moedas deverão ser feitas antes 
dos grupos ouvirem as perguntas.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
92
Criando e recriando com bambolês
Objetivos: trabalhar a criatividade, integrar e alongar.
Materiais: uma música animada e 01(um) bambolê por dupla.
Desenvolvimento: em duplas, o facilitador informa que durante a música 
as duplas devem encontrar diferentes formas de passar por dentro do 
bambolê, quando a música parar um integrante da dupla deve posi-
cionar o bambolê da forma que desejar, o outro integrante da dupla, 
deverá criar uma forma de alongar com o bambolê já posicionado. Em 
seguida o facilitador continua a música e ao parar troca-se o executan-
te do alongamento.
Variações: se desejar troque o bambolê por outro objeto, por exemplo, bas-
tão, fita, corda etc.
Refinamentos e cuidados: fiquem atentos na quantidade de bambolês por 
aula, se for necessário realizem a atividade em trios.
Poesia coletiva
Objetivos: integrar, desenvolver o trabalho em equipe e sensibilizar.
Materiais: uma cartolina ou uma folha de papel pardo e canetão.
Desenvolvimento: o facilitador deverá escolher um momento de sua aula, 
eu sugiro no final, convidar os participantes a construírem juntos 
com os demais pontos de aula uma poesia coletiva, cujo nome será: O 
Alongamento em rima.
Variações: a poesia gerada poderá compor o informativo da ginástica labo-
ral ou ser divulgada na intranet da empresa cliente.
Refinamentos e cuidados: não tem
Dinâmicas lúdicas: a prática
93
Limerique da laboral
Objetivos: descontrair, desenvolver a criatividade, sensibilizar, integrar, 
desenvolver a comunicação e o trabalho em equipe.
Materiais: papel rascunho para os grupos.
Desenvolvimento: forme grupos e dê a eles um desafio, criar um limeri-
que, eles deverão criar um poema curto (tema livre ou dirigido), jun-
tando a rima, uma pitada de comédia e muita maluquice. Deve conter 
no máximo cinco versos, em que a primeira, a segunda e a quinta linha 
terminam com a mesma rima. O terceiro e o quarto verso rimam entre 
si. O poema deve conter um personagem, uma característica e contar 
uma história.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado somente com o tempo, o facilitador terá 
que ser participativo para incentivar a criação, leia e crie algumas pos-
sibilidades para estimular os grupos.
Inspiraçãopoética
Objetivos: descontrair, desenvolver a criatividade, sensibilizar, integrar, 
desenvolver a comunicação, a atenção e o trabalho em equipe.
Materiais: diferentes imagens, escolher nas revistas, internet, fotos etc.
Desenvolvimento: esta atividade apesar de ser realizada com um ou mais 
grupos eles deverão desenvolver juntos uma poesia, à medida que são 
solicitados pelo facilitador, o facilitador deverá apresentar uma figura 
para um grupo e esse deverá começar a desenvolver uma poesia, o fa-
cilitador deverá inserir novas figuras e repassar o desafio de continuar 
a criação para outro grupo na hora que desejar, estes deverão ter que 
estar preparados para continuar a poesia.
Variações: se desejar troque as figuras por objetos, inclusive os utilizados 
para as aulas de laboral.
Refinamentos e cuidados: uma dica é começar sempre por objetos ou ima-
gens do cotidiano do grupo.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
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Se eu fosse você!
Objetivos: descontrair, desenvolver a criatividade e aproximar os 
funcionários.
Materiais: uma música animada
Desenvolvimento: em duplas, o facilitador deve combinar com as duplas 
quem irá começar a dinâmica, ao sinal do facilitador que nesta dinâmica 
será: “Se eu fosse você!” quem irá começar, deverá se colocar em uma 
posição estática qualquer, como braços cruzados, olhos fechados, braços 
estendidos, agachado, fechando os ouvidos etc., o outro da dupla deve-
rá aplicar um alongamento dinâmico no colega, sugerindo-o mudar a 
postura, colaborando para uma postura mais correta e relaxante. A um 
novo sinal do facilitador “Se eu fosse você!” troca-se o executor.
Variações: esta atividade pode ser realizada nas ações de Gestão de Pessoas, 
por exemplo, trabalhando as emoções e na resolução de conflitos e re-
sistência a receber informações, neste caso sugestões práticas de novas 
posturas.
Refinamentos e cuidados: o facilitador deve promover um ambiente sau-
dável e feliz para que a atividade seja salutar.
Aprender a Ser e Estar
Objetivos: demonstrar o papel da expressão facial na transmissão de sen-
timentos, que pelo contato visual é possível informar ao outro o seu 
grau de atenção e interesse e principalmente realçar o papel do sorriso 
na facilitação da interação social, fator importantíssimo para um clima 
organizacional saudável e feliz.
Materiais: uma música animada, filipetas preparadas para a atividade.
Desenvolvimento: inicie sua aula conversando com o grupo sobre o tema, 
sobre o quanto nossas expressões faciais demonstram como estamos 
e o que podem provocar nos outros e no ambiente. Livres no espaço 
destinado a aula, distribua entre os participantes aleatoriamente as fi-
lipetas já preparadas, contendo as seguintes descrições: Demonstre-se 
triste, demonstre-se indiferente, demonstre-se com raiva e demonstre-
-se Feliz (Sorria), em proporções menores para esta última expressão. 
Os participantes deverão circular pela sala, representando suas ex-
pressões faciais (contidas nas filipetas) ao sinal do facilitador, os par-
ticipantes deverão formar duplas e agora olhando nos olhos da sua 
Dinâmicas lúdicas: a prática
95
dupla continuar a representar suas expressões faciais a um novo sinal, 
eles deverão retornar a circular e formar novas duplas a cada solicita-
ção do facilitador. Ao final o facilitador deverá verificar com o grupo 
como foi à atividade, que sensações ela causou e se aos poucos as pes-
soas procuraram formar duplas com aqueles que tinham as filipetas 
Demonstre-se feliz. 
Variações: a atividade poderá ser realizada em trios ou grupos maiores.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a explicação da atividade, não en-
tre em detalhes sobre as pretensões da atividade, deixe o grupo livre, 
você perceberá que a cada aplicação uma nova percepção sobre a ati-
vidade surgirá.
Pingue-pongue na laboral
Objetivos: promover um diálogo divertido de perguntas e respostas sobre 
determinado assunto, como a importância da atividade física.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: organize-os em duplas. Dê as duplas um tempo para 
estabelecer um diálogo de perguntas e respostas sobre atividade física, 
por exemplo, você pratica atividade física? Qual? Gosta de fazer o quê? 
Sua família pratica atividade física etc.
Variações: trocar as duplas e variar os temas.
Refinamentos e cuidados: cuidado somente com as escolhas dos temas 
para dar permitir perguntas constrangedoras.
Futebol na Laboral
Objetivos: integrar, quebrar o gelo e descontrair.
Materiais: 1 metro de TNT com dois furos em cada ponta e bolinhas de 
piscina coloridas.
Desenvolvimento: organize os participantes em pequenas equipes, distri-
bua duas equipes por campo de TNT, faça com que cada equipe se reúna 
em uma extremidade do campo de TNT no máximo 03 em cada ponta e 
tente fazer gol no campo adversário (a bola deverá cair no buraco).
Variações: fazer com que as equipes criem suas regras.
 Refinamentos e cuidados: com fita crepe desenhe as linhas da quadra de 
futebol no TNT verde.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
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Jogo da memória da laboral
Objetivos: descontrair, integrar e desenvolver a atenção.
Materiais: diversas argolas coloridas.
Desenvolvimento: duas ou mais equipes, cada equipe receberá um kit com 
no mínimo 05 argolas de cores diferentes, estas deverão decidir a posi-
ção das cores e colocá-las em cima de uma mesa ou no punho da equi-
pe, ficar um segundo, desfazer a posição e decidir que equipe deverá 
tentar adivinhar qual era a posição correta das cores.
Variações: você pode substituir as argolas por outros materiais coloridos, 
como cartelas coloridas.
Refinamentos e cuidados: não há.
Siga com os olhos
Objetivos: descontrair, desenvolver a atenção e trabalhar o movimento dos 
olhos para relaxar a postura ocular diante do computador.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em duplas, cada um da dupla deverá ficar com os bra-
ços estendidos e fazer com as mãos juntas o sinal de positivo, em se-
guida a dupla deverá ficar de frente um para o outro e unir as mãos, 
ficando com os dedos bem próximos, de forma que os polegares for-
mem um alvo, a dupla deverá mover os braços e seguir os dedos sem-
pre olhando para os polegares. 
Variações: trocar as duplas para integrar todo o grupo.
Refinamentos e cuidados: não tem.
Dinâmicas lúdicas: a prática
97
Eu me sinto assim, eu sou mesmo assim.
Objetivos: provocar uma reflexão sobre o que decidimos para nosso dia, 
sensibilizar.
Materiais: cartolinas ou papel pardo, giz de cera, canetinhas etc.
