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Responsabilidade Civil do Estado e Controle da Administração Pública

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DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 452
AAUULLA A 0099 
((2266//0011//22001122)) 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Nessa nona aula serão abordados os seguintes temas: 
• Responsabilidade civil do Estado; 
• Controle da administração pública: controle administrativo, 
controle legislativo e controle judicial; 
Desejo-lhe uma ótima aula! 
Armando Mercadante 
DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 453
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
O estudo da responsabilidade civil do Estado implica na análise das 
situações em que os agentes públicos, atuando lícita ou 
ilicitamente1, por meio de ações (condutas comissivas) ou 
omissões (condutas omissivas) violam direitos alheios, causando-
lhes danos, gerando para a pessoa jurídica a que se vinculam o 
dever de indenizar. 
Atualmente, não há mais dúvidas de que o princípio da igualdade de 
todos perante a lei, um dos postulados do moderno Estado de Direito, 
conduz à conclusão de que o comportamento estatal, da mesma 
forma que o privado, quando causador de lesão a direito alheio, 
submete-se às regras da responsabilidade civil. 
Se há sujeição à ordem jurídica tanto das pessoas de direito público 
como das de direito privado, ambas deverão suportar as 
conseqüências advindas de prejuízos causados a terceiros pelas 
condutas de seus agentes. 
A responsabilização civil é de ordem pecuniária, ou seja, o 
responsável é condenado ao pagamento de determinada quantia em 
dinheiro a título de indenização. Trata-se, portanto, de obrigação de 
dar coisa certa: dinheiro. 
Alguns autores reportam-se ao tema como responsabilidade 
extracontratual do Estado, buscando distinguir a responsabilidade 
ora estudada da responsabilidade contratual, que possui campo 
próprio de estudo (contratos administrativos). 
Celso Antônio bandeira de Mello2 destaca a necessidade de a 
responsabilidade do Estado governar-se por um regime próprio, 
fundado em princípios próprios, “compatíveis com a peculiaridade de 
sua posição jurídica, e, por isso mesmo, é mais extensa que a 
responsabilidade que pode calhar às pessoas privadas”. Prossegue o 
autor lecionando que “as funções estatais rendem ensejo à produção 
de danos mais intensos que os suscetíveis de serem gerados pelos 
particulares”. 
1 No direito privado a responsabilidade civil decorre de atos ilícitos (contrário a leis ou aos princípios), 
diferentemente do que ocorre no direito administrativo, que prevê a responsabilização civil originária tanto 
de atos lícitos como ilícitos. 
2 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 986. 
DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
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Evolução doutrinária 
São diversas as teorias elaboradas ao longo do tempo para tratar do 
tema responsabilidade civil do Estado. 
Vamos estudá-las... 
Teoria do Risco Integral
Por essa teoria, se houver nexo causal entre a conduta do agente 
público e o dano causado ao particular, o Estado responderá pela 
indenização devida, ainda que o dano tenha sido causado por culpa 
exclusiva do particular, culpa de terceiros ou força maior. 
Teoria da irresponsabilidade do Estado
Remonta da origem do Direito Público, sendo adotada pelos Estados 
absolutistas, pois estes se colocavam diante de seus súditos em 
posição de autoridade incontestável (soberana). Nesses Estados, o 
poder militar e o político era concentrados nas mãos do monarca 
soberano (rei ou príncipe hereditário). 
De acordo com essa teoria, o Estado, em regra, não respondia 
pelos atos praticados por seus agentes, pois estes eram imunes 
a erros por serem considerados representantes do rei. 
Atenção na prova para as seguintes máximas que estão associadas a 
teoria ora analisada: “the king can do no wrong” e “le roi ne peut 
mal faire” (ambas significando que “o rei não pode errar”). 
Em virtude das injustiças cometidas com base nessa teoria, ela 
recebeu diversas críticas e foi duramente combatida. 
No final do século XIX, a teoria da irresponsabilidade atingiu o 
máximo da sua crise, sendo superada pelas teorias civilistas que se 
fundavam em princípios do Direito Civil e admitiam a 
responsabilidade estatal. 
A partir desse momento, as teorias serão agrupadas em duas 
correntes diversas: teorias civilistas e teorias publicistas. 
DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
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Teorias civilistas 
Os civilistas estudam a responsabilidade estatal adotando como 
referência os princípios da doutrina civilista (Direito Civil), ao passo 
que os publicistas se apegam aos princípios do direito público (Direito 
Administrativo e Direito Constitucional). 
- Teoria dos atos de império e atos de gestão 
Os adeptos dessa teoria não romperam definitivamente com a teoria 
da irresponsabilidade. 
Fazia-se distinção entre atos de império e atos de gestão. 
A Administração, ao praticar atos de império, colocava-se em 
posição de supremacia diante do administrado, impondo coercitiva e 
unilateralmente suas vontades, numa relação jurídica marcada por 
prerrogativas e privilégios estatais. 
Quando a prática desses atos implicava em danos aos administrados, 
a responsabilidade estatal era afastada, mantendo-se inalterado o 
regime anterior (da irresponsabilidade do Estado). 
Situação diversa ocorria quando os atos de gestão eram praticados, 
considerados aqueles executados pela Administração em situação de 
igualdade com os particulares. 
Quanto a esses surge a inovação, pois se passou a admitir a 
responsabilização estatal. 
Distinguia-se a pessoa do Rei (insuscetível de errar), que praticaria 
os atos de império, da pessoa do Estado, que praticaria os atos de 
gestão, através de seus prepostos. 
A crítica a essa teoria incidia principalmente sobre dois pontos: 
• impossibilidade de dividir a personalidade do Estado 
adotando como referência os atos do Rei (atos de império) e 
atos do Estado (atos de gestão); 
• impossibilidade de separar com precisão os atos de império 
dos atos de gestão. 
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TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
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- Teoria da culpa civil ou da responsabilidade subjetiva
Da mesma forma que a teoria dos atos de império e dos atos de 
gestão, a teoria da culpa civil fundava-se em preceitos do Direito 
Civil. 
Para os adeptos dessa teoria, que não mais faziam distinção entre 
atos de império e atos de gestão, o Estado seria responsável pelos 
danos que seus agentes causassem a terceiros desde que ficasse 
comprovada a “culpa” (aqui utilizada em sentido amplo, abrangendo 
dolo e culpa). 
Os requisitos cumulativos para configuração do dever estatal de 
indenizar, com base nessa teoria, são os seguintes: conduta (ação 
ou omissão, lícita ou ilícita); dano; nexo causal (ligação) entre a 
conduta e o dano; dolo ou culpa (elementos subjetivos da conduta). 
É importante destacar que nessa modalidade de responsabilidade as 
condutas dolosas ou culposas representam situações ofensivas ao 
Direito, o que sustenta a afirmação da doutrina que a 
responsabilidade subjetiva tem como principal fundamento o princípio 
da legalidade. 
Teorias publicistas
A doutrina identifica como o marco do surgimento destas teorias o 
caso Blanco, ocorrido em 1873 na França. 
A menina Agnès Blanco foi atropelada por uma vagonete. Seu pai 
ajuizou uma ação de indenização contra o Estado. Surgiu o conflito de 
atribuição entre a jurisdição comum (PoderJudiciário) e o 
contencioso administrativo (Poder Executivo). O Tribunal de Conflitos 
decidiu que a matéria deveria ser analisada pelo tribunal 
administrativo, pois o tema responsabilidade civil do Estado não 
poderia ser apreciado com base nos postulados do Direito Civil, mas 
sim naqueles regentes do direito público. 
- Teoria da culpa do serviço ou da culpa administrativa ou do 
acidente administrativo
Os adeptos dessa teoria desvincularam a responsabilidade do Estado 
da culpa do funcionário. 
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Não era preciso comprovar a culpa do agente público (identificar o 
agente), mas sim a culpa na prestação do serviço (faute du 
service, conforme os franceses), bem como, logicamente, os demais 
elementos configuradores da responsabilidade. 
Nesse sentido, Segunda Turma do STF no julgamento do RE 395942 
AgR/RS: 
“A alegação de falta do serviço – faute du service, dos 
franceses – não dispensa o requisito da aferição do nexo 
de causalidade da omissão atribuída ao poder público e o 
dano causado” (Relatora Min. Ellen Gracie, DJe 26/02/09). 
Essa falha do serviço público é caracterizada em três hipóteses: 
• o serviço não foi prestado; 
• o serviço foi prestado, porém com atraso; 
• o serviço foi mal prestado. 
