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Serviços Públicos: Conceito e Regulamentação

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DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 407
AAUULLA A 8 8 
(220//011/20012)) 
Prezado(a) aluno(a), 
Nessa oitava aula serão abordados os seguintes temas: 
• Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e 
controle, forma, meios e requisitos, delegação: concessão, 
permissão, autorização; 
Desejo-lhe uma ótima aula! 
Armando Mercadante 
DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 408
SSEERRVVIIÇÇOOS S PPÚÚBBLLIICCOOSS 
Conceito 
A análise dos conceitos de serviço público fornecidos pela doutrina 
revela a existência de duas concepções que se contrapõem: os que 
adotam um conceito amplo e aqueles que adotam o conceito
restrito. 
 
Você não deve comparar as definições buscando identificar qual está 
correta. 
São concepções diferentes acerca da definição de serviço público, 
sendo certo afirmar que na doutrina brasileira prevalece a adoção do 
conceito restrito, não significando que o conceito amplo seja 
equivocado. 
Ocorre apenas do conceito restrito possuir maior número de adeptos. 
-- Concceeiitoo aammppllo 
Os adeptos do conceito amplo identificam serviço público em todas as 
atividades desempenhadas pelo Estado, seja administrativa, 
legislativa ou jurisdicional. 
Essa concepção muito ampla surgiu na França com a Escola de 
Serviço Público. 
Com o passar dos tempos, outros autores, também adeptos do 
conceito amplo, apresentaram definições não tão elásticas. 
Alguns excluíram as funções jurisdicionais da definição, mantendo as 
funções administrativa e legislativa. 
Outros eliminaram tanto a função jurisdicional como a legislativa, 
porém identificaram serviço público como o exercício de qualquer 
atividade administrativa, não fazendo a necessária distinção entre 
serviço público, poder de policia, intervenção e fomento1. 
Como exemplo de conceito amplo, veja o apresentado por José 
Cretella Júnior: “toda atividade que o Estado exerce, direta ou 
1 Quando do estudo do conceito restrito, você verá que a expressão atividade administrativa 
abrange serviço público, poder de polícia, intervenção e fomento. 
DIREITO ADMINISTRATIVO – INSS (TÉCNICO E ANALISTA) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
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indiretamente, para a satisfação das necessidades públicas mediante 
procedimento típico do direito público”. 
-- CCoonncceeiittoo rreessttrriittoo 
Já os adeptos do conceito restrito sustentam que os serviços 
públicos são atividades desenvolvidas pelo Estado no exercício 
de suas funções administrativas, com exclusão das funções 
legislativa e jurisdicional. 
Portanto, de acordo com essa corrente, para fins de conceituação de 
serviço público, é preciso desconsiderar as funções legislativa e 
jurisdicional, e fechar o foco apenas na função administrativa. 
Para esses, por exemplo, não há serviço público na elaboração de 
uma lei ordinária (função legislativa), nem na prolação de uma 
sentença (função jurisdicional), mas há serviço público no 
fornecimento de energia elétrica (função administrativa). 
Ocorre que o exercício da função administrativa não se limita à 
prestação de serviços públicos, mas também abrange outras 
atividades, tais como, poder de polícia, fomento e intervenção. 
Dessa forma, para a análise do conceito restrito devemos identificar 
serviço público com uma das atividades desenvolvidas pelo 
Estado no exercício de sua função administrativa. 
Maria Sylvia Di Pietro apresenta um conceito restrito: “toda 
atividade material que a lei atribui ao Estado para que exerça 
diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de 
satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob 
regime jurídico total ou parcialmente de direito público”. 
Algumas conclusões importantes para a sua prova devem ser 
extraídas dessa definição: 
• a prestação de serviços públicos é incumbência do Estado, 
conforme dispõe o art. 175 da CF: “incumbe ao Poder Público, na 
forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços 
públicos”; 
• a expressão “diretamente” referida no citado art. 175 da CF diz 
respeito à prestação de serviços pela Administração Pública, seja 
Direta ou Indireta. A prestação indireta fica a cargo das 
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TEORIA E EXERCÍCIOS 
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concessionárias e das permissionárias de serviços públicos. Daí 
concluir-se que serviços públicos podem ser prestados pelos entes 
federados (União, Estados, DF e Municípios), pelas entidades 
integrantes da administração indireta (autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) e 
também por particulares (concessionárias e permissionárias); 
• é o Estado, por meio de lei, quem define qual atividade é 
considerada serviço público em determinado momento. Como 
exemplo: art. 21, XI (serviços de telecomunicações); 
• a gestão dos serviços públicos é feita pelo Estado, seja 
diretamente (por meio dos órgãos da administração direta) ou 
indiretamente (por meio das concessionárias, das permissionárias 
ou das entidades integrantes da administração indireta); 
• os serviços públicos são prestados sob regime jurídico de direito 
público ou sob regime jurídico híbrido (conjugação do regime 
jurídico público com o regime jurídico privado). Importante 
destacar que não há serviço público prestado exclusivamente sob 
regime privado (regime comum); 
• todo serviço público tem como objetivo atender ao interesse 
público, porém nem toda atividade que visa a atender ao interesse 
coletivo é serviço público (ex: associação de apoio a crianças com 
câncer); 
Por fim, merece destaque o fato de a doutrina destacar alguns 
elementos da definição: 
• Elemento subjetivo: diz respeito aos sujeitos que prestam 
serviços públicos (Estado e particulares delegatários); 
• Elemento formal: relaciona-se ao regime jurídico com base no 
qual é prestado o serviço público (regime jurídico de direito público 
ou regime jurídico híbrido); 
• Elemento material: é o interesse público que se persegue com 
a execução dos serviços públicos. 
Classificação 
A doutrina apresenta diversas classificações de serviços públicos. Eis 
as principais: 
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1. Serviços públicos próprios e impróprios: 
De acordo com as lições de Hely Lopes Meirelles, 
- Serviços próprios2: “são aqueles que se relacionam intimamente 
com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e 
saúde públicas) e para a execução dos quais a Administração usa de 
sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão só devem ser 
prestados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação a 
particulares”. Exemplos: defesa nacional, segurança interna e 
fiscalização de atividades. 
- Serviços públicos impróprios3: “são os que não afetam 
substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem a 
interesses comuns de seus membros e por isso a Administração os 
presta remuneradamente, por seus órgãos, ou entidades 
descentralizadas (autarquias, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, fundações governamentais) ou delega a sua 
prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários”. 
Exemplos: serviços de transporte coletivo, energia elétrica e 
telecomunicações. 
2. Serviços administrativos, comerciais ou industriais e 
sociais: 
- Serviços administrativos: são os que a Administração Pública 
executa para atender às suas necessidadesinternas ou preparar 
outros serviços que serão prestados ao público. Exemplos: os 
prestados por centros de pesquisas, pela imprensa oficial, etc. 
- Serviços comerciais ou industriais: são os que a Administração 
Pública executa para atender, direta ou indiretamente, para atender 
às necessidades coletivas de ordem econômica. Exemplos: 
telecomunicações, transportes e energia elétrica. 
2 Ao meu ver, equivale ao que renomada doutrina denomina de serviços estatais originários 
ou congênitos. 
3 Seguindo o mesmo raciocínio da nota anterior, equivale aos serviços estatais derivados ou 
adquiridos. 