Desenvolvimento: distribua um pedaço do papel para cada participante 
da aula, solicite que cada um desenhe sua expressão do dia, ou seja, 
como ele se sente. O giz de cera ou as canetinhas deverá ficar em uma 
caixa para que todos utilizem juntos, assim você provocará uma reação 
de cooperação no grupo. Terminada essa tarefa, o facilitador deverá 
aplicar alguma dinâmica de quebra-gelo rápida, mais muito divertida, 
ao final os participantes deverão desenhar no verso do seu papel sua 
nova expressão. Feche com um bate papo sobre as escolhas que faze-
mos durante nosso dia, o que podemos mudar e o que podemos fazer 
para tornar nossa expressão mais feliz. Demonstrando o quanto uma 
pequena ação (nesse caso sua dinâmica) poderá mudar nosso humor.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Resistência trava-línguas
Objetivos: comemorar o Dia do Folclore (22 de agosto).
Materiais: cartões com trava línguas.
Desenvolvimento: em círculo ou dispostos livremente no espaço o facili-
tador deverá aplicar uma aula de resistência muscular, durante a exe-
cução dos movimentos no momento em que exercício exigindo esforço 
e concentração do grupo, o facilitador deverá entregar um dos cartões 
para um dos participantes, este deverá tentar ler o trava línguas corre-
tamente, o grupo somente sairá do movimento se o participante con-
seguir falar corretamente, após a terceira tentativa o participante pode 
escolher passar para o trava línguas para outro participante tentar e 
tirá-losda posição de contração muscular.
Variações: se algum colaborador não participa da aula, esse é um bom momen-
to para estimular sua participação, convide-o para sortear a trava línguas.
Refinamentos e cuidados: trata-se de uma brincadeira, claro que se estiver 
demorando, o facilitador deverá ter a sensibilidade de trocar o movi-
mento, não exigir performance e esforço extremo do grupo, pois não é 
um castigo, e sim uma brincadeira.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
98
Siga minha mão
Objetivos: descontrair, integrar, desenvolver a atenção e a confiança.
Materiais: música divertida de diferentes ritmos.
Desenvolvimento: em duplas, o primeiro da dupla deverá seguir a palma 
da mão do outro o tempo todo, sem perder o foco, quem estiver condu-
zindo poderá explorar todo o espaço, em diferentes alturas.
Variações: substituir a mão por um objeto; desenhar uma carinha feliz na 
palma da mão.
Refinamentos e cuidados: solicite aos alunos que tomem cuidado com a 
condução da atividade, evitando que o parceiro se machuque.
Narração – Indicada para SIPATs
Objetivos: promover uma releitura sobre informações importantes sobre 
saúde, tais como, alimentação saudável, atividade física, controle do 
estresse etc.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: divida os alunos em equipes, cada equipe receberá um 
pequeno texto sobre determinados assuntos com informações impor-
tantes e simples sobre saúde e como ela deverá transmitir isso as de-
mais equipes, por exemplo, como se fosse uma partida de futebol, uma 
novela etc., as equipes terão um tempo para a leitura e compreensão 
do texto e para decidir farão para narrá-lo conforme solicitado.
Variações: fornecer ao grupo material para construção de cenários e ou ob-
jetos que os ajude a contar sua história.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o tamanho do texto, essa atividade 
demandará mais tempo que o normal, o ideal é compartilhar essa ideia 
com os Recursos humanos.
Dinâmicas lúdicas: a prática
99
“Ora, assim não vale.”
Objetivos: despertar a criatividade, descontrair, desenvolver o trabalho em 
equipe.
Materiais: pequenas filipetas com as informações da dinâmica.
Desenvolvimento: em dois grupos, cada grupo irá sortear uma filipeta por 
vez, nestas filipetas estarão descritos uma sequência de movimentos 
na laboral, por exemplo, metade dos participantes com alongamento 
de quadríceps e metade com alongamento de cervical. Você deverá 
decidir qual grupo vai começar, o líder do grupo deverá dar a seguinte 
informação ao outro, alongamento de quadríceps e alongamento de 
cervical, não citando a quantidade de participantes em cada posição, 
neste exemplo, metade e metade. O outro grupo terá que dispor seus 
participantes nas posições certas e nas quantidades certas de cada 
alongamento, se o grupo executor errar o grupo que estiver jogando 
deverá falar continua a atividade até que o outro acerte.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Animais estranhos
Objetivos: trabalhar a integração, a cooperação e desenvolver a criatividade.
Materiais: filipetas com nomes de animais e adjetivos engraçados e música 
animada.
Por exemplo: Leão pensativo; pombo sonolento; macaco com vertigens etc.
Desenvolvimento: separe os participantes em equipes, cada equipe terá que 
sortear uma filipeta, eles terão um tempo para pensar como reproduzir 
esse animal, sendo que não poderão falar, somente emitir sons e imitar o 
animal como acharem melhor. A ideia é cada equipe reproduza seu ani-
mal da melhor forma e escolher alguém que “não” está participando da 
aula para tentar adivinhar, se ele acertar a equipe ganha um brinde.
Variações: o facilitador poderá também sortear se a pessoa escolhida pela 
equipe terá que acertar ou não o animal, sendo que essa informação 
não poderá ser revelada até ele se pronunciar. O facilitador pode subs-
tituir o animal por canções bem conhecidas (Parabéns para você, O 
menino da porteira, pai etc.).
Refinamentos e cuidados: cuidado com as escolhas dos animais e adjetivos 
para não constranger o grupo.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
100
Atenção vai começar!
Objetivos: trabalhar a atenção, o tempo de reação e a capacidade de 
memorização.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: organizados em duplas, nomeie os participantes em 1 
e 2. Cada participante terá que escolher um movimento qualquer se-
paradamente, em seguida a dupla irá escolher um movimento comum 
para os dois. Treine com eles os movimentos ao seu sinal. Em seguida 
estipule as regras, quando o facilitador falar o número 1, somente o 1 
fará o seu movimento, quando o facilitador falar o número 2 somente 
o 2 fará seu movimento, se o facilitador falar o número 3, os participan-
tes farão seus movimentos específicos ao mesmo tempo e por fim se o 
facilitador falar o número 4, os dois executaram o movimento comum 
escolhido pelos dois.
Refinamentos e cuidados: Não há.
Arte laboral 
Objetivos: desenvolver a criatividade, integrar, descontrair e relaxar.
Materiais: um objeto de arte, uma escultura ou um brinquedo que remeta 
a infância, uma pipa, um carrinho etc., música para despertar a criati-
vidade; papel e lápis de cor ou giz de cera.
Desenvolvimento: inicie dizendo que será um dia diferente, um dia para 
voltar a ser criança, para desenhar, colorir e deixar a imaginação fluir, 
distribua para cada participante 1 papel e no máximo 2 cores de lápis 
ou giz, isso fará que com o decorrer da dinâmica eles troquem as cores, 
aumentando a cooperação e a integração, coloque o objeto em um local 
visível para todos e dê um tempo para eles reproduzirem como quise-
rem aquela imagem, que utilizem sua imaginação.
Variações: a atividade pode ser realizada em dupla e o facilitador pode 
sugerir depois uma exposição com os desenhos.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a exigência de desempenho, a 
ideia não é o desenho mais bonito, mas o relaxamento.
Dinâmicas lúdicas: a prática
101
Jogo da Precisão
Objetivos: trabalhar a precisão, a atenção e o pensamento estratégico.
Materiais: Pinos de boliche, bolinhas de piscina colorida e TNT para de-
marcar o campo.
Desenvolvimento: divida o grupo em equipes nomeadas pelas cores das 
bolinhas, cada equipe terá direito a três arremessos, ganha a equipe 
que chegar mais próximo do pino, porém não poderá encostar nela. A 
equipe tem o direito de tentar chegar perto do pino ou tirar a bola do 
adversário da jogada. 
Variações: além de arremessar a bola, outros componentes da equipe, po-
derão ficar responsáveis de tentar ajudar a bola a se aproximar mais 
do pino, com um leque ou algum outro objeto para fazer vento, seme-
lhante ao curling. Cada equipe poderá facilitar a jogada por no máximo 
10 segundos.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o peso da bola.
Pare e crie
Objetivos: desenvolver o trabalho em equipe, a comunicação e a 
criatividade.
Materiais: diferentes materiais (bolinhas, bexigas, bastões, corda, garrafas 
pet, jornal etc.)
Desenvolvimento: organizar em trios. Cada participante receberá um ma-
terial, podendo ser o mesmo ou não, de acordo com a solicitação do 
facilitador, os participantes terão que desenvolver seus movimentos, 
utilizando ou não os materiais, de acordo com a criatividade e poder 
de comunicação do trio.
O facilitador poderá ir aumentando a complexidade das solicitações, por 
exemplo, iniciar com exercícios individuais, sem material, depois com 01 mate-
rial, depois com todos e assim sucessivamente.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: deixe os trios se formarem naturalmente, inicial-
mente deixe as pessoas que possuem maior afetividade se reunirem, 
após o grupo atingir o estado lúdico a mudança dos participantes dos 
trios poderá ser realizada naturalmente.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
102
Foto Viva
Objetivos: estimular a criatividade e a expressão corporal.
Materiais: papel, canetinha, giz de cera e som para alegrar o ambiente.
Desenvolvimento: cada participante recebe uma folha de papel e deve de-
senhar uma caricatura incompletaque será completada com uma ex-
pressão do participante, por exemplo, com dois furos nos olhos, com 
recorte do nariz para baixo, para ser completado pelo sorriso de outro 
participante etc. 
Variações: realizar a troca das fotos com a atividade escravos de Jó.
Refinamentos e cuidados: não há.