Pense no seguinte exemplo: 
Se diversos moradores de determinada cidade fossem hospitalizados 
pelo fato de a água fornecida pelo município estar contaminada. Caso 
estes moradores propusessem ação de indenização contra o 
município não seria preciso identificar o agente público responsável 
pelo controle de qualidade da água, mas sim a falha do município em 
fornecer água contaminada. Ou seja, seria preciso comprovar que o 
serviço público foi mal prestado. Observe que o foco não é a falta do 
agente, mas sim a falha na prestação do serviço. 
A doutrina passou a denominar o fato causador da obrigação de 
reparar de “falta do serviço” ou “faute du service” ou “culpa 
anônima”. 
- Teoria do risco administrativo ou da responsabilidade 
objetiva
Esta teoria publicista, que serviu de fundamento para a 
responsabilidade objetiva do Estado, baseia-se no princípio da 
igualdade de todos perante os encargos sociais. 
Se os benefícios advindos da atuação estatal são repartidos para 
todos os integrantes da coletividade, nada mais justo que os 
prejuízos sofridos por alguns indivíduos também sejam repartidos. 
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De acordo com essa teoria, o Estado será responsabilizado se ficar 
comprovado que há nexo de causalidade (ligação) entre a conduta de 
seu agente e o resultado que causou a lesão ao administrado, sendo 
indiferente a existência de falta do serviço ou de culpa do 
agente público. 
Analise o seguinte exemplo: 
Ainda o exemplo do servidor municipal que avançou o sinal 
atropelando um pedestre causando-lhe ferimentos. Considerando-se 
que o motorista é servidor do Município, portanto, agente público, e 
no momento do acidente estava exercendo a sua função, o Município 
responderá pelos danos causados à vítima do acidente 
independentemente da comprovação de que o agente agiu 
com dolo ou culpa. Nessa situação, a vítima, para fazer jus à 
indenização, deverá provar que o agente avançou o sinal e causou-
lhe um dano, sendo indiferente se esta conduta foi intencional 
(dolosa) ou não intencional (culpa). 
Os requisitos cumulativos para configuração do dever estatal de 
indenizar, com base nesta teoria, são os seguintes: 
• conduta (ação ou omissão, lícita ou ilícita) de agente público; 
• dano; 
• nexo causal (ligação) entre a conduta e o dano. 
Em função da posição de supremacia em que o Estado se apresenta 
diante dos particulares, concluiu a doutrina que a uma maior 
quantidade de poderes deve ser atribuído um risco maior, surgindo 
daí a denominação teoria do risco administrativo. 
RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee cciivviill ddaa AAddmmiinniissttrraaççããoo nnoo DDiirreeiittoo bbrraassiilleeiirroo 
A teoria da responsabilidade civil objetiva do Estado foi 
adotada como regra no Brasil, constando das constituições a partir 
da Constituição de 1946. 
É importante destacar que a adoção essa teoria não afasta a 
aplicação da teoria da responsabilidade subjetiva, pois em 
determinadas situações (condutas omissivas), conforme será visto 
linhas abaixo, o Estado responderá de forma subjetiva. 
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Previsão legal: 
A adoção pelo ordenamento jurídico pátrio da teoria da 
responsabilidade civil objetiva do Estado é demonstrada por meio da 
leitura do art. 37, §6º, da Constituição Federal, e do art. 43 do 
Código Civil: 
CF/88
 
Art. 37, §6º. As pessoas jurídicas de direito público 
e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
CC Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público 
interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a 
terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, 
culpa ou dolo. 
Observe que os elementos subjetivos culpa e dolo não estão 
associados à responsabilidade estatal, mas sim à responsabilidade 
dos agentes públicos causadores do dano quando acionados 
em ação regressiva. 
Requisitos: 
Conforme já visto na questão anterior, os requisitos cumulativos são: 
• conduta (ação ou omissão, lícita ou ilícita) de agente público; 
• dano; 
• nexo causal (ligação) entre a conduta e o dano. 
Pessoas sujeitas à teoria da responsabilidade objetiva: 
A decomposição do art. 37, §6º, CF, revela quais os sujeitos que 
estão expostos à teoria da responsabilidade civil objetiva do Estado: 
“As PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO e as de 
DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇOS 
PÚBLICOS responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
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regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” (sem 
destaque no original). 
Portanto, responderão de forma objetiva, em regra, tanto as pessoas 
jurídicas de direito público com as pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos. Mas afinal, quem são essas 
pessoas? Veja o quadro: 
Pessoas jurídicas de Direito 
Público 
Pessoas jurídicas de Direito Privado 
prestadoras de serviços públicos 
Entes 
federados 
União 
Estados 
Distrito Federal
Municípios 
Administração 
indireta 
Fundações Públicas de 
Direito Privado, Empresas 
Públicas e Sociedades de 
Economia Mista. 
Administração 
indireta 
Autarquias e 
Fundações 
Públicas de 
Direito Público 
Particulares 
delegatários 
Concessionários e 
Permissionários 
Observações: 
1) As empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser 
criadas tanto para a prestação de serviços públicos como para a exploração 
de atividades econômicas. Contudo, apenas as prestadoras de serviços 
públicos são abrangidas pela teoria da responsabilidade objetiva, o 
que demonstra que nem todas as entidades integrantes da administração 
indireta estão expostas à teoria em questão. Adote-se como exemplo de 
empresa pública exploradora de atividades econômicas a CEF e de sociedade 
de economia mista o Banco do Brasil. 
2) Dentre as pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração 
indiretapode-se incluir as agências reguladoras e as agências 
executivas, que possuem natureza jurídica de autarquia ou fundação, bem 
como as associações públicas, cuja natureza jurídica é de autarquia. 
3) Quanto às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços 
públicos, o comando normativo do art. 37, §6º, da CF, não exige que tais 
pessoas integrem a Administração Pública, daí justificar-se a presença 
das concessionárias e das permissionárias de serviços públicos. 
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Abrangência da expressão “agentes públicos”: 
As constituições de 1946, 1967 e 1969, no que se refere ao tema, 
reportavam-se aos danos causados a terceiros por funcionários das 
pessoas jurídicas de direito público. 
O texto da Constituição de 1988 (art. 37, §6º) é de alcance muito 
maior, não apenas relativamente às pessoas jurídicas responsáveis 
pelas indenizações decorrentes dos danos, mas também quanto às 
pessoas físicas causadoras dos danos. 
O constituinte de 1988 substituiu a expressão “funcionário” 
por “agente publico”. Além disso, acrescentou ao rol das pessoas 
jurídicas responsáveis pelas indenizações as pessoas jurídicas de 
direito privado prestadoras de serviços públicos, que, juntamente 
com as pessoas jurídicas de direito público, passaram a responder 
como sujeitos ativos dessa relação jurídica obrigacional. 
Porém, resta saber quem são os agentes públicos? Agente público é 
a pessoa física que exerce funções públicas. 
Dessa forma, todo aquele que exerça função pública vinculado 
à pessoa jurídica de direito público ou a pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviço público será considerado 
agente público para fins de responsabilização estatal, nos 
termos do art. 37, §6º, da CF. 
Portanto, as condutas praticadas pelos agentes públicos no exercício 
de função pública, independentemente se dolosas ou culposas, são 
consideradas para efeito de responsabilização da pessoa jurídica a 
qual estejam vinculados. 
Uma pergunta muito comum é: por que a vítima não propõe a ação 
contra o próprio agente público ao invés de indicar como réu a pessoa 
jurídica? 
A resposta a essa indagação encontra resposta na teoria da 
imputação volitiva (teoria do órgão), que está atrelada ao princípio da 
impessoalidade. 
Teoria da imputação volitiva: 
Dentre as teorias utilizadas para justificar a relação entre agente 
público e a pessoa jurídica a qual está vinculado, prevaleceu no 
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ordenamento jurídico pátrio a teoria da imputação volitiva (teoria 
do órgão). 
Os adeptos dessa teoria sustentam que os agentes públicos não 
atuam com vontade própria, mas sim praticam seus atos tendo como 
propósito atender as finalidades da lei. A atuação do agente deve ser 
impessoal, sendo suas condutas imputadas à pessoa jurídica a que se 
vinculam. 
Responsabilidade primária e secundária: 
A discussão envolvendo responsabilidade primária e secundária está 
intimamente ligada aos institutos da centralização e da 
descentralização. 
Por meio da centralização União, Estados, DF e Municípios atuam 
diretamente para a consecução de seus objetivos, não se valendo de 
entidades da administração indireta ou de 
concessionários/permissionários. 
Nessas hipóteses, quando um agente das pessoas federativas 
indicadas causa lesão ao direito de outrem, o próprio ente público 
responderá pela indenização, restando caracterizada a 
responsabilidade primária. 
Exemplo: se um policial federal, agente da União, agride um 
particular causando-lhe lesões, eventual ação de indenização será 
proposta diretamente contra a União, refletindo a responsabilidade 
primária desta. 