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- Serviços sociais: são os que a Administração Pública executa para 
atender aos direitos sociais consagrados no art. 6º da CF. Na 
prestação desses serviços a atuação do Estado, que é essencial, 
convive com a iniciativa privada. Exemplos: saúde, educação e 
previdência. 
3. Uti singuli (singulares) e uti universi (coletivos): 
- Uti singuli: conforme lição de Maria Sylvia Di Pietro, são os 
serviços públicos que têm por finalidade a satisfação individual e 
direta das necessidades dos cidadãos. Direcionam-se a destinatários 
determinados (individualizados), podendo ser mensurados por cada 
indivíduo. Exemplos: energia elétrica domiciliar, luz, gás, telefonia, 
saúde e previdência social. 
- Uti universi: são aqueles prestados à coletividade (destinatários 
indeterminados), porém usufruídos indiretamente pelos indivíduos. 
Exemplos: defesa do país contra inimigo externo, iluminação 
pública, saneamento e serviços diplomáticos. 
Regulamentação 
Tanto a regulamentação como o controle dos serviços públicos são 
atividades desempenhadas exclusivamente pelo Poder Público. 
Para que o serviço público seja executado há necessidade da edição 
de uma disciplina normativa regulamentadora, que pode ser 
formalizada por meio de leis, decretos e outros atos regulamentares, 
editados pelo ente federado que recebeu da Constituição 
Federal a titularidade para prestação do serviço. 
Independentemente de quem preste o serviço (administração direta, 
indireta ou delegatários), a competência para regulação pertence ao 
ente federado (União, Estados, DF e Municípios). 
Dessa forma, sendo o tema telecomunicações, por exemplo, a 
competência regulatória será exclusiva da União, conforme art. 21, 
XI, da CF. 
Contudo, de acordo com lição de Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo, a doutrina mais moderna tem defendido a possibilidade de a 
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atividade de regulação ser desempenhada não só pelo próprio ente 
federado, centralizadamente, mas também pelas pessoas jurídicas de 
direito público integrantes de sua administração indireta, mais 
especificamente pelas autarquias sob regime especial (agências 
reguladoras). 
Prosseguem os autores lecionando que a edição das leis, contendo as 
diretrizes mais gerais de regulação do serviço, continua competindo 
ao Poder Legislativo do ente federado. Mas essas leis têm atribuído às 
entidades ou órgãos administrativos inúmeras regras 
complementares à lei (e não meramente regulamentares), no âmbito 
da denominada “discricionariedade técnica”. 
CControllee 
Considerando-se que os serviços públicos repercutem na esfera de 
seus destinatários, não se pode limitar a atuação da pessoa 
federativa tão somente à sua regulamentação, ou ainda a sua 
execução ou delegação. 
Há de exigir-lhe atuação positiva fiscalizatória, buscando meios de 
controlar a prestação do serviço. 
Dessa forma, a administração pública deve exercer controle 
sobre os serviços públicos, valendo-se dos seguintes meios: 
• Autotutela: é o controle que os entes federados ou entidades da 
administração indireta exercem sobre seus próprios atos; 
• Tutela: é o controle que os entes federados exercem sobre os atos 
praticados pelas entidades da administração indireta; 
• Fiscalização exercida pelo poder concedente sobre os atos 
praticados pelas concessionárias e permissionárias. 
Contudo, esse controle não fica restrito à administração pública, 
devendo também ser exercido pela população4, bem como pelos 
órgãos encarregados da defesa dos interesses coletivos e difusos, tais 
4 Nos termos do art. 37, § 3º, CF: “A lei disciplinará as formas de participação do usuário na 
administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à 
prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços”. 
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como o Ministério Público e os órgãos de defesa do consumidor (ex. 
PROCON´s). 
Forma 
Esse tópico será muito bem representado pela síntese feita por 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo no “Direito Administrativo 
Descomplicado”: 
1. Prestação centralizada serviço é prestado pela administração direta 
2. Prestação descentralizada serviço prestado por pessoa diferente do ente 
federado a que a CF atribui a titularidade do 
serviço 
2.1. Descentralização por serviço serviço é prestado por entidade da administração 
indireta, à qual a lei transfere a sua titularidade 
2.2. Descentralização por colaboração serviço é prestado por particulares aos quais, 
mediante delegação do Poder Público, é atribuída 
a sua mera execução 
3. Prestação desconcentrada serviço executado por um órgão, com 
competência específica para prestá-lo, integrante 
da estrutura da pessoa jurídica que detém a 
titularidade do serviço 
3.1. Desconcentrada centralizada órgão com competência específica para prestar o 
serviço integra a administração direta do ente 
federado que detém a titularidade do serviço 
3.2. Desconcentrada descentralizada órgão com competência específica para prestar o 
serviço integra a estrutura de uma entidade 
integrante da administração indireta; essa 
entidade detém a titularidade do serviço 
4. Prestação direta serviço prestado pela administração pública, 
direta ou indireta 
5. Prestação indireta Serviço prestado por particulares, aos quais, 
mediante delegação do poder público, é atribuída 
a sua mera execução. 
Delegação: concessão, permissão, autorização 
 
Os itens do edital “meios” e “requisitos” são absorvidos pela matéria 
trabalhada nesse tópico. 
O art. 22, XXVII, da CF, confere à União competência legislativa 
para edição de normas gerais sobre licitação e contratação, em 
todas as modalidades, para as administrações públicas diretas e 
indiretas da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
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Com base nesse dispositivo, a União editou a Lei 8.987/95, que é a 
norma geral sobre concessões e permissões de serviços públicos no 
Brasil. 
Os Estados, DF e Municípios, dentro de suas esferas de competências, 
podem legislar sobre concessões e permissões, desde que respeitem 
os comandos contidos na norma geral. 
Não podemos esquecer o art. 175 da CF, cujo texto determina que 
“incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos”. 
A partir desse momento, damos início ao estudo da Lei 8.987/95, que 
regula o regime jurídico das concessões e permissões... 
CConceitooss 
O art. 2º traz em seu corpo quatro definições: 
 
- Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o 
Município, em cuja competênciase encontre o serviço público, 
precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão 
ou permissão; 
 
- Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, 
feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade 
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e 
risco e por prazo determinado; 
- Concessão de serviço público precedida da execução de obra 
pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, 
ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, 
delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na 
modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de 
empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua 
conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja 
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da 
obra por prazo determinado; 
- Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, 
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo 
poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 
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No art. 40, o legislador ordinário fez constar que a permissão será 
formalizada mediante contrato de adesão, tendo como 
características, dentre outras, a precariedade e a revogabilidade 
unilateral do contrato pelo poder concedente. 
Dessa forma, a comparação entre as definições de concessão e de 
permissão gera as seguintes diferenças: 
Contratadas Licitação Contrato de adesão Precariedade 
Concessão Pessoas jurídicas 
ou consórcio de 
pessoas jurídicas 
Concorrência Não há referência à 
contrato de adesão na 
lei 
Não 
Permissão Pessoas físicas ou 
pessoas jurídicas 
Qualquer 
modalidade 
A lei diz que permissão 
é contrato de adesão 
Sim 
 
 
A discussão envolvendo natureza das permissões de “contrato de 
adesão” deve ser analisada com muito cuidado, porque todo contrato 
administrativo é um contrato de adesão, uma vez que suas cláusulas 
não são negociadas pela administração com o particular contratado. 