Jogo da Matemática
Objetivos: integrar, descontrair, desenvolver o raciocínio e o tempo de 
reação.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: inicia-se a atividade em duplas, o facilitador irá pedir 
que cada um da dupla coloque as mãos para trás como na brincadeira 
do par ou ímpar, ao sinal da dupla (este sinal deve ser decidido pela 
dupla, pede-se criatividade na criação do comando) cada um deve 
mostrar a frente à quantidade de dedos que desejar, sempre utilizando 
as duas mãos, ganha quem contar mais rápido quantos dedos estão 
nas mãos dos dois participantes. No decorrer da atividade, mude para 
trios e quartetos.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
103
Balões ao vento
Objetivos: descontrair, trabalhar a agilidade, o ritmo e a cooperação.
Materiais: balões coloridas.
Desenvolvimento: em círculo, cada participante terá um balão, esta deve 
estar cheia, porém não muito, ao sinal do facilitador (esquerdo ou di-
reito), estes balões deverão ser lançados pra cima e o grupo deverá dar 
um passo para esquerda ou para a direita conforme orientação e pegar 
o balão do participante do lado, a atividade continua enquanto tiver 
motivação.
Variações: deixar um participante sem o balão e brincar da mesma maneira 
só que como batata quente, ao final de repetidas solicitações o parti-
cipante que não tiver um balão deverá, por exemplo, ficar rodando o 
círculo tentando estourar balões de outros participantes.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a qualidade do balão e antes de 
entregar os balões informe ao grupo que estes poderão ser cheios, po-
rém não muito.
Ponte aérea 
Objetivos: descontrair, estimular a criatividade, a cooperação e trabalhar 
diferentes temáticas.
Materiais: papeis coloridos para produção dos aviões.
Desenvolvimento: cada participante recebe uma folha de papel, nele ele 
deve escrever um recado saudável sem um destinatário específico, 
este recado deve conter, por exemplo, uma dica de saúde e um desejo 
amigo. Quando todos tiverem escrito seus recadinhos, os participantes 
devem fazer dobraduras de aviões e estes devem voar entre eles até 
que o facilitador peça para parar e que cada um pegue um avião e leia 
suas mensagens.
Variações: pode-se utilizar esta dinâmica para outros temas, eventos como 
SIPAT, Semana da saúde e etc.
Refinamentos e cuidados: dinâmica indicada para espaços ao ar livre; como 
esta atividade exigirá um pouco mais de espaço para o voo dos aviões 
o ideal como em todas as atividades é avisar aos Recursos Humanos 
sobre a atividade especial. 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
104
Minigolfe
Objetivos: estimular a coordenação ocular e manual.
Materiais: bastões, bolinhas e triângulos de papelão de diferentes tama-
nhos e larguras (formando túneis).
Desenvolvimento: organizar no espaço do setor uma pequena pista de mi-
nigolfe, inclusive solicite a ajuda dos participantes, organize as equi-
pes e é só jogar.
Variações: escrever nos triângulos diferentes pontuações, ganha a equipe 
que mais fizer pontos durante um tempo determinado.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o peso do papelão que confeccio-
nar o túnel este deve ser firme para que não atrapalhe o jogo.
“Capoeirando” na laboral
Objetivos: integrar, desenvolver a coordenação motora, a consciência cor-
poral, a cooperação e musicalidade.
Materiais: músicas de capoeira, um berimbau se souber tocar.
Desenvolvimento: ideal para facilitadores que possuem alguma noção da 
arte da capoeira. Desenvolva com seus participantes alguns movimen-
tos da capoeira, estimulando a consciência corporal, a vivência de uma 
cultura, a musicalidade etc. Faça uso do berimbau para aproximar ain-
da mais sua aula da capoeira, veja se no setor possui alguém que sabe 
tocar berimbau e convide-o para te ajudar na aula, não se esqueça de 
avisar à empresa a aula especial, assim evitará reclamações sobre o 
movimento a aula poderá causar.
Variações: não tem
Refinamentos e cuidados: cuidado com a escolha dos movimentos, escolha 
movimentos simples e que não exijam muito deslocamento dos partici-
pantes, evite movimentos altos e proximidades corporais no caso dos 
movimentos em duplas. Geralmente no grupo tem alguém que domi-
na a arte, utilize esse item como um apoiador para sua aula.
Dinâmicas lúdicas: a prática
105
Bons motivos
Objetivos: desenvolver a comunicação, o saber ouvir, o poder da persua-
são, a negociação, a criatividade e a descontração.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: o facilitador após uma aula de alongamento bem fun-
damentada, a aula deve ser elaborada pelo próprio facilitador diante 
de sua experiência acadêmica e profissional, solicite aos participantes 
que formem duplas, um integrante da dupla deve fechar as mãos, 
o outro terá 02 minutos para convencê-lo a abrir as mãos, não vale 
o toque físico, somente a negociação verbal. Lembre as duplas que 
se trata de um diálogo e não um monólogo. Para o convencimento 
devem-se argumentar questões referentes à importância da prática 
de atividade física, se o integrante que estiver com as mãos fechadas 
se sentir convencido, este poderá abrir as mãos a qualquer momento. 
Em seguida inverter os papeis.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: solicite aos participantes que ouçam com aten-
ção as argumentações e que abram as mãos diante de uma informa-
ção que tenha haver com o tema da atividade: Importância da ativi-
dade física.
Minha rotina 
Objetivos: refletir sobre como você inclui e reconhece ações saudáveis em 
sua rotina.
Materiais: música, sugestão: “Bom pra você”, de Zélia Ducan.
Desenvolvimento: em duplas, trios ou quartetos, os participantes deverão 
falar simultaneamente como é sua rotina e que atividades eles reali-
zam em prol da sua saúde, lembrando que saúde é o equilíbrio entre 
diversas saúdes, ou seja, emocional, social, física, ecológica, intelectual, 
espiritual, financeira e profissional, não há necessidade que os parti-
cipantes prestem a atenção na rotina do outro, mas devem estar em 
grupos, uma metáfora, sobre as interferências que passamos todos os 
dias que por vezes nos desviam de nossos propósitos. Fundamente ao 
final da dinâmica reforçando sua importância. 
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
106
Antes que eu chegue
Objetivos: promover a integração, o conhecer o grupo e descontrair.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em círculo um participante fica no centro, ele escolhe al-
guém do círculo e fala seu nome e diz que saúda alguém, por exemplo, 
eu sou a Andréa e saúdo a Roberta, e segue em direção dela, antes que 
ela encoste-se a ela a Roberta já deve falar rapidamente o seu nome e 
saudar outra pessoa e assim sucessivamente, se alguém for pego antes 
de sair do círculo fica no centro.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
O extraordinário no comum
Objetivos: provocar nos participantes o reconhecimento do seu trabalho 
e do trabalho do colega nas engrenagens que compõe a Organização.
Materiais: filipetas, balões e música.
Desenvolvimento: cada participante terá que escrever sem se identifi-
car num pedaço de papel (filipeta) o que ele considera extraordiná-
rio no trabalho que desenvolve em seguida as filipetas devem ser 
distribuído entre os participantes aleatoriamente, cada um vai ter 
que tentar descobrir quem é o executante daquela tarefa extraordi-
nária, o intuito é fazer com que os trabalhadores reconheçam a si e 
ao outro, como parte integrante dessa engrenagem, a aula poderá 
ser aplicada em círculo e no final o facilitador pode aplicar alonga-
mentos com todos de mãos dadas.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmica das sílabas
Objetivos:integrar, exercitar a criatividade, o raciocínio e divertir.
Materiais: letras de músicas e palavras para facilitar a brincadeira.
Desenvolvimento: uma adaptação de uma antiga brincadeira de um progra-
ma infantil, reúna seus alunos em de três ou mais pessoas e o facilitador 
escolhe uma palavra, FOR MI GA por exemplo. Então cada um dos três 
Dinâmicas lúdicas: a prática
107
escolhidos irá falar uma sílaba ao mesmo tempo: o primeiro diz FOR, o 
segundo MI e o terceiro GA. Daí entra minha adaptação. O outro grupo 
irá tentar adivinhar qual a palavra e caso adivinhe, terá que cantar uma 
música com essa palavra. No caso da FORMIGA poderia ser: “Assim 
caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade. Não vou 
dizer que foi ruim”. Assim caminha a humanidade de Lulu Santos.
Variações: minha sugestão é aproveitar a atividade para o Carnaval, basta 
escolher palavras das letras das marchinhas de carnaval ou samba en-
redos mais conhecidos. 
Refinamentos e cuidados: não há.
Recordes laborais
Objetivos: integrar, detectar e fortalecer os benefícios da ginástica laboral.
Materiais: fichas para divulgação dos recordes.
Desenvolvimento: sem muita preocupação em verificar a veracidade dos 
números, pois se trata de uma brincadeira, que tal verificar os recordes 
da ginástica laboral nos setores que vocês aplicam aula? Por exemplo, o 
setor que lembrar o maior número de movimentos da ginástica laboral? 
Ou, qual setor trará o maior número de convidados para a laboral, ou 
seja, pessoas que não participam para participar? Ou, qual setor teve o 
maior percentual (%) de adesão durante todo o ano de 2014? Ou, qual 
setor cita o maior número de benefícios da prática atividade física? Ou, 
qual é o setor mais criativo na utilização de um material diferente para 
alongar, como fitas de cetim. São apenas sugestões, criem seus recordes, 
estes dependerão do segmento da empresa, do perfil dos alunos etc.