Agora, adote-se o mesmo exemplo alterando apenas o sujeito. Ao 
invés de um policial federal o agressor será um carteiro dos 
Correios, entidade integrante da administração indireta, fruto de 
descentralização, cuja natureza jurídica é de empresa pública. 
Se na centralização a atuação das pessoas políticas é direta, na 
descentralização estas pessoas perseguem suas finalidades por 
meio das entidades integrantes da administração indireta ou das 
concessionárias/permissionárias. 
No caso apresentado, a ação indenizatória será proposta diretamente 
contra a empresa pública Correios. Contudo, se o patrimônio deste 
não for suficiente para saldar o débito, a União pode ser 
responsabilizada subsidiariamente, configurando-se a sua 
responsabilidade secundária. 
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Condutas omissivas: 
De acordo com a posição que prevalece na doutrina e na 
jurisprudência, quando a conduta estatal foi omissiva (omissão), a 
responsabilidade estatal será subjetiva, sendo necessário apurar 
a existência de dolo ou de culpa para surgir o dever de indenizar. 
Dessa forma... 
Conduta Responsabilidade
Comissiva Objetiva 
Omissiva Subjetiva 
Portanto, as condutas omissivas surgem como exceção à regra da 
aplicação da responsabilidade objetiva do Estado, encontrando 
discussão na doutrina e na jurisprudência. 
A jurisprudência dominante no STJ e no STF é de que nas 
omissões o Estado responde de forma subjetiva. 
Porém, quando o dano decorre de omissão de agente público 
em estabelecimento prisional, as decisões tanto do STJ como 
do STF convergem para a responsabilidade objetiva, 
aplicando-se novamente a regra. O Estado tem o dever de 
proteger aqueles que estão sob sua custódia, sendo objetiva sua 
responsabilidade nos casos de mortes de presos, inclusive por 
suicídio. 
É essa a posição que você deve adotar nas suas provas. 
Prestadores de serviços públicos e terceiro não-usuários
Sobre esse tema, analise a questão abaixo: 
(PGM/ARACAJU/PROCURADOR/2008/CESPE) A 
responsabilidade civil de concessionária de serviço público de 
transporte municipal é objetiva apenas relativamente aos 
usuários do serviço. (errada) 
Para melhor entendimento dessa assertiva, duas situações devem ser 
visualizadas: 
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TEORIA E EXERCÍCIOS 
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I) Motorista de ônibus de permissionária de serviço público, 
conduzindo o veículo, freia bruscamente causando ferimentos nos 
passageiros em função das quedas ocorridas; 
II) Motorista de ônibus de permissionária de serviço público, 
conduzindo o veículo, atropela pedestre que atravessava a pista. 
Analisando as duas situações acima facilmente conclui-se que as 
vítimas do primeiro caso, no momento do acidente, eram usuárias do 
serviço público de transporte. Já no segundo caso, a vítima 
atropelada, no momento do acidente, não estava utilizando o serviço 
público de transporte público. 
Tem-se, portanto, duas narrativas abrangendo usuário de serviço 
público e não usuário. 
O Supremo Tribunal Federal, durante certo tempo, fez distinção entre 
essas duas situações, considerando objetiva a responsabilidade do 
particular prestador de serviço público por danos causados a usuários 
do serviço e subjetiva se o dano fosse causado a não usuários. 
Contudo, essa posição foi alterada em decisão proferida no 
julgamento do RE 591874 (julgado em 08/03/07), conforme se 
verifica de trecho da notícia extraída do informativo nº 458: 
O Min. Joaquim Barbosa, relator, negou provimento ao 
recurso por entender que a responsabilidade civil das 
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviço público é objetiva também relativamente aos 
terceiros não-usuários do serviço. Asseverou que, em razão 
de a Constituição brasileira ter adotado um sistema de 
responsabilidadeobjetiva fundado na teoria do risco, mais 
favorável às vítimas do que às pessoas públicas ou privadas 
concessionárias de serviço público, toda a sociedade deveria 
arcar com os prejuízos decorrentes dos riscos inerentes à 
atividade administrativa, tendo em conta o princípio da isonomia 
de todos perante os encargos públicos. Ademais, reputou ser 
indevido indagar sobre a qualidade intrínseca da vítima, a 
fim de se verificar se, no caso concreto, configura-se, ou 
não, a hipótese de responsabilidade objetiva, haja vista 
que esta decorre da natureza da atividade administrativa, 
a qual não é modificada pela mera transferência da 
prestação dos serviços públicos a empresas particulares 
concessionárias do serviço. 
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Danos de obras públicas: 
A matéria deve ser analisada sob dois aspectos: 
I) Quando o dano é provocado pelo só fato da obra: 
Por razões de ordem natural ou imprevisível, sem culpa de 
alguém, a obra pública causou dano ao particular. Nesse caso, 
restará configurada a responsabilidade objetiva da Administração 
Pública, independentemente de quem esteja executando a obra (se 
ela diretamente ou um particular contratado). 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo citam o seguinte exemplo: 
“pode ocorrer de, numa obra de perfuração e abertura de galerias 
para ampliação do metrô de São Paulo, as explosões necessárias, a 
despeito de todas as precauções e cuidados técnicos, provocarem nas 
paredes das casas próximas. Nesse caso, o dano a essas casas é 
ocasionado pelo só fato da obra, sem que haja culpa de alguém, e 
quem responde pelo dano é Administração Pública (responsabilidade 
civil objetiva), mesmo que a obra esteja sendo executada por um 
particular por ela contratado” 
II) Quando o dano é causado diretamente pelo Estado ou 
este atribuiu a obra a particular por meio de contrato 
administrativo 
Trata-se de hipótese de má execução da obra, cujos danos 
devem ser imputados ao executor. 
Se a obra está sendo realizada pela Administração Pública, 
aplicar-se-á a teoria do risco administrativo (responsabilidade 
objetiva); caso a execução esteja a cargo de particular 
contratado, a responsabilidade será do tipo subjetiva. 
Participação do lesado: 
Há casos em que o dano tem origem exclusiva na conduta do lesado, 
restando totalmente afastada a responsabilidade civil do Estado, que 
não pode ser responsabilizados por prejuízos que não ocasionou. 
Todavia, em outras situações, a culpa não é exclusiva do lesado, mas 
sua participação contribuiu para a configuração do dano. Nesses 
casos, é pacífico nos tribunais que haverá a compensação de 
culpas, devendo o Estado arcar proporcionalmente à sua 
participação no evento danoso. 
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Caso fortuito e força maior: 
Há grande discussão na doutrina quanto aos conceitos de caso 
fortuito e de força maior. 
Alguns autores sustentam que o caso fortuito está associado a 
eventos inevitáveis decorrentes da atuação do homem, ao passo que 
a força maior associa-se a eventos irresistíveis da natureza. 
Já outros, como Maria Sylvia Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de 
Mello, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo não adotam esse critério 
de distinção, posicionando-se da seguinte maneira: 
• Força maior: consiste num evento externo, inevitável e 
invencível ou irresistível, estranho a qualquer atuação da 
Administração, como, por exemplo, um furacão. 
• Caso fortuito: consiste num evento interno, decorrente de 
uma atuação da Administração, cujo resultado é inevitável e 
invencível ou irresistível. Em que pese todos os cuidados técnicos 
terem sido adotados, o resultado ocorre da forma diversa da 
prevista, como exemplo, uma veículo público chocar-se com 
veículo particular, causando-lhe dano, por ter o freio falhado. 
O Supremo Tribunal Federal em seus julgados não tem feito distinção 
entre essas figuras, considerando que ambos são excludentes da 
responsabilidade estatal na modalidade risco administrativo, pois 
na condição de eventos externos à atuação administrativa rompem o 
nexo causal entre a conduta estatal e o dano. 
Quando a conduta estatal for omissiva (omissão), hipótese que será 
aplicada a teoria da culpa administrativa (responsabilidade subjetiva), 
caso fortuito e força maior serão excludentes da 
responsabilidade estatal, salvo se o Estado contribuiu para 
ocorrência do dano. Imagine uma árvore que em função de uma 
tempestade caiu sobre um veículo particular. Inicialmente, não há 
nenhuma relação entre o dano e o Estado. Porém, a situação muda 
se ficar demonstrado que os moradores já haviam alertado o Poder 
Público de que a árvore estava com seu tronco podre e prestes a cair. 
Nesse caso, a omissão da Administração Pública contribuiu para o 
evento danoso. Responderá, portanto, de forma subjetiva, pois sua 
omissão decorreu de culpa. 
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Sendo comissiva (ação) a conduta estatal, surge a controvérsia 
doutrinária. 