Não se pode esquecer que as cláusulas contratuais constam em 
minuta no edital de licitação. 
Dessa forma, sendo concessão e permissão contratos administrativos, 
na realidade, ambos possuem a natureza de contrato de adesão. 
O que se tem percebido em provas de concursos são questões 
afirmando que a Lei 8.987/95 faz referência expressa à natureza das 
permissões como contrato de adesão. Tal afirmação é correta, pois de 
fato essa informação consta do texto do art. 40 da referida lei. 
FFiissccaalliizzaaççããoo 
De acordo com o art. 3º, as concessões e permissões sujeitar-se-ão à 
fiscalização pelo poder concedente responsável pela delegação, com a 
cooperação dos usuários. 
CCoonnttrraattoo aaddmmiinniissttrraattiivvoo 
A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de 
obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá 
observar os termos da lei 8.987/95, das normas pertinentes e do 
edital de licitação (art. 4º). 
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Conforme já comentado, as permissões também são formalizadas 
mediante contrato administrativo. A única particularidade é que a lei 
se refere aos contratos de permissões como contratos de adesão, 
quando, na realidade, como já explicado, qualquer contrato 
administrativo é contrato de adesão. 
SServiiççoo adeeqquaaddo 
Em obediência ao art. 175, parágrafo único, IV, da CF, a Lei 
8.987/95, em seu art. 6º, determina que toda concessão pressupõe a 
prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários. 
Considera-se serviço adequado é o que satisfaz os requisitos de 
regularidade, continuidade (princípio da permanência), 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade (princípio da 
igualdade dos usuários), cortesia na sua prestação e 
modicidade das tarifas. 
A atualidade
 
 compreende a modernidade das técnicas, do 
equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a 
melhoria e expansão do serviço. 
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, 
quando: 
• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das 
instalações; 
• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da 
coletividade. 
Quanto o usuário inadimplente for ente público, a posição que 
prevalece no STJ, inclusive na Corte Especial, é pela possibilidade da 
interrupção do fornecimento dos serviços públicos, devendo-se, 
contudo, preservar as atividades essenciais, tais como hospitais, 
postos de saúde, escolas e creches, dentre outras (AgRg na SS 
1.764-PB, julgado em 27/11/2008). 
DDiirreeiittos ee oobbrigaaççõões dooss ussuuárioss 
No art. 7º, constam os direitos e obrigações dos usuários: 
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• receber serviço adequado; 
• receber do poder concedente e da concessionária informações
para a defesa de interesses individuais ou coletivos; 
• obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários 
prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as 
normas do poder concedente. 
• levar ao conhecimento do poder público e da concessionária 
as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao 
serviço prestado; 
• comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos 
praticados pela concessionária na prestação do serviço; 
• contribuir para a permanência das boas condições dos bens 
públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. 
As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, 
nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao 
consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo 
de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de 
seus débitos. 
PPoollííttiicca a ttaarriiffáárri iaa 
O art. 9º determina que a tarifa do serviço público concedido 
será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e 
preservada pelas regras de revisão previstas na própria Lei 8.987/95, 
no edital e no contrato. 
Quanto à preservação da tarifa, de acordo com o §2º desse artigo, os 
contratos devem prever mecanismos de revisão das tarifas a 
fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. 
Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração 
ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais (fato do 
príncipe), após a apresentação da proposta, quando 
comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para 
mais ou para menos, conforme o caso. 
A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e 
somente nos casos expressamente previstos em lei, sua 
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cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço 
público alternativo e gratuito para o usuário. 
Em havendo alteração unilateral do contrato (fato da 
administração) que afete o seu inicial equilíbrio econômico-
financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, 
concomitantemente à alteração. 
Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se 
mantido seu equilíbrio econômico-financeiro. 
No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o 
poder concedente prever, em favor da concessionária, no 
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes 
provenientes de receitas alternativas, complementares, 
acessórias ou de projetosassociados, com ou sem exclusividade, com 
vistas a favorecer a modicidade das tarifas. 
Tais fontes de receita serão obrigatoriamente consideradas para a 
aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características 
técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos 
distintos segmentos de usuários. 
LLicitaaçção 
Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de 
obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da 
legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, 
moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios 
objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório. 
No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes 
critérios, conforme art. 15: 
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; 
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente 
pela outorga da concessão; 
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos incisos I, II 
e VII; 
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IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; 
V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor 
valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor 
técnica; 
VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior 
oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica; ou 
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de 
propostas técnicas. 
Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta 
apresentada por empresa brasileira. 
A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de 
exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica 
justificada no edital de licitação. 
Considerar-se-á desclassificada a proposta: 
• que para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios 
que não estejam previamente autorizados em lei e à 
disposição de todos os concorrentes; 
• de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder 
concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou 
subsídios do poder público controlador da referida entidade. 
Inclui-se nas vantagens ou subsídios qualquer tipo de tratamento 
tributário diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza 
jurídica do licitante, que comprometa a isonomia fiscal que deve 
prevalecer entre todos os concorrentes (art. 17, §2º). 
Conforme art. 18-A, o edital poderá prever a inversão da ordem 
das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: 
• encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento 
de lances, será aberto o invólucro com os documentos de 
habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do 
atendimento das condições fixadas no edital; 
• verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será 
declarado vencedor; 
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• inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os 
documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada 
em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante 
classificado atenda às condições fixadas no edital; 
• proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado 
ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele 
ofertadas. 
Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em 
consórcio, observar-se-ão as seguintes normas: 
• comprovação de compromisso, público ou particular, de 
constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas; 
• indicação da empresa responsável pelo consórcio; 
• apresentação da documentação necessária, por parte de cada 
consorciada; 
• impedimento de participação de empresas consorciadas na mesma 
licitação, por intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente. 
O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da 
celebração do contrato, a constituição e registro do consórcio, 
nos termos do compromisso referido acima. 
A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder 
concedente pelo cumprimento do contrato de concessão, sem 
prejuízo da responsabilidade solidária das demais 
consorciadas. 
É facultado ao poder concedente, desde que previsto no edital, 
no interesse do serviço a ser concedido, determinar que o licitante 
vencedor, no caso de consórcio, se constitua em empresa 
antes da celebração do contrato. 
É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, 
contratos, decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias 
concessões. 
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CCoonnttrraatto o dde e ccoonncceessssã ãoo 
O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos 
privados para resolução de disputas decorrentes ou 
relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada 
no Brasil e em língua portuguesa (art. 23-A). 
Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, 
cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao 
poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a 
fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue 
essa responsabilidade. 
Sem prejuízo da responsabilidade referida acima, a concessionária 
poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de 
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao 
serviço concedido, bem como a implementação de projetos 
associados. 
Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros 
reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo 
qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder 
concedente. 
 
A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o 
cumprimento das normas regulamentares da modalidade do serviço 
concedido. 
SSubbconcceesssão 
É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de 
concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder 
concedente, sendo sempre precedida de concorrência. 
A exigência de licitação demonstra que não é o concessionário quem 
escolhe a empresa que assumirá a subconcessão. É o próprio Poder 
Público, por meio de concorrência, que faz essa escolha, não havendo 
qualquer relação jurídica entre concessionária e subconcessionária. 