Variações: se preferir no dia da divulgação dos recordes, realize peque-
nas premiações para os setores campeões para cada recorde avaliado, 
neste caso, a avaliação terá que ser mais criteriosa, tudo que envolve 
premiação gera competição, pensem nisso!
Refinamentos e cuidados: quando falamos de adesão, precisamos avaliar 
junto à coordenação e a gestão do contrato na empresa se estes núme-
ros poderão ser apresentados. 
O facilitador deve se preocupar com o material elabore fichas bonitas, co-
loridas, para divulgação dos números, faça da sua aula um momento especial.
Anuncie a aula especial pelo menos uma semana antes de sua realização, 
isso irá gerar curiosidade.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
108
Participante secreto
Objetivos: integrar, desenvolver a atenção, o raciocínio e descontrair.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: dois participantes se afastam do local da atividade, ou 
ficam com os olhos vendados, enquanto os demais escolhem um parti-
cipante secreto no grupo, uma vez escolhido o participante secreto, os 
participantes voltam ou tem os olhos desvendados e terão que tentar 
descobrir quem é o participante secreto. A regra é tentar descobrir rea-
lizando somente perguntas fechadas como, por exemplo, usa óculos? 
Tem cabelo curto? Eles podem perguntar juntos e realizar uma disputa 
de quem descobre primeiro que é o participante secreto.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Pega varetas gigante
Objetivos: integrar, desenvolver a atenção, o raciocínio, a coordenação 
motora, trabalhar o pensamento estratégico, o trabalho em equipe e 
descontrair.
Materiais: kits de pega varetas feitas de jornal ou palitos de churrasco 
pintados.
Desenvolvimento: escolher uma mesa que possa ser utilizada, formar duas 
ou mais equipes para jogar. 
Variações: você pode pintar as varetas com cores diferentes para estabele-
cer pontuações.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
109
Calha cooperativa
Objetivos: integrar, desenvolver a atenção, o raciocínio, a coordenação mo-
tora, o pensamento estratégico, o trabalho em equipe e descontrair.
Materiais: pequenas calhas feitas de papelão ou cano cortado e dois baldes.
Desenvolvimento: forme duas equipes, distribua uma calha para cada um 
da equipe. Eles devem formar duas filas, um do lado do outro, cada 
equipe terá que passar uma bolinha de pingue-pongue pelas calhas até 
que ela chegue ao alvo que é o balde.
Regras: O primeiro a passar a bolinha terá que correr até a outra extremi-
dade para aumentar a calha e assim sucessivamente até que a calha se 
forme até o alvo (balde). Nenhum participante pode sair correndo para 
a extremidade da fila sem que a bolinha já tenha passado por ele.
Variações: formar uma única equipe.
Refinamentos e cuidados: cuidado com equipes grandes talvez eles não 
consigam atingir o resultado rapidamente e como uma das caracterís-
ticas das dinâmicas para os programas de ginástica laboral é o tempo 
curto, o ideal é formar várias equipes para não gerar frustração.
Corda amiga
Objetivos: integrar, desenvolver a atenção, o raciocínio, a coordenação mo-
tora, o pensamento estratégico, o trabalho em equipe e descontrair.
Materiais: cordas e ou elásticos.
Desenvolvimento: forme equipes, distribua as cordas ou os elásticos já 
amarrados em suas extremidades, cada um da equipe deverá segurar 
a corda deixando-a bem esticada, formando um círculo. Ao seu sinal, 
todo o grupo deverá agachar e ao seu novo sinal deverão se levantar 
ao mesmo tempo.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado na aplicação desta atividade com gru-
pos que tenham mulheres com saia ou salto alto.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
110
Jogo da memória da laboral
Objetivos: desenvolver o trabalho em equipe, a memória, o pensamento 
estratégico e descontrair.
Materiais: bolachas de papelão (do tamanho de porta copos), produzidas 
sempre em pares para ser o jogo da memória, imagens de músculos, 
fotos de trabalhadores (autorizadas), foto do facilitador, de lugares da 
empresa (por exemplo, o jardim) etc.
Desenvolvimento: forme equipes; distribua as peças sobre uma mesa e co-
mece a brincadeira, pergunte se as pessoas conhecem as figuras, esti-
mule a curiosidade.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a quantidade de peças para não 
ficar muito fácil, nem muito difícil, este é o tipo de atividade que deve 
ser elaborada com muita antecedência para que a apresentação do ma-
terial seja atraente e resistente.
Máscara de carnaval
Objetivos: comemorar o carnaval, desenvolver a criatividade e descontrair.
Materiais: cartolina branca ou outros papeis semelhantes, lantejoulas, pa-
peis de diferentes cores e ou outros materiais para enfeitar máscaras, 
cola, tesoura etc.
Desenvolvimento: uma atividade comum da Educação Infantil, cada par-
ticipante irá desenhar suas mãos apoiadas no papel para construir a 
máscara, dobrar o papel e desenhar uma das mãos sendo que o punho 
deverá ficar rente a dobra, recortar e em seguida fazer a marcação e re-
cortar um olho no centro de cada mão, a máscara poderá ser decorada 
no próprio dia ou pedir para eles decorarem em casa chamando sua 
família para participar deste momento.
Variações: Organize um concurso da máscara mais bonita, mais elegante, 
mais criativa etc., e em seguida uma exposição.
Refinamentos e cuidados: Não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
111
Responda se puder! – Dia da Mulher
Objetivos: comemorar O Dia Internacional da Mulher.
Materiais: músicas de cantoras brasileiras ou de cantores que homena-
geiam as mulheres; Pequeno buquê de rosas artificiais; Nomes de aces-
sórios para mulheres, seus significados e utilizações.
Desenvolvimento: dispostos livremente na sala, ao som de uma música 
os participantes deverão passar o buquê, quando o facilitador parar a 
música, o participante que tiver com o buquê na mão, o facilitador irá 
citar o nome de um acessório, o participante terá que adivinhar o que é 
e para que serve, se o buquê parar nas mãos de uma mulher, esta pode-
rá escolher qual homemdo seu setor deverá responder. Por exemplo: 
Penhoar: Peça do vestuário que se usa sobre a roupa de dormir ou a 
roupa de baixo, pela manhã ao acordar; Estola: é uma faixa larga que 
tem formato retangular e que deve ser usada em volta dos ombros; 
Anabela: Calçado feminino etc.
Se o homem não souber responder, ele terá que contar para o grupo um 
acontecimento que ele não acreditou, mas que a mulher estava certa.
Variações: o facilitador pode variar a realização da dinâmica com a aula 
técnica.
Refinamentos e cuidados: não tem.
Sedentário não, saudável sim! 
Objetivos: demonstrar aos participantes a importância do estilo de vida 
saudável e trazer novos participantes para as aulas de ginástica laboral.
Materiais: música que remeta ao tema, eu sugiro Estrelar do Marcos Valle 
e quadrados de cartolina que dê para fazer um binóculo.
Desenvolvimento: convide todos os participantes para a aula, para aqueles 
que vão participar converse um pouco sobre a data e sobre a impor-
tância da mudança de comportamento para um estilo mais saudável, 
além disso, sobre a importância de sermos multiplicadores dessa ideia, 
como uma grande brincadeira, distribua um pedaço da cartolina para 
cada um, solicite que eles façam um binóculo com essa cartolina e que 
tente enxergar alguém que não esteja participando da aula e que vá até 
ele para tentar trazê-lo para a aula, caso o trabalhador não queira vir, 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
112
deixe com ele o binóculo para que ele possa assistir à aula com mais 
detalhes e perceber o quanto seria bom se ele participasse.
Variações: não tem
Refinamentos e cuidados: a dinâmica deve ser feita de forma lúdica e não 
mandatória, ou seja, quem não quiser, parta para achar outro “alvo”. 
O engarrafamento
Objetivos: desenvolver o trabalho em equipe e o pensamento estratégico.
Materiais: não há.
Desenvolvimento: esta dinâmica tem um nível de dificuldade médio alto, 
porém traz um resultado muito positivo para grupos que gostam de 
dinâmicas de estratégia e que exigem maior raciocínio.
Trata-se de uma dinâmica muito interessante para falar de segurança 
no trânsito.
Comece com a pergunta: Como se soluciona um engarrafamento? Espere 
as respostas do grupo, existe alguma lógica para reduzir um engarrafamento?
Em seguida coloque os participantes disposto em um círculo largo, confor-
me o espaço permitir. 
Peça-os que visualizem quem está a sua frente. Cada um dessa dupla que 
se formou terá o objetivo de chegar à ponta oposta do círculo ao mesmo tempo, 
respeitando as seguintes regras:
1. chegar ao outro lado do círculo na máxima velocidade possível, 
sempre andando rápido e não correndo;
2. passar o mais próximo possível do centro;
3. silêncio absoluto;
4. não pode ter sinal entre os participantes;
5. não pode haver contato físico; 
Inicialmente faça o teste com dois participantes, depois com quatro, seis ou 
mais, até onde o grupo conseguir.
No final, faça uma pequena discussão, qual foi à comunicação e estratégia 
que ocorreu para dar certo?
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
113
Atenção vai começar
Objetivos: promover reflexões sobre a participação de cada um como pro-
tagonista em ações que promovam paz no trânsito.
Desenvolvimento: para que possamos ter paz no trânsito devemos evitar 
descuidos, um deles é o de errar a seta da direita e esquerda, vamos 
para um pequeno teste:
Toda vez que eu falar a palavra trânsito vocês devem levantar o braço 
esquerdo, toda vez que eu falar a palavra paz vocês devem levantar o braço 
direito e se eu falar a palavra atenção todos devem virar de costas para o faci-
litador até o novo comando atenção.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
A história do meu nome 
Objetivos: comemorar o Dia das Mães.