Para aqueles que seguem as lições de Celso Antônio Bandeira de 
Mello, nas hipóteses de força maior a responsabilidade estatal 
será afastada por ausência de nexo causal (no ex. de Marcelo A. 
e Vicente P.: um terremoto que arremessa um veículo oficial sobre 
propriedade particular, causando danos). 
Já nas hipóteses de caso fortuito, essa corrente sustenta que 
haverá responsabilização estatal, ainda que o resultado seja 
inevitável e irresistível. Dessa forma, no exemplo do freio do veículo 
público que falhou, apesar de estar em perfeito estado de 
conservação, responderia a Administração Pública pelos danos 
causados na colisão. 
Importante ressaltar, mais uma vez, que o STF não tem feito 
distinção entre caso fortuito e força maior. 
AAççãão o dde e iinnddeenniizzaaççã ãoo e e aaççãão o rreeggrreessssiivvaa 
A reparação do dano causado pela Administração dar-se-á de forma 
amigável ou pela via judicial. 
Uma vez indenizado o particular, a entidade pública se voltará contra 
o agente causador do dano, em ação regressiva, buscando o 
ressarcimento do prejuízo financeiro, devendo, todavia, para ter 
sucesso nessa empreitada, demonstrar a existência de culpa ou dolo 
na conduta do servidor. 
É, portanto, subjetiva a responsabilidade do agente público na 
ação regressiva que lhe move o Estado. 
É importante destacar que é possível que o agente formalize acordo 
com a Administração Pública em sede administrativa. O que o Estado 
não pode fazer é obrigar administrativamente o seu agente ao 
pagamento da indenização. Caso não alcance seu objetivo na via 
administrativa, deverá a Administração recorrer-se à via 
judicial. 
A indenização do dano deve abranger o que a vítima 
objetivamente perdeu, o que desprendeu e o que deixou de 
ganhar em conseqüência direta e mediata do ato lesivo da 
Administração. 
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Nos termos do art. 37, §5º, CF, a ação regressiva de ressarcimento é 
imprescritível. 
Por fim, a obrigação do servidor de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da 
herança recebida. 
RReessppoonnssaabbiilliiddaadde e cciivviill, , ppeenna all e e aaddmmiinniissttrraattiivvaa 
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, 
penal e administrativamente: 
Responsabilidade civil Prejuízo ao erário ou a terceiros 
Responsabilidade penal Abrange crimes e contravenções 
Responsabilidadeadministrativa Infração disciplinar 
 
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo (omissão) ou 
comissivo (ação), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá 
perante a Fazenda Pública em ação regressiva. 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra 
eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função que 
caracterize infração disciplinar. 
Agora, as duas questões desse tema mais cobradas em prova: 
- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, 
sendo independentes entre si. 
- A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato 
ou sua autoria. 
Fique atento(a) quanto a esse último ponto, pois a absolvição no 
crime por insuficiência ou ausência de provas não interfere 
necessariamente no resultado na esfera administrativa. 
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SSúúmmuulla ass ssoobbrre e rreessppoonnssaabbiilliiddaadde e cciivvi ill d doo EEssttaad doo 
-- SSúúmmuul laa vviinnccuullaannt tee n nºº 1111 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por 
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
-- SSúúmmuullaa ddoo SSTTFF nnºº 556622 
Na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a 
atualização de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros 
critérios, os índices de correão monetária. 
-- SSúúmmuullaa ddoo SSTTJJ nnºº 3377 
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral 
oriundos do mesmo fato. 
-- SSúúmmuullaa ddoo SSTTJJ nnºº 5544 
Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de 
responsabilidade extracontratual. 
-- SSúúmmuullaa ddoo SSTTJJ nnºº 332266 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante 
inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca. 
-- SSúúmmuullaa ddoo SSTTJJ nnºº 338877 
É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS DDEE FFIIXXAAÇÇÃÃOO SSOOBBRREE 
RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE CCIIVVIIL L DDA A AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃO O 
1) A responsabilidade objetiva do Estado, com base na culpa 
administrativa (teoria adotada no Brasil), de fundo constitucional, 
alcança atos praticados pelas autarquias. 
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2) É correto afirmar-se que a responsabilidade civil da pessoa jurídica 
de direito público não a obriga a reparar o dano sem prova do nexo 
de causalidade, nas circunstâncias do caso concreto. 
3) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da 
responsabilidade civil. 
4) Em face de prejuízos causados a particulares, as empresas 
privadas que integram a Administração Pública submetem-se às 
mesmas regras de responsabilidade civil aplicáveis aos entes 
públicos. 
5) Será objetiva a responsabilidade civil do Estado por acidentes 
nucleares. 
6) Caso a absolvição do agente público decorra da negativa de 
autoria, a sua responsabilidade administrativa poderá ser afastada. 
7) As sanções civis, administrativas e penais que podem ser impostas 
ao agente público são independentes, podendo cumular-se. Todavia, 
a absolvição criminal em decorrência da negativa de materialidade 
ensejará a absolvição na esfera administrativa – ou a revisão do 
processo, caso a penalidade já tenha sido imposta. 
8) Quando demandado regressivamente, o agente causador do 
prejuízo responderá de forma subjetiva perante a Administração 
Pública. 
9) A ação regressiva da administração pública contra o agente público 
causador direto de dano a particular, indenizado pela administração 
por força de condenação judicial, extingue-se, não se transmitindo 
aos herdeiros, no caso de falecimento desse agente. 
10) Se restar comprovada a culpa parcial do particular, a 
administração não responderá civilmente pelo prejuízo. 
11) A responsabilidade civil do Estado, pelos danos causados por seus 
agentes a terceiros, é hoje tida por ser subjetiva passível de 
regresso. 
12) A responsabilidade extracontratual do Estado decorre da prática 
de ato lícito e ilícito. 
13) A empresa privada prestadora de serviço público responde 
solidariamente com a Administração Pública e objetivamente pelos 
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atos danosos que seus empregados causarem a terceiros quando da 
prestação de serviço. 
14) Em tema de responsabilidade civil, a Constituição da República 
adota a responsabilidade objetiva, baseada na teoria da culpa 
administrativa. 
15) Existe prejudicialidade da esfera de responsabilidade criminal 
sobre a da responsabilidade administrativa, de modo que o servidor 
absolvido em ação penal não poderá, em nenhuma hipótese, ser 
punido administrativamente. 
16) O exercício irregular das atribuições do cargo pode acarretar 
responsabilidade civil e administrativa do servidor público. 
17) Tanto a responsabilidade da Administração para com a vítima 
quanto a responsabilidade do agente em face da Administração 
seguem a teoria da responsabilidade subjetiva. 
18) Considere que tenha sido instaurado, contra servidor, processo 
penal pelo cometimento de crime contra a administração pública e 
que este foi absolvido pela insuficiência de provas. Em face dessa 
situação, a responsabilidade administrativa do servidor ficará 
automaticamente afastada. 
19) Caso o servidor público a quem se imputou o dever de indenizar 
prejuízo causado ao erário venha a falecer, essa obrigação de reparar 
o dano não poderá ser estendida aos sucessores. 
20) A responsabilidade civil do servidor decorrerá de ato culposo ou 
doloso. 
21) As autarquias respondem, em regra, pessoal e subjetivamente 
pelos atos danosos que seus servidores causarem a terceiros. 
22) A responsabilidade da administração indireta é sempre objetiva. 
23) A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de 
indenizar do Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. 
24) Nos atos omissivos a Administração Pública responderá de forma 
subjetiva, de acordo com posicionamento do Supremo Tribunal 
Federal. 
25) Encontra amparo no STF, de forma pacífica, a tese que distingue 
a responsabilidade civil dos prestadores de serviços públicos diante 
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de usuários (objetiva) e não usuários (subjetiva) do respectivo 
serviço. 
GABARITO: 1) E, 2) C, 3) E, 4) E, 5) C, 6) E, 7) C, 8) C, 9) E, 10) E, 11) E, 12) C, 
13) E, 14) E, 15) E, 16) C, 17) E, 18) E, 19) E, 20) C, 21) E, 22) E, 23) E, 24) C, 
25) E. 
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Gabaritocomentado das questões erradas
1) Errada - A responsabilidade objetiva do Estado, com base na culpa administrativa 
(teoria adotada no Brasil), de fundo constitucional, alcança atos praticados pelas 
autarquias. (risco) 
3) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da responsabilidade civil. 
