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EBSERH HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS Pós-edital ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PACIENTES COM ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO DIGESTIVA E GASTROINTESTINAL – PARTE II Livro Eletrônico BRAZILIAN CONCURSOS COMPRA COLETIVA DE MATERIAIS PARA CONCURSO PARA MAIS INFORMAÇÕES CLIQUE AQUI https://api.whatsapp.com/send?phone=5596991098132&text=Ol%C3%A1.%20Gostaria%20de%20mais%20informa%C3%A7%C3%B5es%20acerca%20de%20materiais%20para%20concurso%20p%C3%BAblico%3F NATALE SOUZA Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/ Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós- graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem. 3 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Assistência de Enfermagem a Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte 2 ............................................................................4 2. Alterações Digestivas e Gastrointestinais ....................................................5 2.1. Gastrite ..............................................................................................5 2.2. Úlcera Péptica ....................................................................................14 2.3. Hepatites Virais .................................................................................23 Questões de Concurso ...............................................................................32 Gabarito ..................................................................................................37 Gabarito Comentado .................................................................................38 Referências Bibliográficas ..........................................................................46 https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ALTE- RAÇÕES DA FUNÇÃO DIGESTIVA E GASTROINTESTINAL – PARTE 2 Apresentação do Professor Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004 e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como Educadora/ Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Pro- jeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem. Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Concursos Psicologia, Legislação do SUS – comentada e esquematizada / Políticas de Saúde, Legislação do SUS e Saúde Coletiva 500 questões pela Editora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas de Enfermagem – Editora Sanar, 1000 Questões Residências em Enfermagem – Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras. Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que sai da graduação, tanto como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em mais de 12 concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tem- po ao estudo dos Conhecimentos específicos de Enfermagem, da Legislação especí- fica do SUS e aos milhares de profissionais que desejam ingressar em uma carreira pública. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Nesta aula, abordaremos o seguinte tema: assistência de enfermagem a pacientes com alterações da função digestiva e gastrointestinal parte 2, de forma que você saiba o que realmente é cobrado nos certames do conteúdo. Fique atento(a) aos grifos e caixas de textos, além dos comentários das questões. 2. Alterações Digestivas e Gastrointestinais Vamos continuar com as principais alterações no sistema digestivo e gastroin- testinal? 2.1. Gastrite A gastrite é uma inflamação da mucosa gástrica e um distúrbio gastrintestinal (GI) comum. Acomete igualmente homens e mulheres e é mais frequente em indivíduos idosos. A gastrite pode ser aguda ou crônica e pode ser, ainda, https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza classificada em erosiva ou não erosiva, com base nos sinais patológicos obser- vados na parede do estômago. Segundo Brunner e Suddart (2016), pode-se classificar a gastrite em: A gastrite aguda, cuja duração é de várias horas a alguns dias, frequentemente é cau- sada por imprudência alimentar (consumo de alimento irritante, que é excessivamente temperado ou de alimento contaminado). Observa-se, também, o desenvolvimento de gastrite aguda nas doenças agudas (p. ex., lesões traumáticas importantes; queimadu- ras; infecção grave; insuficiência hepática, renal ou respiratória; ou cirurgia de grande porte). Outras causas incluem uso excessivo de ácido acetilsalicílico e de outros agen- tes anti-inflamatórios não esteroides (AINE), consumo excessivo de bebidas alcoólicas, refluxo biliar e radioterapia. Um tipo mais grave de gastrite aguda é causado pela ingestão de ácidos ou álcalis fortes, que podem fazer com que a mucosa se torne gan- grenosa ou sofra perfuração. A gastrite também pode constituir o primeiro sinal de infecção sistêmica aguda. A gastrite crônica consiste em inflamação prolongada do estômago, que pode ser causada por úlceras benignas ou malignas do estômago ou por bactérias, como Helicobacter pylori (H. pylori). A gastrite crônica causada pela infecção por H. pylori está implicada no desenvolvimento de úlceras pépticas, câncer gástrico e linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT). A gastrite crônica pode estar as- sociada a doenças autoimunes, como anemia perniciosa. A gastrite não erosiva (aguda e crônica) é mais frequentemente causada pela infecção por H. pylori. A gastrite erosiva é causada, com mais frequência, pelo uso prolongado de AINE; o uso abusivo de bebidas alcoólicas e a exposição recente à radiação também estão implicados. 2.1.1. Fisiopatologia Na gastrite, a mucosa gástrica torna-se edemaciada e hiperemiada (congesta com líquido e sangue) e sofre erosão superficial. Secreta uma quantidade escassa https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza de suco gástrico, contendo pouquíssimo ácido, porém, muito muco. Pode haver ul- ceração superficial em consequência de doença erosiva, podendo levar à ocorrência de hemorragia. 2.1.2. Manifestações Clínicas • Gastrite aguda: − Pode exibir início rápido dos sintomas; − Queixas de desconforto abdominal, cefaleia, cansaço, náuseas, anorexia, vômitos e soluços, que podem persistir por poucas horas a alguns dias; − Gastrite erosiva que, possivelmente,provoca sangramento manifestado por fezes escuras alcatroadas (melena) ou fezes sanguinolentas de colo- ração vermelho-vivo (hematoquezia). • Gastrite crônica: − Pode ser assintomática; − Queixas de anorexia, pirose após a alimentação, eructação, sabor amargo na boca ou náuseas e vômitos; − Podem ocorrer desconforto epigástrico discreto, intolerância a alimentos condimentados ou gordurosos, ou dor que é aliviada pelo consumo de ali- mento; − O cliente pode não ser capaz de absorver a vitamina B12 e geralmente apresenta evidências de má absorção dessa vitamina; pode levar à ane- mia perniciosa. 