Materiais: uma bola ou outro objeto lúdico.
Desenvolvimento: após um breve alongamento, o facilitador deve iniciar 
a atividade contando um pouco da história de seu nome, em seguida 
passe para outra pessoa e assim sucessivamente. As mães presentes na 
aula poderão também contar a história do nome de seus filhos.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: cuidado com a alta exposição dos participantes 
deixe livre a participação.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
114
Ler, contar e pintar 
Objetivos: comemorar o Dia das Mães
Materiais: papel, caneta, giz de cera, música animada etc.
Desenvolvimento: essa atividade pode ser realizada de forma individual 
ou em equipes, trata-se de uma construção poética e bem-humorada 
do Dia das Mães, cada um ou cada equipe pode escolher de que forma 
deseja contar uma história engraçada sobre suas mães, esta história 
pode ser lida, contada como um causo improvisado ou desenhada.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: nesta atividade o papel do facilitador como faci-
litador e focalizador da atividade é fundamental, deve-se ter cuidado 
também com o tempo da atividade, sugiro que as apresentações sejam 
feitas de forma voluntária, ou o que pode ser feito também é um tour 
pelo que foi construído.
Batata quente junina
Objetivos: comemorar as festas juninas, integrar e descontrair.
Materiais: um lenço ou um chapéu de caipira ou qualquer outro objeto que 
remeta a data e músicas juninas.
Desenvolvimento: formar um círculo ou a disposição que o ambiente per-
mitir, com uma música junina o facilitador deverá fazer com que o 
objeto passe entre os participantes “como a brincadeira batata quente”, 
quando a música parar, aquele que estiver com o objeto deverá aplicar 
um alongamento ou outro exercício da laboral para os demais.
Variações: convidar os alunos a participarem da aula caracterizados.
Refinamentos e cuidados: não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
115
Pescaria da laboral 
Objetivos: comemorar as festas juninas, integrar e divertir.
Materiais: canudos resistentes de refrigerante (metade de um canudo por 
pessoa) ou canudos de papel de rascunho, peixinhos feitos de papel 
crepom e música junina.
Desenvolvimento: formar círculos ou estafetas, e ao som da música, o faci-
litador deverá escolher um participante para iniciar, este deverá sugar 
o peixinho com o canudo e passar para outro integrante do grupo, as-
sim sucessivamente.
À medida que a brincadeira vai acontecendo, o facilitador poderá colocar 
mais peixinhos na roda, dificultando a atividade.
Variações: caso o ambiente propicie, o facilitador poderá conduzir uma 
competição saudável, em que ganhará o grupo que passar todos os 
peixinhos entre os participantes.
Refinamentos e cuidados: cuidado na hora de distribuir os canudos de re-
frigerantes, estes devem estar lacrados e cortados na hora da atividade, 
estes deverão ser descartados ao final de cada aplicação da dinâmica.
Causo junino
Idem a dinâmica da batata quente junina, toda vez que o objeto parar na 
mão de alguém este deverá começar ou continuar um causo junino da laboral, 
ou seja, a história deverá conter informações da ginástica laboral, termos caipi-
ras, personagens caipiras etc.
Objetivos: comemorar as festas juninas, integrar e descontrair.
Materiais: um lenço ou um chapéu de caipira ou qualquer outro objeto que 
remeta a data e músicas juninas.
Variações: para colaborar com a atividade o facilitador poderá levar um 
cesto com diversos objetos juninos para colaborar com o causo.
Refinamentos e cuidados: cuidado para a brincadeira não parar com al-
guém que trave na hora de contar o causo, se isso acontecer com caris-
ma e discrição retorne com a música e continue a brincadeira.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
116
Dança corporativa 
Objetivos: comemorar o Dia dos Pais.
Materiais: bolinhas coloridas (de piscina de bolinhas).
Desenvolvimento: quando falamos do Dia dos Pais lembramos sempre das 
comemorações da escola e uma das brincadeiras que sempre acontece 
é a dança das cadeiras, mas como não é tão fácil facilitar esta atividade 
na integra nas empresas sugiro a uma adaptação.
Com os participantes em círculo, entregue paracada um (menos 1) uma 
bolinha colorida, batendo palmas (se possível), solicite que os participantes 
passem as bolinhas entre eles não podendo segurá-las por muito tempo a boli-
nha nas mãos, ao sinal do facilitador todos devem parar o participante que não 
estiver com a bolinha na mão deve vir para junto de você bater palmas também 
e contribuir com o comando. 
Variações: se preferir faça com que o participante que não ficar com a bo-
linha forme uma dupla, trios, quartetos etc. com quem ficar com a bo-
linha. Pode-se substituir as bolinhas por bexigas e permitir que todos 
participem das aulas independente de ser homem, mulher, pai ou não.
Refinamentos e cuidados: cuidado para não tornar o momento agressivo e 
não tentarem arrancar com força a bolinha da mão do outro.
Histórias do papai 
Objetivos: comemorar o Dia dos Pais, integrar e desenvolver a criatividade. 
Materiais: não há.
Desenvolvimento: em duplas dispostas de frente para a outra e de prefe-
rência uma dupla ao lado da outra, os participantes deverão decidir 
quem é o 1 e quem é o 2 da dupla, cada um terá uma função inicial na 
dinâmica e esta deverá ser trocada somente ao sinal do facilitador. O 1 
da dupla deverá conduzir uma série de alongamentos para o 2 execu-
tar, ao mesmo tempo o 2 deve contar uma história infantil que ouvia 
quando criança, contada pelo seu pai ou uma história engraçada que 
aconteceu envolvendo seu pai ou o pai de um amigo, ao sinal do facili-
tador as funções são invertidas, o 2 começa imediatamente a conduzir 
o alongamento e o 1 começa a contar suas histórias. 
Dinâmicas lúdicas: a prática
117
Variações: o facilitador poderá facilitar na criação das histórias citando al-
gum tema que deve ser lembrado, como uma história sobre o pai e a 
música ou o pai e o aniversário de casamento, o pai e a dança etc.
Refinamentos e cuidados: não há.
Papais Flash Back – Anos 70 e 80 
Objetivos: comemorar o Dia dos Pais, interagir, desenvolver a criatividade 
e descontrair.
Materiais: músicas dos temas ou artistas escolhidos para a gincana, óculos, 
perucas e adereços da discoteca para os todos se caracterizarem.
Desenvolvimento: em forma de gincana, dividir os participantes em 
duas ou mais equipes, cada equipe deverá sortear (caprichem nas 
fichas para o sorteio) ao mesmo tempo um tema (algumas sugestões 
abaixo) as equipes terão 3 minutos para elaborar uma aula da laboral 
que contenham movimentos e ou expressões que remetam ao tema 
ou ao artista, as demais equipes deverão tentar adivinhar o nome do 
filme ou do artista que o grupo está demonstrando, todos deverão 
participar da aula. 
No decorrer da aula o facilitador poderá tocar no rádio a trilha sonora do 
tema que está sendo apresentado. 
• Grease, Nos tempos da brilhantina
• Dirty Dancing, Ritmo Quente
• Footloose
• ET o extraterrestre
• La bamba
• Thriller - Michael Jackson
• Sidney Magal
• Madonna 
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: crie um ambiente favorável para a aplicação 
desta dinâmica e faça a seleção das músicas com antecedência, facilite 
seu trabalho.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
118
“Quando eu era criança...” 
Objetivos: recordar, resgatar as lembranças lúdicas dos participantes.
Materiais: um brinquedo antigo, algo que remeta nossa infância, músicas 
de seriados antigos.
Desenvolvimento: em círculo ou dispostos pelo setor, o facilitador deverá 
conduzir um alongamento e junto com o alongamento deverá come-
çar a atividade falando: “Quando eu era criança eu acreditava que..,”, 
quando ele acabar de contar sua história imediatamente passa o brin-
quedo para outra pessoa continuar a brincadeira, conduzindo movi-
mentos da laboral e contando no que acreditava quando era criança.
Variações: esta brincadeira pode ser realizada como a brincadeira batata 
quente.
Refinamentos e cuidados: o sucesso da dinâmica dependerá de como foi 
iniciada, portanto o facilitador tem papel fundamental para estimular 
a criatividade e participação de todos.
Doce ou travessura na laboral
Objetivos: comemorar o Halloween, integrar e descontrair.
Materiais: bolinhas pequenas e coloridas (vermelha e verde).
Desenvolvimento: em duplas, cada dupla receberá duas bolinhas (uma 
verde e uma vermelha), a bolinha verde simbolizará o doce e a verme-
lha a travessura, o primeiro da dupla deverá esconder as bolinhas nas 
mãos atrás do corpo, em seguida ele deverá colocar as mãos à frente 
escondendo as bolinhas e perguntar: Doce ou travessura, o outro da 
dupla deverá escolher uma das mãos, se sair o doce (verde) ele rece-
berá massagem, se sair à vermelha (travessura) ele que terá que fazer 
a massagem. 
Variações: trocar as duplas para integrar todo o grupo.
Refinamentos e cuidados: Não há.
Dinâmicas lúdicas: a prática
119
Histórias de Halloween
Objetivos: Comemorar o Halloween, integrar e descontrair.