O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da 
subconcedente dentro dos limites da subconcessão. 
A transferência de concessão ou do controle societário da 
concessionária sem prévia anuência do poder concedente
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implicará a caducidade da concessão (extinção por culpa da 
concessionária). 
Para fins de obtenção desta anuência, o pretendente deverá: 
• atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira 
e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço; 
• comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em 
vigor. 
Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder 
concedente autorizará a assunção do controle da concessionária por 
seus financiadores para promover sua reestruturação financeira e 
assegurar a continuidade da prestação dos serviços. 
Para garantir contratos de mútuo de longo prazo, destinados a 
investimentos relacionados a contratos de concessão, em qualquer de 
suas modalidades, as concessionárias poderão ceder ao mutuante, 
em caráter fiduciário, parcela de seus créditos operacionais futuros, 
observadas as seguintes condições: 
• o contrato de cessão dos créditos deverá ser registrado em 
Cartório deTítulos e Documentos para ter eficácia perante 
terceiros; 
• sem prejuízo do disposto no item acima, a cessão do crédito não 
terá eficácia em relação ao Poder Público concedente senão quando 
for este formalmente notificado; 
• os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo serão 
constituídos sob a titularidade do mutuante, independentemente de 
qualquer formalidade adicional; 
• o mutuante poderá indicar instituição financeira para efetuar a 
cobrança e receber os pagamentos dos créditos cedidos ou permitir 
que a concessionária o faça, na qualidade de representante e 
depositária; 
• na hipótese de ter sido indicada instituição financeira, fica a 
concessionária obrigada a apresentar a essa os créditos para 
cobrança; 
• os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depositados pela 
concessionária ou pela instituição encarregada da cobrança em 
conta corrente bancária vinculada ao contrato de mútuo; 
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• a instituição financeira depositária deverá transferir os valores 
recebidos ao mutuante à medida que as obrigações do contrato de 
mútuo tornarem-se exigíveis; e 
• o contrato de cessão disporá sobre a devolução à concessionária 
dos recursos excedentes, sendo vedada a retenção do saldo após o 
adimplemento integral do contrato. 
Serão considerados contratos de longo prazo aqueles cujas 
obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5 (cinco) 
anos. 
EEnncargoos doo ppoddeerr cconcceeddentte 
Incumbe ao poder concedente: 
• regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a 
sua prestação; 
• aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; 
• intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos 
em lei; 
• extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma 
prevista no contrato; 
• homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma 
desta Lei, das normas pertinentes e do contrato; 
• cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e 
as cláusulas contratuais da concessão; 
• zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar 
queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em 
até trinta dias, das providências tomadas; 
• declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do 
serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, 
diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, 
caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações 
cabíveis; 
• declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de 
instituição de servidão administrativa, os bens necessários à 
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execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente 
ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que 
será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; 
• estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do 
meio-ambiente e conservação; 
• incentivar a competitividade; e 
• estimular a formação de associações de usuários para defesa de 
interesses relativos ao serviço. 
No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos 
dados relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos, 
econômicos e financeiros da concessionária. 
A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do 
poder concedente ou por entidade com ele conveniada, e, 
periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por 
comissão composta de representantes do poder concedente, da 
concessionária e dos usuários. 
EEnncargoos daa ccooncceessssiioonáárriiaa 
Incumbe à concessionária: 
• prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas 
técnicas aplicáveis e no contrato; 
• manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à 
concessão; 
• prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos 
usuários, nos termos definidos no contrato; 
• cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas 
contratuais da concessão; 
• permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer 
época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do 
serviço, bem como a seus registros contábeis; 
• promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas 
pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato; 
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• zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, 
bem como segurá-los adequadamente; e 
• captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à 
prestação do serviço. 
As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela 
concessionária serão regidas pelas disposições de direito 
privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo 
qualquer relação entre os terceiros contratados pela 
concessionária e o poder concedente. 
IInntteerrvveennççããoo 
Nos termos do art. 32, o poder concedente poderá intervir na 
concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação 
do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas 
contratuais, regulamentares e legais pertinentes. 
A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que 
conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e 
os objetivos e limites da medida. 
Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de 
trinta dias, instaurar procedimento administrativo para 
comprovar as causas determinantes da medida e apurar 
responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa. 
Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos 
legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o 
serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo 
de seu direito à indenização. 
O procedimento administrativo deverá ser concluído no prazo 
de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida 
a intervenção. 
Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a 
administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida 
de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos 
praticados durante a sua gestão. 
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EExxttiinnççãão o dda a ccoonncceessssããoo 
Extingue-se a concessão por: 
• advento do termo contratual; 
• encampação; 
• caducidade; 
• rescisão; 
• anulação; e 
• falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou 
incapacidade do titular, no caso de empresa individual. 
Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os 
bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao 
concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no 
contrato, bem como haverá a imediata assunção do serviço pelo 
poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e 
liquidações necessários. 
A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a 
utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis. 
Nos casos de advento do termo contratual e encampação, o 
poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão, 
procederá aos levantamentos e avaliações necessários à 
determinação dos montantes da indenização que será devida à 
concessionária. 
- Advento no termo contratual (reversão da concessão): é o 
término da concessão por ter chegado ao prazo final contratado. 
A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a 
indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens 
reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham 
sido realizadoscom o objetivo de garantir a continuidade e atualidade 
do serviço concedido. Importante destacar que essa regra é 
aplicável a todas as formas de extinção. 
- Encampação: é a retomada do serviço pelo poder concedente 
durante o prazo da concessão se presentes os seguintes requisitos: 
a) interesse público, b) lei autorizativa específica; c) prévio 
pagamento da indenização. 
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- Caducidade: a inexecução total ou parcial do contrato
acarretará, a critério do poder concedente, demonstrando 
tratar-se de ato discricionário, a declaração de caducidade da 
concessão ou a aplicação das sanções contratuais. 
A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder 
concedente quando: 
• o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou 
deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e 
parâmetros definidores da qualidade do serviço; 
• a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou 
disposições legais ou regulamentares concernentes à 
concessão; 
• a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, 
ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou 
força maior; 
• a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou 
operacionais para manter a adequada prestação do serviço 
concedido; 
• a concessionária não cumprir as penalidades impostas por 
infrações, nos devidos prazos; 
• a concessionária não atender a intimação do poder 
concedente no sentido de regularizar a prestação do 
serviço; e 
• a concessionária for condenada em sentença transitada em 
julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições 
sociais. 
Uma outra hipótese de caducidade, já comentada nessa aula, está 
prevista no art. 27, e refere-se à extinção do contrato em função da 
transferência da concessão ou do controle societário da 
concessionária sem prévia anuência do poder concedente. 
Nesse caso a aplicação da caducidade é ato vinculado, 
diferentemente das hipóteses anteriores em que o Poder Público tem 
a opção de aplicar sanções ao invés de extinguir o vínculo. 
A declaração da caducidade da concessão deverá ser 
precedida da verificação da inadimplência da concessionária 
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em processo administrativo, assegurado o direito de ampla 
defesa. 
Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes 
de comunicados à concessionária, detalhadamente, os 
descumprimentos contratuais referidos acima, dando-lhe um prazo 
para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o 
enquadramento, nos termos contratuais. 
Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, 
a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, 
independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do 
processo. 
Da indenização será descontado o valor das multas contratuais e dos 
danos causados pela concessionária. 
Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente 
qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, 
obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da 
concessionária. 
- Rescisão: o contrato de concessão poderá ser rescindido por 
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das 
normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação 
judicial especialmente intentada para esse fim. 
Nesta hipótese, os serviços prestados pela concessionária não 
poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão 
judicial transitada em julgado. 
- Anulação: é a extinção da concessão em função de ilegalidade, 
podendo ser decretada unilateralmente pela Administração Pública no 
exercício do seu poder de autotutela ou pelo Poder Judiciário, se 
provocado. 
- Falência ou extinção da empresa concessionária e 
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa 
individual: ocorrendo qualquer um desses eventos ocorrerá 
automaticamente a extinção da concessão. 
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AAuuttoorriizzaaççõõeess 
Autorização é ato discricionário e precário por meio do qual a 
Administração Pública consente que o particular exerça determinada 
atividade ou utilize bem público em seu proveito. É inerente da 
autorização que o particular não pode exercer a atividade ou usufruir 
do bem público sem o consentimento do Estado, pois este está 
incumbido de analisar discricionariamente se o interesse público será 
preservado. Exemplos: autorização para porte de arma, para 
fechamento de ruas para festas, para estacionamento de veículos 
particulares em terreno público, etc. 
QUESTÕES DA FCC 
Apenas para sua orientação, os artigos citados nas respostas abaixo 
se referem à Lei 8.987/95 (lei que disciplina o regime de concessões 
e de permissões) 
1) (FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, 
Orçamento e Finanças Públicas) Determinada atividade, 
quando caracterizada como serviço público, 
a) deve, obrigatoriamente, ser prestada pelo Estado, não sendo 
passível de exploração pelo particular. 
b) constitui obrigação do Estado, que pode prestá-la diretamente ou 
sob o regime de concessão ou permissão. 
c) deve ser prestada exclusivamente pelo Estado, quando possuir 
natureza essencial, podendo ser delegada ao particular apenas 
quando sujeita ao regime de direito privado. 
d) é passível de exploração pelo particular, independentemente de 
autorização do Estado, observada a regulação setorial pertinente. 
e) somente pode ser explorada pelo particular, sob o regime de 
concessão ou permissão, mediante autorização legal específica. 
COMENTÁRIOS 
A) Vimos durante a aula que os serviços são prestados pelo Estado, 
por meio dos entes federados (Administração Direta) e das entidades 
integrantes da Administração Indireta (autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista), bem 
como pelos particulares, por meio das concessionárias e das 
permissionárias. Assertiva incorreta. 
B) Conforme demonstrado na assertiva anterior. Assertiva correta. 
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C) Para demonstrar que a assertiva está equivocada cito como 
exemplo a energia elétrica, que é um serviço essencial, e cujo 
fornecimento pode ser delegado a particulares (concessionárias e 
permissionárias). 
D) A prestação de serviços pelo particular deve observar a regulação 
setorial pertinente, porém depende de autorização do Estado, motivo 
pelo qual está equivocada a assertiva. 
E) A prestação de serviços mediante concessão ou permissão não 
depende da edição de uma lei específica, conforme menciona a 
assertiva, mas sim da formalização de contrato administrativo entre o 
Poder Público e o particular vencedor da licitação. Portanto, assertiva 
errada. 
GABARITO: letra B 
2) (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) Tendo em 
vista a classificação dos serviços públicos, o serviço de 
segurança pública é 
a) não essencial. 
b) impróprio. 
c) singular. 
d) indelegável. 
e) de utilidade pública. 
COMENTÁRIOS 
Com base na lição de Hely Lopes Meirelles, serviços próprios ”são 
aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder 
Público (segurança, polícia, higiene e saúde públicas) e para a 
execução dos quais a Administração usa de sua supremacia sobre os 
administrados. Por esta razão só devem ser prestados por órgãos ou 
entidades públicas, sem delegação a particulares”. 
Durante a aula citei como exemplos: defesa nacional, segurança 
interna e fiscalização de atividades. 
Portanto,a resposta correta está na letra D, que faz referência aos 
serviços indelegáveis, denominado por Hely Lopes como próprio. 
GABARITO: letra D 
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3) (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo 
Especializado) Delegação da prestação do serviço público, 
mediante concorrência, à pessoa jurídica ou a consórcio de 
empresas que demonstrem capacidade para seu desempenho, 
por sua responsabilidade e por prazo determinado são 
características do modelo de gestão dos serviços públicos 
denominado 
a) associação. 
b) permissão. 
c) autorização. 
d) concessão. 
e) cooperação. 
COMENTÁRIOS 
A questão versa sobre a definição de concessão ... 
O art. 2º da Lei 8.987/95 traz em seu corpo a definição de concessão 
de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder 
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, 
à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado. 
GABARITO: letra D 
4) (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário – 
Área Judiciária) Entende-se por permissão de serviço público a 
a) expedição de ato unilateral, discricionário e precário, em favor de 
pessoa jurídica ou física que comprove formalmente perante o poder 
concedente, a sua plena capacidade para a prestação do serviço. 
b) transferência através de contrato por prazo determinado e prévia 
licitação, na modalidade concorrência, celebrado pelo poder 
concedente com a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que 
tenha demonstrado capacidade para a sua prestação, por sua conta e 
risco. 
c) outorga mediante ato unilateral e precário, expedido pelo poder 
público à pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado no decorrer 
do procedimento licitatório, capacidade para a prestação do serviço, 
por sua conta e risco. 
d) contratação mediante ato administrativo discricionário e precário, 
sem necessidade de realização do certame licitatório, de pessoa 
jurídica que comprove plena capacidade para a execução do serviço. 
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e) delegação a título precário, mediante contrato de adesão e prévia 
licitação, objetivando a prestação de serviço público, formalizado 
entre o poder público e a pessoa física ou jurídica que tenha 
demonstrado, no procedimento licitatório, capacidade para a sua 
prestação. 
COMENTÁRIOS 
A) Permissão não constitui ato unilateral. 
B) No caso de permissão pode-se utilizar de qualquer modalidade de 
licitação. Além disso, a permissão não pode ser contratada com 
consórcio de pessoas jurídicas. 
C) Repetindo o que foi dito na alternativa A, a permissão não 
constitui ato unilateral, mas sim contrato. 
D) A contratação na permissão não é mediante ato administrativo, 
mas sim contrato administrativo, e sempre dependerá de licitação 
sob qualquer modalidade. 
E) A assertiva traz a definição correta de permissão. 
GABARITO: letra E 
5) (FCC/2010/TJ-PI/Assessor Jurídico) NÃO corresponde a 
um dos princípios inerentes ao regime jurídico dos serviços 
públicos o princípio da 
a) cortesia. 
b) eficiência. 
c) modicidade. 
d) permanência. 
e) individualização. 
COMENTÁRIOS 
A Lei 8.987/95, em seu art. 6º, determina que toda concessão 
pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento 
dos usuários. 
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Considera-se serviço adequado é o que satisfaz os requisitos de 
regularidade, continuidade (princípio da permanência), 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade (princípio da 
igualdade dos usuários), cortesia na sua prestação e 
modicidade das tarifas. 