2.1.3. Diagnóstico Para Brunner e Suddart (2016), o diagnóstico consiste no histórico e exames, sendo: https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • A gastrite algumas vezes está associada a acloridria ou hipocloridria (ausên- cia ou baixos níveis de ácido clorídrico), ou a níveis elevados de secreção do ácido; • A seriografia gastrintestinal superior (GIS) e a endoscopia alta são indicadas; • A biopsia com exame histológico é realizada; • Podem ser efetuados testes (sorologia, teste respiratório ou pesquisa do an- tígeno fecal) para anticorpos dirigidos contra o antígeno de H. pylori. 2.1.4. Tratamento Para Brunner e Suddart, o tratamento deve ser de acordo com o tipo de gastrite. • Gastrite aguda: A mucosa gástrica tem a capacidade de autorreparo depois de um episódio de gastrite. Em regra, o cliente recupera-se em cerca de 1 dia, embora o apetite possa estar diminuído por mais 2 ou 3 dias. O cliente deve abster-se de bebidas alcoólicas e alimentos até o desaparecimen- to dos sintomas. Em seguida pode progredir para uma dieta com alimentos não irritantes. Se os sintomas persistirem, pode ser necessária a administração de líquidos intravenosos. Havendo sangramento, o tratamento assemelha-se ao da he- morragia do trato GI superior. A terapia de suporte pode consistir em antiácidos e antagonista do receptor de histamina-2 (bloqueadores H2; por exemplo, famotidina, ranitidina, inibidores da bomba de prótons, como lansoprazol); sondagem nasogástrica (NG) e líquidos IV podem ser necessários. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Se a gastrite for causada pela ingestão de ácidos ou álcalis fortes, diluir e neu- tralizar o ácido com antiácidos comuns (p. ex., hidróxido de alumínio) e neutralizar o álcali com suco de limão diluído ou vinagre diluído. DICA Se a corrosão for extensa ou grave, evitar os eméticos e a lavagem em razão do perigo de perfuração. Pode-se necessitar de endoscopia de fibra óptica; a cirurgia de emergência pode ser necessária para re- mover o tecido gangrenoso ou perfurado; a ressecção gástrica (gastrojejunostomia) pode ser necessária para tratar a obstrução pilórica. • Gastrite crônica: As medidas essenciais ao tratamento consistem em modificação da dieta, re- pouso, redução do estresse, cessação do consumo de bebidas alcoólicas e de AINE e farmacoterapia de suporte incluindo antiácidos, bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons. A gastrite relacionada com a infecção pelo H. pylori é tratada com combinações de medicamentos selecionados, que podem incluir vários antibióticos e um inibidor da bomba de prótons. 2.1.5. Assistência de Enfermagem Em consonância com os autores citados, a assistência de enfermagem deve pautar-se em: • Implementar as medidas de emergência nos casos de ingestão de ácidos ou álcalis fortes; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Oferecer terapia de suporte ao cliente e à sua família durante o tratamento e após a neutralização ou diluição do ácido ou álcali ingerido; • Avaliar o estado mental para determinar se a ingestão pode ter sido inten- cional; • Preparar o cliente para outros exames complementares (endoscopia) ou ci- rurgia; • Ouvir calmamente e responda a todas as perguntas da maneira mais comple- ta possível; explicar todos os procedimentos e tratamentos; • Ajudar o cliente a tratar os sintomas (p. ex., náuseas, vômitos, pirose e fa- diga); • Evitar alimentos e líquidos VO durante várias horas ou dias, até o desapare- cimento dos sintomas agudos; • Oferecer ao cliente lascas de gelo e líquidos claros após a resolução dos sin- tomas; • Incentivar o cliente a relatar quaisquer sintomas que possam sugerir um epi- sódio repetido de gastrite com a introdução do alimento; • Desencorajar o consumo de bebidas cafeinadas (a cafeína aumenta a ativida- de gástrica e a secreção de pepsina), de bebidas alcoólicas e fumo de cigar- ros (a nicotina inibe a neutralização do ácido gástrico no duodeno); • Encaminhar o cliente para aconselhamento sobre redução de danos quanto ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e cessação do tabagismo, quando apro- priado; • Monitorar diariamente o equilíbrio hídrico à procura de desidratação (aporte mínimo de 1,5l por dia e débito urinário de 0,5ml/kg por hora). Infundir líqui- dos intravenosos, conforme prescrição; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Avaliar os valores laboratoriais dos eletrólitos a cada 24 h para detectar a existência de desequilíbrio hídrico; • Estar atento a sinais de hemorragia gástrica (hematêmese, taquicardia, hipo- tensão arterial) e, caso existam, notifique o médico imediatamente; • Examinar todas as fezes evacuadas quanto à existência de sangue visível ou oculto; • Instruir o cliente a evitar alimentos e bebidas que possam ser irritantes para a mucosa gástrica; • Orientar o cliente sobre o uso correto dos medicamentos para aliviar a gas- trite crônica. Questão 1 (2015/ INSTITUTO AOCP/EBSERH) Dentre os agentes biológicos rela- cionados ao desenvolvimento do câncer, está um que se relaciona à gastrite. Este agente é o a) Papiloma Vírus Humano (HPV). b) Vírus da hepatite B. c) Helycobacter pilori. d) Epbasten-Baar vírus. e) Virus linfotrópico da célula humana (HTLA). Letra c. Uma das causas mais frequentes da gastrite crônica é a infecção por H. Pilori. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 2 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – RJ/TBG) A gastrite é um distúrbio inflamatório da mucosa gástrica, que ocorre de forma súbita, podendo ser de curta duração, tornar-se crônica ou ainda evoluir para uma úlcera. As gastrites crônicas estão mais relacionadas com a presença da seguinte bactéria: a) Campylobacter pylori b) Helicobacter pylor c) Lactobacillus acidophilus d) Peptostreptococcus Letra b. Uma das causas mais frequentes da gastrite crônica é a infecção por H. Pylori. O H.pylori costuma se alojar na parede do estômago, logo abaixo da camada proteto- ra de muco. Essa camada é essencial para proteção do estomago, impedindo que o ácido clorídrico agrida a sua mucosa. O problema é que o H.pylori produz uma série de enzimas, algumas delas diretamente irritantes para as células do estômago, ou- tras ativas contra a camada de muco, tornando-a mais fraca, deixando a parede do estômago desprotegida contra o conteúdo ácido. Estas ações provocam inflamação damucosa do estômago, levando à gastrite e, alguns casos, à formação de úlcera péptica e até de tumores. Questão 3 (2005/CESPE/TRT 16ª REGIÃO) Gastrites agudas são frequentemente causadas por agressores com ação direta na mucosa gástrica e estão relacionadas à presença do Heliobacter pylori. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Certo. Vide comentário da questão anterior. Questão 4 (2005/CESPE/TRT 16ª REGIÃO) Entre os cuidados de enfermagem que devem ser assegurados ao paciente com gastrite, incluem-se a recomendação de dieta branda e fracionada, com ausência de alimentos irritantes à mucosa gástrica, a de prática de atividades físicas, com a finalidade de reduzir o estresse, e a de restrição à ingestão de álcool e de café e ao uso de tabaco. Certo. Dentre os cuidados de enfermagem para pacientes portadores de gastrite, estão: • Desencorajar o consumo de bebidas cafeinadas (a cafeína aumenta a ativida- de gástrica e a secreção de pepsina), de bebidas alcoólicas e fumo de cigar- ros (a nicotina inibe a neutralização do ácido gástrico no duodeno); • Instruir o cliente a evitar alimentos e bebidas que possam ser irritantes para a mucosa gástrica. Questão 5 (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – RJ/PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO – RJ) A gastrite é um distúrbio inflamatório da mucosa gástrica. Surge de forma súbita, podendo ser aguda, crônica ou mesmo evoluir para uma úlcera. As gastrites crônicas estão mais relacionadas com a presença da bactéria: a) Bordetella pertussis b) Helicobacter pylor https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza c) Clostridium botulinum d) Enterococcus faecium Letra b. A gastrite crônica consiste em inflamação prolongada do estômago, que pode ser causada por úlceras benignas ou malignas do estômago ou por bactérias, como Helicobacter pylori (H. pylori) 2.2. Úlcera Péptica A úlcera péptica é uma escavação que se forma na parede mucosa do estôma- go, piloro, duodeno ou esôfago; tende a ser encontrada mais no duodeno que no estômago. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Frequentemente é designada como úlcera gástrica, duodenal ou esofágica, de- pendendo de sua localização. As taxas de doença ulcerosa péptica entre indivíduos de meia-idade diminuíram nessas últimas três décadas, enquanto houve elevação nas taxas observadas entre indivíduos idosos. Mais adultos acima de 65 anos de idade são encontrados em ambientes tanto ambulatoriais quanto hospitalares para o tratamento de úlceras pépticas em comparação com qualquer outro grupo etário. Segundo Brunner e Suddart (2016), as úlceras pépticas tendem a ocorrer iso- ladamente, mas várias delas podem ser observadas em determinado momento. Em geral, as úlceras gástricas crônicas acometem a curvatura menor do estômago, próxima ao piloro. As úlceras esofágicas surgem em consequência do fluxo retró- grado de ácido clorídrico (HCl) do estômago para o esôfago (doença por refluxo gastresofágico [DRGE]). A úlcera péptica tem sido associada à infecção bacteriana, como Helicobacter pylori (H. pylori). Os fatores predisponentes incluem história familiar de úlcera péptica, tipo sanguíneo O, uso crônico de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo excessivo; existe certa associação entre as úlceras pépticas e as doenças pulmonares crônicas ou renais crônicas. A síndrome de Zollinger-Ellison (SZE) envolve a existência de hiperacidez gástrica extrema (hipersecreção de suco gástrico), úlcera duodenal e gastrinomas (tumores de células das ilhotas). Pode causar úlceras pépticas graves, hiperacidez gástrica extrema e tumores benignos ou malignos secretores de gastrina do pân- creas. A úlcera por estresse é o termo empregado para referir-se à ulceração aguda da mucosa da área duodenal ou gástrica, que ocorre após eventos fisiologicamente https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza estressantes, como queimaduras, choque, sepse grave e traumatismo de múltiplos órgãos; essas úlceras são clinicamente diferentes das úlceras pépticas. Os tipos específicos de úlceras que resultam de condições estressantes incluem as úlceras de Curling e as úlceras de Cushing. 2.2.1. Fisiopatologia Brunner e Suddart (2016) descrevem a fisiopatologia das úlceras da seguinte forma: As úlceras pépticas ocorrem, principalmente, na mucosa gastroduodenal, visto que esse tecido não pode suportar a ação digestiva do ácido gástrico (HCl) e da pepsina. A erosão é causada pela concentração (ou atividade) aumentada de ácido-pep- sina ou pela resistência diminuída da mucosa. A mucosa lesionada é incapaz de secretar muco suficiente para atuar como barreira contra o HCl. O uso de AINEs inibe a secreção de muco que protege a mucosa. Clientes com úlceras duodenais secretam mais ácido do que o normal, enquanto os clientes com úlceras gástricas tendem a secretar níveis normais ou diminuídos de ácido. A lesão da mucosa gastroduodenal resulta em diminuição da resistência às bactérias e, por conseguinte, pode ocorrer infecção pela bactéria H. pylori. 2.2.2. Manifestações Clínicas Os sintomas de uma úlcera podem durar alguns dias, semanas ou meses e po- dem desaparecer apenas para reaparecer sem nenhuma causa. Muitos clientes apresentam úlceras assintomáticas. Segundo Brunner e Suddart (2016), os prinipais sintomas são: https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Dor difusa e lancinante e sensação de queimação na região mesoepigástrica ou nas costas são características; • Dor associada às úlceras gástricas ocorre, com mais frequência, imediata- mente após uma refeição, enquanto a dor associada às úlceras duodenais ocorre mais comumente em 2h a 3h após as refeições; • A dor que é aliviada pela alimentação ou pela ingestão de um antiácido é ca- racterística das úlceras duodenais; • Cerca de 50 a 80% dos clientes com úlceras duodenais queixam-se de acor- dar com dor durante a noite; apenas 30 a 40% dos clientes com úlceras gás- tricas têm essa queixa; • Outros sintomas incluem: pirose(azia),vômitos(que podem aliviar a dor in- tensa e a distensão), constipação intestinal ou diarreia e sangramento (he- matêmese ou melena); • Constipação intestinal ou diarreia podem resultar da dieta e dos medicamen- tos; • Podem ocorrer sangramento (em15% dos clientes com úlceras gástricas) e fezes alcatroadas; pequena parcela dos clientes que apresentam sangra- mento de úlcera aguda apresenta apenas sintomas muito leves (ou nenhum sintoma). 