Materiais: Objetos e músicas que remetam ao tema, sugiro a lendária mú-
sica Thriller do Michael Jackson.
Desenvolvimento: Semelhante à sugestão da dinâmica de festa junina, os 
participantes em círculo, o facilitador deverá entregar um objeto para 
um dos participantes, por exemplo, um morceguinho de plástico, este 
objeto deverá passar entre os participantes, enquanto a música estiver 
tocando, quando parar, o participante que estiver segurando o objeto 
deverá começar a contar uma história de terror, quando a música reini-
ciar o objeto começar a passar novamente, parou a música a história se 
reinicia com o participante que estiver com objeto neste momento (tipo 
batata quente), o facilitador poderá ajudar apresentando alguns obje-
tos que deverão fazer parte da história, escolham objetos que tenham 
haver com o tema ou não, por exemplo, uma panela, um chocalho etc.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não exija participação e performance, se você 
perceber que algum participante não está conseguindo evoluir na his-
tória, colabore, inicie a história ou reinicie a música.
Cartões de Natal
Objetivos: comemorar o Natal, promover a integração entre os participantes.
Materiais: papel; barbante para fazer o cartão crachá; caneta ou canetinha 
e uma música animada. 
Desenvolvimento: será distribuído para cada participante um crachá em 
branco pronto (papel fixado no barbante), este deve ficar nas costas de 
cada participante, de forma que ele não consiga visualizar o que irão es-
crever. Após a distribuição, os participantes deverão se deslocar no ritmo 
da música e a cada pausa da música deverão iniciar no cartão crachá do 
colega mais próximo um cartão de natal, seja com uma frase, um desenho 
etc., produzindo assim um cartão de natal para cada participante da aula.
Variações: determinar a forma de deslocamento; determinar a quantidade 
de pessoas que devem parar no grupo.
Refinamentos e cuidados: cuidado para que as canetinhas não manchem 
as roupas dos participantes, procure utilizar papeis grossos para con-
fecção dos crachás.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
120
Amigo secreto das emoções
Objetivos: promover a integração entre os participantes e fazer com que 
as pessoas percebam e valorizem os acontecimentos felizes, que geral-
mente são ofuscados pelo estresse do dia a dia.
Materiais: música animada, filipetas para o sorteio do amigo secreto na 
hora da atividade e uma caixa bem bonita de presente, uma estratégia 
de estimular a criatividade e encantar os participantes.
Desenvolvimento: o facilitador deverá sortear entre os participantes um 
amigo secreto, após o sorteio, decida quem irá começar, este deverá 
pegar a caixa e oferecer ao seu amigo, dizendo que aceite seu presente 
e que aquela caixa carrega algo emocionante que aconteceu no mundo, 
na sua vida, ou se souber na vida do seu amigo, como compartilho 
com você a felicidade que senti no nascimento do meu filho, ou ofereço 
a você a recordação da felicidade que você sentiu no seu casamento ou 
ofereço a você os fogos do ano novo etc.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Quem é o Papai Noel ou Mamãe Noel? 
Objetivos:comemorar o Natal.
Materiais: músicas natalinas; papel para rascunho; cartolinas (1/2 por 
equipe); giz de cera vermelho, verde e preto.
Desenvolvimento: divida os participantes em duas ou mais equipes, cada 
equipe receberá ½ cartolina, 1 papel rascunho, 1 giz de cera vermelho, 
1 verde e um preto. 
Um participante de cada equipe deverá nomear em sigilo informando so-
mente ao facilitador qual é Papai Noel ou Mamãe Noel do setor ou da empresa, 
listando no rascunho cinco palavras que descrevem suas qualidades. Decide-se 
a equipe que vai começar no jóquempô ou outra forma de sorteio.
O participante escolhido pela equipe que irá começar deverá descrever em 
sua cartolina a primeira qualidade nomeada, se a equipe não adivinhar, a brin-
cadeira continua em rodadas, a partir da segunda tentativa a equipe da vez 
pode escolher entre descrever ou desenhar a caricatura do seu papai ou mamãe 
Noel, “ganha” a equipe que conseguir adivinhar o seu Papai Noel primeiro.
Dinâmicas lúdicas: a prática
121
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: não há.
Votos saudáveis de Natal
Objetivos: confraternizar, integrar e celebrar o Natal.
Materiais: bexigas brancas e vermelhas, pequenas filipetas.
Desenvolvimento: a aula neste dia deverá ser realizada em duas etapas, 
na primeira etapa o facilitador deverá distribuir filipetas para os 
participantes escreverem seus votos saudáveis de Natal, em uma 
única frase, esses votos deverão estar relacionados a hábitos sau-
dáveis, sejam eles, sociais, físicos, emocionais etc., ou seja, a saú-
de integral. As filipetas deverão ser identificadas com o nome do 
participante e seu setor, ao final cada participante deverá colocar a 
filipeta dentro de uma bexiga que recebeu junto com a filipeta em 
branco e devolve-la para o facilitador que irá guardá-la, a cada en-
trega o facilitador deverá entregar outra bexiga já recheada de votos 
dos setores anteriores.
Quando todos os participantes já estiverem concluídos a primeira etapa e 
com as novas bexigas deverão enchê-las com cuidado. O facilitador deve apli-
car uma aula bem animada com as bexigas e ao final da aula, todos devem 
estourar seus balões e receberem seus votos de Natal.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: para o primeiro setor o facilitador poderá distri-
buir um dia antes as filipetas para seu último setor do percurso, assim 
já iniciará seu percurso com os balões recheados para sua primeira aula.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
122
Laboral em poesia 
Objetivos: Confraternizar, integrar e desenvolver a criatividade.
Materiais: Papel cartão ou cartolina, caneta, giz de cera, música animada etc.
Desenvolvimento: Dias antes da ação o facilitador deverá pegar os nomes 
de todos os participantes por setor em pequenos cartões feitos papel 
cartão ou cartolina, dividi-los em saquinhos. No dia da ação o facilita-
dor deverá distribuir aleatoriamente os cartões nos setores, os partici-
pantes terão um tempo para desenvolver uma poesia com o nome do 
trabalhador que consta em seu cartão, aguardar e ao sinal do facilita-
dor os cartões poderão ser trocados.
Variações: não há.
Refinamentos e cuidados: para evitar brincadeiras de mau gosto, o facili-
tador deverá facilitar um ambiente acolhedor e favorável para que a 
brincadeira seja realmente lúdica para todos. 
Votos da virada
Objetivos: desejar um Feliz Ano novo de maneira lúdica.
Materiais: bola, filipetas com frases, música, microfone e som.
Desenvolvimento: em círculo, ao tocar a música será passada a bolinha de 
mão em mão até que a música pare. Quem parar deverá sortear um dos 
papeis que estiver em uma caixa à frente e realizar o que tiver escrito nele.
Variações: realizar a brincadeira com outros temas, como EPIs etc. e ou 
aumentar o número de bolas.
Refinamentos e cuidados: cuidado com o que for solicitado, não exponha 
ninguém a uma situação constrangedora, dê preferência para realiza-
ções em grupos.
Exemplos de frases: 
Imite um personagem a sua escolha, desejando Felicidades a um amigo(a);
Forme uma frase com as palavras: batata frita, 20_ _ e macaco;
Diga a um amigo (a) o que você deseja para o ano novo só que de forma 
estressada;
Chame 07 amigos para pular as ondas da virada;
Cante com seus amigos a música “Este ano, quero paz no meu coração”;
Cante com seus amigos a música “Adeus ano velho”;
Imite um político desejando Feliz 20_ _;
Faça uma frase com uma voz de criança com a palavra Paz.
Dinâmicas lúdicas: a prática
123
Viver e não ter vergonha de ser feliz! 
Objetivos: confraternizar, integrar e celebrar.
Materiais: faixas de um metro de TNT Branco, música de Gonzaguinha: O 
que é, o que é?
Desenvolvimento: para celebrar a chegada do novo ano, sugiro que o faci-
litador inicie a aula perguntando para os participantes se eles conhe-
cem uma das músicas mais conhecidas de Gonzaguinha, brinque com 
a adivinhação, comece a música e pare, cante com eles, fale sobre a 
importância da busca constante de uma vida saudável e feliz, e etc., 
enquanto isso já vá distribuindo as faixas.
Todos com suas faixas promova um breve espreguiçamento já animado 
pela música, ministre uma aula em criativa com as faixas, com exercícios in-
dividuais, em duplas, em quartetos, e etc. Aproveite os refrãos para promover 
momentos divertidos, formando cirandas ligadas pelas faixas; solicitando para 
os participantes e sacudirem as faixas sobre a cabeça saudando o novo ano etc.
Variações: se preferir utilize faixas coloridas, utilizando as cores comuns 
da virada do ano.
Refinamentos e cuidados: deixe a aula livre, não exija desempenho, a música 
é envolvente e empolgante não tem como ficar parado.
125
Perguntas mais frequentes
Muitas vezes desistimos antes de tentar, descrevo algumas perguntas mais 
frequentes que recebo durante meus cursos e encontros, espero com elas enco-
rajá-lo a sair da sua zona de conforto e partindo imediatamente para a facilita-
ção e a criação de suas próprias dinâmicas.
Quais são as principais características das dinâmicas lúdicas para o am-
biente corporativo e para os Programas de ginástica laboral?
• A principal característica é a duração, elas devem durar entre 07 e 15 
minutos.