Portanto, a resposta correta é letra E, por trazer característica não 
inerente aos serviços públicos. O correto seria generalidade. 
GABARITO: letra E 
6) (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - 
Área Judiciária) No que concerne às concessões de serviço 
público, é correto afirmar: 
a) A concessionária poderá contratar com terceiro o desenvolvimento 
de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço 
concedido, sendo tal contrato regido pelo direito público. 
b) É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de 
concessão, sendo tal outorga sempre precedida de concorrência, não 
se exigindo, todavia, autorização expressa do poder concedente. 
c) O contrato de concessão não poderá prever o emprego de 
mecanismos privados de solução de conflitos, como a arbitragem, por 
se tratar de contrato de direito público, o qual deve ser dirimido 
somente pelo Judiciário, na hipótese de litígio. 
d) A concessão é feita mediante licitação, na modalidade 
concorrência, havendo algumas peculiaridades em tal procedimento 
licitatório, como a possibilidade da inversão das fases de habilitação e 
julgamento. 
e) A transferência da concessão ou do controle societário da 
concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará 
na encampação da concessão do serviço público. 
COMENTÁRIOS 
A) Conforme art. 25, §1º, da Lei 8.987/95, a concessionária 
poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de 
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao 
serviço concedido, bem como a implementação de projetos 
associados. 
Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros reger-
se-ão pelo direito privado, e não pelo direito público como diz a 
assertiva, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os 
terceiros e o poder concedente (art. 25, §2º). Portanto, assertiva 
incorreta. 
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B) Conforme art. 26, é admitida a subconcessão, nos termos 
previstos no contrato de concessão, desde que expressamente 
autorizada pelo poder concedente, sendo sempre precedida de 
concorrência. Assertiva incorreta. 
C) Assertiva errada, pois conforme art. 23-A, o contrato de 
concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados 
para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao 
contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em 
língua portuguesa (art. 23-A). 
D) Assertiva correta. Diferente da permissão, na qual será cabível 
qualquer modalidade de licitação, na concessão apenas se admite 
concorrência, havendo a possibilidade da inversão das fases de 
habilitação e de julgamento, conforme prevê o art. 18-A. 
E) Questão errada, pois de acordo com o art. 27, a transferência de 
concessão ou do controle societário da concessionária sem 
prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da 
concessão (extinção por culpa da concessionária). 
GABARITO: letra D 
7) (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - 
Área Judiciária) Sobre a concessão de serviços públicos: 
a) Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, 
cabendo-lhe responder pelos prejuízos causados ao poder 
concedente, aos usuários ou a terceiros, mas a fiscalização exercida 
pelo órgão competente exclui essa responsabilidade. 
b) É possível concessão de serviço público, ainda que se trate de 
serviço cuja titularidade não pertença ao Estado. 
c) Poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no 
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de 
receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos 
associados, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas. 
d) O poder concedente, no exercício da fiscalização, não poderá 
acessar dados relativos à administração, contabilidadee recursos 
financeiros da concessionária. 
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e) A responsabilidade da concessionária, por se tratar de pessoa 
jurídica de direito privado, pelos prejuízos causados aos usuários do 
serviço público é subjetiva. 
COMENTÁRIOS 
A) Assertiva incorreta. De acordo com o art. 25, “incumbe à 
concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe 
responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos 
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão 
competente exclua ou atenue essa responsabilidade”. 
B) Ora, se a titularidade não pertencer ao Estado como esse vai 
delegá-lo? Assertiva incorreta. 
C) Assertiva correta. É o que se extrai do art. 11, “no atendimento às 
peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente 
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a 
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, 
complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem 
exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, 
observado o disposto no art. 17 desta Lei”. 
D) De acordo com o art. 30, “no exercício da fiscalização, o poder 
concedente terá acesso aos dados relativos à administração, 
contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da 
concessionária”. Assertiva incorreta. 
E) Nos termos do art. 37, §6º, da CF, as pessoas jurídicas de direito 
privado prestadoras de serviços públicos respondem de forma 
objetiva, ou seja, independentemente de demonstração de dolo ou 
de culpa. 
GABARITO: letra C 
8) (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Na concessão de serviço público: 
a) Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens 
reversíveis, com exceção dos direitos e privilégios transferidos ao 
concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no 
contrato. 
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b) A retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da 
concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa 
específica e após prévio pagamento da indenização denomina-se 
reversão. 
c) O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da 
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais 
pelo poder concedente, através de requerimento administrativo 
promovido para esse fim. 
d) A extinção do contrato de concessão pode ocorrer por diversas 
formas e razões, sendo uma delas a anulação, que pode provir de 
decisão administrativa ou judicial e os efeitos que produz são ex 
nunc. 
e) A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do 
poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a 
aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições legais e 
as normas convencionadas entre as partes. 
COMENTÁRIOS 
A) A assertiva contraria o disposto no art. 35, §1º: “extinta a 
concessão, retornam ao poder concedente todos os bens 
reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao 
concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no 
contrato, bem como haverá a imediata assunção do serviço pelo 
poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e 
liquidações necessários”. 
B) Equivocada a assertiva, pois constitui encampação a retomada 
do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão 
quando presentes os seguintes requisitos: a) interesse público, b) 
lei autorizativa específica; c) prévio pagamento da 
indenização. 
C) Conforme art. 39, o contrato de concessão poderá ser rescindido 
por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento 
das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação 
judicial especialmente intentada para esse fim. Assertiva incorreta. 
D) A anulação é a extinção da concessão em função de ilegalidade, 
podendo ser decretada unilateralmente pela Administração Pública no 
exercício do seu poder de autotutela ou pelo Poder Judiciário, se 
provocado. Os efeitos da anulação serão ex tunc, ou seja, 
retroativos. Assertiva incorreta. 
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E) Assertiva correta. De acordo com o art. 38, a inexecução total 
ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder 
concedente, demonstrando tratar-se de ato discricionário, a 
declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das 
sanções contratuais. 
GABARITO: letra E 
9) (FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz) Nos termos da Lei federal que 
dispõe sobre normas gerais de concessão de serviços públicos, 
a encampação, entendida como 
a) intervenção do poder concedente na concessão, ocupando 
provisoriamente as instalações da empresa concessionária, é cabível 
para garantir a continuidade da prestação do serviço. 
b) o modo de encerramento do contrato, por motivo de inexecução 
por parte da empresa concessionária, depende de apuração das faltas 
mediante devido processo legal. 
c) a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da 
concessão, por motivo de interesse público, depende de lei 
autorizativa específica e prévio pagamento da indenização. 
d) o modo de encerramento do contrato, por motivo de caso fortuito 
ou de força maior, depende de autorização judicial. 
e) o desfazimento do contrato devido a ilegalidade não imputável à 
intenção das partes, enseja o pagamento de indenização 
correspondente aos investimentos não amortizados realizados pela 
empresa concessionária. 
COMENTÁRIOS 
De acordo com o art. 37, a encampação é a retomada do serviço 
pelo poder concedente durante o prazo da concessão se presentes os 
seguintes requisitos: a) interesse público, b) lei autorizativa 
específica; c) prévio pagamento da indenização. 