(risco administrativo) 
4) Em face de prejuízos causados a particulares, as empresas privadas que 
integram a Administração Pública submetem-se às mesmas regras de 
responsabilidade civil aplicáveis aos entes públicos. (somente as prestadoras de 
serviços públicos) 
6) Caso a absolvição do agente público decorra da negativa de autoria, a sua 
responsabilidade administrativa poderá ser afastada. (será afastada) 
9) A ação regressiva da administração pública contra o agente público causador 
direto de dano a particular, indenizado pela administração por força de condenação 
judicial, extingue-se, não se transmitindo aos herdeiros, no caso de falecimento 
desse agente. (os sucessores respondem até o limite do patrimônio transferido) 
10) Se restar comprovada a culpa parcial do particular, a administração não 
responderá civilmente pelo prejuízo. (as indenizações serão proporcionais à 
participação no fato) 
11) A responsabilidade civil do Estado, pelos danos causados por seus agentes a 
terceiros, é hoje tida por ser subjetiva passível de regresso. (objetiva) 
13) A empresa privada prestadora de serviço público responde solidariamente com 
a Administração Pública e objetivamente pelos atos danosos que seus empregados 
causarem a terceiros quando da prestação de serviço. (responderá pessoalmente 
pelos atos) 
14) Em tema de responsabilidade civil, a Constituição da República adota a 
responsabilidade objetiva, baseada na teoria da culpa administrativa. (teoria do risco 
administrativo) 
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15) Existe prejudicialidade da esfera de responsabilidade criminal sobre a da 
responsabilidade administrativa, de modo que o servidor absolvido em ação penal 
não poderá, em nenhuma hipótese, ser punido administrativamente. (somente 
nos casos de absolvição penal por negativa de autoria ou inexistência do fato) 
17) Tanto a responsabilidade da Administração para com a vítima quanto a 
responsabilidade do agente em face da Administração seguem a teoria da 
responsabilidade subjetiva. (somente do agente. A Administração, em regra, 
responde de forma objetiva) 
18) Considere que tenha sido instaurado, contra servidor, processo penal pelo 
cometimento de crime contra a administração pública e que este foi absolvido pela 
insuficiência de provas. Em face dessa situação, a responsabilidade administrativa do 
servidor ficará automaticamente afastada. (a absolvição na esfera penal por 
insuficiência de provas não necessariamente interferirá na esfera administrativa. Será 
obrigatória a absolvição administrativa se o servidor for absolvido no crime por 
negativa de autoria ou inexistência do fato) 
19) Caso o servidor público a quem se imputou o dever de indenizar prejuízo causado 
ao erário venha a falecer, essa obrigação de reparar o dano não poderá ser 
estendida aos sucessores. (aos sucessores, até o limite do patrimônio transferido) 
21) As autarquias respondem, em regra, pessoal e subjetivamente pelos atos 
danosos que seus servidores causarem a terceiros. (objetivamente) 
22) A responsabilidade da administração indireta é sempre objetiva. (nas condutas 
omissivas será subjetiva. Além disso, as pessoas jurídicas de direito privado que a 
integram respondem de forma subjetiva) 
23) A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de indenizar do 
Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. (independe de culpa ou 
dolo) 
25) Encontra amparo no STF, de forma pacífica, a tese que distingue a 
responsabilidade civil dos prestadores de serviços públicos diante de usuários 
(objetiva) e não usuários (subjetiva) do respectivo serviço. (o STF não faz mais 
distinção) 
QUESTÕES DE CONCURSOS DA FCC 
Importante lembrar que as questões abaixo são reproduzidas no final 
do capítulo sem os respectivos comentários. 
01) (FCC - 2010 - TCE-RO - Auditor) Um servidor público, 
condutor de uma viatura oficial, deu causa a acidente de 
trânsito com veículo de particular. Foram apurados danos 
materiais de grande vulto, equivalentes aos reparos 
promovidos no veículo particular e às despesas médicas 
geradas pelo atendimento ao motorista particular. O condutor 
da viatura particular tem pretensão indenizatória para 
ressarcimento dos danos materiais. Nesse caso, o Estado 
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a) e o servidor público respondem sob a modalidade de 
responsabilidade objetiva, caso o autor pretenda ajuizar a ação 
respeitando o litisconsórcio. 
b) responde sob a modalidade de responsabilidade objetiva e só o 
servidor público sob a modalidade de responsabilidade subjetiva, caso 
o autor pretenda incluir o servidor público na lide, sendo necessária 
dilação probatória para prova da culpa do mesmo. 
c) responde exclusivamente, sob a modalidade objetiva ou subjetiva, 
não sendo possível mover ação em face do servidor público, que 
estava a serviço do Poder Púbico. 
d) responde sob a modalidade objetiva, presumindo-se a culpa do 
servidor, que poderá ser penalizado também disciplinarmente na 
esfera administrativa. 
e) responde sob a modalidade subjetiva, uma vez necessário 
demonstrar a culpa do servidor, não incidindo a regra constitucional 
da responsabilidade objetiva. 
COMENTÁRIOS 
A) assertiva incorreta, pois a responsabilidade civil dos servidores 
públicos é apurada na modalidade subjetiva. 
B) assertiva correta, indicando com acerto que o Estado responderá 
de forma objetiva, ou seja, independentemente da comprovação de 
dolo ou de culpa; enquanto que o agente público responderá de 
forma subjetiva, pois a sua condenação está vinculada à 
comprovação de dolo ou culpa. 
C) não há impedimento legal para que a vítima proponha ação em 
face do Estado e do servidor. Conforme dito acima, o Estado 
responderá de forma objetiva e o servidor de forma subjetiva. 
D) não há que se falar em presunção de culpa do servidor. Esta deve 
ser comprovada pela vítima para fazer jus ao recebimento de 
indenização. A assertiva está incorreta. Quanto à sua parte final, a 
afirmação é correta de que o servidor também poderá ser penalizado 
disciplinarmente na esfera administrativa. 
E) tratando-se de conduta comissiva (ação), aplica-se a regra 
constitucional da responsabilidade objetiva. Assertiva incorreta. 
GABARITO: letra B 
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02) (FCC - 2010 - TRE-AM - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Quanto à responsabilidade civil do servidor 
público é correto que: 
a) Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
b) A obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores. 
c) As sanções civis, penais e administrativas não poderão cumular-se, 
sendo incompatíveis entre si. 
d) A responsabilidade civil e administrativa do servidor não será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do 
fato ou sua autoria. 
e) Tratando-se de dano causado a terceiros, não responderá o 
servidor perante a Fazenda Pública, ainda que em ação regressiva. 
COMENTÁRIOS 
A) Assertiva correta, sendo extraída do art. 122 da Lei 8.112/90. 
 
B) A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra 
eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Assertiva incorreta. 
C) Assertivaincorreta, pois as sanções civis, penais e administrativas 
poderão cumular-se, sendo independentes entre sim 
D) Na hipótese de absolvição criminal que negue a existência do fato 
ou de sua autoria, a responsabilidade administrativa do servidor será 
obrigatoriamente afastada, não se aplicando a regra da 
independência entre as instâncias. Portanto, assertiva incorreta. 
E) Assertiva incorreta, uma vez que se tratando de dano causado a 
terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública em ação 
regressiva. 
GABARITO: letra A 
03) (FCC - 2010 - METRÔ-SP - Advogado) Em tema de 
responsabilidade dos servidores públicos, considere: 
I. Praticando conduta que configure infração administrativa, que 
acarrete dano à Administração e seja tipificada como crime, o 
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servidor público estará sujeito às consequências civis, administrativas 
e penais, pois têm elas fundamento e natureza diversos. 
II. Não incide responsabilidade civil, salvo a penal e administrativa, 
para aquele que exerce, mesmo transitoriamente ou sem 
remuneração, mandato, cargo ou função em órgão estatal, pela 
prática de improbidade administrativa. 
III. A pena de suspensão significa o não exercício das atribuições 
funcionais por certo tempo, com percepção dos vencimentos 
correspondentes ao cargo. 
IV. O curso do prazo prescricional para a atuação disciplinar da 
Administração, interrompe-se na data do conhecimento da autoria da 
infração e suspende-se com a instauração do processo disciplinar. 
V. Toda sanção disciplinar há de estar associada a uma infração, a 
uma conduta que traduz descumprimento de dever ou inobservância 
de proibição, de natureza funcional. 
É correto o que consta APENAS em 
a) III e V. 
b) II e IV. 
c) I e V. 
d) I, II e III. 
e) III, IV e V. 
COMENTÁRIOS 
I) É o que dispõe o art. 125 da Lei 8.112/90: “as sanções civis, 
penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si”. Assertiva correta. 
II) Diferentemente do que diz a assertiva, aquele que exerce, 
mesmo transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo ou 
função em órgão estatal, pela prática de improbidade administrativa, 
estará sujeito à responsabilização civil, penal e administrativa. É o 
que se deduz do art. 2º da Lei 8.429/92. 