• Regras devem ser claras e simples, não temos tanto tempo para explica-
ções mais complexas.
• Adequadas ao ambiente corporativo. 
• Pouco recurso material.
• Adaptáveis a diferentes públicos e ambientes, visto que dentro da mes-
ma empresa podemos encontrar diferentes públicos.
• Serem divertidas e apresentarem claramente seus objetivos, adultos são 
motivados pela produção, portanto, eles desejam saber para que serviu 
aquela dinâmica.
Como tornar as dinâmicas lúdicas algo especial para a empresa cliente?
Procure sempre deixar todos os envolvidos empolgados com sua ação, des-
de os participantes, os líderes e o contratante.
Divulgue sua ação, divulgue os resultados, torne a ação um evento, busque 
seus parceiros internos, departamento de comunicação e marketing, Recursos 
Humanos, entre outros.
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
126
Qual é a periodicidade das dinâmicas nos programas de ginástica laboral?
Essa questão é muito relativa, depende muito da periodicidade de aulas 
por semana que a empresa contratou, sugiro uma vez a cada quinze dias para 
programas de duas ou três vezes por semana (com exceção para datas come-
morativas) e uma vez por semana para programas de cinco vezes por semana, 
sendo esse último mais difícil de acontecer.
Todas as dinâmicas podem ser consideradas como lúdicas?
Não, só serão consideradas lúdicas as dinâmicas que provocarem pra-
zer e alegria na maioria de seus participantes, seja um observador, verifique 
como está à aceitação por parte dos trabalhadores, após sua avaliação faça uma 
reflexão sobre sua facilitação, perfil da empresa (cultura) e do grupo, talvez 
um pequeno ajuste mude completamente o cenário do trabalho que você está 
desenvolvendo.
Atenção, nem sempre vamos despertar o estado lúdico em todos, fique aten-
to a sua avaliação, não espere100% em todas suas aulas, não penalize o grupo 
que gosta e participa das suas aulas por não atingir a totalidade, realizamos uma 
conquista diária, busque a cada dia um novo participante para sua aula.
Mas o que é ludicidade?
O lúdico é um estado interno de prazer e alegria do sujeito e ludicidade é 
uma qualidade de quem está lúdico por dentro de si mesmo, sendo assim, es-
tabeleça com você uma meta, seja lúdico na aplicação das suas aulas, desperte 
ludicidade em qualquer atividade proposta, seja ela uma brincadeira ou não. 
Por que a ludicidade é importante para o ambiente corporativo?
Cada vez mais se percebe a necessidade de tornar o ambiente corporati-
vo um ambiente feliz, muitas propostas estão sendo realizada para este fim, 
do ponto de vista empresarial, tendo seu trabalhador feliz e integrado com os 
demais refletirá positivamente na produção quantitativa e qualitativa do seu 
negócio. Sob um olhar pela saúde do trabalhador, tornando-o feliz no ambien-
te em que ele passa boa parte do seu tempo, a felicidade dentro do local do 
trabalho poderá refletir positivamente em sua saúde física, social, emocional e 
mental, entre outras.
O ambiente corporativo
127
As dinâmicas lúdicas poderão ganhar outros nomes?
Sim, dê as suas dinâmicas os nomes que você considerar mais próximos de 
sua realidade, às vezes, os nomes podem prestigiar o nome da empresa, seu 
segmento ou a ação do dia.
Dinâmicas lúdicas podem ser consideradas geradoras de estímulos para 
a mudança de comportamento?
As dinâmicas lúdicas poderão colaborar, quando bem facilitadas e man-
tendo-se uma periodicidade ouso em dizer que estas poderão mudar compor-
tamento, relações dentro e fora das empresas, durantes estes anos de trabalho, 
tive a oportunidade de ouvir vários depoimentos e agradecimentos sobre a 
mudança do “astral” de um trabalhador naquele dia e até mesmo agradeci-
mentos de dicas de dinâmicas que eles brincaram com seus filhos após sua 
jornada de trabalho.
O adulto ainda brinca?
Faço essa pergunta para você, você ainda brinca? Se sim, parabéns, mas, o 
que é brincar? Somos fruto de uma cultura antilúdica, em que ao crescermos 
não brincamos mais, deixa de ser bobo você cresceu, deixe de brincar, você não 
é mais uma criança. 
Resgatar a criança interna de um adulto e fazê-lo brincar com toda a espon-
taneidade que uma brincadeira desperta não é uma tarefa fácil, mas acredite, 
ele brinca e agradece você com o olhar. 
Crie uma relação de confiança com seu grupo, a maior resistência do adulto 
em participar de uma dinâmica lúdica e a exposição excessiva, passar ridículo, 
se você criar um elo de confiança e afetividade com seu grupo ele passará a ser 
seu parceiro e esperará ansiosamente um novo momento de ser criança e sorrir.
As dinâmicas lúdicas promovem aprendizagem? 
Entre várias funções sociais, pode-se dizer que o brincar sempre foram ca-
minhos para o processo de ensino e aprendizagem (LIMA, 2007)[1].
Quando aplicadas para este fim, como todas as dinâmicas possuem uma 
duração máxima de 15 minutos, este processo deverá ser progressivo, ou seja, 
se deseja fixar uma informação, trabalhe de forma contínua, talvez você tenha 
que desenvolver uma ação semanal sobre determinado tema e finalizar com 
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
128
uma dinâmica lúdica para reforçar a aprendizagem que vem sendo explorada 
durante toda a semana. 
Não prometa mudança de comportamento ou aprendizagem por ações iso-
ladas, necessitamos da parceria de vários setores, inclusive do bom clima orga-
nizacional para o sucesso do nosso trabalho. Lembre-se daquele ditado: Uma 
andorinha só não faz verão.
Como ser criativo? 
A criatividade é nata, porém dependendo de por onde andamos somos 
reprimidos ou incentivados a ser criativo. A educação escolar por vezes não 
explora o exercício da criatividade em seus alunos, visto que receitas prontas 
dão menos trabalho. A Criatividade é um exercício, não se acomode, não desis-
ta, não copie, não tenha medo. Predebon (2008)[88] afirma que temos em nós um 
pouco da criança que fomos. Que é bom dar mais espaço a ela, assim potencia-
lizaremos nossa criatividade.
Quem mais aceita as dinâmicas lúdicas, os setores administrativos ou fabris?
Geralmente setores fabris aceitam mais as dinâmicas lúdicas, eles estão 
mais abertos e dispostos a brincar, facilitados pelo espaço, vestimentas, cultura 
e entre outros, porém a área administrativa uma vez que se sente segura com 
suas propostas aceitam e solicitam dinâmicas lúdicas em suas aulas, são perfis 
diferentes, tenha bom senso, flexibilidade e capacidade de adaptar as dinâmi-
cas de acordo com as características de cada setor. Cada setor é único, com 
diferentes necessidades, reações e condições físicas.
Que materiais são mais utilizados nas dinâmicas lúdicas?
Diversos! Seja criativo em suas escolhas, experimente visitar lojas de baixo 
custo, elas são inspiradoras. Procure saber com a empresa se ela possui algu-
ma restrição sobre utilização de algum material e procure também verificar 
se eles possuem materiais para descarte, muitas vezes, podemos utilizar estes 
materiais em nossas aulas, por exemplo, em uma das minhas ações a empresa 
descartava pequenas bobinas, pareciam carretéis, elaborei uma atividade uti-
lizando esse material, a empresa adorou além de gostarem das dinâmicas eles 
parabenizaram pela ideia de reutilizar algo que seria descartado.
O ambiente corporativo
129
Agora fique atento, zele pela qualidade dos seus materiais, uma dinâmica 
bem elaborada e planejada, gera contentamento e a certeza de que os alunos 
são especiais para o professor, além é claro de gerar o contentamento do cliente 
sobre o bom uso do seu investimento.
Quais são as principais barreiras encontradas para a aplicação das dinâ-
micas lúdicas?
Bom, em primeiro lugar, precisamos deixar claro que barreiras como espa-
ço, vestimentas, tempo para a aula, não são barreiras quando falamos no am-
biente laboral, estas são características especificas desta prestação de serviços, 
então enquanto considerarmos estas características como barreiras tudo será 
mais difícil.
Outra questão é saber se realmente a barreira está com você, ou melhor, 
em você ou na empresa, reavalie seus medos, inseguranças, realmente é um 
grande desafio convidar um adulto para brincar e ainda mais dentro de um 
ambiente corporativo, por isso, sempre gosto de trabalhar com meus blo-
queios e em seguida avaliar as reais barreiras do meu cliente. Pense nisso!
131
Anexo I
Rio de Janeiro, 12 de Maio de 2004. 