GABARITO: letra C 
10) (FCC/2010/TCM-CE/Analista de Controle 
Externo/Inspeção de Obras Públicas) A declaração de 
caducidade em um contrato de concessão de serviços públicos 
a) depende de prévia indenização, apurada em processo 
administrativo. 
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b) ocorre, entre outras hipóteses, quando a concessionária seja 
condenada por sonegação de tributos, em sentença transitada em 
julgado. 
c) impõe-se quando constatada a inexecução total ou parcial do 
contrato de concessão. 
d) necessita de prévia autorização legislativa. 
e) acarreta a responsabilidade solidária do poder concedente pelas 
obrigações trabalhistas da concessionária. 
COMENTÁRIOS 
A) O que depende de prévia indenização é a encampação (art. 37). A 
caducidade, por ser motivada em culpa do contratado, independe de 
indenização prévia. Assertiva incorreta. 
B) É o que dispõe o art. 38, VII, da Lei 8.987/95: “a concessionária 
foi condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de 
tributos, inclusive contribuições sociais”. 
C) Assertiva incorreta, pois a decretação da caducidade não é 
obrigatória. Veja o que dispõe o art. 38: “a inexecução total ou 
parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a 
declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções 
contratuais....”. 
D) É a encampação que necessita de prévia autorização legislativa, 
conforme dispõe art. 37 já reproduzido em outras questões. 
E) Assertiva incorreta, pois o art. 38, §6º, da Lei 8.987/95, preceitua 
que “declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente 
qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, 
obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da 
concessionária”. 
GABARITO: letra B 
11) (FCC -2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário 
- Execução de Mandados) No que se refere à autorização de 
serviço público, é correto afirmar: 
a) Trata-se de ato precário, podendo, portanto, ser revogado a 
qualquer momento, por motivo de interesse público. 
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b) Trata-se de ato unilateral, sempre vinculado, pelo qual o Poder 
Público delega a execução de um serviço público de sua titularidade, 
para que o particular o execute predominantemente em seu próprio 
benefício. 
c) O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta e 
risco, sem fiscalização do Poder Público. 
d) Trata-se de ato unilateral, discricionário, porém não precário, pelo 
qual o Poder Público delega a execução de um serviço público, para 
que o particular o execute predominantemente em benefício do Poder 
Público. 
e) Trata-se de ato que depende de licitação, pois há viabilidade de 
competição. 
Autorização é ato discricionário e precário
 
 por meio do qual a 
Administração Pública consente que o particular exerça determinada 
atividade ou utilize bem público em seu proveito. É inerente da 
autorização que o particular não pode exercer a atividade ou usufruir 
do bem público sem o consentimento do Estado, pois este está 
incumbido de analisar discricionariamente se o interesse público será 
preservado. Exemplos: autorização para porte de arma, para 
fechamento de ruas para festas, para estacionamento de veículos 
particulares em terreno público, etc. 
GABARITO: letra A 
QQUUEESSTTÕÕEESS DDEE CCOONNCCUURRSSOOSS DDEE OOUUTTRRAASS BBAANNCCAASS 
1) (PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIAL 
RESENDE/RJ) A forma de extinção da concessão de serviços 
públicos, de maneira unilateral e por razões de ordem administrativa, 
denomina-se: 
a) reversão 
b) caducidade 
c) retrocessão 
d) encampação 
2) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) As concessões de serviço 
público só podem ser outorgadas por prazo determinado. 
3) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) A permissão é formalizada por 
contrato administrativo, tem como objeto a prestação de serviços 
públicos e pode ser firmada tanto com pessoa física quanto com 
pessoa jurídica ou consórcio de empresas. 
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4) (CESPE/ASSISTENTE JUDICIÁRIO/TJPE/2001) A prefeitura 
de determinada cidade delegou a uma empresa privada, por 
meio de contrato de adesão precedido de licitação, a 
incumbência de explorar linhas de ônibus, de modo precário e 
revogável. Diante desse caso hipotético, é correto afirmar que 
foi utilizado o instituto da 
a) autorização de serviço. b) permissão de serviço público. 
c) concessão de serviço público. d) delegação de competência. 
e) outorga de serviço. 
5) (CESPE/TJ-ES/Analista Judiciário/Direito/2011) Os serviços 
públicos devem ser prestados ao usuário com a observância do 
requisito da generalidade, o que significa dizer que, satisfeitas as 
condições para sua obtenção, eles devem ser oferecidos sem 
qualquer discriminação a quem os solicite. 
6) (ESAF/PFN/2003) A permissão de serviço público, nos 
termos da legislação federal, deverá ser formalizada 
mediante: 
a) termo de permissão 
b) contrato administrativo 
c) contrato de permissão 
d) contrato de adesão 
e) termo de compromisso 
7) (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) Em se 
tratando de concessão e permissão de serviços públicos 
considera-se, legalmente, serviço adequado: 
a) O que satisfaz às condições de regularidade, continuidade, 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua 
prestação e modicidade de tarifas. 
b) O que atende aos princípios da eficiência, da indisponibilidade do 
interesse público e da continuidade do serviço público. 
c) O que é realizado com razoabilidade e eficiência. 
d) O que atende ao princípio da eficiência. 
e) O que decorre da supremacia do interesse público. 
8) (CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE 
JANEIRO/2002) A qualidade do serviço público prestado à 
população, a que corresponde o direito do usuário de exigi-la, 
é consectário do princípio constitucional da: 
a) eficiência 
b) moralidade 
c) motivação necessária 
d) continuidade dos serviços públicos 
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9) (TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Conforme entendimento do 
STJ, a concessionária não pode suspender o fornecimento de energia 
elétrica, em face do princípio da continuidade do serviço público. 
10) (TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Nos contratos de 
concessão e permissão de serviço público, ressalvados os impostos 
sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de quaisquer 
tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, 
quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para 
mais ou para menos, conforme o caso. 
11) (PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) O usuário do serviço 
público tem direito à respectiva prestação sem qualquer distinção de 
caráter pessoal, razão pela qual na concessão de serviços públicos é 
vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em função das 
características técnicas ou de custos específicos provenientes do 
atendimento aos distintos segmentos do usuário. 
12) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Se uma empresa 
apresentar-se como licitante para firmar contrato de concessão e, na 
fixação da tarifa apresentada como proposta, estiverem incluídos 
subsídios específicos que a empresa possua, não disponíveis para os 
demais licitantes, nesse caso, a proposta deverá ser analisada. 
13) (STJ/Analista/2008/CESPE) No âmbito dos contratos de 
concessão, o edital pode prever a inversão da ordem das fases de 
habilitação e julgamento. Nesse caso, quando for encerrada a fase de 
classificação das propostas ou de oferecimento de lances, deverá ser 
aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante 
mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições 
fixadas no edital. 
14) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Diante do princípio da 
indisponibilidade do interesse público, o contrato de concessão não 
poderá prever o emprego de mecanismos privados para a resolução 
de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, como a 
arbitragem. 
15) (CESPE/TJ-ES/Analista Judiciário/Direito2011) 
Consideram-se serviços públicos uti universi os que são prestados à 
coletividade, mas usufruídos indiretamente pelos indivíduos, como 
são os serviços de defesa do país contra inimigo externo e os serviços 
diplomáticos. 
16) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Incumbe à concessionária 
a execução do serviço concedido e cabe-lhe responder por todos os 
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prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, 
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou 
atenue essa responsabilidade. 