2.2.3. Diagnóstico O diagnóstico, segundo Brunner e Suddart (2016), baseia-se em: • Exame físico (hipersensibilidade epigástrica, distensão abdominal); • Hemograma completo para avaliar a extensão da perda de sangue; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Endoscopia alta (preferida; biopsia das lesões suspeitas para exame histoló- gicoe teste para H. pylori); • Exames complementares: análise de amostras de fezes para sangue oculto; exames de secreção gástrica; e biopsia e histologia com cultura para a detec- ção de H. pylori (é também possível que a sorologia para anticorpos anti-H. pylori, teste de antígeno fecal ou teste da ureia na respiração detectem a existência de H. pylori); • Os exames de secreção gástrica possivelmente são valiosos para o diagnós- tico de acloridria e SZE. 2.2.4. Tratamento As metas do tratamento consistem em erradicar o H. pylori e tratar a acidez gástrica com métodos como medicamentos, mudanças no estilo de vida e interven- ção cirúrgica (menos comum atualmente). A terapia medicamentosa, segundo os Brunner e Suddart (2016), consiste em: • A terapia tríplice usada para suprimir ou erradicar o H. pylori inclui dois an- tibióticos (p. ex., metronidazol ou amoxicilina e claritromicina) associados a um inibidor da bomba de prótons (IBP) (p. ex., lansoprazol, omeprazol ou rabeprazol) e sais de bismuto. Utiliza-se também a terapia quádrupla com dois antibióticos (metronidazol e tetraciclina) mais um IBP e sais de bismuto; • Os antagonistas dos receptores H2 (em altas doses para clientes com SZE) são administrados para diminuir a secreção de ácido gástrico; em geral são recomendadas doses de manutenção de antagonistas dos receptores H2 du- rante 1 ano; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • A duração do tratamento depende da localização da úlcera; • Agentes citoprotetores (p. ex., misoprostol, sucralfato) podem ser prescritos para proteger as células da mucosa do ácido ou dos AINEs; • Clientes com risco de úlceras por estresse (p. ex., clientes com traumatismo crânio encefálico ou queimaduras extensas) podem ser tratados de modo profilático, com bloqueadores H2 IV e agentes citoprotetores. 2.2.5. Assistência de Enfermagem • As principais metas para o cliente podem incluir: − alívio da dor; − redução da ansiedade; − manutenção das necessidades nutricionais; − conhecimento a respeito do manejo e da prevenção da recidiva das úlce- ras e ausência de complicações. De acordo com os autores citados anteriormente, a assistência de enfermagem consiste em: • Administrar os medicamentos prescritos; • Orientar o cliente a evitar o uso de ácido acetilsalicílico e outros AINEs, bem como o consumo de bebidas alcoólicas; • Incentivar o cliente a fazer as refeições a intervalos regulares em uma atmos- fera relaxada; obter regularmente o peso corporal e incentivar modificações nutricionais; • Incentivar as técnicas de relaxamento; • Avaliar o nível de ansiedade do cliente; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Explicar os exames complementares e administrar os medicamentos no ho- rário estabelecido; • Interagir com o cliente de maneira tranquila, ajudá-lo a identificar os estres- sores e explicar técnicas de enfrentamento efetivo e métodos de relaxamen- to; • Incentivar a família a participar no cuidado e fornecer apoio emocional; • Avaliar perda de peso e sinais de desnutrição; • Reforçar a importância de aderir ao esquema dos medicamentos e às restri- ções nutricionais após a recuperação de um episódio agudo. A hemorragia constitui a complicação mais comum das úlceras pépticas; po- de-se observar ocorrência de hematêmese ou melena, logo, deve-se atentar para sinais de hemorragia: • Avaliar o cliente quanto à ocorrência de desmaio ou tontura e náuseas, antes e durante o sangramento; examinar as fezes para sangue oculto ou visível; monitorar, com frequência, os sinais vitais (taquicardia, hipotensão arterial e taquipnéia); • Inserir cateter urinário de demora e monitorar o equilíbrio hídrico; inserir e manter um dispositivo de acesso venoso para infusão de líquido e sangue; • Monitorar os valores laboratoriais (hemoglobina e hematócrito); • Inserir e manter uma sonda nasogástrica (NG) e monitorar a drenagem; efe- tuar lavagem, quando indicada; • Monitorar a saturação de oxigênio e administrar oxigenoterapia; • Tratar o choque hipovolêmico, quando indicado; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Antecipar a necessidade de endoscopia para avaliar o sangramento e realizar as intervenções endoscópicas; • A arteriografia com embolização ou cirurgia pode ser necessária em caso de úlcera gástrica persistente ou concomitante. Questão 6 (2011/NOSSO RUMO/PREFEITURA DE MAIRINQUE – SP) Sobre a Úl- cera Péptica, assinale a alternativa correta. a) Na úlcera gástrica a dor ocorre geralmente à noite, sendo aliviada pela ingestão de alimentos sólidos não ácidos. b) A úlcera gástrica representa 80% das úlceras pépticas, existindo uma hiperse- creção de ácidos no estômago. c) O tratamento farmacológico das úlceras pépticas é realizado com citoprotetores e antiácidos, desta forma não se fazem necessárias modificações alimentares. d) O uso crônico de drogas antiinflamatórias não esteróides não é um fator predis- ponente ao surgimento de úlcera péptica. e) Cerca de 80% das úlceras pépticas são duodenais, sendo a hemorragia menos comum que na úlcera gástrica. Letra e. Segundo Sharon L. e Lewis, Margaret M. Heitkemper (2013), as úlceras duodenais contribuem cerca de 80% das úlceras pépticas. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 7 (2005/CESPE/TRT 16ª REGIÃO) Na úlcera duodenal, a dor inicia-se no epigástrio e irradia-se para o rebordo costal. A presença de alimento no estômago causa a dor, que pode ser aliviada pelos vômitos. Errado. Na úlcera duodenal, a presença do alimento, alivia a dor. Questão 8 (2016/FAURGS/HCPA) Chamamos de _____________ a eliminação de fezes escuras, resultantes de sangue desnaturado. ______________ é a coloração amarelada da pele e escleróticas. ______________ é a transferência passiva de conteúdo gástrico para o esôfago e boca. ______________ é a dificuldade para deglutir. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas dos parágrafos acima. a) Melena – Refluxo – Icterícia – Hematêmese b) Hematêmese – Refluxo – Icterícia – Melena c) Melena – Icterícia – Refluxo – Disfagia d) Refluxo – Icterícia – Melena – Hematêmese e) Disfagia – Icterícia – Refluxo – Melena Letra c. • Melena: presença de sangue nas feres. Aparência de borra de café • Icterícia: pigmentação amarelada de pele e mucosas; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Refluxo: Transferência passiva do conteúdo gástrico para esôfago e boca, causando irritação; • Disfagia: dificuldade na deglutição. 