III) Assertiva incorreta, pois durante o período de suspensão o 
servidor não receberá os seus vencimentos. 
IV) Assertiva errada. Conforme art. 142, §3º, da Lei 8.112/90, “a 
abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar 
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade 
competente”. 
 
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V) Assertiva correta. É o que dispõe o art. 124: “a responsabilidade 
civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no 
desempenho do cargo ou função”. 
GABARITO: letra C (I e V corretas) 
04) (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) Com relação à responsabilidade civil do Estado, a 
ação regressiva é uma 
a) medida de natureza administrativa de que dispõe a Administração 
para obrigar o agente, manu militari, a ressarcir o valor da 
indenização que pagou a terceiros em decorrência de conduta 
daquele. 
b) medida administrativa que o lesado tem contra o agente público 
causador do dano. 
c) ação judicial que o agente público tem contra a vítima de dano se 
não agiu com culpa. 
d) ação judicial que o lesado tem contra o agente público causador do 
dano para buscar indenização. 
e) ação judicial de natureza civil que a Administração tem contra o 
agente público ou o particular prestador de serviços públicos 
causador do dano a terceiros. 
COMENTÁRIOS 
Após ser condenado a indenizar a vítima, o Estado dispõe da ação 
regressiva como meio de se ressarcir do prejuízo que lhe foi causado 
pelo agente público. Trata-se de medida judicial, imprescritível (art. 
37, §5º, CF), a ser proposta em face do agente causador do dano. 
GABARITO: letra E 
05) (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) José, preso provisório, atualmente detido em 
uma Cadeia Pública na cidade de Recife mata a golpes de arma 
branca um de seus oito companheiros de cela. Neste caso, o 
Estado de Pernambuco, em ação civil indenizatória movida 
pela viúva do falecido detento, 
a) será responsabilizado com fundamento na responsabilidade 
subjetiva do Estado. 
b) será responsabilizado apenas se houver comprovação da omissão 
dolosa dos agentes carcerários. 
c) não será responsabilizado, uma vez que o dano foi causado por 
pessoa física que não faz parte dos quadros funcionais do Estado. 
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d) não será responsabilizado, na medida em que inexiste prova do 
nexo de causalidade entre a ação estatal e o evento danoso. 
e) será responsabilizado, independentemente da comprovação de sua 
culpa, com base na responsabilidade objetiva do Estado. 
COMENTÁRIOS 
Muito cuidado com essa questão!!! 
Diante de omissão estatal, a regra é concluir pela aplicação da 
responsabilidade subjetiva. 
Contudo, essa regra possui exceções: eventos ocorridos em hospitais, 
delegacias, escolas, presídios, etc... 
Nesses casos, por haver o dever de guarda estatal, a 
responsabilidade será objetiva, motivo pelo qual a resposta correta 
está na letra E. 
GABARITO: letra E 
06) (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle – Atuarial) 
Determinada empresa privada, concessionária de serviço 
público, está sendo acionada por usuários que pleiteiam 
indenização por prejuízos comprovadamente sofridos em 
razão de falha na prestação dos serviços. A propósito da 
pretensão dos usuários, é correto concluir que 
a) depende de comprovação de dolo ou culpa do agente, eis que as 
permissionárias e concessionárias de serviço público não estão 
sujeitas à responsabilização objetiva por danos causados a terceiros 
na prestação do serviço público. 
b) atinge a empresa concessionária, independentemente de 
comprovação de dolo ou culpa, porém é afastada quando não 
comprovado o nexo de causalidade, bem como quando comprovada 
culpa exclusiva da vítima. 
c) atinge apenas o concedente do serviço, o qual possui 
responsabilidade extracontratual de natureza objetiva por danos 
causados a terceiros na prestação do serviço concedido. 
d) atinge a concessionária apenas se comprovada conduta dolosa ou 
culposa, a qual, uma vez condenada, possui o direito de regresso em 
face do poder concedente. 
e) atinge apenas o concedente do serviço, que somente será 
condenado em caso de comprovação de dolo ou culpa da empresa 
concessionária e terá contra a mesma o correspondente direito de 
regresso. 
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COMENTÁRIOS 
Considerando-se que as concessionárias são pessoas jurídicas de 
direito privado prestadoras de serviços públicos, fácil concluir que 
estão incluídas na regra do art. 37, §6º, CF, respondendo, em regra, 
de forma objetiva pelas condutas de seus agentes. 
Portanto, resposta correta letra b: “atinge a empresa concessionária, 
independentemente de comprovação de dolo ou culpa, porém é 
afastada quando não comprovado o nexo de causalidade, bem como 
quando comprovada culpa exclusiva da vítima”. 
Interessante destacar que para a configuração da responsabilidade 
objetiva é imprescindível a presença dos seus três elementos: fato 
administrativo, nexo causal e dano. 
 
GABARITO: letra B 
07) (FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador) Oregime de 
responsabilidade previsto no art. 37, §6º, da Constituição 
Federal brasileira 
a) adota a teoria do risco integral, em que não se admitem causas 
excludentes ou mitigadoras da responsabilidade estatal. 
b) alcança os atos praticados por particulares prestadores de serviços 
públicos, em relação a usuários e também a não-usuários, desde que 
existente nexo causal entre o evento causador do dano e a atividade 
objeto de delegação estatal. 
c) alcança os atos praticados por pessoa de direito público ou de 
direito privado prestadora de serviços públicos e atividades 
econômicas de relevante interesse coletivo. 
d) não se aplica aos particulares, mesmo aos que prestam serviços 
públicos, visto que esses têm sua responsabilidade regulada pelo 
Código Civil. 
e) exclui os atos praticados no exercício da função legislativa e 
jurisdicional. 
COMENTÁRIOS 
A) A teoria adotada é a do risco administrativo, em que se admitem 
causas excludentes (ex: caso fortuito ou força maior) ou mitigadoras 
da responsabilidade estatal (ex: culpa concorrente). Assertiva 
incorreta. 
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B) Assertiva correta, pois de acordo com a posição que prevalece no 
STF. 
C) A primeira parte da assertiva está correta: “alcança os atos 
praticados por pessoa de direito público ou de direito privado 
prestadora de serviços públicos”. Contudo, em caso de exercício de 
atividades econômicas a responsabilidade será apurada na 
modalidade subjetiva. Assertiva incorreta. 
D) Aplica-se às pessoas jurídicas de direito público e às pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. 
Assertiva incorreta. 
E) A demonstração que não exclui é conteúdo do art. 5º, LXXV, CF: 
“o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença”. 
GABARITO: letra B 
08) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) Sobre a reparação do dano decorrente da 
responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que 
a) não pode ser feita no âmbito administrativo em razão do direito de 
regresso que o Estado tem contra o seu agente. 
b) o prazo de prescrição do direito de obter indenização dos danos 
causados por agentes de pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos é de dez anos. 
c) prescreve em cinco anos o direito de obter indenização dos danos 
causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público. 
d) a Constituição Federal determina que seja formado litisconsórcio 
necessário entre o Estado e o seu agente causador do dano. 
e) a ação deve, necessariamente, ser proposta contra o Estado e o 
agente causador do dano, a fim de ser apurada a responsabilidade 
deste. 
COMENTÁRIOS 
A) A reparação do dano pode ser feita administrativamente, o que 
não afasta o direito de regresso do Estado. Assertiva incorreta. 
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B) Discute-se na doutrina e na jurisprudência se a prescrição é de 3 
ou 5 anos. Assertiva incorreta. 
C) A FCC posicionou-se com aqueles que sustentam a prescrição 
quinquenal, o que certamente gerou muita discussão. Assertiva 
correta. 
D) A Constituição Federal não faz essa determinação. Além disso, é 
pacífico na jurisprudência que o litisconsórcio, se formado, será 
facultativo. Assertiva incorreta. 
E) Assertiva incorreta, pois conforme explicação do item anterior, 
trata-se de litisconsórcio facultativo. 
GABARITO: letra C 
09) (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A responsabilidade objetiva do Estado 
a) existe em qualquer hipótese de dano, inclusive decorrente de força 
maior e caso fortuito. 
b) implica reparação do dano mesmo que a lesão decorra de culpa 
exclusiva da vítima 
c) resta caracterizada desde que presentes o fato administrativo, o 
dano e o nexo causal. 
d) somente se caracteriza se o agente público agiu com dolo ou 
culpa. 
e) não impede a ação regressiva contra o agente responsável pelo 
dano, qualquer que tenha sido a conduta deste. 
COMENTÁRIOS 
A) Assertiva incorreta. A responsabilidade objetiva do Estado diz 
respeito a danos decorrentes de condutas comissivas do Estado. Além 
disso, em casos de força maior e de caso fortuito, a responsabilidade 
será apurada na modalidade subjetiva, sendo possível, inclusive, o 
seu afastamento, pois os referidos institutos são considerados 
excludentes de responsabilidade. . 