17) (TJ/PI/Juiz/2007/CESPE) A extinção do contrato 
administrativo de concessão pela retomada do serviço pelo poder 
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse 
público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento 
da indenização, denomina-se apropriadamente 
a) caducidade b) rescisão c) anulação d) encampação e) reversão 
18) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) Em razão do princípio da 
continuidade do serviço público, a concessionária não pode requerer 
judicialmente a rescisão do contrato de concessão, nem mesmo se o 
poder concedente descumprir as normas contratuais. 
19) (DPE/ES/Defensor/2009/CESPE)A autorização de serviço 
público constitui contrato administrativo pelo qual o poder público 
delega a execução de um serviço de sua titularidade a determinado 
particular, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e 
risco, predominantemente em benefício próprio, razão pela qual não 
depende de licitação e, quando revogado pela administração pública, 
gera, para o autorizatário, o direito à correspondente indenização. 
20) (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) Quanto à concessão, 
permissão e autorização, a celebração de contrato é 
incompatível em caso de: 
a) permissão de uso ou de serviço. 
b) concessão e permissão. 
c) concessão e autorização. 
d) concessão de serviços públicos. 
e) autorização. 
21) (CESPE/FUB/Secretário Executivo/2011) A concessão de 
serviços do poder público a entidades privadas não pode ser extinta 
pelo Estado, ao qual compete, tão somente, o poder de fiscalização. 
22) (CESPE/INSS/Engenheiro Civil/2010) A permissão de 
serviço público depende sempre de licitação e contra ela cabe 
revogação pela administração pública a qualquer momento, por 
motivo de interesse público. 
23) (CESPE/INSS/Engenheiro Civil/2010) Os serviços de 
energia elétrica, gás, transportes, saúde, ensino e assistência e 
previdência social são exemplos de serviços uti universi, que, na 
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classificação dada pela doutrina, são aqueles que visam à satisfação 
individual e direta das necessidades dos cidadãos. 
24) (CESPE/ANEEL/Técnico Administrativo/2010) O princípio 
da continuidade do serviço público, segundo o qual o serviço público 
não pode ser interrompido, é aplicável ao exercício da função pública, 
mas não aos contratos administrativos. 
25) (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/2010)
Constitui hipótese de caducidade a retomada do serviço público pelo 
poder concedente, durante o prazo da concessão, por motivo de 
interesse público, mediante lei autorizadora específica e após prévio 
pagamento da indenização. 
Gabarito: 1) D, 2) correta, 3) errada, 4) B, 5) correta, 6) D, 7) A, 8) A, 9) 
errada, 10) correta, 11) errada, 12) errada, 13) correta, 14) errada, 15) correta, 
16) correta, 17) D, 18) errada, 19) errada, 20) E, 21) errada, 22) correta, 23) 
errada, 24) errada, 25) errada. 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 25 25 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 25 25 
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto 
 25 25 
Gabarito comentado 
1) Letra D - A forma de extinção da concessão de serviços públicos, de maneira 
unilateral e por razões de ordem administrativa, denomina-se: (d) encampação – 
prevista no art. 37 da Lei 8.987/95, consistindo na retomada do serviço pelo poder 
concedente durante o prazo da concessão por motivo de interesse público, 
mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização. 
2) Correta - As concessões de serviço público só podem ser outorgadas por prazo 
determinado. (todo contrato administrativo tem prazo determinado. O art. 23, I, da 
Lei 8.987/95, prevê que é cláusula essencial do contrato de concessão as relativas 
ao objeto, à área e ao prazo da concessão. De acordo com doutrina e com 
jurisprudência, esse raciocínio também pode ser aplicado para as permissionárias) 
3) Errada - A permissão é formalizada por contrato administrativo, tem como 
objeto a prestação de serviços públicos e pode ser firmada tanto com pessoa física 
quanto com pessoa jurídica ou consórcio de empresas. (essa questão poderia 
gerar muita dúvida se não fosse a expressão “consórcio de empresas”. Por conta 
desta expressão, a assertiva está incorreta, uma vez que a permissão só pode ser 
firmada por pessoas físicas e pessoas jurídicas. Alguns poderiam sustenta que 
também há erro na indicação de contrato administrativo, pois, conforme art. 40 da 
Lei 8.987/95, as permissões são formalizadas mediante contrato de adesão. 
Contudo, doutrina e jurisprudência majoritárias sustentam que essa contrato de 
adesão nada mais é do que um contrato administrativo). 
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4) Letra B - A prefeitura de determinada cidade delegou a uma empresa privada, 
por meio de contrato de adesão precedido de licitação, a incumbência de explorar 
linhas de ônibus, de modo precário e revogável. Diante desse caso hipotético, é 
correto afirmar que foi utilizado o instituto da: (b - permissão de serviço público – 
as palavras “precário” e “revogável” foram suficientes para concluir pela permissão. 
Uma das diferenças indicadas por parte da doutrina entre concessão e permissão 
diz respeito à precariedade desta última, que poderá ser revogada a qualquer 
momento não gerando direito de indenização ao particular contratado. Inclusive, o 
art. 2º, IV, da Lei 8.987/95, diz textualmente que permissão é delegação a título 
precário. 
5) Correta - Os serviços públicos devem ser prestados ao usuário com a 
observância do requisito da generalidade, o que significa dizer que, satisfeitas as 
condições para sua obtenção, eles devem ser oferecidos sem qualquer 
discriminação a quem os solicite. (a questão traz a definição correta de 
generalidade, não havendo o que acrescentar) 
6) Letra D - A permissão de serviço público, nos termos da legislação federal, 
deverá ser formalizada mediante: d) contrato de adesão (essa questão exigiu do 
candidato conhecer a redação do art. 40 da Lei 8.987/95: “a permissão de serviço 
público será formalizada mediante contrato de adesão..”) 
7) Letra A - Em se tratando de concessão e permissão de serviços públicos 
considera-se, legalmente, serviço adequado: a) O que satisfaz às condições de 
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia 
na sua prestação e modicidade de tarifas. (a questão traz a definição de serviço 
adequado constante do art. 6º, §1º, da Lei 8.987/95) 
8) Letra A - A qualidade do serviço público prestado à população, a que 
corresponde o direito do usuário de exigi-la, é consectário do princípio 
constitucional da: a) eficiência (como decorrência da noção de serviço adequado, 
conforme visto na questão anterior) 
9) Errada - Conforme entendimento do STJ, a concessionária não pode 
suspender o fornecimento de energia elétrica, em face do princípio da 
continuidade do serviço público. (o STJ garante a aplicação do disposto no art. 6º, 
§3º, que permite a interrupção da prestação do serviço em caso de emergência ou, 
após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança 
das instalações e por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da 
coletividade) 
10) Correta - Nos contratos de concessão e permissão de serviço público, 
ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de 
quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando 
comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, 
conforme o caso. (reprodução do art. 9º, §3º, da Lei 8.987/95) 
11) Errada - O usuário do serviço público tem direito à respectiva prestação sem 
qualquer distinção de caráter pessoal, razão pela qual na concessão de serviços 
públicos é vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em função das 
características técnicas ou de custos específicos provenientes do atendimento aos 
distintos segmentos do usuário. (o art. 13 da Lei 8.987/95 prevê que as tarifas 
poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos 
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários) 
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