2.3. Hepatites Virais Abordaremos neste item, as hepatites A, B e C com foco na clínica. 2.3.1. Hepatite A A hepatite A (HAV) é causada por um vírus de RNA da família enterovírus. Essa forma de hepatite é transmitida, principalmente, por via fecal-oral, pelo consumo de alimentos ou líquidos infectados pelo vírus. O vírus é encontrado nas fezes de clientes infectados antes do aparecimento dos sintomas e durante os primeiros dias da doença. O período de incubação é estimadoentre 2 e 6 semanas, com média de apro- ximadamente 4 semanas. A evolução da doença pode ter uma duração de 4 a 8 semanas. O vírus é encontrado no soro apenas por um breve período de tempo; por oca- sião do desenvolvimento da icterícia, o cliente tende a não ser infeccioso. Uma pessoa imune à hepatite A pode contrair outras formas de hepatite. A recuperação desse tipo de hepatite é habitual; ela raramente progride para necrose hepática aguda e para hepatite fulminante. Não existe nenhum estado de portador e a hepatite A não está associada a qualquer hepatite crônica. 2.3.1.1. Manifestações Clínicas https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Segundo Brunner e Suddart (2016), os principais sintomas da Hepatite A são: • Muitos clientes são anictéricos (sem icterícia) e assintomáticos; • Quando aparecem sintomas, eles se assemelham aos de uma infecção dis- creta das vias respiratórias superiores de tipo gripal, com febre baixa; • A anorexia, que é frequentemente grave, constitui um sintoma inicial; • Posteriormente, a icterícia e a eliminação de urina escura podem ser eviden- tes; • Ocorre indigestão em graus variáveis, caracterizada por desconforto epigás- trico vago, náuseas, pirose e flatulência; • Com frequência, o fígado e o baço estão moderadamente aumentados duran- te alguns dias após o início; • O cliente pode ter forte aversão pela fumaça de cigarro e odores fortes; esses sintomas tendem a desaparecer quando a icterícia alcança seu pico; • Os sintomas podem ser discretos em crianças; nos adultos, podem ser mais graves e a evolução da doença é prolongada. 2.3.1.2. Assistência de Enfermagem Segundo Brunner e Suddart (2016), a assistência de enfermagem baseia-se em: • Incentivar uma dieta nutritiva, bem como repouso no leito durante o estágio agudo; • Fornecer refeições em pequenas quantidades e frequentes, suplementadas com glicose IV, se necessário, durante o período de anorexia; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Promover a deambulação gradual, porém progressiva, para acelerar a recu- peração; • Ajudar o cliente e a família a enfrentarem a incapacidade e fadiga temporá- rias, que constituem problemas comuns associados à hepatite; • Educar o cliente e sua família para que procurem cuidados de saúde adicio- nais se houver persistência ou agravamento dos sintomas; • Instruir o cliente e sua família sobre dieta, repouso, exames de sangue para acompanhamento, importância de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e medidas sanitárias e de higiene (lavagem das mãos) para evitar a dissemi- nação da doença; • Orientar o cliente e sua família para que reduzam o risco de contrair a hepa- tite A: boa higiene pessoal, com lavagem cuidadosa das mãos; saneamento ambiental com suprimento seguro de alimentos e água e rede de esgoto. Questão 9 (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – RJ) A hepatite é uma do- ença que consiste na inflamação do fígado e pode ser causada por um vírus ou por substâncias tóxicas. É considerado mais contagioso, porém menos grave, o seguin- te tipo de hepatite viral: a) D b) C c) B d) A https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Letra a. Com relação a Hepatite A, a recuperação desse tipo de hepatite é habitual; ela raramente progride para necrose hepática aguda e para hepatite fulminante. Não existe nenhum estado de portador e a hepatite A não está associada a qualquer hepatite crônica. Questão 10 (2017/CONSULPLAN/TRF 2ª REGIÃO) Sabendo que a evolução das hepatites virais para as formas aguda e crônica varia de acordo com o tipo do vírus causador da doença, qual hepatite apresenta como evolução apenas a forma agu- da, não possuindo potencial para as formas crônicas? a) Hepatite A. b) Hepatite B. c) Hepatite C. d) Hepatite D Letra a. Analise a resposta da questão 09. Questão 11 (2018/CESPE/STJ) Julgue o próximo item, relativo ao meio de trans- missão das hepatites virais. A transmissão do vírus da hepatite A (HAV) ocorre majoritariamente por via pa- renteral, por isso o risco de transmissão é maior entre pessoas que compartilham seringas, agulhas e outros instrumentos para uso de drogas. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Errado. A hepatite A (HAV) é causada por um vírus de RNA da família enterovírus. Essa forma de hepatite é transmitida, principalmente, por via fecal-oral, pelo consumo de alimentos ou líquidos infectados pelo vírus. 2.3.2. Hepatite B Segundo Brunner e Suddart (2016), são pontos importantes sobre a Hepatite B: • O vírus da hepatite B (HBV) é um vírus de DNA transmitido, principalmente, pelo sangue (por via percutânea e permucosa), sêmen e secreções vaginais. Pode ser transmitido pelas mucosas e soluções de continuidade da pele. • O HBV tem longo período de incubação (1 a 6 meses). Esse vírus replica-se no fígado e permanece no soro por longos períodos, possibilitando sua trans- missão. • Os indivíduos que correm risco incluem todos os profissionais de saúde, clien- tes em hemodiálise ou em unidades de oncologia, homens homossexuais e bissexuais sexualmente ativos e usuários de substâncias IV. • Cerca de 10% dos clientes evoluem para um estado de portador ou desen- volvem hepatite crônica. A hepatite B continua sendo uma importante causa mundial de cirrose e de carcinoma hepatocelular. 2.3.2.1. Manifestações Clínicas Segundo os autores citados, os principais sintomas são: https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Os sintomas podem ser insidiosos e variáveis; frequentemente ocorrem episódios subclínicos, porém, febre e sintomas respiratórios são raros; al- guns clientes apresentam artralgias e exantemas; • Podem ocorrer perda do apetite, dispepsia, dor abdominal, dor generaliza- da, mal-estar e fraqueza; • A icterícia pode ou não ser evidente. Quando ocorre icterícia,observa-se a eliminação de fezes de coloração clara acolia fecal) e urina escura (colúria); • O fígado pode estar hipersensível e aumentado; o baço está aumentado e palpável em alguns clientes. Os linfonodos cervicais posteriores também podem estar aumentados. 