B) Se houver culpa exclusiva da vítima não haverá nexo causal entre 
a conduta estatal e o dano e, por consequência, não se configurará a 
responsabilidade civil. Assertiva incorreta. 
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C) A assertiva, com acerto, lista os requisitos para a configuração da 
responsabilidade objetiva: fato administrativo, o dano e o nexo 
causal. 
D) Dolo e culpa dizem respeito à teoria da culpa administrativa, que 
prevê a responsabilidade subjetiva. Assertiva incorreta. 
E) Ora, se a conduta do agente não foi dolosa ou culposa, não há que 
se falar em ação regressiva. 
GABARITO: letra C 
10) (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área 
Judiciária - Execução de Mandados) Tendo ocorrido uma 
enchente causada por chuvas, com danos a moradores locais, 
foi comprovado que os serviços prestados pela Administração 
municipal foram ineficientes, alem do que os bueiros de 
escoamento das águas estavam entupidos e sujos, 
principalmente pelo depósito acumulado de terra e argila. 
Nessa caso, a Administração 
a) não será responsável face à culpa exclusiva dos moradores por 
eventual depósito de lixo no local. 
b) responderá pelos danos causados por culpa objetiva concorrente. 
c) não será responsável porque o fato não ocorreu pela conduta de 
seus agentes. 
d) deverá indenizar os moradores por força da responsabilidade 
objetiva. 
e) responderá pelos danos causados face à responsabilidade 
subjetiva. 
COMENTÁRIOS 
Em que pese eventos da natureza estarem relacionados a caso 
fortuito/força maior, a demonstração de culpa do Estado, nessas 
hipóteses, gera o dever de indenização. 
Dessa forma, a assertiva correta é a letra E, que prevê a apuração da 
responsabilidade estatal na modalidade subjetiva. 
GABARITO: letra E 
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OOUUTTRRAAS S QQUUEESSTTÕÕEES S DDE E CCOONNCCUURRSSOOS S 
1) (PROCURADOR MUNICIPAL DE VITÓRIA 2007/CESPE) A 
teoria do risco integral jamais foi acolhida em quaisquer das 
constituições republicanas brasileiras. 
2) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A obrigação de 
indenizar do Estado, segundo a teoria da responsabilidade integral, 
dá-se independentemente de qualquer culpa, exceto se o dano 
decorrer por culpa da vítima. 
3) (CESPE/FISCAL INSS/1998) Vigora no Brasil, como regra, a 
teoria do risco integral da responsabilidade civil. 
4) (JUIZ SUBSTITUTO TJBA 2004/CESPE) As fórmulas “The king 
can do no wrong” (“O rei não pode errar”) e “Le roi ne peut mal faire” 
(“O rei não pode fazer mal”) representam, historicamente, a teoria 
da responsabilidade com culpa (ou responsabilidade subjetiva), 
segundo a qual o administrado somente fazia jus a indenização por 
ato estatal se provasse a culpa ou o dolo da administração. 
5) (PROCURADOR DO DF 2007.1/ESAF) A teoria da faute du 
service, segundo entendimento predominante na doutrina 
administrativista pátria, insere-se no campo da responsabilidade 
extracontratual estatal objetiva, por aplicação da regra do § 6.º do 
art.37 da CF. 
6) (PROCURADOR DO DF 2007.1/ESAF) A aplicação da 
responsabilidade objetiva do Estado se satisfaz somente com a 
demonstração do nexo causal. 
7) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) O STF entende não haver 
responsabilização civil do Estado por ato omissivo quando um preso, 
foragido há vários meses, pratica crime doloso contra a vida, por não 
haver nexo de causalidade direto e imediato. 
8) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A teoria da 
responsabilidade objetiva informa que a obrigação de indenizar do 
Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. 
9) (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO UNIÃO/2001) A teoria do risco 
administrativo, base para a responsabilidade objetiva do Estado, 
admite a exclusão da responsabilidade do Estado nos casos de 
comprovação de culpa exclusiva da vítima. 
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10) (CESPE/TRE-MT/2009) Segundo a teoria objetiva da 
responsabilidade civil do Estado no Brasil, não é necessária a 
comprovação de culpa ou nexo causal entre ação e resultado para se 
imputar o dever de indenizar ao Estado. 
11) (CESPE/TRE-MT/2009) No que se refere à responsabilidade 
civil por atos judiciais, segundo jurisprudência majoritária, a regra é a 
irresponsabilidade civil do Estado. 
12) (CESPE/TRE-MT/2009) Um dos requisitos para que seja 
caracterizada a responsabilidade objetiva do Estado é a 
demonstração da culpa in eligendo da administração na escolha do 
servidor que praticou o ato. 
13) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) Os atos 
comissivos lícitos praticados por agente público, que causem danos 
ao particular, não ensejam a responsabilização civil da Administração 
Pública. 
14) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Constituição Federal 
de 1988 adotou a Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado, 
teoria que se fundamenta no risco administrativo e que isenta o 
lesado de provar a culpa do agente estatal, bastando que este aponte 
o nexo causal entre o fato administrativo e o dano. 
15) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) A CF prevê a responsabilidade 
objetiva da administração pública tanto na prática de atos omissivos 
como na realização de atos comissivos. 
16) (DPE/PI/DEFENSOR/2009/CESPE) Segundo o STF, para a 
configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessário 
que o ato praticado seja ilícito. 
17) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A responsabilidade 
extracontratual do Estado decorre somente da prática de ato ilícito. 
18) (CESPE/TRE-MT/2009) No caso de dano causado por leis de 
efeito concreto, não se admite a responsabilização civil do Estado. 
19) (CESPE/DPU/TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL/2010)
O nexo de causa e efeito não constitui elemento a ser aferido na 
apuração de eventual responsabilidade do Estado. 
20) (PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) Uma sociedade de 
economia mista prestadora de serviço público responderá por danos 
causados a terceiros independentemente da prova de culpa. 
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21) (TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJSE/2006/CESPE)
As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços 
públicos respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, desde que haja, qualquer que seja a hipótese, 
dolo ou culpa. 
22) (PROCURADOR DO MP/TCU 2004/CESPE) A 
responsabilidade da administração direta é sempre objetiva. 
23) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) A empresa privada prestadora 
de serviço público responde pessoal e objetivamente pelos atos 
danosos que seus empregados causarem a terceiros quando da 
prestação de serviço. 
24) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) O Instituto de Previdência do 
Estado do Espírito Santo, como autarquia estadual, responde pessoal 
e subjetivamente pelos atos danosos que seus servidores causarem a 
terceiros. 
25) (CESPE/Defensor Público União/2001) No ordenamento 
jurídico brasileiro, a responsabilidade objetiva é restrita ao Estado e 
às pessoas jurídicas integrantes de sua administração indireta. 
26) (ESAF/AFRF/2005) Assinale, entre as entidades abaixo, 
aquela que não se submete à responsabilidade objetiva pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros. 
a) REDE GLOBO DE TELEVISÃO 
b) FUNASA – Fundação Nacional de Saúde 
c) ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações 
d) CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
e) TELEMAR 
27) (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO UNIÃO/2001) As sociedades 
de economia mista, independentemente do seu objeto social, 
submetem-se à responsabilidade objetiva pelo dano que seus agentes 
causarem a terceiros. 
28) (CESPE/FISCAL INSS/1998) Em face de prejuízos causados a 
particulares, as empresas privadas prestadoras de serviços públicos 
submetem-se às mesmas regras de responsabilidade civil aplicáveis 
aos entes públicos. 
29) (PROCURADOR FEDERAL/2002/CESPE) Flávio, servidor 
público federal, concursado e regularmente investido na função 
pública, motorista do Ministério da Saúde, ao dirigir, alcoolizado, 
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carro oficial em serviço, atropelou uma pessoa que atravessava, com 
prudência, uma faixa de pedestre em uma quadra residencial do 
Plano Piloto de Brasília, ferindo-a. Considerando essa situação 
hipotética e os preceitos, a doutrina e a jurisprudência da 
responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte: Com base 
em preceito constitucional, a vítima pode ingressar com ação de 
ressarcimento do dano contra a União. 
30) (CESPE/PGEPB/2008) Um policial militar do estado da 
Paraíba, durante o período de folga, em sua residência, teve um 
desentendimento com sua companheira e lhe desferiu um tiro com 
uma arma pertencente à corporação. Considerando o ato hipotético 
praticado pelo referido policial, é correto afirmar que não há 
responsabilidade civil do Estado, visto que o dano foi causado por 
policial fora de suas funções públicas. 
31) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Considere-se 
que, em um acidente de trânsito, o condutor do veículo e a vítima 
sejam servidores públicos. Nessa situação, descabe a 
responsabilização do Estado pelos danos causados, pois, apesar de 
estar definido na Constituição Federal que o Estado deve responder 
pelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é possível 
enquadrar servidor público em tal conceito. 
32) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) A CF prevê a responsabilidade 
objetiva da administração pública tanto na prática de atos omissivos 
como na realização de atos comissivos. 
33) (DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 2004/CESPE) A 
responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige 
caracterização da culpa estatal pelo não cumprimento de dever legal, 
uma vez que a Constituição brasileira adota para a matéria a teoria 
da responsabilidade civil objetiva. 
34) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Prefeitura do Rio de 
Janeiro tem o dever de realizar, rotineiramente, as podas das árvores 
existentes nas ruas da cidade. Após um temporal de verão, inúmeros 
galhos caíram sobre veículos estacionados na rua X, localizada no 
município. No caso, o poder Público Municipal é responsável pelos 
danos causados. 
35) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) Professores servidores 
públicos municipais, reivindicando maiores salários, entraram em 
greve pelo tempo de 15 dias. Tal conduta gerou uma série de danos 
aos estudantes da rede municipal de ensino e seus familiares. É 
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direito liquido e certo dos munícipes receberem indenização pelos 
danos gerados pela paralisação dos servidores municipais. 
36) (EXAME DEORDEM OAB 2007.1/CESPE) Prevalece o 
entendimento de que, nos casos de omissão, a responsabilidade 
extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por isso, 
perquirir acerca da culpa e do dolo. 
37) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) No caso de 
ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da 
administração pública ocorre na modalidade subjetiva. 
38) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Na situação 
em que um detento mate um outro que estava recolhido na mesma 
carceragem, não há razão para se aventar a responsabilidade 
objetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração pública 
não chega a configurar a assunção do risco administrativo. 
39) (PGM/ARACAJU/PROCURADOR/2008/CESPE) A 
responsabilidade civil de concessionária de serviço público de 
transporte municipal é objetiva apenas relativamente aos usuários do 
serviço. 
40) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) Havendo culpa 
exclusiva da vítima, a responsabilidade civil do Estado deverá ser 
mitigada, hipótese em que se reparte do quantum da indenização. 
41) (CESGRANRIO/CAPES/ASSISTENTE EM CIÊNCIA/2008) 
João Rodrigo se atira de uma passarela e cai sobre um automóvel 
oficial a serviço de um dos órgãos da União. João Rodrigo sofre sérios 
danos motores decorrentes do impacto com o veículo, que o 
impossibilitam, em caráter permanente, de exercer qualquer tipo de 
atividade profissional. Sua esposa, então, decide postular indenização 
da União, proprietária do veículo oficial, por responsabilidade civil 
pelos danos sofridos por João Rodrigo. Nesse caso, o Estado não será 
responsável pelo dano sofrido por João Rodrigo, por falta de nexo 
causal entre o seu comportamento e o dano. 
42) (TÉCNICO EM PROCURADORIA/PGE-PA/2007/CESPE) O 
direito brasileiro adota a responsabilidade objetiva do Estado, tanto 
na ocorrência de atos comissivos como de atos omissivos de seus 
agentes que, nessa qualidade, causarem danos a terceiros. Pela 
referida teoria da reparação integral, basta a ocorrência do evento 
danoso, ainda que este resulte de caso fortuito ou força maior, para 
gerar a obrigação do Estado de reparar a lesão sofrida pelo terceiro. 
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43) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Teoria da 
Responsabilidade Objetiva do Estado não prevê excludentes, por isso 
só se aplica às condutas ilícitas do Estado. 
44) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) A força maior 
exclui a responsabilidade civil do Estado, quando descaracteriza o 
nexo de causalidade entre o evento danoso e o serviço público 
prestado ao administrado. 
45) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) A responsabilidade objetiva do 
Estado, no direito vigente, impõe à União o dever de indenizar ainda 
que o dano ocorra de força maior. 
46) (DPE/PI/Defensor/2009/CESPE) A força maior e o caso 
fortuito, ainda que determinantes para a ocorrência de evento 
danoso, não podem ser considerados como excludentes de 
responsabilidade do Estado. 
47) (PROCURADOR DO DF 2007.2/ESAF) Embora a Constituição 
preveja responsabilidade civil objetiva do Estado pelos danos que 
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, o dever de 
indenizar não surge, necessariamente, em todo ato praticado pelo 
poder público que gere dano a particular. Se não houver nexo causal 
entre o ato e o dano ou se houver culpa exclusiva da vítima, caso 
fortuito ou força maior, por exemplo, o Estado poderá não ser 
obrigado a pagar indenização. 
48) (CESPE/DPU/TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL/2010) 
A reparação do dano, na hipótese de prejuízo causado a terceiros 
pela administração, pode ser feita tanto no âmbito administrativo 
quanto no judicial. 
49) (ESAF/AFRF/2003) Em caso de responsabilidade civil do 
Estado, a divergência sobre a inserção do agente público 
causador do dano a terceiros, em caso de culpa, na ação 
judicial, em relação à Fazenda Pública, foi dirimida pelo 
Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, na esfera 
federal. Pela regra positiva, será caso de: 
a) ação regressiva ou litisconsórcio 
b) ação regressiva ou denunciação à lide 
c) somente ação regressiva 
d) litisconsórcio ou denunciação à lide 
e) somente denunciação à lide 
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50) (PGE/PB/PROMOTOR/2008/CESPE) A ação regressiva pode 
ser movida mesmo após terminado o vínculo entre o agente e a 
administração pública. 
Gabarito: 1) correta, 2) errada, 3) errada, 4) errada, 5) errada, 6) errada, 7) 
correta, 8) errada, 9) correta, 10) errada, 11) correta, 12) errada, 13) errada, 14) 
correta, 15) errada, 16) errada, 17) errada, 18) errada, 19) errada, 20) correta, 
21) errada, 22) errada, 23) correta, 24) errada, 25) errada, 26) D, 27) errada, 
28) correta, 29) correta, 30) correta, 31) errada, 32) errada, 33) errada, 34) 
errada, 35) errada, 36) correta, 37) correta, 38) errada, 39) errada, 40) errada, 
41) correta, 42) errada, 43) errada, 44) correta, 45) errada, 46) errada, 47) 
correta, 48) correta, 49) C, 50) correta. 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 50 50 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 50 50 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 50 50 
Gabarito comentado: 
1) Correta – A teoria do risco integral jamais foi acolhida em quaisquer das 
constituições republicanas brasileiras. (apenas recapitulando, por essa teoria, se 
houver nexo causal entre a conduta do agente público e o dano causado ao 
particular, o Estado responderá pela indenização devida, ainda que o dano tenha 
sido causado por culpa exclusiva do particular, culpa de terceiros ou força maior). 
2) Errata - A obrigação de indenizar do Estado, segundo a teoria da 
responsabilidade integral, dá-se independentemente de qualquer culpa, exceto se o 
dano decorrer por culpa da vítima. (ver questão anterior) 
3) Errada - Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da 
responsabilidade civil. (teoria da risco administrativo) 
4) Errada - As fórmulas “The king can do no wrong” (“O rei não pode errar”) e “Le 
roi ne peut mal faire” (“O rei não pode fazer mal”) representam, historicamente, a 
teoria da responsabilidade com culpa (ou responsabilidade subjetiva), 
segundo a qual o administrado somente fazia jus a indenização por ato estatal se 
provasse a culpa ou o dolo da administração. (teoria da irresponsabilidade estatal) 
5) Errada - A teoria da faute du service, segundo entendimento predominante na 
doutrina administrativista pátria, insere-se no campo da responsabilidade 
extracontratual estatal objetiva, por aplicação da regra do § 6.º do art. 37 da CF. 
(responsabilidade subjetiva, pois pela teoria da faute du service é preciso provar a 
falha no serviço, ou seja, a culpa (usada aqui em sentido amplo, abrangendo culpa 
em sentido restrito e dolo) da Administração. 
6) Errada - A aplicação da responsabilidade objetiva do Estado se satisfaz 
somente com a demonstração do nexo causal. (ainda é preciso demonstrar a 
conduta do agente e o dano causado à vítima) 
7) Correta - O STF entende não haver responsabilização civil do Estado por ato 
omissivo quando um preso, foragido há vários meses, pratica crime doloso contra a 
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vida, por não haver nexo de causalidade direto e imediato. (o fato tempo afasta o 
nexo causal) 
8) Errada - A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de 
indenizar do Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. (na 
responsabilidade objetiva não há que se falar em culpa) 
9) Correta

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