Resolução CONFEF nº 073/2004
Dispõe sobre a Ginástica Laboral e dá outras providências
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, no 
uso de suas atribuições estatutárias, conforme dispõe o inciso VII, do art. 40;
CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº 9.696, de 01 de setembro 
de 1998;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução CONFEF nº 046/02, que dispõe 
sobre a Intervenção do Profissional de Educação Física e respectivas competên-
cias e define os seus campos de atuação profissional; 
CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 218, de 06 de Março de 1997, 
do Conselho Nacional de Saúde;
CONSIDERANDO o disposto na Portaria MTE nº 397, de 09 de Outubro de 
2002, que aprova a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO/2002, no que 
concerne à Família 2241 - Profissionais de Educação Física;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução CNE/CES nº 03, de 16 de Junho 
de 1987, que estabelece os mínimos de conteúdo e duração a serem observados nos 
cursos de graduação em Educação Física (Bacharelado e/ou Licenciatura Plena);
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CES 07/04, aprovada em 31 de Março 
de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de gra-
duação em Educação Física, em nível superior de graduação plena, originada 
do Parecer CNE/CES nº 0058/2004, aprovado em 18 de Fevereiro de 2004;
CONSIDERANDO que o Profissional de Educação Física é qualificado e le-
galmente habilitado para intervir no seu campo profissionalprevenindo doenças, 
promovendo a saúde do trabalhador e contribuindo para a sua qualidade de vida;
Dinâmicas lúdicas no ambiente corporativo
132
CONSIDERANDO que a formação do Profissional de Educação Física, 
além do domínio do conhecimento sobre o movimento humano e exercício fí-
sico nas suas dimensões biodinâmica, comportamental e sociocultural, inclui a 
abordagem dos aspectos pedagógicos e afetivos emocionais do comportamen-
to motor do trabalhador, que tornam diferenciada sua intervenção;
CONSIDERANDO que, tradicionalmente, a prescrição, orientação e dina-
mização da ginástica e do exercício físico nas suas diversas formas, manifes-
tações e objetivos são atividades próprias do Profissional de Educação Física;
CONSIDERANDO que o Profissional de Educação Física presta assistência 
à saúde do trabalhador no que concerne as suas necessidades na prática de 
ginásticas, exercícios físicos, atividades físicas e similares, independentemente 
do local em que atue;
CONSIDERANDO que o Profissional de Educação Física atua em empre-
sas e/ou organizações detentoras de postos de trabalho, intervindo de forma 
efetiva para a promoção da saúde integral e melhoria da qualidade de vida 
do trabalhador;
CONSIDERANDO o reconhecimento, por parte dos empresários e traba-
lhadores, da importância da ginástica e lazer para o bem estar do trabalhador 
na realização de suas atividades funcionais, proporcionando a redução dos ín-
dices de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais do trabalhador; e, 
CONSIDERANDO o deliberado em Reunião Plenária do dia 03 de Abril 
de 2004;
RESOLVE:
Art. 1º - É prerrogativa privativa do Profissional de Educação Física plane-
jar, organizar, dirigir, desenvolver, ministrar e avaliar programas de ativida-
des físicas, particularmente, na forma de Ginástica Laboral e de programas de 
exercícios físicos, esporte, recreação e lazer, independente do local e do tipo de 
empresa e trabalho.
Art. 2º - No desempenho das atribuições do Profissional de Educação Física, 
no âmbito da Ginástica Laboral, incluem-se: I - ações profissionais, de alcance 
individual e/ou coletivo, de promoção da capacidade de movimento e preven-
ção a intercorrência de processos cinesiopatológicos; II - prescrever, orientar, 
ministrar, dinamizar e avaliar procedimentos e a prática de exercícios ginás-
ticos preparatórios e compensatórios às atividades laborais e do cotidiano; III 
- identificar, avaliar, observar e realizar análise biomecânica dos movimentos 
e testes de esforço relacionados às tarefas decorrentes das variadas funções 
que o trabalho na empresa requer, considerando suas diferentes exigências em 
qualquer fase do processo produtivo, propondo atividades físicas, exercícios 
Anexo I
133
ginásticos, atividades esportivas e recreativas que contribuam para a manu-
tenção e prevenção da saúde e bem estar do trabalhador; IV - propor, realizar, 
interpretar e elaborar laudos de testes cineantropométricos e de análise bio-
mecânica de movimentos funcionais, quando indicados para fins diagnósticos; 
V - elaborar relatório de análise da dimensão sócio cultural e comportamental 
do movimento corporal do trabalhador e estabelecer nexo causal de distúrbios 
biodinâmicos funcionais.
Art. 3º - O Profissional de Educação Física no âmbito da sua atividade pro-
fissional está qualificado e habilitado para prestar serviços de auditoria, con-
sultoria e assessoria especializada.
Art. 4º - O Profissional de Educação Física contribui para a promoção da 
harmonia e da qualidade assistencial no trabalho em equipe multiprofissional 
e a ela integra-se, sem renunciar à sua independência ético-profissional.
Art. 5º - O Profissional de Educação Física é um profissional ativo nos pro-
cessos de planejamento e implantação de programas destinados a educação 
do trabalhador nos temas referentes à saúde funcional e ocupacional e hábitos 
para uma vida ativa.
Art. 6º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Plenário do CONFEF.
Art. 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Jorge Steinhilber
Presidente
CREF 000002-G/RJ
DOU 94, seção 1, pp. 78 e 79, 18/05/2004
135
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FESP.
Livros da Coleção Literária
1. 	Fragmentos	Históricos	da	Regulamentação	da	Profissão	de	Educação	Física	e	da	
Criação e Desenvolvimento do CREF4/SP
2. 	O	Desporto	Paralímpico	Brasileiro,	a	Educação	Física	e	profissão
3. Treinamento de força: saúde e performance humana
4.	 Faculdade Aberta para a Terceira Idade: educação para o envelhecimento e seus 
efeitos nos participantes
5. 	Gestão,	Compliance	e	Marketing	no	esporte
6. Ginástica laboral e saúde do trabalhador 
 Saúde,	capacitação	e	orientação	ao	Profissional	de	Educação	Física
7. 	Projeto	Desporto	de	Base	(PDB):	30	Anos	de	História	e	Realizações	(1989/2019)	 
 Um	breve	relato	de	experiência	da	cidade	de	Piracicaba/SP	e	uma	proposta 
	 metodológica	para	programas	de	formação	e	lazer	físico-esportivo
8.	 	Estratégias	de	Recuperação	e	Controle	de	Carga	de	Treinamento
9.	 Atividade Circense 
 Ações	pedagógicas	na	licenciatura	e	no	bacharelado
10.	 	Os	primeiros	passos	em	Fisiologia	do	Exercício:	Bioenergética,	Cardiorrespiratório	
e	gasto	energético
11. 	Eu	não	estudei	para	isso:	temas	emergentes	no	estágio	em	Educação	Física	
12. 	Métodos	contemporâneos	para	elaboração	de	programas	de	treinamento	de	
esportes de alto rendimento
13. 	Dinâmicas	lúdicas	no	ambiente	corporativo:	da	teoria	à	prática
14.	 	Futebol	profissional:	metodologia	de	avaliação	do	desempenho	motor
15. Leis de incentivo ao asporte: novas perspectivas para o desporto brasileiro
16. 	Memórias	de	Boas	Práticas	no	Esporte:	Profissionais	de	Educação	Fisica	no	
contexto do olimpismo
17. 	Paralelos	entre	a	iniciação	competitiva	precoce	e	a	formação	de	técnicos	de	Judô
18.	 	Hiit	Body	Work:	a	nova	calistenia
19.	 	Recomendações	para	prática	de	atividade	fisica	e	redução	do	comportamento	
sedentário
20.	 	Orientações	para	avaliação	e	prescrição	de	exercícios	físicos	direcionados	à	saúde
Este livro, composto com tipografia Palatino 
Linotype e diagramado pela Malorgio Studio, 
foi impresso em papel Offset 90g pela Teixeira 
Impressão Digital e Soluções Gráficas Ltda 
para o CREF4/SP, em Novembro de 2019.
Conselheiros do CREF4/SP
“Somos nós, fortalecendo a Profissão”
COLEÇÃO LITERÁRIA EM HOMENAGEM
AOS 20 ANOS DA INSTALAÇÃO DO CREF4/SP
ISBN 978-85-94418-40-1
9 788594 418401 >
O Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região – CREF4/SP 
foi instituído pela Resolução CONFEF nº 011/1999 e a designação e 
posse de seus primeiros conselheiros, membros efetivos e suplentes, 
pela Resolução CONFEF nº 017, de 29/10/1999, com jurisdição no 
Estado do São Paulo e sede na sua capital. No dia 06 de dezembro 
de 1999, em ato solene de sua instalação nas dependências do prédio 
de administração do Ginásio do Ibirapuera, o CREF4/SP iniciou sua 
história.
Passados 20 anos, com sede em local privilegiado e de fácil acesso aos 
Profi ssionais de Educação Física do Estado, mudaram Conselheiros e 
Diretorias, mas os objetivos deste Conselho permanecem os mesmos: 
garantir à sociedade o direito de ser atendida com excelência por 
Profi ssionais de Educação Física, habilitados pelo registro; normatizar, 
fi scalizar e orientar o exercício da profi ssão, de acordo com o que 
preconiza o Código de Ética Profi ssional.
Organizamos uma Coleção de 20 livros com o objetivo de proporcionar 
atualização de conhecimentos do Profi ssional com leituras variadas 
e de qualidade, tendo como proposta a orientação e o aumento do 
acervo de obras destinadas à Educação Física.
Os livros que compõem esta coleção possuem temas diversifi cados, 
abrangendo as áreas de: história, desporto paralímpico, 
treinamento, gestão, atividades para terceira idade, ginástica laboral, 
desenvolvimento de projetos, controle de carga, atividades circenses, 
fi siologia do exercício, escola, esportes, ludicidade, legislação, relatos 
de experiências, exercício e saúde, e combate ao sedentarismo.
Esperamos que a Coleção Literária, em Homenagem aos 20 anos da 
Instalação do CREF4/SP, colabore com o fortalecimento de nossa 
Profi ssão.

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