2.3.2.2. Tratamento Segundo Brunner e Suddart (2016), o tratamento deve ser baseado em: • A alfainterferona demonstrou resultados promissores; • A lamivudina e o adefovir são agentes úteis; • O repouso no leito e a restrição das atividades são recomendados até a resolução da hepatomegalia e dos níveis elevados de albumina sérica e enzimas hepáticas; • Deve-se manter uma nutrição adequada; restringir as proteínas quan- do houver comprometimento na capacidade de o fígado metabolizar os subprodutos das proteínas; • Administrar antiácidos e agentes antieméticos para a dispepsia e o mal- -estar generalizado; evitar todos os medicamentos se o cliente apresentar vômitos. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza 2.3.2.3.Assistência de Enfermagem Em consonância com Brunner e Suddart (2016): • A convalescença pode ser prolongada e a recuperação pode levar de 3 a 4 meses; incentivar a atividade gradual após o desaparecimento completo da icterícia; • Identificar problemas e preocupações psicossociais, particularmente os efei- tos da separação da família e dos amigos quando o cliente é hospitalizado; se não for hospitalizado, o cliente é incapaz de trabalhar e deve evitar qualquer contato sexual; • Incluir a família no planejamento para ajudar a reduzir seus medos e ansie- dades sobre a disseminação da doença; • Orientar o cliente e sua família sobre o cuidado domiciliar e a convalescença; • Instruir o cliente e sua família sobre a necessidade de repouso e de nutrição adequados; • Informar aos familiares e amigos íntimos sobre os riscos de contrair a hepa- tite B; • Providenciar para que a família e os amigos íntimos recebam a vacina contra a hepatite B ou a imunoglobulina anti-hepatite B, conforme prescrição; • Avisar o cliente sobre a necessidade de evitar o consumo de bebidas alcoóli- cas e de mariscos crus; • Orientar a família sobre a indicação de visitas de acompanhamento por equi- pes de cuidado domiciliar para avaliar o progresso e a compreensão, reforçar o ensino e responder às perguntas; • Incentivar o cliente a usar estratégias para evitar a contaminação por líquidos corporais, como abstinência sexual ou uso de preservativos; https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza • Ressaltar a importância de manter as consultas de acompanhamento e de participar em outras atividades de promoção e triagem da saúde recomen- dadas. Questão 12 (2018/CESPE/STJ) Julgue os próximo item, relativo ao meio de trans- missão das hepatites virais. A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) pode ocorrer por via sexual, por isso essa doença é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). Certo. O vírus da hepatite B (HBV) é um vírus de DNA transmitido, principalmente, pelo sangue (por via percutânea e permucosa), sêmen e secreções vaginais. Logo, a questão está certa. 2.3.3. Hepatite C De acordo com Brasil (2019), o vírus da hepatite C (HCV) pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae (THIEL et al., 2012). Segundo Brunner e Suddart (2016): • As transfusões de sangue e o contato sexual eram, outrora, responsáveis pela maioria dos casos de hepatite C nos EUA; todavia, hoje em dia, a doença é https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza contraída, principalmente, por via parenteral (compartilhamento de agulhas contaminadas, picadas de agulha ou acidentes de trabalho em profissionais de saúde); • O período de incubação é variável e pode estender-se de 15 a 160 dias. A evolução clínica da hepatite C assemelha-se àquela da hepatite B; os sinto- mas quase sempre são discretos; • Frequentemente ocorre um estado de portador crônico. Existe risco aumen- tado de cirrose e câncer de fígado após contrair a hepatite C; • Os inibidores de protease, telaprevir e boceprevir, são usados para o trata- mento da hepatite C de genótipo 1, em associação a interferona alfa-2b pe- guilada e ribavirina; • Nenhum inibidor de protease pode ser usado como monoterapia para doen- ça. Esse tratamento tríplice de inibidor de protease, interferona alfa-2b pe- guilado e ribavirina é recomendado como tratamento padrão para a hepatite C pela American Association for the Study of Liver Diseases. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza QUESTÕES DE CONCURSO Questão 13 (2017/BIG ADVICE/PREFEITURA DE DRACENA – SP) Em relação a Hepatite C, assinale a alternativa correta: a) O agente etiológico da hepatite é uma bactéria RNA da família Flaviviridae. b) Uma das complicações da Hepatite C é a cirrose hepática e o carcinoma hepa- tocelular. c) A transmissão ocorre, principalmente, por via fecal-oral. d) Atualmente existe vacina para a Hepatite C. e) A transmissão ocorre através da água contaminada. Questão 14 (2018/CESPE/STJ) Julgue os próximo item, relativo ao meio de trans- missão das hepatites virais. A principal via de contágio do vírus da hepatite C (HCV) é a fecal-oral, de modo que a transmissão ocorre por contato humano ou pela ingestão de água e(ou) alimen- tos contaminados. Questão 15 (2019/IADES/AL-GO) O paciente deve receber sangue total ou he- mocomponentes provenientes de bancos de sangue qualificados, em razão do risco de contaminar-se o paciente com doenças transmitidas pelo sangue. É exemplo de doença transmitida pelo sangue a (o) a) hepatite C. b) febre amarela. c) diabetes. d) meningite. e) varicela. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 16 (2017/CONSULPLAN/TRF 2ª REGIÃO) Sabendo que a evolução das hepatites virais para as formas aguda e crônica varia de acordo com o tipo do vírus causador da doença, qual hepatite apresenta como evolução apenas a forma agu- da, não possuindo potencial para as formas crônicas? a) Hepatite A. b) Hepatite B. c) Hepatite C. d) Hepatite D. Questão 17 (2016/FUNCAB/PREFEITURA DE ANÁPOLIS – GO) As hepatites virais são doenças silenciosas que provocam inflação do fígado, sua forma de transmissão varia de acordo com o tipo de hepatite. Quais são os tipos de hepatite que podem ser transmitidas a partir da transfusão de sangue e do acidente com materiais per- furocortantes sujos de sangue? a) Hepatite A, Hepatite B e Hepatite C b) Hepatite B, Hepatite C e Hepatite D c) Hepatite B, Hepatite C e Hepatite E d) Hepatite A, Hepatite B e Hepatite D e) Hepatite C, Hepatite D e Hepatite E Questão 18 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O Profissional da área da saúde pode adquirir ou transmitir infecções para os pacientes e para outras pessoas, no ambiente de trabalho e fora dele. Dentre as doenças transmitidas por sangue, imu- nopreveníveis e reconhecidas como risco profissional está a) a Hepatite C. b) o HIV. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza c) a Hepatite B. d) o Sarampo. e) a Tuberculose. Questão 19 (2014/FCC/TRF 3ª REGIÃO) As medidas de controle da Hepatite B incluem, a) quimioprofilaxia e antibioticoterapia na prevenção de casos secundários, a noti- ficação de surtos e a inativação viral de hemocomponentes. b) profilaxia pós-exposição, o saneamento básico e a vacinação de 100% das mu- lheres em idade fértil. c) utilização de seringas e agulhas descartáveis, o controle de vetores e a notifica- ção dos casos suspeitos. d) medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde, o contro- le de comunicantes e a antibioticoterapia. e) profilaxia pré-exposição, a inativação viral de hemoderivados e a triagem obri- gatória dos doadores de sangue. Questão 20 (2010/CONSULPLAN/PREFEITURA DE RESENDE – RJ) A hepatite que mais comumente evolui para a cronicidade é a causada pelo: a) Vírus A. b) Vírus B. c) Vírus C. d) Vírus D. e) Vírus E. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMPacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 21 (2013/INSTITUTO AOCP/IBC) A contaminação pelo vírus da Hepatite A ocorre principalmente a) da mãe infectada para o filho durante a gravidez. b) em relação sexual desprotegida. c) por meio de água e alimentos contaminados. d) durante o aleitamento materno. e) nas transfusões sanguíneas. Questão 22 (2016/NC-UFPR/PREFEITURA DE CURITIBA – PR) Em relação às he- patites B e C, são considerados população de risco: a) idosos, jovens adultos e usuários de drogas inaláveis. b) portadores de deficiências física e mental em tratamento medicamentoso. c) coletores de lixo hospitalar e domiciliar, hemodialisados e profissionais do sexo. d) profissionais de funerárias, feirantes e domésticas. e) professores e crianças de 0 a 10 anos. Questão 23 (2015/FUNCAB/FUNASG) É considerado um fluido biológico de risco para as hepatites B e C. Assinale – o a) Escarro b) Secreção vaginal c) Suor d) Urina e) Lágrima https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 24 (2010/FCC/TRE-AM) A prevenção da hepatite causada por vírus B é realizada por meio de: a) utilização de luvas em situações de contato com sangue. b) aquecimento dos alimentos contaminados. c) ações educativas da população, em razão da inexistência de vacina para hepatite B. d) informação aos comunicantes sobre os riscos da transmissão oral-fecal. e) administração rotineira de alfa-interferon a todos os profissionais da saúde. Questão 25 (2016/CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL – PR) Consideran- do os cinco tipos de hepatites A, B, C, D, E o(s) tipo(s) imunoprevenível(is) é(são): a) A, apenas. b) B, apenas. c) A e B, apenas. d) A e C, apenas. e) A, B, C, D e E. Questão 26 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Dentre os agentes biológicos re- lacionados ao desenvolvimento do câncer, está um que se relaciona à gastrite. Este agente é o a) Papiloma Vírus Humano (HPV). b) Vírus da hepatite B. c) Helycobacter pilori. d) Epbasten-Baar vírus. e) Virus linfotrópico da célula humana (HTLA). https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza GABARITO 13. a 14. E 15. a 16. a 17. b 18. c 19. e 20. c 21. c 22. c 23. b 24. a 25. c 26. c https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza GABARITO COMENTADO Questão 13 (2017/BIG ADVICE/PREFEITURA DE DRACENA – SP) Em relação a Hepatite C, assinale a alternativa correta: a) O agente etiológico da hepatite é uma bactéria RNA da família Flaviviridae. b) Uma das complicações da Hepatite C é a cirrose hepática e o carcinoma hepa- tocelular. c) A transmissão ocorre, principalmente, por via fecal-oral. d) Atualmente existe vacina para a Hepatite C. e) A transmissão ocorre através da água contaminada. Letra a. O vírus da hepatite C (HCV) pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae. Questão 14 (2018/CESPE/STJ) Julgue os próximo item, relativo ao meio de trans- missão das hepatites virais. A principal via de contágio do vírus da hepatite C (HCV) é a fecal-oral, de modo que a transmissão ocorre por contato humano ou pela ingestão de água e(ou) alimen- tos contaminados. Errado. hoje em dia, a hepatite C é adquirida, principalmente, por via parenteral (compar- tilhamento de agulhas contaminadas, picadas de agulha ou acidentes de trabalho em profissionais de saúde). https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 15 (2019/IADES/AL-GO) O paciente deve receber sangue total ou he- mocomponentes provenientes de bancos de sangue qualificados, em razão do risco de contaminar-se o paciente com doenças transmitidas pelo sangue. É exemplo de doença transmitida pelo sangue a (o) a) hepatite C. b) febre amarela. c) diabetes. d) meningite. e) varicela. Letra a. hoje em dia, a hepatite C é adquirida, principalmente, por via parenteral (compar- tilhamento de agulhas contaminadas, picadas de agulha ou acidentes de trabalho em profissionais de saúde). Tendo o sangue como uma das formas de infecção. Questão 16 (2017/CONSULPLAN/TRF 2ª REGIÃO) Sabendo que a evolução das hepatites virais para as formas aguda e crônica varia de acordo com o tipo do vírus causador da doença, qual hepatite apresenta como evolução apenas a forma agu- da, não possuindo potencial para as formas crônicas? a) Hepatite A. b) Hepatite B. c) Hepatite C. d) Hepatite D. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Letra a. Não existe nenhum estado de portador e a hepatite A não está associada a qual- quer hepatite crônica. Questão 17 (2016/FUNCAB/PREFEITURA DE ANÁPOLIS – GO) As hepatites vi- rais são doenças silenciosas que provocam inflação do fígado, sua forma de trans- missão varia de acordo com o tipo de hepatite. Quais são os tipos de hepatite que podem ser transmitidas a partir da transfusão de sangue e do acidente com mate- riais perfurocortantes sujos de sangue? a) Hepatite A, Hepatite B e Hepatite C b) Hepatite B, Hepatite C e Hepatite D c) Hepatite B, Hepatite C e Hepatite E d) Hepatite A, Hepatite B e Hepatite D e) Hepatite C, Hepatite D e Hepatite E Letra b. De acordo com Brasil (2008): A principal via de contágio do vírus da hepatite A é a fecal-oral; por contato interhu- mano ou através de água e alimentos contaminados. A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobre- tudo, pela via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível. Dessa forma, a hepatite B pode ser transmitida por solução de continuidade (pele e mucosa), relações sexuais desprotegidas e por via parenteral (compartilhamento de agulhas hepatites virais tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos etc.). https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza O hepatite C (HCV) é o principal agente etiológico da hepatite crônica anteriormen- te denominada hepatite Não A-Não B. Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral. A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite delta (HDV), podendo apresentar-se como infecção assintomática, sintomática ou como formas graves. O HDV é um vírus defectivo, satélite do HBV, que precisa do HBsAg para realizar sua re- plicação. O vírus da hepatite E (HEV) é de transmissão fecal-oral. Questão 18 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O Profissional da área da saúde pode adquirir ou transmitir infecções para os pacientes e para outras pessoas, no ambiente de trabalho e fora dele. Dentre as doenças transmitidas por sangue, imu- nopreveníveis e reconhecidas como risco profissional está a) a Hepatite C. b) o HIV. c) a Hepatite B. d) o Sarampo. e) a Tuberculose. Letra c. A Hepatite B tem na vacinação, a principal forma de prevenção. Por isso é conside- rada doença imunoprevenível. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientescom Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 19 (2014/FCC/TRF 3ª REGIÃO) As medidas de controle da Hepatite B incluem, a) quimioprofilaxia e antibioticoterapia na prevenção de casos secundários, a noti- ficação de surtos e a inativação viral de hemocomponentes. b) profilaxia pós-exposição, o saneamento básico e a vacinação de 100% das mu- lheres em idade fértil. c) utilização de seringas e agulhas descartáveis, o controle de vetores e a notifica- ção dos casos suspeitos. d) medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde, o contro- le de comunicantes e a antibioticoterapia. e) profilaxia pré-exposição, a inativação viral de hemoderivados e a triagem obri- gatória dos doadores de sangue. Letra e. A Hepatite B é uma doença viral transmitida por via sexual e parenteral. É imu- noprevenível, por esse motivo a profilaxia pré-exposição e o cuidado dos serviços de coleta de sangue são primordiais para a quebra da cadeia de transmissão. Questão 20 (2010/CONSULPLAN/PREFEITURA DE RESENDE – RJ) A hepatite que mais comumente evolui para a cronicidade é a causada pelo: a) Vírus A. b) Vírus B. c) Vírus C. d) Vírus D. e) Vírus E. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Letra c. A Hepatite C, dentre as hepatites virais, é a que tem maior risco de cronificação. A hepatite B, cronifica em 10% dos casos. Questão 21 (2013/INSTITUTO AOCP/IBC) A contaminação pelo vírus da Hepatite A ocorre principalmente a) da mãe infectada para o filho durante a gravidez. b) em relação sexual desprotegida. c) por meio de água e alimentos contaminados. d) durante o aleitamento materno. e) nas transfusões sanguíneas. Letra c. A hepatite A é de transmissão oro-fecal. Questão 22 (2016/NC-UFPR/PREFEITURA DE CURITIBA – PR) Em relação às he- patites B e C, são considerados população de risco: a) idosos, jovens adultos e usuários de drogas inaláveis. b) portadores de deficiências física e mental em tratamento medicamentoso. c) coletores de lixo hospitalar e domiciliar, hemodialisados e profissionais do sexo. d) profissionais de funerárias, feirantes e domésticas. e) professores e crianças de 0 a 10 anos. Letra c. O vírus da hepatite é de transmissão parenteral, sanguínea e sexual, logo, pessoas que executam atividades com maior risco biológico, pacientes que necessitam de hemodiálise e as profissionais do sexo possuem maior risco de contaminação. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza Questão 23 (2015/FUNCAB/FUNASG) É considerado um fluido biológico de risco para as hepatites B e C. Assinale – o a) Escarro b) Secreção vaginal c) Suor d) Urina e) Lágrima Letra b. As Hepatites B e C são consideradas doenças sexualmente transmissíveis. Questão 24 (2010/FCC/TRE-AM) A prevenção da hepatite causada por vírus B é realizada por meio de: a) utilização de luvas em situações de contato com sangue. b) aquecimento dos alimentos contaminados. c) ações educativas da população, em razão da inexistência de vacina para hepatite B. d) informação aos comunicantes sobre os riscos da transmissão oral-fecal. e) administração rotineira de alfa-interferon a todos os profissionais da saúde. Letra a. A hepatite B é transmitida através do sangue contaminado. Questão 25 (2016/CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL – PR) Consideran- do os cinco tipos de hepatites A, B, C, D, E o(s) tipo(s) imunoprevenível(is) é(são): a) A, apenas. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza b) B, apenas. c) A e B, apenas. d) A e C, apenas. e) A, B, C, D e E. Letra c. São doenças virais imunopreveníveis a Hepatite A e B. Questão 26 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Dentre os agentes biológicos rela- cionados ao desenvolvimento do câncer, está um que se relaciona à gastrite. Este agente é o a) Papiloma Vírus Humano (HPV). b) Vírus da hepatite B. c) Helycobacter pilori. d) Epbasten-Baar vírus. e) Virus linfotrópico da célula humana (HTLA). Letra c. A gastrite crônica causada pela infecção por H. pylori está implicada no desenvol- vimento de úlceras pépticas, câncer gástrico e linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT). https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. CAB n. 18 HIV / aids, hepatites e outras DST. Brasília, DF: [s.n.]: 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatites Virais: o Brasil está atento. 3. ed. Brasília, DF: [s.n.]: 2008. BRUNNER; SUDDARTH. Manual de enfermagem médico-cirúrgica. Revisão técnica: Sonia Regina de Souza. Tradução: Patricia Lydie Voeux. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s, anatomia para estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. GANONG, W. F. Fisiologia médica. 24. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2014. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana: tronco, vísceras e extremidade inferior. 22. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008. v. 2. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 49www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte II Profª. Natale Souza www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br _Hlk25070851 _GoBack Assistência de Enfermagem a Pacientes com Alterações da Função Digestiva e Gastrointestinal – Parte 2 2. Alterações Digestivas e Gastrointestinais 2.1. Gastrite 2.2. Úlcera Péptica 2.3. Hepatites Virais Questões de Concurso Gabarito Gabarito Comentado Referências Bibliográficas AVALIAR 5: Página 49:
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